Relatorio Bioquimica Carboidratos
Relatorio Bioquimica Carboidratos
Relatorio Bioquimica Carboidratos
Acadmicos:
1. INTRODUO:
Os carboidratos, tambm conhecidos como glicdios ou acares, so
molculas constituintes dos seres vivos, assim como protenas, lipdios e
cidos nuclicos. A combinao das diferentes funes bioqumicas de cada
uma dessas molculas permite a integridade da clula e de todos os
processos metablicos, fisiolgicos e genticos dos organismos vivos.
Antigamente, acreditava-se que os carboidratos estavam envolvidos apenas
com funes estruturais e energticas. Isso decorria da dificuldade tcnica no
estudo qumico e biolgico desses compostos.
A histria dos carboidratos est associada a seu efeito adoante, mas
hoje sabemos que a maioria desses compostos no apresenta essa
propriedade. A anlise da glicose revelou sua frmula qumica bsica que
apresenta a proporo de um tomo de carbono para uma molcula de gua.
Da vem o nome carboidrato (ou hidrato de carbono).
Tal proporo mantm-se em todos os compostos desse grupo. Os
mais simples, chamados de monossacardeos, podem ter de trs a sete
tomos de carbono, e os mais conhecidos - glicose, frutose e galactose tm
seis. A frmula desses trs acares a mesma, C6H12O6, mas eles diferem
no arranjo dos tomos de carbono, hidrognio e oxignio em suas molculas.
Os monossacardeos, principalmente as hexoses, podem se unir em cadeia,
formando desde dissacardeos at polissacardeos .
Embora muitos polissacardeos sejam formados pela mesma unidade (glicose,
no caso do amido e da celulose), as diferenas em suas estruturas, como
presena ou no de ramificaes e variedade nas ligaes entre as unidades,
conferem a eles propriedades fsico-qumicas muito diversas. (Pomin,Mouro)
+
Cu ). Estes princpios so observados tanto no Experimento 1 quanto no 2,
por meio da identificao de acares redutores com o teste de Fehling e o
teste de Seliwanoff para distino de aldoses e cetoses.
Os dois monossacardeos mais abundantes na natureza so a glicose
(dextrose), que a principal fonte de energia do corpo humano, e a frutose, o
acar das frutas, representados na Figura 1.
Figura 1. Frmula estrutural da glicose e da frutose.
Fonte:
http://www.medicinadoestilodevida.com.br/frutose/
1.2. OLIGOSSACARDEOS
Os oligossacardeos so definidos como cadeias curtas de
monossacardeos. Os mais comuns so os dissacardeos, formados pela unio
de dois monossacardeos, por meio de uma ligao glicosdica, que se d entre
uma das hidroxilas de um acar e o carbono anomrico de outro. A reao
que ocorre para a formao da ligao glicosdica tem como produto um acetal
a partir de um hemiacetal e um lcool, resultando num composto denominado
glicosdeo. Esse processo pode ser revertido pois os cidos hidrolisam as
ligaes glicosdicas.
Os exemplos mais conhecidos de dissacardeos so a sacarose (acar
de mesa, a lactose (acar do leite) e maltose (acar de malte dos cereais),
ilustrados na Figura 2.
Figura 2. Frmula estrutural dos dissacardeos mais conhecidos.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/381883/
A sacarose um acar muito utilizado na indstria, tanto para a
produo de lcool combustvel (pelo processo de fermentao) quanto para
fins culinrios. Ele obtido por meio da combinao de dois monossacardeos:
a glicose e a frutose.
2.3. POLISSACARDEOS
Os acares que contm mais de 20 unidades de monossacardeos so
denominados polissacardeos (ou glicanos), podendo chegar a possuir at
mesmo milhares de monossacardeos. A diferenciao desses carboidratos
dada pela unidade monomrica, comprimento e ramificao das cadeias.
Quando estes contm apenas um tipo de monossacardeo, so denominados
homopolissacardeo, diferentemente dos heteropolissacardeos que podem
conter dois ou mais tipos de monossacardeos.
Os polissacardeos no tm massas moleculares definidas, devido a sua
sntese ser realizada dependentemente das enzimas que catalisam sua
polimerizao e, portanto, no h um ponto final para esse processo e por
isso que estas molculas podem variar tanto no tamanho.
O amido (Figura 3) e o glicognio so homopolissacardeos muito
conhecidos devido sua capacidade de armazenamento de energia. Outros,
como a celulose e a quitina exercem funes estruturais em plantas e animais.
Alguns heteropolissacardeos que se destacam, so os peptideoglicanos,
presentes no envelope celular de procariontes, e os glicosaminoglicanos
(Figura 4) que se encontram na matriz extracelular de animais multicelulares.
Figura 3. Frmula estrutural do amido.
Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question/index?
qid=20160407131011AAQRciN
Fonte: http://www.biowiki.com.br/doku.php?id=glicosaminoglicano
2. OBJETIVOS:
3. MATERIAL E MTODO
3.1. EXPERIMENTO 1:
3.1.1. MATERIAL:
REAGENTES E SOLUO VIDRARIA E INSTRUMENTAL
gua destilada
3.1.2. METODOLOGIA:
Pipetou-se 1 ml da soluo previamente preparada com os reativos de Fehling
A e B em cada um dos sete tubos de ensaio. Em seguida, adicionou-se, em
tubos de ensaio, numerados previamente de 1 a 8, 1 ml das solues listadaa a
seguir:
TUBO 1: 1,0ml da soluo de gua destilada
TUBO 2: 1,0ml da soluo de glicose (1%)
TUBO 3: 1,0ml da soluo de frutose (1%)
TUBO 4: 1,0ml da soluo de maltose (1%)
TUBO 5: 1,0ml da soluo de lactose (1% leite)
TUBO 6: 1,0ml da soluo de sacarose (1%)
TUBO 7: 1,0ml da soluo de arabinose (1%)
TUBO 8: 1,0ml da soluo de amido (1%)
3.2. EXPERIMENTO 2:
3.2.2. MATERIAL:
REAGENTES E SOLUES VIDRARIA E INSTRUMENTAL
3.2.3. METODOLOGIA:
I. Enumerar os trs tubos de ensaio, adicionando:
(1) 1ml de Seliwanoff + 3 gotas de gua destilada
(2) 1ml de Seliwanoff + 3 gotas da soluo de frutose
(3) 1ml de Seliwanoff + 16 gotas da soluo de glicose
II. Aquecer todos os tubos em banho-maria fervente por um minuto e observar
a colorao desenvolvida;
III. Ferver por mais 5 minutos e anotar a colorao desenvolvida;
IV. Comparar os resultados.
4. RESULTADOS E DISCUSSO:
4.1. EXPERIMENTO 1: REAO DE FEHLING - IDENTIFICAO DE
ACARES REDUTORES
Aps a adio da soluo dos reativos de Fehling, a colorao das
solues em todos os tubos de ensaio era homognea e azul .
Os tubos que continham em suas solues 1,0ml de gua destilada,
sacarose ou amido no apresentaram mudana de colorao, mantendo-se,
portanto, azulados.
Por outro lado, as demais solues, glicose, frutose, maltose, lactose e
arabinose, apresentaram diferentes tons de vermelho tijolo na presena de
xido cuproso, sendo que a lactose, que, por advir do leite, apresenta aspecto
turvo, foi a soluo que obteve diferena mais notvel no tom da colorao .
Essas modificaes so decorrentes do fato de que na reao de Fehling, o
cobre presente em soluo reduzido pela ao de acares redutores. A
extremidade redutora do acar reduz o in cprico-trtaro de sdio potssio a
tartarato de sdio e potssio + xido cuproso. O composto xido cuproso se
precipita em soluo dando origem a colorao avermelhada, que pde ser
observada nos tubos contendo glicose, frutose, maltose, lactose e arabinose.
A glicose, caracteriza-se por sua capacidade redutora e apresenta o
grupo carbonila livre. Por ser uma aldose, sofre oxidao, tornando-se cido
carboxlico, doando ento eltrons para o on cprico Cu 2+ ,que reduzido a
on cuproso Cu+ , o que faz com que haja mudana na colorao da soluo,
tornando-a avermelhada.
A frutose, apresenta um grupo cetnico livre, onde o processo de reduo
semelhante ao da glicose; a maltose, um dissacardeo formado pela unio de
duas molculas de glicose, possui, um grupo aldedico livre, que lhe d
propriedades redutoras; a lactose, que tambm um dissacardeo, formada por
glicose e galactose, unidos por uma ligao glicosdica e, a arabinose, uma
aldopenttose, tambm apresentaram colorao avermelhada.
Pelo fato de no ser um carboidrato ou apresentar grupos orgnicos que
podem ser oxidados, a gua destilada no reduziu o on cprico mantendo a
colorao da prp ria soluo do reagente de Fehling. O reagente de Fehling
tambm se apresentou com colorao azulada na soluo de sacarose,
decorrente da ligao glicosdica entre os grupos funcionais redutores dos
monossacardeos pelos quais formada (glicose e frutose), o que impede a
doao de eltrons para o Cu2+.. Da mesma maneira, no ocorreu mudana
de colorao na soluo de amido. O amido um polmero formado por
milhares de molculas de glicose. Embora sendo um acar redutor, os grupos
funcionais que conferem a glicose essas caractersticas esto realizando
ligaes glicosdicas impedindo que haja oxidao desses grupos por parte dos
ons do reagente de Fehling.
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:
1. NELSON, David L; COX, Michael M.. Princpios de Bioqumica de
Lehninger. 6. ed. Porto Alegre. Artmed, 2014.
2. JUNIOR, Wilmo. Carboidratos: Estrutura, Propriedades e Funes. Qumica
Nova na Escola, n 29, agosto/2008. Disponvel em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/03-CCD-2907.pdf. Acesso em: 24/11/16 s 19:55
3. Maltose. Disponvel em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maltose. Acesso em:
24/11/16 s 20:34
4. Relatrio Bioqumica - Anlise Qualitativa de Carboidratos. Disponvel em:
http://pt.slideshare.net/lariipuchima/pratica-6-15378215. Acesso em: 24/11/16 s 00:08
5. Prtica Disponvel em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfe9MAF/relatorio-bioquimica-analise-
qualitativa-carboidratos. Acesso em: 24/11/16 s 00:09
6. Introduo aos Carboidratos: Monossacardeos - Disponvel em:
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/introducao_carboidratos/introducao_ch.
htm. Acessado em:
7. Prtica: Reaco de Seliwanoff Disponvel em:
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/seliwanoff.htm Acessado
em: 25/11/16 s 23:24
8. Prtica: Reao de Molish Disponvel em:
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/molisch.htm Acessado em:
25/11/16 s 23:45
9. POMIN, Vitor Hugo; MOURO, P. A. S. Carboidratos. Cincia Hoje, v. 35, n. 233, p. 24-
35, 2006.