Apostila NR 33 FormaSeg
Apostila NR 33 FormaSeg
Apostila NR 33 FormaSeg
PARTE 1
CONHECENDO OS RISCOS
ESPAOS CONFINADOS
Histrico da Discusso
Ainda no ano de 2002, a Secretaria de Inspeo do Trabalho -
SIT/MTE props a construo de uma NR sobre a questo dos
espaos confinados.
Exemplos:
- os empregadores tm que garantir a capacitao continuada
dos trabalhadores sobre os riscos, medidas de controle, de
emergncia e salvamento em espaos confinados.
Caldeiras;
Pr-evaporadores;
Dornas de fermentao;
Tanques de armazenamento;
Esteiras (pontos enclausurados);
Tubulaes;
Galerias;
Etc...
Exemplos de Espaos Confinados
na Indstria Sucro-alcooleira
Exemplos de Espaos Confinados
na Indstria Sucro-alcooleira
Exemplos de Espaos Confinados
na Indstria Sucro-alcooleira
Exemplos de Espaos Confinados/rea Classificada
na Indstria Sucro-alcooleira
CONHECENDO OS TERMOS TCNICOS E
DEFINIES UTILIZADOS
VIGIA
o indivduo treinado e equipado
corretamente, que permanece o
tempo de durao do trabalho, do
lado de fora do ambiente confinado,
de forma a intervir em socorro dos
executantes do trabalho, caso seja
necessrio.
EMERGNCIA
qualquer tipo de ocorrncia
anormal que gera danos pessoais, ao
meio ambiente e s propriedades,
incluindo as falhas dos equipamentos
de controle ou monitoramento dos
riscos.
PERMISSO DE ENTRADA
um documento que tem como
finalidade autorizar o(s)
colaborador(es) a entrar em um
espao confinado. Esta permisso
define as condies para a entrada.
Lista os riscos da entrada e
estabelece a validade da permisso
(no pode ser superior a uma
jornada de trabalho).
ABERTURA DE LINHA
Oxignio O2 20,93
Nitrognio N2 78,10
Argnio Ar 0,9325
Dix de Carbono CO2 0,03
Hidrognio H2 0,01
Nenio Ne 0,0018
Hlio He 0,0005
Criptnio Kr 0,0001
Xennio Xe 0,000009
A esta composio adaptou-se o organismo
humano e seu sistema metablico no decorrer
de milnios. Qualquer gs ou material
particulado que invada o ar que respiramos, vai
causar sobre nosso organismo um efeito danoso
que depende do tempo de exposio, da
concentrao e do esforo fsico realizado.
_______________________________________
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Ponto de Fulgor Flash Point
a temperatura
mnima, na qual os
corpos combustveis
liberam vapores que se
incendeiam com uma
fonte de calor.
Entretanto a chama
no se mantm devido
a insuficincia de
vapores.
Ponto de Ignio
a temperatura mnima na
qual os gases desprendidos
entram em combusto apenas
pelo contato com o oxignio
do ar, independente de
qualquer de calor.
Ponto de combusto (fire-point)
a temperatura mnima
na qual os gases
desprendidos dos
combustveis, ao entrar
em contato com uma
fonte de calor,
queimam.
Resumo
Ignio
Combusto
Fulgor
RISCOS AMBIENTAIS
a atmosfera a que esto expostos os trabalhadores, com
riscos sade, vida gerando incapacitao fsica ou
psicolgica, e ao meio ambiente e s propriedades, por uma
ou mais das seguintes causas:
% Vol
MISTURA RICA
LSE
MISTURA EXPLOSIVA
100
MISTURA POBRE LIE
0
t
LEI DE LE CHATELIER
CH4 = 0,55
CO = 0,97
Ar = 1,00
H2S = 1,20
Gasolina = 3 a 4
OS RISCOS ATMOSFRICOS
Ventilao deficiente propicia alm da
deficincia de Oxignio, o acmulo de
gases nocivos como principalmente o H2S
(gs sulfdrico) e o CO (monxido de
carbono), que so responsveis por 60%
das vtimas dos acidentes em ambientes
confinados.
OXIGNIO
OS EFEITOS DA DEFICINCIA DE OXIGNIO
O mnimo permissvel para a respirao segura gira em
torno de 19,5% de o2. Teores abaixo deste podem causar
problemas de
descoordenao (15 a 19%),
respirao difcil (12 a 14%),
respirao bem fraca (10 a 12%),
falhas mentais, inconscincia, nuseas e vmitos (8 a
10%),
morte aps 8 minutos (6 a 8%) e
coma em 40 segundos (4 a 6%).
Convm salientarmos que a presena de gases
considerados inertes ou mesmo de inflamveis,
considerados como asfixiantes simples,
deslocam o oxignio e por conseguinte tornam o
ambiente imprprio e muito perigoso para a
respirao. Logo, antes de entrarmos no interior
de espaos confinados devemos monitor-lo e
garantirmos a presena de oxignio em
concentraes na faixa de 19,5 e 23%.
Monoxido de carbono
OS EFEITOS DO MONXIDO DE CARBONO
Por no possuir odor e cor este nocivo gs pode permanecer por
muito tempo em ambientes confinados sem que o ser humano tome
providncias de ventilar ou exaurir o local e conseqentemente, em
caso de entrada nestes locais, poderemos ter conseqncias danosas
ao homem. Em concentraes superiores ao seu limite de
tolerncia (concentrao acima da qual podero ocorrer danos
sade do trabalhador), que de 39 ppm:
O exposto poder sentir desde uma simples dor de cabea (200
ppm);
Palpitao (1000 a 2000 ppm);
Inconscincia (2000 a 2500 ppm);
Morte (4000 ppm).
EFEITOS DA ASFIXIA BIOQUMICA
CO absorvido pelo pulmo
at 100 vezes mais rpido que o
Oxignio.
Sintomas
dor de cabea,
desconforto
tontura
confuso,
tendncia a cambalear
nuseas
vmitos
palpitao
inconscincia
Tratamento
Cmara Hiperbrica
Transfuso de Sangue
Limite de tolerncia = 39 ppm
Acima de 200 ppm : dor de cabea CO
De 1000 a 2000 ppm : palpitao
De 2000 a 2500 ppm : inconscincia
Acima de 4000 ppm : morte Acima de 4000
2000 a 2500
1000 a 2000
Acima de 200
ppm de CO
CONSIDERAES SOBRE O MONOXIDO DE
CARBONO - CO
Aparncia: Limites de Tolerncia
Por no possuir cheiro nem
IPVS 1200 ppm
cor podemos no prevenir BRA 39 ppm
sua presena no ambiente TLV(EUA) 25 ppm
Onde encontramos: Limites de inflamabilidade
resultado de queima no ar:
incompleta de combustveis LSI: 75 %
LII: 12 %
fornos
caldeiras Temperatura de ignio
solda 609,3 C
Motores a combusto
Geradores a diesel, gasolina (Fonte CETESB)
resultante do processo
GS SULFDRICO
H2S
H2S
500 a 700
100 a 200
50 a 100
ppm de H2S
Principais propriedades do gs sulfdrico-H2S
:
Solvel em gua;
Queima facilmente, sua chama azul e produz o SO2
(dixido de enxofre);
um gs irritante;
Forma misturas explosivas com o ar e durante o processo
de corroso, cria uma camada de FeS ( Sulfeto ferroso).
Este fenmeno ocorre com freqncia nas superfcies
internas de tanques, torres, vasos e tubulaes (linhas)
em geral;
Esta escama ao entrar em contato com o ar, pode
inflamar-se por auto ignio.
COMO SE FORMA H2S
Metanol
Faixa de explosividade
Hidrognio
Faixa de explosividade
GASES NOBRES
ARGNIO
DIXIDO DE CARBONO
NITROGNIO
PROTEO RESPIRATRIA
Sistema Respiratrio
Gastro- intestinal
(boca)
Pele
(Poros)
PROTEO RESPIRATRIA
Inertes
No so metabolizados pelo organismo
Ex: Nitrognio, Hlio, Argnio, Nenio, Dixido De Carbono.
PROTEO RESPIRATRIA
cidos
Podem causar irritaes no sistema respiratrio e provocar o
aparecimento de edemas pulmonares
Ex: Dixido de Enxofre, Gs Sulfdrico, cido Clordrico.
Alcalinos
Idem ao cidos - Ex: Amnia e Aminas.
Orgnicos
Podem existir como gases ou vapores de composto lquido
orgnico. Ex: Acetona, Cloreto de Vinila, etc...
Organo-metlicos
Compostos metlicos combinados a grupos orgnicos.
Ex: Chumbo Tretaetile e Fsforo Orgnico.
PROTEO RESPIRATRIA
Aerodispersides
Partculas Txicas
Podem passar dos pulmes para a corrente sangnea e
levadas para as diversas partes do corpo, onde vo exercer
ao nociva sade (Irritao qumica, envenenamento
sistmico, tumores, etc...)
Ex: Antimnio, Arsnio, Cdmio, cido Fosfrico, Fsforo,
cido Crmio, etc...
PROTEO RESPIRATRIA
Partculas no txicas
Chamadas tambm de poeiras no agressivas, no causam
fibroses, podem ser dissolvidas e passar diretamente para a
corrente sangnea ou que podem permanecer nos pulmes,
sem causar efeitos nocivos locais ou sistmicos.
Ex: Algodo, l, Farinhas, Poeiras de Couro, P de Madeira,
etc...
PROTEO RESPIRATRIA
Sistemas de equipamentos de proteo respiratria
AR MANDADO AUTNOMA
DEPENDE
DE AR
DEPENDENTE INDEPENDENTES
PROTEO RESPIRATRIA
Espcies de filtros
Filtros contra gases
Os filtros contra gases so recheados com carvo ativo, cuja
estrutura porosa oferece uma grande superfcie.
Enquanto o ar respirado flui atravs da carga de carvo ativo do
filtro, as molculas do contaminante so retidas na grande
superfcie do carvo ativo granulado.
Para muitos outros gases (por exemplo: amnia, cloro, dixido de
enxofre), o efeito de reteno no filtro poder ser melhorado com
a impregnao do carvo com produtos qumicos de reteno,
utilizando-se para tanto sais minerais e elementos alcalinos.
Filtros contra aerodispersides
Os filtros contra aerodispersides consistem de material fibroso
microscopicamente fino. Partculas slidas e lquidas so retidas
na superfcie dessas fibras com grande eficincia.
PROTEO RESPIRATRIA
Espcies de filtros
Filtros combinados
Os filtros combinados formam a unio de filtro contra
gases e de filtro contra aerodispersides numa mesma
unidade filtrante.
Oferecem proteo quando gases e aerodispersides
aparecem simultaneamente no ambiente.
O ar inalado atravessa inicialmente o filtro contra
aerodispersides que retm todas as partculas em
suspenso no ar.
PROTEO RESPIRATRIA
Tempo de uso e saturao
Dependendo de suas dimenses e das condies de uso, os
filtros de respirao so capazes de reter uma certa quantidade
de contaminantes.
Os filtros contra aerodispersides em geral tendem a se fechar
mais com o uso. A resistncia respiratria aumenta.
Quando os filtros contra gases so usados at o limite,
atingindo sua saturao, o usurio nota-o em geral pela
percepo do cheiro caracterstico de um gs ou pela irritao
da mucosa.
No uso de filtros combinados, dependendo da composio dos
contaminantes, o filtro poder saturar pelo entupimento dos
aerodispersides e assim se notaria uma elevada resistncia
respiratria ou o filtro se satura pelo elemento contaminante
gasoso e a troca se far quando notado o primeiro cheiro de
gs.
PROTEO RESPIRATRIA