Efeitos Socioambientais Decorrente de Ocupacao de Espacos Susceptiveis A Inundacao

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 36

1

Meque Manuel Zeneco

Efeitos Scio-ambientais Decorrentes da Ocupao Espontnea de Solos


Susceptveis a Inundaes - (2007 2017)
Estudo de Caso, Bairro Bunhia

Licenciatura em ensino de Geografia com Habilitaes em Turismo

Universidade Pedaggica
Maputo
2017
1

Meque Manuel Zeneco

Efeitos Scio-ambientais Decorrentes da Ocupao Espontnea de Solos


Susceptveis a Inundaes - (2007 2017)
Estudo de Caso, Bairro Bunhia

Licenciatura em ensino de Geografia com Habilitaes em Turismo

Trabalho de culminao do curso


com a linha de pesquisa Ambiente e
Desenvolvimento Sustentvel a ser
entregue ao docente para o efeito de
avaliao.

Supervisor:

Mestre. Bernardino Bernardo

Universidade Pedaggica
Maputo
2017
1

ndice
0. Introduo.......................................................................................................................2
0.1. Delimitao do tema................................................................................................4
0.2. Justificativa..............................................................................................................4
0.3. Problema..................................................................................................................5
0.4. Hipteses.................................................................................................................5
0.5. Objectivos................................................................................................................6
0.5.1. Objectivo Geral....................................................................................................6
0.5.2. Objectivos Especficos.........................................................................................6
0.6. Metodologias...........................................................................................................6
0.6.1. Mtodos e Tcnicas.............................................................................................7
Capitulo I. Quadro Conceptual e Terico...........................................................................9
1.1. Principais consideraes..........................................................................................9
1.2. Impacto Socio-ambiental de Ocupao Espontnea de Espaos.............................9
1.3. Ocupao Espontnea............................................................................................11
1.4. Efeitos Socio-ambientais de Ocupao Espontnea do solo.................................12
1.5. Risco ou Perigo de Inundaes ou Enxentes.........................................................12
1.6. Processo e formas de ocupao do solo................................................................15
1.6.1. Processo de Urbanizao...................................................................................15
1.7. Leis e Regulamento de ocupao e uso do Solo Urbano em Moambique..........16
CAPTULO II: Caracterstica da rea em estudo.............................................................18
II.1. Caractersticas Fisico-Geogrficas...........................................................................18
II.1.1. Localizao............................................................................................................18
II.1.2. Caractersticas Fsico Geogrficas.........................................................................21
II.1.2.1. Clima...................................................................................................................22
II.1.3. Geomorfologia e solos...........................................................................................22
II.1.4. Hidrologia..............................................................................................................22
II.1.5. Evoluo da Populao no Municpio da Matola..................................................23
II.1.6. Caractersticas Scio Econmicas.........................................................................24
II.1.6.1 Infra-estruturas Econmicas e Sociais.................................................................24
CAPTULO III. Analise e interpretao de dados...........................................................25
III.1 Ocupao espontnea do espao e seus impactos sociais e ambientais...................25
III.2 Analise da Legislao...............................................................................................25
III.3...................................................................................................................................25
III.4...................................................................................................................................25
2. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA..........................................................................26
Apndices.........................................................................................................................30
2

0. Introduo

O presente trabalho pretende analisar os efeitos scio-ambientais decorrentes da


ocupao espontnea dos solos propensos a inundao, fazendo-se o enfoque ao bairro
Bunhia C, onde mais de 98% do seu espao encontra-se ocupado de forma
espontnea.

O rpido crescimento urbano que se tem observado em todo mundo, trouxe consigo
graves problemas no meio ambiente suburbano bem como para a populao ai residente.
No entanto, os problemas mostram-se mais acentuados quando se trata de pases
subdesenvolvidos onde ainda prevalecem altos ndices de pobreza, politicas urbanas
ineficientes, e o crescimento das cidades orientado pelo mercado.

Em Moambique, o uso e ocupao do solo em zonas suburbanas so factos


preocupantes, maior parte das cidades cresceu ou cresce de forma espontnea sem
obedecer os parmetros urbansticos nem as caractersticas naturais do meio, e muitas
vezes no so acompanhadas por infra-estruturas de gesto urbana, resultando em
inmeros efeitos scio-ambientais negativos para a qualidade do meio da populao.

No Mancpio da Matola, devido a grande procura por espaos para habitar, fez com que
as populaes ocupassem tudo quando eram espaos livres e muitas vezes sem
condies prprias para habitar. A ocupao inadequada dessas reas associada a
inexistncia ou insuficincia de infraestruturas de saneamento gera uma cadeia de
impactos sociais e ambientais na qualidade de vida dores moradores que habitam nesses
locais.

O trabalho focaliza as causas da ocupao espontnea no bairro, os problemas sociais e


ambientais que o bairro enfrenta e que esto associados a ocupao espontnea, assim
como os impactos que esses moradores podem trazer.

Aps uma compreenso das causas e consequncias do problema, propor-se-o algumas


medidas alternativas que possam contribuir para a melhoria das condies adequadas da
ocupao dos espaos susceptveis a inundao do bairro em estudo.
3

O trabalho composto por trs (III) captulos. Na primeira parte, so apresentados os


aspectos introdutrios onde fazem parte a delimitao do tema, o problema, as hipteses
levantadas, justificativa da escolha do tema, os objectivos pretendidos com o estudo
assim como a abordagem metodolgica usada na pesquisa.

No captulo um (I), consta a reviso da literatura, onde so discutidos alguns conceitos


de acordo com os diferentes autores com vista a melhor compreenso do tema a ser
tratado, mas tambm alguns aspectos tericos que fundamentam a pesquisa.

No segundo (II) captulo apresentam-se os aspectos gerais da rea em estudo, no que


respeita essencialmente a sua localizao, os aspectos fsico-geogrficos assim como as
caractersticas demogrficas e socioeconmicas. E no (III) e ltimo capitulo, feita a
apresentao, analise e interpretao da informao colhida, as concluses e as
recomendaes, e por fim so indicadas as referencias bibliogrficas usadas na
elaborao do trabalho assim como os apndices e anexos do trabalho.
4

1.1. Delimitao do tema


O trabalho enquadra-se no mbito da elaborao do trabalho de fim de curso para
obteno do grau de Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitao em Turismo,
e tem como tema, Efeitos Socio-ambientais Decorrentes da Ocupao Espontnea de
Solos Susceptveis a Inundaes, Estudo de Caso do Bairro Bunhia C.

1.2. Justificativa

A escolha do tema justifica-se pelo facto de se considerar que a ocupao espontnea de


solos susceptveis a inundaes ser um dos maiores problemas que aflige a maior parte
de populao da regio centro e sul de Moambique, no concerne Provncia de Maputo,
bairro de Bunhia, devido a forma de localizao tem apresentado diversas inundaes,
ocasionando efeitos scio-ambientais.
O presente trabalho enquadra-se na linha de pesquisa: Ambiente e Desenvolvimento
Sustentvel, da Faculdade de Cincias da Terra e Ambiente da Universidade Pedaggica
(UP), e que vai contribuir de forma cientfica e social para aumentar a referncia
bibliogrfica no que tange a ocupao espontnea de solo em Moambique.

O tema mostra-se de grande importncia porque retrata um problema que causa


destruies em maior parte das reas suburbanas de Moambique e constitui grande
desafio para a sociedade moambicana, chamando a reflexo de todos os membros da
sociedade, desde o Governo, acadmicos, empresrios, polticos e a sociedade civil em
geral na busca de estratgias de interveno de modo a revirem a situao que chega a
ser um atentado contra prprio ambiente onde o homem habita sem mnimo
conhecimento de consequncias que ter.

O interesse em auxiliar para o conhecimento dos problemas scio-ambientais que o


bairro em particular e as cidades moambicanas em geral enfrentam, de modo a
encontrar estratgias de interveno que integrem a comunidade a respeitar as leis
ambientais, condies de ocupao dos solos adequados para habitao.

No mbito acadmico, este tema pode contribuir as diversas literaturas ou informao


existente sobre a problemtica desordenamento em Moambique e servir de referncia
para trabalhos futuros e em conjugao encontrar estratgias de interveno que possam
limar o problema no pas e ou mesmo no mundo.
5

Devido o conhecimento pessoal vivido por longos anos em bairros com problemas
semelhantes, a dificuldade de andar pelo caminho sem passar pelas guas estagnadas, o
medo durante o perodo chuvoso da casa desabar enquanto dormamos, problemas de
que passou pelo bairro, a vontade de ver aquele problema resolvido dentro do bairro,
o que fez escolhesse este tema.

1.3. Problema

Devido ao uso e ocupao espontnea dos espaos para moradia, urbanizao intensiva
de terras especulativos, assim esses factores provocam a ocupao irregular no meio
ambiente urbano, em particular aos moradores do Bairro Bunhia, Municipio da Matola,
por no seguir normas e leis adequados para o uso da terra, dai esses bairros constituem-
se em espaos desordenadas, susceptveis a qualquer impacto scio-ambientais no meio
urbano, onde ultimamente o bairro vem se registando inundaes, a mesma afecta
muitos pontos e os prejuzos materiais causados so a degradao de infraestruturas
(casas, vias, surgimento de charcos de gua e outros), Neste contexto, surge a seguinte
questo de pesquisa:

Quais so os efeitos scio-ambientais de ocupao em reas inundveis no


bairro Bunhia?

1.4. Hipteses

O termo de solos susceptveis a inundao que se pretende estudar neste trabalho como
um todo, onde integram aspectos como bem-estar fsico, psicolgico, ambiental assim
como segurana dos indivduos. E seguindo-se a esse raciocnio formula-se a seguinte
hiptese:

A ocupao espontnea dos solos susceptveis a inundao para habitao contribui,


potencializa a ocorrncia de efeitos sociais e ambientais.
6

1.5. Objectivos

1.5.1. Objectivo Geral

Analisar os efeitos scio-ambientais decorrentes da ocupao espontnea nos


solos susceptveis a inundaes no Posto Administrativo da Machava Bunhia
"C".

1.5.2. Objectivos Especficos

Caracterizar os aspectos fsico-geograficos da rea de estudo;


Descrever o processo de ocupao do espao no bairro;
Explicar os efeitos socioambientais decorrentes da ocupao espontnea nos
espaos susceptveis a inundaes;
Sugerir condies adequadas de ocupao e uso do solo para minimizar impactos
negativos decorrentes da ocupao espontnea do espao.

1.6. Metodologias

Quanto a abordagem este trabalho apresenta uma abordagem mista (qualitativa e


quantitativa), pois a pesquisa qualitativa no se preocupa com a representatividade
numrica, mas sim, com o aprofundamento da compreenso de um grupo social, de uma
organizao, etc, e uma vez o trabalho apresenta a amostra e considera representativa da
populao, os dados so quantificveis e recorre linguagem matemtica para descrever
as causas do efeito os efeitos. A utilizao conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa
permite recolher mais informaes do que poderia conseguir isoladamente
(GERHARDT e SILVEIRA, 2009 apud MONDLANE 2017).

Desta feita, por se tratar de um estudo de caso do bairro Bunhia, exige uma interveno
directa na vida da comunidade, o presente estudo ir usar como instrumentos principais:
a metodologia participativa processo de aprendizagem cuja meta elevar a capacidade
da comunidade para a gesto dos problemas sociais e ambientais de forma critica,
associando a experincia da mesma para o fim resolve-los, (Leff et al 2001)

Pesquisa bibliogrfica - consistiu na leitura de obras cientficas sobre efeitos socio-


ambientais, as formas de ocupao do espao urbano e outros assuntos relativos ao tema,
o que permitiu a produo do referencial terico de diferentes obras, monografias, teses,
7

trabalhos defendidos anteriormente editados. Usou-se tambm a internet como


complementaridade da informao sobre o assunto a ser tratado e a leis moambicana
que regulam as normas de ocupao de terra.

1.6.1. Mtodos e Tcnicas

Mtodo cartogrfico foi usado para apresentao dos aspectos geogrficos da rea em
estudo mas tambm do Municpio da Matola, em geral tas como a localizao
geogrfica, as caractersticas fsico-geogrfico.

A cartografia para alm de fazer a localizao do campo de estudo, usou-se o mesmo a


partir da utilizao das cartas topogrficas da Provncia de Maputo na (CENACARTA -
Centro Nacional de Cartografia e teledeteco e CMCM), nomenclatura da carta numero
1189 Matola e com escala 1:50.000 para a escla 1:1000, com auxlio do aplicativo
ArcGIS, verso 10.1, objectivo foi de elaborar mapa de diferenciao urbana desde 1992
a 2017 e identificar as reas de muito e menos riscos ou sujeitas a processos de
inundaes.

Vai se fazer cruzamento das informaes da carta 1:50.000, para elaborao de Mapa da
cobertura vegetal, com vista a conhecer caractersticas topogrficas do terreno e a forma
de ocupao.

Foi feito geoprocessamento com uso de sistemas de informao geogrfica (SIG), e com
o apoio de imagens Google Earth georreferenciadas, foi gerado o polgono envolvendo
densidade populacional por rea de expanso demogrfica (AED), e vai se usar ao
mesmo tempo o mtodo comparativo, consistiu essencialmente na comparao das
moradias edificadas entre 1992 a 2017.

Nos guiamos de acordo com GIL (1999), onde faz citao do mtodo comparativo que
examina vrios casos, fenmenos anlogos para descobrir o que comum, as diferenas,
isto , as regularidades.

Observao directa- Consistiu na observao do fenmeno atual entre 2013 2017,


Assim, permitiu a recolha de informao dos factos que ocorrem na rea de estudo,
atravs do contacto directo com a comunidade local, visualizao das infra-estruturas.
que est a acontecer no bairro, principalmente nas reas abrangidas pela inundao, os
8

charcos criados, os efeitos socioambientais de modo a conhecer os problemas da


ocupao espontnea dos solos.

Questionrio - consistiu na aplicao de inquritos aos moradores do bairro Bunhia


Municpio da Matola, no mbito de aferir muito mais informaes sobre os efeitos scio-
ambientais causados da ocupao espontnea dos solos, (apndice 1).

Entrevista Foi feita de forma aberta num total de 50 moradores, nomeadamente:


secretrios do bairro, chefe dos quarteires, incluindo chefe do posto administrativo da
Machava, chefe do planeamento urbano do Municpio da Matola, para perceber face a
informalidade que se observa no bairro, principalmente conhecer os principais efeitos
sociais e ambientais que existem no bairro, como forma de melhor percebe-los,
interpreta-los e tanto de maneira escrita.

Estatstico Nesta tcnica foi feito descries dos dados quantitativos obtidos no bairro
e posteriormente representados em tabelas e em grficos. (apndice 2).

Capitulo I. Quadro Conceptual e Terico

1.1. Principais consideraes


9

Neste item ser feita a reviso da literatura, a fim de conceituar alguns termos utilizados
na pesquisa, contextualizando os principais tpicos que so: impacto socio-amiental de
ocupao inadequada de espaos, ocupao espontnea em reas susceptveis a
inundao, efeitos socio-ambientais de ocupao espontnea do solo.

1.2. Impacto Socio-ambiental de Ocupao Espontnea de Espaos

Segundo FERREIRA (2014, p. 44) abarca a noo de impacto scio-ambiental auxilia na


reflexo sobre as consequncias da ocupao inadequada de reas ambientalmente
frgeis e as alteraes que sero promovidas na paisagem. Para Coelho (2001) citado por
FERREIRA (2014, p. 44) pode-se considerar impacto ambiental o processo de mudanas
sociais e ecolgicas causado por perturbaes no ambiente, efectuadas pelas actividades
humanas. , portanto, a relao entre a sociedade e a natureza que se transforma
dinamicamente, modificando ambos. O ambiente exerce influncia sobre o processo de
urbanizao, pelas caractersticas que lhe so favorveis ou no; em contrapartida, o
processo de urbanizao provoca modificaficaes no ambiente, alterando as suas
caractersticas (PISSO.2010)

MENDONA e DAZ no seu comentrio sobre impactos de inundaes em reas


urbanas, argumentam que as inundaes causam riscos medida que a ocupao do solo
se processa de forma inadequada e representam um srio problema no s para o poder
pblico, o comrcio e as indstrias mas, principalmente a populao que reside nas reas
mais baixas e nas zonas de riscos, provocando, na maioria das vezes, enormes prejuzos,
muitos destes irreparveis como perda de vidas humanas, objectos de valor pessoal e
obras de valor histrico.
Coelho (2001) afirma que:

Impacto ambiental , portanto, o processo de mudanas sociais e ecolgicas


causadas por perturbaes (uma nova ocupao e/ou construo de um objecto
novo) no ambiente. Diz respeito ainda evoluo conjunta das contradies
sociais e ecolgicas, estimuladas pelos impulsos das relaes entre foras
externas e internas unidade espacial e ecolgica, historicamente ou socialmente
determinada. a relao entre a sociedade e natureza que se transforma
diferencial e dinamicamente. Os impactos ambientais so escritos no tempo e
incidem diferentemente, alterando as estruturas das classes sociais e
reestruturando o espao. (COELHO, 2001,p.25).

J a Resoluo CONAMA n1, de 23 de Janeiro de 1986, define impacto ambiental da


seguinte maneira: Qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das
actividades humanas que, directa ou indirectamente, afectam: a sade, a segurana e o
10

bem-estar da populao; II as actividades sociais e econmicas; III a biota; IV as


condies estticas e sanitrias do meio ambiente; V a qualidade dos recursos
ambientais.

Compartilhamos da viso de Beck (2010, p.99, apud FERREIRA, 2014, p.35) de que
problemas ambientais no so problemas do ambiente, mas problemas completamente
scias. Na mesma linha de raciocnio, SOUZA (2009, p.109, apud FERREIRA, 2014,
P.35) afirma que a criao do ambiente tem sujeito: a sociedade: por conseguinte, a
sociedade, e no o ambiente, a chave para a compreenso das questes de degradao
relacionadas ao meio fsicas.

O maior impacto social da populao ocupao de solos de forma espontnea e


desordenada, a populao ocupa os espaos no adequados para habitao no por falta
de espao, devido a exploso demogrfica que o pas vem registando, aqui verificamos
que a procura de melhor condies pela camada jovem tende a multiplicar-se cada ano
que passa, esta populao parece no ter escolha de local de edificar, por apresentar a
classe de populao de renda baixa dificilmente eles habitam distante do seu ponto de
trabalho.

As inundaes ou enchentes so fenmenos naturais e ambientais primrios em


Moambique que afectam drasticamente a populao quase todo ano, criando muitas
destruies a infra-estruturas, culturas, doenas, mortes.

Constantando a rea de estudo, os impactos das inundaes so maiores, edificou-se de


forma irregular, a rea ficou transformada com aparncias de pequena lagoa.

1.3. Ocupao Espontnea

As ocupaes espontneas so uma realidade em todo pas e apresentam precariedades


nas condies scio-ambiental e socioeconmica, influenciando na sade de seus
11

moradores e no ambiente em que eles vivem, sendo assim necessria a avaliao da


salubridade ambiental em rea de ocupao espontnea (DIAS et al., 2004).

Segundo ANTUNES (2015, pg 24), responde sobre s ocupaes urbanas irregulares, as


enchentes aumentam a sua frequncia e magnitude devido impermeabilizao do solo e
construo da rede de condutos pluviais, o que produz acrscimo na velocidade de
escoamento, bem como diminuio dos tempos de concentrao e de recesso. (TUCCI;
et al, 2006 apud, ANTUNES 2015, pg, 24) acrescenta que o desenvolvimento urbano
pode tambm produzir obstrues ao escoamento, como aterros, pontes, drenagens
inadequadas, intervenes ao escoamento junto a condutos e assoreamento.

SOUZA (2009, p. 36), a ocupao espontnea (OE) expressa os processos de ocupao


revelia das normas e dos padres urbansticos consagrados formalmente, abrigando uma
populao que utiliza ou conquista a habitao por meio de recursos
preponderantemente no monetrios. De acordo com (SOUZA & SILVA, 2009 apud
ARAJO e MELO, 2014, p.62). A ocupao espontnea promovida por iniciativa da
populao por meio de invaso de terrenos pblicos e reas de preservao permanente.

A ocupao espontnea dos espaos ocupao de forma irregular de terra sem ter
considerado qualquer norma de uso e ocupao do solo, a ocupao espontnea
caracterizada pelos bairros constitudos de forma desordenados: assim eles como as
reas da periferia, zonas suburbanas, com srios problemas ambientais, como as
inundaes devido a dificuldade da circulao das guas pluviais para a regio
adequada.

O bairro em estudo maioritariamente habitacional e a ocupao do solo foi feita de


forma espontnea sem observncia dos parmetros de ocupao e uso racional do solo e
apresenta rea suburbana.

1.4. Efeitos Socio-ambientais de Ocupao Espontnea do solo

Segundo dicionrio Priberam, conceitua efeito sendo o que resulta de uma causa, (ex.
efeitos colaterais). = Consequncia, resultado. Ainda o mesmo dicionrio identifica os
12

sinnimos de efeitos de: risco, prejuzo, danos, resultado, consequncias, destino, fim,
poder, execuo.

Enquanto dicionrio online de portugus classifica scio-ambiental adjectivo que refere-


se aos problemas e processos sociais, tendo em conta sua relao com o meio ambiente:
desenvolvimento scio-ambiental.

As reas suburbanas so locais sensveis s transformaes antrpicas, comentado por


(Gonalves e Guerra 2004, p.19), ainda defende medida que se d o desmantamento, a
eroso, a ocupao irregular, o assoreamento de canais fluviais, para a ocupao e
concentrao humana de forma intensa e, muitas vezes, desordenada. Tudo isso acaba
ocasionando uma significativa exposio da populao aos diferentes tipos de perigo.

1.5. Risco ou Perigo de Inundaes ou Enxentes

comum empregar-se palavras como enchente e inundao relacionadas ao nvel de


gua atingido num perodo chuvoso ou por ocasio de uma chuva intensa isolada, risco e
perigo relacionada ao nvel dos efeitos danosos, consequncias registada na regio
inundada.
A ocorrncia de um desastre natural est sempre associada s perdas, sejam elas
econmicas, sociais ou ambientais. Neste contexto, UNDP (2004 apud GOERL et al, 2012,
pg 4), adopta o termo risco, que pode ser considerado com a probabilidade de
consequncias prejudiciais ou perdas (econmicas, sociais ou ambientais) resultantes da
interaco entre perigos naturais e os sistemas humanos.

O risco de inundao num determinado lugar corresponde ao nmero expectvel de


perdas de vidas de feridos, de danos e perda de equipamentos colectivos e individuais,
bem como da ruptura da actividade econmica (ROCHA, 1993 citado por FERREIRA,
pg, 28). Ainda faz afirmao que o risco de inundao depende da perigosidade de
ocorrncia de cheias e inundaes e da vulnerabilidade dos grupos humanos numa
determinada rea ou regio.

De acordo com (Veyret (2007) citado por ALMEIDA (2009)), afirma de existir diversos
tipos de riscos, mas nem todos so tratados pela Geografia. Os riscos cuja percepo e
gesto so acompanhadas de uma dimenso espacial, e por isso so abordados pela
cincia geogrfica. Desta forma podem ser classificados por:
13

Riscos ambientais, divididos em riscos naturais pressentidos, percebidos e


suportados por um grupo social ou indivduo sujeito aco possvel de um
processo fsico natural; podem ser de origem litosfera (terramotos,
desmoronamentos de solo, erupes vulcnicas), e hidroclimatica (ciclones,
tempestades, chuvas fortes, inundaes, nevascas, chuvas de granizo, secas);
apresentam causas fsicas que escapam largamente interveno humana e so
de difcil previso. E riscos naturais agravados pelo homem, resultado de um
perigo natural cujo impacto ampliado pelas actividades humanas e pela
ocupao do territrio; eroso, desertificao, incndios, poluio, inundaes
etc. ALMEIDA (2009)

ARAUJO (2009), define risco sendo eminentemente social, ou seja, uma percepo
humana. Risco a percepo de um indivduo ou grupo de indivduos da probabilidade
de ocorrncia de um evento potencialmente perigoso e causador de danos, cujas
consequncias so uma funo da vulnerabilidade intrnseca desse individuo ou grupo.

Risco nas geociencias analisado como a possibilidade de ocorrncia de um acidente.


Est frequentemente associado aos conceitos de acidente (facto j ocorrido, onde foram
registadas consequncias sociais, ambientais e econmicas perdas e danos), e evento
(facto j ocorrido, mas sem registo de consequncias sociais e econmicas relacionadas
directamente a ele) (CERRI, L. E & AMARAL, 1998)

CERRI (1998) partem tambm do conceito que risco geolgico uma


situao de perigo, perda ou dano, ao homem e a suas propriedades diante
da possibilidade de ocorrncia de um acidente. No seu estudo os autores
ainda dividem o risco em risco actual e risco potencial, onde risco actual
corresponde a um risco efectivo, ou seja, o risco presente em reas j
ocupadas enquanto o risco potencial trata da susceptibilidade ocorrncia
de eventos em reas sem ocupao humana.

De referir que os efeitos socioambientais o prprio homem que os cria e depois os


encaram por forma negativa, verificamos nas reas com habitao de forma irregular
notvel os riscos que a mesma rea ocorre, um dos efeito ambiental o risco de
inundao e a eroso que se regista nas reas de ocupao desordenada de edifcios,
nestas reas quando chove intensamente o meio da passagem das guas pluviais fica
interrompido devido as actividades humanas existentes, passando a surgirem efeitos
sociais, como a danificao de edifcios devido a humidade, doenas que provem das
guas paradas e por fim mortes, acontece esse fenmeno quando no se obedece a lei de
uso de ocupao da terra e de edificao, depois de um tempo passamos a conhecer os
efeitos.
14

Segundo Blaikie, et al, (1994) citado por FERREIRA (2010, pg 23) as inundaes so o
risco natural que mais pessoas atingem em todo o mundo, apesar de as reas de elevada
susceptibilidade estarem suficientemente identificadas.

Para (Tucci, 1993 apud TESTA, 2006) diz que o termo enchente sinnimo ao de
inundao, que por sua vez resultado de precipitao intensa e da quantidade de gua
que chega a um canal excedendo a sua capacidade de drenagem fazendo com que a
vrzea seja tomada pela gua.

Inundao e enchente no so sinnimos, apesar de comummente serem apresentados


como tais. A enchente um processo natural, que todos os rios possuem, ocorre quando
suas guas saem da calha principal e ocupam outra rea prpria para a cheia, mudando o
leito do rio em pocas de nveis elevados de gua (DEFESA CIVIL DE SO
BERNARDO DO CAMPO - SP, 2011).

De acordo com AMARAL (2009, pg 42), faz a diferena entre a inundao e enchente, a
inundao representa o transbordamento das guas de um curso de gua, atingindo a
plancie de inundao ou rea de vrzea; enquanto as enchentes ou cheias so definidas
pela elevao do nvel de gua no canal de drenagem devido ao aumento da vazo,
atingindo a cota mxima do canal, porm, sem extravasar.

Quando a precipitao intensa e o solo no tem capacidade de infiltrar, grande


parte do volume escoa para o sistema de drenagem, superando a capacidade do
leito menor. Este um processo natural do ciclo hidrolgico devido
variabilidade climtica de curto, mdio e longo prazo. Estes eventos chuvosos
ocorrem de forma aleatria em funo dos processos climticos locais e
regionais. (TUCCI, 2005 apud AMARAL)

Neste aspecto notrio compreender que a rea de estudo ocorrem as inundaes pluvial
devido as caractersticas do relevo, apresentar reas baixas e hmidas entre as regies
habitadas, onde durante perodos chuvosos as reas mais elevadas faz o transbordo das
guas passando da rea de estudo em direco a parte de jusante.
Quando estas, passam da rea ocupada de forma espontnea e sem direco nica de
passagem das guas (drenagem), por fim muitos edifcios e ficam inundadas.

1.6. Processo e formas de ocupao do solo

1.6.1. Processo de Urbanizao


15

Importa de referir com afirmao feita pelo MATULEE, 2016, que em Moambique, as
dcadas de 70, 80 e 90 foram caracterizadas pela ocorrncia de factores conjunturais
adversos (guerra colonial, guerra civil, calamidades naturais) aliados aos factores
estruturais das migraes campo cidade que alteraram o desenvolvimento normal da
distribuio territorial da populao a partir dos centros urbanos.

Ainda aqui faz-se a continuidade, sucedeu porque os factores conjunturais referidos


tornaram o meio rural extremamente repulsivo enquanto os espaos urbanos e
urbanizados adquiriram valores atractivos que, embora apenas aparentes, surgem hiper-
valorizados (IBRAMO, 1994; ARAJO, 2003).

No entanto, o primeiro perodo aqui que se refere (1970 - 1980), ocorreu a


independncia nacional, que, tendo libertado o pas da dominao colonial, abriu as
cidades aos moambicanos que, naturalmente, as ocuparam. Foi uma fase de exploso
urbana com substituio da populao.
Segundo ARAJO (1997), a populao sempre tentou encontrar a melhor forma de se
organizar no espao, e h uma data altura viam nos factores fsicos como sendo os
determinantes para a localizao, organizao assim como nas formas de uso e posse de
terras.
De referir que o bairro em estudo existe um padro de ocupao, que caracterizado por
ocupao espontnea ou informal sem observncia dos parmetros de ocupao e uso
racional do solo, apresenta rea suburbana, onde a principal caracterstica construo
desordenada, com falta de arruamentos adequados, segurana, falta de motivao para
associativas.

1.7. Leis e Regulamento de ocupao e uso do Solo Urbano em Moambique


16

Durante o processo de crescimento do Bairro Bunhia bem como em todo o pas, o


governo moambicano e mesmo antes quando Moambique ainda era uma colnia
portuguesa, foram elaborados e aprovados inmeros documentos jurdico-legais que
condicionam e regulam o uso e ocupao da terra no pas.

De acordo com MATULE (2015), afirma que o pas dispe de legislao que pode evitar
ou minimizar situaes como ocupao no estruturada do territrio, no geral e
particularmente nos espaos urbanos, suburbanos bem como a preservao e
conservao dos ecossistemas, garantindo deste modo a sustentabilidade dos espaos e
melhoramento das condies bsicas de vida dos seus habitantes.
A descrio destes documentos seguidamente apresentada:

A lei n 19/97, de 1 de Outubro, (lei de terra) um instrumento de gesto


territorial para o uso adequado da terra e criao da riqueza para o bem-estar da
comunidade. O mesmo instrumento afirma que a gesto do territrio realizada
em conformidade com o direito de uso e aproveitamento da terra pelas pessoas
singulares e ou colectivas, tendo em conta os planos de uso de Terra por pessoas
singulares e ou colectivas tendo em conta os planos de urbanizao e explorao
previamente elaborada;
As polticas nacionais do ambiente, (lei do ambiente) afirmam que, a Resoluo
n 5/95, de 3 de Agosto, diz que a gesto ambiental urbana deficiente devido a
falta de capacidade humana, material e financeira dos municpios e a
complexidade dos seus problemas, dai que a sua degradao praticamente
inevitvel; Lei do Ambiente (Lei 20/97 de 1 de Outubro) - um dos objectivos da
lei do ambiente fornecer um quadro legal bsico para o uso e gesto correcta do
ambiente e seus componentes, de modo a assegurar o desenvolvimento
sustentvel (MICOA, 2011:33);

De acordo com PEUM, (2010) citado por CHAMBALE, (2015), apresenta como um dos
seus objectivos para a gesto urbana, realizar a urbanizao, regularizao habitacional e
a recuperao ambiental das reas de assentamentos informais do municpio com o
reassentamento das famlias que estiverem nas situaes de assentamento informal para
reas seguras;

A lei n 19/2007, de 18 de Julho, (lei de ordenamento territorial), estabelece a


ocupao do espao fsico nacional pelas pessoas e comunidades locais, que so
17

sempre consideradas como o elemento mais importante em qualquer interveno


de ordenamento e planeamento do uso da terra, dos recursos naturais ou do
patrimnio. Estabelece ainda a requalificao das reas urbanas da ocupao
espontnea, degradadas ou aquelas resultantes de ocupao de emergncia.

De acordo com MICOA, (2009) os planos gerais e Parciais de urbanizao,


estabelecem a estrutura e qualificam o solo Urbano, tendo em considerao o
equilbrio entre os diversos usos e funes urbanas, definem as redes de
transportes, comunicaes, energia e saneamento, os equipamentos sociais, com
especial ateno as zonas de ocupao espontnea como base scias espacial no
mbito da elaborao do plano.

Os planos de pormenor, definem com pormenor a tipologia de ocupao de qualquer


rea especfica do centro Urbano, estabelecendo a concepo do espao Urbano
dispondo sobre usos do solo e condies gerais de edificaes, o traado das vias de
circulao, as caractersticas das redes da infra-estruturas e servios, quer para novas
reas ou para reas existentes caracterizando as fachadas dos edifcios e arranjos dos
espaos livres (MICOA, 2011).

CAPTULO II: Caracterstica da rea em estudo


18

Neste captulo apresentam-se os aspectos gerais da rea em estudo, no que respeita


essencialmente a sua localizao, os aspectos fsico-geograficos assim como as
caractersticas demogrficas e scio-econmicas com vista a uma melhor compreenso
da estrutura da rea em estudo e da influncia dessas caractersticas para o problema
levantado.

II.1. Caractersticas Fisico-Geogrficas

II.1.1. Localizao

O Municpio da Matola est localizado na parte sul de Moambique, na Provncia de


Maputo e ocupa uma rea de 368.4km, ANTONIO (2008) apud Dossier sobre o
Desenvolvemento Urbano da regio de Maputo e Matola (1990). limitado a noroeste e
a norte pelo Distrito de Moamba, a Sudoeste pelo Distrito de Boane, pela cidade de
Maputo atravs do posto Administrativo da Katembe, a este pela Cidade de Maputo e a
Noroeste pelo Distrito de Marracuene, (INE, 2009) (Figura 1).

Figura 1: Localizao geogrfica do Municpio da Matola

Fonte: Base de Dados Cartogrfica do CENACARTA (1999)

O Municpio da Matola subdivide-se em trs Postos Administrativos nomeadamente:


Posto Administrativo da Matola Machava e o Posto Administrativo do Infulene.
19

Quadro 2 e Figura 1.1. Contendo trs Postos Administrativos, Sede, Posto


Administrativo da tendo 42 bairros.

Quadro 2: Diviso administrativa do Municpio da Matola

Posto Administrativo Bairros


Matola A, Matola B, Matola C,
Matola Sede Matola D, Matola F,
Matola G, Matola H, Matola J,
Fomento, Liberdade,
Mussumbuluco, Malhampsene
e Sikwama

Bairros do Infulene,
Machava Unidade A, Trevo, Patrice
Lumumba, Machava Sede,
So Damaso, Bunhia,
Tsalala, Km-15,
Matlhemele, Kobe, Matola Gare,
Singathela e Siduava

Zona Verde, Ndlavela, Infulene D,


Infulene T-3, Acordos de Lusaka,
Vale do Infulene, Khongolote,
Intaca, Muhalaze,
1 de Maio, Boquisso A,
Boquisso B, Mali, Mucatine e
Ngolhosa

Fonte: CMCM (2010). Org. MATULE, 2015

Figura 1.1: Diviso Administrativa do Municpio da Matola


20

Fonte: Base de Dados Cartogrfica do CENACARTA (1999)

O bairro Bunhia localiza-se no Posto Administrativo da Machava, no Municpio da


Matola, latitudes 2540 e 2559 sul e as longetudes, 3234 e 3246 a leste WISSE (2002)
citando CMCM, (1998), Dossier sobre o desenvolvimento urbano do municpio da
21

Matola. limitado a Oeste pelo bairro de Tsalala, a Norte, Machava km 15, Nkobe a
Noroeste, a sul, Machava-sede (Central) e Liberdade, enquanto que a Este faz fronteira
com Singathela, e Machava-Sede, Planta de endeamento da cidade da Matola, 2006
(CMCM, 2006).

Figura 1.2: Localizao do Bairro Bunhia

Fonte: Base de Dados Cartogrfica do CENACARTA (1999)

II.1.2. Caractersticas Fsico Geogrficas

De acordo com INAM citando VENANCIO (2011), Moambique faz parte da zona
Intertropical e subtropical onde predominam os climas quentes e temperados. No entanto
esses climas podem ou sofrem alteraes que so por sua vez condicionadas pela
disposio do relevo, afastamento ou a proximidade do mar, etc.

II.1.2.1. Clima
O clima da rea de estudo de tipo tropical hmido, caracterizado por uma estaco seco
e fresca (Abril a Setembro) e uma estaco quente e hmida (Outubro a Maro). O ms
22

de Janeiro o mais quente (temperatura mdia 30C) enquanto o de Julho o mais frio
(temperatura mdia 14.3C) A humidade relativa mdia de 78.5% com pouca oscilao
durante o ano.
A maior influencia sobre o clima da rea em estudo, e principalmente no que tange ao
comportamento da pluviosidade e da temperatura exercida pela localizao na zona
dos alsios de Sudeste, pela corrente martima de Moambique, das Agulha e pelas
diferenas latitudinais e de exposio de cada uma das suas parcelas (MUCHANGOS,
1994).
Os meses com maior humidade relativa so Fevereiro e Maro com 81% e 80.5%,
respectivamente, e os meses com menor humidade so Junho e Julho com 75% e 76%,
respectivamente, (CMCM, 2010 apud MOIANE 2014).

II.1.3. Geomorfologia e solos

Segundo CENACARTA (1999), O Municpio da Matola, situa-se numa rea formada no


perodo Quaternrio, ocorrer solos arenosos de diversos tipos de colorao. Solos de
aluvies argilosos e de sedimentos marinhos e esturios

A principal unidade geolgica da paisagem Quaternria um manto com mais de 20m


de espessura de cor castanho-amarela, salino-sdico, calcrio, franco-argiloso-arenoso,
formando largas reas de ligeira inclinao denominadas "Mananga".

Na rea de estudo predominam solos arenosos castanhos, pouco coesos, no


consolidados.

II.1.4. Hidrologia

Os cursos de gua que drenam a rea da Matola so o rio Mulaze e o rio Matola, ambos
desaguam por um esturio que forma a Baa de Maputo. Existem tambm diversas
depresses sem escoamento que drenam por infiltrao, principalmente na plancie da
Machava, alm de pequenos lagos situados nos bairros Bunhia, So Damaso, Kobe e
Boquio A.

II.1.5. Evoluo da Populao no Municpio da Matola

Municpio da Matola conheceu o seu grande boom industrial, ao mesmo tempo


que se transformou numa rea urbana residencial.
23

O municpio conta com uma populao estimada em 89.296.30 habitantes. A distribuicao


espacial da populacao no municpio irregular e de densidade populacional de 2,167.2
hab / km2. Segundo o censo de 2007, Bunhia, para alem da Matola A, Ndavela, faz
parte dos bairros mais povoados como Tsalala, Patrice Lumumba, Fomento, Liberdade e
Machava (INE, 2017).

O quadro 3. Evoluo da populao do Municpio da Matola entre 1997 e 2014.

Anos Populao Anos Populao


1997 437055 2006 638498
1998 458270 2007 682691
1999 479898 2008 709171
2000 501935 2009 737004
2001 524347 2010 766070
2002 547100 2011 796263
2003 570023 2012 827475
2004 592943 2013 859709
2005 615795 2014 892963
Fonte: INE, 2010; 2013

Grafico 1. Evoluo da populao do Municpio da Matola entre 1997 e 2014.

Fonte: INE, 2010; 2013. Org. ZENECO, 2017

II.1.6. Caractersticas Scio Econmicas

II.1.6.1 Infra-estruturas Econmicas e Sociais


24

Matola possui vrias unidades industriais que do emprego directo a milhares de


assalariados, e conta com um potencial de desenvolvimento e de impacto tributrio local
significativo. As empresas tm instalaes prprias construdas para o fim a que se
destinam. Algumas esto em funcionamento h mais de 50 anos e durante os ltimos
anos tem sido adaptadas, quer na actualizao tecnolgica, quer na incluso de medidas
de preveno na higiene e segurana, alteraes na organizao e adaptadas aos
requisitos ambientais SUMALGY (2011) citando (ANAMM,2006).
Dentre vrias unidades industriais destacam-se: a Mozal a fbrica de cimento, a
companhia industrial da coca-cola, Socimol, Tintas Cin, etc.

Este municpio possui vrias centenas de estabelecimentos comerciais, que podem ser
classificados e distribudos em armazns, supermercados, estabelecimentos de retalho,
mercearias, ferragens, tabacarias, livrarias e papelarias, lojas de electrodomsticos e
material elctrico, talhos, padarias, peixarias entre outras, 8.2% dos domiclios possuem
gua canalizada dentro de casa, 44.8% fora dela, 19.3% fontenria, 10.2% por meio de
poo/furo protegido e 14.9% poo sem bomba. (ANAMM, 2013)

O municpio possui ainda infra-estruturas para o sistema de educao e sade constituda


por 79 escolas pblicas e 43 privadas sendo 5 do ensino tcnico (Industrial e comercial
da Matola, Instituto de Formao em Administrao de Terras e Cartografia) 12 de
ensino secundrio, 62 de ensino primrio ( nvel publico). Bunhia conta apenas com
duas escolas deste nvel.

A rede sanitria constituda por 1 hospital geral, 3 centros de sade, 7 maternidades e


cerca de 13 postos mdicos. Os tipos de habitao variam consoante diversos factores,
que incluem questes culturais, tradio, disponibilidade de materiais, condies
naturais e econmicas sendo possvel encontrar diferentes tipos de residncias desde
palhotas alvenarias.

CAPTULO III. Analise e interpretao de dados

Este captulo de extrema importncia pois trata de apresentao, anlise e interpretao


de dados, de acordo com uma reflexo bastante apurada do contedo das respostas
25

obtidas pelos inqueridos, procurando relacionar com a questo de pesquisa, os objectivos


traados, e o referencial terico no mbito de revelar o implcito das respostas dos
inqueridos. Dizer que este captulo apresenta o contedo que resultado do trabalho
realizado por todos intervenientes no decorrer da pesquisa, como: o Secretrio do Bairro,
Chefes de Quarteires e os moradores.

III.1 Ocupao espontnea do espao e seus impactos sociais e ambientais

III.2 Analise da Legislao

Quadro 1.: Leis e regulamentos analisados e seus objetivos


LEI/ DECRETO DESIGNAO OBJETIVO
Decreto no 23/2008, de 1 de Regulamento de Ordenamento do Ocupaco do Solo/
julho Territrio Preservao e Conservao
Decreto no 60/2006, de 26 de Regulamento do Solo Urbano Ocupaco do Solo
dezembro
Decreto no 66/98, de 8 de Regulamento da Lei de Terras Ocupaco do Solo/
dezembro Preservao e Conservao
Lei no 02/97, de 18 de fevereiro Lei das Autarquias Locais
Lei de Gesto de Calamidades Ocupaco do Solo/
Lei no 15/2014, de 20 de julho Preservao e Conservao
Lei da Conservao Preservao e Conservao
Lei no 19/2007, de 18 de Julho Lei de Ordenamento do Territrio Ocupaco do Solo/
Lei no 19/97, de 01 de outubro Lei de Terras Preservao e Conservao
o
Lei n 19/97, de 01 de outubro Lei do Ambiente Preservao e Conservao
Decreto n. 45/2004 de 29 de Regulamento da Avaliao do
42/2008, de 4 de novembro Impacto Ambiental
Fonte: Orga: ZENECO 2017

III.3

III.4

III.5 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

ARAUJO, Manuel, G. Mendes. Geografia dos Povoamentos. Assentamentos humanos


rurais e urbanos. Livraria Universitria, UEM, Maputo, 1997.

COSTA, Everaldo B & FERREIRA, T, Arajo. Planejamento urbano e gesto de riscos:


vida e morte nas cidades brasileiras. OLAM Cincia e Tecnologia, Rio Claro/SP,
26

2914. 10, n 2, Ago-Dez/2011, p.171-196. Disponvel em


__________<http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/olam/index>;

Costa R, S. Riscos Socioambientais e Ocupao Irregular em reas de Enchentes nos


Bairros: Dissertao de Mestrado Rio Claro - SP 2010

PROCHMANN J. Ricardo : Anlise Espacial da Susceptibilidade Inundaes na


Bacia Hidrogrfica do Crrego grande, Florianpolis, 2014. Disponivel em:
___________< https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle.>

FERREIRA, Arajo. T. A Construo social do risco em ouro preto MG. So Paulo,


2014

INE. 2 Edio do Retrato da Provncia de Maputo 2009. Maputo. 2009.


_______. Estatsticas do Distrito de Cidade Da Matola. Maputo. 2013

OLIVEIRA, L. de Estudo Metodolgico e Cognitivo do Mapa. (Tese de Livre


Docncia). Universidade do Vale do Paraba. 1977. Disponvel em:
___________http://www.cartografia.ime.eb.br/artigos/epq2. pdf

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resoluo Conama 431. Braslia,


2011. Disponvel em: http://www.mma.gov.br/port/conama

MOIANE, Srgio j. Impacto da Eroso no Bairro Bunhia, Municpio da Matola,


Monografia cientifica, Maputo, up, 2014;
MENDOA, F, A & SANTIS, D, G. Impactos de Inundaes em reas Urbanas: O Caso
de Francisco beltro/pr Disponivel em:
______<http://www.observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal8/Procesosambient
ales/Hidrologia>
CERRI, L. E. S: Cartas e mapas geotcnicos de reas urbanas e Suburbana: reflexes
sobre as escalas de trabalho e proposta de elaborao como o emprego do mtodo de
detalhamento progressivo: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE
ENGENHARIA, 2 ed. Rio de Janeiro, 1996;

SOUZA, Frank P & SILVA Ferreira, Estudo de Ocupao Espontnea na Lagoa do


Vigrio Campos dos Goytacazes/RJ, v.3, n.2, p. 31-50, /Dez. 2009

CAVALCANTI B. T & ALMEIDA, L.N: Impactos ambientais decorrentes do uso e


ocupao desordenada do solo: um estudo da regio da periferia de Macei, editor, Belo
Horizonte, MG, Brasil, 2011;
27

DIAS, M.C.; BORJA, P.C.; MORAES, L.R.S. ndice de Salubridade em reas de


Ocupao Espontneas: um estudo em Salvador Bahia. Engenharia Sanitria e
Ambiental, v. 9, n. 1, p. 82-92, jan./mar. 2004. D
<http://www.academia.edu/4C227623/%C3%8Dndice de salubridade ambiental 2004>

MELO, T,T & ARAUJO, R, S: Processo Urbano e Ocupao Espontnea Ldia Keiko
Tominaga Jair Santoro Rosangela do Amaral Desastres Naturais: conhecer para prevenir

ANTUNES dos R, P. Identificao de reas Vulnerveis as Enchentes e Inundaes em


reas Urbanas Atravs de Modelos Topogrficos e Hidrulicos, Dissertao em
Engenharia Civil. Uberlandia, 2015. Disponvel em:
________https://www.repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/14221/1/IdentificacaoAre
asVulneraveis;

TESTA. G .Anlise de Suscetibilidade a Inundao no Permetro Urbano do Municpio


de Biguau. Disponvel em:
___________ http://www.geolab.faed.udesc.br/publicacoes/Grazi/TCC_Suscetibilidade
%20a%20inundacoes 2006

AMARAL, R; RIBEIRO, R. R. Inundaes e enchentes. In: TOMINAGA, L.K;


SANTORO, J; AMARAL, R. (orgs.). Desastres naturais: conhecer para prevenir. 1
Edio, So Paulo: Instituto Geolgico, 2009.

TUCCI, C.E.M. (Organizador). Hidrologia: Cincia e Aplicao, 3 edio, Porto


Alegre, Editora da UFRGS/ABRH, 2004.

SOUZA, P, Frank. Estudo de Ocupao Espontnea na Lagoa do Vigrio, Campos dos


Goytacazes/RJ, 2009. Disponvel em:
_____________< http://bd.centro.iff.edu.br/xmlui/bitstream/handle>

ARAUJO, A. M. S. e tal. Analise Estatstica Do ndice De Vulnerabilidade


Socioambiental Das Regies Em Volta Do Rio Maranguapinho. Relatorio de Analise
Estatistica N 02/2009.

CERRI, L. E & AMARAL, C. P. Riscos Geologicos. So Paulo, 1998.

ALMEIDA, L. Q. de; PASCOLINO, A. Gesto de risco, desenvolvimento e (meio)


ambiente no Brasil Um estudo de caso sobre os desastre naturais de Santa Catarina.
XIII Simpsio Brasileiro de Geografia fsica Aplicada. 2009, Disponvel em:
_____________<http://www.geo.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos_completos/eixos11
/061.pdf>

GOERL. R. F, e tal; Proposta Metodolgica Para Mapeamento De reas De Risco A


Inundao: Estudo De Caso Do Municpio De Rio Negrinho SC Disponvel em:
__________http://www.labhidro.ufsc.br/Artigos/Goerl_Risco_de_inundacao.pdf.

Decreto no 60/2006 de 26 de Dezembro. Pandora, Moambique


28

FERREIRA, Armando L. M. Caracterizao Morfomtrica Das Bacias Hidrogrficas E


reas Inundveis No Concelho De Pombal; Dissertao para obteno do Grau de
Mestre em Dinmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnolgicos. Disponvel em:
_________https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/14706/1/Tese%20Armando
%20Ferreira.pdf

IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA OCUPAO DESORDENADA NO


ENTORNO DA LAGOA DO VIGRIO/

www.labogef.iesa.ufg.br/.../I-_Impactos_Ambientais-_Conceitos_e_Definicoes

DINAGECA. Carta Topogrfica Folha 1189 2532 C4 (Matola). Escala 1:50.000,


Maputo,
1997.
Carta de uso e cobertura da terra Folha N. 98/99. Escala 1:250000
Maputo, 1999.

LEFF, E. et al. A Complexidade Ambiental. Cortez editora. (2001).

SOARES, E. Metodologia Cientfica: Lgica, Epistemologia e Normas, So Paulo:


Atlas, (2003).

MATULE, Euclides D. Proposta de Zoneamento Ambiental para o Municpio da Matola


em Moambique, Feira de Santana Bahia, 2016
__________ Dissertao (mestrado) Universidade Estadual de Feira de Santana,
Programa de Ps-Graduao em Modelagem em Cincias da Terra e do Ambiente;

IBRAMO, M. A. Crescimento da populao urbana e problemas da urbanizao da


cidade de Maputo. Srie populao e desenvolvimento, documento nmero 11.
CNP/DNE/UPP. Maputo. 1994.

Decreto no 60/2006, de 26 de dezembro. Aprova o Regulamento do Solo Urbano.


Boletim da Repblica. Maputo. 3.o Suplementos. I Srie - Nmero 51. 2006.
Decreto no 66/1998, de 8 de dezembro. Aprova o Regulamento da Lei de Terras e revoga
o Decreto no 16/87 de 15 de julho. Boletim da Repblica. Maputo. 3. o Suplementos. I
Srie - Nmero 48. 1998.
Lei no 02/1997, de 18 de fevereiro. Aprova o Quadro Jurdico para a Implementao das
Autarquias Locais. Boletim da Repblica. Maputo. 2. o Suplementos. I Srie - Nmero 7.
1997.
Lei no 10/1999, de 07 de julho. Aprova a Lei de Florestas e Fauna Bravia. Boletim da
Repblica. Maputo. 4.o Suplementos. I Srie - Nmero 27. 1999.

Lei no 15/2014, de 20 de julho. Aprova a Lei de Gesto de Calamidades.


Boletim da Repblica. Maputo. I Srie - Nmero 50. 2014.
Lei no 16/2014, de 20 de julho. Aprova a Lei da Conservao. Boletim da
Repblica. Maputo. I Srie - Nmero 50. 2014.
Lei no 19/2007, de 18 de julho. Aprova a Lei de Ordenamento do Territrio. Boletim
da Repblica. Maputo. 3.o Suplementos. I Srie - Nmero 29. 2007.
Lei no 19/1997, de 01 de outubro. Aprova a Lei de Terras. Boletim da Repblica.
Maputo. 3.o Suplementos. I Srie - Nmero 40. 1997.
29

Apresentacao e Analise de Resultados


Apresentacao de resultados
;analise dos resultados obtidos para as cartas de zonas inundveis
;analise dos resultados obtidos nas cartas cartas de risco de inundacao

Faculdade de Cincias da Terra e Ambiente


Departamento de Geografia
Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitao em Turismo
Questionario para pesquisa sobre efeitos socio-ambientais decorrente da ocupao
espontana de reas susciptiveis a inundao do bairro de Bunhia
30

Apndice n 3:
Nome________________________________________,Idade_______,Sexo_________
__ , estado civil __________________. Profisso ____________________________,
Escolaridade __________________, Nmero de filhos ________________________

Questionrio dirigido ao chefe de quarteiro e secretrios do Bairro


Bunhia
Qual a sua Nativo Emigrante Provncia/distrito
Q1
provenincia? _____ ________ _________________
A quanto tempo vive 1. 0-5 Anos 2. 5-10 Anos
Q2
neste bairro? 3. 10 -15 Anos 4. Outros Especifique:
Como adquiriu este 1. Cedido 2. Herana
Q3 terreno? 3. Outros Especifique_________
O que lhe motivou 2. bem localizado____ 2. Seguro _______
Q4 adquirir este terreno? 3. Outros Especifique
Acha que este terreno 1. Sim______ 2.Nao ________
Q5 adequado para
construir habitaes? Justifique________________________________________
Voc tem algum
documento de 1. Sim 2. No 3. No sabe_____
Q6
propriedade do terreno
onde mora (DUAT)?
No perodo chuvoso 1. Sim 2. No 3. No sabe_____
Q7 este terreno tem
inundado?
Quando inunda,
quanto tempo 1. 1-5 Dias 3. 2 Semanas
Q8
preciso para gua 2. 1 Semana 4. Mais de duas semanas
desaparecer?

Quais so os
problemas que tem
Q9 1. As casas ficam hmidas 2. As vias ficam intransitveis
surgido quando os
3. Outros Especifique
terrenos inundam?
Q10 Quando a sua casa 1. Casa da famlia 2. Centro de acolhimento
est inundada onde
31

costuma ir viver? 3 Outros Especifique:


Indica algumas
Q11 vantagens de estar a
viver neste terreno?
Se fosse para
escolher um outro
local para viver,
irias optar num
Q12
terreno com esta
1. SIM 2.NAO
forma?

- Justifique
O que tem se feito
para reduzir os
Q13
problemas destes
terrenos?

Muito obrigado!

Faculdade de Cincias da Terra e Ambiente


Departamento de Geografia
Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitao em Turismo

Questionario para pesquisa sobre efeitos socio-ambientais decorrente da ocupao


espontana de reas susciptiveis a inundao do bairro de Bunhia
32

Apndice n 3: Questionrio dirigido ao chefe de quarteiro e secretrios do Bairro


Bunhia

Nome________________________________,Idade_______,Sexo___________, estado
civil __________________. Chefe de quarteiro desde: ____________, Escolaridade
__________________, Nmero __________________.
1.A rea deste quarteiro, que hoje ocupada pelas casas, quais eram as suas caractersticas
nos anos de 2000 at 2005.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____
Do ano de 2000 at hoje, achas que houve transformaes?
Sim______No_______Quais?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
__________________________________________________________________.
2.Quais so as actividades que eram praticadas neste espao pela populao ate o ano de
2014?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
3.Qual a provenincia dos habitantes desse bairro? Nativos______ Emigrantes
_________, outros __________________________________________________________

4. Como feita o processo de ocupao destes espaos?


Compraa aos nativos ______, atribuio pelo municpio _______
5.Quais so os problemas ambientais deste bairro?
a) Inundao ______, Eroso ______,
6.Quais so as causas dos mesmos?
_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7. Quando chove, o que acontece neste bairro?
a) Agua escorre_____ _______________________________________________________
33

Permanece muito tempo sobre o solo___________________________________________


c) Desaparece rapidamente___________________________________________________
8. Tem conhecimento de estragos provocados pelas guas das chuvas?
Sim ___ No____
Oque aconteceu?___________________________________________________________
9. Quando acontecem estes problemas, o que tem feito?

10. A populao est preparada para resolver os problemas? Sim ___, No____
Como?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
11. Que medidas so tomadas para reduzir o processo de construo de habitaes neste
local?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________
Muito obrigado!

Impactos ambientais resultantes da ocupao desordenada do espao urbano


3. FORMAS DE OCUPAO DO ESPAO BALDIO DA BAIXA DO CHIVEVE

3.1. Causas da Ocupao do espao Baldio


3.2. Tipos de construes implantados
3.3. Atribuio de terrenos no espao baldio da Baixa do Chiveve
3.4. Formas de Ocupao do Espao

4. IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DA OCUPAO DO ESPAO BALDIO


4.1. Implicaes Ambientais da Ocupao do Espao Baldio
4.2. Saneamento do Meio
4.3. Obstruo das vias naturais de escoamento de gua
4.4. Doenas Ambientais
34

5. ESTRATGIAS PARA MITIGAR AS IMPLICAES DECORRENTES DA OCUPAO DO


ESPAO BALDIO.
5.1. Instalao de mecanismos de controlo das reas baldios
5.2. Requalificao da rea no contexto do ordenamento territorial
5.3. Sensibilizao da populao
Concluso
Recomendaes
Referncia bibliogrfica

Você também pode gostar