Ó CRUZ FIEL (M. Frisina)

CRUZ FIEL
Cruz fiel, rvore gloriosa,

De nica flor, folhas e frutos,
doce lenho, que com doces cravos,
Sustentas doce peso.
- Canta, lngua, a batalha gloriosa!

Canta o nobre triunfo da Cruz:
O Redentor do mundo,
Imolado, surge vitorioso!
- Quando o fruto da rvore fatal

Precipitou morte o primeiro homem,
Escolheu o Senhor outra rvore,
Que destrusse o antigo mal.
- Quando do sacro tempo veio a plenitude,

Do Pai mandado foi a ns o seu Filho.
Do seio de uma Virgem,
Veio at ns, Deus feito carne.
- Chora o menino na pequena manjedoura,

Envolto em panos pela Virgem-Me Maria.
E pobres faixas envolvem-no,
Seus ps, suas pernas e as suas mos.
- Com trinta anos se oferece Paixo,

Cumprindo a obra para a qual tinha nascido.
Como um Cordeiro imolado,
Foi elevado no lenho da Cruz.
- Eis o vinagre, o fel, a vara, cuspes, cravos,

Eis a lana que atravessa o manso corpo,
Sangue e gua lhe jorram,
Rio que lava o cu, a terra, o mundo.
- Dobra os teus ramos e se soltem os teus membros,

Seja abrandada a dureza do teu tronco,
E sobre o doce lenho
Stenda seus membros, o Rei do Cu.
- Tu foste digna de portar-nos o resgate,

E o mundo nufrago levar ao firme porto,
Spargida com o puro sangue
Vertido do Santo Corpo do Cordeiro.
Ao Pai seja glria, seja glria ao Filho,
E glria a ti, Santo Esprito.
A ti, glria eterna, Trindade Beata,
Que nos ds salvao e vida.

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Cruz fiel, rvore gloriosa,

- Canta, lngua, a batalha gloriosa!

- Quando o fruto da rvore fatal

- Quando do sacro tempo veio a plenitude,

- Chora o menino na pequena manjedoura,

- Com trinta anos se oferece Paixo,

- Eis o vinagre, o fel, a vara, cuspes, cravos,

- Dobra os teus ramos e se soltem os teus membros,

- Tu foste digna de portar-nos o resgate,

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