Efeitos Socioambientais Decorrente de Ocupacao de Espacos Susceptiveis A Inundacao
Efeitos Socioambientais Decorrente de Ocupacao de Espacos Susceptiveis A Inundacao
Efeitos Socioambientais Decorrente de Ocupacao de Espacos Susceptiveis A Inundacao
Universidade Pedaggica
Maputo
2017
1
Supervisor:
Universidade Pedaggica
Maputo
2017
1
ndice
0. Introduo.......................................................................................................................2
0.1. Delimitao do tema................................................................................................4
0.2. Justificativa..............................................................................................................4
0.3. Problema..................................................................................................................5
0.4. Hipteses.................................................................................................................5
0.5. Objectivos................................................................................................................6
0.5.1. Objectivo Geral....................................................................................................6
0.5.2. Objectivos Especficos.........................................................................................6
0.6. Metodologias...........................................................................................................6
0.6.1. Mtodos e Tcnicas.............................................................................................7
Capitulo I. Quadro Conceptual e Terico...........................................................................9
1.1. Principais consideraes..........................................................................................9
1.2. Impacto Socio-ambiental de Ocupao Espontnea de Espaos.............................9
1.3. Ocupao Espontnea............................................................................................11
1.4. Efeitos Socio-ambientais de Ocupao Espontnea do solo.................................12
1.5. Risco ou Perigo de Inundaes ou Enxentes.........................................................12
1.6. Processo e formas de ocupao do solo................................................................15
1.6.1. Processo de Urbanizao...................................................................................15
1.7. Leis e Regulamento de ocupao e uso do Solo Urbano em Moambique..........16
CAPTULO II: Caracterstica da rea em estudo.............................................................18
II.1. Caractersticas Fisico-Geogrficas...........................................................................18
II.1.1. Localizao............................................................................................................18
II.1.2. Caractersticas Fsico Geogrficas.........................................................................21
II.1.2.1. Clima...................................................................................................................22
II.1.3. Geomorfologia e solos...........................................................................................22
II.1.4. Hidrologia..............................................................................................................22
II.1.5. Evoluo da Populao no Municpio da Matola..................................................23
II.1.6. Caractersticas Scio Econmicas.........................................................................24
II.1.6.1 Infra-estruturas Econmicas e Sociais.................................................................24
CAPTULO III. Analise e interpretao de dados...........................................................25
III.1 Ocupao espontnea do espao e seus impactos sociais e ambientais...................25
III.2 Analise da Legislao...............................................................................................25
III.3...................................................................................................................................25
III.4...................................................................................................................................25
2. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA..........................................................................26
Apndices.........................................................................................................................30
2
0. Introduo
O rpido crescimento urbano que se tem observado em todo mundo, trouxe consigo
graves problemas no meio ambiente suburbano bem como para a populao ai residente.
No entanto, os problemas mostram-se mais acentuados quando se trata de pases
subdesenvolvidos onde ainda prevalecem altos ndices de pobreza, politicas urbanas
ineficientes, e o crescimento das cidades orientado pelo mercado.
No Mancpio da Matola, devido a grande procura por espaos para habitar, fez com que
as populaes ocupassem tudo quando eram espaos livres e muitas vezes sem
condies prprias para habitar. A ocupao inadequada dessas reas associada a
inexistncia ou insuficincia de infraestruturas de saneamento gera uma cadeia de
impactos sociais e ambientais na qualidade de vida dores moradores que habitam nesses
locais.
1.2. Justificativa
Devido o conhecimento pessoal vivido por longos anos em bairros com problemas
semelhantes, a dificuldade de andar pelo caminho sem passar pelas guas estagnadas, o
medo durante o perodo chuvoso da casa desabar enquanto dormamos, problemas de
que passou pelo bairro, a vontade de ver aquele problema resolvido dentro do bairro,
o que fez escolhesse este tema.
1.3. Problema
Devido ao uso e ocupao espontnea dos espaos para moradia, urbanizao intensiva
de terras especulativos, assim esses factores provocam a ocupao irregular no meio
ambiente urbano, em particular aos moradores do Bairro Bunhia, Municipio da Matola,
por no seguir normas e leis adequados para o uso da terra, dai esses bairros constituem-
se em espaos desordenadas, susceptveis a qualquer impacto scio-ambientais no meio
urbano, onde ultimamente o bairro vem se registando inundaes, a mesma afecta
muitos pontos e os prejuzos materiais causados so a degradao de infraestruturas
(casas, vias, surgimento de charcos de gua e outros), Neste contexto, surge a seguinte
questo de pesquisa:
1.4. Hipteses
O termo de solos susceptveis a inundao que se pretende estudar neste trabalho como
um todo, onde integram aspectos como bem-estar fsico, psicolgico, ambiental assim
como segurana dos indivduos. E seguindo-se a esse raciocnio formula-se a seguinte
hiptese:
1.5. Objectivos
1.6. Metodologias
Desta feita, por se tratar de um estudo de caso do bairro Bunhia, exige uma interveno
directa na vida da comunidade, o presente estudo ir usar como instrumentos principais:
a metodologia participativa processo de aprendizagem cuja meta elevar a capacidade
da comunidade para a gesto dos problemas sociais e ambientais de forma critica,
associando a experincia da mesma para o fim resolve-los, (Leff et al 2001)
Mtodo cartogrfico foi usado para apresentao dos aspectos geogrficos da rea em
estudo mas tambm do Municpio da Matola, em geral tas como a localizao
geogrfica, as caractersticas fsico-geogrfico.
Vai se fazer cruzamento das informaes da carta 1:50.000, para elaborao de Mapa da
cobertura vegetal, com vista a conhecer caractersticas topogrficas do terreno e a forma
de ocupao.
Foi feito geoprocessamento com uso de sistemas de informao geogrfica (SIG), e com
o apoio de imagens Google Earth georreferenciadas, foi gerado o polgono envolvendo
densidade populacional por rea de expanso demogrfica (AED), e vai se usar ao
mesmo tempo o mtodo comparativo, consistiu essencialmente na comparao das
moradias edificadas entre 1992 a 2017.
Nos guiamos de acordo com GIL (1999), onde faz citao do mtodo comparativo que
examina vrios casos, fenmenos anlogos para descobrir o que comum, as diferenas,
isto , as regularidades.
Estatstico Nesta tcnica foi feito descries dos dados quantitativos obtidos no bairro
e posteriormente representados em tabelas e em grficos. (apndice 2).
Neste item ser feita a reviso da literatura, a fim de conceituar alguns termos utilizados
na pesquisa, contextualizando os principais tpicos que so: impacto socio-amiental de
ocupao inadequada de espaos, ocupao espontnea em reas susceptveis a
inundao, efeitos socio-ambientais de ocupao espontnea do solo.
Compartilhamos da viso de Beck (2010, p.99, apud FERREIRA, 2014, p.35) de que
problemas ambientais no so problemas do ambiente, mas problemas completamente
scias. Na mesma linha de raciocnio, SOUZA (2009, p.109, apud FERREIRA, 2014,
P.35) afirma que a criao do ambiente tem sujeito: a sociedade: por conseguinte, a
sociedade, e no o ambiente, a chave para a compreenso das questes de degradao
relacionadas ao meio fsicas.
A ocupao espontnea dos espaos ocupao de forma irregular de terra sem ter
considerado qualquer norma de uso e ocupao do solo, a ocupao espontnea
caracterizada pelos bairros constitudos de forma desordenados: assim eles como as
reas da periferia, zonas suburbanas, com srios problemas ambientais, como as
inundaes devido a dificuldade da circulao das guas pluviais para a regio
adequada.
Segundo dicionrio Priberam, conceitua efeito sendo o que resulta de uma causa, (ex.
efeitos colaterais). = Consequncia, resultado. Ainda o mesmo dicionrio identifica os
12
sinnimos de efeitos de: risco, prejuzo, danos, resultado, consequncias, destino, fim,
poder, execuo.
De acordo com (Veyret (2007) citado por ALMEIDA (2009)), afirma de existir diversos
tipos de riscos, mas nem todos so tratados pela Geografia. Os riscos cuja percepo e
gesto so acompanhadas de uma dimenso espacial, e por isso so abordados pela
cincia geogrfica. Desta forma podem ser classificados por:
13
ARAUJO (2009), define risco sendo eminentemente social, ou seja, uma percepo
humana. Risco a percepo de um indivduo ou grupo de indivduos da probabilidade
de ocorrncia de um evento potencialmente perigoso e causador de danos, cujas
consequncias so uma funo da vulnerabilidade intrnseca desse individuo ou grupo.
Segundo Blaikie, et al, (1994) citado por FERREIRA (2010, pg 23) as inundaes so o
risco natural que mais pessoas atingem em todo o mundo, apesar de as reas de elevada
susceptibilidade estarem suficientemente identificadas.
Para (Tucci, 1993 apud TESTA, 2006) diz que o termo enchente sinnimo ao de
inundao, que por sua vez resultado de precipitao intensa e da quantidade de gua
que chega a um canal excedendo a sua capacidade de drenagem fazendo com que a
vrzea seja tomada pela gua.
De acordo com AMARAL (2009, pg 42), faz a diferena entre a inundao e enchente, a
inundao representa o transbordamento das guas de um curso de gua, atingindo a
plancie de inundao ou rea de vrzea; enquanto as enchentes ou cheias so definidas
pela elevao do nvel de gua no canal de drenagem devido ao aumento da vazo,
atingindo a cota mxima do canal, porm, sem extravasar.
Neste aspecto notrio compreender que a rea de estudo ocorrem as inundaes pluvial
devido as caractersticas do relevo, apresentar reas baixas e hmidas entre as regies
habitadas, onde durante perodos chuvosos as reas mais elevadas faz o transbordo das
guas passando da rea de estudo em direco a parte de jusante.
Quando estas, passam da rea ocupada de forma espontnea e sem direco nica de
passagem das guas (drenagem), por fim muitos edifcios e ficam inundadas.
Importa de referir com afirmao feita pelo MATULEE, 2016, que em Moambique, as
dcadas de 70, 80 e 90 foram caracterizadas pela ocorrncia de factores conjunturais
adversos (guerra colonial, guerra civil, calamidades naturais) aliados aos factores
estruturais das migraes campo cidade que alteraram o desenvolvimento normal da
distribuio territorial da populao a partir dos centros urbanos.
De acordo com MATULE (2015), afirma que o pas dispe de legislao que pode evitar
ou minimizar situaes como ocupao no estruturada do territrio, no geral e
particularmente nos espaos urbanos, suburbanos bem como a preservao e
conservao dos ecossistemas, garantindo deste modo a sustentabilidade dos espaos e
melhoramento das condies bsicas de vida dos seus habitantes.
A descrio destes documentos seguidamente apresentada:
De acordo com PEUM, (2010) citado por CHAMBALE, (2015), apresenta como um dos
seus objectivos para a gesto urbana, realizar a urbanizao, regularizao habitacional e
a recuperao ambiental das reas de assentamentos informais do municpio com o
reassentamento das famlias que estiverem nas situaes de assentamento informal para
reas seguras;
II.1.1. Localizao
Bairros do Infulene,
Machava Unidade A, Trevo, Patrice
Lumumba, Machava Sede,
So Damaso, Bunhia,
Tsalala, Km-15,
Matlhemele, Kobe, Matola Gare,
Singathela e Siduava
Matola. limitado a Oeste pelo bairro de Tsalala, a Norte, Machava km 15, Nkobe a
Noroeste, a sul, Machava-sede (Central) e Liberdade, enquanto que a Este faz fronteira
com Singathela, e Machava-Sede, Planta de endeamento da cidade da Matola, 2006
(CMCM, 2006).
De acordo com INAM citando VENANCIO (2011), Moambique faz parte da zona
Intertropical e subtropical onde predominam os climas quentes e temperados. No entanto
esses climas podem ou sofrem alteraes que so por sua vez condicionadas pela
disposio do relevo, afastamento ou a proximidade do mar, etc.
II.1.2.1. Clima
O clima da rea de estudo de tipo tropical hmido, caracterizado por uma estaco seco
e fresca (Abril a Setembro) e uma estaco quente e hmida (Outubro a Maro). O ms
22
de Janeiro o mais quente (temperatura mdia 30C) enquanto o de Julho o mais frio
(temperatura mdia 14.3C) A humidade relativa mdia de 78.5% com pouca oscilao
durante o ano.
A maior influencia sobre o clima da rea em estudo, e principalmente no que tange ao
comportamento da pluviosidade e da temperatura exercida pela localizao na zona
dos alsios de Sudeste, pela corrente martima de Moambique, das Agulha e pelas
diferenas latitudinais e de exposio de cada uma das suas parcelas (MUCHANGOS,
1994).
Os meses com maior humidade relativa so Fevereiro e Maro com 81% e 80.5%,
respectivamente, e os meses com menor humidade so Junho e Julho com 75% e 76%,
respectivamente, (CMCM, 2010 apud MOIANE 2014).
II.1.4. Hidrologia
Os cursos de gua que drenam a rea da Matola so o rio Mulaze e o rio Matola, ambos
desaguam por um esturio que forma a Baa de Maputo. Existem tambm diversas
depresses sem escoamento que drenam por infiltrao, principalmente na plancie da
Machava, alm de pequenos lagos situados nos bairros Bunhia, So Damaso, Kobe e
Boquio A.
Este municpio possui vrias centenas de estabelecimentos comerciais, que podem ser
classificados e distribudos em armazns, supermercados, estabelecimentos de retalho,
mercearias, ferragens, tabacarias, livrarias e papelarias, lojas de electrodomsticos e
material elctrico, talhos, padarias, peixarias entre outras, 8.2% dos domiclios possuem
gua canalizada dentro de casa, 44.8% fora dela, 19.3% fontenria, 10.2% por meio de
poo/furo protegido e 14.9% poo sem bomba. (ANAMM, 2013)
III.3
III.4
MELO, T,T & ARAUJO, R, S: Processo Urbano e Ocupao Espontnea Ldia Keiko
Tominaga Jair Santoro Rosangela do Amaral Desastres Naturais: conhecer para prevenir
www.labogef.iesa.ufg.br/.../I-_Impactos_Ambientais-_Conceitos_e_Definicoes
Apndice n 3:
Nome________________________________________,Idade_______,Sexo_________
__ , estado civil __________________. Profisso ____________________________,
Escolaridade __________________, Nmero de filhos ________________________
Quais so os
problemas que tem
Q9 1. As casas ficam hmidas 2. As vias ficam intransitveis
surgido quando os
3. Outros Especifique
terrenos inundam?
Q10 Quando a sua casa 1. Casa da famlia 2. Centro de acolhimento
est inundada onde
31
- Justifique
O que tem se feito
para reduzir os
Q13
problemas destes
terrenos?
Muito obrigado!
Nome________________________________,Idade_______,Sexo___________, estado
civil __________________. Chefe de quarteiro desde: ____________, Escolaridade
__________________, Nmero __________________.
1.A rea deste quarteiro, que hoje ocupada pelas casas, quais eram as suas caractersticas
nos anos de 2000 at 2005.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____
Do ano de 2000 at hoje, achas que houve transformaes?
Sim______No_______Quais?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
__________________________________________________________________.
2.Quais so as actividades que eram praticadas neste espao pela populao ate o ano de
2014?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
3.Qual a provenincia dos habitantes desse bairro? Nativos______ Emigrantes
_________, outros __________________________________________________________
10. A populao est preparada para resolver os problemas? Sim ___, No____
Como?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
11. Que medidas so tomadas para reduzir o processo de construo de habitaes neste
local?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________
Muito obrigado!