Lei Orgânica Municipal Linha Nova

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LINHA NOVA RS

Promulgada em 26/12/2003
NDICE

TTULO I
DA ORGANIZAO MUNICIPAL ............................................................................................... 03
CAPTULO I Disposies Preliminares (arts. 2 a 6) ..................................................... 03

CAPTULO II Da Competncia (arts. 7 a 9) ..................................................................... 04

CAPTULO III Do Poder Legislativo ...................... ............................................................ 04

SEO I Disposies Gerais (arts. 10 a 21) .............................................................. 04/06

SEO II Dos Vereadores (arts. 22 a 29) ................................................................... 06/07

SEO III Das Atribuies da Cmara de Vereadores (arts. 30 e 31) .................... 07/09

SEO IV Da Comisso Representativa (arts. 32 a 34) ............................................. 09

SEO V Das Leis e do Processo Legislativo (arts. 35 a 47) .................................. 10/12

CAPTULO IV Do Poder Executivo ..................... ............................................................ 12

SEO I Do Prefeito e do Vice-Prefeito (arts. 48 a 52) ........................................... 12/13

SEO II Das Atribuies do Prefeito (arts. 53 a 55) ............................................... 13/15

SEO III Da Responsabilidade e Infraes Poltico-Administrativas do Prefeito e 15/18


do Vice-Prefeito (arts. 56 a 59) ..................................................................

TTULO II
DA ADMINISTRAO E DOS SERVIDORES MUNICIPAIS ................................................... 18
CAPTULO I Da Administrao Municipal (art. 60) ........................................................ 18

CAPTULO II Dos Servidores Municipais ........................................................................ 18

SEO I Dos Servidores (arts. 61 a 64) ................................................................... 18

SEO II Dos Secretrios do Municpio (arts. 65 e 66) ........................................... 19

CAPTULO III Das Leis Oramentrias (arts. 67 a 77) ..................................................... 19/22

TTULO III
DA ORDEM ECONMICA E SOCIAL ....................... .............................................................. 22
CAPTULO I Dos Programas de Desenvolvimento e Obras (arts. 78 a 84) ................. 22/24

CAPTULO II Da Sade e Assistncia Social (arts. 85 a 86) .......................................... 24/26

CAPTULO III Da Educao e Cultura (arts. 87 a 89) ....................................................... 26/27

CAPTULO IV Dos Esportes e Lazer (arts. 90 a 94) ......................................................... 27/28

Das Disposies Transitrias (art. 95) ...................................................... 28

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EMENDA N 01 LEI ORGNICA MUNICIPAL

D NOVA REDAO LEI ORGNICA


DO MUNICPIO DE LINHA NOVA, DE 01
DE JANEIRO DE 1995.

A Cmara de Vereadores nos termos da legislao vigente, promulgam a se-


guinte emenda ao texto da Lei Orgnica do municpio de Linha Nova/RS:

Art. 1 - A Lei Orgnica Municipal de 01 de janeiro de 1995, passa a vigorar


com a seguinte redao:

TTULO I

DA ORGANIZAO MUNICIPAL

CAPTULO I

DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 2 - O Municpio de LINHA NOVA parte integrante da Repblica Federativa


do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organiza-se, autonomamente, em tudo que respei-
te ao interesse local, regendo-se por esta Lei Orgnica e demais leis que adotar, respeitados
os princpios estabelecidos na Constituio Federal e na do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 3 - So poderes do Municpio, independentes e harmoniosos entre si, o


Legislativo e o Executivo.

1 - vedada a delegao de atribuies entre os poderes.

2 - O cidado investido na funo de um deles no poder exercer a de outro.

Art. 4 - mantido o atual territrio do Municpio, cujos limites s podero ser


alterados nos termos da Legislao Estadual.

Art. 5 - Os smbolos do Municpio sero estabelecidos em lei.

Art. 6 - A autonomia do Municpio se expressa:

I pela eleio direta dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito;

II pela administrao prpria no que respeite ao interesse local;

III pela adoo de legislao prpria.

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CAPTULO II

DA COMPETNCIA

Art. 7 - A competncia legislativa e administrativa do Municpio, estabelecida


nas Constituies Federal e Estadual, ser exercida na forma disciplinada nas leis e regula-
mentos municipais.

Art. 8 - A prestao de servios pblicos se dar pela administrao direta, indi-


reta, por delegaes, convnios e consrcios.

Art. 9 - Os tributos municipais assegurados na Constituio Federal sero insti-


tudos por lei municipal.

CAPTULO III

DO PODER LEGISLATIVO

SEO I

DISPOSIES GERAIS

Art. 10 - O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal.

Art. 11 - A Cmara de Vereadores reunir-se-, independentemente de convoca-


o, no dia 1 de fevereiro de cada ano para abertura do perodo legislativo, funcionando ordi-
nariamente at 31 de dezembro.

1 - No ms de janeiro, a Cmara de Vereadores ficar em recesso.

2 - Durante o perodo legislativo ordinrio, a Cmara realizar, no mnimo,


duas sesses por ms.

Art. 12 No primeiro ano de cada legislatura, cuja durao coincidir com a do


mandato dos vereadores, a Cmara de Vereadores reunir-se- no dia 1 de janeiro para dar
posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como para eleger sua Mesa, a Comisso
Representativa e as Comisses Permanentes, entrando, aps, em recesso.

1 - Em cada ano, a eleio da Mesa, se for o caso, e da Comisso Represen-


tativa, se dar na ltima sesso legislativa, com a posse imediata dos eleitos.

2 - Na composio da Mesa da Cmara de Vereadores e das Comisses,


ser assegurada, tanto quanto possvel o critrio de representao pluripartidria e de propor-
cionalidade.

Art. 13 O mandato da Mesa da Cmara de Vereadores ser de um ano, veda-


da a reeleio para o mesmo cargo.

Art. 14 A convocao da Cmara de Vereadores para a realizao de Sesses


Extraordinrias caber ao Presidente e maioria dos seus membros.

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1 - O Prefeito Municipal e a Comisso Representativa apenas podero convo-
car a Cmara de Vereadores para reunies extraordinrias no perodo de recesso.

2 - No perodo de funcionamento normal da Cmara facultado ao Prefeito


solicitar ao Presidente do Legislativo a convocao dos Vereadores para sesses extraordin-
rias em caso de relevante interesse pblico.

3 - Nas sesses legislativas extraordinrias, a Cmara somente poder deli-


berar sobre a matria objeto das convocaes.

4 - Para as reunies e sesses extraordinrias, a convocao dos Vereadores


dever ser pessoal e expressa.

Art. 15 Salvo disposio constitucional em contrrio, o quorum para as delibe-


raes da Cmara de Vereadores o da maioria simples, presente, no mnimo, a maioria abso-
luta dos Vereadores.

Art. 16 O Presidente da Cmara votar somente quando houver empate ou em


escrutnio secreto.

Art. 17 As sesses da Cmara sero pblicas e o voto ser aberto, salvo nos
casos de votao secreta previstos nesta Lei Orgnica.

Art. 18 As contas do Municpio, referentes gesto financeira de cada exerc-


cio, sero encaminhadas, simultaneamente, Cmara de Vereadores e ao Tribunal de Contas
do Estado at o dia 31 de maro do ano seguinte.

Pargrafo nico As contas do Municpio ficaro disposio de qualquer con-


tribuinte, a partir da data da remessa das mesmas Cmara de Vereadores, pelo prazo de 60
(sessenta) dias, para exame e apreciao, podendo ser questionada a legitimidade de qualquer
despesa.

Art. 19 Anualmente, dentro de 60 (sessenta) dias, contados do incio do pero-


do legislativo, a Cmara receber o Prefeito em sesso especial, que informar, atravs de
relatrio, o estado em que se encontram os assuntos municipais.

Pargrafo nico Sempre que o Prefeito manifestar propsito de expor assun-


tos de interesse pblico ou da administrao, a Cmara o receber em sesso previamente
designada.

Art. 20 A Cmara de Vereadores ou suas Comisses, a requerimento da maio-


ria de seus membros, poder convocar Secretrios Municipais, titulares de autarquias ou das
instituies autnomas de que o Municpio participe, para comparecerem perante elas, a fim de
prestar informaes sobre assunto previamente designado e constante da convocao.

Pargrafo nico Independentemente de convocao, as autoridades referidas


no presente artigo, se o desejarem, podero prestar esclarecimentos Cmara de Vereadores
ou Comisso Representativa, solicitando que lhes seja designado dia e hora para a audincia
requerida.

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Art. 21 A Cmara poder criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato
determinado e por prazo certo, nos termos do Regimento Interno, a requerimento de, no mni-
mo, um tero de seus membros.

SEO II

DOS VEREADORES

Art. 22 Os Vereadores no podero:

I desde a expedio do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia,


empresa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria
de servio pblico, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer, no Municpio, cargo, funo ou emprego remunerado, in-


clusive os de que sejam demissveis ad nutum, nas entidades constantes da
alnea anterior;

II desde a posse:

a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que goze de favor


decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exer-
cer funo remunerada;

b) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis ad nutum, nas entidades


referidas no inciso I, a;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se


refere o inciso I, a;

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.

Art. 23 Extingue-se o mandato de Vereador e assim ser declarado pelo Pre-


sidente da Cmara, nos casos de:

I renncia escrita;

II falecimento.

1 - Comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da Cmara, imediata-


mente, convocar o suplente respectivo e, na primeira sesso seguinte, comunicar a extino
ao plenrio, fazendo constar na ata.

2 - Se o Presidente da Cmara omitir-se de tomar as providncias do pargra-


fo anterior, o suplente de Vereador a ser convocado poder requerer a sua posse, ficando o
Presidente da Cmara responsvel, pessoalmente, pela remunerao do suplente pelo tempo
que mediar entre a extino e a efetiva posse.

Art. 24 Perder o mandato o Vereador que:

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I incidir nas vedaes previstas no art. 22;

II utilizar-se do mandato para a prtica de atos de corrupo, de improbidade


administrativa ou atentatrios s instituies;

III proceder de modo incompatvel com a dignidade da Cmara ou faltar com o


decoro na sua conduta pblica;

IV deixar de comparecer, em cada perodo legislativo, sem motivo justificado e


aceito pela Cmara, tera parte das sesses ordinrias ou a cinco sesses extraordinrias;

V que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

VI que sofrer condenao criminal transitada ou julgado;

VII quando o decretar a Justia Eleitoral.

Art. 25 O processo de cassao do mandato de Vereador , no que couber, o


estabelecido no art. 22 e legislao federal, assegurada defesa plena ao acusado.

1 - A perda do mandato, no caso dos incisos I, II e III do art. 24, ser decidida
pela Cmara de Vereadores por voto secreto e maioria absoluta mediante provocao da Mesa
ou de partido poltico representado na Cmara assegurada ampla defesa.

2 - Nos casos previstos nos incisos IV a VI, perda ser declarada pela Mesa,
de ofcio ou mediante provocao de qualquer de seus membros, ou de partido poltico repre-
sentado na Cmara.

Art. 26 Os Vereadores percebero subsdios fixados pela Cmara de Vereado-


res numa legislatura para vigorar por toda a legislatura seguinte, observadas as regras perti-
nentes da Constituio Federal.

Art. 27 O Presidente da Cmara de Vereadores far jus verba de represen-


tao, fixada juntamente com a remunerao dos Vereadores.

Art. 28 Sempre que o Vereador, por deliberao do plenrio, for incumbido de


representar a Cmara de Vereadores fora do territrio do Municpio, far jus diria fixada em
Decreto-Legislativo.

Art. 29 Ao servidor pblico eleito vereador, aplica-se o disposto no art. 38, III,
da Constituio Federal.

SEO III

DAS ATRIBUIES DA CMARA DE VEREADORES

Art. 30 Compete Cmara de Vereadores, com a sano do Prefeito, entre


outras atribuies, dispor sobre todas as matrias atribudas ao Municpio pelas Constituies
Federal e Estadual e por esta Lei Orgnica, especialmente sobre:

I tributos de competncia municipal;

II abertura de crditos adicionais;

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III criao, alterao e extino de cargos, funes e empregos do Municpio;

IV criao de conselhos de cooperao administrativa municipal;

V fixao e alterao dos vencimentos e outras vantagens pecunirias dos


servidores municipais;

VI alienao e aquisio de bens imveis;

VII concesso e permisso dos servios do Municpio;

VIII concesso e permisso de uso de bens municipais;

IX diviso territorial do Municpio, observada a legislao estadual;

X criao, alterao e extino dos rgos pblicos do Municpio;

XI contratao de emprstimos e operaes de crdito, bem como a forma e


os meios de pagamento;

XII transferncia temporria da sede do Municpio, quando o interesse pblico


o exigir;

XIII anistia de tributos, cancelamento, suspenso de cobrana e relevao de


nus sobre a dvida ativa do Municpio;

XIV plano plurianual, diretrizes oramentrias, oramento anual;

XV plano de auxlios e subvenes anuais.

Art. 31 da competncia exclusiva da Cmara de Vereadores:

I eleger sua Mesa, suas Comisses, elaborar seu Regimento Interno e dispor
sobre a organizao da Cmara;

II atravs de Resoluo, criar, alterar e extinguir os cargos e funes de seu


quadro de servidores, dispor sobre o provimento dos mesmos;

III iniciativa de lei para fixao da remunerao dos seus servidores;

IV emendar a Lei Orgnica;

V representar, para efeito de interveno no Municpio;

VI exercer a fiscalizao da administrao financeira e oramentria do Muni-


cpio na forma prevista em lei;

VII fixar a remunerao de seus membros;

VIII iniciativa de lei para fixar os subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos


Secretrios Municipais;

IX autorizar o Prefeito e Vice-Prefeito a se afastarem do Municpio por mais de


15 (quinze) dias;

X convocar os Secretrios, titulares de Autarquia e das instituies autnomas


de que participe o Municpio, para prestarem informaes;

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XI solicitar informao, por escrito, ao Prefeito Municipal sobre projetos de lei
em tramitao;

XII dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, decidir sobre a perda de seus manda-
tos e dos Vereadores, nos casos previstos na Lei Orgnica;

XIII conceder licena ao Prefeito e Vice-Prefeito para se afastarem dos cargos;

XIV criar Comisso Parlamentar de Inqurito sobre fato determinado;

XV propor ao Prefeito a execuo de qualquer obra ou medida que interesse


coletividade ou ao servio pblico;

XVI fixar o nmero de Vereadores nos termos da Constituio Federal.

Pargrafo nico A solicitao das informaes ao Prefeito dever ser enca-


minhada pelo Presidente da Cmara aps a aprovao do pedido pela maioria.

SEO IV

DA COMISSO REPRESENTATIVA

Art. 32 No perodo de recesso da Cmara de Vereadores funcionar uma Co-


misso Representativa, com as seguintes atribuies:

I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;

II zelar pela observncia das Constituies, desta Lei Orgnica e demais leis;

III autorizar o Prefeito e Vice-Prefeito nos casos exigidos a se ausentarem do


Municpio;

IV convocar extraordinariamente a Cmara de Vereadores;

V - tomar medidas urgentes de competncia da Cmara de Vereadores.

Pargrafo nico As normas relativas ao desempenho das atribuies da Co-


misso Representativa sero estabelecidos no Regimento Interno da Cmara.

Art. 33 A Comisso Representativa, constituda por nmero mpar de Vereado-


res, ser composta, obedecendo quando possvel, a representao partidria.

1 - A Presidncia da Comisso Representativa caber ao Presidente da C-


mara, cuja substituio se far na forma prevista no Regimento Interno.

2 - O nmero total de integrantes da Comisso Representativa dever perfa-


zer, no mnimo, um tero da totalidade dos Vereadores, observada, tanto quanto possvel, a
proporcionalidade da representao partidria existente na Cmara.

Art. 34 A Comisso Representativa dever apresentar relatrio dos trabalhos


por ela realizados, quando do reinicio do perodo de funcionamento ordinrio da Cmara.

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SEO V

DAS LEIS E DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 35 O processo legislativo compreende a elaborao de:

I emendas Lei Orgnica;

II - leis ordinrias;

III decretos legislativos;

IV resolues.

Art. 36 Sero objeto, ainda, de deliberao da Cmara de Vereadores, na for-


ma do Regimento Interno:

I autorizaes;

II indicaes;

III requerimentos;

IV pedidos de informao.

Art. 37 A Lei Orgnica poder ser emendada mediante proposta:

I de Vereadores;

II do Prefeito;

III de eleitores do Municpio.

1 - No caso do inciso I, a proposta dever ser subscrita, no mnimo, por um


tero dos membros da Cmara de Vereadores.

2 - No caso do inciso III, a proposta dever ser subscrita, no mnimo, por cin-
co por cento dos eleitores do Municpio.

Art. 38 Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta ser discutida e


votada em dois turnos com um interstcio mnimo de 10 (dez) dias, e aprovada quando obtiver,
em ambos os turnos, votos favorveis de, no mnimo, dois teros dos membros da Cmara de
Vereadores.

Art. 39 A emenda Lei Orgnica ser promulgada e publicada pela Mesa da


Cmara de Vereadores, com o respectivo nmero de ordem.

Art. 40 A iniciativa das leis municipais, salvo os casos de competncia exclusi-


va, caber a qualquer Vereador, ao Prefeito e aos eleitores, neste caso, como forma de moo
articulada e fundamentada, subscrita, no mnimo, por cinco por cento do eleitorado da cidade
ou do Distrito.

Art. 41 So de iniciativa privativa do Prefeito, os projeto de lei que disponham


sobre:

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I criao, alterao e extino de cargo, funo ou emprego do Poder Executi-
vo e autarquia do Municpio;

II criao de novas vantagens, de qualquer espcie, aos servidores pblicos do


Poder Executivo;

III aumento de vencimentos, remunerao ou de vantagens dos servidores


pblicos do Municpio;

IV criao e extino de Secretarias e rgos da administrao pblica, obser-


vado o disposto no art. 53, inciso VI;

V matria tributria;

VI plano plurianual, diretrizes oramentrias e oramento anual;

VII servidor pblico municipal e seu regime jurdico.

Art. 42 No ser admitida emenda que aumente a despesa prevista:

I nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito;

II nos projetos sobre organizao dos servios administrativos da Cmara Mu-


nicipal.

Art. 43 No incio ou em qualquer fase da tramitao de projeto de lei de inicia-


tiva do Prefeito, este poder solicitar Cmara de Vereadores que o aprecie no prazo de at
45 (quarenta e cinco) dias a contar do pedido.

1 - Se a Cmara de Vereadores no se manifestar sobre o projeto no prazo


estabelecido no caput deste artigo, ser esse includo na ordem do dia das sesses subse-
qentes, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos at que se ultime a vota-
o.

2 - O prazo deste artigo no correr nos perodos de recesso da Cmara de


Vereadores.

Art. 44 Os autores de projeto de lei em tramitao na Cmara de Vereadores,


inclusive o Prefeito, podero requerer a sua retirada antes de sua incluso na Ordem do Dia.

Pargrafo nico A partir do recebimento do pedido de retirada, ficar, automa-


ticamente, sustada a tramitao do projeto de lei.

Art. 45 A matria constante do projeto de lei rejeitado, assim como a Emenda


Lei Orgnica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente poder constituir objeto de novo
projeto, no mesmo perodo legislativo, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da
Cmara de Vereadores.

Art. 46 Concluda a votao, o projeto de lei ser enviado ao Prefeito que,


aquiescendo, o sancionar.

1 - Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou con-


trrio ao interesse pblico, vet-lo-, total ou parcialmente, dentro de 15 (quinze) dias teis con-

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tados daquele em que o receber, apresentando, por escrito, os motivos do veto ao Presidente
da Cmara de Vereadores.

2 - Os motivos do veto podero ser oferecidos Cmara de Vereadores at


48 horas aps a apresentao do veto.

3 - Encaminhado o veto Cmara de Vereadores, ser ele submetido, dentro


de 30 (trinta) dias corridos, contados da data do recebimento, com ou sem parecer, aprecia-
o nica, considerando-se rejeitado o veto se, em votao secreta, obtiver o quorum da maio-
ria absoluta dos Vereadores.

4 - Rejeitado o veto, a deciso ser comunicada, por escrito, ao Prefeito, den-


tro das 48 horas seguintes, com vistas promulgao.

5 - O veto parcial somente abranger texto integral do artigo, pargrafo, inciso


ou alnea, cabendo ao Prefeito, no prazo do veto, promulgar e publicar como lei os dispositivos
no vetados.

6 - O silncio do Prefeito, decorrido o prazo de que trata o 1 deste artigo,


importa em sano tcita.

7 - Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no pargrafo terceiro


deste artigo, o veto ser apreciado na forma do 1 do art. 43 desta Lei.

8 - No sendo a Lei promulgada pelo Prefeito no prazo de quarenta e oito


horas aps a sano tcita ou sua cincia da rejeio do veto, caber ao Presidente da Cma-
ra faz-lo em igual prazo.

Art. 47 Nos casos do art. 35, III e IV desta Lei Orgnica, com a votao da
redao final, considerar-se- encerrada a elaborao do Decreto Legislativo e da Resoluo,
cabendo ao Presidente da Cmara de Vereadores a promulgao e publicao.

CAPTULO IV

DO PODER EXECUTIVO

SEO I

DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 48 O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secret-


rios.

Art. 49 - O Prefeito e o Vice-Prefeito sero eleitos para mandato de 04 (quatro)


anos na forma disposta na legislao eleitoral.

Art. 50 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse na sesso solene de insta-


lao da Cmara, aps a posse dos Vereadores, e prestaro o compromisso de manter, defen-
der e cumprir as Constituies e as Leis e administrar o Municpio, visando o bem geral dos
muncipes.

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Pargrafo nico Se o Prefeito e o Vice-Prefeito no tomarem posse no prazo
de 10 (dez) dias contados da data fixada, o cargo ser declarado vago pela Cmara de Verea-
dores, salvo motivo justo e comprovado.

Art. 51 O Vice-Prefeito substituir o Prefeito quando o mesmo estiver licencia-


do, impedido ou no gozo de frias regulamentares e suceder-lhe- no caso de vaga.

1 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, caber ao Presi-


dente da Cmara assumir o Executivo.

2 - Havendo impedimento tambm do Presidente da Cmara, caber ao Pre-


feito designar servidor de sua confiana para responder pelo expediente da Prefeitura, no po-
dendo este servidor praticar atos de governo.

3 - Igual designao poder ser feita quando o Prefeito se afastar do Munic-


pio em perodos inferiores aos previstos no art. 31, IX, desta Lei.

4 - Considera-se impedimento para os efeitos deste artigo, os afastamentos


que dependem de autorizao da Cmara salvo para o gozo de frias que deve, apenas, ser
comunicada Cmara.

Art. 52 Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, realizar-se- eleio


para os cargos vagos no prazo de 90 (noventa) dias aps a ocorrncia da ltima vaga, sendo
que os eleitos completaro o mandato dos sucedidos.

Pargrafo nico Ocorrendo a vacncia de ambos os cargos aps cumpridos


(trs quartos) do mandato do Prefeito, o Presidente da Cmara de Vereadores assumir o
cargo por todo o perodo restante.

SEO II

DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

Art. 53 Compete privativamente ao Prefeito:

I representar o Municpio em juzo e fora dele;

II nomear e exonerar os titulares dos cargos e funes do Executivo, bem co-


mo, na forma da lei, nomear os diretores das autarquias e dirigentes das instituies das quais
o Municpio participe;

III iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei Org-
nica;

IV sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir regulamen-


tos para a fiel execuo das mesmas;

V vetar projetos de lei;

VI - dispor, mediante decreto, sobre:

a) organizao e funcionamento da administrao municipal, quando no impli-


car aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos;

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b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos.

VII promover as desapropriaes necessrias Administrao Municipal, na


forma da lei;

VIII expedir todos os atos prprios da atividade administrativa;

IX celebrar contratos de obras e servios, observada legislao prpria, inclu-


sive licitao, quando for o caso;

X planejar e promover a execuo dos servios municipais;

XI prover os cargos, funes e empregos pblicos;

XII encaminhar Cmara de Vereadores, nos prazos previstos nesta lei, os


projetos de lei de natureza oramentria;

XIII encaminhar, anualmente, Cmara de Vereadores e ao Tribunal de Con-


tas do Estado, at o dia 31 de maro as contas referentes gesto financeira do exerccio an-
terior;

XIV prestar, no prazo de 30 (trinta) dias, as informaes solicitadas pela Cma-


ra de Vereadores;

XV colocar disposio da Cmara de Vereadores, at o dia vinte de cada


ms, o repasse solicitado pelo Presidente da Cmara, para pleno funcionamento do Legislati-
vo, observados os limites constitucionais;

XVI decidir sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe


forem dirigidas em matria da competncia do Executivo Municipal;

XVII oficializar e sinalizar, obedecidas as normas urbansticas, as vias e logra-


douros pblicos;

XVIII aprovar projetos de edificao e de loteamento, desmembramento e zo-


neamento urbano ou para fins urbanos;

XIX requisitar o auxlio da polcia estadual para a garantia do cumprimento da


lei e da ordem pblica;

XX administrar os bens e rendas do Municpio, promovendo o lanamento, a


fiscalizao e a arrecadao dos tributos;

XXI promover o ensino pblico;

XXII propor a diviso administrativa do Municpio de acordo com a lei;

XXIII decretar situao de emergncia ou estado de calamidade pblica.

Pargrafo nico A doao de bens pblicos, depender de prvia autorizao


legislativa e a escritura respectiva dever conter clusula de reverso no caso de descumpri-
mento das condies.

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Art. 54 O Vice-Prefeito, alm da responsabilidade de substituto e sucessor do
Prefeito, cumprir as atribuies que lhe forem fixadas em lei e auxiliar o Chefe do Poder
Executivo quando convocado por esse para misses especiais.

Art. 55 O Prefeito gozar frias anuais de 30 (trinta) dias, mediante comunica-


o Cmara de Vereadores do perodo escolhido.

SEO III

DA RESPONSABILIDADE E INFRAES POLTICO-ADMINISTRATIVAS

DO PREFEITO E VICE-PREFEITO

Art. 56 Os crimes de responsabilidade do Prefeito e do Vice-Prefeito, bem co-


mo o processo de julgamento, so os definidos em lei federal.

Art. 57 So infraes poltico-administrativas do Prefeito e do Vice-Prefeito,


sujeitas ao julgamento pela Cmara de Vereadores e sancionadas com a cassao do manda-
to:

I impedir o funcionamento regular da Cmara de Vereadores;

II impedir o exame de documentos em geral por parte de Comisso Parlamen-


tar de Inqurito ou auditoria oficial;

III impedir a verificao de obras e servios municipais por parte da Comisso


Parlamentar de Inqurito ou percia oficial;

IV deixar de atender, sem motivo justo, no prazo legal, os pedidos de informa-


o da Cmara de Vereadores, legitimamente formalizados;

V retardar a publicao ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa for-


malidade;

VI deixar de apresentar Cmara, sem motivo justo, no prazo legal, os proje-


tos do plano plurianual de investimentos, diretrizes oramentrias e oramento anual;

VII descumprir o oramento anual;

VIII assumir obrigaes que envolvam despesas pblicas sem que haja sufici-
ente recurso oramentrio na forma da Constituio Federal;

IX praticar, contra expressa disposio de lei, ato de sua competncia ou omi-


tir-se na sua prtica;

X omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses


do Municpio, sujeitos administrao municipal;

XI ausentar-se do Municpio, por tempo superior ao previsto na lei, ou afastar-


se do Municpio sem autorizao legislativa nos casos exigidos em lei;

15
XII iniciar investimento sem as cautelas previstas no art. 75 1, desta Lei;

XIII proceder de modo incompatvel com a dignidade e o decoro do cargo;

XIV tiver cassados os direitos polticos ou for condenado por crime funcional ou
eleitoral, sem a pena acessria da perda do cargo;

XV incidir nos impedimentos estabelecidos no exerccio do cargo e no se de-


sincompatibilizar nos casos supervenientes e nos prazos fixados.

Art. 58 O processo de cassao do mandato do Prefeito pela Cmara, por


infraes definidas no artigo anterior, obedecer ao seguinte rito:

I a denncia escrita da infrao poder ser feita por qualquer eleitor, com a
exposio dos fatos e a indicao das provas. Se o denunciante for Vereador, ficar impedido
de votar e de integrar a Comisso processante, podendo, todavia, praticar todos os atos de
acusao. Se o denunciante for o Presidente da Cmara, passar a Presidncia ao substituto
legal, para os atos do processo. Ser convocado o suplente do Vereador impedido de votar, o
qual no poder integrar a Comisso processante;

II de posse da denncia, o Presidente da Cmara, na primeira sesso, deter-


minar sua leitura e consultar a Cmara sobre o seu recebimento. Decidido o recebimento,
pelo voto de dois teros, na mesma sesso ser constituda a Comisso processante, com trs
Vereadores sorteados entre os desimpedidos, os quais elegero, desde logo, o Presidente eo
Relator;

III recebendo o processo, o Presidente da Comisso iniciar os trabalhos, den-


tro de cinco dias, notificando o denunciado, com a remessa de cpia da denncia e documen-
tos que a instrurem, para que, no prazo de dez dias, apresente defesa prvia, por escrito, indi-
que as provas que pretender produzir e arrole testemunhas, at o mximo de dez. Se estiver
ausente do Municpio, a notificao far-se- por edital publicado duas vezes, no rgo oficial,
com intervalo de trs dias, pelo menos, contado o prazo da primeira publicao. Decorrido o
prazo de defesa, a Comisso processante emitir parecer dentro de cinco dias, opinando pelo
prosseguimento ou arquivamento da denncia, o qual, neste caso, ser submetido ao Plenrio.
Se a Comisso opinar pelo prosseguimento, o Presidente designar desde logo, o incio da
instruo, e determinar os atos, diligncias e audincias que se fizerem necessrios, para o
depoimento do denunciado e inquirio das testemunhas;

IV o denunciado dever ser intimado de todos os atos do processo, pessoal-


mente, ou na pessoa de seu procurador, com a antecedncia, pelo menos, de vinte e quatro
horas, sendo-lhe permitido assistir as diligncias e audincias, bem como formular perguntas e
reperguntas as testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa;

V - concluda a instruo, ser aberta vista do processo ao denunciado, para


razes escritas, no prazo de cinco dias, e aps, a Comisso processante emitir parecer final,
pela procedncia ou improcedncia da acusao, e solicitar ao Presidente da Cmara a con-
vocao de sesso para julgamento. Na sesso de julgamento, o processo ser lido, integral-
mente, e, a seguir, os Vereadores que o desejarem podero manifestar-se verbalmente, pelo
16
tempo mximo de quinze minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou seu procurador, ter o
prazo de duas horas, para produzir sua defesa oral;

VI - concluda a defesa, proceder-se- tantas votaes nominais, quantas forem


as infraes articuladas na denncia. Considerar-se- afastado, definitivamente, do cargo, o
denunciado que for declarado, pelo voto de dois teros, pelo menos, dos membros da Cmara,
incurso em qualquer das infraes especificadas na denncia. Concludo o julgamento, o Pre-
sidente da Cmara proclamar imediatamente o resultado e far lavrar ata que consigne a vo-
tao nominal sobre cada infrao, e, se houver condenao, expedir o competente decreto
legislativo de cassao do mandato de Prefeito. Se o resultado da votao for absolutrio, o
Presidente determinar o arquivamento do processo. Em qualquer dos casos, o Presidente da
Cmara comunicar Justia Eleitoral o resultado;

VII - o processo, a que se refere este artigo, dever estar concludo dentro de
noventa dias, contados da data em que se efetivar a notificao do acusado. Transcorrido o
prazo sem o julgamento, o processo ser arquivado, sem prejuzo de nova denncia ainda que
sobre os mesmos fatos.

Art. 59 O Prefeito perder o mandato, assegurada ampla defesa:

I por cassao nos termos do artigo anterior, quando:

a) infringir qualquer das proibies estabelecidas no art. 22, para os Vereado-


res;

b) infringir o disposto no inciso IX do art. 31;

c) atentar contra:

1 a autonomia do Municpio;

2 o livre exerccio da Cmara Municipal;

3 o exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais;

4 a probidade na administrao;

5 a lei oramentria;

6 o cumprimento das leis e das decises judiciais;

II por extino, declarada pela Mesa da Cmara Municipal, quando:

a) sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado;

b) perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

c) o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio Federal;

d) renncia por escrito, considerada tambm como tal o no comparecimento


para a posse no prazo previsto nesta Lei Orgnica.

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1 - Comprovado o ato ou fato extintivo previsto neste artigo, o Presidente da
Cmara, imediatamente, investir o Vice-Prefeito no cargo, como sucessor.

2 - Sendo invivel a posse do Vice-Prefeito, o Presidente da Cmara assumir


o cargo obedecido o disposto nesta Lei Orgnica.

3 - A extino do cargo e as providncias tomadas pelo Presidente da Cma-


ra devero ser comunicadas ao plenrio, fazendo-se constar da ata.

TTULO II

DA ADMINISTRAO E DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

CAPTULO I

DA ADMINISTRAO MUNICIPAL

Art. 60 A Administrao Municipal obedecer as normas estabelecidas nos


artigos 37 a 41 da Constituio Federal alm das fixadas na Constituio do Estado e leis mu-
nicipais.

CAPTULO II

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

SEO I

DOS SERVIDORES

Art. 61 So servidores do Municpio, todos os que ocupam cargos, funes ou


empregos da administrao direta, das autarquias e fundaes de direito pblico, bem como os
admitidos por contrato para atender necessidades temporrias de excepcional interesse do
Municpio, definidos em lei local.

Art. 62 Os direitos e deveres dos servidores pblicos do Municpio sero disci-


plinados em lei ordinria, que instituir o regime jurdico.

Art. 63 O plano de carreira dos servidores municipais disciplinar a forma de


acesso a classes superiores, com a adoo de critrios objetivos de avaliao, assegurado o
sistema de promoo por antigidade e merecimento.

Art. 64 O Municpio instituir regime previdencirio de carter contributivo ou


vincular-se- a regime previdencirio federal.

Pargrafo nico Se o sistema previdencirio escolhido no assegurar proven-


tos integrais aos servidores municipais, caber ao Municpio instituir regime de previdncia
complementar, nos termos da lei complementar (art. 40, 15/CF).

18
SEO II

DOS SECRETRIOS

Art. 65 Os Secretrios do Municpio sero, solidariamente, responsveis com o


Prefeito, pelos atos lesivos ao errio municipal praticados na rea de sua jurisdio, quando
decorrentes de dolo ou culpa.

Art. 66 Enquanto estiverem exercendo o cargo, os Secretrios do Municpio


ficaro sujeitos ao regime previdencirio adotado pelo Municpio para os demais servidores
municipais.

CAPTULO III

DAS LEIS ORAMENTRIAS

Art. 67 A receita e a despesa pblica do Municpio obedecero as seguintes


leis, de iniciativa do Poder Executivo:

I do plano plurianual;

II das diretrizes oramentrias;

III do oramento anual.

1 - O plano plurianual estabelecer os objetivos e metas dos programas da


administrao municipal, compatibilizados, conforme o caso, com os planos previstos pelos
Governos Federal e do Estado do Rio Grande do Sul.

2 - O plano de diretrizes oramentrias, compatibilizado com o plano plurianu-


al, compreender as prioridades da administrao do Municpio para o exerccio financeiro
subseqente, com vistas elaborao da proposta oramentria anual, dispondo, ainda, quan-
do for o caso, sobre as alteraes da poltica tributria e tarifria do Municpio.

3 - O oramento anual, compatibilizado com plano plurianual e elaborado em


conformidade com a lei de diretrizes oramentrias, compreender as receitas e despesas dos
Poderes do Municpio, seus rgos e fundos.

4 - O projeto de oramento anual ser acompanhado:

I - da consolidao dos oramentos das entidades que desenvolvem aes vol-


tadas seguridade social, compreendendo as receitas e despesas relativas sade, previ-
dncia e assistncia social, includas, obrigatoriamente, as oriundas de transferncias e ser
elaborado com base nos programas de trabalho dos rgos incumbidos de tais servios na
administrao municipal;

II de demonstrativo dos efeitos, sobre a receita e a despesa, decorrentes de


isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria, tarifria
e creditcia;
19
III de quadros demonstrativos da receita e planos de aplicao das mesmas
quando houver vinculao a determinado rgos, fundo ou despesa.

5 - A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da


receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio:

I autorizao para a abertura de crditos suplementares;

II autorizao para a contratao de operaes de crdito, inclusive por anteci-


pao de receita, na forma da lei;

6 - A lei oramentria anual dever incluir na previso da receita, obrigatoria-


mente, sob pena de responsabilidade poltico-administrativa do Prefeito, todos os recursos pro-
venientes de transferncias de qualquer natureza e de qualquer origem, feitas a favor do Muni-
cpio, por pessoas fsicas e jurdicas, bem como propor as suas respectivas aplicaes, como
despesa oramentria.

7 - O Poder Executivo publicar, at trinta dias aps o encerramento de cada


bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria.

Art. 68 Os projetos de lei previstos no caput do artigo anterior, sero enviados,


pelo Prefeito Municipal Cmara de Vereadores, nos seguintes prazos, salvo se lei federal
dispuser diferentemente:

I o projeto do plano plurianual, que abranger 4 (quatro) exerccios at o dia


trinta e um de julho do primeiro ano do mandato do Prefeito;

II o projeto de lei das diretrizes oramentrias, anualmente, at o dia 15 de


setembro;

III o projeto de lei do oramento anual, at o dia 15 de novembro de cada ano.

Art. 69 Os projetos de lei de que trata o artigo anterior, aps a apreciao e


deliberao da Cmara de Vereadores, devero ser devolvidos ao Poder Executivo, com vistas
sano, nos seguintes prazos, salvo se lei federal dispuser diferentemente:

I o projeto de lei do plano plurianual, at o dia trinta de agosto do primeiro ano


de mandato do Prefeito Municipal;

II o projeto de diretrizes oramentrias, at o dia trinta de outubro de cada ano;

III o projeto de lei de oramento anual, at o dia quinze de dezembro de cada


ano.

Art. 70 O Prefeito Municipal poder encaminhar Cmara de Vereadores


mensagem para propor modificao nos projetos de lei previstos no art. 67 desta Lei Orgnica,
enquanto no estiver concluda a votao da parte relativa alterao proposta.

Art. 71 As emendas aos projetos de lei relativos aos oramentos anuais ou aos
projetos que os modifiquem, somente podero ser aprovados, caso:

I sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramen-


trias;
20
II indiquem os recursos financeiros necessrios, admitidos apenas os proveni-
entes da reduo de despesa, excludas as destinadas a:

a) pessoal e seus encargos;

b) servio de dvida;

c) educao, no limite de 25%.

III sejam relacionados com:

a) correo de erros ou omisses;

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Art. 72 As emendas ao projeto de lei de diretrizes oramentrias no podero


ser aprovadas quando incompatveis com o plano plurianual.

Art. 73 Aplicam-se aos projetos de lei mencionados nos artigos anteriores, no


que no contrariarem o disposto nesta lei e na Constituio Federal, as demais normas relati-
vas ao processo legislativo.

Art. 74 Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do pro-


jeto de lei oramentria anual, ficarem sem despesas correspondentes, podero ser utilizados
como cobertura financeira para a abertura de crditos suplementares e especiais, mediante
prvia e especfica autorizao legislativa.

Art. 75 So vedados:

I o incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria anual;

II a realizao de despesas ou assuno de obrigaes diretas que excedam


os crditos oramentrios ou adicionais;

III a realizao de operaes de crdito que excedam o montante das despe-


sas de capital, ressalvadas as autorizaes mediante crditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pela Cmara de Vereadores, por maioria absoluta;

IV a vinculao da receita de impostos a rgos, fundo ou despesa, ressalva-


das a destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade e para a manuteno
e desenvolvimento do ensino e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipa-
o de receita;

V a abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao legis-


lativa e sem indicao dos recursos correspondentes;

VI a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma


categoria de programao para outra, ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legis-
lativa;

VII a concesso ou utilizao de crditos ilimitados;

21
VIII a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos do Munic-
pio para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas ou qualquer entidade de que o Muni-
cpio participe;

IX a instituio de fundos de qualquer natureza, sem prvia autorizao legisla-


tiva.

1 - Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro


poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem que lei autorize a incluso,
sob pena de responsabilidade poltico-administrativa.

2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio finan-


ceiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos 30
(trinta) dias daquele exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incor-
porados ao oramento do exerccio financeiro subseqente.

Art. 76 A abertura de crditos extraordinrios somente ser admitida para


atender a despesas imprevisveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pblica.

Pargrafo nico Os crditos extraordinrios sero abertos por Decreto do


Prefeito Municipal, o qual dever ser submetido aprovao da Cmara de Vereadores, no
prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 77 A despesa com pessoal ativo e inativo do Municpio no poder exce-


der os limites estabelecidos em lei complementar federal.

Pargrafo nico A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remune-


rao, a criao de cargos ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso de
pessoal a qualquer ttulo pelos rgos e entidades da administrao municipal direta e indireta,
inclusive fundaes institudas ou mantidas pelo Municpio, s podero ser feitas:

I se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees


de despesas de pessoal e os acrscimos dela decorrentes;

II se houver autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressal-


vadas as empresas pblicas e sociedades de economia mista.

TTULO III

DA ORDEM ECONMICA E SOCIAL

CAPTULO I

DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO E OBRAS

Art. 78 Valendo-se de sua autonomia e competncia assegurada nas Consti-


tuies Federal e Estadual, o Municpio elaborar projetos ou programas de desenvolvimento
local, atento aos princpios gerais estabelecidos na Constituio Federal, da atividade econ-
mica, da poltica urbana e rural, da sade pblica, da assistncia social, de educao, da cultu-
ra e do desporto, do meio ambiente, da famlia, do adolescente e do idoso.
22
Art. 79 Os projetos referidos no artigo anterior sero levados ao conhecimento
das comunidades organizadas e diretamente vinculadas a cada campo de atuao, s quais
assegurado o acesso a todos os dados pertinentes a cada estudo ou projeto.

Art. 80 A poltica do desenvolvimento urbano do Municpio, observadas as


diretrizes fixadas em lei federal, tem por finalidade ordenar o pleno desenvolvimento das fun-
es urbanas e garantir o bem-estar da comunidade local.

1 - A implementao dessas metas ter como objetivos gerais:

I ordenao da expanso urbana;

II integrao urbano-rural;

III preveno e a correo das distores do crescimento urbano;

IV proteo, preservao e recuperao do meio ambiente;

V proteo, preservao e recuperao dos patrimnio histrico, artstico, tu-


rstico, cultural e paisagstico;

VI controle do uso do solo de modo a evitar:

a) o parcelamento do solo e a edificao vertical excessivos com relao aos


equipamentos urbanos e comunitrios existentes;

b) a ociosidade, subutilizao ou no utilizao do solo urbano edificvel;

c) usos incompatveis ou inconvenientes.

2 - A poltica de desenvolvimento urbano do Municpio ser promovida pela


adoo dos seguintes instrumentos:

I - lei de diretrizes urbansticas do Municpio;

II elaborao e execuo de plano diretor;

III - leis e planos de controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo


urbano;

IV cdigo de obras e edificaes.

Art. 81 A lei de diretrizes urbansticas do Municpio compreender os princ-


pios gerais, os objetivos, a definio de reas de ordenamento prioritrio e as de ordenamento
deferido e normas gerais de orientao dos planos diretor e de controle de uso, parcelamento e
ocupao do solo.

Art. 82 Os planos urbansticos, previstos nos incisos II e III do art. 80, constitu-
em os instrumentos bsicos do processo de produo, reproduo e uso do espao urbano,
mediante a definio, entre outros, dos seguintes objetivos gerais:

I - controle do processo de urbanizao, para assegurar-lhe equilbrio e evitar o


despovoamento das reas agrcolas ou pastoris;

23
II - organizao das funes da cidade, abrangendo habitao, trabalho, circula-
o, recreao, democratizao da convivncia social e realizao de vida urbana digna;

III promoo de melhoramento na rea rural, na medida necessria ao seu


ajustamento ao crescimento dos ncleos urbanos;

IV - estabelecimento de prescries, usos, reservas e destinos de imveis,


guas e reas verdes.

Art. 83 - A poltica de desenvolvimento urbano do Municpio ter como priorida-


de bsica, no mbito de sua competncia, assegurar o direito de acesso moradia adequada
com condies mnimas de privacidade e segurana, atendidos os servios de transporte cole-
tivo, saneamento bsico, educao, sade, lazer e demais dispositivos de habitabilidade con-
digna.

1 - O poder pblico municipal, inclusive mediante estmulo e apoio a entidades


comunitrias e a construtores privados, promover as condies necessrias, incluindo a exe-
cuo de planos e programas habitacionais, efetivao desse direito.

2 - A habitao ser tratada dentro do contexto do desenvolvimento urbano,


de forma conjunta e articulada com os demais aspectos da cidade.

Art. 84 - O cdigo de obras e edificaes conter normas edilcias relativas s


construes no territrio municipal, consignando princpios sobre segurana, funcionalidade,
higiene, salubridade e esttica das construes, e definir regras sobre proporcionalidade entre
ocupao e equipamento urbano.

CAPTULO II

DA SADE E ASSISTNCIA SOCIAL

Art. 85 - O Municpio manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio


e do Estado, servios de sade pblica, higiene e saneamento a serem prestados populao.

1 - Visando a satisfao do direito sade, garantido na Constituio Fede-


ral, o Municpio, no mbito de sua competncia, assegurar:

I - acesso universal e igualitrio s aes e servios de promoo, proteo e


recuperao da sade;

II - acessos a todas as informaes de interesse para a sade;

III participao de entidades especializadas na elaborao de polticas, na de-


finio de estratgias de implementao, e no controle de atividades com impacto sobre a sa-
de pblica;

IV - dignidade e qualidade do atendimento.

2 - Para a consecuo desses objetivos, o Municpio promover:

24
I a implementao e a manuteno da rede local de postos de sade, de higie-
ne, ambulatrios mdicos, depsito de medicamentos e gabinetes dentrios, com prioridade
em favor das localidades e reas rurais em que no haja servios federais ou estaduais corres-
pondentes;

II - a prestao permanente de socorros de urgncia a doentes e acidentados,


quando no existir na sede municipal servio federal ou estadual dessa natureza;

III - a triagem e o encaminhamento de insanos mentais e doentes desvalidos,


quando no seja possvel dar-lhes assistncia e tratamento com os recursos locais;

IV a elaborao de planos e programas locais de sade em harmonia com os


sistemas nacional e estadual de sade;

V o controle e a fiscalizao de procedimentos, produtos e substncias de inte-


resse para a sade;

VI - a fiscalizao e a inspeo de alimentos, compreendido o controle de seu


teor nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano;

VII a participao no controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e


utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

VIII - a participao na formulao da poltica e da execuo das aes de sa-


neamento bsico;

IX - a defesa do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

3 - As aes e servios de sade do Municpio sero desconcentrados nos


distritos, onde se formaro conselhos comunitrios de sade, nos termos da lei municipal.

4 - A participao popular nos conselhos comunitrios de sade e em outras


formas previstas em lei ser gratuita e considerada servio social relevante.

Art. 86 - A assistncia social ser prestada pelo Municpio a quem necessitar,


mediante articulao com os servios federais e estaduais congneres, tendo por objetivo:

I - a proteo maternidade, infncia, adolescncia e velhice;

II - a ajuda aos desvalidos e s famlias numerosas desprovidas de recursos;

III - a proteo e encaminhamento de menores abandonados;

IV - o recolhimento, encaminhamento e recuperao de desajustados e margi-


nais;

V - o combate mendicncia e ao desemprego, mediante integrao ao merca-


do de trabalho;

VI - o agenciamento e a colocao de mo-de-obra local;

VII a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e a pro-


moo de sua integrao na vida comunitria.

1 - facultado ao Municpio no estrito interesse pblico:


25
I conceder subvenes a entidades assistenciais privadas declaradas de utili-
dade pblica por lei municipal;

II - firmar convnio com entidade pblica ou privada para prestao de servios


de assistncia social comunidade local;

III - estabelecer consrcio com outros Municpios visando o desenvolvimento de


servios comuns de sade e assistncia social.

CAPTULO III

DA EDUCAO E CULTURA

Art. 87 - O Municpio organizar e manter programas de educao pr-escolar


e de ensino fundamental, observados os princpios constitucionais sobre a educao, as diretri-
zes e bases estabelecidas em lei federal e as disposies suplementares da legislao estadu-
al.

1 - O Municpio somente atuar no ensino fundamental, na educao infantil


e na erradicao do analfabetismo por qualquer forma.

2 - O programa de educao e de ensino municipal dar especial ateno s


prticas educacionais no meio rural.

Art. 88 O Municpio aplicar, anualmente, vinte e cinco por cento, no mnimo,


da sua receita de impostos, compreendida a proveniente de transferncias, na manuteno e
desenvolvimento da educao infantil e do ensino fundamental.

1 - O Municpio manter programas suplementares de material didtico-


escolar, transporte, alimentao e assistncia sade, destinados aos educandos de suas
escolas.

2 - Os recursos pblicos municipais sero destinados exclusivamente s es-


colar mantidas pelo Municpio.

3 - O Municpio publicar, at o dia quinze de fevereiro de cada ano, o de-


monstrativo da aplicao dos recursos previstos neste artigo.

Art. 89 - O Municpio promover o desenvolvimento cultural da comunidade


local, nos termos da Constituio Federal, especialmente mediante:

I - oferecimento de estmulos concretos ao cultivo das cincias, artes e letras;

II - a proteo aos locais e objetos de interesse histrico-cultural e paisagstico;

III - incentivo promoo e divulgao da histria, dos valores humanos e das


tradies locais;

IV - criao e manuteno de ncleos culturais distritais e no meio rural e de


espaos pblicos devidamente equipados, segundo as possibilidades municipais, para a for-
mao e difuso das expresses artstico-culturais populares;

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V - criao e manuteno de bibliotecas pblicas nos distritos e bairros da cida-
de;

Pargrafo nico - facultado ao Municpio.

I firmar convnios de intercmbio e cooperao financeira com entidades p-


blicas e privadas, para a prestao de orientao e assistncia criao e manuteno de bi-
bliotecas pblicas na sede dos distritos e nos bairros;

II - prover, mediante incentivos especiais ou concesso de prmios e bolsas,


atividades e estudos de interesse local, de natureza cientfica, literria, artstica e scio-
econmica

CAPTULO IV

DOS ESPORTES E LAZER

Art. 90 - O Municpio apoiar e incrementar as prticas esportivas na comuni-


dade mediante estmulos especiais e auxlios materiais s agremiaes amadoras organizadas
pela populao em forma regular.

Art. 91 - O Municpio proporcionar meios de recreao sadia e construtiva


comunidade, mediante:

I - reserva de espaos verdes ou livres, em forma de parques, bosques, jardins,


(praias) e assemelhados, como base fsica da recreao urbana;

II - construo e equipamento de parques infantis, centros de juventude e edif-


cio de convivncia comunitria;

III - aproveitamento de (rios, vales, colinas, montanhas, lagos, matas) e outros


recursos naturais como locais de passeio e distrao;

IV prticas excursionistas dentro do territrio municipal de modo a pr em per-


manente contato as populaes rural e urbana;

V estmulo organizao participativa da populao rural na vida comunitria;

VI programas especiais para divertimento e recreao de pessoas idosas;

Pargrafo nico O planejamento da recreao pelo Municpio dever adotar,


entre outros, os seguintes padres:

I economia de construo e manuteno;

II - possibilidade de fcil aproveitamento, pelo pblico, das reas de recreao;

III - facilidade de acesso, de funcionamento, de fiscalizao, sem prejuzo da


segurana;

27
IV - aproveitamento dos aspectos artsticos das belezas naturais;

V - criao de centros de lazer no meio rural.

Art. 92 - Os servios municipais de esportes e recreao articular-se-o com as


atividades culturais do Municpio, visando a implantao e o desenvolvimento do turismo.

Art. 93 - O Municpio promover os meios necessrios para a satisfao do di-


reito de todos a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, nos termos da Constituio
Federal.

1 - As prticas educacionais, culturais, desportivas e recreativas municipais


tero como um de seus aspectos fundamentais a preservao do meio ambiente e da qualida-
de de vida da populao local.

2 - As escolas municipais mantero disciplina de educao ambiental e de


conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente.

Art. 94 - O Municpio, com a colaborao da comunidade, tomar todas as pro-


vidncias necessrias para:

I - proteger a fauna e a flora, assegurando a diversidade das espcies e dos


ecossistemas, de modo a preservar, em seu territrio, o patrimnio gentico;

II - evitar, no seu territrio, a extino das espcies;

III - prevenir e controlar a poluio, a eroso e o assoreamento;

IV - exigir estudo prvio de impacto ambiental, para a instalao ou atividade


potencialmente causadora de degradao ambiental, especialmente de pedreiras dentro de
ncleos urbanos;

V - exigir a recomposio do ambiente degradado por condutas ou atividades


ilcitas ou no, sem prejuzo de outras sanes cabveis;

VI - definir sanes municipais aplicveis nos casos de degradao do meio


ambiente.

DAS DISPOSIES TRANSITRIAS

Art. 95 Esta emenda a Lei Orgnica, aprovada pela Cmara Municipal e assi-
nada por todos os Vereadores, ser promulgada pela Mesa e entrar em vigor na data de sua
publicao.

Linha Nova/RS, em 26 de dezembro de 2003.

Dcio Zimmermann

Presidente Cmara Municipal

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