Ime-Ita Apostila Fisica Vol 1 PDF
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1
Fsica I
Um referencial no inercial todo aquele que apresenta acelerao 3.2 Deslocamento escalar (S)
em relao a um referencial inercial. Por esse motivo, os referenciais no Considerando um mvel qualquer em movimento em relao a um
inerciais so tambm conhecidos como referenciais acelerados. referencial inercial, por definio, seu deslocamento escalar (S), num
Quando a situao no especificar o referencial a ser utilizado, intervalo de tempo t = t2 t1 , dado pela diferena entre as posies
considere sempre a Terra ou o solo. Por exemplo: se em uma situao nesses respectivos intervalos de tempo.
genrica for feita uma afirmao do tipo um corpo se movimenta com Chamando a posio inicial e final, respectivamente, de s0 e s, teremos:
velocidade de 80 km/h, assuma que essa velocidade medida em relao
Terra ou ao solo. DS = s s0
Note que, por exemplo, a posio de um mvel que passa pelo ponto
A s = + 90 km. Isso acontece porque o ponto A dista 90 km da origem
adotada e est no sentido positivo do referencial adotado (para a direita).
Um mvel (que anda sempre sobre o segmento orientado representado
na figura), situado inicialmente em B, se desloca para o ponto A e, a seguir,
para o ponto D. O deslocamento escalar no primeiro trajeto de Ds = s s0 =
+ 90 (+ 150) = 60 km (negativo, pois est contra o referencial). No segundo
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Fsica I Assunto 1
trajeto, o deslocamento escalar Ds = s s0 = + 310 (+ 90) = + 220 km Dessa forma, a velocidade mdia em todo o trajeto AB :
(positivo, pois est a favor do referencial).
2d 2d 2d 2v .v 2 1
Note que, embora o deslocamento escalar do referido mvel de B Vm = = = = 1 =
at D seja Dstotal = Ds1 Ds2 = 60 + 220 = + 160 km, a distncia t1 + t2 d + d d (v1 + v 2 ) (v1 + v 2 ) 1 1
+
percorrida entre o comeo e o fim do deslocamento de 280 km (60 km v1 v 2 v1 .v 2 v1 v 2
de B at A e 220 km de A at D). 2
Matematicamente, podemos dizer que a distncia percorrida pode ser Note que, quando o trajeto dividido em partes iguais, a velocidade
obtida atravs das somas dos deslocamentos escalares parciais. mdia total a mdia harmnica das velocidades em cada trecho (e no a
mdia aritmtica!). Para quem no se lembra, mdia harmnica o inverso
d = | S | da mdia aritmtica dos inversos.
266 Vol. 1
Movimento uniforme
5. Velocidade escalar instantnea Concluso: a velocidade instantnea de um mvel pode ser obtida
calculando o coeficiente angular da reta tangente ao ponto considerado
Unidade no SI: metro/segundo; abreviao: m/s em um grfico s t. Portanto:
Outras unidades comuns: cm/s, mm/s, quilmetro por hora (km/h) I Quanto mais inclinado for o grfico, maior o mdulo da velocidade
instantnea naquele ponto. Quanto menos inclinado, menor o mdulo
Conceitualmente, velocidade instantnea a velocidade em um da velocidade.
instante especifico do movimento. Como a velocidade a razo entre II. Se a reta tangente for horizontal (vrtices), a inclinao zero e,
o deslocamento e o intervalo de tempo, temos que, se calcularmos a portanto, a velocidade zero. O mvel troca de sentido.
velocidade mdia para intervalos de tempo cada vez menores, (intervalos Matematicamente, a velocidade instantnea o limite da velocidade
muito prximos de zero), tenderemos a chegar velocidade naquele exato mdia quando o intervalo de tempo tende a zero (o conceito explicado
momento. acima exatamente o conceito de derivada). Ou, em outras palavras, a
Para entender melhor esse conceito, vamos a um exemplo numrico: derivada de primeira ordem da posio em relao ao tempo ou a taxa de
considere um mvel que se move em trajetria retilnea segundo a equao variao da posio em relao ao tempo.
s(t) = t2 4t + 2, em que s est em metros e t, em segundos. Esta uma s ds
v = lim =
equao do tipo equao horria da posio, j que informa a posio do t 0 t dt
mvel em funo do tempo.
Para calcular a velocidade instantnea desse mvel no instante t = 3s,
vamos calcular velocidades mdias fazendo o intervalo de tempo tender a
6. Acelerao escalar mdia
um valor cada vez mais prximo zero. Unidade no SI: metro/(segundo)2; abreviao: m/s2
I. tempo de t = 0s a t = 7s. Nesses instantes, temos que as Outras unidades comuns: km/h2
posies so respectivamente iguais a s(0) = 02 4 0 + 2 = 2 m
2
e s(7) = 7 4 7 + 2 = 23 m . Logo, a velocidade mdia dada por Conceitualmente, a acelerao escalar de um corpo mede a rapidez
s 23 2 com que o valor da velocidade muda, independentemente dessa velocidade
vm = = = 3 m/s. aumentar ou diminuir.
t 70
II. tempo de t = 1,5 s a t = 5s. Analogamente, teremos que a velocidade Ateno para a diferena entre os conceitos!!! Velocidade mede a taxa
mdia 2,5 m/s. da variao da posio em relao ao tempo. Acelerao mede a taxa de
III. tempo de t = 2,8 s a t = 3,1s. Analogamente, teremos que a velocidade variao da velocidade em relao ao tempo.
mdia 1,9 m/s.
Um carro de frmula 1, por exemplo, atinge altas velocidades em
Note que, quanto menor o intervalo de tempo considerado e quanto trajetrias retilneas. Entretanto, se ele mantiver a velocidade constante,
mais prximo do instante t = 3s, a velocidade mdia calculada se no vai haver variao da velocidade. Por esse motivo, a acelerao seria
aproximar da velocidade instantnea em t = 3s. igual a zero.
extremamente importante tambm entender o argumento grfico. Um elevador parado, por exemplo, tem velocidade igual a zero (j
Vamos a ele. A curva vermelha representa tambm a posio de um mvel que sua posio no est mudando). Entretanto, imediatamente antes
qualquer em relao ao tempo. de comear a subir, ele possui acelerao maior que zero, j que sua
velocidade vai variar logo depois.
s
Por definio, a acelerao escalar mdia de um corpo em um dado
trecho de um percurso a razo entre a variao de velocidade escalar
nesse intervalo e o respectivo intervalo de tempo.
Ds v v v 0
am = =
t t t0
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Fsica I Assunto 1
268 Vol. 1
Movimento uniforme
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Fsica I Assunto 1
EXERCCIOS RESOLVIDOS
01 Um turista, passeando de bugre pelas areias de uma praia em Natal 02 Dois tratores, I e II, percorrem a mesma rodovia e suas posies
RN, percorre uma trajetria triangular, que pode ser dividida em trs variam com o tempo, conforme o grfico a seguir:
trechos, conforme a figura abaixo.
A
c
t =
(
L 2 2 +3 ) A velocidade de P dada pela derivada na posio no instante t = 2s.
2v
vp =
(
dx d 16 8t
=
2
)
= 16 2 = 32m/s
Calculando a velocidade mdia: dt dt
vm =
S
=
L 2+2
=
(
2 + 2 2v)=
( )
2 + 2 2v 2 2 3
( )
04 Em relao a um referencial cartesiano OXY, uma partcula se move
t L 2 2 +3 ( )
2 2 +3 2 2 +3
2 2 3 segundo as equaes:
2v x = 8t 4t2 e y = 12t 6t2
vm =
(4 3 2 + 4 2 6 2v ) =
(2 2 4 v ) Determine a equao cartesiana da trajetria para esta partcula.
89 1
(
v m = 4 2 2 v. )
270 Vol. 1
Movimento uniforme
MN/NP = (x+y)/(z+y)
Soluo:
M N P MN/NP = (2y + y)/(7/5y + y)
A B C D MN/NP = 3y/(12y/5)
MN/NP = 15y/12y
MN/NP = 5/4
EXERCCIOS NVEL 1
(A) a trajetria de queda da pedra retilnea e vertical. 05 (EsPCEx) Em uma mesma pista, duas partculas puntiformes, A e
(B) a pedra cair sobre o convs, em um ponto situado atrs da base do mastro. B, iniciam seus movimentos no mesmo instante com as suas posies
(C) a pedra cair, segundo trajetria retilnea, em um ponto do convs medidas a partir da mesma origem dos espaos. As funes horrias
situado frente da base do mastro. das posies de A e B, para S, em metros, e t, em segundos, so dadas,
(D) a trajetria da pedra parablica e ela cair em um ponto do convs respectivamente, por SA = 40 + 0,2 t e SB = 10 + 0,6 t. Quando a
frente da base do mastro. partcula B alcanar a partcula A, elas estaro na posio:
(E) a trajetria da pedra parablica e ela cair na base do mastro.
(A) 55 m.
02 Um iatista solitrio completa certa travessia de 4.600 milhas nuticas,
(B) 65 m.
em 22 dias. Sua velocidade mdia, em Km/h, foi de:
(C) 75 m.
(Dado: 1 milha nutica = 1.852 m.)
(D) 105 m.
(A) 12,9. (E) 125 m.
(B) 14,7.
(C) 16,1. 06 (EsPCEx) Um automvel, desenvolvendo uma velocidade constante de
(D) 17,6. 60 km/h, faz, diariamente, uma viagem entre duas cidades vizinhas em um
(E) 19,4. tempo habitual T. Se ele fizesse esta viagem com uma velocidade, tambm
constante, de 90 km/h, o tempo de durao, em relao ao habitual, seria
03 Em uma pista de corrida, de 6 km de extenso, um carro desenvolve 10 minutos menor. Podemos dizer que o valor de T, em minutos, :
velocidades de at 250 km/h nas retas e de cerca de 180 km/h nas curvas.
Ele gasta 3,6 minutos para dar duas voltas completas. Qual a velocidade (A) 60.
escalar mdia nessas duas voltas, em km/h? (B) 50.
(C) 40.
04 (EFOMM) Um navegador solitrio completa certo percurso com (D) 30.
velocidade mdia de 9 ns (1 n = 1 milha/hora = aproximadamente (E) 20.
1,852 km/h) em 24 dias; a distncia percorrida, em km, foi de:
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Fsica I Assunto 1
07 (AFA) Os grficos a seguir referem-se a movimentos unidimensionais comprimento do automvel e sabendo-se que o trem tem 100 m de
de um corpo em trs situaes diversas, representando a posio como comprimento, qual a distncia (em metros) percorrida pelo automvel desde
funo do tempo. o instante em que alcanou o trem at o instante em que o ultrapassou?
x x x
08 Um mvel tem sua velocidade escalar instantnea (v) variando com 01 (UFRJ) Joo fez uma pequena viagem de carro de sua casa, que fica
o tempo (t), conforme a funo: v = t2 4t (SI) no centro da cidade A, at a casa de seu amigo Pedro, que mora bem na
Calcule sua acelerao escalar mdia entre os instantes: entrada da cidade B. Para sair de sua cidade e entrar na rodovia que conduz
cidade em que Pedro mora, Joo percorreu uma distncia de 10 km em
(A) 0 e 4 s; (B) 1 s e 5 s. meia hora. Na rodovia, ele manteve uma velocidade escalar constante at
chegar casa de Pedro. No total, Joo percorreu 330 km e gastou quatro
09 (AFA) Uma estrada de ferro retilnea liga duas cidades, A e B, separadas horas e meia.
por uma distncia de 440 km. Um trem percorre esta distncia com
movimento uniforme em 8 h. Aps 6h de viagem, por problemas tcnicos,
o trem fica parado 30 minutos. Para que a viagem transcorresse sem
atraso, a velocidade constante, em km/h, que o trem deveria percorrer o
restante do percurso seria de, aproximadamente:
10 (AFA) Uma esteira rolante com velocidade Ve, transporta uma pessoa
de A para B em 15 s. Essa mesma distncia percorrida em 30 s se a. Calcule a velocidade escalar mdia do carro de Joo no percurso
a esteira estiver parada e a velocidade da pessoa for constante e igual dentro da cidade A.
a Vp. Se a pessoa caminhar de A para B, com a velocidade Vp, sobre a b. Calcule a velocidade escalar constante do carro na rodovia.
esteira em movimento, cuja velocidade Ve, o tempo gasto no percurso,
em segundos, ser: 02 (AFA) Um automvel faz uma viagem em que, na primeira metade
do percurso, obtida uma velocidade mdia de 100 km/h. Na segunda
(A) 5. metade a velocidade mdia desenvolvida de 150 km/h. Pode-se afirmar
(B) 10. que a velocidade mdia, ao longo de todo o percurso, , em km/h:
(C) 15.
(D) 30. (A) 130. (C) 120.
(B) 125. (D) 110.
11 (AFA) Uma pessoa est observando uma corrida a 170 m do ponto de
largada. Em dado instante, dispara-se a pistola que d incio competio. 03 (AFA) Um tero de um percurso retilnio percorrido por um mvel
Sabe-se que o tempo de reao de um determinado corredor 0,2 s, sua com velocidade escalar mdia de 60 km/h e o restante do percurso, com
velocidade 7,2 km/h e a velocidade do som no ar 340 m/s. A distncia velocidade escalar mdia de 80 km/h. Ento a velocidade mdia do mvel,
desse atleta em relao linha de largada, quando o som do disparo chegar em km/h, em todo percurso, :
ao ouvido do espectador, :
(A) 70,0. (C) 73,3.
(B) 72,0. (D) 75,0.
(A) 0,5 m.
(B) 0,6 m.
04 (EN) Um ciclista percorre 20 km em uma estrada de terra, em 60
(C) 0,7 m.
minutos. Em seguida, anda mais 30 km em 0,5 h. A velocidade mdia do
(D) 0,8 m.
ciclista para todo o percurso, em km/h, :
12 Um trem e um automvel viajam paralelamente, no mesmo sentido, (A) 10,0. (D) 40,0.
em um trecho retilneo. Os seus movimentos so uniformes e a velocidade (B) 26,6. (E) 66,6.
do automvel o dobro da do trem. Considerando-se desprezvel o (C) 33,3.
272 Vol. 1
Movimento uniforme
05 (AFA) Dois automveis, A e B, encontram-se estacionados paralelamente Por este diagrama, afirma-se que o corpo A iniciou o seu movimento, em
ao marco zero de uma estrada. Em um dado instante, o automvel A parte, relao ao corpo B, depois de:
movimentando-se com velocidade escalar constante vA = 80 km/h. Depois
de certo intervalo de tempo, t, o automvel B parte no encalo de A com (A) 2,5 s. (C) 7,5 s.
velocidade escalar constante vB = 100 km/h. Aps 2 h de viagem, o motorista (B) 5,0 s. (D) 10 s.
de A verifica que B se encontra 10 km atrs e conclui que o intervalo t, em
que o motorista B ainda permaneceu estacionado, em horas, igual a: 12 Do Rio para So Paulo saram dois nibus com um intervalo t = 10
min e ambos com velocidades de v = 30 km/h. Com que velocidade u
(A) 0,25. movia-se um nibus em direo ao Rio, uma vez que encontrou os dois
(B) 0,50. nibus de sentido contrrio em um intervalo de tempo t = 4 min?
(C) 1,00.
(D) 4,00. 13 Um corpo movimenta-se sobre uma reta, e sua posio, em metros,
dada em funo do tempo, em segundos, pela equao s = 7 + 6t
06 Uma partcula desloca-se do ponto A at o ponto B.
2t2. O instante em que o corpo inverte o sentido do movimento e a sua
velocidade no instante t = 4 segundos so, respectivamente:
08 (ITA) Para multar motoristas com velocidade superior a 90 km/h, 15 Um corpo slido se move em uma trajetria retilnea segundo a lei
um guarda rodovirio, munido de binculo e cronmetro, aciona o s = at bt3, em que a vale 6 e b vale 2. Se s est no SI, determine:
cronmetro quando avista o automvel passando pelo marco A e faz a
leitura no cronmetro quando v o veculo passar pelo marco B, situado (A) as unidades de a e b para que a equao esteja dimensionalmente
a 1.500 m de A. Um motorista passa por A a 144 km/h e mantm essa correta.
velocidade durante 10 segundos, quando percebe a presena do guarda. (B) as equaes horrias da velocidade e da acelerao desse corpo.
Que velocidade mdia dever manter em seguida, para no ser multado? (C) os valores mdios da velocidade e da acelerao entre o instante t=0
e o instante em que o corpo para.
09 (ITA) Dois automveis partem ao mesmo tempo de um mesmo ponto e (D) o mdulo da acelerao no momento em que o corpo para.
num mesmo sentido. A velocidade do primeiro automvel de 50 Km/h e do
segundo automvel de 40 Km/h. Depois de meia hora, do mesmo ponto e 16 A funo horria da posio de um mvel dada pela seguinte equao:
no mesmo sentido parte um terceiro automvel que alcana o primeiro 1,5 2
S = t 3 7t 2 + 20t 6 , em que S e t esto nas unidades do SI.
h mais tarde que o segundo. Ache a velocidade do terceiro automvel. 3
Responda s seguintes perguntas:
10 Um ponto percorre a metade do caminho com uma velocidade vo.
Na parte restante, ele e percorre a uma velocidade v1 a metade do tempo (A) Qual a velocidade mdia entre os instantes 1 e 4 segundos?
e velocidade v2 o trajeto final. Determine a velocidade mdia do ponto (B) Em que instantes o corpo inverte o sentido de movimento?
durante o percurso todo. (C) Qual a distncia total percorrida pelo corpo entre os instantes 0 e 6
segundos?
11 (AFA) O diagrama abaixo representa as posies de dois corpos A e (D) Para que intervalos de tempo o movimento do corpo acelerado?
B, em funo do tempo. (E) Para que intervalos de tempo o movimento do corpo retrgrado?
s(m)
s(m) 17 Um senhor estava esperando o trem sentado em um banco da estao.
Distraidamente, olhou para o cho e viu uma lagartinha que comeava a
40 cruzar a lajota retangular do piso de dimenses 40 cm 30 cm. O senhor,
B A
como no dispunha de relgio, comeou a contar suas pulsaes enquanto
a lagartinha fazia seu trajeto. Ela cruzou a primeira lajota diagonalmente e
20 depois prosseguiu pela junta das lajotas, como indica a figura. O senhor
10 contou ao todo 300 pulsaes no trecho entre A e B. Sabendo que seu
batimento cardaco costuma ser, em mdia, 75 pulsaes por minuto,
0 10 t(s)
t(s) responda:
IME-ITA 273
Fsica I Assunto 1
90 B
30 cm
A
40 cm 90
90
(A) Qual a distncia total percorrida pela lagartinha?
(B) Qual a velocidade escalar mdia da lagartinha em cm/s?
18 A figura abaixo mostra o esquema simplificado de um dispositivo O aparelho M1 registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do
colocado em uma rua para controle de velocidade de automveis impacto da bala no alvo, o mesmo ocorrendo com o aparelho M2. Sendo
(dispositivo popularmente chamado de radar). Os sensores S1 e S2 e a Vs a velocidade do som no ar, ento a razo entre as respectivas distncias
cmera esto ligados a um computador. Os sensores enviam um sinal ao dos aparelhos M1 e M2 em relao ao alvo Q :
computador sempre que so pressionados pelas rodas de um veculo. Se
a velocidade do veculo est acima da permitida, o computador envia um (A) Vs (V Vs) / (V2 Vs2).
sinal para que a cmera fotografe sua placa traseira no momento em que (B) Vs (Vs V) / (V2 Vs2).
esta estiver sobre a linha tracejada. Para um certo veculo, os sinais dos (C) V (V Vs) / (Vs2 V2).
sensores foram os seguintes: (D) Vs (V + Vs) / (V2 Vs2).
(E) Vs (V Vs) / (V2 + Vs2).
d=2m
19 (ITA) Considere dois carros que estejam participando de uma corrida. 23 Uma lmpada pende de um teto ficando a uma altura H do solo. Um
O carro A consegue realizar cada volta em 80 s enquanto o carro B 5,0% atleta de altura h passa sob a lmpada se deslocando em linha reta com
mais lento. O carro A forado a uma parada nos boxes ao completar a velocidade constante V. Se H = 5 m, h = 2 m e V = 6 m/s, determine
volta de nmero 6. Incluindo acelerao, desacelerao e reparos, o carro a velocidade com que a parte superior da cabea da sombra do atleta se
A perde 135 s. Qual deve ser o nmero mnimo de voltas completas da desloca no solo.
corrida para que o carro A possa vencer?
26 Dois carros esto em repouso em duas estradas perpendiculares.
(A) 28. O primeiro est a uma distncia l da interseo das duas estradas e
(C) 33. o segundo a uma distncia d do mesmo ponto. Os dois comeam a
(D) 34. mover--se simultaneamente em direo interseo, o primeiro com
(B) 27. acelerao constante a e o segundo com acelerao constante b. Qual a
(E) n.r.a. menor distncia que eles tiveram entre si durante seus movimentos?
274 Vol. 1
Movimento uniforme
EXERCCIOS NVEL 3
01 Dois trens partem simultaneamente de dois pontos A e B distantes 05 Duas velas, cujas alturas h no momento inicial eram iguais, se
5000 m um do outro. Os trens possuem velocidades constantes de 20 m/s encontram a uma distncia a uma da outra. A distncia entre cada uma
e de sentidos contrrios, sendo que o trem I dirige-se para B. Sabendo que das velas e a parede mais prxima tambm vale a. Com que velocidade
os trens possuem comprimento de 100 m, determine quanto tempo um se movem as sombras das velas pelas paredes se uma vela se consome
automvel deve esperar em A, aps o incio do movimento dos trens, para inteira em um tempo t1 e a outra em um tempo t2? Obs: As velocidades
que, deslocando-se a 40 m/s, demore 50 s entre iniciar a ultrapassagem pedidas so aquelas vlidas enquanto nenhuma das sombras chega ao
sobre o trem I e terminar a ultrapassagem sobre o trem II. solo.
03 Um engenheiro trabalha em uma fbrica, que fica nos arredores da 06 Da cidade A partem simultaneamente um carro, uma motocicleta e
cidade. Diariamente, ao chegar ltima estao ferroviria, um carro da uma bicicleta para a cidade B. Alcanando B, o carro retorna a cidade A e
fbrica transporta-o para o local de trabalho. Certa vez, o engenheiro chegou encontra a motocicleta a a quilmetros de B e a bicicleta a b quilmetros de
estao uma hora antes do habitual e sem esperar o carro foi a p at o B. A motocicleta ao chegar a B retorna tambm, encontrando a bicicleta a c
local de trabalho. No caminho, encontra-se com o carro e chegou fbrica quilmetros de B. Determine a distncia AB (suponha todos os movimentos
10 minutos antes do habitual. Quanto tempo caminhou o engenheiro antes uniformes).
de encontrar-se com o carro?
07 Duas retas que se cruzam se movem de modo progressivo em direes
04 Trs turistas, que possuem uma bicicleta, devem chegar ao centro turstico opostas com velocidades v1 e v2, perpendiculares s retas correspondentes.
no menor espao de tempo (o tempo conta at que o ltimo turista chegue O ngulo entre as retas igual a . Determine a velocidade do ponto de
ao centro). A bicicleta pode transportar apenas duas pessoas e, por isso, o interseo destas retas.
terceiro turista deve iniciar o trajeto a p. O primeiro turista, que nunca larga
a bicicleta, leva o segundo turista at um determinado ponto do caminho, de 08 Um avio voa horizontalmente a uma velocidade V. Um observador
onde este continua a andar a p e o primeiro turista volta para transportar o ouve o barulho do avio T segundos aps o aparelho ter passado sobre a
terceiro. Encontre a velocidade mdia dos turistas, sabendo que a velocidade sua cabea. Se a velocidade do som no ar vale C, determine a que altura
de quem est a p 4 km/h e de quem est na bicicleta 20 km/h. H voava a aeronave.
RASCUNHO
IME-ITA 275
Movimento uniformemente variado A ssunto
2
Fsica I
f(x)
tgq =N acelerao
b
S = v( t )dt
a
276 Vol. 1
Movimento uniformemente variado
Exemplo:
Usando o mesmo exemplo do mdulo anterior, suponha que um mvel tem
sua velocidade em funo do tempo dada pela equao v(t) = t2 5t + 6. Para
encontrar a equao horria da posio, precisamos integrar essa funo. Da:
1 1
s( t ) = v( t )dt = ( t 2 5t + 6) dt = t 2 dt + ( 5t )dt + 6dt = t 3 5 t 2 + 6t + C.
3 2
1 1
+ 6dt = t 3 5 t 2 + 6t + C. Essa constante poderia ser encontrada se o problema
3 2 1
S reagrfico 2 (
v + v 0 ) ( t t0 ) ( v + v0 )
informasse a posio inicial do mvel (j que, pela equao encontrada, Vm = = = Vm =
s(0) = C. t t t0 ( t t0 ) 2
Integrais definidas so aquelas em que o intervalo de integrao est
Ou seja, no MUV, a velocidade mdia em um dado percurso a mdia
definido. Elas so a rea abaixo da curva de limites estabelecidos. A regra
das velocidades nos extremos desse percurso.
a ser aplicada a cada termo, nesse caso, a seguinte:
Outra maneira de enxergar isso olhar para o grfico. Para que a
tf 1 n +1 1 n +1
t0 a t dt = a n + 1 tf a n + 1 t0
n
velocidade mdia seja a mesma, o deslocamento precisa ser igual.
Portanto, a rea abaixo da curva precisa ser igual. Como o MUV forma
No nosso exemplo, se quisermos descobrir o deslocamento do mvel um trapzio e, portanto, sua rea bmdia h, podemos traar uma reta
entre 2s e 4s, precisamos fazer a integral da velocidade para os instantes horizontal que diste bmdia da origem para chegarmos mesma rea. Como
4 1 3 1 2 1 3 1v1 + v f 2 a velocidade constante que gera o mesmo
5 = 22 + 6, ento
de t = 2s a t = 4s. Da: s 2 ( t 5t + 6)dt = 4 5 4 + 6 4 2bmdia
2
2 = essa
m.
3 2 3 2 2 3
1 2 1 1 2
4 + 6 4 23 5 22 + 6 2 = m. deslocamento. Por esse motivo, essa a velocidade mdia.
2 3 2 3
Exemplo:
Essa propriedade grfica nos permite visualizar um fato interessante
no MUV. Considere uma partcula com velocidade inicial v0 e acelerao
a. Seu grfico v t est representado na figura abaixo:
IME-ITA 277
Fsica I Assunto 2
Essa equao nos mostra que a posio em funo do tempo para um Dado um grfico s t qualquer, a velocidade em um um instante
mvel em MUV. Ela varia segundo uma funo quadrtica e deve ter seu qualquer dada pelo coeficiente angular da reta tangente ao ponto
grfico representado por uma parbola, portanto. Conhecer essa parbola correspondente a esse instante. Nesse exemplo, vemos que a reta tangente
e suas propriedades muito importante. Por isso vamos analisar os casos. a P0 mais inclinada que a reta tangente a P1. Isso indica que vP0 > vP1.
1o caso: parbola com concavidade para cima: 1.4 Funo horria de acelerao
Como no MUV, a acelerao tem valor constante, o grfico a x t uma
reta paralela ao eixo do tempo, podendo a acelerao assumir valores
positivos ou negativos.
v = v0 + at (elevando-se ao quadrado)
Nesse tipo de grfico a acelerao negativa (a < 0). v2 = v20 + 2av0t + a2t2
O ponto onde a curva toca o eixo S corresponde ao espao inicial S0.
Nos instante t2 o corpo passa pela origem dos espaos (S = 0). v2 = v20 + 2a (v0t + a t2/2)
No instante t1, vrtice da parbola, o corpo inverte o sentido de seu v2 = v2n + 2aDS
movimento (v = 0).
Do instante o at t1 o espao aumenta, o movimento progressivo
(v > 0) e retardado, pois a e V tem sinais contrrios (a < 0 e V > 0). 1.6. Dica para problemas de grfico
Aps t1 o espao diminui, o movimento retrgrado (v < 0) e
acelerado, pois a e V tem mesmo sinal (a < 0 e V < 0). Para ajudar a memorizao, podemos utilizar o fluxograma abaixo,
Independentemente do formato do grfico s t, podemos, sem fazer que nos d uma viso de conjunto de todas as propriedades grficas:
clculos, descobrir em que ponto desse grfico s t o mvel possui maior
velocidade. Veja o grfico a seguir:
278 Vol. 1
Movimento uniformemente variado
v = vo + a . t v = v o + gt
Note que as equaes de queda livre no so novas equaes. Como
at 2 gt 2
j dito anteriormente, so as equaes de MUV para essa situao. S = v o t + H = vot +
2 2
Observao:
v 2 = v o2 + 2 aS v 2 = v o2 + 2 gH
Quando um corpo est em queda livre, as alturas percorridas a
cada segundo de movimento seguem uma P.A., como j mencionado
anteriormente. Por ter velocidade inicial nula, os deslocamentos a cada 2.3 Lanamento vertical para cima
segundo seguem a seguinte sequncia: Um corpo lanado verticalmente para cima tem a subida como um
g 12 g movimento retardado e a descida como um movimento acelerado em
No primeiro segundo de movimento a altura H = = que v0 = 0 (queda livre). Esses movimentos de subida e de descida so
2 2
simtricos. H 2 concluses importantes acerca disso:
g 22 g
No secundrio segundo de movimento a altura H = = 4
2 2
I. O mdulo da velocidade com que um corpo passa subindo por uma
g 32 g
No terceiro segundo de movimento a altura H = = 9 altura qualquer a mesma que ele passa descendo pela mesma altura.
2 2
E assim sucessivamente.
IME-ITA 279
Fsica I Assunto 2
Demonstrao: Exemplo:
Aplicando a equao de Torricelli: Um corpo lanado para cima do topo de um prdio de 200 metros com
velocidade inicial de 30 m/s em um local onde a resistncia do ar pode
ser considerada desprezvel. Considerando a gravidade igual a 10 m/s2,
determine:
Soluo:
Antes de responder pergunta, vamos definir nosso referencial
orientado para cima e com origem no solo. A figura a seguir representa
v22 = v12 + 2gDS
o exposto:
DS = 0 (S1 = S2)
v22 = v12 v2 = v1
Demonstrao:
A equao horria de posio para o corpo que lanado para cima fica
assim:
gt 2
h = h0 + v 0 t h = 200 + 30t 5t 2
2
a. O tempo de permanncia no ar o tempo que ele leva para atingir o
solo (h = 0).
yV = =
(2
)
30 4 ( 5 ) 200
=
( 4900 ) = 245m
v 4 ( 5 )
g= 4a ( 20 )
t
Obs: Esse item poderia ser feito sem a utilizao da equao horria de
v B v a v A + v B
g= = posio.
t AB t ' AB Tempo para atingir a altura mxima: v = v0 gt 0 = 30 10t t = 3s
t AB = t ' AB Para retornar a altura do lanamento gastar 3 segundos em queda livre.
gt 2 10 32
H= = = 45 m
2 2
As equaes para um corpo lanado verticalmente para cima so as
mesmas do MUV. Como a altura de subida igual de descida, temos que a altura mxima
200 + 45 = 245 m.
Ateno!
Uma vez adotado o referencial, ele precisa ser mantido para todas c. A equao horria de velocidade no MUV v = v0 gt v = 30 10t
as variveis. A maneira mais comum de resolver problemas desse tipo O corpo chega ao solo no instante 10 segundos.
orientarmos o referencial positivo para cima e a origem na posio inicial do v = 30 10t v = 30 10 . 10 v = 70 m/s (negativo) pois
mvel. Nesse caso, a gravidade negativa sempre. comum as pessoas imediatamente antes de chegar ao solo o vetor velocidade aponta para
trocarem o sinal da gravidade de acordo com o movimento de descida baixo, ou seja, contra o sentido do referencial adotado.)
ou subida. Isso no existe. A gravidade vai ter um nico sinal em todo o 2.4. Influncia do ar
problema e isso s depende do referencial adotado!
Alguns problemas, mais empricos, no desprezam a influncia do ar
nos movimentos verticais. Tal fenmeno ser estudado mais adiante, em
Dica: em um nmero significativo das questes desse tipo de lanamento, dinmica. No entanto, pode-se adiantar que a resistncia do ar depende
muito mais fcil estudar a descida (j que a descida como se fosse da forma e da velocidade do corpo e sua expresso dada por:
uma queda livre). Lembre-se disso! Fr = c . v2
em que c uma constante que depende da forma do corpo e da rea da
seco transversal do corpo e v a velocidade instantnea do corpo.
280 Vol. 1
Movimento uniformemente variado
Isso significa que, para um corpo qualquer, quanto maior for a Clculo da velocidade limite.
velocidade, maior ser a resistncia do ar. Evidentemente, a resistncia m g m g
do ar no cresce indefinidamente. Seu crescimento s ocorre enquanto P = Fr m g = c v 2 v 2 = vL =
c c
menor que a fora peso para o corpo. Isso porque a fora de resistncia
proporcional ao quadrado da velocidade. No momento em que seu valor se
iguala ao valor da fora peso, a acelerao passa a ser zero e a velocidade em que:
para de aumentar. Consequentemente, a fora de resistncia para de m massa da corpo;
crescer e fica igual ao peso desse instante para frente. Nesse momento, g acelerao da gravidade local;
o corpo atinge a sua velocidade limite. A partir da, o movimento de c coeficiente de atrito com o ar.
queda torna-se uniforme, ou seja, o corpo cai com velocidade constante.
EXERCCIOS RESOLVIDOS
01 Uma partcula, a partir do repouso, descreve um movimento Qual a velocidade da partcula B, em m/s, no primeiro encontro entre
retilneo uniformemente variado e, em 10 s, percorre metade do espao A e B?
total previsto. A segunda metade desse espao ser percorrida em,
aproximadamente: Soluo:
Nitidamente, a partcula A executa um movimento uniforme e a partcula
(A) 2,0 s. (D) 10 s. B executa um movimento uniformemente variado. Escrevendo suas
(B) 4,0 s. (E) 14 s. equaes horrias:
(C) 5,8 s.
14 28
Soluo: vA = = 2 m/ s SA = 28 2t
4
O grfico a seguir ilustra o movimento da partcula que parte do repouso
e possui acelerao a: at 2
SB = 0 + v 0 t +
2
at 2 a 42
SB = v 0 t + 32 = v 0 4 + 32 = 4v 0 + 8 a v 0 + 2 a = 8
2 2
2 2
at a7
SB = v 0 t + 14 = v 0 7 + 28 = 14v 0 + 49 a 2v 0 + 7 a = 4
2 2
Calculando VB em:
Nas condies do problema, a rea do tringulo tem que ser igual
rea do trapzio. t = 2s v B = =
( 22
ds d 16 t t ) = 16 4 t = 16 4 2 = 8 m / s
10 10 a ( at + 10 a ) ( t 10 ) dt dt
= 100 a = a ( t + 10 ) ( t 10 ) t 100 = 100 t = 200 14s
2
2 2
+ 10 ) ( t 10 ) t 2 100 = 100 t = 200 14s 03 Um corpo cai em queda livre, de uma altura tal que durante o ltimo
segundo de queda ele percorre 1/4 da altura total. Calcule o tempo de
Como a questo s pede o tempo na segunda metade, a resposta , queda supondo nula a velocidade inicial do corpo.
aproximadamente, 4 s.
1
(A) t = s
02 Duas partculas A e B desenvolvem movimentos sobre uma mesma 2 3
trajetria, cujos grficos horrios so dados por: 2
(B) t = s
2 3
3
(C) t = s
2 3
4
(D) t = s
2 3
2
(E) t = s
2+ 3
IME-ITA 281
Fsica I Assunto 2
t1 22 t1 t 2
1 t1 t1
2
t1 H ( t12 t22 )
2
2
g( t 1)
Na primeira parte do percurso, ele percorrer 3 H = 05 No arranjo mostrado a seguir, do ponto A largamos com velocidade
2 nula duas pequenas bolas que se movero sob a influncia da gravidade
Dividindo as equaes em um plano vertical, sem rolamento ou atrito, uma pelo trecho ABC
4 t2 2 2 2 2 e outra pelo trecho ADC. As partes AD e BC dos trechos so paralelas
= 4( t 1) = 3t 4( t 1) = 3t 2 ( t 1) = t 3
3 ( t 1)2 e as partes AB e DC tambm. Os vrtices B de ABC e D de ADC so
2 suavemente arredondados para que cada bola no sofra uma mudana
2t 2 = t 3 t ( 2 3 ) = 2 t = brusca na sua trajetria. Pode-se afirmar que:
2 3
Soluo:
Como o enunciado fala que AD paralela a BC e AB paralela a DC
consideraremos os movimentos como MRUV. Nesse caso a velocidade
mdia entre dois pontos a mdia aritmtica da velocidade entre esses
dois pontos. Portanto:
( t12 t22 h) 4 t1 t2 h VA + VD V
(A) H = (D) H= VAD = VAD = D
(
2 t t 2
2
2
1 )
2
(t 2
2 t12 ) 2 2
VA + VB VB
( t1 t2 h) 4 t12 t22 h VAB = VAB =
(B) H = (E) H= 2 2
(
4 t t 2
2
2
1 ) (t 2
2 t12 )
2
VC + VD
VDC =
2
2t12 t22 h
(C) H = VB + VC
(t ) VBC =
2
2
2 t12 2
Soluo:
J que VD > VB temos que VAD maior que VAB e VDC maior que VBC.
Vamos dividir nosso problema em partes.
Queda livre Portanto, no trajeto ADC a velocidade escalar mdia maior que no
trajeto ABC e, como a distncia total percorrida a mesma, conclumos
g t12 2H
H= g= 2 que o tempo gasto no trajeto ADC menor.
2 t1
282 Vol. 1
Movimento uniformemente variado
EXERCCIOS NVEL 3
0 t (s)
24
(D)
V (m/s)
02 Um corpo cai no vcuo de uma altura igual a 245 m em relao ao
solo. Sendo g = 10 m/s2, determine: 18
0 t(s)
24
I II III IV
(B) t
V (m/s)
16
(A) A velocidade do corpo positiva nos quatro trechos.
(B) A acelerao do corpo nula apenas no trecho IV.
(C) A trajetria descrita pelo corpo no trecho I parablica.
(D) O movimento descrito pelo corpo no trecho III progressivo e retardado.
0 8 t(s)
IME-ITA 283
Fsica I Assunto 2
07 (AFA) Um mvel desloca-se ao longo de uma linha reta, sendo sua 10 (AFA) O grfico da posio (S) em funo do tempo (t) a seguir
posio em funo do tempo dada pelo grfico abaixo: representa o movimento retilneo de um mvel.
s (m)
x
B C 1 2 3
t (s)
E
A t
A partir do grfico, correto afirmar que:
(A) v=0
a v a a v
(B) v=0
a v a a v
v(m/s)
B
v
50
Sendo de 8,0 m/s a velocidade mdia deste atleta, pode-se afirmar que a 0 t(s)
velocidade v no instante em que ele cruzou a linha de chegada era, em m/s,
50
(A) 5,0. (C) 8,5.
A
(B) 3,5. (D) 10.
284 Vol. 1
Movimento uniformemente variado
As aceleraes experimentadas por A e B tm o mesmo mdulo de 0,2 m/s2. 16 (EFOMM) Uma lancha da guarda costeira, atracada costa, recebe
Com base nesses dados, correto afirmar que essas partculas se encontraro a denncia de que um navio, carregado de contrabando, a 50 milhas
novamente no instante afastado da costa, vem avanando a uma velocidade constante de 12
ns. A distncia mnima que qualquer navio estranho deve estar da costa
(A) 10 s. (C) 100 s. de 20 milhas. A acelerao constante mnima que a lancha dever ter,
(B) 50 s. (D) 500 s. em milhas/h2, para que o navio no adentre o permetro da costa :
13 (EN) Uma partcula possui velocidade igual a 2 m/s no instante t = 0 e (A) 0,8. (D) 6,4.
percorre uma trajetria retilnea e horizontal. Sabe-se que a sua acelerao (B) 1,6. (E) 16.
varia em relao ao tempo de acordo com o diagrama abaixo. Ao fim de (C) 3,2.
4 segundos, a distncia percorrida pela partcula de:
17 (EsPCEx) O grfico abaixo representa a velocidade (V) em funo do
a(m/s2)
tempo (t) dos mveis A e B, que percorrem a mesma trajetria no mesmo
sentido e que, no instante inicial (t = 0), partem do mesmo ponto.
2
A
V(m/s)
0 2 6 t(s) 16 B
(A) 10 m. (D) 42 m.
(B) 22 m. (E) 20 m.
(C) 32 m. t (s)
0 8
14 (AFA) O grfico da posio em funo do tempo para um objeto que
se move em trajetria retilnea, dado na figura abaixo. A velocidade inicial,
A distncia percorrida pelo mvel A ser o dobro daquela percorrida pelo
em m/s, e a acelerao, em m/s2, so, respectivamente:
mvel B quando o tempo de deslocamento for igual a:
S(m)
(A) 8 s. (D) 32 s.
9 (B) 16 s. (E) 40 s.
(C) 24 s.
(A) 6 e 2. (C) 9 e 3.
(B) 6 e 3.
(D) 9 e 6.
s(m)
(A) S = 10 15t + 3t2/2.
(B) S = 15 + 10t 5t2/2.
32 (C) S = 10 + 15t 3t2/2.
B
28 (D) S = 15 10t +5t2/2.
(E) S = 10 + 15t 5t2/2.
14 A
19 (AFA) Um automvel parte do repouso e se movimenta com a
acelerao mostrada, de maneira aproximada, na figura abaixo:
o 4 7 8 t(s) a(m/s)
IME-ITA 285
Fsica I Assunto 2
Depois que sua acelerao mudou de sentido, o deslocamento (variao 24 (AFA) Um corpo abandonado do repouso de uma altura h acima do solo.
de posio) entre os instantes t = 2 s e t = 3 s vale, em metros: No mesmo instante, um outro lanado para cima, a partir do solo, segundo
a mesma vertical, com velocidade v. Sabendo que os corpos se encontram
(A) 0. (C) 2. na metade da altura da descida do primeiro, pode-se afirmar que h vale:
(B) 1. (D) 3.
(E) 4. 2
v v
(A) . (C) .
20 (AFA) Um corpo abandonado do topo de um precipcio. O rudo g g
1/2
produzido pela queda do corpo ao atingir o cho ouvido 10 s aps o v v2
seu abandono. Considerando a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, (B) . (D) .
g g
pode-se afirmar que a altura do precipcio, em metros, aproximadamente:
(A) 200. (C) 391. 25 (AFA) Em uma experincia realizada na lua, uma pedra de 200 g
(B) 288. (D) 423. lanada verticalmente para cima e, no mesmo instante, outra pedra idntica
abandonada de uma altura de 40 m. Sabendo-se que as duas pedras colidem
21 (AFA) Uma bola abandonada de uma altura H, no vcuo, chega ao a 20 m de altura e que a acelerao da gravidade na Lua g = 1,6 m/s2, a
solo e atinge, agora, altura mxima h. A razo entre a velocidade com que velocidade com que foi lanada a primeira pedra, em m/s, :
a bola chega ao solo e aquela com que ela deixa o solo :
(A) 2. (C) 6.
3/2 (B) 4. (D) 8.
1/2
H
(A) H (C)
h 26 (AFA) Uma pequena esfera abandonada em queda livre de uma altura
h
de 80 m, em relao ao solo. Dois segundos aps, uma segunda esfera
atirada, verticalmente para baixo. Despreze a resistncia do ar e considere
2 g = 10 m/s2. A fim de que as esferas atinjam o solo no mesmo instante,
H H
(B) (D) a velocidade de lanamento da segunda esfera, em m/s, deve ser:
h h
(A) 15. (C) 25.
22 (AFA) Uma equipe de resgate se encontra em um helicptero, parado (B) 20. (D) 30.
em relao ao solo, a 305 m de altura. Um paraquedista abandona o
27 (EFOMM) Um corpo lanado verticalmente para cima a partir
helicptero e cai livremente durante 1,0 s, quando abre o paraquedas.
da superfcie da Terra e atinge a altura de 80 metros. A gravidade na
A par tir desse instante, mantendo-se constante sua velocidade, o
superfcie da Terra de 10 m/s2 e so desprezados os efeitos de altitude
paraquedista atingir o solo em:
e da resistncia do ar. A velocidade de lanamento :
(A) 15 s. (C) 30 s. (A) 80 m/s. (D) 30 m/s.
(B) 28 s. (D) 60 s. (B) 60 m/s. (E) 25 m/s.
(C) 40 m/s.
23 (AFA) Certa me, ao administrar um medicamento para o seu filho,
utiliza um conta-gotas pingando em intervalos de tempo iguais. A figura 28 (EsPCEx) Em um local onde a acelerao da gravidade constante e
a seguir mostra a situao no instante em que uma das gotas est se igual a 10 m/s2, um corpo entra em queda livre com velocidade inicial nula,
soltando. caindo de uma altura h. No ltimo segundo da queda, o corpo percorre trs
quartas partes do deslocamento total (h). O tempo total da queda de:
(A) 2 s. (D) 5 s.
(B) 3 s. (E) 6 s.
(C) 4 s.
1
(A) 2. (C) .
4
1
(B) . (D) 4.
2
t t t t
286 Vol. 1
Movimento uniformemente variado
30 Um carro de testes parte do repouso com uma acelerao constante 04 (ITA) O espao (e) de uma partcula variou com o tempo (t), conforme
de 6,00 m/s2 em uma pista retilnea. Ao atingir a velocidade de 216 km/h, indica o diagrama a seguir:
submetido a uma desacelerao constante at parar. Qual foi o mdulo
da desacelerao, em m/s2, considerando que a distncia total percorrida e
pelo carro foi de 750 m? e
t
Determine: Notas:
(A) o espao em t = 0; Ambos os trens medem 100 metros de comprimento, incluindo suas
(B) a acelerao escalar; locomotivas, que viajam frente.
(C) a velocidade em t = 3 s.
As distncias ao ponto B so: AB = 3.000 m. CB = 710 m.
IME-ITA 287
Fsica I Assunto 2
08 (ITA) Um automvel a 90 km/h passa por um guarda em um local em que 12 (IRODOV) Um automvel, tendo velocidade inicial nula, se
a velocidade mxima de 60 km/h. O guarda comea a perseguir o infrator desloca por um caminho reto. Inicialmente, ele trafega com acelerao
com sua moto mantendo acelerao constante at que atinge 108 km/h em constante w= 5 m/s2, logo depois com uma velocidade constante e,
10 segundos e continua com essa velocidade at alcan-lo. Qual a distncia finalmente, reduz sua velocidade com a mesma acelerao w, parando.
total percorrida pelo guarda?
Durante os 25 segundos de movimento, sua velocidade mdia foi de
72 km/h. Durante quanto tempo o automvel manteve sua velocidade
09 (ITA) Um mvel A parte da origem O, com velocidade inicial nula, no
instante to= 0 e percorre o eixo Ox com acelerao constante a. Aps um constante?
intervalo de tempo t, contado a partir da sada de A, um segundo mvel
B parte de O com acelerao n.a, sendo n >1. Prove que B alcanar A 13 Dois carros A e B movem-se no mesmo sentido com velocidades
VA e VB, respectivamente. Quando o carro A est a distncia d atrs de
n B, o motorista do carro A pisa no freio, o que causa uma desacelerao
no instante t = t
n 1 constante de mdulo a. Qual a condio necessria para que no haja
coliso entre A e B?
10 Um mvel se move ao longo do eixo x com uma velocidade vx descrita
pelo grfico abaixo em funo do tempo. Sabendo-se que no momento t = 0 14 (AFA) O grfico abaixo representa o movimento de subida de um
a posio do corpo era x = 0, esboce os grficos da acelerao do corpo, de prottipo de foguete em dois estgios lanado a partir do solo.
sua coordenada x e da distncia total percorrida, todos em funo do tempo. v
t
t
Aps ter atingido a altura mxima, pode-se afirmar que o tempo de queda
livre desse prottipo ser de:
(A) 1 s.
(B) 2 s.
11 Dado o grfico abaixo, calcule os itens pedidos, sabendo que a posio
(C) 3 s.
inicial do corpo S0 = 3 m.
(D) 4 s.
v
15 (IME) De dois pontos A e B situados sobre a mesma vertical,
respectivamente a 45 m e 20 m do solo, deixam-se cair duas esferas,
no mesmo instante. Uma prancha desloca-se no solo horizontalmente
com movimento uniforme. Observa-se que as esferas atingem a prancha
em pontos que distam 2 m. Nestas condies, supondo g = 10 m/s2 e
desprezando a resistncia do ar, qual a velocidade da prancha?
t
16 Uma partcula abandonada a partir do repouso, de um ponto situado
a 270 m acima do solo. Divida essa altura em trs partes tais que sejam
percorridas em intervalos de tempo iguais.
288 Vol. 1
Movimento uniformemente variado
20 Quando um corpo se move no ar com velocidades subsnicas, a fora 04 Um trem, cujo comprimento de 350 m, move-se em uma trajetria
KdA 2 retilnea com uma acelerao constante de 0,03 m/s2. Passado um tempo de
de resistncia do ar dada aproximadamente por: F = v em que 30 segundos de iniciado o movimento, foi conectado o retrovisor da locomotiva,
2
em seu extremo dianteiro. Transcorridos 60 segundos a partir desse momento,
k um coeficiente que depende da forma do corpo, d a densidade do foi colocada a lmpada de sinalizao em seu extremo traseiro. Ache a distncia
ar, A a rea da maior seo transversal do corpo perpendicular direo entre os pontos em que ocorreram esses acontecimentos em um referencial
do movimento e v a velocidade do corpo em relao ao ar. Consideremos ligado ao trem e Terra. Em qual sentido e com que velocidade constante v
uma esfera de 20 N de peso abandonada no ar de grande altura e com relao Terra deve mover-se um certo referencial K para que ambos
suponhamos que a resistncia do ar seja dada por F = 0,20 v2 (SI). os acontecimentos ocorram no mesmo lugar?
Desprezar o empuxo do ar. Determine:
05 Dois carros esto em repouso em duas estradas perpendiculares.
(A) o mdulo da mxima velocidade que a esfera pode atingir durante a queda; O primeiro est a uma distncia l da interseo das duas estradas e
(B) os esboos dos grficos dos mdulos da velocidade e da acelerao o segundo a uma distncia d do mesmo ponto. Os dois comeam a
da esfera em funo do tempo. mover--se simultaneamente em direo interseo, o primeiro com
acelerao constante a e o segundo com acelerao constante b. Qual a
21 Cinco bolinhas de ao esto presas por eletroms ao longo de uma reta r, de menor distncia que eles tiveram entre si durante seus movimentos?
equao y = kx. As bolas esto em posies equidistantes tais que d = 0,5 m.
Uma bolinha O parte da origem ao longo de x (mesa horizontal sem atrito) com 06 Um corpo comea seu movimento a partir do repouso desde um
velocidade v = 2 m/s, constante, no mesmo instante em que todas as outras so ponto A. Primeiramente o corpo se move durante um tempo T de maneira
desligadas dos eletroms. Calcule o valor de k tal que O se choque com a bola uniformemente acelerada. Depois, troca o sentido de sua acelerao,
nmero 4. Adote g = 10 m/s2. mantendo o mdulo da mesma. Dentro de quanto tempo, desde o comeo
y do movimento, o corpo regressar ao ponto A?
carro para que a ultrapassagem seja segura? a disposio das janelas, com as
h
pertinentes alturas h e distncias L que
03 (ITA) Um corpo, inicialmente em repouso, entra em movimento com se repetem igualmente para as demais
acelerao escalar constante a, no instante t = 0: janelas, at o trreo. Se a pedra percorre a
L
de tempos consecutivos e iguais a uma unidade de tempo so sempre segundos, a mesma altura h da quarta
as mesmas e tm o mesmo valor numrico de a. janela? Despreze a resistncia do ar.
L
IME-ITA 289
Fsica I Assunto 2
11 Um paraquedista salta de uma altura de 1800 m em queda livre. 12 Uma partcula abandonada, a partir do repouso, de uma altura h
Quando abre o paraquedas, est a uma velocidade v e fica sujeito a uma acima do solo. Determine a frmula do termo geral da sequncia obtida pela
desacelerao constante igual a 2 m/s2 at que sua velocidade seja a diviso dessa altura em p partes tais que sejam percorridas em intervalos
metade de quando abriu o paraquedas. A partir da, esta velocidade se de tempo iguais.
mantm constante at atingir o solo. Sabendo que o tempo total de voo
35 s, qual a durao da queda livre?
RASCUNHO
290 Vol. 1
Movimentos circulares e cinemtica vetorial A ssunto
3
Fsica I
1. Movimento circular P2
t
Um movimento circular aquele em que o corpo se desloca segundo
uma trajetria circular. Faremos um estudo do movimento muito prximo ao P1
que j foi abordado nos outros mdulos. Entretanto, vamos nos preocupar
mais com grandezas angulares, em vez de lineares. Por exemplo: alm
de verificar a distncia percorrida, precisaremos medir o ngulo varrido
pelo mvel.
IME-ITA 291
Fsica I Assunto 3
1.5 Tipos de movimento circular Soluo: Adotaremos um sistema de referncia com origem no
ponto de partida e positivo no sentido anti-horrio. O enunciado diz que
Os movimentos circulares normalmente seguem um padro. Ou so
os ciclistas mantm a velocidade constante. Temos, portanto, um MCU.
movimentos circulares uniformes (MCU), ou so movimentos circulares
Escrevendo as equaes horrias, a partir do movimento de B, teremos:
uniformemente variados (MCUV). No primeiro caso, a velocidade angular
constante e, consequentemente sua acelerao angular nula. A funo
horria no MCU nasce da mesma ideia do MRU. A = 0 + 0,5 (t + 2) B = 0 1,5 t
dividindo-se cada No encontro a soma dos mdulos dos deslocamentos angulares tem
s = so + v t = o + t que ser igual a 2 (uma volta completa).
v = cte
a=0
funo horria por R
obtemos as equaes = cte
=o
do MRU Importante: Note como h uma diferena relevante aqui. Em MRU
ou MRUV, o encontro acontecia quando as posies eram iguais. Aqui,
No movimento circular uniformemente variado (MCUV), a acelerao importante contar o nmero de voltas.
angular constante e no nula. Nesse caso a velocidade angular sofre
alteraes iguais para o mesmo intervalo de tempo. Suas funes horrias Isso significa que eles se encontraram 0,5 segundo aps a sada de B.
podem ser determinadas a partir das equaes de MUV:
|A|+|B|= 2 0,5 (t + 2) + 1,5 t =
dividindo-se = 2 0,5 t + 1 + 1,5t = 2 2t = 1 t = s
1 cada funo 1
= o + 0 . t + t 2
s = so + v o . t + a t 2
2 horria por R 2
v = v o + at
obtemos as
= o + t Substituindo em qualquer equao descobriremos o ponto de encontro.
a = cte. equaes do =c te
dividindo-se
Obs.: Igualamos a soma dos mdulos dos deslocamentos angulares
cada funo
a 2 pois queremos o primeiro encontro. Se esse movimento continuasse
horria por R2
infinito, encontros ocorreriam e poderamos escrever de uma maneira
v2 = vo2 + 2 a obtemos as 2 = o2 + 2
genrica que
equaes de
Torricelli do |A|+|B|= 2 k
MRU
Em que k representa o numero de vezes do encontro.
292 Vol. 1
Movimentos circulares e cinemtica vetorial
R1
CO1 Soluo:
(A) No biciclo de Michaux a frequncia imposta exatamente a frequncia
CO2
de movimento. Assim:
IME-ITA 293
Fsica I Assunto 3
Soluo: A iluso de que as ps esto girando no sentido oposto ao 2.2 Vetor deslocamento (S)
real devido ao fato de nosso crebro interpretar que o movimento, de um
O vetor deslocamento de um corpo entre os instantes t1 e t2 o vetor
fotograma para o outro, se d no sentido do menor deslocamento angular.
representado por um segmento orientado de origem em P1 (posio do
O olho humano tira fotos da realidade de 1/24 a 1/24 segundo e junta as
corpo no instante t1) e extremidade em P2 (posio do corpo no instante t2).
sucessivas imagens, sempre atribuindo o menor caminho a cada objeto.
Entre dois fotogramas consecutivos, a p destacada efetua, no mnimo,
de volta, em um intervalo de tempo de 1/24 s. Portanto a frequncia S P2 (t2)
mnima de rotao +
P1 (t1)
S
3 S
3 24
= 4 = = 18 Hz
1 4 1
24 Por definio, o vetor deslocamento a diferena ente os vetores
posies de P1 e P2.
2. Cinemtica vetorial
x (m)
Aps entendermos todos os conceitos de movimento aplicados a
movimentos retilneos ou circulares, vamos aprender como estender cada
assunto a qualquer movimento. Para isso, precisamos usar os conceitos P1 S
vetoriais das grandezas j previamente apresentadas. P2
294 Vol. 1
Movimentos circulares e cinemtica vetorial
sentido do
d2
movimento Q2
d1
at = 0
Q1
reta tagente v
v em P
P
at
sentido do
movimento
|at |= ae > 0
Retardado
v
IMPORTANTE: Isso mostra que o vetor velocidade instantnea
sempre tangente trajetria.
2.5 Vetor acelerao at
O vetor acelerao mdia indica a razo entre a variao de velocidade
vetorial de um corpo e o intervalo de tempo. Lembre-se de que, para que haja
essa variao de do vetor velocidade, no necessariamente precisa haver |at |= ae < 0
mudana no mdulo (um vetor tem direo e sentido, alm do mdulo).
V v v
am = = 0
t t
O vetor acelerao mdia tem a mesma direo e sentido do vetor 2.5.2 Acelerao centrpeta
variao de velocidade (subtrao vetorial), pois se trata da multiplicao
responsvel pela mudana de direo do vetor velocidade instantnea.
de um vetor por um escalar positivo.
A componente centrpeta da acelerao (a cp ) tem sempre a direo
O vetor acelerao instantnea o limite desse quociente quando o
radial e sentido apontado para o centro.
intervalo de tempo tende a zero.
Ateno: esta componente de acelerao nula somente para
V
am = lim movimentos retilneos.
t 0 t
O mdulo da acelerao centrpeta dado pela expresso:
A acelerao instantnea pode ser subdivida em duas: a acelerao
tangencial e a acelerao centrpeta. v2
acp =
R
2.5.1. Acelerao tangencial Demonstrao:
responsvel pela mudana de intensidade (mdulo) do vetor v
velocidade instantnea.
A componente tangencial da acelerao (at ) tem sempre a mesma v v v
direo do vetor velocidade instantnea. O sentido vai depender do tipo d
R R
de movimento acelerado, retardado ou uniforme. d v
IME-ITA 295
Fsica I Assunto 3
Ex.: Um corpo lanado obliquamente possui no ponto mais alto da trajetria Referencial estrada Referencial estudante
uma velocidade de 5 m/s (horizontal). Considerando que nesse local o
corpo fica sujeito somente acelerao da gravidade (10 m/s2) determine v aut sen v aut 0, 8 80
o raio de curvatura nesse mesmo ponto. tg = = = v = 60 km / h
v cos v 0, 6 v
Aplicando a definio de velocidade relativa v B,A= v B,T v A,T ,
obtemos a velocidade do barco em relao as margens (mesmo
referencial da velocidade das guas):
v B, T = v B,A + v A,T
296 Vol. 1
Movimentos circulares e cinemtica vetorial
EXERCCIOS RESOLVIDOS
01 Uma pessoa brincando em uma roda-gigante, ao passar pelo ponto 02 Na figura, um ciclista percorre o trecho AB com velocidade escalar
mais alto, arremessa uma pequena bola (Figura 1) , de forma que esta mdia de 22,5 km/h e, em seguida, o trecho BC de 3,00 km de extenso.
descreve, em relao ao solo, a trajetria de um lanamento vertical No retorno, ao passar em B, verifica ser de 20,0 km/h sua velocidade
para cima. escalar mdia no percurso ento percorrido, ABCB. Finalmente, ele
chega em A perfazendo todo o percurso de ida e volta em 1,00 h, com
velocidade escalar mdia de 24,0 km/h. Assinale o mdulo v do vetor
velocidade mdia referente ao percurso ABCB.
IME-ITA 297
Fsica I Assunto 3
EXERCCIOS NVEL 1
01 (EFOMM) Uma bomba centrfuga gira a 1800 rpm. A velocidade Analise as afirmativas abaixo:
tangencial de um volume de fluido impelido pelo seu rotor, de raio igual a
12 cm, em m/s de: I. A velocidade angular do disco C metade do disco B.
II. A velocidade escalar de um ponto do permetro do disco A o dobro
(A) 6,1 da velocidade escalar de um ponto do permetro do disco C.
(B) 7,2 II. Os discos B e C tm a mesma velocidade escalar em pontos de seus
(C) 8,6 permetros.
(D) 9,3 III. O perodo do disco C o dobro do perodo do disco B.
(E) 10,4 IV. As freqncias dos discos A e B so iguais.
298 Vol. 1
Movimentos circulares e cinemtica vetorial
(A) 5.
(B) 10.
(C) 15. (B) 4, 4
(D) 20. VA/B
(A) 2 m/s. 08 (AFA) As figuras abaixo apresentam pontos que indicam as posies
(B) 4 m/s. de um mvel, obtidas em intervalos de tempos iguais. Em quais figuras o
(C) 6m/s. mvel apresenta acelerao no nula?
(D) 8 m/s.
(E) 10 m/s.
N N
60o
VA=5,0 ns
VB=2,0 ns
IME-ITA 299
Fsica I Assunto 3
10 (AFA) Um carro percorre uma curva circular com velocidade linear Admitindo que no haja escorregamento entre a correia e as polias, e supondo
constante de 15 m/s completando-a em 5 2s, conforme figura abaixo. que a polia A execute 60 rpm, calcule a frequncia de rotao da polia B.
300 Vol. 1
Movimentos circulares e cinemtica vetorial
1,5 m
28 Um trem dotado de janelas laterais retangulares de dimenses 80 cm x
C
60 cm viaja ao longo de uma ferrovia retilnea e horizontal com velocidade
constante de 40 km/h. Ao mesmo tempo, cai uma chuva vertical (chuva
sem vento), de modo que as gotas apresentam, em relao ao solo,
a 30O
velocidade constante de intensidade v. Sabendo que o trajeto das gotas
v de chuva observado nas janelas laterais do trem tem a direo da diagonal
dessas janelas, determine:
(A) o valor de v;
(B) a intensidade da velocidade das gotas de chuva em relao a um
observador no trem.
Sabendo que| v | = 3,0m/s:
29 (AFA) Dois aeroportos, A e B, esto no mesmo meridiano, com B
600 km ao sul de A. Um avio P decola de A para B ao mesmo tempo
(A) calcule | a |;
que um avio Q, idntico a P, decola de B para A. Um vento de 30 km/h
(B) diga se no instante to o movimento acelerado ou retardado. Justifique
sopra na direo sul-norte. O avio Q chega ao aeroporto A 1 hora
sua resposta.
antes do avio P chegar ao aeroporto B. A velocidade dos dois avies
em relao ao ar (admitindo que sejam iguais) , aproximadamente, em
25 Um barco motorizado desce um rio deslocando-se de um porto A at
km/h:
um porto B, distante 36 km, em 0,90 h. Em seguida, esse mesmo barco
sobe o rio deslocando-se do porto B at o porto A em 1,2 h. Sendo vB a
(A) 690. (C) 190.
velocidade do barco em relao s guas e vC a velocidade das guas em
(B) 390. (D) 90.
relao margens, calcular vC e vB.
IME-ITA 301
Fsica I Assunto 3
EXERCCIOS NVEL 2 03 (AFA) Um operrio puxa a extremidade de um cabo que est enrolado
num cilindro. medida que o operrio puxa o cabo o cilindro vai rolando sem
escorregar. Quando a distncia entre o operrio e o cilindro for igual a 2 m (ver
01 (AFA) Uma pessoa, brincando em uma roda-gigante, ao passar pelo ponto
figura abaixo), o deslocamento do operrio em relao ao solo ser de:
mais alto, arremessa uma pequena bola (Figura 1), de forma que esta descreve,
em relao ao solo, a trajetria de um lanamento vertical para cima.
2m
EIXO EIXO
(A) 1 m. (C) 4 m.
(B) 2 m. (D) 6 m.
302 Vol. 1
Movimentos circulares e cinemtica vetorial
EXERCCIOS NVEL 3
01 De uma parte retilnea da margem ao mesmo tempo saram dois 06 (ITA) A figura representa a vista area de um trecho retilneo de ferrovia.
barcos, A e B, que se encontravam a uma distncia inicial d = 3 km um Duas locomotivas a vapor, A e B, deslocam-se em sentidos contrrios com
do outro. O barco A dirigiu-se por uma reta perpendicular margem. O velocidades constantes de 50,4 km/h e 72 km/h respectivamente. Uma vez
barco B tomou um caminho constantemente dirigido ao barco A. evidente que AC representa o rastro de fumaa do trem A, BC o rastro de fumaa
que aps um tempo muito grande o barco B navegar atrs do barco A a de B e que AC=BC, determine a velocidade do vento.
uma certa distncia. Determine qual essa distncia.
C
02 Na tela de um cinema v-se uma carruagem em movimento. O raio das
rodas dianteiras das carruagens r = 0,35m e o raio das rodas traseiras
A h = 160 m B
R = 1,5r. As rodas dianteiras tm N1 = 6 raios. A cmara cinematogrfica
roda a fita com uma velocidade de 24 quadros/s. Determinar a velocidade
mnima segundo a qual temos a impresso de que as rodas dianteiras esto
em repouso na tela. Qual o menor nmero de raios N2 que devero ter as 1360 m
rodas traseiras a fim de que as mesmas tambm paream estar em repouso?
07 Um rio tem 1 km de largura. A velocidade da correnteza v. Um
Extra: Para que valores da velocidade da carruagem do problema acima homem rema 1km rio acima e volta ao local da partida. Outro homem,
os espectadores tero a impresso de que os raios das rodas dianteira e tambm remando, vai e volta de uma margem outra, atingindo um ponto
traseira giram em sentidos opostos? diretamente oposto ao ponto de onde partiu. Sabendo que, remando, as
velocidades dos homens so constantes e iguais a 5 km/h, determine v
03 Um pequena formiga move-se sobre uma lata cilndrica atravs de sua para que a diferena entre os tempos gastos nos dois trajetos completos
superfcie lateral do pontos A pra o ponto B pelo caminho mais rpido e seja de 7,5 minutos.
com uma velocidade v constante em mdulo.
08 As coordenadas de um corpo so x = t2 e y = (t 1)2 (SI).
IME-ITA 303
Fsica I Assunto 3
13 Uma barra rgida est apoiada no canto de uma sala (vide figura ao 14 Determine a acelerao do corpo A, o qual desliza-se sem velocidade
lado). O extremo A desliza pela parede enquanto o extremo B desliza pelo inicial pela rosca de um parafuso com passo h e raio R, no final da ensima
solo. Encontre a velocidade do ponto C (centro da barra) em funo do volta (figura). Despreza-se o atrito.
ngulo , se a velocidade do ponto B for constante e igual a v. Despreze
todas as foras de atrito. R
A A
h
v
2 t 2 t
x = 3 cos e y = 4 sen 3 .
3
RASCUNHO
304 Vol. 1
Lanamento oblquo A ssunto
4
Fsica I
h=
gt 2
vy = gt v y = 2 gh
3. Lanamento oblquo
2 Consideremos uma partcula lanada de um ponto O, sobre a superfcie
da Terra, com velocidade v 0 cuja direo no nem horizontal nem
Eixo horizontal (eixo x)
vertical. Desprezando os efeitos do ar, temos que, para um referencial
A = vx t inercial, a trajetria da partcula ser uma parbola (isso ser provado
mais adiante).
Exemplo: Um avio de bombardeio voa a uma altitude de 320 m com uma
trajetria
velocidade de 70 m/s e surpreende uma lancha torpedeira viajando a 20 m/s
y g do corpo
na mesma direo e sentido do avio. A que distncia horizontal atrs da
lancha o avio deve lanar a bomba para atingi-la? Adote g = 10m/s2.
Soluo:
A bomba executar um lanamento horizontal, visto que sair do avio
mantendo a mesma velocidade horizontal. Neste caso, sua vertical uma v0
queda livre: x
gt 2 10 t 2
h= 320 = t = 8s
2 2
Repare que, durante a sua trajetria, a par tcula executa dois
movimentos: um horizontal e outro vertical. O princpio da independncia
de Galileu diz que esses movimentos podem ser estudados separadamente.
IME-ITA 305
Fsica I Assunto 4
306 Vol. 1
Lanamento oblquo
Soluo: Dica: uma outra forma de resolver o problema anterior (e, muitas vezes,
(A) v = v0 + a t 0 = 5 sen30 10 t 10 t = 2,5 t = 0,25 s mais rpida) usar o par de eixos coincidindo com o plano inclinado. Nesse
caso, a gravidade no coincidiria com um eixo e, por esse motivo, precisaria
(B) No primeiro lanamento, a bola atinge a altura mxima de: ser decomposta. Da, teramos MUV nos dois eixos. Podemos resolver um
y = y0 + v0 t + a t2/2 problema de MUV nos dois eixos da forma explicitada abaixo. Basicamente,
y = 2 + 5 sen30 0,25 5 (0,25)2 a mudana a seguinte: em vez de usar equaes de MU na horizontal,
y = 2 + 0,625 0,3125 = 2,3125 m. devemos usar equaes de MUV. Todo o raciocnio permanece igual.
Esta altura no suficiente para atingir a altura da cesta. Exemplo: Uma partcula lanada obliquamente em um local onde, alm
(C) A condio para acertar a cesta a de que para x = 4 m y = 3 m. da acelerao da gravidade (10 m/s2), existe uma acelerao horizontal
Pelo movimento na direo horizontal x = x0 + v t 4 = 0 + v cujo mdulo vale 4 m/s2. Considerando que a velocidade inicial da partcula
cos30 t 4 = 0,86 v t v t = 4,651 em que v a velocidade v 0 = 2i + 30j , determine o tempo de voo dessa partcula e o alcance
de lanamento da bola que acerta a cesta, e t o tempo necessrio horizontal obtido.
para acertar a cesta. Pelo movimento na direo vertical da bola
g ax
y = y0 + v0 t + a t2/2 3 = 2 + v sen30 t 5 t2
1 = 0,5 v t 5 t2. Ento 1 = 0,5 4,651 5 t2 5 t2 =
1,3255 t2 = 0,2651 t = 0,515 s. Assim v t = 4,651 v0
v 0,515 = 4,651 v = 4,651/0,515 = 9,03 m/s.
IME-ITA 307
Fsica I Assunto 4
EXERCCIOS RESOLVIDOS
01 Uma bola chutada da superfcie de um terreno plano segundo um tg j0 = V0Y/V0X = V0 sen j0/V0 cos j0 = sen j0/cos j0 = senq/cosq.
ngulo j0 acima da horizontal.
tg/tgj0 = (sen/2 cos)/(sen/cos) = 1/2.
v0 Bola 2
j0 3
qq hMAX Posio horizontal x = 50. .t = 25.t. 3 = 75 3 m
x 2
A/2
1 2 2
Posio vertical y = 50 t 5 t = 25t 5t =75 45 = 30 m
A 2
No instante em que a bola 1 atinge a altura mxima, a bola 2 est na
tg = hMX/(A/2) = [(V02 sen2/2g)/(V02 2 sen cos/2g) = posio (75 3 ;30) m
sen/2 cos.
v0 sen j0
v0 d = ( x 2 + y 2 ) = ( 75 2
)
3 + 152 = ( 5625 3 + 225 ) =
(v0 )
y j0 (16875 + 225 ) = (17100 ) m
x
v0 cos j0
(v0 )
x
EXERCCIOS NVEL 1
01 Uma pedra jogada para cima em uma direo que forma um ngulo 02 Um corpo lanado obliquamente com velocidade de mdulo 50 m/s,
de 30 com a horizontal no campo gravitacional terrestre, considerado sob um ngulo de lanamento (sen = 0,6, cos = 0,8), conforme indica
uniforme. Ignorando-se o atrito com o ar, no ponto mais alto alcanado a figura. Calcule, considerando g = 10 m/s2 e desprezando influncias do ar:
pela pedra:
y v
(A) o mdulo de sua acelerao zero. v0
(B) o mdulo de sua velocidade zero.
(C) o mdulo de sua acelerao atinge um mnimo, mas no zero. hmx
(D) o mdulo de sua velocidade atinge um mnimo, mas no zero.
(E) o mdulo de seu vetor posio, em relao ao ponto de lanamento,
mximo. 0 A x
308 Vol. 1
Lanamento oblquo
(A) a velocidade do corpo ao passar pelo vrtice do arco de parbola; (C) a bala que foi disparada com maior velocidade atinge o solo em um
(B) o tempo de subida; tempo maior.
(C) a altura mxima (hmx); (D) nada se pode dizer a respeito do tempo de queda, porque no se sabe
(D) o alcance horizontal (A). qual das armas mais possante.
03 Um gato de 1 quilograma d um pulo, atingindo uma altura de 1,25 08 (AFA) Durante um jogo de basquetebol, um jogador arremessa a bola
m e caindo a uma distncia de 1,5 m do local do pulo. com velocidade inicial de 10 m/s formando um ngulo de 30 acima da
horizontal. Sabendo que a altura do cesto 3,05 m e que o lanamento foi
(A) Calcule a componente vertical de sua velocidade inicial. feito de uma altura de 2 m, a distncia horizontal, em metros, do jogador
(B) Calcule a velocidade horizontal do gato. ao cesto, para que ele consiga fazer os pontos sem o auxlio da tabela,
(C) Qual a fora que atua no gato no ponto mais alto do pulo? dever ser aproximadamente:
(g = 10 m/s2)
(A) 2,02. (C) 6,09.
04 O canho da figura dispara um projtil com velocidade inicial de mdulo (B) 4,00. (D) 7,05.
igual a v0, atingindo um alvo estacionrio situado em P:
09 (AFA) Dois projteis A e B so lanados obliquamente em relao
P horizontal. Sabendo que ambos permanecem no ar durante o mesmo
intervalo de tempo e que o alcance de B maior que o alcance de A,
afirma-se:
05 A figura a seguir mostra a fotografia estroboscpica de uma bolinha 10 (AFA) Um audacioso motociclista deseja saltar de uma rampa de 4 m
lanada horizontalmente, nas proximidades da Terra. de altura e inclinao 30 e passar sobre um muro (altura igual a 34 m) que
est localizado a 50 3 m do final da rampa. Para conseguir o desejado,
a velocidade mnima 2da moto no final da rampa dever ser igual a:
a
c d
Sendo a = 1 m e c = 4 m, calcule b e d.
50 3
4m
06 Dois projteis A e B so lanados obliquamente, descrevendo as 30
trajetrias parablicas representadas na figura:
obs.: o desenho est fora de escala.
IME-ITA 309
Fsica I Assunto 4
y
anteparo
M
(A) 80 m. (C) 40 m.
(B) 60 m. (D) 15 m. v0
h
02 (AFA) Um projtil disparado com velocidade de 250 m/s em uma 60
direo que faz um ngulo com a horizontal. Aps um intervalo de x
tempo, o projtil choca-se com um obstculo a 5.250 m do ponto de 20m
disparo. Desprezando-se a resistncia do ar e considerando-se g = 10
m/s2, sen = 0,7, a velocidade do projtil, em
m/s, no instante do choque : (A) 7,0. (D) 19.
(B) 11. (E) 23.
(A) 125. (C) 215. (C) 14.
(B) 175. (D) 250.
07 Uma par tcula, de massa m = 40,0 gramas e carga eltrica
03 (AFA) Duas esteiras mantm movimentos uniformes e sincronizados de q = 8,0 mC, encontra-se inicialmente fixa na origem do sistema coordenado
forma que bolinhas sucessivamente abandonadas em uma delas atingem XOY (veja figura abaixo). Na regio, existe um campo eltrico uniforme
ordenadamente recipientes conduzidos pela outra. Cada bolinha atinge o E = 100.i(N / C). A partcula soltae passa a se mover na presena dos
recipiente no instante em que a seguinte abandonada. Sabe-se que a campos eltrico e gravitacional g = 10, 0j(m / s ) . No instante em que
2
310 Vol. 1
Lanamento oblquo
(m, +q) 11 (IME) Um mssil, viajando paralelamente superfcie da Terra com uma
x
velocidade de 180 m/s, passa sobre um canho altura de 4800 m no
o exato momento em que seu combustvel acaba. Neste instante, o canho
dispara a 450 e atinge o mssil. O canho est no topo de uma colina de
300 m de altura.
y 45
4800 m
H, com velocidade v . Desprezando influncias do ar no movimento da 1.4
bomba, determine o ngulo no momento da largada da bomba para que 1.2
ela atinja o alvo. (Dado: g = acelerao da gravidade.)
1
v 0.8
Trajetria parablica 0.6
0.4
0.2
H
0
Linha de visada 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1
Alvo Tempo (s)
Solo
IME-ITA 311
Fsica I Assunto 4
(A) a altura mxima atingida pelo centro de gravidade de Daiane; 03 (Saraeva) Em um rio, a uma distncia L = 90 m da origem est
(B) a velocidade mdia horizontal do salto, sabendo-se que a distncia ancorada uma balsa. A velocidade da corrente do rio junto origem
percorrida nessa direo de 1,3 m; uo=0 e essa velocidade cresce proporcionalmente distncia da origem
(C) a velocidade vertical de sada do solo. at que junto balsa vale uL= 2 m/s. Uma canoa se dirige da origem at a
balsa com velocidade em relao gua de v = 2 m/s. Como o motorista
14 (ITA) Durante as Olimpadas de 1968, na cidade do Mxico, Bob deve orientar a canoa para que esta chegue exatamente onde est a balsa,
Beamow bateu o recorde de salto em distncia, cobrindo 8,9 m de sabendo que a origem e a balsa esto na mesma linha perpendicular
extenso. Suponha que, durante o salto, o centro de gravidade do atleta correnteza? Qual tempo T levar a canoa para percorrer esse trajeto?
teve sua altura variando de 1,0 m no incio, chegando ao mximo de 2,0
m e terminando a 0,20 m no fim do salto. Desprezando o atrito com o ar, 04 De um ponto qualquer so lanados simultaneamente dois corpos
qual a componente horizontal da velocidade inicial do salto? formando ngulos distintos e com a horizontal , para lados opostos
e com a mesma velocidade inicial vo. Qual a velocidade de movimento
15 Um garoto est 4 m frente de uma parede vertical e lana uma bola. dos corpos um relativamente ao outro?
A bola deixa a mo do garoto a uma altura de 2 m do solo com velocidade
^
inicial v = 10 + 10 j m/s. Quando a bola bate na parede, a componente 05 Qual o mximo ngulo com a horizontal segundo o qual uma pedra
horizontal do vetor velocidade troca de sentido e a vertical permanece pode ser lanada de forma a estar sempre se afastando de quem a lanou?
inalterada. Onde a bola atinge o solo?
06 Um canho est situado sobre um pequeno muro de altura desprezvel
16 Calcule o raio de curvatura da trajetria de um projtil que foi lanado na costa de um pas. O canho est inclinado de modo a formar um ngulo
com velocidade inicial Vo formando um ngulo com a horizontal nos com a horizontal. Seu objetivo destruir um navio que se move ao longo
seguintes casos: de uma linha distando D do canho. O projtil sai do canho com velocidade
Vo e a velocidade do navio vnavio. O projtil disparado no exato instante
(A) no ponto mais alto da trajetria; em que o navio passa pela linha do muro.
(B) no instante de lanamento;
(C) em um instante genrico t aps o lanamento.
EXERCCIOS NVEL 3
01 Um esguicho expele um jato de gua de espessura desprezvel com
uma velocidade inicial vo=10 m/s da extremidade da entrada de um cano 08 Mostre que um projtil lanado do cho com velocidade inicial v0 pode
horizontal de dimetro interno d = 1 m. Determine a mxima distncia atingir um ponto situado distncia x e altura y para dois ngulos de
que o jato pode alcanar no interior do cano. elevao diferentes, contanto que o ponto (x,y) esteja abaixo da parbola
02 Um canho lana um projtil por cima de uma montanha de altura h, 1 x2
de segurana y = . A , em que A o alcance mximo.
de forma a passar quase tangenciando o cume C no ponto mais alto de 2 A
sua trajetria. A distncia horizontal entre o cume e o canho R. Atrs 09 Um canho de uma fortaleza dispara ao mar projteis com velocidade
da montanha h uma depresso de profundidade d. Determine a distncia de 4 m/s de uma altura de 1 m acima do nvel do mar. Um navio pirata
horizontal entre o ponto de lanamento O e o ponto P onde o projtil atinge aproxima-se da costa a fim de invadir a fortaleza. Qual a menor velocidade
o solo em funo de R, d e h. inicial v0 com que o navio pirata deve lanar seus projteis a fim de destruir
o canho da fortaleza sem ser alvejado?
312 Vol. 1
Termometria A ssunto
1
Fsica II
A termometria a parte da termologia que se preocupa em medir a O dispositivo muda sua resistncia com a alterao da temperatura.
temperatura de corpos e sistemas, segundo escalas termomtricas, as Um computador ou outro circuito mede a resistncia e a converte em
quais sero apresentadas neste captulo. temperatura, tanto para exibi-la quanto para decidir se liga ou desliga alguma
coisa (este assunto ser mais profundamente estudado em Resistores).
1. Noes Iniciais 3.1.3 Termmetro de lmina bimetlica
(A) Temperatura: uma grandeza fsica que mede o estado de agitao
das partculas de um corpo, caracterizando seu estado trmico. Vrias
propriedades de um corpo variam com a temperatura.
(B) Calor: uma modalidade de energia transmitida de um corpo para
outro, quando existe entre eles uma diferena de temperatura. Em
outras palavras, calor energia em trnsito.
(C) Equilbrio trmico: Em um contato entre dois corpos a diferentes
temperaturas, o corpo a uma temperatura maior fornece calor ao corpo
de menor temperatura, em um fenmeno que se prossegue at que,
em um certo instante, as duas temperaturas se tornam iguais. Nesse
instante, as duas temperaturas se tornam iguais. Nesse instante, diz-se
que cessou a transferncia de calor e que os dois corpos se encontram
em equilbrio trmico.
Composto por duas lminas metlicas unidas rigidamente que, ao
2. Lei Zero da Termodinmica serem aquecidas ou esfriadas, dilatam-se, e devido aos materiais serem
de diferentes coeficientes de dilatao, gira informando a temperatura do
Quando dois corpos esto, separadamente, em equilbrio com um
corpo (este assunto ser mais profundamente estudado em Dilataes).
terceiro, ento esto em equilbrio entre si. Ou seja, o equilbrio trmico
caracterizado pelas mesmas condies de temperatura. 3.1.4 Termmetros Meteorolgicos
3. Medida da Temperatura
3.1 Termmetros
Instrumento de medio de temperatura.
3.1.1 Termmetro de mercrio
IME-ITA 313
Fsica II Assunto 1
X Y
1 Ponto X1 Y1
Emite radiao trmica e relaciona-a com a temperatura para efetuar
a medio de temperatura do corpo. Utilizado para medir a temperatura
do fogo (plasma).
Escala X Escala Y
3.1.7 Termmetros de gs
Para realizarmos uma correspondncia entre escalas, basta realizar
uma interpolao linear entre as temperaturas em diferentes escalas, ou
seja, as razes entre segmentos equivalentes nas duas escalas igual, de
maneira que:
X X1 Y Y1
=
X2 X1 Y2 Y1
C F K
314 Vol. 1
Termometria
EXERCCIOS RESOLVIDOS
tc
Soluo: Letra D.
Utilizaremos a equao termomtrica das escalas Celsius e Fahenheit: 34
C F 32 9C
= F = + 32
5 9 5
0 80
Do enunciado temos: td td (D)
|C| = |F|
Fazendo a proporo dos lados homlogos temos:
9C
C= + 32 t c 34 t d
5 =
78 34 80
9C Para o ponto de ebulio da gua tc = 100oC
C = 5 + 32 5C = 9C + 160 C = 40 100 34 t d
= t d = 120
C = 9C + 32 5C = 9C + 160 C = 11,, 4 78 34 80
5
03 Ao nvel do mar, mediante os termmetros, um graduado da escala
02 Um cientista criou uma escala termomtrica D que adota como pontos Celsius e outro, na escala Fahrenheit, determinamos a temperatura de certa
fixos o ponto de ebulio do lcool (78C) e o ponto de ebulio do ter massa de gua lquida. A diferena entre as leituras dos dois termmetros
100. Qual a temperatura dessa massa de gua na escala Kelvin?
(34C). O grfico a seguir relaciona esta escala D com a escala Celsius.
tc (C)
Soluo:
Utilizaremos a equao termomtrica das escalas Celsius e Fahrenheit.
C F 32 9C
78 = F = + 32
5 9 5
Como a gua est lquida, a temperatura em Fahrenheit ser maior que
34
a Celsius, logo, do enunciado temos que: F C = 100
9C
Substituindo temos: + 32 C = 100 C = 85
0 80 td (D) 5
A temperatura de ebulio da gua vale, em D: Da relao entre Celsius e Kelvin temos:
K = C + 273
(A) 44. (D) 120. K = 358 K
(B) 86. (E) 160.
(C) 112.
IME-ITA 315
Fsica II Assunto 1
EXERCCIOS NVEL 1
01 (AFA) Um termmetro mal graduado assinala, nos pontos fixos usuais, Calcule:
respectivamente, 1C e 101C. A temperatura na qual o termmetro no
precisa de correo : (A) o comprimento da coluna de mercrio, quando a temperatura = 25 C;
(B) a temperatura do ambiente, quando l = 8,84 cm.
(A) 49.
(B) 50. 06 O grfico a seguir indica a temperatura t e a altura h da coluna de
(C) 51. mercrio registradas em um termmetro:
(D) 52.
t (C)
02 (ITA) Um pesquisador achou conveniente construir uma escala 80
termomtrica (escala P) com base nas temperaturas de fuso e ebulio do
lcool etlico, tomadas como pontos zero e cem da sua escala. Acontece que
na escala Celsius aqueles dois pontos externos da escala do pesquisador tm
valores 118C e 78C. Ao usar o seu termmetro para medir a temperatura
de uma pessoa com febre, o pesquisador encontrou 80 graus P. Calcule a
temperatura da pessoa doente em graus Celsius (C).
05 Pode-se medir a temperatura com um termmetro de mercrio. Neste, 08 (UFMS) Atravs de experimentos, bilogos observaram que a taxa
a grandeza termomtrica o cumprimento l de uma coluna capilar, medida de canto de grilos de uma determinada espcie estava relacionada com
a partir de uma origem comum. Verifica-se que l = 2,34 cm quando o a temperatura ambiente de uma maneira que poderia ser considerada
termmetro est em equilbrio trmico com o gelo em fuso, e l=12,34 cm linear. Experincias mostraram que, a uma temperatura de 21 C, os grilos
quando o equilbrio trmico com a gua em ebulio (em um ambiente cantavam, em mdia, 120 vezes por minuto; e, a uma temperatura de 26 C,
em que a presso atmosfrica de 1 atm). os grilos cantavam, em mdia, 180 vezes por minuto. Considerando T a
temperatura em graus Celsius e n o nmero de vezes que os grilos cantavam
por minuto, podemos representar a relao entre T e n pelo grfico abaixo.
316 Vol. 1
Termometria
Supondo que os grilos estivessem cantando, em mdia, 156 vezes por (A) o equilbrio trmico s possvel quando h contato direto entre dois
minuto, de acordo com o modelo sugerido nesta questo, estima-se que corpos e porque demanda sempre algum tempo para que a troca de
a temperatura deveria ser igual a: calor entre o corpo humano e o termmetro se efetive.
(B) preciso reduzir a interferncia da pele, rgo que regula a temperatura
(A) 21,5C . (D) 24C . interna do corpo, e porque demanda sempre algum tempo para que
(B) 22C . (E) 25,5C . a troca de calor entre o corpo humano e o termmetro se efetive.
(C) 23C . (C) o equilbrio trmico s possvel quando h contato direto entre dois
corpos e porque preciso evitar a interferncia do calor especfico
09 (UFF) Um turista brasileiro, ao desembarcar no aeroporto de Chicago, mdio do corpo humano.
observou que o valor da temperatura l indicado, em F, era um quinto do (D) preciso reduzir a interferncia da pele, rgo que regula a temperatura
valor correspondente em C. interna do corpo, e porque o calor especfico mdio do corpo humano
O valor observado foi: muito menor que o do mercrio e do vidro.
(E) o equilbrio trmico s possvel quando h contato direto entre dois
(A) 2 F (D) 0 F corpos e porque preciso reduzir a interferncia da pele, rgo que
(B) 2 F (E) 4 F regula a temperatura interna do corpo.
(C) 4 F
11 (ITA SP) Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina
10 (UNIFESP) Quando se mede a temperatura do corpo humano com criou sua prpria escala linear de temperatura. Nessa nova escala, os
um termmetro clnico de mercrio em vidro, procura-se colocar o bulbo valores de 0 (zero) a 10 (dez) correspondem respectivamente a 37C
do termmetro em contato direto com regies mais prximas do interior e 40C. A temperatura de mesmo valor numrico em ambas escalas
do corpo e manter o termmetro assim durante algum tempo, antes de aproximadamente
fazer a leitura.
(A) 52,9 C (D) 8,5 C
Esses dois procedimentos so necessrios porque: (B) 28,5 C (E) 28,5 C
(C) 74,3 C
EXERCCIOS NVEL 2
01 (ESPCEX) Um cientista dispe de um termmetro de mercrio com
a escala totalmente ilegvel. Desejando medir a temperatura de uma
substncia X com o termmetro, ele adotou o seguinte procedimento: sob
a condio de presso normal (1 atm), mergulhou o termmetro na gua
em ebulio e observou que a coluna de mercrio atingiu o comprimento
de 10 cm; posteriormente, colocando o termmetro em gelo fundente, o
comprimento da coluna de mercrio passou a ser de 2 cm. Aps esse
procedimento, ele colocou o termmetro em contato com a substncia X
e encontrou o comprimento de 5,2 cm para a coluna de mercrio. Com
base nessas informaes, a temperatura da substncia X medida pelo
cientista, em graus Celsius, de: (A) 100. (D) 170.
(B) 120. (E) 200.
(A) 65C. (C) 150.
(B) 52C.
(C) 48C. 05 Uma escala termomtrica X foi definida tomando-se o ponto de ebulio
(D) 40C. de uma substncia, cuja temperatura de 127C, como 100X, e o zero
(E) 32C. absoluto como 100X. A temperatura de 20X corresponder, na escala
Kelvin, a que valor?
02 (UFPA) Em um certo instante, a temperatura de um corpo, medida na
escala Kelvin, foi de 300 K. Aps decorrido um certo tempo, mediu-se a 06 A figura mostra trs termmetros cujas escalas se relacionam de
temperatura desse mesmo corpo, e o termmetro indicou 68F. Qual foi acordo com a ilustrao abaixo. Colocando-os em um mesmo meio, se
a variao de temperatura sofrida pelo corpo, medida na escala Celsius? o termmetro A indicar 60A, qual ser a razo entre as correspondentes
indicaes em B e C?
03 Dois termmetros de mercrio, um graduado na escala Celsius e A B C
o outro na Fahrenheit, so mergulhados em um mesmo lquido. Aps
o equilbrio trmico, nota-se que os valores numricos indicados, se
80 100 212
somados, so superados em 60 unidades pelo somatrio das indicaes
nos pontos do gelo e do vapor dessas escalas (Celsius e Fahrenheit).
Quanto marca cada termmetro?
IME-ITA 317
Fsica II Assunto 1
07 Dois termmetros, o primeiro graduado na escala Celsius e o segundo 09 (UEL) O grfico indicado a seguir representa a relao entre a
em uma nova escala recentemente criada e ainda sem nome, foram usados temperatura mdia em uma escala X e a mesma temperatura medida na
para se medir as temperaturas dos lquidos contidos em dois recipientes. escala Celsius.
Ao serem utilizados, o termmetro graduado na nova escala registrou um
valor duas vezes maior que o termmetro graduado na escala Celsius no t(X)
primeiro recipiente, e trs vezes no segundo recipiente (mais quente).
Se as diferenas de temperatura observadas nos dois lquidos foram de
50 graus na escala Celsius e de 200 graus na nova escala, a temperatura 25
do ponto de gelo nesta nova escala de: 20
15
(A) 100N. (D) 50 N. 10
(B) 50N. (E) 100N. 5 t(C)
(C) 0N. 0
10 20 30
5
08 Gradua-se um termmetro, tomando-se para pontos fixos o de ebulio 10
do lcool, suposto 80C, e o de ebulio da gua. No ponto de ebulio do
lcool marca-se 0 grau e no da gua marca-se 100 graus. A temperatura
na escala Celsius que corresponde a 70 dessa nova escala :
Para a variao de 1,0C, que intervalo vamos observar na escala X ?
(A) 70. (C) 50.
(B) 94. (D) 100.
EXERCCIOS NVEL 3
01 Um termmetro de gs consiste em dois bulbos, cada um colocado 03 Termistor um equipamento semicondutor com uma resistncia
em um recipiente com gua. A diferena de presso entre os dois bulbos eltrica dependente da temperatura, comumente usado em termmetros
medida por um manmetro de mercrio, como mostra a figura. O clnicos e para detectar superaquecimentos em equipamentos
volume de gs nos dois bulbos mantido constante, usando reservatrios eletrnicos. Em uma faixa limitada de temperatura, a resistncia na
apropriados, que no aparecem na figura. Quando os dois recipientes esto temperatura T dada por R(T) = Ra exp[B(1/T 1/Ta)], em que R a
temperatura do ponto triplo da gua, a diferena de presso indicada pelo a resistncia na temperatura Ta e B uma constante que depende
manmetro zero. Quando um dos recipientes est na temperatura do ponto do semicondutor especfico usado. Para um tipo de termistor,
triplo (Ttriplo) e o outro na do ponto de ebulio da gua, o manmetro indica B = 4689 K e a resistncia a 273 K de 104 ohms. Que temperatura
120 mm de Hg. Finalmente, o manmetro indica 90,0 mm de Hg, quando estar o termistor medindo quando sua resistncia for de 100 ohms?
um dos recipientes est temperatura do ponto triplo e o outro est a uma Dado: log(e) = 0,43.
temperatura desconhecida. Qual a temperatura absoluta desconhecida?
(Obs.: A notao exp(a) significa ea, em que e a base natural (nmero
de Euler) e a um expoente qualquer.
318 Vol. 1
Dilatao A ssunto
2
Fsica II
d
L = LO a T
em que:
L variao do comprimento (L = L Lo)
Lo comprimento inicial
L comprimento final (L = Lo + L) Fe = 13.106 C1
repulso atrao
a coeficiente de dilatao linear Cu = 16.106 C1
T variao de temperatura (T = T To) = 6 1
A dilatao trmica o fenmeno que um corpo apresenta ao variar vidro 8.10 C
suas dimenses geomtricas quando sua temperatura se modifica, sendo, Podemos tambm obter uma expresso para o comprimento final L:
inclusive, esse o fenmeno usado para a construo de termmetros de L = L Lo = LO a T
coluna lquida. L = Lo + LO a T
Dependendo da quantidade de dimenses variantes, classificamos a
dilatao trmica em linear, superficial ou volumtrica.
L = Lo (1+ a T)
(A) Dilatao linear: apenas uma dimenso varia. Por exemplo: uma
barra de ferro cujo comprimento aumenta quando aquecida.
(B) Dilatao superficial: apenas duas dimenses variam. Lembrando 3. Dilatao superficial
que duas dimenses podem representar uma rea, pode-se dizer que a
dilatao superficial provoca uma variao de uma rea. Por exemplo:
uma chapa de ao que tem sua rea aumentada quando aquecida.
(C) Dilatao volumtrica: as trs dimenses do corpo variam.
Lembrando que trs dimenses podem representar um volume,
pode-se dizer que a dilatao volumtrica provoca uma variao de
um volume. Por exemplo: um bloco de cobre que tem seu volume
aumentado quando aquecido.
Obs.:
A rigor, toda dilatao tem carter volumtrico. No entanto, h casos
em que alguma dimenso to maior que outra que a dilatao da
segunda desprezvel face da primeira, caracterizando, assim, a
dilatao linear (apenas uma dilatao considervel) e a superficial A = AO b T
(apenas duas so considerveis).
O oposto dilatao trmica a contrao trmica. Quando um corpo
sofre um decrscimo de temperatura, suas dimenses se contraem. em que:
A variao da rea (A = A Ao)
Ao rea inicial
bFe = 26.106 C1
A rea final (A = Ao + A)
b coeficiente de dilatao superficial bCu = 32.106 C1
bvidro =16.106 C1
IME-ITA 319
Fsica II Assunto 2
b
4. Dilatao volumtrica
aO
a
, e b
= =
Seja uma placa de dimenses ao e bo. 1 2 3
ao
6. Comportamento dos espaos
bo
vazios
Verifica-se experimentalmente que os furos de chapas ou buracos em
slidos, como, por exemplo, o espao de dentro de um copo, comportam-
se como se este espao fosse feito do prprio material. Ou seja, ao se
Sua rea inicial Ao = aobo. (i) aplicar a dilatao volumtrica em uma chapa com um furo, este furo ir
Ao sofrer uma variao de temperatura T as dimenses ficam a e b aumentar de tamanho como se fosse feito do material da chapa.
320 Vol. 1
Dilatao
No caso de um copo, por exemplo, utiliza-se seu volume interno (parte 9. Comportamento anmalo da gua
vazia) como parmetro para dilatao, visto que este muito maior que
o volume de vidro.
densidade
7. Dilatao de lquidos
Nos lquidos, como foi dito anteriormente, aplicamos, em geral,
gua
a dilatao volumtrica. Porm, como os lquidos esto sempre
acondicionados em recipientes, e, estes tambm dilatam, deve-se ficar
atento para no se esquecer de considerar a sua dilatao quando
pertinente.
Um caso bastante comum quando temos um recipiente completamente
outras
cheio de um lquido, cujo coeficiente maior que o do recipiente. Nesse substncias
caso, ocorrer um derramamento do lquido.
Experimentalmente, surge da um novo coeficiente de dilatao
volumtrico, o APARENTE. temperatura
Esse coeficiente representa apenas a poro de lquido que derrama
e est relacionado com os dois coeficientes do experimento (do lquido
e do recipiente). 0 1 2 3 4 5
No exemplo abaixo, podemos desenvolver essas relaes.
Conforme vimos anteriormente, um aumento na temperatura causa,
Um recipiente de volume Vo, uma temperatura qo, aquecido at
nas substncias, uma diminuio da sua densidade. Porm, a gua tem
uma temperatura q. Verifica-se um derramamento do lquido (volume
comportamento diferente na faixa de temperatura que vai de 0C at 4C.
extravasado).
Verifique no grfico anterior.
Este fenmeno ocorre devido quebra das chamadas pontes de
volume
extravasado hidrognio. Esse tipo de dilatao anormal explica por que um lago
congela apenas na superfcie, e, como o gelo um isolante trmico, a
vida animal e vegetal preservada.
Aquecimento
0 10. Simplificaes teis
Como da ordem de 10-5 C-1 e T geralmente da ordem de 102 C,
Esse volume extravasado chamamos de DVaparente e pode ser calculado possvel fazermos simplificaes no clculo de equaes de dilatao
pela diferena entre a dilatao do lquido e do recipiente: que so compatveis com os erros cometidos nas medidas do coeficiente.
DVaparente =DVlquido DVrecipiente
Aplicando as frmulas de variao de volume, temos: Portanto, temos:
Vo. gaparente Dq = Vo glquido Dq Vo grecipiente Dq (A) (1 + T).(1 + T) = 1 + 2T
Dividindo a expresso acima por Vo Dq, temos: (B) (1 + T)n = 1 + nT
gaparente= glquido grecipiente (C) (1 + T)/(1 + T) = 1 + T T
Ateno: A expresso acima s vlida quando os volumes iniciais Exemplo: em um problema qualquer, recai-se na seguinte conta:
so iguais. (1 + 0,000020 150)/1,000020 50
8. Variao da massa especfica de O melhor a fazer nesse caso usar a 3a simplificao, pois:
1 + 0,000020 (150 50) = 1,0020
uma substncia
m Se fizssemos pelo mtodo normal:
massa especfica ou densidade absoluta: =
v 1,0030/1,0010 = 1,001998
Seja um corpo feito de uma substncia cuja massa especfica o.
Isto significa que se este corpo tem um volume inicial Vo sua massa m Perceba que a simplificao que fizemos conduz a um resultado
ser dada por: compatvel com erros e algarismos significativos.
m = oVo
Aps uma variao de temperatura T, seu volume ser 11. Lminas bimetlicas
V = Vo(1 + T) Ao unirmos duas lminas feitas de materiais de coeficientes de
Como a massa no varia, dilatao diferentes, teremos algo como mostra o esquema abaixo:
oVo = V = Vo(1 + T)
A nova massa especfica desta substncia ser
o
=
1 + DT
IME-ITA 321
Fsica II Assunto 2
Ao aquecermos esse sistema, teremos que uma das lminas se raio maior.
dilatar mais do que a outra. Isto porque se analisarmos a equao da A lmina que se dilata menos ter L menor; consequentemente, ter
dilatao linear um raio menor.
EXERCCIOS RESOLVIDOS
Soluo:
01 Uma esfera macia de raio 3 m (113 m3) feita de ferro foi colocada Como o dimetro do eixo era maior que o furo do anel, para encaixar o
em um forno inicialmente a 20C. Aquece-se o forno at uma temperatura eixo no furo do anel, podemos basicamente:
de 220C. diminuir o dimetro do eixo resfriando-o;
aumentar o dimetro do furo do anel aquecendo-o;
Determine: Alm da figura, uma informao importante que o coeficiente do lato
o novo raio da esfera; maior que o do ao. Neste caso, o dimetro do furo do anel aumenta
o novo volume da esfera. mais que o do eixo quando aquecido, assim como, diminui mais quando
resfriado. Podemos, assim, aquecer os dois juntos. O dimetro do furo
Dado: aFe = 13 10 6 oC 1 do anel ultrapassar o do eixo.
Logo, a nica opo que no permite o encaixe seria resfriar os dois juntos,
Soluo: pois, o dimetro do furo do anel, continuaria a ficar menor que o do eixo.
Para o clculo do novo raio aplicamos a expresso da dilatao linear:
L = LO T. 05 Em um relgio, o pndulo uma barra metlica, projetada para
Na qual L ser aqui representado pelo raio, assim: que seu perodo seja igual a 1s. Verifica-se que, no inverno, quando
R = RO T = 3.13.10-6.200 = 0,0078 m. a temperatura mdia de 10C, o relgio adianta, em mdia 55s por
Logo, R = 3 + 0,0078 = 3,0078 m. semana; no vero, quando a temperatura mdia 30C, o relgio atrasa,
Poderamos tambm aplicar a expresso do comprimento (raio) final: em mdia 1 minuto por semana.
R = Ro (1+ T) = 3(1+13.10-6.200) = 3,0078 m
Podemos realizar o clculo do novo volume de duas formas. A primeira (A) Calcule o coeficiente de dilatao linear do metal do pndulo.
(no recomendada) seria aplicar frmula do volume de uma esfera (B) A que temperatura o relgio funcionar com preciso?
4 3.
V= R
3 Soluo:
Precisaremos da expresso do perodo de um pndulo:
4
V= 3,00783 113,9 m3
3 L
T = 2
g
A segunda (mais recomendada) seria usando o conhecimento de que
o coeficiente de dilatao volumtrico , aproximadamente, o triplo do Onde vemos a relao entre T e L.
linear ( = 3). Vale ressaltar que:
V = 113(1+ 3 13 10-6 200) = 113,8 m3 O relgio adianta quando T diminui (logo L diminui por resfriamento).
O relgio atrasa quando T aumenta (logo L aumenta por aquecimento).
Assinale a alternativa que apresenta um procedimento que no permite
esse encaixe. Uma dica para esses tipos de problema multiplicar a variao relativa
do perodo pelo intervalo de tempo em que foi feita a medio. Assim,
(A) Resfriar apenas o eixo. (C) Resfriar o eixo e o anel. temos que o atraso ou o adianto do relgio ser dado por:
(B) Aquecer apenas o anel. (D) Aquecer o eixo e o anel.
L L
2 2 o
temperatura ambiente, o dimetro do eixo maior que o do orifcio do anel. T g g L
.t = .t = 1 t
Sabe-se que o coeficiente de dilatao trmica do lato maior que o do ao. To L L
2 o o
Diante disso, so sugeridos a Jpo alguns procedimentos, descritos nas g
alternativas a seguir, para encaixar o eixo no anel.
= ( )
1 + T 1 t
322 Vol. 1
Dilatao
EXERCCIOS NVEL 1
01 (UFU) O grfico a seguir representa o comprimento L, em funo da 02 (UEL) Uma barra metlica, inicialmente temperatura de 20C,
temperatura , de dois fios metlicos finos A e B. aquecida at 260C e sofre uma dilatao igual a 0,6% do seu comprimento
inicial. Qual o coeficiente de dilatao linear mdio do metal, nesse intervalo
L A
de temperatura?
B
03 O grfico a seguir representa o comprimento (l) de um fio em funo
de sua temperatura (t):
l(m)
4,02
0 q 4,00
IME-ITA 323
Fsica II Assunto 2
04 (UFPEL) A gua, substncia fundamental para a vida no planeta, Com relao temperatura do ferro regulada pelo parafuso e aos
apresenta uma grande quantidade de comportamentos anmalos. Suponha coeficientes de dilatao dos metais das lminas, correto afirmar que,
que um recipiente, feito com um determinado material hipottico, se encontre quanto mais apertado o parafuso:
completamente cheio de gua a 4C. De acordo com o grfico e seus (A) menor ser a temperatura de funcionamento e 1 > 2.
conhecimentos, correto afirmar que: (B) maior ser a temperatura de funcionamento e 1 < 2.
V
(C) maior ser a temperatura de funcionamento e 1 > 2.
gua (D) menor ser a temperatura de funcionamento e 1 < 2.
(E) menor ser a temperatura de funcionamento e 1 = 2.
324 Vol. 1
Dilatao
(A) 10 R02h/V0
FERRO (B) 1 + 1,7 1012 R0/h
300 cm
(C) 1 + 1,4 108
(D) 1 + 3,6 104
(E) 1 + 1,2 104
COBRE
09 Uma barra com uma rachadura no centro entorta para cima com um
pequeno aumento de temperatura de C. Sendo Lo o comprimento inicial
da barra e o seu coeficiente de dilatao linear, determine x.
30 cm (Considere x <<< Lo)
Lo
(A) 100C. (D) 120C.
(B) 180C. (E) 200C.
(C) 150C.
x
05 (UEL) A barra da figura composta de dois segmentos: um de
comprimento e coeficiente de dilatao linear A e outro de comprimento Lo
2 e coeficiente de dilatao linear LB. Pode-se afirmar que o coeficiente
de dilatao linear dessa barra, , igual a:
10 Uma barra de metal de 30,0 cm de comprimento sofre uma dilatao de
l 2 0,075 cm, quando sua temperatura sobe de 0 C para 100 C. Outra barra
de um metal diferente, de mesmo comprimento, dilata-se 0,045 cm, sob as
mesmas condies. Uma terceira, tambm de 30,0 cm de comprimento. feita
de dois pedaos dos metais acima, colocados em linha, e se expande 0,065
cm entre 0 C e 100 C. Ache o comprimento de cada parte da barra composta.
A B
11 (ITA) Uma ampola de vidro est totalmente cheia com certa massa
(A) a + b . (D)
a + 2 b . mo de lquido a 0C. Aquecendo-se o sistema a C, resta na ampola s
2 a massa m do lquido. O vidro tem coeficiente de dilatao k, sendo o do
lquido . A partir de mo, m, k, , calcule
3(a + b ) .
(B) 2 a + b (E)
. 12 (ITA) Um bulbo de vidro cujo coeficiente de dilatao linear 3.10-6
3
C-1 est ligado a um capilar do mesmo material. temperatura de 10,0
(C) a + 2b . C a rea da seco do capilar 3,0 104 cm e todo o mercrio cujo
3 coeficiente de dilatao volumtrica 180 106 C1 ocupa o volume total
do bulbo, que a esta temperatura 0,500 cm. O comprimento da coluna
06 Um relgio de pndulo feito de invar preciso a 20C. Se o relgio for de mercrio a 90,0 C ser:
usado em um clima cuja temperatura mdia de 30C, qual a correo
(aproximadamente) necessria no fim de 30 dias do incio da contagem? (A) 270 mm.
(Dado: invar = 0,7 106 C1) (B) 540 mm.
(C) 285 mm.
07 Uma rgua de lato, de coeficiente de dilatao linear igual a (D) 300 mm.
2 105 C1, foi graduada corretamente a 20C. Ao ser aquecida, atingiu (E) 257 mm.
uma temperatura , na qual as medidas apresentam um erro de 0,1%.
Qual essa temperatura ? 13 Um anel de cobre ( = 20. 106 oC1) tem raio interno igual a 5 cm a
20 oC. Determine at qual temperatura devemos aquec-lo, de modo que
08 (ITA) Uma chapa de metal de espessura h, volume V0 e coeficiente de
esse anel possa ser introduzido num cilindro com base de rea igual a
dilatao linear = 1,2 105/C tem um furo de raio R0 de fora a fora.
A razo V/V0 do novo volume da pea em relao ao original quando a 79,285 cm2. Considere 3,14.
temperatura aumentar de 10C ser:
IME-ITA 325
Fsica II Assunto 2
326 Vol. 1
Dilatao
(E) 2 lF (1 + bDT ) / (4 F 2 m2 g 2 ) .
De acordo com o exposto, calcule a variao de temperatura dos oceanos
responsvel por um avano mdio de L = 6,4 m sobre superfcie terrestre.
RASCUNHO
IME-ITA 327
Calorimetria A ssunto
3
Fsica II
328 Vol. 1
Calorimetria
3. Trocas de calor Obs.: importante se o calor latente ser positivo ou negativo, ou seja, se
o corpo cede ou recebe calor; como nos exemplos abaixo
Calor sensvel
a quantidade de calor que um corpo recebe ou cede tendo como Ex.: calor especfico latente da gua
consequncia a variao de sua temperatura . calor especfico latente de fuso: LF = 80 cal/g
Equao fundamental da calorimetria: calor especfico latente de solidificao: LS = 80 cal/g
calor especfico latente de vaporizao: LV = 540 cal/g
Q = m c T calor especfico latente de condensao: LF = 540 cal/g
Em que:
Recordemos as mudanas de fase de uma substncia observando
Q quantidade de calor sensvel o esquema abaixo:
m massa do corpo que varia a temperatura
c calor especfico da substncia que constitui o corpo vapor
cAl = 0,219 cal/g C
cgua = 1,000 cal/g C sublimao vaporizao
cgelo = 0,550 cal/g C condensao
cvapor = 0,480 cal/g C
T variao de temperatura fuso
slido lquido
Capacidade trmica C solidificao
a quantidade de calor que um corpo precisa receber ou ceder para
que sua temperatura varie de um grau.
Q = C T
IME-ITA 329
Fsica II Assunto 3
4. Lei zero da termodinmica Aps a contagem do tempo, observaremos que algumas partculas
do lquido vaporizam-se, comeando a preencher o espao que antes era
Equao geral das trocas de calor: Se dois ou mais corpos, que vcuo. Esse vapor exerce uma presso nas paredes do recipiente e no
trocam entre si apenas calor, constituem um sistema isolado (ou seja, no prprio lquido, que a presso de vapor.
trocam calor com o que est fora desse sistema), a soma da quantidade Observaremos que, inicialmente, a quantidade de par tculas
total de calor cedido com a quantidade total de calor recebido nula vaporizadas (e, consequentemente, a presso de vapor) aumenta com
(princpio da conservao de energia). o tempo. Mas, simultaneamente com esse aumento de presso, outro
Qcedido + Qrecebido = 0 ou Q = 0 fato ocorre: partculas de vapor, ao colidir com a superfcie do lquido,
Obs.: podem perder energia e voltar fase lquida. Esse nmero de colises
Calor recebido por um corpo sempre positivo (Q > 0) aumenta com o nmero de partculas na fase de vapor. Isso significa que,
embora sempre haja partculas de lquido se vaporizando, tambm haver
Calor cedido por um corpo sempre negativo (Q < 0)
partculas de vapor se condensando. Haver um instante em que essas
duas velocidades de mudana de fase se igualaro, havendo um equilbrio
5. Diagrama de fases dinmico. Nesse instante, a quantidade de vapor mxima e constante;
essa massa de vapor exerce a chamada presso mxima de vapor.
Um diagrama de fases um grfico que representa as curvas de fuso,
vaporizao e sublimao, associando essas transformaes a variveis
de estado da substncia, geralmente a presso e a temperatura.
decorrer
P P
do tempo
A A
CO2 H2O
S C Ponto S C Ponto
L Crtico L Crtico
Ponto Ponto
Trplice G Trplice G
T V T V A presso de vapor de uma substncia funo apenas da temperatura
e no do volume.
T T
O O
Presso de vapor-dgua
Nomes das curvas
OT curva de sublimao; TA curva de fuso; TC curva de vaporizao T Presso T Presso T Presso
Ponto trplice (ponto triplo): Presso e temperatura na qual coexistem (C) (mmHg) (C) (mmHg) (C) (mmHg)
os trs estados da substncia. 15 1,436 24 22,377 115 1267,98
Substncia Temperatura (K) Presso (10 Pa) 5
13 1,691 26 25,209 120 1489,14
Hidrognio 13,84 0,0704 11 1,987 28 28,349 125 1740,93
Oxignio 54,36 0,00152 9 2,326 30 31,824 130 2026,16
Dixido de carbono 216,55 5,17 7 2,715 35 42,175 135 2347,26
gua 273,16 0,00610 5 3,163 40 55,324 140 2710,92
Ponto Crtico: Temperatura e presso acima das quais as fases lquida 3 3,673 45 71,88 145 3116,76
e vapor no podem mais coexistir, isto , mesmo variando a presso 1 4,258 50 92,51 150 3570,48
ou a temperatura a substncia no muda mais de estado. Acima desta
0 4,579 55 118,04 155 4075,88
temperatura e presso o estado chamado de gasoso.
2 5,294 60 149,38 160 4636,00
Substncia Temperatura (K) Presso (105 Pa)
4 6,101 65 187,54 165 5256,16
Hidrognio 33,3 13,00
6 7,013 70 233,70 170 5940,92
Oxignio 154,8 50,8
8 8,045 75 289,10 175 6694,08
Dixido de Carbono 304,2 73,9
10 9,209 80 355,10 180 7520,20
gua 647,4 221,2
12 10,518 85 433,60 185 8423,84
lquido Obs.:
Um lquido entra em ebulio quando sua presso de vapor se iguala
presso atmosfrica. Por isso, a gua ferve a 100C ao nvel do mar, porm
ferve a temperaturas menores quando a altitude aumenta (menor presso)
330 Vol. 1
Calorimetria
IME-ITA 331
Fsica II Assunto 3
Soluo: Dados:
(A) Qref = 603501(20) = 420.000 cal Cgelo = cvapor = 0,5 cal/goC;
QAl = 60300,22(20) = 7920 cal Cgua = 1,0 cal/goC; cferro = 0,2 cal/goC
(B) Lei Zero: Qgelo + Qfuso + Qgua + Qref + QAl = 0 Lfuso = 80 cal/g; Lebulio = 540 cal/g
m0,54 + m80 + m12 427.920 = 0 m = 5,1 kg
Soluo:
04 Um corpo, de calor latente de fuso igual a 16 cal/g, inicialmente a. Como no sabemos em que fase da gua ocorrer o equilbrio,
no estado slido, aquecido sob a potncia constante de uma fonte de faremos alguns clculos preliminares.
calor. O grfico seguinte representa a variao da temperatura com o aquecimento do gelo at 0oC: Q = 1000,55 = 250 cal
tempo. Admitindo-se que o corpo absorva energia de maneira constante fuso total do gelo: Q = 10080 = 8.000 cal
ao longo de todo o processo, determine o calor especfico do slido. resfriamento do ferro at 0oC: Q = 1000,2(120) = 2.400 cal
Note que o calor liberado pelo ferro capaz de aquecer o gelo mas
60
no capaz de fundi-lo totalmente. Tiramos a concluso que o equilbrio
ocorrer ao longo do processo de fuso, logo a 0oC.
50
Podemos calcular a massa de gelo que fundiu aplicando a Lei Zero
com trs trocas de calor: aquecimento do gelo (Q1), fuso parcial do
T( C)
40
gelo (Q2) e resfriamento do ferro (Q3).
0
Q = 0 Q1 + Q2 + Q3 =0 250 + m80 +
30 (2400) = 0 m = 26,875 g.
332 Vol. 1
Calorimetria
08 (UNIFESP) Sobrefuso o fenmeno em que um lquido permanece T 16 13, 929 13, 634
nesse estado a uma temperatura inferior de solidificao, para a = T = 16, 32o C
18 16 15, 477 13, 634
correspondente presso. Esse fenmeno pode ocorrer quando um lquido
cede calor lentamente, sem que sofra agitao. Agitado, parte do lquido (C) Calcular a umidade relativa da sala primeiramente:
solidifica, liberando calor para o restante, at que o equilbrio trmico U = 0,7 55,324 = 38,727 mmHg
seja atingido temperatura de solidificao para a respectiva presso. Agora podemos calcular a umidade absoluta:
Considere uma massa de 100 g de gua em sobrefuso temperatura 38, 727 18
U= = 0, 0357 g/L
de 10oC e presso 1atm, o calor especfico da gua de 1 cal/gC e o
62, 3 ( 40 + 273)
calor latente da solidificao da gua de 80 cal/g. A massa de gua
Como a sala possui 100 m3 = 100 103L chegamos a massa de
que sofrer solidificao se o lquido for agitado ser:
vapor presente na sala: m = 0,0357 105 g = 3,57 kg
(A) 8,7 g (D) 50,0 g.
10 Em um escritrio de dimenses 10 5 3 (em metros) a temperatura
(B) 10,0 g. (E) 60,3 g.
de 22oC e a umidade relativa 60%. Se um balde com gua for jogado
(C) 12,5 g.
no cho dessa sala, qual o volume de gua evaporar?
Soluo:
Soluo: Letra C.
A partir da expresso de umidade absoluta, podemos obter uma
Aplicando a Lei zero da termodinmica onde o calor recebido por toda
expresso para a massa de vapor num ambiente em funo da presso
massa e o calor perdido para solidificar parte dela, temos:
parcial:
M c T + m L = 0
100 1 [0 ( 10)] + m ( 80) = 0 Pparcial M Pparcial M V
100.1.10 U= m = U V =
=m = 12, 5 g R T R T
80
Note que para a massa de vapor mudar a presso parcial ter que mudar.
09 Tomando como base a tabela de presso mxima de vapor dgua,
Assim reescrevemos essa expresso em funo dessas variaes:
determine:
(A) a umidade relativa em um dia que a temperatura est 20oC e a
Pparcial M V
presso parcial de vapor 14,554 mmHg; m =
(B) a temperatura de orvalho sabendo que a umidade est 90% e a R T
temperatura 18oC;
(C) a quantidade de vapor em uma sala de 100 m3 a uma temperatura A variao da presso parcial ocorrer at que a umidade atinja a
de 40oC e umidade relativa de 70%. saturao (100%). Neste caso a presso parcial que era de 60% da
presso mxima, passar a valer 100% da presso mxima, variando
Soluo: 40%, logo:
(A) u 14
=
, 554
= 0, 83 = 83%
17, 535 Pparcial =0,4 19,827 = 7,9308 mmHg
(B) Da tabela temos pmx (18oC) = 15,477mmHg
Da podemos determinar a presso parcial de vapor pela umidade Substituindo temos:
relativa: 7, 9308 18 150 103
m = = 1165 g
pparcial = 0,9 15,477 = 13,929 mmHg 62, 3 295
Como este valor no consta na tabela, teremos que aplicar uma
interpolao linear:
EXERCCIOS NVEL 1
01 (UNITAU) Em um dia quente voc estaciona o carro em um trecho 03 (PUC) Trs barras cilndricas idnticas em comprimento e seco
descoberto e sob um sol causticante. Sai e fecha todos os vidros. Quando so ligadas formando uma nica barra, cujas extremidades so mantidas
volta, nota que o carro parece um forno. Esse fato se d porque: a 0C e 100 C. A partir da extremidade mais quente, as condutividades
trmicas dos materiais das barras valem k, k/2 e k/5. Supondo-se que,
(A) o vidro transparente luz solar e opaco ao calor. em volta das barras, exista um isolamento de l de vidro e desprezando
(B) o vidro transparente apenas s radiaes infravermelhas. quaisquer perdas de calor, a razo q2/q1 entre as temperaturas nas junes
(C) o vidro transparente e deixa a luz entrar. onde uma barra ligada outra, conforme mostra a figura, :
(D) o vidro no deixa a luz de dentro brilhar fora. l de vidro
(E) n.d.a.
IME-ITA 333
Fsica II Assunto 3
04 (UNICAMP) Em um aqurio de 10 l, completamente cheio de gua, 11 Em um calormetro ideal misturam-se 200 g de gelo a 0C com 200 g
encontra-se um pequeno aquecedor de 60 W. Sabendo que em 25 minutos de gua a 40C. O calor de fuso do gelo de 80 cal/g. Qual a temperatura
a temperatura da gua aumentou de 2,0C determine: de equilbrio trmico e qual a massa de gelo que se funde?
(A) que quantidade de energia foi absorvida pela gua; 12 Duas barras quadradas idnticas de metal so soldadas pelas
(B) que frao da energia fornecida pelo aquecedor foi perdida para o extremidades (fig.a). Suponha que haja um fluxo horizontal de 10 cal
exterior. atravs das barras em 2 min. Quanto tempo seria necessrio para manter
(Dados: calor especfico da gua = 1,0 cal/gC; 1,0 cal = 4,0 J) este fluxo de calor se elas fossem soldadas conforme a figura b?
05 Qual a massa de vapor a 100C que deve ser misturada a 500 g de gelo
a 0 C, num recipiente termicamente isolado, para produzir gua a 50C? 100C
0C
(cgua = 1 cal/g C; Lsolidificao = 80 cal/g;
Lvaporizao = 540 cal/g) (a)
500 4 C
400
300
Sendo o calor latente de fuso do gelo igual a 80 cal/g, qual a massa de
200 gua que se solidifica no trecho CD ?
100
14 (UFPA) Para o fsforo, a temperatura de fuso de 44C; o calor
o 10 20 30 40 q (C) especfico no estado lquido, de 0,2 cal/gC; e o calor latente de fuso, de
5 cal/g. Uma certa massa de fsforo mantida em sobrefuso a 30C.
Num certo instante verifica-se uma solidificao brusca. Que pencentagem
Determine: do total de massa do fsforo se solidifica?
(A) a capacidade trmica do corpo, no estado slido. 15 Colocando gua gelada no interior de um copo de vidro seco, observa-se
(B) o calor especfico sensvel da substncia do corpo, no estado slido. com o passar do tempo a formao de gotculas de gua na parede externa
(C) a temperatura de fuso da substncia que compe o corpo. do copo. Isso se deve ao fato de que:
10 Um bloco de gelo de 4,0 kg de massa que est a uma temperatura de (A) a gua gelada atravessa a parede do copo.
10,0C colocado em um calormetro (recipiente isolado de capacidade
(B) as gotas d'gua sobem pela parede interna do copo alcanando a
trmica desprezvel) contendo 5,0 kg de gua temperatura de 40,0C.
Qual a quantidade de gelo que sobra sem derreter? parede externa, onde se depositam.
(C) a gua fria cria microfissuras na parede do copo de vidro pelas quais
Dados: Calor especfico sensvel da gua = 1,0 kcal/kg C; calor especfico a gua passa para fora.
sensvel do gelo = 0,5 kcal/kg C; calor especfico latente de fuso do (D) o vapor d'gua presente na atmosfera se condensa.
gelo = 80 Kcal/Kg. (E) o copo de vidro.
334 Vol. 1
Calorimetria
16 (ENEM) A panela de presso permite que os alimentos sejam cozidos 02 (AFA) Para intervalos de temperaturas entre 5C e 50C, o calor
em gua muito mais rapidamente do que em panelas convencionais. Sua especfico (c) de uma determinada substncia varia com a temperatura
tampa possui uma borracha de vedao que no deixa o vapor escapar, a (t) de acordo com a equao c = t/60 + 2/15, em que c dado em cal/
no ser atravs de um orifcio central sobre o qual assenta um peso que gC e t em C. A quantidade de calor necessria para aquecer 60 g desta
controla a presso. Quando em uso, desenvolve-se uma presso elevada substncia de 10C at 22C :
no seu interior. Para a sua operao segura, necessrio observar a
limpeza do orifcio central e a existncia de uma vlvula de segurana, (A) 350 cal.
normalmente situada na tampa. (B) 120 cal.
(C) 480 cal.
O esquema da panela de presso e um diagrama de fase da gua so (D) 288 cal.
apresentados abaixo.
vlvula de 03 Colocam-se 100 g de gelo a 10 C em um calormetro contendo 10 g de
segurana gua a 40C cujo calor especfico igual a 1 cal/g C. Sendo o calor latente de
vapor
fuso do gelo igual a 80 cal/g, o calor especfico sensvel da gua no estado
slido 0,5 cal/g C, no estado lquido 1,0 cal/g C e desprezando as perdas de
calor, no equilbrio trmico, descubra o que o calormetro conter na situao
de equilbrio trmico.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 06 (Fuvest) Tem-se certa quantidade de uma bebida dentro de um copo
temperatura (oC) a 30C. O sistema tem capacidade trmica de 91 cal/C. Dentro do copo
coloca-se uma pedra de gelo de 20 g a 0C, no interior de um invlucro
A vantagem do uso de panela de presso a rapidez para o cozimento de metlico de capacidade trmica de 2,0 cal/C. Despreze trocas de calor
alimentos e isso se deve: com o ambiente.
(A) presso no seu interior, que igual presso externa. (A) Estabelecido o equilbrio trmico, qual a temperatura final?
(B) temperatura de seu interior, que est acima da temperatura de (B) Qual a quantidade mnima de gelo que se deveria dispor para baixar a
ebulio da gua no local. temperatura da bebida a 0C?
(C) quantidade de calor adicional que transferida panela.
(D) quantidade de vapor que est sendo liberada pela vlvula. Dado: calor especfico latente de fuso do gelo = 80 cal/g.
(E) espessura da sua parede, que maior que a das panelas comuns.
07 (PENSI) De uma caldeira a 120C flui para um recipiente adiabtico
EXERCCIOS NVEL 2 20 g de vapor-dgua superaquecido. Em um depsito de um lquido
refrigerante mantido a 10C so retirados 100g de gelo e imediatamente
01 (AFA) Um estudante, querendo determinar o equivalente em gua de colocados no recipiente. Determine a temperatura de equilbrio dentro do
um calormetro, colocou em seu interior 250 g de gua fria e, aguardando recipiente.
um certo tempo, verificou que o conjunto alcanou o equilbrio trmico a
uma temperatura de 20C. Em seguida, acrescentou ao mesmo 300 g de Dados:
gua morna, a 45C. Fechando rapidamente o aparelho, esperou at que calor especfico sensvel do gelo: 0,5 cal/gC;
o equilbrio trmico fosse refeito; verificando, ento, que a temperatura calor especfico sensvel da gua: 1,0 cal/gC;
final era de 30C. Baseando-se nesses dados, o equivalente em gua do calor especfico sensvel do vapor: 0,5 cal/gC
calormetro vale, em gramas: calor latente de fuso: 80 cal/g;
calor latente de condensao: 540 cal/g.
(A) 400. (C) 200.
(B) 300. (D) 100.
IME-ITA 335
Fsica II Assunto 3
08 A figura a seguir mostra uma seo de um muro feito de pinho branco de 13 (Fuvest) Um recipiente de paredes finas contm 100 g de uma liga
espessura La e tijolo de espessura Ld (=2,0 La), com duas placas internas de metlica. O grfico representa a temperatura T da liga em funo do tempo t.
material desconhecido com idnticas espessuras e condutividades trmicas.
A condutividade trmica do pinho branco ka e a do tijolo, kd (=5,0 ka). A temperatura
rea da superfcie do muro desconhecida. A conduo de calor atravs do T (C)
muro atingiu um estado estacionrio, com as nicas temperaturas de interface
conhecidas, sendo T1 = 25C, T2 = 20C e T5 = 10C. Calcule a temperatura 347
de interface T4 e T3. 327
307 200 s 10 s
T1 T2 T3 T4 T5
tempo
20 s
50 0 50 100 150 200 250 300 t (s)
Ka Kb Kc Kd
09 Um anel de cobre de 20,0 g tem um dimetro de exatamente 1 polegada (A) a quantidade de calor perdida pela liga, a cada segundo, em J.
temperatura de 0,000C. Uma esfera de alumnio tm um dimetro de (B) a energia (em J) necessria para fundir 1 g da liga.
exatamente 1,00200 pol temperatura de 100C. A esfera colocada em (C) a energia (em J) necessria para elevar, de 1C, a temperatura de 1 g
cima do anel e permite-se que os dois encontrem seu equilbrio trmico, da liga no estado lquido.
sem ser perdido calor para o ambiente. A esfera passa exatamente pelo (D) a energia (em J) necessria para elevar, de 1C, a temperatura de 1 g
anel na temperatura de equilbrio. Qual a massa da esfera? da liga no estado slido.
(Dados: calor especfico do cobre: 0,0923 cal/g.K;calor especfico do alumnio:
0,215 cal/g K; coeficiente de dilatao linear do cobre: 17 106 C1; coeficiente 14 Soldam-se as extremidades de trs barras de lato, ao e cobre,
de dilatao linear do alumnio: 23 106 C1) formando um objeto com a forma de Y. A rea da seo reta de cada barra
de 2 cm2. A extremidade da barra de cobre mantida a 100C e as de
lato e ao a 0C. Supor que no haja perdas de calor pelas superfcies das
barras, cujos comprimentos so: cobre 46 cm,; lato 13 cm e ao 12 cm.
Qual a temperatura do ponto de unio das trs barras ?
A
Dados: condutibilidade trmica:
100C ao = 50,2 J/m s C; cobre = 385 J/m s C; lato = 109 J/m s C.
Cu 0C
15 Um sistema de ar condicionado aumenta, por segundo, a umidade
relativa de 0,5 m3 de ar, de 30%, para 65%. Qual a massa de gua
1,000 pol necessria ao sistema, por hora, se a temperatura de 20C?
336 Vol. 1
Calorimetria
Dado: c = 4 J/gC, para a gua 20 Uma barra de gelo de 50 g de massa a 20oC colocada em contato,
em um calormetro real, com 20 g de H2O a 15oC. Sabe-se que o calor
(A) Estime a massa M, em kg, da gua colocada no recipiente. especfico do gelo 0,5 cal/goC, o da gua 1 cal/goC e o calor latente
(B) Estime o calor especfico cB do bloco, explicitando claramente as de fuso da gua 80 cal/g. Sabe-se tambm que 10% do calor da fonte
unidades utilizadas. quente perdido atravs do calormetro para o meio ambiente. No equilbrio
trmico, quais as temperaturas e as massas envolvidas?
17 (Fuvest) As curvas A e B na figura representam a variao de temperatura
(T) em funo do tempo (t) de duas substncias A e B, quando 50 g de cada 21 Em uma panela de gua fervente, em 1 segundo 5 g de gua viram
uma aquecida separadamente, a partir da temperatura inicial de 20C, na vapor. Considere que o calor transmitido gua somente atravs do
fase slida, recebendo calor numa taxa constante de 20 cal/s. Considere agora fundo da panela. Desprezando a perda de calor pelas paredes da panela
um experimento em que 50 g de cada uma das substncias so colocadas e pela superfcie da gua ao meio ambiente, determine a temperatura
em contato trmico num recipiente termicamente isolado, com a substncia da superfcie do fundo da panela em contato com o aquecedor. A rea
A na temperatura inicial TA=280C e a substncia B na temperatura inicial do fundo da panela 400 cm2, sua espessura, 4 mm e o coeficiente de
TB=20C. condutibilidade trmica, 44 J/s.m.oC. Calcule tambm o fluxo trmico
T (C
nesse processo.
320
A
Dados: 1 cal = 4J e calor latente de vaporizao de 540 cal/g.
280
240
22 (IME) Considere um calormetro no qual existe uma certa massa de
200 lquido. Para aquecer o conjunto lquido calormetro de 30C para 60C
160 B so necessrias Q1 joules. Por outro lado, Q2 joules elevam de 40C para
120
80C o calormetro juntamente com o triplo da massa do lquido.
80
(A) Determine a capacidade trmica do calormetro nas seguintes situaes:
40 Q1 = 2.000 J, Q2 = 4.000 J.
0 t(s) Q1 = 2.000 J, Q2 = 7.992 J.
0 20 40 60 80 100 120 140 (B) Com base nesses dados, em qual das duas situaes a influncia do material
do calormetro pode ser desconsiderada? Justifique sua concluso.
(A) Determine o valor do calor latente de fuso LB da substncia B.
(B) Determine a temperatura de equilbrio do conjunto no final do 23 (ITA) Um fogareiro capaz de fornecer 250 calorias por segundo.
experimento. Colocando-se sobre o fogareiro uma chaleira de alumnio de massa 500
(C) Se a temperatura final corresponder mudana da fase de uma das g, tendo no seu interior 1,2 Kg de gua temperatura ambiente de 25oC,
substncias, determine a quantidade da mesma em cada uma das fases. a gua comear a ferver aps 10 minutos de aquecimento. Admitindo-se
que a gua ferve a 100oC e que o calor especfico da chaleira de alumnio
18 (UFRN) Em um calormetro ideal, h 98 g de gua temperatura de 0,23 cal/g C e o da gua 1,0 cal/g C, pode-se afirmar que:
0C. Dois cubinhos metlicos so introduzidos no calormetro. Um deles
tem massa 8,0 g, calor especfico 0,25 cal/gC e est temperatura de (A) toda a energia fornecida pelo fogareiro consumida no aquecimento
400C. O outro tem 10 g de massa, calor especfico 0,20 cal/gC e est da chaleira com gua, levando a gua ebulio.
temperatura de 100C. Posteriormente, esse ltimo cubinho retirado (B) somente uma frao inferior a 30% da energia fornecida pela chama
do calormetro e verifica-se, nesse instante, que sua temperatura gasta no aquecimento da chaleira com gua, levando a gua a ebulio.
50C. Calcule a temperatura final de equilbrio da gua e do cubinho que (C) uma frao entre 30% a 40% da energia fornecida pelo fogareiro perdida.
permanece no calormetro. (D) 50% da energia fornecida pelo fogareiro perdida.
(E) A relao entre a energia consumida no aquecimento da chaleira com
19 (ITA) Numa cavidade de 5 cm3 feita num bloco de gelo, introduz-se gua e a energia fornecida pelo fogo em 10 minutos situa-se entre
uma esfera homognea de cobre de 30 g aquecida a 100C, conforme o 0,70 e 0,90.
esquema a seguir. Sabendo-se que o calor latente de fuso do gelo de 80
cal/g, que o calor especfico do cobre de 0,096 cal/gC e que a massa 24 (ITA) Um vaporizador contnuo possui um bico pelo qual entra gua a
especfica do gelo de 0,92 g/cm3 O volume total da cavidade igual a: 20C, de tal maneira que o nvel de gua no vaporizador permanece constante.
O vaporizador utiliza 800 W de potncia, consumida no aquecimento da gua
gua at 100C e na sua vaporizao a 100C. A vazo de gua pelo bico :
IME-ITA 337
Fsica II Assunto 3
120
Analise as afirmaes.
100
I. Ao nvel do mar, essa massa m de feijo ir demorar 40 minutos para
80
o seu cozimento.
60 II. O Mar Morto encontra-se aproximadamente 400 metros abaixo do nvel
dos mares (altitude 400 m). Nesse local, o mesmo feijo demoraria
40 30 minutos para o seu cozimento.
20
III. O tempo de cozimento desse feijo seria de 1,0 hora num local de
altitude aproximadamente igual a 1,0 km.
0 IV. Se esse feijo estivesse no interior de uma panela de presso fechada,
90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112 cuja vlvula mantm a presso interna a 1,42 atm (1,0 atm equivale a
Temperatura (oC) 76 cm Hg), independentemente do local, o tempo de cozimento seria
de aproximadamente 10 minutos.
Sabe-se que a temperatura de ebulio da gua, em uma panela sem tampa,
funo da presso atmosfrica local. Na tabela abaixo, encontramos a (so) verdadeiras):
temperatura de ebulio da gua em diferentes presses. Ao nvel do mar
(A) somente I. (D) somente II, III e IV.
(altitude zero), a presso atmosfrica vale 76 cm Hg e ela diminui 1,0 cm
(B) somente I e III. (E) I, II, III e IV.
Hg para cada 100 metros que aumentamos a altitude.
(C) somente I, II e IV.
EXERCCIOS NVEL 3
01 (IME) Um projtil de liga de chumbo de 10 g disparado de uma 03 (UFRJ) Em um calormetro de capacidade trmica desprezvel que
arma com velocidade de 600 m/s e atinge um bloco de ao rgido, contm 60 g de gelo a 0C, injeta-se vapor-dgua a 100C, ambos sob
deformando-se. Considere que, aps o impacto, nenhum calor transferido presso normal. Quando se restabelece o equilbrio trmico, h apenas
do projtil para o bloco. Calcule a temperatura do projtil depois do impacto. 45 g de gua no calormetro. O calor de fuso do gelo 80 cal/g, o calor
Dados: de condensao do vapor-dgua 540 cal/g e o calor especfico da gua
* Temperatura inicial do projtil: 270C; 1,0 cal/g oC. Calcule a massa do vapor dgua injetado.
* Temperatura de fuso da liga: 3270C;
04 (Fuvest) Uma caixa-dgua C, com capacidade de 100 litros, alimentada,
* Calor de fuso da liga: 20.000 J/Kg; atravs do registro R1, com gua fria a 15C, tendo uma vazo regulada para
* Calor especfico da liga no estado slido: 120 J/Kg0C; manter sempre constante o nvel de gua na caixa. Uma bomba B retira 3 L/
* Calor especfico da liga no estado lquido: 124 J/Kg0C. min de gua da caixa e os faz passar por um aquecedor eltrico A (inicialmente
desligado). Ao ligar-se o aquecedor, a gua fornecida, razo de 2 L/
02 (IME) A figura representa um aquecedor eltrico composto de um min, atravs do registro R2, para uso externo, enquanto o restante da gua
recipiente suposto adiabtico e de um circuito cujas trs resistncias R aquecida retorna caixa para no desperdiar energia. No momento em que o
so iguais. Uma massa de 100 g de gelo a 100C so transformadas em aquecedor, que fornece uma potncia constante, comea a funcionar, a gua,
gua a 650C, decorridos 10 minutos e 27 segundos aps o fechamento que entra nele a 15C, sai a 25C. A partir desse momento, a temperatura da
da chave K. gua na caixa passa ento a aumentar, estabilizando-se depois de algumas
horas. Desprezando perdas trmicas, determine, aps o sistema passar a ter
temperaturas estveis na caixa e na sada para o usurio externo:
K
+ 10 V
R R R
R1
Determine:
338 Vol. 1
Calorimetria
07 (Fuvest) Um pesquisador estuda a troca de calor entre um bloco de (A) Dt = DtB < DtA.
ferro e certa quantidade de uma substncia desconhecida, dentro de um (B) Dt < DtA = DtB.
calormetro de capacidade trmica desprezvel (ver figura 1). Em sucessivas (C) Dt > DtA = DtB.
experincias, ele coloca no calormetro a substncia desconhecida, (D) Dt = DtA= DtB.
sempre no estado slido temperatura To = 20C, e o bloco de ferro, (E) Dt < DtA < DtB.
RASCUNHO
IME-ITA 339
Termodinmica A ssunto
4
Fsica II
presso
colises
1 2
p= v
3
em que = m/V
A teoria cintica dos gases aceita o fato de as leis da Mecnica
Newtoniana serem aplicadas ao movimento molecular e supe as seguintes 3. Energia interna (cintica) de um
hipteses para um modelo microscpico de gs denominado ideal:
gs monoatmico
Uma poro de gs perfeito constituda por um grande nmero de A energia interna de um gs a soma das energias cinticas de suas
molculas em movimento catico (todas as direes so igualmente molculas, ela dada por:
provveis);
1 2
As molculas no exercem fora umas sobre as outras, somente U= E=
c mv
durante as colises; 2
As colises entre as molculas ou entre elas e as paredes do recipiente Da definio de presso, temos:
que contm o gs so perfeitamente elsticas (conservam energia e
quantidade de movimento) e de durao desprezvel;
1 2 1m 2
Entre colises sucessivas, o movimento das molculas retilneo e p= v = v mv2 = 3V
uniforme. Isto equivale a desprezar as foras de interao gravitacional 3 3V
e intermoleculares; Em vista da equao de Clapeyron:
As molculas so consideradas pontos materiais; isto , suas dimenses
so desprezveis se comparadas aos espaos intermoleculares e
distncia que percorrem entre colises sucessivas. 3 3
=U = pV nRT
2 2
Observao
5
Para gases diatmicos U = nRT , e para poliatmicos, U = 3 nRT
2
340 Vol. 1
Termodinmica
6. Variao da energia interna de Juntamente com a equao de Clapeyron, obtemos outra expresso
um gs monoatmico = n.R.T
A energia interna de um gs funo apenas do nmero de mols e expanso V > 0 > 0
da temperatura. Assim, para uma certa massa de gs monoatmico, a
contrao V < 0 < 0
variao de energia interna ser dada pela expresso:
7.2 Trabalho em um processo qualquer
3 Quando a presso no constante (processos isobricos), o trabalho
U = nRT realizado pelo gs pode ser calculado atravs do grfico PxV.
2
Observaes P
5
Para gases diatmicos U = nRT , e para poliatmicos, U = 3 nRT
2
Em qualquer processo que a temperatura final for igual inicial, a
variao de energia interna nula.
V
T = 0 U = 0
Isso implica dizer que a variao da energia interna no depende do processo.
7.3 Troca de calor de um gs
7. Trabalho realizado por um gs Em virtude do gs ideal no mudar de fase, o calor trocado por um
gs ser um calor sensvel, dado por:
Seja um recipiente formado por um cilindro e um mbulo mvel de rea
A contendo um gs ideal. Os choques das partculas no mbulo resultam Q = m.c.T
em uma fora, cujo mdulo dado pela expresso abaixo: Sabemos que a massa m de um gs pode ser calculada pelo nmero
F = pA ; em que p a presso exercida pelo gs. de mols: m = n.M
Da definio de trabalho, podemos obter a expresso para o trabalho Substituindo, temos: Q = n.M.c.T
O produto Mc denominado calor especfico molar(C). Assim, a
realizado pelo gs: = F.dx = p. A.dx
expresso para as trocas de calor dos gases ideais ser:
Q = n.C.T
F
gs recebe calor Q > 0
gs cede calor Q < 0
IME-ITA 341
Fsica II Assunto 4
8. 1a Lei Termodinmica Pela primeira lei termodinmica: 0 = (QAC AC) + (QCB CB)
A variao da energia interna (U) entre dois estados quaisquer de 0 = (n.Cp.TAC n.R.TAC) + (n.Cv.TCB 0)
equilbrio pode ser determinada pela diferena algbrica do calor (Q) e Como TAC = TCB n.Cp.TAC n.R.TAC = n.Cv.TAC
do trabalho ().
U = Q Eliminando os fatores comuns: Cp R = Cv, temos ento:
n.R.T dV V C
Q = t = p.dV = dV = n.R.T = n.R.T (ln V ln Vo ) = n.R.T ln A
V V Vo
}
exemplo, um caminho ACB composto por uma isotrmica (AC) e uma
isovolumtrica (CB), como mostra a figura abaixo:
= p.V U = n.Cp.T p.V
QP = n.Cp.T
}
UAB = UAC + UCB = 0 + (QCB CB) = 0 + (n.Cv.T 0) = n.Cv.T
Equao de Poisson: P V = cte gs monoatmico 1,7(5/3)
gs diatmico 1,4(7/5)
CP gs poliatmico 1,3(4/3) Logo, em qualquer processo termodinmico a variao da energia
em que = expoente de poisson
CV interna poder ser dada por:
V2 V2 V2
cV21 cV11
= p.dV = c.V dV = c V dV =
1
V1 V1 V1 U = n CV.
Como P.V = cte, temos:
p1 = cV1 e p2 = cV2 ;assim, = p1V1 p2V2 = nR(T1 T2 ) = nRT
1 1 1
342 Vol. 1
Termodinmica
EXERCCIOS RESOLVIDOS
Q
Para que relacionemos apenas V e T para demonstrar aquela relao, Q R Q
y1 y2
substituiremos P atravs da equao de Clapeyron: 0,5 m P1 P2
n.R.T
P.V = n.R.T P = P.V = c Fig. 1 Fig. 3
V Fig. 2
IME-ITA 343
Fsica II Assunto 4
Soluo:
Por se tratar de uma transformao gasosa, temos:
PV PV
1 1
= 2 2
Determine: n1T1 n2T2
(A) o trabalho realizado pelo gs; Para fazer com que esta expresso contemple a densidade, devemos
(B) a variao da energia interna do gs; fazer duas substituies:
(C) a temperatura do gs no estado A. n = m/M e d = m/V
PV PV PV PV
Soluo: 1 1
= 2 2 11 = 2 2
m1 m2 m T m 2T2
(A) O trabalho realizado pelo gs dado pela rea do trapzio sob a T1 T2 1 1
P2 = 900 mmHg
344 Vol. 1
Termodinmica
Soluo: Observao
Para transformar a unidade de energia de [atm.L] para [J], devemos
PV PV V V 3 V2
1 1
= 2 2 1= 2 = multiplicar por 100. Assim, teremos:
T1 T2 T1 T2 400 400.1, 3
= 29, 52 J
=
V2 3=
.1, 3 3, 9 L
U = 44, 28 J
0, 3 Note que o calor a soma do trabalho realizado e da variao de energia
.0, 082.400
n.R.T
P.V = n.R.T P = = 10 interna.
V 3
EXERCCIOS NVEL 1
01 As molculas de hidrognio, em um recipiente, tm a mesma 05 Um tubo fechado nas extremidades tem um pisto mvel em seu
velocidade quadrtica mdia que as molculas de nitrognio, de outro interior, que o divide em duas regies. A seco transversal do tubo
recipiente. correto afirmar, comparando-se os dois gases, que: constante. Na regio A existe 1 mol de hidrognio a 300 K, enquanto na
regio B existem 2 mols de nitrognio a 600 K. Determine a posio de
(A) o nitrognio apresenta maior temperatura. equilbrio do pisto.
(B) o nitrognio apresenta menor presso.
(C) ambos apresentam mesma presso. A B
(D) ambos apresentam mesma temperatura.
(E) ambos apresentam mesmo volume.
100 cm
IME-ITA 345
Fsica II Assunto 4
07 Um gs ideal vai de um estado A a um estado F atravs da (C) ambas tm a mesma velocidade mdia, mas as molculas de H2 tm
transformao ABCDF e retorna ao estado A atravs da transformao maior energia cintica mdia.
FMNA, conforme a figura. Assinale a afirmao correta: (D) ambas tm a mesma energia cintica mdia, mas as molculas de N2
tm maior velocidade mdia.
p (atm) (E) ambas tm a mesma energia cintica mdia, mas as molculas de H2
A tm maior velocidade mdia.
6
B
5
C 11 Sejam o recipiente (1) , contendo 1 moI de H2 (massa molecular
4
N D M = 2) e o recipiente (2) contendo 1 moI de He (massa atmica M = 4)
3
M ocupando o mesmo volume, ambos mantidos a mesma presso. Assinale
2
a alternativa correta:
1 F
0 1 2 3 4 5 6 V (l ) (A) A temperatura do gs no recipiente 1 menor que a temperatura do
gs no recipiente 2.
(B) A temperatura do gs no recipiente 1 maior que a temperatura do
(A) A transformao ABCDF isomtrica.
gs no recipiente 2.
(B) A temperatura do gs em M menor do que em N.
(C) A energia cintica mdia por molcula do recipiente 1 maior que a
(C) As temperaturas em C e D so iguais.
do recipiente 2.
(D) A transformao FMNA isobrica.
(D) O valor mdio da velocidade das molculas no recipiente 1 menor
(E) Como o gs volta ao estado inicial A, o trabalho realizado nulo.
que o valor mdio da velocidade das molculas no recipiente 2.
(E) O valor mdio da velocidade das molculas no recipiente 1 maior
08 Uma amostra de gs perfeito sofre uma transformao isobrica
que o valor mdio da velocidade das molculas no recipiente 2.
sob presso de 60 N/m2, como ilustra o diagrama. Admita que, na
transformao, o gs recebe uma quantidade de calor igual a 300 J.
12 (UFCE) A figura abaixo mostra 3 caixas fechadas A, B e C, contendo,
V (m)
respectivamente, os gases: oxignio, nitrognio e oxignio. O volume de A
igual ao volume de B e o dobro do volume de C. Os gases se comportam
Q como ideias e esto todos em equilbrio, a uma mesma temperatura.
3
1 A B C
P
A
13 A primeira coluna descreve uma transformao sofrida pelo gs; a
3,0 B
segunda contm a denominao utilizada para indicar essa transformao.
346 Vol. 1
Termodinmica
14 (ENEM) Considere as afirmaes: valor real de 744 mmHg, ele indica 742 mmHg. Considere que o ar e o
mercrio esto sempre em equilbrio trmico e que as medies foram
I. Calor e trabalho so formas de transferncia de energia entre corpos. feitas mesma temperatura (aproximadamente a 20C). Qual , em mm,
II. Calor medido necessariamente em calorias, enquanto trabalho o valor do comprimento L do tubo?
somente medido em joules.
III. Dez calorias valem aproximadamente 42 joules.
15 Uma bomba de encher pneus de bicicleta acionada rapidamente, (Despreze a presso de vapor do mercrio na parte superior do tubo.)
tendo a extremidade de sada do ar vedada. Consequentemente, o ar
comprimido, indo do estado 1 para o estado 2, conforme mostram as 03 Na figura, temos uma bomba de bicicleta, com que se pretende
figuras a seguir. encher uma cmara de ar de volume V. A e B so vlvulas que impedem
a passagem do ar em sentido inverso. A operao se faz isotermicamente
e o volume da bomba descomprimida ( presso atmosfrica P0) V0.
Inicialmente, a cmara est completamente vazia. Aps N compresses
da bomba, a presso da cmara ser:
A B
V
(A) P 0 1+ N .
V0
(B) N P0
bocal
02 Um barmetro de mercrio, com escala graduada em mmHg, fornece
leituras erradas da presso atmosfrica, pelo fato de conter um pouco
de ar na parte superior do tubo. Em um local onde o valor da presso
de 759 mmHg, o barmetro indica 754 mmHg; em outro local onde o
IME-ITA 347
Fsica II Assunto 4
a. Em termos da termodinmica, d o nome da transformao sofrida 09 Dentro de um recipiente de paredes rgidas e indeformveis, provido
pelo CO2 ao passar pelo bocal e descreva o processo que associa o de vlvula, h 80 g de um gs ideal comprimido na temperatura ambiente
uso do extintor com a queda de temperatura ocorrida no bocal. e na presso absoluta de 8 atmosferas. Abre-se a vlvula e deixa-se sair
b. O que deveria ser garantido para que um gs ideal realizasse o mesmo gs at que a presso no interior do recipiente seja a presso atmosfrica,
tipo de transformao, em um processo bastante lento? quando ento a vlvula novamente fechada. Considerando-se que o gs
no interior do recipiente tenha sofrido um processo adiabtico reversvel
05 Uma cesta portando uma pessoa deve ser suspensa por meio de e que a razo Cp/Cv seja 1,5, qual , em grama, a massa de gs que saiu
bales, sendo cada qual inflado com 1 m3 de hlio na temperatura local do recipiente?
(27C). Cada balo vazio com seus apetrechos pesa 1,0 N. So dadas
a massa atmica do oxignio A(O) = 16, a do nitrognio A(N) = 14, (A) 10. (D) 70.
a do hlio A(He) = 4 e a constante dos gases R = 0,082 atm l mol1 (B) 20. (E) 80
K1. Considerando que o conjunto pessoa e cesta pesa 1000 N e que a (C) 60.
atmosfera composta de 30% de O2 e 70% de N2, determine o nmero
10. Considere 4 moles de um gs ideal, inicialmente a 2oC de temperatura e
mnimo de bales necessrios.
8,20 atm de presso, que se submete ao seguinte ciclo de transformaes:
06 A massa de 2,0 g de ar, inicialmente a 17C e 1,64 atm, aquecida a
I. Compresso isotrmica, cedendo 860 J de calor, at o volume de 10 L;
presso constante at que seu volume inicial seja triplicado. Determinar:
II. Aquecimento isobrico at a temperatura de 57oC;
III. Despressurizao isovolumtrica at a presso de 8,20 atm;
a. o trabalho realizado;
IV. Resfriamento isobrico at retornar s condies iniciais.
b. o calor cedido ao ar;
c. a variao de energia interna do ar.
a. Represente este ciclo, em um grfico p (atm) x V (litros), indicando os
Dados: R = 0,082 atm. l/gmol; valores de p, V e T ao final de cada uma das transformaes dadas acima.
K; Cp = 0,24 kcal/kg. C; b. Calcule o trabalho, em joules, realizado pelo gs no ciclo.
k c. Calcule o calor, em joules, absorvido pelo gs no ciclo.
MM do ar = 29, 1 cal 4,0J, 1 kgf 10N.
d. Calcule a potncia, em watts, de um motor que realiza 10 destes ciclos
07 Um mol de um gs ideal submetido ao processo apresentado na por segundo.
figura abaixo, passando o gs do estado A ao estado B. Calcule a variao Dados: R (constante dos gases) = 0,082 atm.L/mol.K; 1
de energia interna (U = UB UA) do gs e a razo r = Q/W, em que Q e atm = 105Pa;
W so respectivamente o calor absorvido e o trabalho realizado pelo gs. 0oC = 273K
348 Vol. 1
Termodinmica
13 Um mol de gs perfeito est contido em um cilindro de seco S Na temperatura de 100C e presso de 1,00105 Pa, 1 mol de vapor
fechado por um pisto mvel, ligado a uma mola de constante elstica k. de gua ocupa 30 L e o calor de vaporizao da gua vale 40.000 J/mol.
Inicialmente, o gs est na presso atmosfrica P0 e temperatura T0, e o Determine:
comprimento do trecho do cilindro ocupado pelo gs L0, com a mola
no estando deformada. O sistema gs-mola aquecido e o pisto se a. o intervalo de tempo tA, em segundos, necessrio para levar a gua
desloca de uma distncia x. Denotando a constante de gs por R, a nova at a ebulio.
temperatura do gs : b. o intervalo de tempo tB, em segundos, necessrio para evaporar
0,27mol de gua.
c. o trabalho W, em joules, realizado pelo vapor de gua durante o
processo de ebulio.
cal
a. o trabalho realizado contra a atmosfera durante o processo;
(A) T0 +
mol.K
(P0S + k L0) b. o volume do cilindro.
Dados:
(B) T0 + L 0 (P0S + k x)
R presso atmosfrica: 1 kgf/cm2;
presso inicial do cilindro: 125 kgf/cm2.
(C) T0 + x (P0S + k x) = 3,1.
R
x
(D) T0 + k (L + x) 16 Um recipiente cilndrico vertical fechado por meio de um pisto, com
R 0 8,00 kg de massa e 60,0 cm2 de rea, que se move sem atrito. Um gs
x ideal, contido no cilindro, aquecido de 30C a 100C, fazendo o pisto
(E) T0 + (P S + k L0 + k x) subir 20,0 cm. Nesta posio, o pisto fixado, enquanto o gs resfriado
R 0
at sua temperatura inicial.
14
Considere que o pisto e o cilindro encontram-se expostos presso
atmosfrica. Sendo Q1 o calor adicionado ao gs durante o processo de
aquecimento e Q2, o calor retirado durante o resfriamento, assinale a opo
correta que indica a diferena Q1 Q2.
(A) 136 J.
tampa (B) 120 J .
(C) 100 J.
(D) 16 J.
E
P0
g (E) 0 J.
gua presso
Note/Adote 1Pa = 1 pascal = 1N/m2. a. Indique se o mdulo Qa do calor absorvido na transformao BC maior,
Massa de 1mol de gua: 18 gramas. igual ou menor do que o mdulo Qc do calor cedido na transformao
Massa especfica da gua: 1,0 kg/L. DA. Justifique a sua resposta.
Calor especfico da gua: 4.000 J/(C . kg). b. Calcule a variao da energia interna nesse ciclo.
IME-ITA 349
Fsica II Assunto 4
18 Um gs perfeito ocupa o volume de 8 litros sob presso de 2 atm. a. Represente o ciclo termodinmico no diagrama PV.
Aps uma transformao adiabtica, o volume do gs passou para 2 litros. b. Calcule o trabalho total associado a esse ciclo em funo de Po, Vo, T1 e T2 .
Sendo o expoente de Poisson g = 1.5, a nova presso do gs ser:
03 Um volume de 1 litro de H2 (para o qual = 7/5), presso de 1 atm
(A) 8 atm (D) 64 atm e temperatura de 27oC, comprimido adiabaticamente at o volume de
(B) 16 atm (E) NRA 0,5 L e depois resfriado, a volume constante, at voltar presso inicial.
(C) 32 atm Finalmente, por expanso isobrica, volta situao inicial.
19 Sob presso constante de 20 N/m, um gs ideal evolui do estado a. Represente o ciclo no diagrama PV.
A para o estado B, cedendo, durante o processo 750 J de calor para o b. Calcule o trabalho total realizado.
ambiente. Determine o trabalho realizado sobre o gs no processo e a c. Calcule V e Q para cada etapa.
variao de energia interna sofrida pelo gs:
04 Um mol de um gs ideal, partindo das CNTP, sofre: (i) uma compresso
isotrmica at um volume de 5 L, seguida de (ii) uma expanso adiabtica
at retornar ao volume inicial, atingindo uma presso final de 0,55 atm.
P(atm)
A
2
T(K)
(a)
Pat
(b)
Pi Vi
350 Vol. 1
Vetores A ssunto
1
Fsica III
1. Introduo Obs.: Dois vetores so iguais quando possuem mesmo mdulo, direo
e sentido.
Neste captulo, iremos apresentar e distinguir os dois tipos de grandezas
que estudamos em Fsica, citando alguns exemplos delas. Alm disso, 4.2 Cartesiana
ser introduzido o conceito de vetor, bem como suas diferentes formas de O vetor ser representado atravs de coordenadas cartesianas,
representao, operaes e aplicaes em diversos problemas de Fsica. oriundas da subtrao do ponto extremidade pelo ponto origem.
2. Grandezas fsicas
Em Fsica, trabalhamos com o objetivo de realizar medies de dois
tipos de grandezas fsicas: as escalares e as vetoriais.
As grandezas fsicas escalares so caracterizadas por um nmero real AB
AB = B A = (xB xA , yB yA , zB zA)
e uma unidade de medida.
Ex.: tempo, massa, energia, temperatura. i = j = k = 1
j
Por sua vez, as grandezas fsicas vetoriais ficam definidas por um k
nmero real positivo (mdulo, norma ou intensidade), uma direo e um
sentido, alm de uma unidade de medida. i
Ex.: velocidade, fora, deslocamento, impulso.
Assim, para representarmos as grandezas vetoriais, utilizaremos os
vetores, que so entes matemticos que possuem:
4.3 Algbrica
^^ ^
mdulo: comprimento do vetor; Neste caso, iremos trabalhar com os vetores unitrios i , j e k para
direo: horizontal, vertical; os eixos x, y e z, respectivamente.
sentido: para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo.
O vetor unitrio tem mdulo igual a 1.
i | |=
|= j | | k | = 1
3. Classificao
De acordo com a sua aplicao, um vetor pode ser classificado em: No exemplo anterior, teramos a seguinte representao:
vetores fixos (ou aplicados): possuem seu ponto de aplicao bem v = AB = ( x B x A )i + ( y B y A )j + ( z A z B )k = x oi + y o j + zo k
definido (ponto material).
Ex.: fora aplicada em um ponto material; mdulo: v = ( x B x A )2 + ( y B y A )2 + ( z A z B )2
vetores livres: podem ser deslocados paralelamente a si mesmos,
ou seja, deslocam-se livremente pelo espao. Vejamos um novo exemplo, com os vetores representados na figura abaixo:
Ex.: momento (torque) de uma fora aplicada em um corpo extenso;
vetores deslizantes: podem mover-se ao longo da reta suporte.
A
Ex.: fora aplicada em corpos rgidos.
4. Representao
B C
O vetor sempre representado atravs de um segmento de reta orientado
entre dois pontos (origem e extremidade), sendo que o comprimento do
segmento est relacionado intensidade do vetor, enquanto que a ponta da
seta fornece o seu sentido. Ele denominado atravs de uma pequena seta
para direita colocada em cima da letra que o representa.
D
4.1 Geomtrica
O vetor esboado atravs de um segmento de reta orientado, j
construdo sobre uma reta suporte que est associada direo do vetor.
i
Mdulo ou r (reta suporte)
intensidade Repare que o vetor A tem componente apenas no eixo x e o tamanho
v B (extremidade)
B A = v
do vetor de 2 quadrados, ou 2 unidades do mdulo do vetor unitrio.
v= AB= B A ^
A = 2i
vetor unitrio r
r = r = 1 A (origem)
O vetor B tambm apresenta uma nica componente (vertical) com
tamanho de 3 unidades.
^
B = 3j
IME-ITA 351
Fsica III Assunto 1
D
Os vetores C e D possuem componentes nos eixos x e y e suas
representaes so: B C
^ ^
C = 3i + 3j B C
^ ^
D = 2i 2j
E
A
O sinal negativo nos vetores unitrios de D indicam sentidos opostos A
AB + BC = AC AB + BC + CD + DE = AE
ao referencial adotado para os eixos x e y.
5. Vetores opostos Obs.: Quando os vetores formam um polgono fechado a soma nula, e
D estes devero
vice-versa, isto , quando a soma de 3 ou mais vetores nula
So vetores que possuem a mesma intensidade e direo, porm
formar um polgono fechado, ligando cada extremidade a cada origem.
sentidos opostos. B C
O sinal negativo implica que h uma oposio dos sentidos dos vetores. B C
Soma algbrica
Ex.: Foras de ao e reao 3a Lei de Newton FAB = FBA. E
O vetor soma ser obtido atravs da somaAalgbrica das coordenadas
cartesianas dos vetores que sero adicionados.
A
a a Sejam:ABAB = u+1iCA+ v=1j0 + w1k e AC = u2AB
+ BC i ++vBCj + CD
w 2 k+ DE + EA = 0
2
AB + BC = ( u + u )i + (v + v )j + (w + w )k
1 2 1 2 1 2
se n >0 se n < 0
a a
na na
Subtrao algbrica
6.2 Adio O vetor diferena ser obtido atravs da subtrao algbrica das
coordenadas cartesianas dos vetores que sero adicionados.
Regra do paralelogramo
Sejam: AB = u1i + v1j + w1k e AC = u2i + v 2 j + w 2 k
Utilizada apenas para a soma de dois vetores aplicados no mesmo
AB AC = ( u1 u2 )i + (v1 v 2 )j + (w1 w2 )k
ponto.
Ex: Duas foras aplicadas em um ponto material 6.4 Projeo ortogonal
A ideia construir um paralelogramo usando os dois vetores aplicados
O objetivo decompor um vetor em projees ortogonais sobre eixos
(origens coincidentes) como lados deste quadriltero. Desta forma, o vetor
soma ser o segmento de reta orientado construdo sobre a diagonal do coordenados.
paralelogramo, tendo como origem o ponto de aplicao dos vetores originais.
Ex.: Componentes de uma fora.
| AB +=
AC| | AB|2 + | AC|2 + 2| AB|| AC| cos q
O vetor v projetado sobre os eixos ortogonais, traando-se,
inicialmente, perpendiculares a esses eixos, conduzidas da extremidade do
AC AB + AC
vetor v . As projees vx e vy so denominadas componentes ortogonais
ou componentes cartesianas de v .
q
y
AB
Regra do polgono
v
Pode ser usada para a soma de 2 ou mais vetores quaisquer.
= =
v x v cos q v sen
Os vetores que sero somados so desenhados sequencialmente (a
vy
ordem no interfere no resultado final), com a origem de um na extremidade = =
v y v senq v cos
do antecessor. O vetor soma ser construdo a partir da origem do 1 vetor
Logo,
representado at a extremidade do ltimo vetor desenhado, fechando-se x
assim um polgono. vx =v vx i + vy j
352 Vol. 1
Vetores
IME-ITA 353
Fsica III Assunto 1
EXERCCIOS NVEL 1 06 No plano quadriculado a seguir esto representados dois vetores a e b :
01 (FESP) Em um corpo esto aplicadas apenas duas foras de
intensidades 12 N e 8,0 N. Uma possvel intensidade da resultante ser:
(D)
B 30
(A) (B) (C) (E)
45
a b Determine a trao no cabo BC e a intensidade da resultante das duas
foras aplicadas em B.
05 (MACKENZIE-SP) Com seis vetores de mdulo iguais a 8u, 10 (Beer & Johnston) As duas foras P e Q agem sobre um parafuso A.
construiu-se o hexgono regular a seguir. O mdulo do vetor resultante Determinar o mdulo da resultante.
desses 6 vetores :
Dado: cos 155 0.9.
Q = 60N
25
P = 40N
A 20
(A) 40 u.
(B) 32 u.
(C) 24 u.
(D) 16 u.
(E) zero.
354 Vol. 1
Vetores
11 (ACAFE) Os mdulos das foras representadas na figura so F1 = 30 N, 03 (UERJ) Pardal a denominao popular do dispositivo ptico-
F2 = 20 N e F3 = 10 N. Determine o mdulo da fora resultante: eletrnico utilizado para fotografar veculos que superam um determinado
limite estabelecido de velocidade V.
y Em um trecho retilneo de uma estrada, um pardal colocado formando
um ngulo q com a direo da velocidade do carro, como indica a figura
F2 a seguir.
Suponha que o pardal tenha sido calibrado para registrar velocidades
F1 sen 60o = 0,87
0 60 superiores a V, quando o ngulo = 0.
o
x cos 60o = 0,50 A velocidade v do veculo, que acarretar o registro da infrao pelo pardal,
com relao velocidade padro V, ser de:
F3
V
(A) 14,2 N.
(B) 18,6 N.
(C) 25,0 N.
(D) 21,3 N.
(E) 28,1 N.
20
(A) 2 cm.
(B) 1 cm. 30
(C) 4 cm. A x
15
(D) 6 cm.
(E) 3 cm. F4= 100 N
840 N
d2=6 km
6m
30 D
5m
(A) 4 km. O 3m 3m
C x
(B) 8 km. A 2m
3m E
2m
(C) 2 19 km.
(D) 8 3 km.
(E) 16 km. z
IME-ITA 355
Fsica III Assunto 1
06 (Beer & Johnston) O cabo de sustentao de uma torre est ancorado EXERCCIOS NVEL 3
por meio de um parafuso em A. A trao no cabo de 2.500 N. Determine
01 O vetor horrio das posies ocupadas por uma nave espacial dado
as componentes Fx, Fy e Fz da fora que atua sobre o parafuso.
pela expresso abaixo:
B S( t ) = (2 + t t 2 )i + (2t 1)j + k (sm; ts)
Determine:
c
G
07 (Beer & Johnston) Sabendo que a trao no cabo AB 2250 N,
determine as componentes da fora exercida sobre a placa em A. B F
y
D H
0,80 m A E
A
C
O
2,70 m
1,20 m
D
A
1,20 m
z
48 m
08 (Beer & Johnston) Uma caixa est suspensa por trs cabos, como C
ilustrado. Determine o peso P da caixa sabendo que a trao no cabo AB
de 3 kN.
16 m
y
24 m
B 0,72 m D
O
0,8 m
x
12 m
0,64 m D B
0
0,54 m 14 m
C 16 m
x z
z Sabendo que a trao em AB 39 kN, determine os valores requeridos
1,2 m para a trao em AC e AD de tal forma que a resultante das trs foras
aplicadas em A seja vertical.
A
356 Vol. 1
Vetores
04 (Beer & Johnston) barra OA aplicada uma carga P. Sabendo que 06 (Beer & Johnston) Os cursores A e B so conectados por um fio de
a trao no cabo AB de 850 N e que a resultante da carga P e das foras 1m de comprimento e podem deslizar livremente sobre hastes sem atrito.
aplicadas pelos cabos em A deve ter a direo de AO, determine a trao Se uma fora aplicada em A e causa movimento uniforme, determine:
no cabo AC e o mdulo da carga de P.
y a. a trao no fio quando y = 300 mm;
m m b. a intensidade da fora necessria para manter em equilbrio o sistema.
510
C 320 mm
m y
27 0m
B
P
360 mm A
0
A
600 mm y 400 mm'
x
z 0
P
RASCUNHO
IME-ITA 357
Eletrizao e Lei de Coulomb A ssunto
2
Fsica III
q1 q2
2. Carga eltrica F F
+ +
A carga eltrica uma propriedade eletromagntica que certas
par tculas elementares possuem. Tal propriedade est diretamente F F
relacionada com o poder de atrao e repulso dessas partculas. Tais
cargas podem ser positivas ou negativas.
Sabemos que a matria constituda basicamente de eltrons, prtons F F
+
e nutrons. Os nutrons possuem carga eltrica nula e os prtons e eltrons
possuem carga eltrica elementar, representada por e, respectivamente
positiva e negativa. A determinao da carga elementar foi feita pelo fsico 3.2 Princpio da conservao das cargas eltricas
Robert Milikan, que analisou o comportamento de gotculas de gua
eletrizadas submetidas ao simultnea das foras gravitacional e eltrica.
Em um sistema eletricamente isolado, a soma algbrica das cargas
eltricas positivas e negativas constante. Ou seja, no h aumento ou
CARGA DO PRTON qp = 1,6 1019 C reduo da carga eltrica de um sistema fechado.
CARGA DO ELTRON qe = 1,6 1019 C
Q inicial = Qfinal
A B A B
A quantidade de carga eltrica de um corpo ser dada pela diferena
entre o nmero de prtons (np) e eltrons (ne) multiplicada pela carga
QA QB Q A QB
elementar e (1,6 1019 C). Portanto, a carga eltrica de um corpo sempre
um mltiplo inteiro da carga elementar.
Q A + Q B = Q A + Q B
Q = (np ne) e
358 Vol. 1
Eletrizao e Lei de Coulomb
4. Lei de Coulomb
+
+ +
As foras de interao entre duas partculas eletrizadas possuem
intensidades iguais diretamente proporcionais ao produto do mdulo das + +
cargas de cada partcula e inversamente proporcionais ao quadrado da
distncia entre elas. A direo das foras determinada pela reta que une + +
as cargas e o sentido obedecer o 1o princpio da eletrosttica.
+ +
A fora de interao ainda depender do meio, segundo a seguinte
expresso: + +
+
k . Q1 . Q2 Nos condutores eletrizados, as cargas eltricas em excesso se
F =
d2 localizam na superfcie externa do corpo, pois tais cargas em excesso
possuem o mesmo sinal e se repelem, ficando assim o mais distante
Em que: umas das outras (na superfcie do condutor)
k constante eletrosttica do meio 5.2 Isolantes (dieltricos)
Q1 e Q2 carga de cada partcula
d distncia entre as partculas So materiais nos quais os portadores de cargas eltricas no
apresentam grande mobilidade.
A constante k depende do meio em que as cargas eltricas se
encontram, e definida no SI por: Ex.: ar, gua, borracha,vidro, plstico, madeira.
++++++
1 +
k= + carga isolada na regio
4 + em que foi gerada
+
++++++
Em que:
constante de permissividade absoluta do meio
Nos isolantes eletrizados, os portadores de cargas em excesso ficam
para o vcuo: 0 = 8,85 1012 C2N1m2
concentrados na regio onde foram gerados.
IME-ITA 359
Fsica III Assunto 2
Ex.:
SRIE TRIBOELTRICA
A B
PELE DE COELHO
VIDRO
MICA
L
SEDA O mesmo processo ocorre quando o corpo A estiver carregado
MBAR positivamente.
EBONITE +
+ +
+ +
Se o sistema estiver isolado eletricamente, a quantidade de carga
+ A + B
adquirida por ambos os corpos deve obedecer o princpio da conservao
das cargas eltricas. + +
No incio, como QVIDRO = 0 e QL = 0, a carga total zero. Aps a
+ +
eletrizao a carga total tambm deve ser nula, portanto: +
QVIDRO + QL = 0 |QVIDRO| = |QL| Nesse caso, eltrons migram do corpo B para o corpo A. Como o corpo
B perdeu eltrons e estava neutro, eletriza-se positivamente.
Ou seja, as cargas tm o mesmo mdulo, mas com sinais contrrios.
+
+ +
6.2 Por contato
+ +
Quando dois ou mais corpos so colocados em contato, estando + A +
B
um deles ao menos eletrizado, observa-se uma redistribuio de cargas + +
eltricas, obedecendo ao princpio de conservao das cargas eltricas.
A proporo de cargas em cada corpo ir depender da forma, das + +
+
dimenses e do meio. Este item ser estudado no captulo de condutores +
eltricos, no qual ser introduzido o conceito de capacidade eletrosttica +
+
ou capacitncia. +
+
Considere um corpo A eletrizado negativamente e um corpo B neutro. +
A + B
+ +
+
+
+
+
A B
Por enquanto, iremos resolver problemas para o caso particular de
condutores idnticos em contato, obedecendo o 2o princpio da eletrosttica
(conservao total de cargas). Neste caso, tais corpos adquirem a mesma
carga final aps o equilbrio.
360 Vol. 1
Eletrizao e Lei de Coulomb
Q1 Q2 Q1 + Q2 Q1 + Q2
2 2
incio
+ Eletroscpio de folhas
+ + eltrons Um eletroscpio formado por duas folhas metlicas ligadas a um
+ + cabo e a uma esfera de metal. Quando um corpo A carregado se aproxima
da esfera, induz a mesma carga nas lminas, que se repelem.
+
+ +
+ +
+ +
+ A +
+ + ++
+
+ +
+
+ +
+
eltrons
7. Atrao entre corpos
eletrizados e corpos neutros
Vimos anteriormente que corpos com cargas opostas se atraem
6.4 Por induo eletrosttica e corpos com cargas de mesmo sinal se repelem. E se, por exemplo,
aproximarmos um corpo carregado de um corpo neutro? Se utilizssemos
As cargas eltricas de um condutor so redistribudas devido a Lei de Coulomb, a resposta natural seria: Zero! Afinal, uma das cargas
aproximao (sem contato) de outro corpo carregado. Consegue-se com nula. Porm, nesse caso, a situao fsica um pouco mais complicada.
este processo que a carga final do condutor a ser eletrizado seja induzido Veja o que ocorre quando aproximamos um corpo positivo de um corpo
de sinal oposto quela do corpo carregado (indutor). O processo feito neutro:
do seguinte modo:
(A) Devido induo, os eltrons se redistribuem no corpo neutro e ele
I. Aproxima-se o corpo carregado do condutor neutro. acaba tendo a seguinte configurao:
1
Descarregar, neste caso, significa anular a carga eltrica daquela regio. No exemplo esta
As cargas eltricas se redistribuem por atrao (1o princpio da descarga feita pelo envio de eltrons da Terra para o corpo.
eletrosttica).
2
Ligao terra (aterramento) ser explicado no captulo de Potencial Eltrico.
IME-ITA 361
Fsica III Assunto 2
(B) Note que a regio negativa do corpo neutro est mais prxima do (C) Com isso, uma carga positiva acaba atraindo um corpo neutro, devido
corpo positivo do que a regio positiva do corpo neutro. Como a induo.
distncia menor, a fora de atrao maior entre as cargas de sinais
opostos do que a fora de repulso entre as cargas de sinais iguais. Obs.: Se aproximssemos uma carga negativa de uma carga neutra,
aconteceria exatamente a mesma coisa, ou seja, a carga neutra seria
atrada pela carga negativa. Resumindo, pode-se dizer que, devido
induo eletrosttica, partculas carregadas de qualquer espcie tambm
so capazes de atrair partculas neutras.
EXERCCIOS RESOLVIDOS
01 (Mackenzie-SP) Trs pequenas esferas de cobre, idnticas, so Jos Uma esfera pode estar eletrizada positivamente e a outra, neutra.
utilizadas numa experincia de Eletrosttica. A primeira, denominada Roberto O que estamos observando simplesmente uma atrao
A, est inicialmente eletrizada com carga QA = +2,40 nC; a segunda, gravitacional entre as esferas.
denominada B, no est eletrizada, e a terceira, denominada C, est Marisa Essas esferas s podem estar funcionando como ms.
inicialmente eletrizada com carga QC = 4,80 nC. Em dado instante, so Celine Uma esfera pode estar eletrizada negativamente e a outra, neutra.
colocadas em contato entre si as esferas A e B. Aps atingido o equilbrio
eletrosttico, A e B so separadas uma da outra e, ento, so postas em Fizeram comentrios corretos os alunos:
contato as esferas B e C. Ao se atingir o equilbrio eletrosttico entre B e
(A) Marisa, Celine e Roberto.
C, qual a situao da carga e a quantidade de cargas da esfera C?
(B) Roberto, Maria e Jos.
Soluo: (C) Celine, Jos e Maria.
Como temos trs esferas idnticas, as cargas das esferas aps o contato (D) Jos, Roberto e Maria.
sero iguais e tero o valor da mdia aritmtica das cargas iniciais. (E) Marisa e Roberto.
Desta forma, teremos:
Soluo: Letra C.
1o contato (esferas A e B) A atrao entre as esferas pode ocorrer quando elas esto eletrizadas
com cargas eltricas de sinais opostos ou quando uma delas estiver
Q A + QB ( +2,40 nC) + 0 eletrizada e a outra estiver neutra. Neste ltimo caso, a esfera neutra
Q= Q'A = Q'B = =
1,20 nC
2 2 sofre separao de alguns de cargas positivas e negativas (induo).
362 Vol. 1
Eletrizao e Lei de Coulomb
30 cm
B
Soluo:
O corpsculo B est sujeito a duas foras: fora peso e fora eltrica de (C)
atrao do corpo A. Por se tratar de uma situao de equilbrio, temos:
k QA QB 9 109 5 10-6 4 10-6
P =fe m g = 2
m 10 = m = 0,2 kg
d 0,32
IME-ITA 363
Fsica III Assunto 2
Soluo: Letra B. 09 (Unicamp-SP) Uma pequena esfera isolante, de massa igual a 5 102 kg
Representado as foras de interao eletrosttica entre as partculas e carregada com uma carga positiva de 5 107 C, est presa ao teto por um fio
eletrizadas, teremos: de seda. Uma segunda esfera com carga negativa de 5 107 C, movendo-se
na direo vertical, aproximada da primeira.
Considere K = 9 109 N m2/C2 e g = 10 m/s2.
q1 = +5 107 C
Pela 2a Lei de Newton, o sentido da acelerao ser igual ao da fora Movimento q2 = 5 107 C
resultante em cada partcula.
a. Calcule a fora eletrosttica entre as duas esferas quando a distncia
08 (UFG-GO) Em uma experincia rudimentar para se medir a carga entre os seus centros de 0,5 m.
eletrosttica de pequenas bolinhas de plstico carregadas positivamente, b. Para uma distncia de 5 102 m entre os centros, o fio de seda se
pendura-se a bolinha, cuja carga se quer medir, em um fio de seda de rompe. Determine a trao mxima suportada pelo fio.
5 cm de comprimento e massa desprezvel. Aproxima-se, ao longo da
vertical, uma outra bolinha com carga de valor conhecido Q = 10 nC, Soluo:
at que as duas ocupem a mesma linha horizontal, como mostra a figura. a. Lei de Coulomb
Sabendo-se que a distncia medida da carga Q at o ponto de fixao k . q1 . q2 9.109.5.107.5.107
do fio de seda de 4 cm e que a massa da bolinha de 0,4 g, qual ser FE = = = 9.103 N
d122 (5.101)2
o valor da carga desconhecida?
b.
Dados: k = 9 109 Nm2/C2 g = 10 m/s2 L = 5 cm d = 4 cm
m = 0,4 g Q = 10 nC
T
d
L T = P + FE
P
Fe
Q q,m
k q1 q2 9 109 5 107 5 107
Soluo: T = mg + = (5 102 10) +
A bolinha est sujeita a trs foras: peso, trao e fora eltrica. Para que se d 2
12 (5 102 )2
tenha uma situao de equilbrio, essa fora eltrica dever ser necessariamente T = 1, 4 N.
de repulso. Portanto, o sinal da carga desconhecida positivo.
Representando as trs foras citadas acima e decompondo a trao nas 10 (UFRJ) Duas cargas, q e q, so mantidas fixas a uma distncia d
direes horizontal e vertical, verificamos que: uma da outra. Uma terceira carga, q0, colocada no ponto mdio entre as
Tx = Fe (I) e Ty = P (II) duas primeiras, como ilustra a figura A. Nessa situao, o mdulo da fora
eletrosttica resultante sobre a carga q0 vale FA. A carga q0 ento afastada
Chamaremos de o ngulo formado entre a vertical e o fio. dessa posio ao longo da mediatriz entre as duas outras at atingir o ponto
Assim, Tx = T sen e Ty = T cos P, onde fixada, como ilustra a figura B. Agora, as trs cargas esto nos
vrtices de um tringulo equiltero. Nessa situao, o mdulo da fora
Fe eletrosttica resultante sobre a carga q0 vale FB. Calcule a razo FA / FB.
Dividindo a equao II pela equao I: tan q = (III)
P
Aplicando o Teorema de Pitgoras ao triangulo da figura, obtemos a Figura A q0
distncia x entre as duas cargas: q d/2 d/2 q
L2 = x2 + d2 x = 3 cm.
Figura B p q0
Portanto, na equao III temos:
k Q q
x x2 = m g x3 (0,4 10 3 ) 10 (3 10 2 )3 d d
= q =
d mg k Q d (9 109 ) (10 10 9 ) (4 10 2 )
q =3 10 8 C = 30 nC
q q
d
364 Vol. 1
Eletrizao e Lei de Coulomb
EXERCCIOS NVEL 1
01 (UNESP-SP) De acordo com o modelo atmico atual, os prtons e Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta:
nutrons no so mais considerados partculas elementares. Eles seriam
formados de trs partculas ainda menores, os quarks. Admite-se a existncia (A) Apenas as afirmativas I, II e III so verdadeiras.
de 12 quarks na natureza, mas s dois tipos formam os prtons e nutrons, (B) Apenas as afirmativas I, IV e V so verdadeiras.
o quark up (u), de carga eltrica positiva, igual a 2/3 do valor da carga do (C) Apenas as afirmativas I e IV so verdadeiras.
eltron, e o quark down (d), de carga eltrica negativa, igual a 1/3 do valor (D) Apenas as afirmativas II, IV e V so verdadeiras.
da carga do eltron. A partir dessas informaes, assinale a alternativa que (E) Apenas as afirmativas II, III e V so verdadeiras
apresenta corretamente a composio do prton e do nutron.
04 (UFSCAR) Atritando vidro com l, o vidro se eletriza com carga positiva
(I) Prton. (II) Nutron e a l com carga negativa. Atritando algodo com enxofre, o algodo adquire
carga positiva e o enxofre, negativa. Porm, se o algodo for atritado com
(A) (I) d, d, d, (II) u, u, u. l, o algodo adquire carga negativa e a l, positiva. Quando atritado com
(B) (I) d, d, u, (II) u, u, d. algodo e quando atritado com enxofre, o vidro adquire, respectivamente,
(C) (I) d, u, u, (II) u, d, d. carga eltrica:
(D) (I) u, u, u, (II) d, d, d.
(E) (I) d, d, d, (II) d, d, d. (A) positiva e positiva.
(B) positiva e negativa.
02 (CESGRANRIO-RJ) Um pedao de cobre eletricamente isolado contm (C) negativa e positiva.
2 1022 eltrons livres, sendo a carga de cada um igual a 1,6 10-19 C. (D) negativa e negativa.
Para que o metal adquira uma carga de 3,2 10-9 C, ser preciso remover, (E) negativa e nula.
desses eltrons livres, um em cada:
05 Trs pequenas esferas metlicas A, B e C idnticas esto eletrizadas
(A) 104. (D) 1016. com cargas + 3q, 2q e + 5q, respectivamente. Determine a carga de
(B) 108. (E) 1020. cada uma aps um contato simultneo entre as trs.
(C) 1012.
06 (PUC - SP) Considere quatro esferas metlicas idnticas, separadas
03 (UEL-PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente no nosso e apoiadas em suportes isolantes. Inicialmente as esferas apresentam as
cotidiano. Um exemplo disso o fato de algumas vezes levarmos seguintes cargas: QA= Q, QB = Q/2, QC = 0 (neutra) e QD = Q. Faz-se,
pequenos choques eltricos ao encostarmos em automveis. Tais ento, a seguinte sequncia de contatos entre as esferas:
choques so devidos ao fato de estarem os automveis eletricamente A B C D
carregados. Sobre a natureza dos corpos (eletrizados ou neutros),
considere as afirmativas a seguir: Q Q/2 O Q
IME-ITA 365
Fsica III Assunto 2
III. finalmente, faz-se o contato apenas entre as esferas A e C. Aps o 11 Duas cargas eltricas, puntiformes, positivas e iguais, esto situadas
contato, as esferas so separadas. Pede-se a carga final na esfera C, no vcuo a 3 m de distncia. Sabendo que a fora de repulso mtua entre
aps as sequncias de contatos descritas. elas tem intensidade de 36 109 N, determine qual ser a nova intensidade
de repulso se duplicarmos a distncia entre elas.
7Q Q Dado: K0 = 9 109 N m2/C2.
(A) (D)
8 4
7Q 12 (UEL-PR) Duas esferas idnticas com cargas eltricas + 5,0 106 C
(B) Q (E)
16 e 1,0 106 C, a uma distncia D uma da outra, se atraem mutuamente.
(C) Q Por meio de uma pina isolante foram colocadas em contato e, a seguir,
2 afastadas a uma nova distncia d, tal que a fora de repulso entre elas
tenha o mesmo mdulo da fora de atrao inicial. Para essa situao, a
07 Trs pequenas esferas condutoras M, N e P idnticas esto eletrizadas relao D/d vale:
com cargas +6q, +q e 4q, respectivamente. Uma quarta esfera Z, igual
s anteriores, encontra-se neutra. Determine a carga eltrica adquirida pela
(A) ( 4 / 5) .
esfera Z, aps contatos sucessivos com M, N e P, nessa ordem.
(B) (5 / 4) .
08 (FUVEST-SP) Trs esferas metlicas iguais, A, B e C, esto apoiadas (C) 2 .
em suportes isolantes, tendo a esfera A carga eltrica negativa. Prximas (D) 2.
a ela, as esferas B e C esto em contato entre si, sendo que C est ligada (E) 2 2.
terra por um fio condutor, como na figura:
13 Duas cargas puntiformes q1 = q2 = 1 mC so fixadas nos pontos O
A B C e A de abscissas x0 = 0 e xA = 1 m, respectivamente. Uma terceira carga
puntiforme q3 = +1 mC abandonada, em repouso, num ponto P de
abscissa x, tal que 0 < x < 1 m. Abstraindo-se das aes gravitacionais,
a carga q3 permanecer em repouso no ponto P, se sua abscissa x for
igual a que valor?
14 (FAAP-SP) Duas cargas q1 e q2, de mesmo sinal, esto fixas sobre uma
A partir dessa configurao, o fio retirado e, em seguida, a esfera A reta e distantes de 4 m. Entre q1 e q2 colocada outra carga q3 distante
levada para muito longe. Finalmente, as esferas B e C so afastadas de 1 m de q1. Sabendo que q1 = 5 mC e que q3 permanece em equilbrio,
uma da outra. Aps esses procedimentos, as cargas das trs esferas determine o valor de q2.
satisfazem as relaes:
15 (UFF-RJ) Considere o valor F como sendo o mdulo da fora
(A) QA < 0 QB >0 QC >0. eletrosttica entre duas cargas puntiformes, no vcuo, cada uma com
(B) QA < 0 QB = 0 QC = 0. intensidade Q e separadas por uma distncia r. A figura abaixo mostra trs
(C) QA = 0 QB < 0 QC < 0. cargas, no vcuo, de valores Q, +2Q e +4Q. A primeira e a segunda,
(D) QA > 0 QB > 0 QC = 0. bem como a segunda e a terceira , esto separadas por uma distncia r.
(E) QA > 0 QB < 0 QC > 0. A alternativa que representa a fora eletrosttica resultante que atua em
cada carga :
09 (UFTM) O grfico mostra como varia a fora de repulso entre duas
cargas eltricas, idnticas e puntiformes, em funo da distncia entre elas.
r r
F(N)
Q +2Q +4Q
9 103
Carga Q Carga +2Q Carga +4Q
(A) 3F 10F 7F
F
0,2 0,4 d(m)
Considerando a constante eletrosttica do meio como K = 9 10 N m2/C2
9 (B) F 8F 9F
determine:
366 Vol. 1
Eletrizao e Lei de Coulomb
16 Um aluno, ao realizar um experimento de Eletrosttica, usou sete As cargas eltricas das esferas tm, respectivamente, os seguintes valores:
pequenas esferas metlicas idnticas. Uma delas estava eletrizada com
carga q e as demais eram neutras. Determine a carga da esfera inicialmente Q1 = 20 C
eletrizada, aps sucessivos contatos com todas as esferas disponveis. Q2 = 4 C
Q3 = 1 C
17 (UERJ) Duas partculas de cargas +4Q e Q Coulombs esto
localizadas sobre uma linha, dividida em trs regies I, II e III, conforme a Admita que, em um determinado instante, E1 e E2 so conectadas por um
figura abaixo. Observe que as distncias entre os pontos so todas iguais. fio metlico; aps alguns segundos, a conexo desfeita.
Nessa nova configurao, determine as cargas eltricas de E1 e E2 e
apresente um esquema com a direo e o sentido da fora resultante
sobre E3.
I II III
+4Q Q
EXERCCIOS NVEL 2
19 A carga Q de 10 C fixa no ponto A do plano horizontal equilibra a 03 (ITA 97/98) Trs cargas eltricas puntiformes esto nos vrtices U, V e
carga q de 1 C e massa de 1 grama que se encontra na vertical que W de um tringulo equiltero. Suponha-se que a soma das cargas nula e
passa por A. Considere o meio como sendo o vcuo e adote g = 10 m/s2 que a fora sobre a carga localizada no vrtice W perpendicular reta UV
e K0 = 9 109 N m2/C2. Qual a distncia entre essas cargas? e aponta para fora do tringulo, como mostra a figura. Conclui-se que:
U W
IME-ITA 367
Fsica III Assunto 2
Determine a razo Q/q para que a fora sobre cada uma das cargas Q
seja nula:
Determine o valor do ngulo , diferente de zero, de posicionamento da
esfera de carga q4, de modo que a fora atuante nessa carga seja nula.
(A) 2.
4 12 Duas esferas condutoras, idnticas e muito pequenas, de mesma massa
m = 0,30 g, encontram-se no vcuo, suspensas por meio de dois fios leves,
(B) 2. isolantes, de comprimentos iguais L = 1,0 m e presos a um mesmo ponto
2 de suspenso O. Estando as esferas separadas, eletriza-se uma delas com
carga Q, mantendo-se a outra neutra. Em seguida, elas so colocadas em
(C) 2 . contato e depois abandonadas, verificando-se que na posio de equilbrio
a distncia que as separa d = 1,2 m. Determine a carga Q.
(D) 2 2 .
Dados: Q > 0; K0 = 9,0 109 N m2 C2; g = 10 m/s2.
(E) 4 2 . 13 (UFG-GO) Duas esferas idnticas so suspensas por fios de
comprimento l, com os pontos de suspenso separados por 2l. Os fios
09 (FUVEST-SP) Pequenas esferas, carregadas com cargas eltricas negativas so isolantes, inextensveis e de massas desprezveis. Quando as esferas
de mesmo mdulo Q, esto dispostas sobre um anel isolante e circular, como esto carregadas com cargas Q de mesmo sinal, os fios fazem um ngulo
indicado na figura I. A intensidade da fora eltrica que age sobre uma carga de de 30o com a vertical. Descarregando as esferas e carregando-as com
prova negativa, colocada no centro do anel (ponto P), F1. cargas q de sinais opostos, os fios formam novamente um ngulo de 30o
Se forem acrescentadas sobre o anel trs outras cargas de mesmo mdulo com a vertical. De acordo com as informaes apresentadas, calcule o
Q, mas positivas, como na figura II, a intensidade da fora eltrica no mdulo da razo Q/q.
ponto P passar a ser:
368 Vol. 1
Eletrizao e Lei de Coulomb
14 Duas pequenas bolas condutoras idnticas, de massa m e carga q, 17 (OBF 2004) Na figura abaixo, esto representadas duas partculas
esto suspensas por fios isolantes de comprimento l, como mostra a de massas m1 e m2, carregadas, respectivamente, com cargas q1 e q2 e
figura abaixo. Suponha to pequeno que tan possa ser substituda por suspensas de um mesmo ponto por fios de iguais comprimentos e massas
1/3 desprezveis.
q2L
sen com erro desprezvel. Mostre que, no equilbrio, x = ,
2 o mg Pode-se concluir que:
em que x a separao entre as bolas.
(B) b = a 2 . (E) a
b= 3 . 19 (UFU-MG) Duas cargas +q esto fixas sobre uma barra isolante
2 4 e distam entre si uma distncia 2d. Uma outra barra isolante fixada
perpendicularmente primeira no ponto mdio entre essas duas cargas.
(C) b = a 3 .
2 O sistema colocado de modo que esta ltima haste fica apontada para
cima. Uma terceira esfera pequena, de massa m e carga +3q, furada
16 (ITA 00/01) Duas partculas tm massas iguais a m e cargas a Q. atravessada pela haste vertical de maneira a poder deslizar sem atrito ao
Devido a sua interao eletrosttica, elas sofrem uma fora F quando esto longo desta, como mostra a figura a seguir.
separadas de uma distncia d. Em seguida, essas partculas so penduradas,
a partir de um mesmo ponto, por fios de comprimento L e ficam equilibradas A distncia de equilbrio da massa m ao
quando a distncia entre elas d1. A cotangente do ngulo a que cada fio longo do eixo vertical z. Com base nessas
forma com a vertical, em funo de m, g, d, d1, F e L, : informaes, o valor da massa m em
questo pode ser escrito em funo de d, z,
g e k, em que g a acelerao gravitacional
e k, a constante eletrosttica. A expresso
para a massa m ser dada por:
L
kq 2 z
a (A) m =
(d 2 + z 2 )3/2
6kq2z
d1 (B) m =
g(d2 + z2 )3/2
6 kq 2 z
(C) m =
g( d 2 + z 2 )2
(A) m g d1 / (F d)
(B) m g L d1 / (F d2) 6 kq 2 z
(C) m g d12 / (F d2) (D) m =
(D) m g d2 / (F d12)
g( d 2 + z 2 )3
(E) (Fd2) / (mg d12)
IME-ITA 369
Fsica III Assunto 2
20 Quatro cargas q, Q, q e Q, de mesmo sinal, esto unidas mediante 24 (ITA-SP) Uma partcula de massa M=10,0 g e carga q = 2,0 106 C
cinco fios (no condutores) de comprimento da maneira mostrada na acoplada a uma mola de massa desprezvel. Esse conjunto posto em
figura (Q>q). Determine a fora no fio que une as cargas Q. oscilao e seu perodo medido P = 0,40 s.
fixada a seguir uma outra partcula de carga q = 0,20 106 C a uma
Q distncia d da posio de equilbrio O do sistema massa-mola (ver figura).
O conjunto levado lentamente at a nova posio de equilbrio, distante
q q x =40 cm da posio de equilbrio inicial O. Qual o valor de d?
dado: K0 = 9 109 N m2/C2.
Obs.: Considere as duas cargas puntiformes.
Q
21 (PUC-SP) Em cada um dos vrtices de uma caixa cbica de aresta
foram fixadas cargas eltricas de mdulo q cujos sinais esto indicados
na figura.
Sendo k a constante eletrosttica do meio, o mdulo da fora eltrica
que atua sobre uma carga pontual de mdulo 2q, colocada no ponto de 25 (UFU-MG) A figura mostra uma barra isolante, sem massa, de
encontro das diagonais da caixa cbica, : comprimento l = 2 m, presa por um pino no centro. Nas suas extremidades
q q esto presas cargas positivas q e 2q, sendo q = 1 106 C. A uma distncia
r = 0,3 m, diretamente abaixo de cada uma dessas cargas, encontra-se
(A) 4 kq /3 .
2 2 afixada uma carga positiva Q = 4 106 C. Considere somente as
q q
(B) 8 kq2/32. + interaes entre as cargas situadas diretamente abaixo uma da outra e
(C) 16 kq2/32. q q K = 9 109 N m2/C2. Sabe-se que a reao no pino nula.
(D) 8 kq2/2. +
l
(E) 4 kq2/2.
q q +q +2q
+
x
P r
22 Nos vrtices de um tringulo issceles existem trs cargas puntiformes
Q + Q +
fixas e iguais entre si. Calcular a relao entre a base b e a altura h relativa
base para que qualquer carga colocada no ponto mdio da altura fique
em equilbrio sob a ao das foras eltricas.
Obs.: A base o lado diferente no tringulo.
Determine:
23 (FUVEST-SP) Quatro pequenas esferas de massa m esto carregadas
com carga de mesmo valor absoluto q, sendo duas negativas e duas a. o valor do peso P necessrio para manter a barra em equilbrio na
positivas, como mostra a figura. As esferas esto dispostas formando um horizontal;
quadrado de lado a e giram numa trajetria circular de centro O, no plano do b. a distncia x, a partir do pino, em que o peso P deve ser suspenso
quadrado, com velocidade de mdulo constante v. Suponha que as nicas quando a barra est balanceada, e de que lado do suporte (esquerdo
foras atuantes sobre as esferas so devidas interao eletrosttica. A ou direito).
constante de permissividade eltrica . Todas as grandezas (dadas e
solicitadas) esto em unidades SI. EXERCCIOS NVEL 3
V 01 (FUVEST-SP) Duas cargas pontuais positivas, q1 e q2 = 4q1, so fixadas
a uma distncia d uma da outra. Uma terceira carga negativa q3 colocada no
+q a ponto P entre q1 e q2, a uma distncia X da carga q1, conforme mostra a figura.
q
V
a O a
V
q +q
a
V a. Calcule o valor de X para que a fora sobre a carga q3 seja nula.
b. Verifique se existe um valor de q3 para o qual tanto a carga q1 como a q2
a. Determine a expresso do mdulo da fora eletrosttica resultante F permanecem em equilbrio, nas posies do item a), sem necessidade
que atua em cada esfera e indique sua direo. de nenhuma outra fora alm das eletrostticas entre as cargas. Caso
b. Determine a expresso do mdulo da velocidade tangencial v das exista, calcule este valor de q3; caso no exista, escreva no existe
esferas. e justifique.
370 Vol. 1
Eletrizao e Lei de Coulomb
IME-ITA 371
Fsica III Assunto 2
09 O sistema de cargas indicado na figura composto por trs cargas fixas 10 Uma partcula A com carga eltrica +Q encontra-se fixa ao ponto
e uma carga pendurada por um fio, todas positivas e de peso desprezvel. mais baixo de um aro circular de raio R localizado num plano vertical.
Para que a carga pendurada fique na direo vertical, pede-se: Outra partcula B de carga +Q e massa m encontra-se livre para se mover
apoiada internamente sobre a superfcie lisa desse aro. Sabendo que a
gravidade local vale g e a constante eletrosttica do meio vale K, determine:
r 4d 3d
a. calcular:
I. a distncia r em funo de d;
II. a trao no fio;
b. verificar se a carga pendurada, depois de sofrer uma pequena
perturbao em sua posio, permanece estvel em uma nova posio
ou retorna posio original;
c. repetir o item b para o caso de a carga pendurada ser negativa.
RASCUNHO
372 Vol. 1
Campo eltrico A ssunto
3
Fsica III
k Q
E = 2
d
carga fonte positiva carga fonte negativa
d
+ dipolo eltrico
A quantidade de linhas que partem ou chegam a uma determinada
carga fonte est diretamente relacionada ao mdulo desta carga, ou seja,
2.1.2 Partcula com carga negativa quanto maior o nmero de linhas maior ser o mdulo da carga da partcula.
O sentido do vetor aponta para a carga fonte. Alm disso, quanto mais concentradas as linhas de fora estiverem, maior
ser a intensidade do campo naquela regio.
(vetor Campo Eltrico) ponto qualquer no espao
partcula com carga Q E
A B C
d
_
EB>EC>EA
IME-ITA 373
Fsica III Assunto 3
4. Lei de Gauss
O fluxo eltrico total atravs de uma superfcie qualquer (superfcie E . ASG = 4 k Qint
gaussiana) diretamente proporcional soma das cargas no interior r
E 2r = 4k r
2 2
desta superfcie. P
E = 2k
= E . dA = 4 k Qinterno
kQ
E = 2
r
Obs.: Novamente o campo eltrico no depende da distncia do ponto
placa (campo eltrico uniforme).
Obs.: Repare que a mesma frmula que foi apresentada anteriormente
para cargas puntiformes. 4.5 Casca esfrica ou esfera condutora
4.2 Linha infinita com densidade linear macia de carga Q e raio R
de carga = Q/L
4.5.1 No interior
Unidade SI de : [C/m] Superfcie gaussiana: esfera de raio r concntrica.
Superfcie gaussiana: casca cilndrica de raio r. Q
E . ASG = 4 k Q int
E . ASG = 4 k Q int R
E 2 r = 4 k r 2
r E 4r = 4 k Q
P
2k E=0
E =
r
Obs.: Lembre que no condutor as cargas ficam localizadas na superfcie,
por isso Qint = 0.
374 Vol. 1
Campo eltrico
4.5.3 No exterior
Superfcie gaussiana: esfera concntrica de raio r.
E . ASG = 4 k Q int
E4r2=4 k Q
kQ
E =
r2
E4r=
2
4k 4 r3
r 3 a
P
4
E= k r
3
Q P E . ASG = 4 k Q int
r
E4r=4k 4 R
2 3 b
R 3
E= 4 k R2 = kQ
3
IME-ITA 375
Fsica III Assunto 3
6. Fora eltrica Portanto, observamos que existe uma relao de fato entre o campo e a
fora eltrica. Assim, quando uma partcula eletrizada for abandonada num ponto
Vimos que uma carga puntiforme Q capaz de gerar campo eltrico onde h influncia de um campo eltrico, ela sofrer uma fora eltrica dada por:
em qualquer ponto ao seu redor. Se em um ponto P qualquer do espao
colocarmos uma outra carga puntiforme q, sobre este atuar uma fora
Fe = q . E
eltrica de atrao ou de repulso, dependendo do sinal das cargas
envolvidas. Desta forma, temos:
Por se tratar de um produto entre um vetor e um escalar, a fora e o
campo eltrico possuem sempre mesma direo e o sentido ser contrrio
k. Q k. Q . q somente quando a carga for negativa.
EP = 2 Fe =
d d2
E
E
Fe
E (Campo Eltrico pela carga Qno ponto P)
EXERCCIOS RESOLVIDOS
Q
a
q
Indique os sinais das cargas Q e Q e calcule o valor da razo Q/Q.
376 Vol. 1
Campo eltrico
+Q +4Q B
0 40 (cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 x(m)
No vcuo (K0 = 9 109 N m2/C2), colocam-se as cargas QA = 48 106
O campo eltrico resultante dessas cargas ser nulo na posio:
C e QB = 16 106 C, respectivamente nos pontos A e B representados
acima.
(A) 3. (D) 6.
O campo eltrico no ponto C tem mdulo igual a:
(B) 4. (E) 7.
(C) 5.
(A) 60 105 N/C. (D) 45 105 N/C.
(B) 55 105 N/C. (E) 40 105 N/C.
Soluo: Letra D.
(C) 50 105 N/C.
As cargas positivas geram um campo para fora, como na figura abaixo:
Soluo:Letra D
(x 3) (12 x)
0 3 P 12 y (cm) EB E
+Q E (+4Q) E (+Q) +4Q x(m) 20
A C EA
Para o campo eltrico ser nulo, os mdulos dos campos eltricos criados
por essas duas cargas devem ser iguais. B
0 40 (cm)
E+ Q = E+4 Q
Temos que:
k .Q k .4Q
= E = E A + EB
( x 3) (12 x )2
2
E 2 = EA2 + EB2
x =6m
IME-ITA 377
Fsica III Assunto 3
k . QA FRES = FE P
9.109.48.106
EA = = = 27.105 N/C m a = |q| E m g
d A2 ( 40.102 )2
k . QB 9.109.16.106 m.( a + g) 1.106. (1 + 10)
EB = = = 36.105 N/C =E = E = 55 N/C
d 2
B ( 20.102 )2 q 2 .107
Logo, E = 45 105 N/C. 09 Um cilindro condutor muito longo (comprimento L) carregando uma
carga total Q1 = +q envolvido por uma casca cilndrica condutora
07 (PUC-SP) Em uma cer ta regio da Terra, nas proximidades (tambm de comprimento L) com carga total Q2 = 2q, como mostrado
da superfcie, a acelerao da gravidade vale 10 m/s2, e o campo em seo transversal na figura. Use a lei de Gauss para determinar:
eletrosttico do planeta vale 100 N/C, orientado verticalmente para
baixo. Determine o sinal e o valor da carga eltrica que uma bolinha de
gude, de massa igual a 50 g, deveria ter para permanecer suspensa em
repouso, acima do solo.
R1
R2
Q1
Q2
E Asg = 4 k .|QINT |
2.k .q q
E (2..r.L) = 4 k |+q| E = E=
(dirigido para fora) r .L 2.. 0 .r .L
E
Soluo: d. Usando a lei de Gauss para um ponto dentro do cilindro e distando
Por possuir carga positiva, a gota sofrer, alm da fora peso dirigida r do centro do sistema, temos:
para baixo, uma fora eltrica no mesmo sentido do campo eltrico.
Como o seu movimento acelerado, temos: E ASG = 4..k.|QINT|
Como a carga interna superfcie gaussiana nula, temos E=0.
378 Vol. 1
Campo eltrico
a.t 2 2.(0,3.103 )
y= a= = 6.102 m 2
2 (1.103 )2 s
E
v
Ainda na vertical sabemos que: FRES = FE
0,30 mm
4
(1.103 ). ..(10.106 )3 .6.102
d.V .a 3
m.a= q .E q = = q=
E 8.104
2,0 cm 3.1014C
EXERCCIOS NVEL 1
01 (Mackenzie-SP) A intensidade do campo eltrico num ponto situado 04 Uma esfera condutora possui uma densidade superficial de cargas
a 3,0 mm de uma carga eltrica puntiforme Q igual a 2,7 C no vcuo uniforme de 5,00 C/m2. Determine a carga existente nessa esfera,
(K0 = 9,0 109 N m2/C2) : sabendo que seu raio igual a 50,0 cm (adote = 3,14).
(A) 2,7 103 N/C. (D) 8,1 106 N/C. 05 Em uma certa regio do espao existe um campo eltrico uniforme de
(B) 8,1 103 N/C. (E) 2,7 109 N/C. imensidade 3,6 103 N/C. Uma carga eltrica puntiforme de 1,0 10 5 C,
(C) 2,7 106 N/C. colocada nessa regio, sofrer a ao de uma fora de que intensidade?
02 Uma partcula com massa de 5,0 107 g e carga eltrica de + 8,0 1010 C 06 No interior de uma esfera metlica oca, isolada, de raio interno de
lanada em um campo eltrico uniforme de intensidade E = 5,0 N/C. Qual 60 cm e externo de 80 cm e eletrizada com carga Q = + 8,0C,
a acelerao que esse campo determina na partcula? colocada, concentricamente a ela, outra esfera condutora, de 20 cm
de raio, eletrizada com carga q = 4,0 C. Determine o mdulo do
03 Em um meio onde a constante eletrosttica vale 9,0 109 N m2 C2, campo eltrico:
so fixadas duas cargas puntiformes QA = 3,2 C e QB = 2,4 C.
a. em um ponto A distante 40 cm do centro das esferas;
P b. em um ponto B distante 70 cm do centro das esferas;
c. em um ponto C, externo esfera maior, distante 100 cm do centro das
esferas;
d. no ponto C do item anterior, aps ligar-se a esfera maior Terra.
IME-ITA 379
Fsica III Assunto 3
08 Uma carga puntiforme de +3,0 C colocada em um ponto P Determine a intensidade do campo eltrico em um ponto P:
de um campo eltrico gerado por uma partcula eletrizada com carga
desconhecida Q, ficando sujeita a uma fora de atrao de mdulo 18 N. a. situado a 50 cm do centro das esferas;
Sabe-se que o meio o vcuo (K0 = 9,0 109 N m2 C2). Determine: b. situado a 90 cm do centro das esferas;
c. situado a 50 cm do centro das esferas, aps ter-se ligado a esfera
a. a intensidade do campo eltrico no ponto P; interna superfcie interna da outra esfera atravs de um fio condutor.
b. a carga fonte Q, sabendo que o ponto P est a 30 cm dela. Dado: constante eletrosttica do meio = 1,0 1010 N m2 C2.
QA QB
A B +q1
4
Dado: constante eletrosttica
do meio = 1,0 .1010 (SI).
q3
(A) a intensidade do campo eltrico resultante no ponto C;
(B) o mdulo da fora resultante que esse campo aplicaria em uma carga
0 3 5 6 x
de prova de +2C, se esta fosse colocada no ponto C.
Calcule a relao entre q3 e q1, para que o campo eltrico na origem do
11 (UFJF-MG) Um pndulo simples construdo com uma esfera metlica sistema seja paralelo a y:
de massa m = 1,0 104 kg carregada com uma carga eltrica de 3,0 105 C
e um fio isolante de comprimento l = 1,0 m de massa desprezvel. Esse (A) 5/4. (D) 4/3.
pndulo oscila com perodo P em um local em que g = 10,0 m/s2. Quando (B) 5 2 / 8. (E) 3 / 2.
um campo eltrico uniforme e constante E aplicado verticalmente em (C) 3/4.
toda a regio do pndulo, o seu perodo dobra de valor. A intensidade do
campo eltrico E de: 16 (ITA) Uma carga q distribui-se uniformemente na superfcie de uma
esfera condutora, isolada, de raio R. Assinale a opo que apresenta a
(A) 6,7 x 103 N/C. (D) 33 N/C. magnitude do campo eltrico e o potencial eltrico em um ponto situado
(B) 42 N/C. (E) 25 N/C. a uma distncia r = R/3 do centro da esfera.
(C) 6,0 x 106 N/C.
(A) E = 0 V / m e U = 0 V
12 Uma esfera metlica oca de raio interno igual a 80 cm e raio externo igual
a 1,0 m eletrizada com carga de +5,0 C. No seu interior, concentricamente 1 q
(B) E = 0 V / m e U = .
a ela, existe uma outra esfera metlica macia de 40 cm de raio e eletrizada 40 R
com carga de 2,0 C.
380 Vol. 1
Campo eltrico
E
E
(A) (D)
o z o z
E E
IME-ITA 381
Fsica III Assunto 3
04 (ITA 08/09) Uma partcula carregada negativamente est se movendo (A) 1/4.
na direo +x quando entra em um campo eltrico uniforme atuando (B) 1/2.
nessa mesma direo e sentido. Considerando que sua posio em (C) 1.
t = 0 s x = 0 m, qual grfico representa melhor a posio da partcula (D) 2.
como funo do tempo durante o primeiro segundo? (E) 4.
382 Vol. 1
Campo eltrico
06 Uma esfera homognea de carga q e massa m de 2 g est suspensa por 08 (UFC-CE) Uma partcula de massa m e carga eltrica q largada do
um fio de massa desprezvel em um campo eltrico cujas componentes x e repouso de uma altura 9H, acima do solo. Do solo at uma altura h = 5H,
y tm intensidades Ex= 3 105 N/C e Ey = 1 105 N/C, respectivamente, existe um campo eltrico horizontal de mdulo constante E. Considere a
como mostra a figura a seguir: gravidade local de mdulo constante g, a superfcie do solo horizontal e
despreze quaisquer efeitos de dissipao de energia. Determine:
y
E
Determine:
V0
a. o mdulo a da acelerao dos eltrons enquanto esto entre as placas; 30
b. o intervalo de tempo t que os eltrons permanecem entre as placas;
x
c. o desvio y na trajetria dos eltrons, na direo vertical, ao final de
seu movimento entre as placas; Considerando que o eltron se move num campo eltrico constante
d. a componente vertical vy da velocidade dos eltrons ao sarem da E = 100 N/C, o tempo que o eltron levar para cruzar novamente o eixo
regio entre as placas. x de:
IME-ITA 383
Fsica III Assunto 3
P g
B = 4pb2
d
(A) o fluxo eltrico que atravessa a rea B duas vezes maior que o fluxo 30
que passa pela rea A.
(B) o fluxo eltrico que atravessa a rea B a metade do fluxo que passa
pela rea A.
E
1
(C) o fluxo eltrico que atravessa a rea B do fluxo que passa pela
4
rea A.
(D) o fluxo eltrico que atravessa a rea B quatro vezes maior que o fluxo a. Os valores dos ngulos 1, que a haste forma com a vertical, na
que passa pela rea A. posio de equilbrio, e 2, que a haste forma com a vertical na posio
(E) o fluxo eltrico que atravessa a rea B igual ao fluxo que atravessa de mximo deslocamento angular;
a rea A. b. A energia cintica K, da esfera, quando ela passa pela posio de equilbrio.
15 Suponha que cargas positivas so distribudas uniformemente em 18 (Fuvest-SP) Uma pequena esfera, com carga eltrica positiva
um volume esfrico de raio R, de material isolante, sendo a carga por Q = 1,5 109C, est a uma altura D = 0,05 m acima da superfcie de uma
unidade de volume. grande placa condutora, ligada Terra, induzindo sobre essa superfcie
cargas negativas, como na figura 1. O conjunto dessas cargas estabelece
a. Use a Lei de Gauss para provar que a intensidade do campo eltrico um campo eltrico que idntico, apenas na parte do espao acima da
r placa, ao campo gerado por uma carga +Q e uma carga Q, como se
no interior do volume, a uma distncia r do centro, E = .
3 o fosse uma imagem de Q que estivesse colocada na posio representada
b. Qual o campo eltrico em um ponto externo, a uma distncia r do na figura 2.
centro? Expresse sua resposta em termos da carga total q do volume
esfrico.
384 Vol. 1
Campo eltrico
+Q
EXERCCIOS NVEL 3
Figura 1
IME-ITA 385
Fsica III Assunto 3
05 Faa o grfico do campo eltrico produzido por um cilindro isolante 09 Em uma esfera isolante de raio R e densidade volumtrica de carga
muito longo de raio R em funo da distncia a seu eixo. O cilindro est foi feita uma cavidade esfrica de dimetro R que tangencia a esfera
carregado uniformemente, sendo a densidade volumtrica de carga. isolante. Dentro dessa cavidade inserido um pndulo simples carregado
eletricamente e seu perodo se reduz a um tero do que era antes, ao oscilar
sujeito apenas ao campo gravitacional. Sabe-se que a massa da esfera
06 (Saraeva) Determinar o perodo das pequenas oscilaes de uma pendular m, a gravidade local g e a permissividade eltrica no interior
molcula polar em um campo eltrico homogneo, cuja intensidade E. A da cavidade . Qual a carga eltrica da esfera?
molcula polar pode ser apresentada como um haltere de comprimento l,
nos extremos do qual se encontram massas pontuais iguais m, portadoras
de carga + q e q correspondentemente.
RASCUNHO
386 Vol. 1