Manutenção Sprinter I - Básico

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MANUTENO SPRINTER I - BSICO

MECNICA DE VECULOS PESADOS

MANUTENO SPRINTER I
BSICO

2003

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 1


MECNICA DE VECULOS PESADOS

2003. SENAI-SP
Manuteno Sprinter I - Bsico
Publicao organizada e editorada pela Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo

Coordenao geral Luis Carlos Emanuelli

Coordenador do projeto Jos Antonio Messas

Planejamento e Valdemar Lima de Jesus Filho


organizao do contedo

Elaborao Teresa Candolo

Editorao Teresa Cristina Mano de Azevedo

Digitao e Joo Roque


produo de imagens

SENAI. SP. Manuteno Sprinter I - Bsico. So Paulo, 2003. 117p. il.

Apostila tcnica

1. Mecnica Diesel 2. Automobilstica 3. Motor Diesel 4. Manuteno Sprinter

CDU 621.436

SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial


Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo
Rua Moreira de Godi, 226 - Ipiranga - So Paulo-SP - CEP. 04266-060

Telefone (0xx11) 6163-1988


Telefax (0xx11) 6160-0219

E-mail [email protected]

Home page http://www.sp.senai.br/automobilistica

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MANUTENO SPRINTER I - BSICO

SUMRIO

APRESENTAO 7
Conhecendo um veculo Sprinter 7

A PRIORIDADE DA PRESERVAO DO MEIO A MBIENTE 9

RECOMENDAES IMPORTANTES 11

Pontos de apoio para levantar o veculo 11


Condies preliminares para reparao do veculo 12
Recomendaes sobre segurana 12

SISTEMA DE MANUTENO 15
Controles peridicos 15
Intervalos para manuteno 16
Capacidades de abastecimento 17
Plano de manuteno 18

MOTOR 22
Caractersticas gerais 22
Dados tcnicos 24
Troca de leo e do filtro 25
Troca do filtro de combustvel 26
Troca do filtro de ar 27
Regulagem da folga das vlvulas 28
Remoo e instalao da correia de distribuio 29
Remoo e instalao da bomba injetora 33
Regulagem e sincronizao da bomba injetora 37
Sangria do sistema de combustvel 38
Verificao da estanqueidade do sistema de arrefecimento 39
Sangria do ar do sistema de arrefecimento 40

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

SUSPENSO E EMBREAGEM DO MOTOR 42


Suspenso do motor 42
Embreagem 43
Verificao do desgaste do disco da embreagem 44
estando montado no veculo
Cuidados com o fluido de freio 45
Sangria do ar do sistema de acionamento da embreagem 45

CAIXA DE MUDANAS 47
Substituio do leo 48
Remoo e instalao da caixa de mudanas 49
Substituio dos vedadores da caixa 51

EIXOS 54
Eixo dianteiro 54
Verificao visual dos batentes de borracha 55
Verificao da folga e do estado dos guarda-ps 55
Remoo e instalao do suporte telescpico no eixo dianteiro 56
Remoo e instalao do cubo da roda dianteira 56
Eixo traseiro 58
Substituio do leo 59
Substituio do rolamento da roda traseira 60
Substituio do vedador do pinho 63
Regulagem dos eixos 64
Seqncia para comprovar o alinhamento 65
Pontos de medio para determinar o valor de referncia 66
de avano do pino-mestre
Diagrama para determinar o valor de referncia 66
do avano do pino-mestre
Pontos de medio para determinar o valor de referncia 67
da convergncia
Diagrama para determinar o valor de referncia da convergncia 67
Ponto de medio para determinar o valor de referncia 68
do ngulo de inclinao das rodas
Diagrama para determinar o valor de referncia da inclinao das rodas 68
Ponto de medio para determinar o valor de referncia 69
do ngulo de inclinao do pino-mestre

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MANUTENO SPRINTER I - BSICO

Diagrama para determinar o valor de referncia da inclinao do pino-mestre 69


Tabela de converso para convergncia, de milmetro para grau 70
Tabela de presso de inflao dos pneus 70

RVORES DE TRANSMISSO 71
Lubrificao das rvores de transmisso 71

FREIOS 72
Cuidados a serem tomados ao manusear fluido de freio 73
Sangria 74
Sangria manual 75
Sangria com dispositivo de sangria 76
Verificao do nvel do fluido de freio 77
Substituio do fluido de freio 78
Remoo e instalao das pastilhas de freio 79
Remoo e instalao das sapatas de freio 80
Regulagem do freio de estacionamento 82

DIREO 83
Verificao do nvel e substituio do fluido 84
Verificao da folga da direo 85
Verificao do estado das hastes da direo 85
Substituio das coifas de proteo 86

SISTEMA ELTRICO 88
Substituio dos fusveis na coluna de direo, abaixo do volante 89
Substituio dos fusveis no compartimento sob o banco do motorista 90

QUADRO DE CHASSI 91
Dados de medio do chassi de pick-up com e sem caixa de carga 92
Dados de medio do chassi de furgo ou Kombi 94

CABINA 95
Remoo e instalao do painel de instrumentos e regulador de iluminao 98

CARROARIA 99
Desmontagem e montagem da frente do veculo 99

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

Regulagem das portas dianteiras 101


Regulagem da porta corredia 103
Regulagem das portas traseiras (teto alto e teto baixo) 107

TABELAS DE A PERTO 108


Motor 108
Volante, embreagem e caixa de mudanas 109
Eixo dianteiro 110
Eixo traseiro 110
Freios 110
Direo 110
Carroaria 111

FERRAMENTAS ESPECIAIS 112


Relao das ferramentas especiais para o Sprinter 112
Ferramenta de fabricao prpria: gancho para remover e instalar o motor 116

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 117

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APRESENTAO

CONHECENDO UM VECULO SPRINTER

O intuito desta apostila Manuteno Sprinter I - Bsico inici-lo no conhecimento do veculo


Sprinter, da Mercedes Benz. Trata-se da apresentao de um resumo das principais
caractersticas tcnicas do Sprinter e de seus conjuntos mecnicos, constituindo um guia
do veculo voltado para o sistema de manuteno e para as reparaes mais comuns. Nele
esto detalhadas as ferramentas especiais, as capacidades de abastecimento, os momentos
de fora (apertos) do Sprinter etc.

No entanto, informaes mais aprofundadas e caractersticas especficas dos componentes


mecnicos so demonstradas nas outras apostilas de Manuteno Sprinter, confeccionadas
pelo SENAI-SP, que formam um conjunto com esta. Voc tambm poder encontrar
informaes detalhadas nos Manuais de Oficina Sprinter, publicados pela prpria Mercedes-
Benz, nos quais a presente apostila baseia-se.

Nesta apostila de conhecimentos bsicos, voc usufruir de uma adaptao do Manual de


Apresentao Sprinter, editado pela Mercedes-Benz do Brasil, e de outros Manuais de Oficina
da Mercedes-Benz listados nas Referncias Bibliogrficas.

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A PRIORIDADE DA PRESERVAO DO MEIO AMBIENTE

Neste captulo, voc ver como a preocupao com o meio ambiente tornou-se uma
prioridade nos dias de hoje e de que maneira o veculo Sprinter participa de um programa
de preservao ambiental. Tendo conscincia disso, voc tambm poder fazer a sua parte.

O veculo Sprinter que voc v representado acima possui


mais de 30 peas elaboradas com material reciclvel

A preocupao com o meio ambiente, atualmente, encontra-se em todas as ramificaes


do setor produtivo e da sociedade, de maneira geral. O homem levou o planeta em que
vivemos a um tal ponto de desequilbrio que urge preserv-lo, o quanto antes, das
conseqncias da ao devastadora e poluidora do homem. O efeito estufa, o derretimento
das calotas polares, a contaminao das guas e a escassez da mesma, entre outros, so
graves problemas que ameaam a sobrevivncia do homem e do planeta e necessitam do
esforo de todos no combate s suas causas. Os ndices de poluio, de todos os tipos,
tm de ser reduzidos para que se possa minorar o desequilbrio do meio ambiente, a fim de
preservar o futuro da humanidade.

A preservao do meio ambiente uma preocupao legtima e fortemente presente nos


programas da Mercedes-Benz, produtora dos veculos Sprinter. Essa empresa mantm
programas de preservao ambiental que incluem a conservao dos recursos naturais, a
reciclagem de resduos, a proteo das guas, a reduo de rudos e isolamento acstico,
a conservao da pureza do ar e a eliminao de resduos contaminantes.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

A evoluo dos veculos Sprinter fruto dessa poltica, pois se trata de um utilitrio que
satisfaz a todos esses requisitos, uma vez que dispe de facilidade de desmontagem,
diminuio do nmero de materiais empregados, utilizao de plsticos fceis de reciclar
etc. Alm disso, em sua produo, no so empregados materiais nocivos ao meio ambiente,
como o amianto, o cdmio e os hidrocarbonetos fluorclorados. Na pintura do utilitrio, so
empregados produtos isentos de solventes orgnicos e materiais de acabamento com baixos
porcentuais de solventes. notvel, tambm, na confeco do Sprinter, a preocupao
com a reduo das emisses gasosas e acsticas do motor. Como o veculo possui proteo
anticorrosiva, sua durabilidade muito maior, o que tambm contribui significativamente
para a diminuio dos resduos lanados ao meio ambiente.

A segurana ativa e a passiva tambm foram melhoradas no modelo, ou seja, o veculo


projetado com equipamentos que previnem ou evitam acidentes (por exemplo, freios ABS,
controle de trao etc.) bem como com componentes que amenizam as conseqncias,
como por exemplo, o air bag, que diminui as chances de o motorista ou passageiros se
machucarem dentro do veculo quando ocorre um acidente.

Como se pode ver, o programa de proteo ao meio ambiente da Mercedes-Benz que


envolve o veculo Sprinter no se limita ao processo de produo, economia e escolha de
materiais e processos, mas se estende ao ciclo completo de vida til do veculo, considerando
tambm sua forma de funcionamento, desgaste e eliminao aps o perodo de uso.

A conservao dos dispositivos do veculo que contribuem para a preservao do meio


ambiente deve estar sempre em mente do reparador ou tcnico por ocasio da manuteno
do Sprinter. Dessa forma, todos estaro colaborando para o bem-estar do homem, hoje, e
das geraes futuras.

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RECOMENDAES IMPORTANTES

Neste captulo, trazemos para voc recomendaes importantes na hora de proceder


reparao de um veculo Sprinter. Elas dizem respeito praticidade e segurana da
operao. Preste, portanto, bastante ateno nas instrues a seguir, pois delas depender
a qualidade e eficincia de seu trabalho. Elas tambm lhe garantiro a agilidade de seu
servio pois, procedendo conforme as orientaes aqui descritas, voc evitar possveis
transtornos.

PONTOS DE APOIO PARA LEVANTAR O VECULO

ATENO!

QUANDO VOC NECESSITAR LEVANTAR O VECULO, FAA-O SOMENTE PELOS PONTOS INDICADOS NA FIGURA ABAIXO;
UTILIZE ELEVADORES OU MACACO TIPO JACAR, SEMPRE CONSIDERANDO O PESO DO VECULO E DE SUA CARGA.
CASO CONTRRIO, PODERO OCORRER ACIDENTES, PROVOCANDO LESES NO TCNICO OU DANOS MATERIAIS.

1. Ao utilizar o macaco jacar, levante o veculo a partir das longarinas do chassi, frente
do eixo dianteiro (ponto ideal para encaixar o para macaco jacar).
2. Quando utilizar macaco vertical, sem rodas, coloque-o sob a base de apoio da mola
transversal do eixo dianteiro.
3. Utilize-se do centro do eixo dianteiro para colocar calo de madeira a fim de evitar danos
na mola.
4. Na suspenso traseira, voc tambm pode utilizar o macaco vertical sem rodas.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

5. J o macaco jacar tambm pode ser utilizado sob as longarinas do chassi, frente do
eixo traseiro.
6. Outro ponto firme para o apoio o suporte de fixao das molas no eixo traseiro.
7. E, por fim, se utilizar o elevador de valeta, posicione-o sob a carcaa do diferencial.

CONDIES PRELIMINARES PARA A REPARAO DO VECULO

Antes de iniciar o trabalho de reparao do veculo, voc deve proteger o estofamento dos
assentos dianteiros e o volante, assim como colocar papis no piso. O cuidado e a limpeza
so detalhes importantes quando se realiza um trabalho de reparao.

Pensando nisso, e para realizar seu trabalho com maior eficincia, voc pode lavar a parte
inferior da unidade e limpar a rea de trabalho antes de comear o servio de reparao.

imprescindvel, nos casos indicados, a utilizao de uma valeta apropriada ou de um


elevador de quatro colunas, devido comodidade que podem propiciar para a realizao da
operao; alm disso, dessa forma voc trabalhar com maior segurana.

ATENO!

PREVENIR ACIDENTES PESSOAIS E DANOS MATERIAIS, OBSERVANDO SEMPRE


AS NORMAS DE SEGURANA, DEVER PRIMORDIAL DO TCNICO OU REPARADOR!

RECOMENDAES SOBRE SEGURANA

As recomendaes a seguir no so absolutas. Voc pode sempre complement-las,


acrescentando procedimentos que percebeu serem necessrios. No deixe, no entanto, de
seguir as que vo aqui descritas, pois elas so essenciais para sua segurana e de seu
meio ambiente.

Antes de iniciar qualquer servio no veculo, certifique-se de que o freio de estacionamento


esteja aplicado, as rodas devidamente caladas e a caixa de mudanas em ponto morto.
Utilize corretamente as ferramentas e equipamentos especiais. Verifique se os mesmos
esto em perfeitas condies de uso e se so os adequados para os trabalhos a serem
realizados. As especificaes e prescries recomendadas pelo fabricante de tais
equipamentos devem ser sempre obedecidas risca.

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MANUTENO SPRINTER I - BSICO

Ao efetuar trabalhos de manuteno e reparao no compartimento do motor ou na


instalao eltrica do veculo, desconecte a bateria.
Ao efetuar qualquer trabalho no compartimento do motor, certifique-se de que o cap
esteja travado na posio aberta e de que o motor esteja frio. Se for necessrio efetuar
o servio com o motor aquecido, tome os cuidados necessrios para evitar queimaduras.
Quando for necessrio efetuar trabalho com o motor em funcionamento, tome cuidado
com as peas em movimento. Mos, cabelos compridos, gravatas, roupa solta, anis,
relgios etc. podem enroscar-se nas peas, provocando acidentes.
Nunca funcione o motor em recinto fechado e sem ventilao. Os gases do escapamento
contm, alm de outros componentes nocivos, monxido de carbono, que pode ser
mortal quando inalado.
Quando for efetuar retrabalhos no sistema de arrefecimento do motor, lembre-se de
despressuriz-lo previamente. Para isso, gire cuidadosamente a tampa do reservatrio
at o primeiro encaixe, para liberar o vapor, espere alguns minutos e, somente depois,
retire a tampa completamente.
Nunca remova a tampa com a temperatura do motor acima de 90 C.
Ao trabalhar com produtos combustveis, tenha sempre mo, obrigatoriamente, um
extintor.
No fume e verifique se est trabalhando prximo a chamas expostas, fascas ou pontos
aquecidos (por exemplo: soldas).
Nunca efetue um servio ou reparo com o veculo apoiado sobre um macaco; d prefe-
rncia a cavaletes apropriados para apia-lo.
Guarde o fludo de freio somente em sua embalagem original, mantendo-a fechada. A
ingesto acidental do mesmo poder ser fatal. Evite tambm o contato do fludo com a
pele e com componentes plsticos ou superfcies pintadas. No caso de derram-lo aci-
dentalmente, voc deve lavar imediatamente a superfcie atingida com bastante gua.
No toque com as mos peas aquecidas ou resfriadas. Quando for necessrio manipular
peas com interferncias ou aquecidas, faa-o utilizando luvas e ferramentas apropriadas.
Evite curtos-circuitos (fascas) ou chamas expostas nas proximidades da bateria. O gs
emanado das baterias altamente explosivo.
Evite o contato da soluo eletroltica da bateria com a pele, roupa ou mesmo com a
estrutura do veculo. Se o eletrlito atingir acidentalmente os olhos, lave-os com gua
abundante e procure imediatamente um mdico.
Se forem realizadas reparaes que requeiram o uso de solda eltrica no veculo, des-
conecte o sistema eltrico do mesmo (bornes de bateria, alternador, mdulos eletrnicos
e painel de instrumentos), para que no sejam danificados. Proteja convenientemente
as peas de plstico ou fibra que possam ser danificadas pelas fascas provocadas pela
solda.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

Preste ateno aos terminais, cabos eltricos e tubos plsticos utilizados nos sistemas
pneumticos e de alimentao de combustvel, para que no sejam danificados durante
a realizao dos servios de manuteno e reparao. Tome cuidado para que os tubos
plsticos no sejam dobrados nem marcados.
Ao utilizar lmpadas portteis de 12V, certifique-se de que sejam equipamentos seguros,
com proteo contra impactos e isolamento total.
Nos servios de pintura e limpeza de peas com solventes, utilize sempre os equipamen-
tos de proteo pessoal adequados. Evite a inalao de vapores e o contato desses ma-
teriais com a pele.
Os leos lubrificantes drenados, solventes e combustveis j utilizados devem ser reco-
lhidos e armazenados em recipientes apropriados. Nunca devem ser jogados na rede
de esgoto local ou no solo.
Lembre-se de que os servios de manuteno e reparao realizados de forma incorreta
ou incompleta acarretaro problemas na operao do veculo, comprometendo a segu-
rana do mesmo e de seus ocupantes.

PROTEJA SEMPRE O MEIO AMBIENTE EVITANDO POSSVEIS EXPLOSES E INCNDIOS!

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SISTEMA DE MANUTENO

CONTROLES PERIDICOS

H alguns itens de funcionamento do veculo que precisam ser checados com maior
freqncia que os demais. O bom funcionamento desses itens evita problemas graves alm
de propiciarem maior segurana para quem se utiliza do veculo.

Voc deve checar, de preferncia diariamente, o nvel dos lquidos que resfriam ou lubrificam
componentes do automvel. Observe na figura os pontos que devem ser checados e as
tarefas de controle correspondentes a esses pontos, que esto listadas logo abaixo da
figura.

1. Verificar o nvel do leo do motor;


2. Completar o nvel do leo do motor;
3. Completar o nvel do lquido de arrefecimento (controlado pela lmpada-piloto);
4. Verificar e completar o lquido do limpador de pra-brisa;
5. Verificar e completar o fluido de freios, utilizando-o tambm para o acionamento da
embreagem;
6. Completar o fluido da direo hidrulica.

Basta abrir o cap para poder controlar de modo rpido e seguro o nvel desses diferentes
lquidos e abastecer o reservatrio de gua do limpador de pra-brisa. Todos os grupos a
serem examinados e os recipientes para lquidos de servios so facilmente acessveis.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

Voc pode verificar diariamente esses pontos, ao iniciar a operao do veculo; dessa forma,
voc sempre obter um funcionamento exemplar do automvel.

INTERVALOS PARA MANUTENO

Uma das grandes vantagens do Sprinter o fato de no precisar de manuteno com


grande freqncia, devido robustez do veculo e de seus componentes. Os intervalos
entre uma manuteno e outra so longos.

O servio de manuteno do Sprinter executado somente a cada 45.000 km para servio


normal e a cada 22.500 km para servio severo. Isso significa menos permanncia do
veculo na oficina, fato que gera menores custos operacionais para o proprietrio do
automvel e maior disponibilidade do veculo para o usurio.

Alm disso, o Sprinter um veculo de fcil reparao. Confira na listagem a seguir os itens
do veculo cujas caractersticas facilitam para voc a manuteno ou reparao do Sprinter.
O conhecimento desses itens agilizar seu trabalho:

A embreagem, por ser de acionamento hidrulico, possui compensao automtica da


folga.
A bateria livre de manuteno.
Os freios de servio possuem reajuste automtico, com indicador tico do desgaste das
pastilhas.
Os discos de freio so de fcil substituio.
Tambm as lmpadas dos faris so facilmente substituveis, sem que haja, para isso,
necessidade de ferramentas.
O pra-choque traseiro composto de trs peas; depois de um pequeno acidente
suficiente que voc substitua apenas a pea danificada.

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1 REVISO 15.000km ou 300h

SERVIO NORMAL a cada

Servio de lubrificao L 15.000km ou 300h


Servio de manuteno M 45.000km ou 900h
Servios complementares C 90.000km ou 1.800h

CONDIES DIFCEIS DE SERVIOS a cada

Servio de lubrificao L 7.500km, 150h ou 1.800 litros


Servio de manuteno M 22.500km, 450h ou 5.400 litros
Servios complementares C 45.000km, 900h ou 10.800 litros

OBSERVE QUE:

Para efetuar as revises, os servios de lubrificao e de manuteno, voc deve observar


o plano de manuteno do veculo constante no Manual de Manuteno, que fornecido
por ocasio da compra do veculo, ou a respectiva Ficha de Manuteno. Para ilustrar,
apresentamos a seguir exemplos da ficha de manuteno e do plano de manuteno.

CAPACIDADES DE ABASTECIMENTO
CONJUNTO QUANTIDADE

Motor 7 litros

Caixa de mudanas 2,2 litros

Eixo traseiro 2,2 litros

Sistema de freio e de acionamento da embreagem 0,5 litro

Direo hidrulica 1,2 litros

Sistema de arrefecimento 11 litros

OBSERVAO:
Voc deve utilizar somente os lubrificantes aprovados e recomendados pela Mercedes-
Benz, indicados no Manual de Operao do veculo.

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PLANO DE MANUTENO

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MOTOR

Neste captulo, trazemos para voc as caractersticas bsicas do motor Sprinter. Trata-se
apenas de uma introduo ao motor; para um aprofundamento no tema, voc dever
complementar essas informaes com as outras apostilas de Manuteno Sprinter.

CARACTERSTICAS GERAIS

O veculo Sprinter equipado com o motor OM 014 A, um motor Diesel de 4 cilindros com
turbo-alimentador e injeo direta, produzido pela International Engines para a Mercedes-
Benz. um motor especialmente adequado para tarefas de transporte rpido, com excelentes
caractersticas funcionais e que apresenta reduzido consumo de combustvel; transporta
cargas elevadas em percursos difceis e possui um torque mximo elevado, o que permite
ao motorista operar o veculo com poucas mudanas de marcha.

O motor do Sprinter tambm possui um porte de liga leve com tubulaes de admisso
helicoidais. A cmara de combusto de alta turbulncia, com uma relao de compresso
de 19:1.

Todos esses fatores permitem obter um elevado rendimento com baixas emisses de
poluentes, o que timo para o usurio e para o meio ambiente.

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MANUTENO SPRINTER I - BSICO

O sistema de injeo direta contribui significativamente para o baixo consumo de combustvel


do veculo. Ele funciona da seguinte maneira: o combustvel injetado diretamente na
cavidade do mbolo; ao mesmo tempo, o ar pr-comprimido alcana, nos canais de admisso,
uma turbulncia predeterminada. Esses dois fatores proporcionam uma mistura perfeita do
combustvel com o ar.

Com uma presso de combusto maior, teoricamente tambm aumentaria o nvel de emisso
de rudos. Para atenuar as conseqncias desse efeito indesejvel, efetuada uma pr-
injeo. O porta-injetor dispe de duas molas. No primeiro curso de agulha, o injetor insere
uma pequena quantidade de combustvel no mbolo; o fluxo principal s injetado durante
a segunda etapa da injeo. A suave transio do fluxo prvio ao fluxo principal do combustvel
faz com que a presso de combusto aumente lenta e gradualmente; com isso, no h uma
produo exacerbada de rudos.

O motor equipado com uma bomba injetora Bosch VE, do tipo rotativa, prpria para servios
pesados (mais compacta e leve que as do tipo linear). Essa bomba opera com sangria
automtica; por isso, ainda que haja entrada de ar no sistema, no h necessidade de sangr-lo.

A energia dos gases do escapamento aproveitada para girar o rotor da turbina, cujo eixo
solidrio ao rotor do compressor. Este envia o ar para os cilindros a uma presso maior
que a atmosfrica, o que permite reduzir o trabalho realizado pelos mbolos durante a
admisso e dispor de uma maior massa de ar. Dessa forma, consegue-se aumentar o
rendimento trmico do motor.

O turbo-alimentador do Sprinter possui uma vlvula que controla a presso na admisso.


Quando o motor funciona em alta rotao e a presso de admisso ultrapassa o valor
mximo, essa vlvula se abre evitando o excesso de rotao no turbo-alimentador.

O motor est equipado com um sistema de pr-aquecimento que auxilia a partida em pocas
de baixas temperaturas. O sistema controlado por um rel temporizador que atua em
funo da temperatura do motor.

O filtro de combustvel, descartvel, formado de pea nica; portanto, de fcil substituio.


Ele possui um decantador que separa a gua e as impurezas acumuladas do combustvel.
H uma lmpada de advertncia no painel de instrumentos que acende avisando quando
deve ser realizada a drenagem das impurezas no filtro. J o filtro de ar do tipo seco e em
papel, e tambm possui um indicador de manuteno para alertar a necessidade de sua
substituio.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

A lubrificao do motor efetuada continuamente. Porm, o veculo Sprinter possui um


sistema de lubrificao que permite que as trocas de leo sejam feitas de forma mais
espaada. Uma bomba de leo do tipo estrela encontra-se localizada dentro da carcaa de
distribuio. Um radiador de leo impede que os esforos trmicos sejam excessivos quando
o motor submetido a um regime de carga elevado. Os dutos de alimentao e retorno de
leo esto conectados ao filtro de leo. O leo lubrificante injetado continuamente nos
mbolos, para controlar e limitar a temperatura. Desse modo, as peas mais afetadas pelas
altas temperaturas so arrefecidas com mais eficincia, aumentando a vida til do leo e,
conseqentemente, permitindo intervalos de troca de leo mais prolongados.

O sistema de arrefecimento do motor do Sprinter pressurizado, de circulao forada,


com bomba de ar centrfuga. O ventilador de 11 ps e est equipado com um acoplamento
viscoso que faz com que o nmero de rotao varie em funo da carga do motor. Esta
caracterstica possibilita um aquecimento mais rpido do motor; com isso, reduzem-se as
emisses de gases e rudos e o desgaste do motor. A agilizao do aquecimento tambm
proporciona uma maior economia de combustvel, uma vez que o ventilador absorve menos
potncia do motor e emite menos rudos na operao.

DADOS TCNICOS
Confira na tabela abaixo os dados tcnicos do motor International Engines OM 014 que
equipa o veculo Sprinter:

Denominao OM 014 A

Tipo de motor Diesel 4 tempos

Nmero e disposio dos cilindros 4 em linha

Cilindrada 2.500 cm3

Dimetro 90,5mm

Curso 97mm

Relao de compresso 19,5 : 1

Potncia CV/Kw/rpm 94,5/69,4/3.800

Torque Nm/mkgf/rpm 230/23/1.800

Rotao de marcha lenta 800rpm

Rotao mxima livre 4.560rpm

Tipo de injeo direta

Bosch rotativa VE 4/11


Bomba de injeo
F1900VRB40-2

Injetores Bosch DSLA 148 PV 4010 2 etapas

Ordem de injeo 1-3-4-2


(continua)

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MANUTENO SPRINTER I - BSICO

(continuao)

1 etapa 200 bar


Presso de injeo
2 etapa 285 bar

Incio de injeo esttica 2 (+/-1) APMS

Presso de compresso 22 a 24 bar

Folga de regulagem das vlvulas Admisso 0,20mm


Escapamento 0,20mm
Turbo-alimentador Garret APL 7 12

Presso de trabalho 1,1 bar

Sistema de lubrificao forada

Bomba de leo tipo estrela, na carcaa de distribuio

Presso do leo (na rotao mxima) 2,8kg/cm2

Filtro de leo de fluxo total com cartucho rescartvel

Presso de abertura da vlvula


1kg/cm2
de segurana

Sistema de arrefecimento circulao forada

Bomba de gua centrfuga

Incio de abertura da vlvula termosttica 86-96C

Temperatura normal de funcionamento 88-100C

Apresentamos agora para voc a descrio de algumas operaes bsicas para a


manuteno ou reparao do motor. Seguindo os passos demonstrados, voc levar a bom
termo a execuo dessas tarefas.

TROCA DE LEO E DO FILTRO


1. Coloque o veculo em uma valeta ou elevador de 4 colunas.
2. Tire o bujo do crter (1) e deixe escoar o leo em um recipiente adequado.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 25


MECNICA DE VECULOS PESADOS

3. Desenrosque o filtro de leo (2), utilizando uma correia ou chave adequada.

4. Enrosque um filtro de leo novo, apertando-o manualmente.


No utilize ferramentas para apertar o filtro de leo.
5. Lubrifique com leo de motor a junta do filtro novo.
6. Coloque o bujo do crter (1) e aperte-o com 49 a 60 Nm.
7. Abastea o crter com leo de motor at que o nvel fique entre as marcas de nvel
mximo e mnimo da vareta medidora.
8. Acione a partida do motor. A lmpada de presso do leo dever apagar-se em poucos
segundos.
9. Pare o motor e, aps cerca de 5 minutos, verifique novamente o nvel de leo; complete-
o se for necessrio.

OBSERVE QUE:

Voc deve trocar o leo somente com o motor aquecido na temperatura de servio.

ATENO!

UTILIZE SOMENTE OS LEOS LUBRIFICANTES RECOMENDADOS, INDICADOS NO MANUAL DE OPERAO DO VECULO


E NA INFORMAO DE SERVIO GRUPO 00, NMERO 01/97.

TROCA DO FILTRO DE COMBUSTVEL

1. Limpe o cabeote do filtro e coloque um recipiente adequado debaixo do mesmo para


recolher o leo diesel derramado.
2. Desconecte o terminal do sensor, desparafuse o bujo de drenagem e esvazie o filtro.
3. Desparafuse o cartucho do filtro de combustvel.

26 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

4. Coloque o novo cartucho no cabeote do filtro e enrosque-o manualmente, conferindo


para que a junta do filtro fique bem posicionada.
5. Lubrifique a nova junta do filtro com leo limpo de motor.
6. Parafuse o bujo de drenagem e conecte o terminal do sensor.
7. Solte levemente o parafuso de sangria do filtro (1).

8. Acione manualmente a bomba de combustvel e deixe fluir o leo diesel at que este
comece a sair sem bolhas. Aperte, ento, o parafuso de sangria.

TROCA DO FILTRO DE AR

Voc deve examinar o filtro de ar quanto saturao e acmulo de impurezas, e substitu-


lo, se for necessrio. Para tanto, verifique a posio do disco indicador no visor de manuteno
(1), conforme indica a figura abaixo. Se o disco indicador mostrar de forma total ou parcial
o campo vermelho, voc deve substituir o elemento filtrante.
1. Remova a tubulao de admisso (3) do filtro de ar.
2. Em seguida, remova a tampa superior (4) da caixa do filtro de ar.
3. Retire o elemento filtrante e instale o novo filtro.
4. Gire o boto de posicionamento (2), no sentido da seta, at desaparecer o disco indicador
vermelho.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

REGULAGEM DA FOLGA DAS VLVULAS

DADOS TCNICOS

CONDIES DE REGULAGEM VLVULA DE ADMISSO VLVULA DE ESCAPAMENTO

Motor frio 0,2mm 0,2mm

1. Remova a vlvula recuperadora de gases (1) e a mangueira de respiro (2).

2. Remova os parafusos e retire a tampa das vlvulas.


3. Gire o motor no sentido horrio at que as vlvulas de um cilindro fiquem em balano.
As vlvulas estaro em balano ou fase de cruzamento - no momento em que a
vlvula de escapamento do cilindro estiver fechando e a de admisso estiver abrindo.
Veja a descrio deste procedimento no quadro abaixo:

COLOCAR EM BALANO A VLVULA DO CILINDRO REGULAR AS VLVULAS DO CILINDRO

4 1

2 3

1 4

3 2

4. Introduza uma lmina calibradora com a espessura da folga especificada entre a haste
da vlvula e o parafuso de regulagem.

28 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

5. Solte a contraporca e regule a folga atravs do parafuso de regulagem. A folga estar


correta quando, aps apertar a contraporca, voc notar uma leve resistncia ao movi-
mentar a lmina calibradora.
6. Aperte as porcas de regulagem das vlvulas e, em seguida, os parafusos com 8 a 11 Nm.
7. Monte a tampa das vlvulas e aperte os parafusos com 8 a 11 Nm.
8. Instale a mangueira de respiro e a vlvula recuperadora de gases; por fim, aperte os
parafusos com 8 a 11 Nm.

REMOO E INSTALAO DA CORREIA DE DISTRIBUIO

Para facilitar seu trabalho, necessrio que, antes de proceder operao, voc confeccione
a ferramenta detalhada no croqui abaixo. Essa ferramenta possibilita o suporte do radiador
sem necessidade de drenar o lquido de arrefecimento e desmontar as tubulaes.

FERRAMENTA DE CONFECO PRPRIA

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

De posse da ferramenta, proceda, ento, da seguinte forma:


1. Remova a frente da carroaria e afaste o radiador para um lado, junto com o condensador
do ar-condicionado e o radiador da direo hidrulica, sem desconectar as tubulaes.
OBSERVAO:
Para remover a frente da carroaria, consulte o respectivo captulo ou o Manual de
Oficina cdigo B09 925 015.

2. Remova a mangueira de areao e a vlvula recuperadora de gases.


3. Remova a tampa das vlvulas.
4. Remova o ventilador viscoso. Para isto, bloqueie a polia e remova a porca.
OBSERVAO:
A porca do ventilador viscoso de rosca esquerda.
5. Segure a polia pelo parafuso (20), gire-a no sentido da seta e remova a correia externa.

6. Instale a ferramenta especial (98 690 589 00 31 00) na polia da rvore de manivelas
para bloque-la.

30 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

7. Remova o parafuso de fixao da polia utilizando um brao de alavanca adequado.

8. Remova os parafusos da tampa de distribuio e desmonte-a.


9. Remova o tampo da carcaa do volante e coloque a ferramenta especial (98 690 589
00 21 00) (1).

10. Com o auxlio de uma ferramenta especial, gire o motor atravs da polia da rvore de
manivelas at o primeiro cilindro atingir o PMS (quarto cilindro em balano); em seguida,
introduza o pino da ferramenta de sincronizao (1) no orifcio do volante.
11. Verifique o correto alinhamento da marca de sincronismo na polia de comando de vlvulas
(a) e verifique se a chaveta da rvore de manivelas est alinhada com a marca na
carcaa (b).

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

12. Introduza o pino da ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2) no orifcio da polia da
bomba injetora.
13. Solte a polia tensora e remova a correia.
14. Antes de montar uma nova correia, confirme se as marcas de sincronizao (a) e (b)
esto alinhadas.
15. Solte os parafusos de fixao da polia da bomba injetora.
16. Instale a correia assentando-a corretamente nas polias.
17. Instale uma extenso com encaixe de 13 mm na placa do tensor.
18. Utilizando um torqumetro com escala at 60 Nm, tensione as correias com 14 a 16
Nm. Quando a tenso estiver correta, aperte os parafusos do tensor e da polia com 40
a 50 Nm.

19. Retire a ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2) da polia da bomba injetora.
20. Desencaixe o pino da ferramenta especial (98 690 589 00 21 00) (1) do orifcio do
volante.
21. Gire o motor no sentido horrio 1 volta e continue girando at que o pino da ferramenta
especial (98 690 589 00 21 00) (1) introduza-se no orifcio do volante.
22. Introduza a ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2) na polia da bomba injetora.
23. Solte os parafusos de fixao da polia da bomba injetora.
24. Tensione novamente a correia.
25. Aperte os parafusos de fixao da polia da bomba injetora com 22 a 28 Nm.

32 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

26. Desmonte as ferramentas especiais de sincronizao da bomba injetora (98 690 589
00 63 00) e do volante (98 690 589 00 21 00).
27. Reinstale o tampo na carcaa do volante.
28. Verifique o vedador da carcaa de distribuio, e o substitua se for necessrio.
29. Instale a tampa da carcaa de distribuio com juntas novas.
30. Instale a polia da rvore de manivelas. Instale e aperte o parafuso da polia com 80 Nm.
Em seguida, aplique aperto angular de 90.
OBSERVAO:
Verifique o comprimento mximo admissvel do parafuso da polia da rvore de manivelas.
Se ultrapassar 54,5mm, voc dever substitu-lo.
31. Retire a ferramenta especial (98 690 589 00 31 00) (3) da polia da rvore de manivelas.
32. Segure a polia pelo parafuso (20), desloque-a na direo da seta e instale a correia
externa, bem como uma nova monocorreia externa.
33. Monte o ventilador viscoso. Para isso, bloqueie a polia e aperte a porca a 40...50 Nm.
34. Monte a tampa de vlvulas e aperte os parafusos a 8...11 Nm.
35. Instale a mangueira de aerao de gases.
36. Monte o radiador e a frente do veculo.

REMOO E INSTALAO DA BOMBA INJETORA

1. Remova a tampa das vlvulas (consulte o item Regulagem da folga das vlvulas).
2. Gire o motor at que as vlvulas do cilindro n 4 fiquem em balano.
OBSERVAO:
O cilindro n 1 deve estar em PMS, ou seja, em compresso).
3. Remova o tampo da carcaa do volante do motor.
4. Instale a ferramenta especial (98 690 589 00 21 00) (1) na carcaa do volante do motor.
5. Encaixe o pino da ferramenta especial (1) no orifcio do volante do motor.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 33


MECNICA DE VECULOS PESADOS

6. Retire a tampa de inspeo da carcaa de distribuio.


7. Instale o pino da ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2) na polia da bomba
injetora.

8. Trave a bomba injetora. Para trav-la, solte o parafuso (10), retire a placa de reteno
(11) e enrosque o parafuso (10) at o batente.

9. Remova os parafusos (3) de fixao da polia ao cubo da bomba injetora.


10. Remova o pino da ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2) e retire a placa de trava
da engrenagem.
11. Instale a ferramenta especial com uma arruela de 8mm, com espessura de 1,5 a 2mm
em cada parafuso.
12. Retire o cabo do acelerador.
13. Desconecte o cabo da vlvula eletromagntica de parada do motor.
14. Remova o tubo flexvel de retorno do combustvel.
15. Desenrosque o tubo flexvel da entrada do combustvel.
16. Remova o tubo flexvel da vlvula LDA.

34 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

17. Remova o suporte da bomba injetora (4).

18. Remova as tubulaes de injeo.


19. Solte as porcas (6) de fixao da bomba na carcaa e retire a junta.

20. Instale os tampes de proteo nas conexes das tubulaes para evitar a entrada de
impurezas.
OBSERVE QUE:

No procedimento de instalao, voc deve primeiramente verificar se a bomba injetora


est ou no travada. Caso ela no esteja travada, tornam-se necessrias as medidas
abaixo:
Instale o pino da ferramenta especial (2) na bomba injetora. necessrio girar um
pouco o eixo para poder introduzi-lo.
Para travar a bomba injetora, solte o parafuso (10), retire a placa de reteno (11) e
coloque o parafuso (10) at que faa batente.
Retire o pino da ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2).
21. Limpe as superfcies.
22. Instale na carcaa uma junta nova e monte a bomba.
23. Instale os tubos dos injetores na bomba injetora e aperte-os com 22 a 28 Nm.
24. Instale as porcas e parafusos que fixam a bomba injetora no suporte (4).
25. Aperte as porcas (3) de fixao da bomba injetora com 22 a 28 Nm.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 35


MECNICA DE VECULOS PESADOS

26. Aperte os parafusos que fixam o suporte (4) no bloco e as porcas que fixam a bomba
no suporte (4) com 22 a 28 Nm.
27. Conecte o tubo de entrada do combustvel.
28. Instale o parafuso da vlvula LDA e aperte-o com 8 a 11 Nm.
29. Conecte o cabo eltrico da vlvula eletromagntica de parada do motor.
30. Conecte o cabo do acelerador.
31. Remova a ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2).
32. Instale a placa de trava da engrenagem.
33. Instale o pino da ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2).
34. Instale os parafusos da polia (3) e aperte-os com 22 a 28 Nm.

35. Instale a placa de reteno na bomba.


36. Remova os pinos das ferramentas especiais.
37. Gire o motor 2 voltas completas, conferindo se, ao mesmo tempo, os pinos das
ferramentas especiais estejam se introduzindo na bomba injetora e no orifcio do volante.
OBSERVAO:
Se o pino da ferramenta especial (1) estiver introduzido no volante e o pino da ferramenta
especial (2) no puder ser introduzido facilmente na bomba, efetue o sincronismo da
bomba injetora.

36 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

38. Remova a ferramenta especial e instale o tampo da carcaa do volante do motor,


apertando-o com 22 a 28 Nm.
39. Instale a tampa de inspeo com uma junta nova a aperte os parafusos com 22 a 28 Nm.
40. Sangre o sistema de combustvel.
41. Funcione o motor e verifique eventuais vazamentos de combustvel.

ATENO!

A BOMBA INJETORA DEVE SER CONTROLADA EXCLUSIVAMENTE POR UM


POSTO DE SERVIO AUTORIZADO BOSCH.

REGULAGEM E SINCRONIZAO DA BOMBA INJETORA

1. Remova a tampa de inspeo na carcaa de distribuio.


2. Instale na carcaa do volante do motor a ferramenta especial (98 690 589 00 21 00) (1).
3. Gire a rvore de manivelas at que as vlvulas do cilindro n 1 estejam em compresso,
ou seja, em PMS.
4. Introduza o pino da ferramenta especial (1) no orifcio do volante.
5. Instale o pino da ferramenta especial (98 690 589 00 63 00) (2) na polia da bomba
injetora.
6. Se com o pino da ferramenta especial (1) introduzido no orifcio do volante, o pino da
ferramenta especial (2) no puder ser introduzido facilmente no orifcio da polia da bomba
injetora, efetue a seguinte operao:
Retire o pino da ferramenta especial (1) do orifcio do volante.
Gire a rvore de manivelas o quanto for necessrio para poder introduzir facilmente o
pino da ferramenta especial (2) na bomba.
Retire a placa de reteno (10) para travar a bomba injetora.
Solte os trs parafusos de fixao da polia da bomba injetora.

Gire a rvore de manivelas at que o mbolo do cilindro n 1 esteja em compresso,


no PMS.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 37


MECNICA DE VECULOS PESADOS

Verifique se o pino da ferramenta especial (1) pode ser introduzido no orifcio do


volante e se o pino da ferramenta especial (2) pode ser introduzido facilmente na
bomba injetora.
Aperte os parafusos da polia da bomba injetora com 22 a 28 Nm.
7. Retire as ferramentas especiais (1) e (2).
8. Instale o tampo na carcaa do volante do motor e aperte-o com 22 a 28 Nm.
9. Instale a tampa de inspeo na tampa da carcaa de distribuio com uma junta nova e
aperte os parafusos com 22 a 28 Nm.

SANGRIA DO SISTEMA DE COMBUSTVEL

ATENO!

QUANDO FOR REALIZAR A SANGRIA E CONSTATAR POUCA RESISTNCIA AO SER ACIONADA A ALAVANCA DA BOMBA
DE COMBUSTVEL, VOC DEVE GIRAR O MOTOR PARA LIBERAR O RESSALTO DE ACIONAMENTO DA BOMBA.
LEMBRE-SE TAMBM DE, APS SOLTAR OS PARAFUSOS PARA A SANGRIA, ACIONAR MANUALMENTE A
BOMBA DE ALIMENTAO PARA QUE O COMBUSTVEL SAIA SEM BOLHAS DE AR.

1. Solte o parafuso (1).


Solte o parafuso de retorno do combustvel da bomba injetora.
Solte o parafuso de sangria localizado entre os tubos de sada da bomba injetora.

2. Solte a porca da tubulao de alta presso do injetor. Acione a partida do motor at sair
combustvel sem bolhas.

38 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

3. Aperte o parafuso do filtro do combustvel.

4. Aperte o parafuso de retorno da bomba injetora com 22 a 28 Nm.


5. Aperte o parafuso de sangria da bomba injetora com 8 a 11 Nm.
6. Aperte os tubos dos injetores com 22 a 28 Nm.

VERIFICAO DA ESTANQUEIDADE DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO


ATENO!

VOC DEVE COMPROVAR A ESTANQUEIDADE DO SISTEMA SOMENTE COM O MOTOR FRIO.

1. Acione a vlvula da calefao no painel at a posio mxima.


2. Retire a tampa do radiador.
3. Instale o aparelho de testes (001 589 71 21 00).

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 39


MECNICA DE VECULOS PESADOS

4. Conecte o bico de enchimento (1) do aparelho em uma linha de ar comprimido e carregue


o sistema com a presso de abertura do sistema de sobrepresso.

5. Verifique a estanqueidade do radiador e do intercambiador de calor da calefao.


6. Verifique a estanqueidade de todas as tubulaes e tubos flexveis; examine tambm o
estado das tubulaes, em toda a sua extenso. Elas no devem possuir interferncia e
devem estar bem fixadas.
7. Verifique se o radiador est sujo por fora. No se pode deixar que se acumulem depsitos
de impurezas entre as lminas da colmia.
8. Alivie a presso do sistema de arrefecimento acionando a vlvula de descarga do
aparelho. Remova, em seguida, o aparelho e instale a tampa do sistema.

OBSERVE QUE:

A presso de abertura (medida em bar) do sistema de arrefecimento reconhecida pelo


nmero do ndice, que se encontra gravado na tampa do radiador. Ex.: ndice 140 = 1,4 bar
de sobrepresso.

SANGRIA DO AR DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO

ATENO!

ESTA OPERAO DEVE SER REALIZADA APENAS NO CASO DE HAVER ESVAZIADO


COMPLETAMENTE O SISTEMA DE ARREFECIMENTO.

1. Verifique, com o motor em funcionamento, possveis vazamentos do lquido de arrefeci-


mento, se todos os componentes do sistema esto em perfeitas condies de funciona-
mento e se encontram-se corretamente instalados.

40 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

2. Abra a vlvula de calefao, no painel.

3. Desparafuse o tampo de plstico na carcaa da vlvula termosttica.

4. Abastea o sistema com o lquido de arrefecimento recomendado, previamente preparado


na proporo correta de gua e aditivo, at comear a sair lquido sem bolhas de ar pelo
orifcio na carcaa da vlvula termosttica.
OBSERVAO:
Utilize somente os aditivos recomendados pela Mercedes-Benz, indicados no Manual
de Operao do veculo e em outros manuais Mercedes.
5. Aperte o tampo de sangria.
6. Retire a tampa do radiador e continue abastecendo o sistema at o nvel correto.
7. Feche a tampa do radiador.
8. Deixe o motor em funcionamento pelo menos durante 10 minutos, variando o nmero de
rotao. Observe o indicador de nvel no painel.
9. Examine se h algum vazamento do lquido de arrefecimento.
10. Feche a vlvula de calefao.
11. Verifique novamente o nvel do lquido de arrefecimento e complete-o se for necessrio.

ATENO!

DEPOIS DE TER EFETUADO ESSA OPERAO, VOC DEVE ESPERAR QUE A TEMPERATURA DO MOTOR DIMINUA
A MENOS DE 90C, PARA ENTO GIRAR DE VOLTA A TAMPA DO RADIADOR AT O 1 ESTGIO,
PARA LIBERAR A PRESSO; EM SEGUIDA, SOLTE A TAMPA TOTALMENTE.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 41


MECNICA DE VECULOS PESADOS

SUSPENSO DO MOTOR E EMBREAGEM

Trazemos para voc, neste captulo, a descrio da suspenso do motor e da embreagem,


bem como as aes que voc pode tomar para vistori-las. Para isso, basta seguir os
procedimentos listados abaixo!

SUSPENSO DO MOTOR

O motor do veculo Sprinter est fixado na carroaria do veculo a partir de trs pontos de
apoio: dois suportes dianteiros e um traseiro. Os suportes dianteiros esto localizados um
de cada lado do motor; eles fixam o motor nas longarinas do chassi. O suporte traseiro est
localizado sobre uma travessa na parte traseira da caixa de mudanas.

Esses suportes no requerem uma manuteno especial; no entanto, devem ser tomados
cuidados preventivos:

A distncia entre as extremidades da placa de fixao e a borracha


do suporte dianteiro dever corresponder s medidas indicadas
pela figura ao lado. Verifique sempre que possvel se essa distn-
cia est correta.

Depois de ter circulado por caminhos de terra aps uma chuva, ve-
rifique se no h barro depositado nos encaixes do suporte traseiro.
Se isso ocorrer, as propriedades de amortecimento do suporte ficaro
reduzidas.

Sobre a travessa traseira est localizado um amortecedor de vibra-


es, que serve para diminuir vibraes harmnicas geradas pelo
conjunto motor-caixa de mudanas.

42 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

EMBREAGEM

Os veculos Sprinter esto equipados com um sistema de embreagem monodisco seco


com plat de diafragma de 250 mm de dimetro e acionamento hidrulico. O volante do
motor do tipo taa. Observe a figura abaixo, que representa a embreagem do Sprinter, e
veja seus principais componentes:

1. Disco
2. Plat
3. Rolamento de encosto
4. Garfo de acionamento
5. Parafuso

ACIONAMENTO DA EMBREAGEM
O acionamento da embreagem, devido ao seu sistema hidrulico, evita a transmisso das
vibraes do motor para o pedal. Alm disso, para aliviar o esforo de acionamento, o
sistema incorpora uma mola compensadora no conjunto do pedal.

O cilindro principal e o pedal de acionamento da embreagem esto montados sobre o painel


de instrumentos. Devido sua localizao de fcil acesso, podem ser removidos com
facilidade para eventuais reparos.

A folga do pedal compensada automaticamente pelo sistema de acionamento hidrulico


medida que o disco da embreagem se desgasta, evitando, assim, a necessidade de
regulagens peridicas.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 43


MECNICA DE VECULOS PESADOS

VERIFICAO DO DESGASTE DO DISCO DE EMBREAGEM


ESTANDO MONTADO NO VECULO

Voc pode checar se est na hora de substituir o disco da embreagem. O limite de desgaste
do disco da embreagem pode ser detectado indiretamente atravs do flange do cilindro
receptor, com o auxlio da ferramenta especial (01) (115 589 07 23 00), conforme indicado
na ilustrao abaixo. Veja os procedimentos necessrios:

1. Introduza a ferramenta especial (01) (115 589 07 23 00) na ranhura do suplemento de


plstico.
OBSERVAO:
Identifique na figura ao lado as peas que compem o
sistema e que voc vai movimentar nesta operao:
1. Cilindro receptor
2. Suplemento (plstico)
3. Barra de presso
2. Se os rebaixos da ferramenta (indicados pela seta) desaparecerem no flange, o disco
de embreagem est em condies normais de funcionamento.

3. Se os rebaixos permanecerem visveis quando a ferramenta for introduzida at o batente,


o disco de embreagem encontra-se desgastado e necessrio substitu-lo.

44 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

CUIDADOS COM O FLUIDO DE FREIO

Tenha sempre cuidado ao manusear o fluido de freio. Ele constitudo por uma substncia
altamente txica. Por isso, tenha-o armazenado somente em recipientes que no sejam
confundidos com alguma bebida, pois sua ingesto provoca graves danos sade: uma
dose de 100 cm3 mortal para o ser humano.

No permita tambm que o fluido de freio entre em contato com a pintura do veculo, pois
ele contm componentes que atuam como diluentes das tintas, podendo, por isso, afetar
seriamente a pintura do veculo.

O fluido de freio possui caractersticas higroscpicas, isto , absorve a umidade do ar e com


isso reduz seu ponto de ebulio. Por esse motivo, deve ser guardado apenas em recipientes
hermeticamente fechados.

ATENO!

AO SE EFETUAR A SANGRIA DO AR DO SISTEMA, O NVEL DE FLUIDO DE FREIO NO RESERVATRIO DE COMPENSAO


SER REDUZIDO. PORM, VOC DEVE ZELAR PARA QUE NO SE ESVAZIE COMPLETAMENTE O RESERVATRIO PARA,
COM ISSO, EVITAR A ENTRADA DE AR NO SISTEMA DE FREIO.

SANGRIA DO AR DO SISTEMA DE ACIONAMENTO DA EMBREAGEM

Voc pode efetuar a sangria do ar do mecanismo da embreagem de duas maneiras: com a


ajuda do sistema de freios ou com o auxlio de um aparelho de sangria. Voc encontra a
seguir a descrio dos procedimentos para efetuar a sangria de ambas as formas. Qualquer
que seja o procedimento utilizado, lembre-se sempre de, antes, reduzir o nvel de fluido de
freios.

SANGRIA DO AR COM A AJUDA DO SISTEMA DE FREIOS


1. Verifique o nvel do fluido de freio no reservatrio de compensao comum para o sistema
de freios e o acionamento da embreagem e, se for necessrio, complete-o at o nvel
mximo.
2. Conecte o tubo flexvel no parafuso de sangria da pina de freio dianteira esquerda e
abra o parafuso de sangria.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 45


MECNICA DE VECULOS PESADOS

3. Uma segunda pessoa deve pisar com cuidado o pedal de freio at encher o tubo flexvel
de fluido de freio e sarem bolhas de ar do sistema. Lembre-se de manter fechada a
extremidade do tubo flexvel, para evitar o derramamento de fluido de freio.
4. Conecte a extremidade livre do tubo flexvel no parafuso de sangria do cilindro receptor
da embreagem e abra o parafuso de sangria.
5. Alternando constantemente, pise fundo o pedal do freio, feche o parafuso de sangria da
pina de freio, retorne o pedal do freio posio de repouso e abra novamente o parafuso
de sangria, at que deixem de subir bolhas de ar pela tubulao de acesso do reservatrio
de compensao.
6. Feche os parafusos de sangria na pina do freio e no cilindro receptor da embreagem e
desconecte o tubo flexvel.
7. Com o motor em funcionamento, verifique a liberdade de movimento da embreagem
engatando algumas vezes a marcha a r.
8. Verifique o funcionamento do acionamento da embreagem e a estanqueidade do sistema.
9. Abastea com fluido de freio o reservatrio da compensao, at o nvel mximo.

SANGRIA DO AR COM APARELHO DE SANGRIA


1. A sangria do sistema de acionamento da embreagem deve ser iniciada de baixo para
cima. Voc deve conectar a tubulao de presso do aparelho de sangria no parafuso
de sangria do cilindro receptor.
2. Ajuste o aparelho de sangria na menor presso possvel.
3. Observe o reservatrio de compensao, para evitar que haja derramamento de fluido
de freio.
4. Quando o nvel do fluido de freio estiver se aproximando do nvel mximo no reservatrio
de compensao, feche a tubulao de presso no aparelho de sangria e o parafuso de
sangria no cilindro receptor.
5. Desconecte o tubo flexvel de presso do parafuso de sangria.
6. Com o motor em funcionamento, verifique a liberdade de movimento da embreagem,
engatando algumas vezes a marcha a r.
7. Verifique o funcionamento do sistema de acionamento e a estanqueidade do sistema.

46 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

CAIXA DE MUDANAS

Neste captulo, voc ver as caractersticas bsicas e os procedimentos para a manuteno


da caixa de mudanas do veculo Sprinter. Trata-se da G28, que voc pode observar nas
figuras abaixo, em que temos a vista externa da caixa e a representao em corte lateral
para a viso das engrenagens que se encontram no interior da carcaa.

A G28 uma caixa de cinco marchas sincronizadas, com carcaa de alumnio e carcaa de
embreagem integrada, que se caracteriza por admitir um torque de entrada de at 280 Nm.

A carcaa de alumnio faz com que essa caixa seja muito leve e compacta. Essa carcaa
est dividida em duas peas: carcaa para a embreagem e caixa para as engrenagens.

A fim de reduzir as foras necessrias para o acionamento, foi incorporado um dispositivo


sincronizador de cone duplo nas duas primeiras velocidades. Os anis dos cones internos
possuem um revestimento sinterizado.

O primeiro par de engrenagens retificado, o que lhe assegura maior vida til.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

O intervalo de trocas de leo a cada 90.000 km para servio normal e a cada 45.000 km
para servio severo. Esses intervalos contribuem para aumentar a rentabilidade do veculo.

A desmultiplicao total da caixa foi projetada de modo a permitir um aproveitamento ideal


da potncia do motor. Observe abaixo as desmultiplicaes correspondentes a cada marcha:
1 Marcha = 5,053 4 Marcha = 1,000
2 Marcha = 2,601 5 Marcha = 0,784
3 Marcha = 1,521 Marcha a r = 4,756

Veja a seguir a descrio de algumas operaes que voc pode executar para a manuteno
da caixa de mudanas.

SUBSTITUIO DO LEO

1. Limpe a periferia dos orifcios de abastecimento (1) e de escoamento (2).


2. Solte os bujes de abastecimento e escoamento e deixar escoar o leo.
3. Limpe as impurezas do m do bujo de escoamento e instale novos anis de vedao.

4. Instale o bujo de escoamento e aperte-o com 60 Nm.


5. Abastea o reservatrio com leo at a borda inferior do orifcio de abastecimento.
6. Instale o bujo de abastecimento e aperte-o com 60 Nm.

ATENO!

VOC DEVE DRENAR O LEO ENQUANTO ELE AINDA ESTIVER QUENTE!

48 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

OBSERVE QUE:

Voc deve utilizar somente os leos recomendados pela Mercedes Benz, indicados no Manual
de Operao do veculo e em outros manuais Mercedes.

REMOO E INSTALAO DA CAIXA DE MUDANAS

1. Desconecte a bateria.
2. No posto do motorista, remova o fole, desparafuse a alavanca de mudanas e retire-os,
ela e o guarda-p, do assento cnico.

ATENO!

NUNCA SOLTE A ALAVANCA DO ASSENTO CNICO DANDO GOLPES DE MARTELO, POIS ISSO PODE
DANIFICAR O APOIO DA PARTE INFERIOR DA ALAVANCA (NA BUCHA DE PLSTICO)!

3. Desconecte o cabo do interruptor de luzes da marcha a r e separe-o.


4. Remova o transmissor de impulsos do acionamento do velocmetro.

5. Solte a fixao do cano do escapamento da caixa de mudanas.


6. Desparafuse o cilindro receptor da embreagem com o tubo flexvel e remova a junta.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

7. Desparafuse a fixao da caixa de mudanas da rvore de transmisso.


8. Desparafuse o suporte do mancal intermedirio da rvore de transmisso, junto com o
suporte do cabo do freio de estacionamento.
9. Desparafuse o estribo de segurana da rvore de transmisso.
10. Apie a caixa de mudanas no elevador e remova a travessa traseira.
11. Remova os parafusos de fixao (2) e (3). Abaixe o elevador um pouco e puxe a caixa
de mudanas para trs, para abaix-la.

12. Logo depois de remover a caixa de mudanas, levante o motor e coloque um calo de
madeira no corpo do eixo dianteiro para apoiar o motor.
13. Lubrifique o estriado e a extremidade da rvore primria da caixa de mudanas com
graxa de longa durao. Lembre-se de eliminar o excesso de graxa, pois esse excesso
pode prejudicar o funcionamento da embreagem.

OBSERVE QUE:

Para instalar a caixa de mudanas, voc deve efetuar os mesmos procedimentos elaborados
para a remoo, mas em ordem inversa. Porm, antes de efetuar a instalao da caixa de
mudanas, lembre-se sempre de verificar a centralizao do disco na embreagem com a
ferramenta especial (201 589 08 15 00).

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MANUTENO SPRINTER I - BSICO

SUBSTITUIO DOS VEDADORES DE CAIXA

VEDADOR DA RVORE SECUNDRIA


1. Remova o protetor da rvore de transmisso.
2. Remova a rvore de transmisso da caixa de mudanas.
3. Remova o suporte do mancal intermedirio da rvore de transmisso.
4. Parafuse a ferramenta especial (901 589 00 07 00) no flange da sada de fora e solte
algumas voltas o parafuso de dilatao.
5. Instale a ferramenta especial (02) (000 589 89 33 00) e remova o flange.

6. Remova o parafuso de dilatao e retire a arruela.

7. Remova o vedador radial, fazendo uma alavanca.


8. Instale um vedador novo com a ferramenta especial (03) (711 589 03 15 00), de modo
que fique faceado.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

9. Complete com graxa para altas temperaturas o espao situado entre o lbio guarda-p
e o lbio vedador.
10. Monte o flange na rvore secundria e instale o parafuso de dilatao juntamente com
a arruela.
11. Instale a ferramenta especial (901 589 00 07 00) e aperte o parafuso de dilatao com
110 Nm.
12. Instale a rvore de transmisso e aperte os parafusos com 60 a 65 Nm.
13. Aperte o mancal intermedirio da rvore de transmisso no chassi, com 85 a 90 Nm.
14. Aperte o estribo de segurana da rvore de transmisso com 85 a 90 Nm.
15. Verifique e complete o nvel do leo.

VEDADOR DA RVORE PRIMRIA


1. Remova a caixa de mudanas, seguindo as instrues de remoo e instalao
apresentadas no incio deste captulo.

2. Remova a alavanca de acionamento da embreagem junto com o rolamento de encosto.


3. Remova o tubo de alojamento do rolamento de encosto.
4. Remova o vedador radial.
5. Instale um novo vedador com a ferramenta especial (01) (711 589 01 15 00), de modo
que fique faceado.

52 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

6. Complete com graxa para altas temperaturas o espao situado entre o lbio guarda-p
e o lbio vedador.
7. Instale o tubo suporte na guia de alojamento e aperte-o em cruz com 10 Nm.
8. Instale a alavanca de acionamento juntamente com o rolamento de encosto.
9. Instale a caixa de mudanas, fazendo os mesmos procedimentos da desmontagem,
mas na ordem inversa.
10. Verifique e complete o nvel de leo da caixa de mudanas.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

EIXOS

Neste captulo, voc encontrar todas as informaes sobre os eixos do veculo Sprinter.
Voc ver as caractersticas e as operaes com o eixo dianteiro e com o eixo traseiro, que
sero seguidas pelos valores de comprovao e regulagem dos eixos.

Abaixo voc v a representao do eixo dianteiro do Sprinter.

EIXO DIANTEIRO

O eixo dianteiro do veculo Sprinter tem suspenso individual das rodas, braos transversais
inferiores e suportes telescpicos. O corpo do eixo dianteiro fabricado em chapa de ao,
e est parafusado em quatro pontos em cada longarina. Esse corpo tem grande estabilidade,
j demonstrada atravs de complexos clculos.

Os braos transversais e os suportes telescpicos se encarregam de guiar as rodas. Sobre


pavimentos irregulares, a suspenso individual das rodas muito mais confortvel do que a
de um veculo com um eixo rgido.

A estrutura simples do corpo do eixo dianteiro com o mecanismo de direo fixado por
parafusos facilita as reparaes nesta rea do veculo. Uma articulao esfrica une o
brao transversal com a ponta de eixo. Desse modo, foi possvel configurar um maior ngulo
de viragem das rodas em comparao com outros veculos com trao dianteira.

Confira agora as operaes de manuteno desse item do veculo.

54 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

VERIFICAO VISUAL DOS BATENTES DE BORRACHA

1. Examine os batentes de borracha (1) do eixo dianteiro.


2. Substitua-os, se for necessrio.

VERIFICAO DA FOLGA E DO ESTADO DOS GUARDA-PS

1. Levante o veculo pela parte dianteira de modo que as rodas permaneam livres.
2. Limpe cuidadosamente os guarda-ps (2).

3. Realize uma inspeo visual e substitua a articulao esfrica no caso de encontrar um


guarda-p danificado.
4. Verifique a folga das articulaes esfricas empurrando e puxando as metades superior
e inferior das rodas. Durante a verificao, segure a articulao com os dedos indicador
e polegar. No deve existir folga alguma.
5. Substitua as articulaes esfricas que apresentarem folga.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 55


MECNICA DE VECULOS PESADOS

REMOO E INSTALAO DO SUPORTE TELESCPICO NO EIXO DIANTEIRO

1. Solte a cobertura de proteo (1) pelo interior do compartimento.


2. Bloqueie o eixo e solte a porca (2) do suporte telescpico na fixao superior.
3. Solte a roda no eixo dianteiro. Levante o veculo pelo eixo dianteiro, coloque cavaletes
nas longarinas e remova a roda.
4. Calce as rodas do veculo para evitar que o mesmo
se movimente.
5. Coloque um macaco jacar sob os braos da sus-
penso e levante-os uns 10mm a fim de eliminar a
fora de trao no suporte telescpico (4).
6. Remova os parafusos da ponta do eixo e retire o
suporte telescpico (4).
7. Para a instalao, efetue os procedimentos de re-
moo em ordem inversa.
8. Aperte os parafusos que fixam o suporte telescpico na ponta do eixo com 185 Nm.
Aperte os parafusos de roda com 160 a 180 Nm. Aperte a porca de fixao do suporte
telescpico na fixao superior com 90 a 110 Nm.

REMOO E INSTALAO DO CUBO DA RODA DIANTEIRA

1. Solte as porcas da roda do eixo dianteiro.


2. Levante o veculo pelo eixo dianteiro, remova as rodas e deixe-o apoiado sobre cavaletes.
3. Solte o parafuso de segurana do disco de freio (12).

4. Remova os parafusos (1) e desmonte a pina de freio (2).


5. Prenda a pina com um arame caixa de roda.

56 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

6. Solte o parafuso de segurana e retire o disco de freio.


7. Remova a calota de graxa (11).
8. Solte a trava de fixao da porca (10) e remova-a.
9. Remova a arruela de encosto (9).
10. Retire da ponta de eixo (3) o cubo de roda (6) junto com os rolamentos cnicos.
11. Utilizando as ferramentas especiais (1) (000 589 34 33 00) e (2) (000 589 29 33 00),
remova do cubo de roda o rolamento de roletes cnicos interno e o vedador radial do
eixo.

12. Verifique o estado dos rolamentos. Se estes apresentarem danos ou desgastes, voc
deve substitu-los.
13. Lubrifique bem com graxa o rolamento interno e instale-o no cubo de roda.
14. Monte com a ferramenta especial (3) (730 589 05 15 00) o novo vedador radial no cubo
de roda, de modo que ele permanea faceado com o cubo.

15. Instale o cubo de roda na ponta de eixo.


16. Lubrifique bem com graxa o rolamento externo da roda e instale-o sobre a ponta de
eixo.
17. Instale a arruela de encosto, com a face lisa voltada para o rolamento da roda.
18. Instale a porca, aperte-a, gire o cubo nos dois sentidos e solte a porca uma meia volta.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 57


MECNICA DE VECULOS PESADOS

19. Mea e ajuste a folga dos rolamentos do cubo da roda. Para fazer isso, instale um
relgio comparador conforme est indicado na
figura ao lado e, movendo o cubo fortemente para
dentro e para fora, em sentido axial, determine a
forma do cubo. Essa folga poder ser modificada
soltando ou apertando a porca de regulagem. A folga
do cubo de roda dever ser medida somente com
o parafuso de segurana firmemente apertado na
porca. importante salientar que, antes da regulagem final, os rolamentos devero ter
um assentamento inicial de acomodao. Esse acomodamento obtido girando
vrias vezes o cubo em sentido radial nos dois sentidos.
OBSERVAO:
A folga do cubo de roda deve ser de 0,02 a 0,04mm.
20. Limpe perfeitamente o interior da calota e abastea-a de graxa at a metade. Unte a
borda da calota com um produto selador.
21. Golpeando suavemente, instale a calota do cubo de roda.
22. Instale o disco de freio e o parafuso de segurana.
23. Monte a pina do freio na ponta de eixo e aperte-a com 175 a 205 Nm.
24. Com o freio de servio acionado e o disco bloqueado, aperte o parafuso de segurana
com 20 Nm.
25. Instale a roda, abaixe o veculo e aperte a roda com 160 a 180 Nm.

EIXO TRASEIRO
Veja agora as caractersticas e operaes concernentes ao eixo traseiro que equipa o veculo
Sprinter. Trata-se de um eixo traseiro do tipo semiflutuante, com engrenagens hipoidais e
que possui uma relao de transmisso de 4,27:1. Veja na figura abaixo a representao
desse eixo.

58 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

Quando o veculo for utilizado em pisos escorregadios, ele pode ser equipado, opcionalmente,
com um diferencial do tipo de deslizamento controlado (autoblocante). O diferencial de
deslizamento controlado possui um mecanismo que impede que as rodas percam a trao
quando uma delas patina descontroladamente. Esse mecanismo protetor constitudo por
uma srie de discos de frico que controlam o deslocamento relativo entre as planetrias
e a caixa de satlites.

Para o perfeito funcionamento desse eixo, imprescindvel que o leo, alm de reunir as
caractersticas bsicas exigidas para a lubrificao de um eixo padro, possua um aditivo
modificador de frico especfico. Portanto, voc deve sempre utilizar os lubrificantes
recomendados pela Mercedes-Benz.

As identificaes do eixo so gravadas em uma placa fixada no eixo, contendo as seguintes


indicaes: nmero de construo, nmero de srie, data de fabricao e tipo de eixo. Para
os tipos de eixo, so utilizadas siglas:
STD = Standard
TL = Trac Lok (deslizamento controlado)

Alm das caractersticas citadas, o tipo de diferencial tambm pode ser rapidamente
identificado no momento da troca de leo, pois no tampo de borracha para o abastecimento
de leo, localizado na carcaa do eixo, est indicado o tipo de diferencial.

Os tampes de borracha se diferenciam pela cor. Alm disso, o tampo do eixo de


deslizamento controlado identificado com a seguinte legenda: Usar leo para deslizamento
controlado. Veja as cores correspondentes ao tipo de eixo:
Eixo STD - tampo de cor negra
Eixo TL - tampo de cor amarela com legenda

Veja a seguir as operaes de manuteno a serem feitas no eixo traseiro.

SUBSTITUIO DO LEO

1. Limpe ao redor das aberturas de abastecimento (1)


e de drenagem (2) do leo.
2. Retire os bujes de abastecimento e de drenagem
do leo e deixe escoar o leo em um recipiente
adequado.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 59


MECNICA DE VECULOS PESADOS

3. Limpe o m do bujo de drenagem.


4. Instale o bujo de drenagem do leo e aperte-o com 74 Nm.
5. Abastea com o leo at a borda inferior da abertura de abastecimento.
6. Instale o bujo de abastecimento na carcaa.

A TENO!

VOC DEVE DRENAR O LEO ENQUANTO ELE ESTIVER QUENTE!

OBSERVE QUE:

Voc deve utilizar somente os leos recomendados pela Mercedes Benz, indicados no Manual
de Operao do veculo e em outros manuais Mercedes (Informao de Servio Grupo 00,
nmero 01/97).

OBSERVE AINDA:
Quando for utilizar leo para eixos de deslizamento controlado, voc deve agitar intensamente
o recipiente do leo, antes de utiliz-lo, para que o aditivo eventualmente decantado no
fundo do recipiente misture-se com o lubrificante.

SUBSTITUIO DO ROLAMENTO DA RODA TRASEIRA

1. Solte as rodas, levante o veculo pelo eixo traseiro, apie-o sobre cavaletes e remova as
rodas.
2. Remova o tambor de freio.
3. Remova as porcas de fixao do prato de freio do corpo do eixo.
4. Remova a semi-rvore, puxando-a para fora. Se for necessrio, utilize duas alavancas.
5. Se for desmontar o prato de freio, remova as tubulaes hidrulicas e o cabo do freio de
estacionamento.
6. Utilize a ferramenta especial (352 589 04 35) para remover a pista externa do rolamento
de seu alojamento.

60 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

7. Coloque a semi-rvore em uma bancada e faa dois pontos no anel da trava da semi-
rvore para marcar a furao.
8. Utilizando uma broca de 8mm, faa a furao nos pontos marcados com uma profundi-
dade de cerca de da espessura do anel.

OBSERVAO:
O orifcio efetuado no deve ser passante para no danificar a semi-rvore.
9. Depois de perfurar o anel, apie uma talhadeira afiada sobre os orifcios e golpeie-a
com fora at partir o anel.
10. Pressione a placa e o vedador contra o flange da semi-rvore. Instale a ferramenta
especial (98 690 589 00 35 00) para retirar o rolamento do semi-eixo. Coloque o semi-
eixo em uma prensa e retire o rolamento.

ATENO!

NO ESQUENTE NEM CORTE O ANEL DO ROLAMENTO COM MAARICO PARA REMOV-LO.


AO FAZER ALGUM DESSES PROCEDIMENTOS, A SEMI-RVORE PODER SER DANIFICADA.

11. Retire o vedador e a placa de reteno.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 61


MECNICA DE VECULOS PESADOS

12. Inspecione a placa de reteno a fim de verificar se h alguma deformao. Se alguma


parte da placa de reteno estiver danificada, voc deve substitu-la.
13. Antes da instalao, importante que as superfcies de contato estejam perfeitamente
limpas, pois somente desta forma pode-se assegurar uma boa fixao do rolamento
na semi-rvore. Por isso, inspecione as superfcies usinadas da semi-rvore e tambm
a periferia do novo vedador e do rolamento. Limpe a semi-rvore, removendo possveis
riscos e rebarbas.
14. Com um pano embebido em solvente para limpeza de metais, limpe cuidadosamente a
superfcie de assento do rolamento e do anel de trava da semi-rvore para evitar riscos
e garantir a perfeita montagem.
15. Instale a placa de reteno e o novo vedador com seus lbios lubrificados e posicione
o novo rolamento.
16. Posicione a ferramenta especial (98 690 589 00 35 00) e instale o anel de trava.

ATENO!

O ANEL DE TRAVA NO DEVE SER AQUECIDO DURANTE A MONTAGEM, POIS ISSO PODE
PROVOCAR ALTERAES NA ESTRUTURA DO MATERIAL.

17. Comprove o correto assentamento do rolamento passando uma lmina calibradora de


0,4mm entre o rolamento e o seu encosto na semi-rvore. Se o rolamento estiver
corretamente assentado, dever haver pelo menos um ponto onde o calibre no passe.
Se o calibre passar completamente em toda a periferia, o anel de fixao dever ser
mais prensado contra o encosto na semi-rvore.

18. Lubrifique o rolamento na semi-rvore com graxa para rolamentos de rodas. A graxa
dever ser base de sabo de ltio de extrema presso.
19. Instale a pista externa do rolamento na extremidade do eixo, observando o seu correto
assentamento no alojamento.

62 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

20. Monte a semi-rvore, alinhando os orifcios da placa de reteno com os parafusos que
esto posicionados com o prato de freio. Pressione a semi-rvore para dentro do tubo.
21. Aperte as porcas nos parafusos do prato de freio com 20 Nm.
22. Aperte novamente as porcas com 50 a 80 Nm.

OBSERVE QUE:

As porcas utilizadas so do tipo auto-travantes e devem ser substitudas a cada remoo.

23. Para a instalao do conjunto, proceda de forma inversa remoo.

SUBSTITUIO DO VEDADOR DO PINHO

1. Coloque o veculo em um elevador de quatro colunas ou em uma valeta.


2. Remova os parafusos e desacople a rvore de transmisso do eixo traseiro.
3. Instale a ferramenta especial (366 589 00 31 00) no flange do eixo e, utilizando um
brao de alavanca adequado, solte a porca do pinho.

4. Remova o flange e a tampa de proteo.


5. Remova o vedador e limpe seu alojamento.
6. Utilizando a ferramenta especial (98 690 589 08 5 00), instale um vedador novo.

7. Para a instalao do pinho, efetue os procedimentos de desmontagem em ordem


inversa. Aperte a porca do pinho com 300...380 Nm.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 63


MECNICA DE VECULOS PESADOS

REGULAGEM DOS EIXOS

Aps o conhecimento das caractersticas bsicas e operaes de manuteno dos eixos


dianteiro e traseiro do Sprinter, apresentamos a voc os valores de referncia, com os
respectivos dados de tolerncia, para as regulagens dos eixos, seguidos da descrio dos
procedimentos para o alinhamento do veculo.

Os diagramas que voc encontra logo frente permitem determinar, de forma fcil e rpida,
os valores de regulagem dos eixos, que so definidos em funo do tipo de veculo e da
carga.

Voc dever verificar no veculo o valor de referncia com sua correspondente tolerncia,
com o auxlio de um alinhador convencional. Voc pode utilizar qualquer tipo de alinhador
moderno, contanto que seja de boa qualidade e tenha preciso, que esteja em boas condies
de uso e corretamente instalado.

ATENO!

SOMENTE A CONVERGNCIA DO EIXO DIANTEIRO PODE SER REGULADA. TODOS OSDEMAIS VALORES ESTO
VINCULADOS CONSTRUO DO VECULO E NO PODEM SER MODIFICADOS.

VALORES DE TOLERNCIA
INCLINAO AVANO DO INCLINAO DIFERENA DOS NGULO DE
EIXO CONVERGNCIA
DAS RODAS PINO-MESTRE PINO-MESTRE NGULOS DE VIRAGEM
DIANTEIRO EM MM
(CMBER) (1) (CSTER) (2) VIRAGEM (3) DAS RODAS

120 30 (4)
VLO 1 45 30 30 4630
145 30 (5)

(1) Diferena admissvel entre o lado esquerdo e direito, mximo 120


(2) Diferena admissvel entre o lado esquerdo e direito, mximo 1
(3) Com 20 de ngulo de esteramento da roda no interior da curva
(4) Com o veculo vazio sem carga
(5) Com carga admissvel sobre o eixo traseiro

VALORES DE TOLERNCIA DE NVEL


Diferena admissvel de altura entre os pratos de apoio do lado
mx. 5mm
esquerdo e direito do veculo.

Diferena admissvel de altura entre os pratos de apoio entre o


1mm
eixo dianteiro e traseiro, para cada metro de distncia entre eixos.

64 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

VALORES DE TOLERNCIA NAS RODAS E NO EIXO TRASEIRO


Excentricidade radial admissvel no pneu (roda montada no veculo) 1,5 - mx. 2mm

Excentricidade axial admissvel do aro, medido na borda do mesmo 1,25mm

Convergncia do eixo traseiro 0 + 10

Inclinao das rodas traseiras (cmber) 0 + 10

SEQNCIA PARA COMPROVAR O ALINHAMENTO

1. Comprove o estado geral da suspenso, buchas rtulas, amortecedores, braos da


suspenso, molas, barras estabilizadoras etc. e substitua os componentes danificados
antes de iniciar o alinhamento.
2. Verifique a presso dos pneus e o estado da banda de rodagem. Corrija a presso de
inflao ou substitua os pneus danificados.
3. Posicione o veculo sobre um piso nivelado e tire as medidas das distncias entre o piso
e a face inferior da longarina do chassi, nos eixos dianteiro e traseiro, e entre a face
superior do suporte telescpico e o apoio do mesmo essas medidas esto indicadas,
respectivamente, por A, B e a nos grficos das prximas pginas.
4. Observe os diagramas apresentados nas pginas seguintes - e obtenha os valores de
referncia. Sobre esses valores, aplique a tolerncia correspondente. Antes de fazer
essa operao, veja os exemplos para cada caso.
5. Coloque o veculo sobre os pratos de apoio do alinhador e observe os valores de tolerncia
de nvel comparando-os com os valores indicados no quadro apresentado acima.
6. Centre o volante de direo em linha reta. As marcas na carcaa da caixa de direo e
no eixo sem-fim devem coincidir. Remova a cobertura central do volante e observe as
marcas na coluna de direo e no volante, que tambm devem coincidir; caso contrrio,
voc deve remover o volante e mont-lo na posio correta.
7. Controle a convergncia total. O valor da mesma deve estar de acordo com o valor de
referncia mais a tolerncia, obtido no item quatro deste procedimento. A convergncia
em cada roda deve ser igual; caso contrrio, voc deve regular cada uma das rodas de
forma independente.
8. Se for necessrio corrigir a convergncia total, reparta a diferena entre ambas as rodas.
9. Verifique os ngulos de inclinao das rodas (cmber), o avano do pino-mestre (cster),
a inclinao do pino mestre e a viragem das rodas.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

PONTOS DE MEDIO PARA DETERMINAR O VALOR DE REFERNCIA


DE A VANO DO PINO-MESTRE

As distncias A e B so medidas, respectivamente, do piso at a face inferior da longarina


do chassi. Aps tomar as duas medidas, subtraia da medida B a medida A. O resultado (C)
dessa operao deve ser aplicado ao Diagrama para determinar o valor de referncia do
avano do pino-mestre para que se obtenha o valor determinado, com sua correspondente
tolerncia, que o valor que dever ser verificado no veculo.

DIAGRAMA PARA DETERMINAR O VALOR DE REFERNCIA DO AVANO


DO PINO-MESTRE

EXEMPLO:
Veculos com distncia entre eixos de 3.000mm
B = 505mm
- A = 360mm
C = 145mm

Avano do pino-mestre determinado = 0 15

O ngulo de avano do pino-mestre (cster)


do veculo dever ser = 0 15 30

66 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

PONTOS DE MEDIO PARA DETERMINAR O VALOR DE REFERNCIA


DA CONVERGNCIA

A medida a tomada da face superior de fixao do suporte telescpico na ponta de eixo


at o apoio do suporte na carroaria. Aplique a medida a ao Diagrama para determinar o
valor de referncia da convergncia para calcular esse valor. Em seguida, converta o valor
de referncia encontrado em milmetros, utilizando a tabela correspondente, que voc
encontra algumas pginas frente. O valor obtido, com a respectiva tolerncia, o que
deve ser verificado no veculo.

D IAGRAMA PARA D ETERMINAR O V ALOR DE R EFERNCIA DA


CONVERGNCIA
EXEMPLO:
a = 310 mm
ngulo de convergncia = 18

Converso do ngulo de convergncia


utilizando a tabela de converso:
18 = 2,0mm

A convergncia total do veculo deve ser


2,0 1mm

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

PONTO DE MEDIO PARA DETERMINAR O VALOR DE REFERNCIA DO


NGULO DE INCLINAO DAS RODAS

A medida a tomada da borda superior da ancoragem do suporte telescpico na ponta de


eixo at o apoio da mesma na carroaria. Aplique a medida a ao Diagrama para determinar
o valor de referncia do ngulo de inclinao da roda e calcule o valor de referncia que,
com a tolerncia correspondente, o valor que deve ser verificado no veculo.

DIAGRAMA PARA DETERMINAR O VALOR DE REFERNCIA DO NGULO


DE INCLINAO DAS RODAS

EXEMPLO:
a = 310mm

O ngulo de inclinao das rodas (cmber)


do veculo dever ser = 50 45

68 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

PONTO DE MEDIO PARA DETERMINAR O VALOR DE REFERNCIA DO


NGULO DE INCLINAO DO PINO-MESTRE

A medida a tomada da borda superior da ancoragem do suporte telescpico na ponta de


eixo at o apoio da mesma na carroaria. Aplique a medida a ao Diagrama para determinar
o valor de referncia do ngulo de inclinao do pino-mestre e observe o ngulo de inclinao
do pino-mestre de referncia. O valor determinado com a respectiva tolerncia o que
dever ser verificado no veculo.

DIAGRAMA PARA DETERMINAR O VALOR DE REFERNCIA DO NGULO


DE INCLINAO DO PINO-MESTRE

EXEMPLO:
a = 310mm

O ngulo de inclinao do pino-mestre do


veculo dever ser = 14 1030

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

TABELA DE CONVERSO PARA CONVERGNCIA, DE MILMETRO PARA GRAU


CONVERGNCIA EM MM TAMANHO DA RODA 15

0,5 0 04

1,0 0 09

1,5 0 13

2,0 0 17

2,5 0 21

3,0 0 26

3,5 0 30

4,0 0 34

4,5 0 39

5,0 0 43

5,5 0 48

6,0 0 52

6,5 0 56

7,0 1 01

7,5 1 05

TABELA DE PRESSO DE INFLAO DOS PNEUS


PRESSO DE INFLAO EM BAR (LBS/POL2) COM OS PNEUS FRIOS

EIXO DIANTEIRO EIXO TRASEIRO


PNEUS
CARGAS SOBRE O EIXO EM KG CARGAS SOBRE O EIXO EM KG
(CONSULTAR A ETIQUETA DE DADOS) (CONSULTAR A ETIQUETA DE DADOS)

1350 1460 1600 1600 1700 2240

225/70 R 15 C 112/110 R 2,25 (33) 2,5 (36) 3 (44) 3 (44) 3,25 (47) 4,5 (65)

ATENO!

2
OBSERVE QUE A PRESSO DE INFLAO VARIA APROXIMADAMENTE 0,1 BAR (1,5 LBS/POL ) A CADA
10 C DE VARIAO DA TEMPERATURA DO AR.

70 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

RVORES DE TRANSMISSO

Neste captulo, voc ver brevemente as caractersticas das rvores de transmisso que
equipam o veculo Sprinter e o procedimento necessrio para sua manuteno.

As rvores de transmisso do Sprinter, devido sua grande robustez, alta durabilidade e


fcil instalao, no requerem nenhum cuidado especial, exceto as lubrificaes peridicas,
que voc no pode deixar de fazer.

No entanto, quando for necessrio desmontar qualquer das rvores de transmisso do


veculo, voc deve tomar alguns cuidados, imprescindveis, durante a montagem:
Monte as rvores de transmisso de maneira que as setas de referncia em cada
seguimento fiquem alinhadas.
Se voc substituir apenas um segmento da rvore de transmisso, dever balancear,
dinamicamente, todo o conjunto.
No se esquea de aplicar o torque especificado nos parafusos de fixao.

Veja abaixo os procedimentos para executar a lubrificao peridica das rvores.

LUBRIFICAO DAS RVORES DE TRANSMISSO


1. Limpe as graxeiras.
2. Lubrifique atravs dos pontos de lubrificao.
3. Remova a graxa que transbordar dos pontos
de lubrificao.

ATENO!

PARA LUBRIFICAR ATRAVS DAS GRAXEIRAS, VOC DEVE UTILIZAR SOMENTE


BOMBAS DE LUBRIFICAO DE ALTA PRESSO QUE NO ULTRAPASSEM 400 BAR.

OBSERVE QUE:

Utilize somente os tipos de graxa recomendados pela Mercedes-Benz, indicados no Manual


de operao do veculo e em outros manuais Mercedes.

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

FREIOS

Neste captulo, voc estudar o sistema de freio do veculo Sprinter e os procedimentos


para sua manuteno, como sangria, verificao e substituio do fluido de freio, remoo
e instalao de pastilhas e sapatas, regulagem.

O Sprinter est equipado com um sistema de freio de duplo circuito hidrulico, cujos circuitos
so independentes, e que possui acionamento auxiliado a vcuo.

Para aumentar a segurana do sistema de freio, foi incorporada uma lmpada-piloto que
acende se o nvel do fluido de freio estiver muito baixo ou quando alcanado o limite de
desgaste das pastilhas de freio.

Observe a figura abaixo, que representa o sistema de freio do Sprinter:

FREIO DAS RODAS DIANTEIRAS


As rodas dianteiras so equipadas com freios a disco de pinas flutuantes de dois mbolos.
As pinas flutuantes apresentam vrias vantagens em relao s pinas fixas:
sua estrutura mais simples;
proporcionam ao sistema uma menor probabilidade de formao de bolhas de ar, uma
vez que o fluido de freio penetra lateralmente nos cilindros das pinas; j no sistema com
pinas fixas o fluido tem que, primeiro, passar pelos discos aquecidos para s em seguida
alcanar os cilindros.

72 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

FREIO DAS RODAS TRASEIRAS


Nas rodas traseiras so montados freios a tambor equipados com reguladores automticos.
A rea de frenagem de 686 cm2 e o limite de desgaste, 4mm.

VLVULA REGULADORA DA FORA DE FRENAGEM EM FUNO DE CARGA (ALB)


O freio das rodas traseiras, quando o veculo est sem carga, participa com apenas cerca
de 30% da frenagem total. Para amenizar esse problema, foi instalada a vlvula que regula
a fora de frenagem em funo da carga sobre o eixo traseiro.

Essa vlvula regula a presso de frenagem nas rodas traseiras, reduzindo-a quando o
veculo est sem carga e aumentando-a progressivamente medida que aumenta o peso
sobre o eixo traseiro.

ATENO!

PARA ESSA VLVULA FUNCIONAR CORRETAMENTE INDISPENSVEL QUE


A SUSPENSO DO EIXO TRASEIRO NO SEJA MODIFICADA.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS AO MANUSEAR FLUIDO DE FREIO

Voc estudar neste captulo diversas operaes em que ter de lidar com o fluido de freio,
como a sangria do sistema, a verificao e a troca do fluido. Esse fluido altamente txico
e possui caractersticas, como a higroscopia, que fazem com que as caractersticas do
fluido se alterem facilmente. Por isso, muito importante que voc saiba manusear
corretamente o fluido.

Dessa forma, antes de iniciarmos a descrio das operaes de manuteno do sistema de


freio, apresentamos a voc os cuidados imprescindveis no manuseio do fluido de freio.

Voc deve guardar o fluido de freio apenas em recipientes convenientemente identificados,


de modo que fique totalmente excluda a possibilidade de ingesto do fluido por descuido.
Uma dose de 100cm3 mortal para o ser humano. No armazene, em hiptese alguma, o
fluido de freio em garrafas de bebidas, gua mineral etc. Se, apesar dessas medidas de
precauo, o fluido for ingerido, ser necessria a assistncia mdica imediata.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 73


MECNICA DE VECULOS PESADOS

Os componentes de borracha utilizados nos componentes de freio so seriamente afetados


e destrudos pelo contato com leos minerais (especialmente leos lubrificantes). Se for
constatada a presena de leo mineral no sistema de freio ou se existir a suspeita da presena
do mesmo, voc dever proceder do seguinte modo:
substitua o cilindro principal de freio e o reservatrio de fluido;
lave e limpe minuciosamente todo o sistema de freio com novo fluido;
substitua todas as partes do freio com componentes de borracha - como pinas de freio,
tubos flexveis, unidade hidrulica etc. - que tenham estado em contato com o leo
mineral.

Cuide para que o fluido de freio no entre em contato com a pintura do veculo, pois o fluido
contm componentes que podem atuar como solventes da pintura.

O fluido de freio possui caractersticas higroscpicas, ou seja, absorve a umidade do ar


reduzindo notavelmente o seu ponto de ebulio. Portanto, o fluido de freio deve ser guardado
somente em recipientes hermeticamente fechados.

O fluido de freio extrado por bombeamento, durante a sangria, no deve ser reutilizado,
pois pode conter partculas estranhas que danifiquem o sistema. Alm disso, o ponto de
ebulio se reduz durante o tempo de servio devido absoro de umidade da atmosfera
e, em condies extremas, bolhas de vapor podem ser formadas e ocasionar falhas no
sistema de freio.

Concluindo: tenha sempre muito cuidado ao manusear o fluido de freio!

Confira agora as operaes de manuteno do sistema de freio do Sprinter.

SANGRIA

A sangria do sistema de freio deve ser efetuada nas seguintes situaes:


depois de qualquer reparao em que o sistema for aberto;
quando o pedal de freio no oferecer a resistncia de presso habitual, tornando-se
elstico.

A sangria pode ser feita manualmente ou utilizando-se um dispositivo prprio para essa
operao. Os dois procedimentos so muito semelhantes; voc tem a descrio de ambos
a seguir.

74 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

SANGRIA MANUAL

ATENO!

AO EFETUAR A SANGRIA DO SISTEMA DE FREIO, VOC DEVE FAZER COM QUE O FUNDO DO
RESERVATRIO PERMANEA COBERTO COM PELO MENOS 10MM DE FLUIDO DE FREIO.

OBSERVE QUE:

Voc deve sangrar primeiramente o ar do circuito de freio traseiro e depois o do circuito de


freio dianteiro.

1. Inicie a sangria pela roda traseira direita; depois passe roda traseira esquerda. Conecte
o tubo flexvel de sangria no parafuso de sangria e solte-o; pise fortemente o pedal de
freio. Aperte o parafuso de sangria e, ento, solte lentamente o pedal de freio.

2. Verifique se pelo tubo flexvel de sangria sai fluido de freio claro, sem de bolhas de ar (o
processo estar finalizado nessas condies).
3. Continue a sangria na roda dianteira direita e depois na roda dianteira esquerda, fazendo
o mesmo procedimento: conecte o tubo flexvel ao parafuso de sangria e solte o parafuso.
Pise fortemente o pedal de freio, aperte o parafuso de sangria e solte lentamente o
pedal de freio.
4. Verifique se o processo de sangria est finalizado, conferindo se pelo tubo flexvel de
sangria sai fluido de freio claro e livre de bolhas de ar.
5. Abastea o reservatrio de fluido at o nvel existente antes de iniciar a sangria.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 75


MECNICA DE VECULOS PESADOS

SANGRIA COM DISPOSITIVO DE SANGRIA

ATENO!

AO EFETUAR A SANGRIA COM O DISPOSITIVO PRPRIO PARA ISSO, LEMBRE-SE DE QUE O FUNDO DO RESERVATRIO
DEVE PERMANECER COBERTO COM PELO MENOS 10 MM DE FLUIDO DE FREIO.

OBSERVE QUE:

Assim como no sistema de sangria manual, voc deve sangrar primeiramente o ar do circuito
de freio traseiro e depois o do circuito de freio dianteiro.

1. Conecte o dispositivo de sangria convenientemente abastecido (cf. seta) ao reservatrio


de fluido (1) e abra a torneira de fluxo.

2. Inicie a sangria na roda traseira direita e a seguir, passe roda traseira esquerda. Conecte
o tubo flexvel ao parafuso de sangria e solte o parafuso.
3. Verifique se o processo de sangria est finalizado, conferindo se o fluido de freio sai
claro e livre de bolhas de ar pelo tubo flexvel.
4. Aperte o parafuso de sangria (2).

5. Continue a operao de sangria na roda dianteira direta e a seguir, na roda dianteira


esquerda, procedendo da mesma maneira: conecte o tubo flexvel ao parafuso de sangria
e solte o parafuso.

76 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

6. Confira se o processo de sangria est finalizado, verificando se o fluido de freio sai claro
e sem bolhas de ar pelo tubo flexvel. Aperte o parafuso de sangria.
7. Feche a torneira de fluxo e desconecte o dispositivo de sangria do reservatrio de fluido.
Abastea o reservatrio at nvel em que estava antes de iniciar a operao de sangria.

OBSERVE QUE:

Se, aps ter efetuado a sangria, o freio ainda continuar sem a devida presso no pedal,
voc precisa repetir a operao de sangria, pisando vrias vezes o pedal de freio.

VERIFICAO DO NVEL DO FLUIDO DE FREIO

1. Verifique o nvel do fluido no reservatrio. O reservatrio est corretamente abastecido


se o fluido estiver entre as referncias de nvel mnimo e mximo.

2. Se o nvel de freio abaixar devido ao desgaste das guarnies ou das pastilhas de freio,
voc no deve acrescentar fluido ao reservatrio.
3. No entanto, o fluido deve permanecer sempre acima da referncia de nvel mnimo. Se
o fluido estiver abaixo da referncia de nvel mnimo, verifique a estanqueidade do sistema
de freio.
4. Se o reservatrio de fluido for comum para os sistemas de freio e de acionamento da
embreagem, verifique tambm a estanqueidade do acionamento da embreagem.

ATENO!

TOME SEMPRE CUIDADO AO MANUSEAR O FLUIDO DE FREIO.

OBSERVE QUE:

Voc deve utilizar somente os fluidos de freio recomendados pela Mercedes-Benz, indicados
no Manual de operao do veculo e outros manuais Mercedes.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 77


MECNICA DE VECULOS PESADOS

SUBSTITUIO DO FLUIDO DE FREIO

1. Marque com uma fita adesiva o nvel do fluido existente no reservatrio.


2. Retire por suco o fluido de freio do reservatrio (1); mas deixe aproximadamente 10mm
de fluido no fundo do reservatrio.

3. Conecte o dispositivo para trocar o fluido de freio ao reservatrio de fluido (seta).


4. Coloque o regulador automtico de fora de frenagem do freio traseiro na posio de
plena carga.
5. Conecte o tubo flexvel de escoamento ao parafuso de sangria (2) da pina de freio.
Inicie a sangria pela parte traseira direta; depois faa a da traseira esquerda; por fim,
faa a sangria da dianteira direta e esquerda.

6. Solte o parafuso de sangria e aperte-o novamente. Mantenha o parafuso de sangria de


cada pina aberto at que saia o fluido de freio novo, livre de bolhas de ar.
7. Solte o parafuso de sangria (3) do cilindro receptor da embreagem e torne a apert-lo.
Mantenha o parafuso de sangria solto at que saia o fluido de freio novo, livre de bolhas
de ar.

78 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

8. Coloque o regulador automtico de fora de frenagem do eixo traseiro em sua posio


inicial.
9. Desconecte o dispositivo de troca de fluido do reservatrio de fluido.
10. Complete o nvel do fluido no reservatrio at o nvel existente antes de efetuar a troca
de fluido.

ATENO!

TOME SEMPRE CUIDADO AO MANUSEAR O FLUIDO DE FREIO.

OBSERVE QUE:

Se o freio continuar sem a devida presso no pedal aps ter efetuado a sangria, voc deve
repetir a operao de sangria, pisando vrias vezes o pedal de freio.

OBSERVE AINDA:
Voc deve utilizar somente os fluidos de freio recomendados pela Mercedes-Benz, indicados
no Manual de operao do veculo ou outros manuais Mercedes.

REMOO E INSTALAO DAS PASTILHAS DE FREIO

1. Abra o cap e solte a tampa do reservatrio do fluido de freio.


2. Solte as porcas das rodas dianteiras.
3. Levante o veculo pelo eixo dianteiro e apie-o sobre cavaletes.
4. Remova as rodas.
5. Desconecte o cabo do indicador de desgaste (1).

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 79


MECNICA DE VECULOS PESADOS

6. Remova os parafusos de guia e retire a parte superior da pina do freio (2).

7. Amarre a parte superior da pina de freio com um arame na caixa de roda.


8. Remova as pastilhas do freio de seus alojamentos.
9. Mea a espessura do disco de freio e substitua-o quando atingir a medida mnima
admissvel.
10. Para efetuar a instalao, faa os mesmos procedimentos da remoo, mas em ordem
inversa. Aperte os parafusos da parte superior da pina com 25 a 28 Nm. Aperte as
rodas com 160 a 180 Nm.

ATENO!

OBSERVE OS LIMITES DE DESGASTE DO DISCO DE FREIO: 19MM E DAS PASTILHAS DE FREIO: 2MM

REMOO E INSTALAO DAS SAPATAS DE FREIO


1. Desenganche o cabo do freio de estacionamento.
2. Solte os parafusos das rodas traseiras.
3. Levante o veculo pelo eixo traseiro e apie-o sobre cavaletes.
4. Remova as rodas.
5. Remova o parafuso e retire o tambor do freio.
6. Desenganche a alavanca do regulador (seta). Remova o cabo, a mola, o batente e o
regulador automtico.

80 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

7. Remova as molas de reteno (7).

8. Utilizando alicates adequados, remova as molas (8 e 9).

9. Desenganche os cabos do freio de estacionamento e remova as sapatas.


10. Para efetuar a montagem, faa os mesmos procedimentos da desmontagem, porm,
em ordem inversa.
11. Mea os tambores de freio. Regule as sapatas, atravs do parafuso de regulagem, ao
dimetro dos tambores menos o valor da folga entre as sapatas e o tambor.

OBSERVE QUE:

A folga entre as sapatas e o tambor deve ser de 0,60 0,90mm.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 81


MECNICA DE VECULOS PESADOS

REGULAGEM DO FREIO DE ESTACIONAMENTO

1. Certifique-se de que a folga entre as sapatas de freio e os tambores esteja correta.


2. Solte a porca (1) do console de freio.

3. Acione a alavanca do freio de estacionamento at o 2 dente de trava.


4. Regule a porca (1) at os cabos do freio de estacionamento ficarem tensionados.

OBSERVE QUE:

O freio de estacionamento est corretamente regulado quando, ao acionar a alavanca do


freio, o efeito de frenagem eficaz o suficiente antes do 4 dente de trava.

82 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

DIREO

Neste captulo, voc estudar as caractersticas da direo do veculo Sprinter e os


procedimentos para sua manuteno.

O Sprinter est equipado com um sistema de direo de pinho e cremalheira servoassistida.


A direo est fixada por parafusos ao corpo do eixo e localizada frente do eixo dianteiro.

Veja na figura abaixo o sistema de direo de pinho e cremalheira servoassistida.

O mecanismo da direo consta da cremalheira com um pinho de ataque excntrico e


vlvula de curso giratria que aciona o mbolo de dupla ao. A carcaa da direo de
alumnio; portanto, possui peso reduzido.

No lado esquerdo e no direito da cremalheira esto fixadas as hastes das barras de


acionamento, que se conectam s pontas de eixo das rodas.

A direo servoassistida facilita o trabalho do motorista, que pode concentrar-se no trfego


com mais ateno.

O conjunto de direo apresenta um reduzido crculo de esteramento: 11,3m na verso de


3.000mm de distncia entre eixos e 12,8m no modelo de 3.550mm.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 83


MECNICA DE VECULOS PESADOS

A bomba de palhetas, de grande confiabilidade, est acoplada no motor. No caso de ocorrer


uma falha do conjunto servoassistido da direo (por exemplo, ao se rebocar o veculo), a
direo pode ser manejada atravs da desmultiplicao do pinho mecnico de ataque.

O motorista dispe de um volante de quatro raios e 410mm de


dimetro. No centro do volante, est localizada uma placa de
impactos. Essa placa absorve energia em caso de impactos.

Esse tipo de direo possui ainda as seguintes vantagens:


Apresenta manejo confortvel e tem boa resposta, proporcionada pela sensibilidade da
vlvula de comando, que reage a qualquer movimento do volante.
Proporciona uma direo precisa e rpida, assegurada pela sua disposio rgida e pelo
baixo atrito dos elementos da direo.
O sistema fornece informaes constantes sobre as condies do solo atravs da resposta
mecnica das foras de direo conectadas a uma barra de toro localizada entre o
pinho de ataque e o cursor giratrio.

Confira agora os principais procedimentos para a manuteno e reparao desse item do


veculo.

VERIFICAO DO NVEL E SUBSTITUIO DO FLUIDO

1. Remova a tampa (1) do reservatrio do fluido.


2. Examine a junta da tampa e, se for necessrio, substitua-a.
3. Controle o nvel de fluido: introduza totalmente a vareta indicadora; retire-a e verifique o
nvel do fluido. O reservatrio est corretamente abastecido quando o leo estiver entre
as indicaes de nvel mnimo e mximo.
4. Complete o nvel de fludo.

84 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

OBSERVE QUE:

Voc deve utilizar somente os fluidos para caixas de direo hidrulica recomendados pela
Mercedes-Benz, indicados no Manual de operao do veculo e outros manuais Mercedes.

VERIFICAO DA FOLGA DA DIREO

ATENO!

ANTES DE ACIONAR A PARTIDA DO MOTOR, NECESSRIO QUE VOC ACIONE O FREIO DE ESTACIONAMENTO
E ASSEGURE-SE DE QUE O VECULO NO SE MOVIMENTE.

1. Coloque o veculo em funcionamento e posicione as rodas dianteiras em linha reta.

2. Gire o volante para a esquerda e para a direita vrias


vezes. Ao girar o volante, no mximo 30mm (a = folga
mxima admissvel), as rodas dianteiras devero iniciar
o esteramento.

VERIFICAO DO ESTADO DAS HASTES DA DIREO

1. Verifique as barras da direo e suas articulaes esfricas (1), assim como as coifas
de proteo (2). Examine especialmente se as mesmas no apresentam danos e se
esto devidamente fixadas.

2. Em seguida, verifique os guarda-ps de borracha das articulaes esfricas (1) das


barras de direo. Examine se no apresentam danos visualmente e se se assentam
perfeitamente nas superfcies de apoio.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 85


MECNICA DE VECULOS PESADOS

SUBSTITUIO DAS COIFAS DE PROTEO

ATENO!

ANTES DE INICIAR ESTA OPERAO, OBSERVE AS MEDIDAS DE SEGURANA


PARA QUE O VECULO NO SE MOVIMENTE.

1. Solte as porcas das rodas dianteiras. Levante o veculo pelo eixo dianteiro e apie-o
sobre cavaletes colocados debaixo das longarinas.
2. Remova as rodas.
3. Solte as porcas de fixao (6) das articulaes esfricas.
4. Com a ferramenta especial (601 589 04 33 00), extraia as articulaes esfricas dos
braos de direo.
5. Solte as porcas (7) e desparafuse as ponteiras (4) das barras de ligao (5).
OBSERVAO:
Ao desenroscar as ponteiras, conte o nmero de voltas giradas, para tornar a montar as
ponteiras na mesma posio.

6. Remova a braadeira (2).

86 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

7. Solte a braadeira (1) e remova a coifa (3).

8. Instale as novas coifas e ajuste as braadeiras, apertando-as com 10 a 12 Nm.

ATENO!

AS COIFAS NO DEVEM SER GIRADAS EM HIPTESE ALGUMA DURANTE A SUA INSTALAO.

9. Aperte a ponteira esquerda (4) na barra de ligao (5).


10. Antes de efetuar a montagem das ponteiras no brao de direo, limpe a graxa dos
pinos cnicos e seu alojamento no brao de direo.
11. Monte as ponteiras (5) no brao de direo e aperte as porcas (6) com 120 a 130 Nm.
12. Instale as rodas. Abaixe o veculo e aperte as rodas com 160 a 180 Nm.
13. Regule a convergncia e aperte as contraporcas (7) nas barras de ligao, contra as
ponteiras.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 87


MECNICA DE VECULOS PESADOS

SISTEMA ELTRICO

Neste captulo, voc estudar brevemente o sistema eltrico do veculo Sprinter e alguns
procedimentos de manuteno, como a troca de fusveis.

Comecemos pelas principais caractersticas desse sistema eltrico.

A tenso nominal de instalao eltrica do Sprinter de 12 Volts.

Os veculos esto equipados com uma bateria de 12V-88 Ah instalada no compartimento


do motor. O nvel do eletrlito da bateria deve ser verificado periodicamente; voc deve
complet-lo, se necessrio.

A instalao eltrica est interligada atravs de uma central eltrica abaixo do volante, na
coluna de direo. Na central eltrica esto localizados os rels e fusveis do circuito eltrico.

No compartimento sob o banco do motorista, esto o fusvel do ventilador da calefao e os


fusveis, diodos e rels dos equipamentos especiais.

Para fazer a manuteno do sistema, voc pode substituir o fusvel, mas atente para o
lembrete abaixo:

ATENO!

NO ADMISSVEL RECUPERAR FUSVEIS, NEM FAZER LIGAES DIRETAS.


VOC DEVE UTILIZAR SOMENTE FUSVEIS DE CAPACIDADE RECOMENDADA.

88 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

SUBSTITUIO DOS FUSVEIS NA COLUNA DE DIREO, ABAIXO DO


VOLANTE

1. Antes de substituir um fusvel, voc deve desligar o respectivo acessrio ou girar a chave
de contato para a posio 0.
2. Gire de volta o parafuso da tampa da central eltrica e remova a tampa.

3. Substitua o fusvel queimado.

DISPOSIO DOS FUSVEIS NA CENTRAL ELTRICA

NUM. CAP. DESCRIO

1 15 Luz de posio direta, lmpada piloto direita


2 15 Luz alta direita
3 15 Luz alta esquerda, lmpada piloto da luz alta
4 15 Luz de marcha r
5 15 Luz de freio
6 20 Motor do limpador de pra-brisa
7 15 Buzina, desembaador trmico traseiro, rel (terminal 15)
8 20 Ilum. interna, acendedor de cigarros, rdio (terminal 30)
9 15 Relgio, luzes indicadas de direo, luz de estacionamento
10 15 Ilum. dos instrumentos, iluminao da placa de licena
11 15 Luz de posio esquerda, lmpadas-piloto esquerda
12 15 Luz baixa direita
13 15 Luz baixa esquerda
14 15 Faris de neblina, luz de neblina traseira
15 15 Rdio (terminal 15)
16-18 - Disponvel para equipamentos especiais

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

SUBSTITUIO DOS FUSVEIS NO COMPARTIMENTO SOB O BANCO DO


MOTORISTA

1. Antes de substituir um fusvel, desligue o respectivo acessrio ou gire a chave de contato


para a posio 0.
2. Pressione a tampa (setas) e remova-a.

3. Substitua o fusvel queimado.

A disposio dos fusveis varia de acordo com os equipamentos especiais montados em


cada veculo. Abaixo voc encontra um exemplo possvel da disposio dos fusveis no
compartimento sob o banco do motorista.

DISPOSIO DOS FUSVEIS E RELS NA CENTRAL ELTRICA

NUM. CAP. DESCRIO

1-4 - Rels da calefao, terminal 15, D+ e a/a


5 25 Fusvel do acionamento do vidro do motorista
6 10 Fusvel dos espelhos externos
7 25 Fusvel do acionamento do vidro do acompanhante
8 15 Fusvel da trava das portas
9 10 Fusvel do comando das fechaduras
10 30 Fusvel da calefao
11 30 Fusvel do desembaador
12 15 Fusvel D+
13 10 Fusvel do ar-condicionado
14 - Diodo do ar-condicionado
15 - Diodo da trava das portas
16 - Diodo da trava das portas

OBSERVAO
Na parte traseira do compartimento esto localizados os fusveis da trava centralizada e do
desembaador trmico traseiro.

90 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

QUADRO DE CHASSI

Neste captulo, voc estudar a composio do quadro de chassi do veculo Sprinter, bem
como os dados de medio do chassi, nas suas variaes possveis.

Veja na figura abaixo a representao dos quadros de chassi do Sprinter:

A espinha dorsal do Sprinter constituda pelas longarinas em U com flanges estreitos nos
lados (perfil de chapu).

As longarinas esto soldadas nas travessas, formando um chassi de alta resistncia.

As longarinas do chassi na rea da cabina so idnticas em todas as suas respectivas


execues. A parte traseira do chassi dimensionada em funo do peso total admissvel
para cada caso, em funo da distncia entre os eixos. Desse modo, a carga til do veculo
foi otimizada. Em todas as execues, a cabina est soldada ao quadro de chassi.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 91


MECNICA DE VECULOS PESADOS

Na pick-up, a partir da parede traseira da cabina, o quadro de chassi, tambm soldado, est
coberto por um perfil; desse modo, obtm-se uma seo em forma de caixa (perfil de chapu),
de que deriva o nome quadro de chassi de caixa.

Os consoles esto faceados com a borda superior do quadro do chassi e permitem a


instalao de carroarias de todo o tipo. Assim, possvel configurar os furges com piso
liso e chassi auxiliar reto.

No furgo e na kombi, a carroaria completa a forma com o chassi em uma s unidade


monobloco soldada, na qual a carroaria e o chassi suportam em conjunto as cargas a
serem transportadas. Essa estrutura monobloco garante uma excelente rigidez toro.

Nos veculos kombi so incorporados consoles de reforo no chassi para possibilitar a


instalao de diversos tipos de assentos.

O quadro de chassi do Sprinter contribui grandemente para a estabilidade e elasticidade do


veculo, por isso e outros fatores, descritos abaixo, ele constitui um componente importante
para a segurana do Sprinter.

A parte dianteira est dimensionada como rea de deformao controlada. Isto diminui o
risco de leses em caso de choque frontal ou assimtrico.

Para proteger os ocupantes no caso de um impacto na parte traseira, foi incorporada uma
robusta travessa final, que evita, tambm, em caso de coliso, que o outro veculo possa
incrustar-se debaixo do chassi.

Confira agora os dados de medio dos quadros de chassi Sprinter.

92 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

DADOS DE MEDIO DO CHASSI DE PICK-UP COM E SEM CAIXA DE


CARGA

DADOS DE MEDIO

DISTNCIA ENTRE EIXOS - R 3550mm

PONTOS DE MEDIO DIFERENA ADMISSVEL


MEDIDA EFETIVA
ENTRE ESQUERDA
DA DISTNCIA
E DIREITA

Eixo Dianteiro
V1 Do orifcio de controle K1 na longarina do chassi ao orifcio de 4
controle K2 na longarina do chassi no lado oposto

V2 Do orifcio de controle K na ponte para medies ao orifcio de


4
controle K1 na longarina do chassi

V3 Do orifcio de controle K1 na longarina do chassi ao orifcio de


3 1461 2
controle K2 na mesma longarina do chassi

Paralelismo na altura do chassi


Diferena admissvel de paralelismo na altura entre a longarina do 0 20 1)
chassi esquerda e direita 0 18 2)

Eixo Traseiro
H1 Do orifcio de controle K na ponte para medies ao orifcio de
4
controle K3 na longarina do chassi

H2 Do orifcio de controle K3 na longarina do chassi ao orifcio de


controle (8mm ) K4 no apoio traseiro do feixe de molas traseiro 4
oposto

H2 Do orifcio de controle K3 na longarina do chassi ao orifcio de


3 1661 2
controle (8mm ) K4 no apoio traseiro do feixe de molas traseiro

Largura do chassi
BR1 Distncia dos orifcios de controle K1 da longarina do chassi do _ 860 2
lado esquerdo ao direito

Distncia das faces internas das longarinas do chassi entre si _


800 3

BR2 Distncia dos orifcios de controle K2, K3 e K4 da longarina _ 980 3


do chassi do lado esquerdo ao direito
_
Distncia das faces internas das longarinas do chassi entre si 920 3

1
Com uma largura do chassi de 860mm, a divergncia corresponde a uma diferena de altura de cerca de 5mm
2
Com uma largura do chassi de 980mm, a divergncia corresponde a uma diferena de altura de cerca de 5mm

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MECNICA DE VECULOS PESADOS

DADOS DE MEDIO DO CHASSI DE FURGO OU KOMBI

DADOS DE MEDIO

DISTNCIA ENTRE EIXOS DISTNCIA ENTRE EIXOS


R 3000mm R 3550mm
PONTOS DE MEDIO
DIFERENA ADMISSVEL DIFERENA ADMISSVEL
MEDIDA EFETIVA MEDIDA EFETIVA
ENTRE ESQUERDA ENTRE ESQUERDA
DA DISTNCIA DA DISTNCIA
E DIREITA E DIREITA

Eixo Dianteiro
V1 Do orifcio de controle K1 na longarina do
chassi ao orifcio de controle K2 na 4 4
longarina oposta do chassi

V2 Do orifcio de controle K na ponte para


medies ao orifcio de controle K1 na 4 4
longarina do chassi

V3 Do orifcio de controle K1 na longarina do


chassi ao orifcio de controle K2 na 3 1461 2 3 1461 2
mesma longarina do chassi

Paralelismo na altura do chassi


Diferena admissvel de paralelismo na altura
0 20 1) 0 20 1)
entre a longarina do chassi do lado esquerdo
0 18 2) 0 18 2)
e direito

Eixo Traseiro
H1 Do orifcio de controle K na ponte para
medies ao orifcio de controle K3 na 4 4
longarina do chassi

H2 Do orifcio de controle K3 na longarina do


chassi ao orifcio de controle K5 na 4 4
longarina do chassi

H2 Do orifcio de controle K3 na longarina do


chassi ao orifcio de controle K5 na 3 992 2 3 1865 2
mesma longarina do chassi

Largura do chassi
BR1 Distncia dos orifcios de controle K1
da longarina do chassi do lado esquerdo _ 860 2 _ 860 2
ao direito
Distncia das faces internas das _ _
800 3 800 3
longarinas do chassi entre si

BR2 Distncia das faces internas das _ _


980 2 980 2
longarinas do chassi entre si
_ 920 3 _ 920 3
1
Com uma largura do chassi de 860mm, a divergncia corresponde a uma diferena de altura de cerca de 5mm
2
Com uma largura do chassi de 980mm, a divergncia corresponde a uma diferena de altura de cerca de 5mm

94 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

CABINA

Neste captulo, voc estudar as caractersticas da cabina do veculo Sprinter. Voc tambm
ver alguns procedimentos de manuteno que so efetuados nessa parte do veculo.

CARACTERSTICAS EXTERNAS
O Sprinter um veculo de cap curto e estrutura monobloco, com peas de estrutura
aparafusadas. Devido aos cantos arredondados e ao pra-brisa colado, o veculo possui
um baixo coeficiente de resistncia aerodinmica. As portas da cabina esto localizadas
atrs do eixo dianteiro e possuem um grande ngulo de abertura. Tal abertura proporciona
fcil acesso para o interior do veculo, fator importante nos veculos de entregas.

As amplas superfcies das janelas e do pra-brisa (1,5m2) proporcionam uma excelente


visibilidade em todas as direes, o que facilita a conduo e as manobras, aumentando a
segurana do veculo.

O limpador do pra-brisa abrange 62% da superfcie do vidro, equivalente a 0,93m2. Os


ejetores do equipamento do lavador do pra-brisa esto montados sobre as palhetas. Desse
modo, ejetam a gua para a limpeza do pra-brisa diretamente sobre a superfcie a ser
limpa. As extremidades de borracha dos ejetores de gua evitam que os mesmos sejam
obstrudos por congelamento em regies frias.

Para melhorar a visibilidade para a traseira, foram incorporados retrovisores externos de


grandes dimenses. Opcionalmente, os retrovisores externos podem ser fornecidos com
regulagem eltrica e calefao para desembaamento.

CARACTERSTICAS INTERNAS
Dentro da cabina, a amplitude da mesma e a facilidade com que se pode passar de um lado
a outro, do compartimento de carga para o de passageiros e vice-versa, so fatores tambm
positivos.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 95


MECNICA DE VECULOS PESADOS

Veja abaixo a vista interna da cabina do Sprinter, com nfase no painel de instrumentos e no
sistema de circulao de ar.

O painel de instrumentos do Sprinter est equipado de srie com indicadores analgicos


redondos para o controle da temperatura do lquido de arrefecimento, indicador de
combustvel, velocmetro, tacmetro e relgio, assim como com todas as lmpadas-piloto
de controle necessrias. A iluminao translcida dos instrumentos facilita a sua leitura no
escuro, sem perigo de ofuscamento.

Os alto-falantes para equipamento de rdio esto localizados nos dois extremos laterais do
painel de instrumentos.

O interruptor das luzes intermitentes de advertncia est localizado ao alcance direto da


mo, sobre a coluna da direo. Nos lados direito e esquerdo da coluna da direo, esto
localizados os interruptores combinados para acionamento das luzes de iluminao, luzes
indicadoras de direo e limpador de pra-brisa. Na parte inferior da coluna da direo, sob
a cobertura, esto alojados os fusveis.

No painel do Sprinter esto dispostos ainda trs comandos giratrios, tambm com iluminao
translcida. O controle do volume de ar comanda trs funes distintas. Atravs dele, pode-
se controlar o fluxo de ar proveniente do exterior, comandar o ventilador de quatro velocidades
e conectar ou desconectar a funo de circulao de ar.

O controle de temperatura permite conectar e desconectar a calefao e regular


individualmente a temperatura.

96 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

Por fim, com o comando de distribuio de ar pode-se regular a direo do fluxo de ar que
entra na cabina.

A disposio do sistema de ventilao do Sprinter possibilita que a distribuio de ar no


interior do veculo seja feita em funo dos desejos de seus ocupantes, assegurando uma
regulagem adequada da calefao e da ventilao. O ventilador de quatro velocidades,
associado ventilao automtica, que est adaptada a ele, garante uma rpida renovao
de ar sem correntes incmodas. Como esse ventilador est localizado no compartimento do
motor, no produz rudos no interior do veculo quando est em funcionamento.

Atravs das aberturas de sada para o ar frio e quente na cabina, pode controlar-se
individualmente a circulao do ar. Uma srie de 19 difusores fixos distribui o ar quente e
frio para o pra-brisa. Dois difusores fixos dispostos um em cada extremidade do painel de
instrumentos evitam o embaamento das janelas laterais. No espao inferior esto localizados
dois difusores de ar, um para o motorista e o outro para o acompanhante.

Os quatro difusores orientveis instalados na parte dianteira do painel de instrumentos


podem ser direcionados a 40 no sentido horizontal e a 20 no sentido vertical.

Se o ar externo possuir odores desagradveis ou poeira, basta acionar o comando de controle


de volume de ar para fechar a entrada do ar externo. Nesse caso, o ar no interior do veculo
permanece em recirculao. Acionando-se uma segunda vez o comando de controle de
volume de ar, a funo de recirculao de ar desligada.

Um equipamento opcional de ar-condicionado encarrega-se de manter a temperatura interna


agradvel em dias de muito calor. Esse equipamento totalmente integrado ao sistema de
calefao e ventilao; dessa forma, o ar refrigerado distribudo na cabina atravs dos
difusores de srie do sistema de ventilao. O sistema de ar-condicionado possui ainda um
filtro especial para evitar a infiltrao de poeira e o agente frigorfico utilizado no sistema
no contm hidrocarbonetos fluorclorados, contribuindo para a preservao do meio
ambiente.

Confira agora alguns procedimentos de manuteno dos itens da cabina.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 97


MECNICA DE VECULOS PESADOS

REMOO E INSTALAO DO PAINEL DE INSTRUMENTOS E REGULADOR


DE ILUMINAO

Acompanhe a descrio dos procedimentos observando na figura abaixo os itens da cabina


a serem manipulados.

1. Remova os comandos giratrios da calefao (10) e as porcas sextavadas (9).


2. Solte os parafusos (11) do revestimento do painel de instrumentos (7).
3. Remova a tampa (1) do alto-falante e solte o parafuso de fixao (6).
4. Retire a tampa (12) e solte o parafuso (13).
5. Se o veculo estiver equipado com rdio, remova-o e desconecte os cabos eltricos.
6. Remova o revestimento do painel de instrumentos (7).
7. Solte os parafusos (3) e puxe o painel de instrumentos (2) para trs.
8. Gire os dispositivos de desbloqueio (16) para cima.
9. Remova as conexes (4 e 5) e remova o painel de instrumentos.
10. Remova a tampa (17) do regulador de altura dos faris.
11. Remova a conexo (23).
12. Separe ambos os tubos de vcuo, de sada (14) e de entrada (15). Voc deve diferenci-
los pela cor. O tubo flexvel de vcuo de cor preta (15) corresponde conexo A (entrada)
e o de cor preta e verde (14) conexo B (sada).
13. Remova o revestimento (18).
14. Para a montagem, efetue os mesmos procedimentos de desmontagem, mas em ordem
inversa.

98 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

CARROARIA

Neste captulo, voc estudar os procedimentos de manuteno dos itens que compem a
carroaria do veculo Sprinter. Comearemos pela frente do veculo, cuja desmontagem
voc pode conferir na figura representada abaixo:

Observe os pontos destacados da figura, os quais voc dever manusear para efetuar os
procedimentos de montagem e desmontagem da frente, listados a seguir.

DESMONTAGEM E MONTAGEM DA FRENTE DO VECULO

1. Desligue a bateria.
2. Desenrosque os parafusos (1) da placa de licena.
3. Remova as coberturas (2) e desenrosque os parafusos com colar (3).

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 99


MECNICA DE VECULOS PESADOS

4. Remova a cobertura (4) e o rebite da expanso (5).


OBSERVAO
Para remover o rebite da expanso, enrosque um parafuso para chapa M4 2x30 no rebite,
o mximo possvel, e extraia-o com um alicate.

5. Retire o pra-choque (6).


6. Remova no sentido das setas os suportes (8) do radiador.
7. Solte o estribo de fixao (1) e remova para frente a luz indicadora de direo com o
soquete (2).

8. Remova a outra luz indicadora de direo.


9. Separe do farol o tubo flexvel de vcuo e a conexo eltrica.
10. Repita os procedimentos de desmontagem para mover o outro farol.
11. Desenrosque da carroaria o parafuso (8) e as unies parafusadas (14) e (15), em
ambos os lados.

100 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

12. Desparafuse a ancoragem do gancho do cap (10).

13. Introduza o gancho (10) em seu alojamento e desmonte a frente.


14. Para a montagem, efetue os mesmos procedimentos da desmontagem, mas em ordem
inversa. Voc deve apertar os parafusos do pra-choque (3) a 23 Nm.

REGULAGEM DAS PORTAS DIANTEIRAS

Observe os pontos destacados na figura abaixo, que representa a lateral do veculo Sprinter:

A corresponde interseo dos perfis sem degraus


B corresponde folga da porta, cujos valores devem ser:
1 Superior: 7mm 0,5mm
2 Dianteira: 8mm 0,5mm
3 Traseira: 7mm 0,5mm
4 Caixa de roda: 7mm 0,5mm
5 Inferior: 8mm 0,5mm

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 101


MECNICA DE VECULOS PESADOS

Confira agora os procedimentos para a regulagem das portas dianteiras.

REGULAGEM DA FOLGA DA PORTA (B) E APARNCIA DOS PERFIS (A)


1. Solte os parafusos Torx (1) das dobradias e ajuste a interseo dos perfis e a folga na
porta na carroaria.

REGULAGEM DA PROFUNDIDADE DE MONTAGEM


1. Solte os parafusos (2) e ajuste a profundidade de montagem movendo a ancoragem da
fechadura no sentido horizontal. Observe que voc deve ajustar a porta de maneira que
ela fique faceada com a parede lateral da carroaria, podendo sobressair-se, no mximo,
1mm. O trinco giratrio dever entrar bem centralizado na sua fixao.

102 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

REGULAGEM DA PORTA CORREDIA

Observe na figura abaixo os pontos e intersees da porta corredia do veculo Sprinter que
devero ser verificados na regulagem:

A representa a aparncia dos perfis: voc deve faz-los coincidir


B representa as folgas superior e inferior: 7mm 0,5mm
C representa as folgas dianteira e traseira: 7mm 0,5mm

Veja a seguir os procedimentos de regulagem e manuteno dessas partes.

REGULAGEM DA FOLGA B E APARNCIA DA INTERSEO DOS PERFIS A


1. Aperte firmemente os parafusos da pea deslizante (10).
2. Solte os parafusos (5) da cunha de guia (9), para
poder moviment-la. Observe que a movimentao
da cunha de guia dever ser possvel durante toda a
operao de regulagem.
3. Centralize a posio da cunha de guia (9) em relao
pea deslizante (10), deslocando-a no sentido das
setas A e B, para poder fechar a porta corredia e
efetuar sua regulagem.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 103


MECNICA DE VECULOS PESADOS

4. Solte o parafuso (8) e regule a folga B, deslocando a pea de travamento no sentido


vertical (como mostra a seta).

5. Aperte o parafuso (8) com 25 Nm.


6. Solte os parafusos (1) e (2) nos carrinhos rolantes superior e inferior.

7. Regule a folga B atravs do carrinho rolante superior.


8. Aperte os parafusos (1) e (2) nos carrinhos rolantes superior e inferior com 25 Nm.

REGULAGEM DA FOLGA C
1. Solte o parafuso (3) e regule a folga C, deslocando o carrinho rolante no sentido horizontal
(como mostra a seta).

2. Aperte o parafuso com 40 a 45 Nm.

104 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

REGULAGEM DO PARALELISMO DA PORTA EM RELAO PAREDE LATERAL


1. Regule o paralelismo da porta soltando o parafuso (6) do carrinho rolante superior.

2. Em seguida, regule novamente o paralelismo da porta soltando o parafuso (7) do carrinho


rolante inferior.

REGULAGEM DA PROFUNDIDADE DE MONTAGEM


1. Solte os parafusos (8) e regule a profundidade de montagem da porta corredia (na
parte traseira), deslocando a pea de ancoragem da fechadura no sentido horizontal
(como mostra a seta). Observe que a profundidade de montagem da porta corredia (na
parte traseira) dever ser ajustada de forma que a porta fique faceada com a superfcie
da carroaria, podendo sobressair-se, no mximo, 1mm.
2. Regule a posio da cunha de guia (9) com relao pea deslizante (10), deslocando-
a no sentido indicado pelas setas A e B.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 105


MECNICA DE VECULOS PESADOS

3. Feche a porta corredia para que, deste modo, as cunhas de guias (9) se centralizem
nas peas deslizantes (10).
4. Controle a profundidade de montagem da porta corredia com relao parede lateral.
Observe que a profundidade de montagem (na parte dianteira) dever ser ajustada de
forma que a porta fique faceada com a superfcie da carroaria, podendo sobressair-se
para dentro, no mximo, 1mm.
5. Regule a profundidade de montagem deslocando as cunhas de guia no sentido horizontal
e aperte os parafusos (5) (cf. figura da pgina anterior) com 10 Nm.

REGULAGEM DO BATENTE DA PORTA CORREDIA


1. Solte o batente (11) da porta corredia.

2. Abra a porta corredia e retenha-a na posio de abertura mxima.


3. Apie o batente da porta (11) na posio de abertura mxima da porta e aperte os
parafusos com 11 Nm.

106 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

REGULAGEM DAS PORTAS TRASEIRAS (TETO ALTO E TETO BAIXO)

Observe na figura a seguir, que representa a traseira do veculo Sprinter, os pontos


destacados, que correspondem s folgas que voc manusear para efetuar a regulagem
das portas traseiras.

B representa a folga em todo o contorno: 8mm 0,5


B representa a folga na parte superior: 13mm 0,5

REGULAGEM DA FOLGA B
1. Solte os parafusos (2).

2. Solte o parafuso (1) atravs do orifcio da dobradia.

3. Regule as portas traseiras e aperte o parafuso (1) com 25 Nm.


4. Aperte os parafusos (2) com 25 Nm.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 107


MECNICA DE VECULOS PESADOS

TABELAS DE APERTO

Neste captulo, trazemos para voc todas as tabelas de aperto reunidas, com os valores
necessrios para a manuteno das diversas partes do veculo Sprinter, para que voc
possa consult-las sempre que for efetuar algum dos procedimentos descritos nesta apostila.

MOTOR
DENOMINAO ROSCA Nm

Bujo do crter M19 x 1,5 49...60

Fixao do crter M8 x 1,25 22...28

Porcas de regulagem da folga de vlvulas M8 x 1 8...11

Vlvula recuperadora de gases M6 x 1 8...11

Tampa de vlvulas M8 x 1,25 8...11

Polia tensora da correia de distribuio M10 x 1,5 40...50

Fixao da polia da bomba injetora ao cubo M8 x 1,25 22...28

Polia da rvore de manivelas M20 x 1,5 80+90

Tampa da carcaa de distribuio M8 x 1,25 22...28

Bomba injetora carcaa de distribuio M8 x 1,25 22...28

Tubulao dos injetores M14 x 1,25 22...28

Suporte da bomba injetora M8 x 1,5 22...28

Parafuso Racor da vlvula LDA M8 x 1 8...11

Parafusos da bomba de combustvel M8 x 1,25 22...28

Bujo da carcaa do volante do motor M14 x 1,5 22...28

Tampa de inspeo da carcaa de distribuio M8 x 1,25 22...28

Parafuso Racor de retorno da bomba injetora M6 x 1 22...28

Parafusos da bomba dgua M8 x 1,25 30

Parafuso de sangria da bomba injetora M8 x 1 8...11

Parafusos do coletor de admisso M8 x 1,25 22...28

Parafusos do coletor de admisso M8 x 1,25 22...28

Porcas do coletor de escapamento M10 x 1,5 40...50

Porcas de fixao do turbo ao coletor de escapamento M10 x 1,5 22...28


(continua)

108 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

(continuao)

DENOMINAO ROSCA Nm

Fixao da bomba de direo hidrulica M8 x 1,25 25

Fixao da bomba de vcuo M6 x 1 22...28

Fixao do motor de partida M10 x 1,5 40...50

Parafusos da polia da bomba dgua M8 x 1,25 22...28

Parafusos da polia da bomba de direo hidrulica M8 x 1,25 22...28

Parafusos do motor ao suporte de apoio M10 x 1,5 85

VOLANTE, EMBREAGEM E CAIXA DE MUDANAS


DENOMINAO ROSCA Nm

Fixao do volante do motor M14 x 1,5 146

Cobertura do volante M10 x 1,5 45

Plat de embreagem M8 x 1,25 23

Bujo de abastecimento da caixa de mudanas M24 x 1,5 60

Bujo de escoamento da caixa de mudanas M24 x 1,5 60

rvore de transmisso caixa de mudanas M8 x 1 34...41

Mancal intermedirio da rvore de transmisso ao chassi M12 x 1,5 85...90

Estribo de segurana da rvore de transmisso M12 x 1,5 85...90

Tubo guia da rvore primria M6 x 1 10

Transmissor de impulso caixa de mudanas M6 x 1 8

Suporte ao flange da caixa de mudanas M12 x1,5 90

Travessa do motor ao console M10 x 1,5 45

Cilindro receptor da embreagem M8 x 1,5 25

Alavanca de mudanas caixa de mudanas M10 x 1,5 63

Caixa de mudanas ao motor M10 x 1,5 55

Parafusos de fixao do flange caixa de mudanas M12 x 1,5 110

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 109


MECNICA DE VECULOS PESADOS

EIXO DIANTEIRO
DENOMINAO ROSCA Nm

Suporte telescpico ponta de eixo M14 x 1,5 185

Suporte telescpico ancoragem superior M16 x 1,5 90...110

Pina de freio ponta de eixo M14 x 1,5 175...205

Parafuso de segurana do disco de freio M8 x 1,25 20

Parafusos de fixao das rodas M14 x 1,5 160...180

Porca da rtula ponta de eixo M20 x 1,5 120...130

Brao de direo ponta de eixo M16 x 1,5 280...300

Parafuso da placa de batente do elstico M10 x 1,5 40...50

Parafusos de fixao do corpo do eixo dianteiro M12 x 1,5 90...100

Porcas de fixao do elstico traseiro M12 x 1,5 75...80

Porcas de fixao do jumelo do elstico traseiro M12 x 1,5 75...80

Fixao superior do amortecedor M14 x 1,5 75...80

Fixao inferior do amortecedor M12 x 1,5 65...70

EIXO TRASEIRO
DENOMINAO ROSCA Nm

Bujo do escoamento do eixo traseiro M22 x 1,75 74

Porcas nos parafusos do prato de freio (2 etapas) M13 x 1,75 20+50...80

Porca do pinho M22 x 1,75 300...380

FREIOS
DENOMINAO ROSCA Nm

Fixao da parte superior das pinas de freio M8 x 1,25 25...28

Parafusos de sangria M10 x 1 12...16

Tubo flexvel de freio M10 x 1 12...16

Fixao do sensor de desgaste das pastilhas de freio M6 x 1 10

DIREO
DENOMINAO ROSCA Nm

Porca do brao da direo M16 x 1,5 120...130

110 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

CARROARIA
DENOMINAO ROSCA Nm

Pra-choques M8 x 1,25 23

Porta corredia, pea deslizante M6 x 1 10

Porta corredia, rolamentos inferior e superior M8 x 1,25 25

Porta corredia, rolamentos centrais M10 x 1,25 40...45

Porta corredia, cunha guia M6 x 1 10

Porta corredia, batente do trilho M6 x 1 10

Porta corredia, ancoragem M8 x 1,25 25

Porta dianteira, ancoragem M8 x 1 x 1,25 25

Porta dianteira, limitador de curso M6 x 1 10

Porta traseira, cunha de batente superior M6 x 1 10

Porta traseira, limitador de curso M6 x 1 10

Porta traseira, dobradia M8 1 x 25 25

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 111


MECNICA DE VECULOS PESADOS

FERRAMENTAS ESPECIAIS

Neste captulo final, trazemos para voc uma relao das ferramentas especiais utilizadas
na manuteno do veculo Sprinter. Nesta relao, voc encontra uma representao grfica
da ferramenta, seu nmero respectivo, denominao, a classe de equipamento qual a
ferramenta pertence e o grupo do agregado no qual voc utilizar a ferramenta. Voc deve
utilizar esta relao concomitantemente consulta dos procedimentos de manuteno das
diversas partes do veculo Sprinter que constam desta apostila. Dessa forma, sempre que
um procedimento fizer referncia a uma ferramenta especial, voc poder localiz-la nesta
relao atravs de seu nmero e, assim, obter mais informaes a seu respeito.

RELAO DAS FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA O SPRINTER


FIGURA N DA FERRAMENTA DENOMINAO EQUIP. GR.

Medidor de compresso
001 589 47 21 00 para motores diesel A 01
(opcional com 001 589 78 21 00)

98 690 589 01 21 00 Adaptador para medir a compresso A 01

Mandril para montagem do retentor


98 690 589 00 15 00 B 01
da rvore de comando de vlvulas

Mandril de montagem do retentor


98 690 589 00 15 00 dianteiro da rvore de manivelas B 01
e do fixador do retentor de leo

Guia para montagem do retentor


98 690 589 01 61 00 C 01
do mancal traseiro

Imobilizador da polia da
98 690 589 00 31 00 B 03
rvore de manivelas

(continua)

112 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

(continuao)

FIGURA N DA FERRAMENTA DENOMINAO EQUIP. GR.

Extrator da engrenagem da
98 690 589 01 33 00 B 03
rvore de manivelas

Trava do volante para


98 690 589 00 21 00 B 03
colocao no ponto

Imobilizador da engrenagem
98 690 589 00 63 00 B 07
da bomba injetora

Medidor de vazamentos no
001 589 71 21 00 A 20
sistema de arrefecimento

Calibre de verificao do desgaste


115 589 07 23 00 A 25
do disco da embreagem

Extrator expansvel de rolamentos


000 589 25 33 00 (volante do motor) B 25
(em conjunto com 000 589 33 33 00)

Mandril centrador do disco


201 589 08 15 00 B 25
da embreagem

000 589 33 33 00 Extrator de rolamentos do eixo dianteiro B 25


(em conjunto com 000 589 25 33 00)

Mandril para montar retentor


711 589 01 15 00 B 26
da rvore primria

Mandril para montar retentor


711 589 03 15 00 B 26
da rvore secundria

Alicate para comprimir mola auxiliar


901 589 00 31 00 B 29
do pedal da embreagem

601 589 04 43 00 Mandril para montar bucha da B 32


barra estabilizadora traseira

(continua)

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 113


MECNICA DE VECULOS PESADOS

(continuao)

FIGURA N DA FERRAMENTA DENOMINAO EQUIP. GR.

Mandril para montar bucha da


901 589 00 43 00 B 32
barra estabilizadora dianteira

Mandril para montar rtula


730 589 01 43 00 B 33
do brao da suspenso

Mandril para montar bucha


730 589 00 43 00 B 33
do brao da suspenso

730 589 02 33 00 Extrator da rtula da ponta de eixo B 33

Mandril para desmontar rtula


730 589 02 43 00 B 33
do brao da suspenso

730 589 05 15 00 Mandril para montar pista externa B 33


do rolamento e retentor

Mandril para montar coberta


730 589 06 15 00 B 33
externa do rolamento externo

Extrator da pista externa do rolamento


312 589 04 35 B 35
da extremidade do tubo

Extrator/instalador do rolamento
98 690 589 00 35 00 B 35
da semi-rvore

98 690 589 08 15 00 Instalador do rolamento do pinho B 35

Dispositivo para desmontar


901 589 00 63 00 B 42
cabo do freio de estacionamento

631 589 00 23 00 Manmetro para comprovar vlvula ALB B 42


(Quantidade: 2)

(continua)

114 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

(continuao)

FIGURA N DA FERRAMENTA DENOMINAO EQUIP. GR.

000 589 40 37 00 Pina de presso para estrangular A 46


tubos flexveis

Pina de presso para estrangular


000 589 54 37 00 A 46
tubos flexveis

124 589 06 21 00 Manmetro de teste A 46

Extrator de rolamentos
26
000 589 34 33 00 (eixo dianteiro e caixa de mudanas) B
33
(em conjunto com 000 589 29 33 00)

Extrator expansvel de rolamentos


26
000 589 29 33 00 (roda dianteira e caixa de mudanas) B
33
(em conjunto com 000 589 34 33 00)

Chave para imobilizar flange da 26


366 589 00 31 00 B
caixa de mudanas/diferencial 35

26
000 589 89 33 00 Extrator de flange B
35

Bomba de vcuo para o 29


001 589 73 21 00 alinhamento dos faris B 42
(opcional com 201 589 13 21 00) 82

29
112 589 00 72 00 Bomba manual para succionar lquidos A
46

68
115 589 03 59 00 Cunha A
72

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 115


MECNICA DE VECULOS PESADOS

FERRAMENTA DE FABRICAO PRPRIA:


GANCHO PARA REMOVER E INSTALAR O MOTOR

Observe as instrues da figura abaixo. Atravs delas, voc pode construir um gancho para
remover e instalar o motor do Sprinter.

116 ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO


MANUTENO SPRINTER I - BSICO

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

DAIMLER CHRYSLER DO BRASIL LTDA. Global Training. Sprinter Eixo Traseiro HL0 / 15 C
2,2. Campinas, s.d.

MERCEDES-BENZ DO BRASIL S.A. SELIT Sistema Eletrnico de Literatura Tcnica. Verso


07p. Campinas, s.d. 1 CD-ROM.

. Sprinter Caixa de Mudanas G 28-5. Campinas, 1998.

. Sprinter Direo Caixa, coifa de proteo, trava da coluna e bomba. Campinas, s.d.

. Sprinter Eixo Traseiro. Campinas, 1997.

. Sprinter Manual de Apresentao. Campinas, s.d.

. Sprinter Manual de Freios. Campinas, s.d.

. Sprinter Motor OM 014 A. Campinas ,s.d.

. Sprinter Van 312 D. Publicidade de Veculos Comerciais. Novembro 1999. Encarte


publicitrio.

. Sprinter Suspenso e eixo dianteiro. Campinas, s.d.

. Treinamento. Alinhamento e geometria da direo Veculos Sprinter. Campinas, s.d.

ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO 117

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