Biologia 1 Material COC

F MAT
241
Captulo 1 .............. 248
Mdulo 1 ............ 256
Mdulo 2 ............ 260
U
242 Captulo 2 .............. 264

Q
Mdulo 3 .............270
ia
Mdulo 4 ............ 273
og
Captulo 3 ...............276
Mdulo 5 ............ 284
Mdulo 6 ............ 289
ol
Bi
LP
H
GE
O
IS
O
L
FI
O
C
SO
BI
B
GA
1. Definio 250
2. Categorias taxonmicas 251
3. Nomenclatura dos seres vivos 253
4. Reinos 254
5. Organizador grfico 255
Mdulo 1 Classificao biolgica 256
Mdulo 2 Nomenclatura biolgica 260
Identicar os grandes grupos de seres

vivos a partir de suas diferenas morfo-
siolgicas.
Identicar a importncia e o signicado
da nomenclatura e das classicaes
biolgicas.
Interpretar rvores filogenticas
(cladogramas).
INGRID PRATS / DREAMSTIME.COM

Classificao biolgica
1
249
A grande variedade de seres vivos existentes no planeta Terra chamada de

biodiversidade. No fcil estudar isoladamente as vrias espcies conhecidas.
Para auxiliar na compreenso das particularidades de cada espcie e tentar com-
preender a evoluo dos grupos de seres vivos e suas relaes de parentesco, os
cientistas fazem a sua classificao. Classificar agrupar, formar grupos, obede-
cendo a determinados critrios.
1. Definio
1
A palavra classificao pode ser definida como uma reunio de objetos ou de seres vivos com caractersticas semelhantes.
241
James Duff Brown estabeleceu que a classificao um processo mental constantemente executado de forma consciente
e inconsciente. A mente humana classifica objetos para todos os tipos de propsito.
Em um supermercado, por exemplo, os produtos so classificados segundo algumas caractersticas para que possamos
encontrar com mais facilidade aqueles que desejamos comprar. Nesse local, encontraremos produtos para limpeza, higiene
pessoal, bebidas, vrios tipos de alimentos, entre outros.
Outro local em que a classificao nos ajuda a biblioteca. Quando vamos a uma biblioteca, encontramos os livros cata-
logados de acordo com determinadas caractersticas, que podem ser rea de referncia (histria, matemtica, biologia etc.),
Biologia
assuntos especficos, cronologia, atualidades ou ainda tipos de peridicos (livros, revistas ou jornais).
Um exemplo interessante de classificao a tabela peridica dos elementos qumicos, que voc estudar em Qumica. Na
tabela peridica, os elementos so classificados em determinados grupos levando-se em considerao caractersticas espec-
ficas, que podem reunir os elementos no mesmo grupo ou separ-los.
Metais alcalinos Actindios C Slidos

Metais alcalinoterrosos Outros metais Br Lquidos
Cincias da Natureza e suas Tecnologias
Metais de transio No (metais) H Gases

1 Lantandeos Gases nobres TC Sintticos 18
IA VIIIA
1 1 2 2
Hidrognio
1 H 2 13 14 15 16 17
He
Hlio
(1.007; 1.009) IIA IIIA IVA VA VIA VIIA 4,0026
3 2 4 2
5 2 6 2 7 2 8 2 9 2 10 2
2
2 4 5 6 7 8
Nitrognio
1 3
Oxignio
Carbono
Li Be B C N O F Ne
Berlio
Nenio
Ltio
Flor
Boro
(6.938; 6.997) 9,0122 (10,80; 10,83) (12,00; 12,02) (14,00; 14,01) (15,99; 16,00) 18,998 20,180
11 2 12 2 13 2
14 2 15 2 16 2 17 2 18 2
3
8 8 8 8 8 8 8
Magnsio
Na
Alumnio
Mg 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Al Si P S Cl Ar
2 3 4 5 6 7 8
Silcio
Enxofre
1
Fsforo
Sdio
Argnio
Cloro
22,990 24,305
IIIB IVB VB VIB VIIB VIIIB IB IIB 26,982 (28,08; 28,09) 30,974 (32,05; 32,08) (35,44; 35,46) 39,948
19 2 20 2 21 2 22 2 23 2 24 2 25 2 26 2 27 2 28 2 29 2 30 2 31 2
32 2 33 2 34 2 35 2 36 2
4
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Mangans
8 8 8 8
Escndio
8
Potssio
Germnio
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Se Br Kr
Vandio
Ge As
Titnio
8 11 15 18 18
Cobalto
10 13 13 14 16 18 18
Nquel
18
Criptnio
Selnio
9 18 18 18
Arsnio
8
Crmio
Bromo
Zinco
Ferro
Cobre
Clcio
Glio
1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 1 2 3 4 5 6 7 8
39,098 40,078 44,956 47,88 50,942 51,996 54,938 55,847 58,933 58,693 63,546 65,39 69,723 72,61 74,922 78,96 (3) 79,904 83,80
37 2 38 2 39 2 40 2 41 2 42 2 43 2 44 2 45 2 46 2 47 2 48 2 49 2 50 2
51 2 52 2 53 2 54 2
5
Seabrgium Tungstnio Molibidnio
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Estrncio
8 8 Estanho 8
Tecncio
Sn I Xe
Zircnio
Rb Nb
Rutnio
Sr Y Zr Mo Tc Ru Rh Pd Cd In
Rubdio
Ag
Paldio
Antimnio
18 18 18 18 18 18 18
Cdmio
18 18 18 18 18 18 18
Xennio
Nibio
18
Sb Te
18 18 18
Rdio
ndio
Prata
Telrio
trio
Iodo
8 8 9 10 12 13 13 15 16 16 18 18 18 18 18 18 18 18
1 2 2 2 1 1 2 1 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8
85,468 87,62 88,906 91,224 92,906 95,94 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29
55 2 56 2 71 2 72 2 73 2 74 2 75 2 76 2 77 2 78 2 79 2 80 2 81 2 82 2 83 2 84 2 85 2 86 2
6
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Mercrio
Cs Ba Lu Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Chumbo
Lutcio
Tntalo
Bismuto
Platina
18 18 18 18
Hfnio
18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18
smio
18
Polnio
18
Rnio
18
Irdio
Csio
Radnio
Brio
Tlio
Astato
Ouro
18 18 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32
8 8 9 10 11 12 13 14 15 17 18 18 18 18 18 18 18 18
250
1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8
132,91 137,33 174,97 178,49 180,95 183,85 186,21 190,2 192,22 195,08 196,97 200,59 (204,3; 204,4) 207,2 208,98 209 210 222
87 2 88 2 103 2 104 2 105 2 106 2 107 2 108 2 109 2 110 2 111 2 112 2 113 114 115 116 117 118
Ununquadium
Rutherfrdium
Unumhexium
7
ununseptium
Meitnrium
Laurncio
Ununpentium
Darmstdio
Roentgnio
Ununoctium
8
Dubnium
Ununtrium
8 8 8 8 8 8
Ununbium
8 8 8
Hssium
8 8
Bhrium
Fr Ra Lr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Uub Uut Uuq Uup Uuh Uus Uuo

Frncio
18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18
Rdio
32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32
18 18 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32
8 8 9 10 11 12 13 14 15 17 18 18
1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2
226,03* (262)
As massas atmicas entre parnteses so aquelas do istopo mais estvel ou comum.
2 2 2 2 2 2
57 2 58 2 59 60 2 61 2 62 2 63 2 64 2 65 66 67 68 69 2 70
Protactnio Praseodmio
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Disprsio
8
Neodmio
Promcio
Lantnio
Gadolnio
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb
Samrio
Eurpio
18 18 18 18 18 18
Hlmio
18 18 18 18 18 18 18
Itrbio
18
Trbio
rbio
Tlio
Crio
18 19 21 22 23 24 25 25 27 28 29 30 31 32
9 9 8 8 8 8 8 9 8 8 8 8 8 8
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
138,91 140,12 140,91 144,24 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04
89 2 90 2 91 2 92 2 93 2 94 2 95 2 96 2 97 2 98 2 99 2 100 2 101 2 102 2
Mendelvio
Einsteinio
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Berqulio
8 8 8 8
Califrnio
Plutnio
Ac Pa Pu Es
Amercio
U Am Cm Cf Fm Md No
Netnio
Th Np Bk
Noblio
18 18 18 18 18 18 18
Frmio
Actnio
Urnio
18 18 18 18 18 18 18
Trio
Crio
32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32
18 18 20 21 22 24 25 25 27 28 29 30 31 32
9 10 9 9 9 8 8 9 8 8 8 8 8 8
227,03 2 232,04 2 231,04 2 238,03 2 (237) 2 (244) 2 (243) 2 (247) 2 (247) 2 (251) 2 (252) 2 (257) 2 (258) 2 (259) 2
Tabela peridica com os elementos qumicos classificados sistematicamente em funo de suas propriedades. A tabela peridica ordena os elementos
qumicos em linhas, denominadas perodos, e em colunas, chamadas grupos ou famlias, em ordem crescente de seus nmeros atmicos (Z).
Historicamente, o sistema de classificao de seres vivos mais antigo que consta na literatura cientfica foi descrito pelo
filsofo grego Aristteles. Ele classificou todos os organismos at ento conhecidos em dois grupos, as plantas e os animais.
Aristteles tambm classificou os animais, que foram subdivididos de acordo com o ambiente em que viviam, como a terra, a
gua e o ar. Nota-se que, nessa poca, o desenvolvimento tecnolgico era pequeno e no se tinha ideia da existncia dos mi-
cro-organismos. Entretanto, foi esse trabalho de classificao desenvolvido por Aristteles que inspirou muitos outros trabalhos
taxonmicos descritos por outros cientistas.
A expanso martima e a explorao de novos territrios levaram ao conhecimento de centenas de novas espcies de plan-
tas e animais.
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Com a descoberta dessa grande biodiversidade, tornou-se necessrio criar um sistema que agrupasse as espcies de forma
1
organizada, possibilitando uma fcil localizao dos exemplares semelhantes. A partir da nasceu o sistema binomial de clas-
sificao, desenvolvido pelo mdico e professor sueco Carl Linnaeus, tambm conhecido como Lineu, com base na morfologia
241
externa, agrupando exemplares com caractersticas semelhantes.
FOTOS COSMIN DANILA; GEORGIOS KOLLIDAS / DREAMSTIME.COM
Biologia
esquerda, Aristteles, filsofo grego e criador do primeiro sistema de classificao biolgica para os seres vivos. direita, Lineu,
criador do sistema de classificao binomial, utilizado at os dias de hoje e que revolucionou a classificao dos seres vivos.
251
Atualmente, na Biologia, o ramo que estuda a classificao dos seres vivos denominado taxonomia. Essa rea do co-
nhecimento biolgico tem duas divises: a sistemtica, que lida com a diviso dos seres vivos em grupos com caractersticas
semelhantes, e a nomenclatura, que define normas universais para nomear todas as espcies j conhecidas pelos cientistas
e estudiosos.
A grande vantagem de um sistema de classificao e de nomenclatura a sua universalidade. Quando citamos Homo sapiens,
estamos nos referindo a uma mesma espcie (a espcie humana) em qualquer local do mundo.
2. Categorias taxonmicas
A. Conceito biolgico de espcie
A unidade taxonmica fundamental a espcie. Entende-se por espcie um conjunto de organismos semelhantes que se
cruzam, habitualmente, na natureza, originando descendentes frteis. De outra forma, podemos dizer que indivduos que tro-
cam genes na natureza pertencem mesma espcie.
O jumento e a gua so animais bastante semelhantes. Quando se cruzam, podem gerar descendentes: os burros e as
mulas. Todavia, os burros e as mulas so animais estreis, ou seja, no podero originar descendentes. Portanto, a gua e o
jumento no podem ser considerados animais da mesma espcie. Assim, tambm, o tigre e a ona, o cavalo e a zebra no so
da mesma espcie.
Indivduos de uma mesma espcie apresentam um nmero elevado de semelhanas. Suas clulas possuem as mesmas
quantidades de cromossomos; h semelhanas bioqumicas entre eles; a fisiologia dos rgos internos e o desenvolvimento
embrionrio so idnticos.
Eventualmente, uma espcie pode abrigar grande diversidade de organismos, que sero divididos em subespcies ou ra-
as. Se os componentes de duas subespcies permanecerem afastados e impedidos de se cruzarem, possvel que venham a
acumular, ao longo do tempo, tal quantidade de divergncias, que passam a formar duas espcies distintas.
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1
241
Biologia
FOTOS HONOURABLEANDBOLD; ARNO MEINTJES; PHOTOGRAPHERLONDON; WANNACHATP / DREAMSTIME.COM

Diferentes espcies de felinos de grande porte e todos pertencentes ao gnero Panthera. Em (A), ona pintada encontrada na Amrica
do Sul (Panthera onca). Em (B), leo (Panthera leo). Em (C), leopardo africano (Panthera pardus). Em (D), tigre (Panthera tigris).
252
APRENDER SEMPRE 37
01. Espcie
Do cruzamento entre um jumento e uma gua, houve
o nascimento de um burro. Considerando os trs animais Gnero
citados, quantas espcies diferentes temos?
Resoluo Famlia
Apenas duas espcies. O burro descendente desse Ordem
cruzamento um animal estril, sendo, portanto, conside-
Classe
rado um hbrido. Dessa forma, o jumento pertence a uma
espcie, e a gua, a outra espcie. Filo
Reino
B. Categorias de classificao . Categorias taxonmicas utilizadas para a classificao dos
Quando duas ou mais espcies apresentarem caracters- animais. Na classificao das plantas, a nica diferena a
substituio da categoria filo pela categoria diviso.
ticas comuns, elas sero agrupadas em um mesmo gnero.
Todavia, a quantidade de semelhanas entre dois compo- Cada uma das categorias taxonmicas rene indivduos
nentes de uma mesma espcie , logicamente, maior que as com suas particularidades. Os indivduos classificados como
semelhanas entre dois membros de um mesmo gnero. Os membros de uma mesma espcie possuem maior nmero
gneros correlacionados sero colocados em uma mesma de caractersticas semelhantes do que quando comparados
famlia. Diversas famlias constituem uma ordem. Compa- com os indivduos que so classificados dentro de um mes-
rando os membros de diversas ordens, podemos encontrar mo reino. Um animal muito comum entre ns o cachorro,
semelhanas que permitem reuni-los em uma classe. Vrias que muito provavelmente se originou a partir do lobo, Canis
classes podem ser agrupadas em um mesmo filo. Os filos se- lupus. Atualmente, ces e lobos so considerados como per-
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melhantes constituem os reinos, que so os mais genricos e tencentes espcie Canis lupus.
abrangentes de todos os agrupamentos de seres vivos.
Ces, chacais e coiotes pertencem ao gnero Canis, mas terrificus. Nunca se usa a ltima palavra isoladamente
1
so de espcies distintas. Todos apresentam algumas seme- para determinar a espcie.
lhanas com as raposas, que so includas na mesma famlia, Etimologicamente, o nome do gnero um substan-
241
Canidae. Hbitos alimentares e semelhanas fisiolgicas e tivo e sempre escrito com a inicial maiscula. A
embriolgicas permitem reunir os animais anteriormente ci- designao da espcie um adjetivo e iniciada por
tados aos ursos, lees e leopardos, na ordem Carnivora. As- letra minscula. Como exemplo, citamos a lombriga do
sim como esses animais, os cavalos, os cangurus, as baleias homem, cujo nome cientfico Ascaris lumbricoides.
e o homem possuem corao com quatro cavidades, tempe- Todo nome cientfico escrito de forma a ter destaque
ratura corporal constante, glndulas mamrias, pelos na suem relao ao restante do texto. Para isso, usa-se letra
perfcie corporal e outras caractersticas em comum. Todos em itlico ou grifado ou em negrito. O nome do camun-
Biologia
sero agrupados na mesma classe, Mammalia. dongo domstico, por exemplo, poderia ser escrito
Mesmo comparando-se esses animais com peixes, rs, das seguintes maneiras: Mus musculus, Mus musculus
serpentes e pssaros, encontraremos caractersticas em co- ou Mus musculus.
mum. Todos desenvolvem, durante o perodo embrionrio,
um eixo de sustentao chamado notocorda. Por isso, so APRENDER SEMPRE 38
do filo Chordata. Junte-se, agora, mariscos, estrelas-do-mar,
moscas, minhocas e todos os outros animais, que teremos o 01.
reino Metazoa. Na nomenclatura binomial, criada por Carlos Lineu, o

nome da espcie deve ser escrito sempre em latim. Qual a
vantagem desse procedimento?
3. Nomenclatura dos seres vivos Resoluo
O latim era a lngua utilizada nos trabalhos cientficos
A. Nomenclatura binomial da poca de Lineu. A utilizao de uma nica lngua padro-
Nos primrdios da taxonomia, cada cientista ou grupo niza os nomes cientficos, evitando possveis confuses
de cientistas empregava regras particulares para a nomen- causadas por diferentes escritas.
clatura dos seres vivos, principalmente animais e plantas.
Isso deve ter provocado muita confuso entre os estudio-
sos, inviabilizando a troca de informaes e de conhecimen-
tos entre os cientistas de vrios pases e mesmo dentro de
um nico pas. Dessa maneira, em cada idioma, um mesmo Costuma-se dizer que, quando o nome indicativo
animal poderia receber vrios nomes distintos. da espcie uma homenagem a algum cientista,
No sculo XVIII, Lineu elaborou um sistema de nomen- pode-se usar letra maiscula (como, por exemplo,
clatura binomial que foi a base escolhida para a moderna Trypanossoma Cruzi, cujo nome recorda o pesqui-
nomenclatura cientfica, adotada universalmente em 1901. sador brasileiro Oswaldo Cruz). Entretanto, essa tra-
253
Por esse feito, Lineu considerado hoje como o pai da taxo- dio no tem nenhum embasamento nas normas
nomia moderna. aceitas pela comunidade cientfica internacional e
no deve ser usada.
B. As regras da nomenclatura binomial Quando, em uma espcie, houver subespcies, es-
O sistema criado por Lineu leva em conta as seguintes tas so indicadas por um terceiro nome, que se se-
regras para a nomenclatura dos seres vivos: gue designao da espcie e escrito com inicial
Todos os nomes cientficos devem ser escritos em la- em letra minscula. Por exemplo: Rhea americana
tim ou devem ser latinizados. Um nome estabeleci- alba (o nome da ema branca sul-americana).
do dever permanecer imutvel. Exemplo: Canis lupus Se houver subgnero, este ser indicado com
(co domstico). a inicial maiscula, entre parnteses, depois
A nomenclatura binomial, isto , cada espcie do nome do gnero. O mosquito transmissor da
deve ser conhecida por um nome formado por pelo malria, por exemplo, o mosquito-prego, cuja
menos duas palavras. A primeira palavra indica o g- notao cientfica Anopheles (Nyssorhincus)
nero e a segunda designa a espcie. Dessa forma, darlingii.
a cobra cascavel conhecida cientificamente por
Crotalus terrificus. Seu gnero Crotalus, e a esp-
cie Crotalus terrificus. Observe que a espcie no
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4. Reinos Entre os organismos protistas, as algas so auttrofas e
1
Neste livro, adotamos a classificao que divide os seres sempre realizam o processo de fotossntese. Os protozorios
vivos em cinco reinos, sugerida por Robert Whittaker e modifi- so hetertrofos, com espcies de vida livre e espcies pa-
241
cada por Lynn Margulis e Karlene Schwartz. rasitas.
Reino
C. Reino Fungi
Animalia O reino Fungi formado pelas espcies de fungos. Os
(animais) organismos so eucariontes e podem ser unicelulares ou
Reino Reino pluricelulares. Estes ltimos representam a maioria e neles
Plantae Fungi
tambm no so encontrados tecidos.
Biologia
(plantas) (fungos)
Os fungos apresentam caractersticas prprias de seres
vivos de outros reinos. So hetertrofos, isto , incapazes
de sintetizar molculas orgnicas a partir de substncias
inorgnicas.
O mofo, os bolores e os cogumelos so exemplos de fun-
gos. Seu papel nos ecossistemas fundamental para a reci-
clagem da matria orgnica. Os fungos so decompositores
do material biolgico morto e suas clulas armazenam glico-
gnio, que um carboidrato tipicamente animal. Apesar disso

Reino Protista e de serem hetertrofos, sua estrutura interna e seu padro
(algas e protozorios) de reproduo lembram mais os vegetais.
D. Reino Plantae (ou Metaphyta)

So organismos auttrofos pluricelulares, cujas clulas
so eucariticas e esto organizadas em tecidos, com fun-
es nitidamente estabelecidas. H tecidos de sustentao,
Reino Monera tecidos de revestimento, tecidos fotossintetizantes, tecidos
(bactrias e cianobactrias) de transporte etc.
Sistema de classificao dos seres vivos em cinco reinos. Esses organismos realizam fotossntese, processo pelo
qual sintetizam substncias orgnicas a partir de CO2 e gua.
A. Reino Monera So responsveis pela liberao de oxignio para a atmosfera
Inclui somente organismos unicelulares e procariontes, e empregados como alimentos por animais.
isto , que no possuem sistemas intracelulares de mem- O reino representado por todas as espcies de plantas.
branas nem envoltrio nuclear (carioteca). So exemplos de Como representantes, podemos citar os musgos (Brifitas),
254
organismos do reino Monera as bactrias e as cianobactrias. as samambaias (Pteridfitas), os pinheiros (Gminospermas)

At h alguns anos, as cianobactrias eram chamadas algas e as plantas que produzem frutos (Angiospermas), como a
azuis ou cianofceas. goiabeira, a laranjeira, o mamoeiro, o abacateiro etc.
Seus representantes podem ser encontrados em diver-
sos locais na natureza, como na gua, no ar, no solo, no inte- E. Animalia (ou Metazoa)
rior de animais e de plantas, sem parasit-los, ou ainda, como So organismos hetertrofos pluricelulares e eucarion-
parasitas de organismos pluricelulares. tes. Dependem dos tecidos de outros seres vivos, que lhes
Quanto nutrio, podemos encontrar organismos au- servem de alimento. Suas clulas se organizam em tecidos
ttrofos, como as cianobactrias, que realizam fotossnte- diferenciados quanto morfologia e funo. No homem, por
se, e algumas bactrias, que podem realizar fotossntese exemplo, encontramos tecidos epiteliais (de revestimentos),
ou quimiossntese, nunca os dois. H tambm organismos tecidos musculares (que executam movimentos), tecidos
hetertrofos, como algumas espcies de bactrias que so nervosos etc.
decompositoras da matria orgnica, sendo importantes na Uma importante caracterstica da maioria desses ani-
reciclagem. mais a presena de sistema nervoso, que permite a integra-
o entre as diversas partes do corpo e uma melhor relao
B. Reino Protista com o ambiente. As esponjas, entretanto, no possuem esse
Este reino formado por organismos unicelulares ou plu- sistema.
ricelulares, todos eucariontes, cujas clulas possuem envol- Todos os animais so representantes desse reino. Como
trio nuclear. Os protistas, tambm chamados protoctistas, exemplos, podemos citar as esponjas (porferos), os corais e
so representados pelos protozorios e pelas algas. Embora as guas-vivas (cnidrios), as planrias e as tnias (platel-
existam algas pluricelulares, nelas no h organizao em te- mintos), as lombrigas (nematdeos), as minhocas e as san-
cidos e, por isso, no so classificadas como plantas. guessugas (aneldeos), os insetos e as aranhas (artrpodes),
Os organismos desse reino podem ser encontrados em as estrelas-do-mar (equinodermas), os tubares e as carpas
diversos lugares, como na gua, no solo, em associaes mu- (peixes), os sapos e as pererecas (anfbios), as cobras e os
tualsticas com outros organismos, ou ainda, como parasitas lagartos (rpteis), os pardais e as pombas (aves), os ces, os
EMI-15-10
de organismos pluricelulares. gatos e o homem (mamferos).

1
Em 1990, o microbiologista Carl R. Woese props a criao da categoria Domnio, superior ao Reino.
241
Ele dividiu os seres vivos nos domnios Archaea, Bacteria e Eukarya. As arqueas so seres procariontes,
assim como as bactrias, mas diversas evidncias, principalmente moleculares, indicam maior parentes-
co com os seres eucariontes, reunidos no domnio Eukarya. As arqueas mais estudadas so as metano-
gnicas (que produzem gs metano), as halfilas extremas (encontradas em gua com salinidade alta) e
as termfilas extremas (que vivem em gua com temperatura elevada).
Biologia
5. Organizador grfico
A. Reinos de seres vivos

Reinos
Animalia Plantae
Protista
Monera
255
Pluricelulares Fungi Pluricelulares
Eucariontes Eucariontes
Aclorofilados Clorofilados
Hetertrofos Unicelulares ou pluricelulares Auttrofos
Exemplo: animais Exemplo: plantas
Eucariontes
Aclorofilados
Exemplo:
fungos
Unicelulares Unicelulares ou
pluricelulares
Procariontes Eucariontes
Exemplo: Exemplo:
bactrias algas e
cianobactrias protozorios
EMI-15-10
Apenas
Tema Tpico Subtpico Subtpico destaque texto Caractersticas
Mdulo 1
1
Classificao biolgica
241
Exerccios de Aplicao
01. Sistema COC 03. ENEM
Um pas de grande extenso territorial, como o Brasil, tem
Biologia
sua populao acometida por vrias doenas, entre elas as Os bichinhos e o homem
protozooses, distribudas por vrias regies. No tringulo mi-
neiro, ocorre a doena de Chagas, provocada pelo flagelado Nossa irm, a mosca
Trypanosoma cruzi. Na Amaznia, inmeras mortes so pro- feia e tosca
vocadas pela malria, cujos agentes etiolgicos so os espo- Enquanto que o mosquito
rozorios Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax e Plas- mais bonito
modium malariae. No bastassem as doenas transmitidas Nosso irmo besouro
por insetos, ainda h aquelas relacionadas falta de sanea- Que feito de couro
mento bsico. Na regio Nordeste, a amebase, transmitida Mal sabe voar

pela ingesto de gua e alimentos contaminados com cistos Nossa irm, a barata
do sarcodino Entamoeba histolytica, um grave problema de Bichinha mais chata
sade pblica. prima da borboleta
a. De acordo com os critrios de classificao biolgica, Que uma careta
quantos gneros e quantas espcies de protozorios Nosso irmo, o grilo
foram citados no texto? Que vive dando estrilo
b. Identifique o reino ao qual pertencem os protozorios S pra chatear
e explique por que bactrias ou plantas no podem MORAES, V. A arca de No: poemas infantis.
ser classificadas nesse mesmo reino. So Paulo: Companhia das Letrinhas, 1991.
Resoluo
O poema acima sugere a existncia de relaes de afinida-
a) Trs gneros (Trypanosoma, Plasmodium e Enta- de entre os animais citados e ns, seres humanos. Respeitan-
moeba) e cinco espcies (Trypanosoma cruzi, Plas- do a liberdade potica dos autores, a unidade taxonmica que
modium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium expressa a afinidade existente entre ns e esses animais :
malariae e Entamoeba histolytica). a. o filo.
256
b) Os protozorios pertencem ao reino Protista, que in- b. o reino.

clui organismos eucariontes e sem tecidos organiza- c. a classe.
dos. As bactrias so procariontes e as plantas pos- d. a famlia.
suem tecidos verdadeiros. e. a espcie.
02. PUC-RJ Resoluo

O lobo-guar e a ona so dois exemplares da nossa fau- Os seres humanos pertencem ao filo dos cordados. As
na ameaados de extino. O esquema a seguir mostra as moscas, os besouros, os mosquitos, as baratas, as borbole-
principais categorias taxonmicas a que pertencem esses tas e os grilos pertencem ao filo dos artrpodes. Portanto, os
animais. dois grupos pertencem ao reino animal.
Lobo-guar: cordado > mamfero > carnvoro > candeo > Alternativa correta: B
Chrysocyon > C. brachyurus Habilidade
Ona-parda: cordado > mamfero > carnvoro > feldeo > Identificar a importncia e o significado da nomenclatura
Felis > F. concolor e das classificaes biolgicas.
A anlise do esquema permite dizer que os dois animais
esto prximos na mesma categoria at:
a. classe.
b. filo.
c. famlia.
d. gnero.
e. ordem.
Resoluo
Lobo-guar e ona-parda pertencem ao mesmo filo (cor-
dado), mesma classe (mamfero) e mesma ordem (carni-
vora), mas a famlias, gneros e espcies diferentes.
EMI-15-10
Alternativa correta: E
Exerccios Extras
1
04. d. dois organismos pertencentes ao mesmo reino e ao
241
Na natureza, a quantidade de seres vivos to grande que mesmo filo, certamente pertencero mesma fam-
muitas espcies ainda no foram descobertas pelos cientistas. lia, ao mesmo gnero, mesma ordem e mesma
provvel que outras, que j foram extintas, nem chegaram a espcie.
ser estudadas. Em virtude desse grande nmero de seres vivos, e. raas distintas, em geral, no produzem descenden-
houve a necessidade de se criar um sistema universal, que fos- tes frteis, estando isoladas reprodutivamente umas
se usado para classificar os organismos estudados em todo o das outras.
planeta. Dessa forma, a Sistemtica, ramo que estuda a biodi-
Biologia
versidade e apresenta seus resultados por meio da classifica- 05.
o biolgica, ou taxonomia, organiza os seres vivos em catego- Ordene as categorias de classificao biolgica, de modo
rias hierrquicas, chamadas categorias taxonmicas ou txons. descendente, e assinale a alternativa correta.
De acordo com as categorias taxonmicas, pode-se afirmar que: a. Reino Classe Filo Ordem Famlia Gnero
a. dois organismos pertencentes ao mesmo filo e mes- Espcie
ma classe certamente pertencero mesma famlia, ao b. Reino Classe Filo Ordem Gnero Famlia
mesmo gnero, mesma ordem e mesma espcie. Espcie
b. possvel que dois organismos pertenam mesma c. Reino Filo Classe Ordem Famlia Gnero

espcie e a diferentes gneros, porm, se se cruza- Espcie
rem, produziro descendentes estreis. d. Reino Filo Ordem Classe Famlia Gnero
c. se os animais A e B pertencessem a gneros diferen- Espcie
tes de uma mesma famlia e os animais C e D perten- e. Reino Filo Classe Ordem Famlia Espcie
cessem mesma ordem, mas a famlias diferentes, Gnero
haveria maior grau de parentesco entre A e B.
Seu espao
Sobre o mdulo
O captulo de classificao biolgica foi dividido em dois mdulos, para facilitar a aprendizagem do aluno e o desenvol-
vimento dos contedos. A classificao dos grandes grupos de seres vivos passa por diversas revises, muitas delas contro-
versas. Existe, por exemplo, uma classificao em cinco reinos; outra, em seis reinos e outra ainda em 7 reinos. Por essa razo,
a presente obra traz a abordagem tradicional por entendermos ser mais adequada ao pblico a que se destina. Neste mdulo,
destacamos a classificao biolgica, os sistemas de classificao, o sistema natural de classificao de Lineu e as categorias
257
de classificao. importante que o professor d maior nfase s categorias de classificao.
Na web
Acesse: <http://www.tolweb.org/tree/>.
O site oferece um conjunto de informaes sobre a biodiversidade, contendo relaes filogenticas entre grupos de orga-
nismos, para que os visitantes possam navegar na hierarquia da vida e aprender sobre a filogenia e a evoluo, bem como sobre
as caractersticas dos grupos individuais.
EMI-15-10
Exerccios Propostos
1
Da teoria, leia os tpicos 1, 2 e 4. c. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 so verdadeiras.

241
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento d. Somente as afirmativas 1 e 2 so verdadeiras.

e. Somente as afirmativas 1 e 4 so verdadeiras.
06. Fuvest-SP modificado 09. ENEM

Entre os ces domsticos, encontramos uma grande di- No sculo XVIII, o naturalista sueco Lineu acreditava que
versidade morfolgica (ex.: fox, so bernardo, dobermann, existiam cerca de 10 mil espcies de seres vivos. Atualmente,
poodle e muitos outros). J entre os ces selvagens (cachor- j so mais de 2 milhes de espcies identificadas e nomeadas.
Biologia
ro-do-mato, lobo-guar), a diversidade muito menor. Essa incrvel variedade torna necessrio um sistema eficiente
a. Que nvel taxonmico atribumos grande diversidade para organizar a enorme diversidade biolgica. Os cientistas
encontrada dentro de cada grupo de animais doms- dividem os seres vivos em categorias ou grupos taxonmicos,
ticos? Por qu? de acordo com suas caractersticas comuns. O grfico a seguir
b. Por que os ces vira-latas so, em mdia, mais resis- representa as fraes de certos grupos taxonmicos.
tentes a doenas que os ces com pedigree?
Protistas
Procariontes Fungos
07. Todas as outras plantas
Em uma rea de transio entre a Mata Atlntica e o cerra-

do, so encontrados o pau-darco (Tabebuia serratifolia), a cai- Angiospermas
xeira (Tabebuia cassinoides) e alguns ips (Tabebuia aurea,
Tabebuia alba e Cybistax antisyphillitica). O cip-de-so-joo
(Pyrostegia venusta) tambm frequente naquela regio.
Considerando os critrios da classificao biolgica, no Insetos Todos os outros
animais
texto, so citados:
a. 3 gneros e 3 espcies. Moluscos
b. 3 gneros e 4 espcies. Cordados
c. 3 gneros e 6 espcies.
d. 4 gneros e 4 espcies. Todos os outros artrpodes
e. 4 gneros e 6 espcies.
A anlise do grfico permite afirmar que:
08. UFPR a. a soma das fraes que incluem bactrias e amebas
O conhecimento da biodiversidade fundamental para sua maior do que a soma das fraes que incluem a leve-
conservao e para seu uso sustentvel. No entanto, a biodi- dura e a samambaia.
258
versidade sobre a Terra to grande que, para estud-la, faz-se b. a frao que inclui sardinha, pardal, cascavel e baleia
necessrio, inicialmente, nome-la. Os seres vivos no podem muito maior do que a frao que inclui gua-viva,
ser discutidos ou tratados de maneira cientfica sem que sejam planria e minhoca.
denominados e descritos previamente. Os nomes cientficos c. a frao que inclui rosa, tulipa e margarida maior do
do um significado universal de comunicao, uma linguagem que a frao que inclui aranha.
essencial do conhecimento da biodiversidade, servindo tam- d. a soma das fraes dos eucariontes no vegetais cor-
bm como um banco de dados nico de informao. inerente responde, aproximadamente, a 25% do total.
ao ser humano a necessidade de organizao dos objetos em e. os escorpies esto includos na frao que represen-
grupos, simplificando a informao, a fim de facilitar seu enten- ta quase a metade do total.
dimento. Nesse contexto, insere-se a classificao biolgica.
Considere as afirmativas a seguir, relacionadas ao texto 10. PUC-SP
anterior. Considerando a hierarquia das categorias taxonmicas,
1. As categorias taxonmicas so, em ordem hierrqui- correto afirmar que dois animais que fazem parte da mesma
ca: reino, filo, famlia, ordem, classe, gnero e espcie. ordem, obrigatoriamente, pertencero , e dois animais
2. Os seres vivos esto distribudos nos seguintes rei- pertencentes sempre tero mais semelhanas entre si.
nos: Monera, Protista, Fungi, Metaphyta (Plantae) e a. mesma classe mesma espcie
Metazoa (Animalia). b. mesma famlia ao mesmo gnero
3. A partir do texto, deduz-se que as regras de nomen- c. ao mesmo gnero mesma famlia
clatura garantem uma nica linguagem universal da d. ao mesmo gnero mesma espcie
informao biolgica. e. mesma espcie mesma classe
4. O processo de identificao de um ser vivo consiste
em estabelecer uma correlao de identidade entre 11.
o exemplar objeto de identificao e aquele que j foi Assinale a alternativa correta.
classificado, definindo, assim, seu nome cientfico. a. Dois animais de um mesmo filo no podem pertencer
Assinale a alternativa correta. mesma famlia.
EMI-15-10
a. Somente as afirmativas 2 e 3 so verdadeiras. b. Dois animais de um mesmo gnero no podem per-

b. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 so verdadeiras. tencer a uma mesma espcie.
c. Dois animais de uma mesma classe no podem per- dois e um terceiro fssil, Z. Constatou tambm acentuada seme-
1
tencer a uma mesma famlia. lhana entre o fssil Z e um quarto fssil W. Dentre as classifica-
d. Dois animais de ordens diferentes podem pertencer a es a seguir, qual apresenta maior concordncia com os dados?
241
um mesmo reino. a. Os quatro fsseis pertencem mesma espcie, mas a
e. Dois animais de uma mesma classe podem pertencer gneros diferentes.
a filos diferentes. b. Cada fssil pertence a um reino diferente.
c. Os quatro fsseis pertencem ao mesmo filo, sendo que
12. Sistema COC X e Y pertencem a um gnero e Z e W a outro gnero.
Em uma rea de cerrado, encontram-se diferentes tipos d. Os quatro fsseis pertencem ao mesmo filo, sendo
de vegetais, tais como pitanga-do-cerrado (Eugenia calycina), que X e Y pertencem a um reino e Z e W a outro reino.
Biologia
ara-boi (Eugenia stipitata), babau (Orbignya phalerata), e. Os quatro fsseis pertencem ao mesmo gnero, sen-
bacuri (Scheelea phalerata), ara-roxo (Psidium myrtoides) do que X e Y pertencem a um filo e Z e W a outro filo.
e goiaba (Psidium guajava). Considerando os critrios da clas-
sificao biolgica, no trecho, so citados: 15. Unicamp-SP
a. seis gneros e quatro espcies. Nos sistemas mais antigos de classificao biolgica, os
b. quatro gneros e seis espcies. fungos e as plantas pertencem ao mesmo reino, o que atual-
c. quatro gneros e duas espcies. mente no mais ocorre. Sobre isso, responda ao que se pede.
d. seis gneros e cinco espcies. a. Cite trs caractersticas que justifiquem a retirada dos

e. dois gneros e seis espcies. fungos do reino vegetal.
b. Quais so os atuais reinos de classificao biolgica?
13. Sistema COC D exemplos de seres vivos pertencentes a cada um.
Atualmente, os seres vivos esto divididos em cinco rei-
nos. Assinale a alternativa em que o reino est corretamente 16. Unicamp-SP
caracterizado. Divulgou-se recentemente (Revista Pesquisa Fapesp
a. Monera: seres uni ou pluricelulares, auttrofos ou n. 100, junho de 2004) a identificao de uma nova clas-
hetertrofos, desprovidos de membrana plasmtica, se de cnidrios, chamada Staurozoa. A caracterstica mar-
carioteca e organelas membranosas. cante das medusas adultas de uma das ordens dessa
b. Protista: seres auttrofos, como as algas, e heter- nova classe que elas vivem agarradas a rochas ou algas
trofos, como os protozorios, porm todos so seres atravs de estrutura chamada pednculo. Antes da propo-
procariontes. sio de um sistema de classificao biolgica por Lineu,
c. Fungi: seres uni ou pluricelulares, com tecidos verda- em 1758, alguns naturalistas consideravam os cnidrios
deiros e amido como reserva energtica, respons- como plantas. A natureza animal destes organismos so-
veis pela decomposio da matria. mente foi reconhecida no sculo XIX, quando alguns na-
d. Plantae: organismos auttrofos fotossintetizantes, turalistas os classificaram juntamente com as esponjas.
259
pluricelulares, formados por clulas eucariticas e te- a. Esta mudana proposta recentemente de uma nova
cidos verdadeiros. classe para os cnidrios altera ou fere de alguma for-
e. Animalia: uni ou pluricelulares, eucariontes, com teci- ma os critrios gerais de classificao biolgica pro-
dos verdadeiros, auttrofos ou hetertrofos. postos por Lineu em 1758? Justifique a sua resposta.
b. Considerando que a classificao biolgica tem leva-
14. Fuvest-SP do em conta as caractersticas dos organismos, por
Um paleontlogo constatou inmeras semelhanas morfo- que foi sugerida uma nova classe e no um novo filo
lgicas entre os fsseis X e Y e grandes diferenas entre esses de animais, no presente caso?
EMI-15-10
Mdulo 2
1
Nomenclatura biolgica
241
01. 03. ENEM modificado
Lineu, em 1735, publicou um trabalho (Systema naturae) Observe atentamente a figura a seguir.
Biologia
no qual apresentava um plano para a classificao dos seres

vivos. Nele, estavam propostos o emprego de palavras latinas Lutra lutra
Urocyon
Canis latrans
Canis
Canis lupus
reagenteus familiaris
e o uso de categorias de classificao hierarquizadas. Deve- (lontra) (coiote)
(co)
(lobo)
se tambm a Lineu a regra de nomenclatura binomial para
Espcie
identificar cada organismo. Nessa regra, entre outras reco-
mendaes, fica estabelecido que devemos escrever:
a. em primeiro lugar o gnero, depois a famlia.
b. em primeiro lugar o gnero, depois a espcie.
Gnero Lutra Urocyon Canis

c. em primeiro lugar o nome especfico, depois o gnero.
d. em primeiro lugar o nome especfico, depois o filo.
e. em qualquer sequncia o gnero e o filo. Famlia Mustelidae Canidae
Resoluo
Ordem Carnivora
No sistema binomial de Lineu, cada espcie recebe dois
nomes pelo menos, sendo o primeiro, o nome do gnero, com
inicial maiscula, e o segundo, a espcie, com inicial minscula. Com base no esquema anterior e em conhecimentos de
Alternativa correta: B taxonomia, podemos afirmar corretamente que:
a. a lontra e o coiote no pertencem mesma classe.
02. b. deve haver mais semelhanas moleculares e anat-
Qual a principal vantagem do uso do latim na nomen- micas entre o co e a raposa cinzenta do que entre o
clatura cientfica? Por que ela chamada nomenclatura lobo e o coiote.
binomial? c. os gneros Lutra, Urocyon e Canis pertencem mes-
ma famlia, mas a filos diferentes.
Resoluo d. membros das espcies Canis familiares e Canis la-
260
O uso do latim padroniza a nomenclatura biolgica. A no- trans no se cruzam na natureza ou, caso o faam,
menclatura binomial, pois cada espcie recebe dois nomes, no originam descendentes frteis.
como, por exemplo, Homo sapiens, sendo o primeiro nome e. o co e a lontra pertencem mesma famlia e mes-
referente ao gnero e o segundo nome referente espcie. ma ordem.
Resoluo
Canis familiares e Canis latrans pertencem a espcies
distintas e, portanto, no apresentam mais a capacidade de
produzir descendentes, apesar de terem relativo grau de pa-
rentesco.
Alternativa correta: D
Habilidade
Interpretar rvores filogenticas (cladogramas).
EMI-15-10
Exerccios Extras
1
04. Fuvest-SP ( ) Euraphia rhizophorae, Crassostrea rhizophorae e
241
Para a classificao dos seres vivos, os cientistas ba- Crassostrea brasiliana so espcies de invertebra-
seiam-se em caractersticas importantes, envolvendo o plano dos que vivem em esturios. Com base nos princ-
de organizao corporal, composio qumica das protenas e pios da nomenclatura biolgica, podemos concluir
dos genes. Com base nesses critrios, avalie as proposies que h maior grau de parentesco entre Crassostrea
a seguir. rhizophorae e Crassostrea brasiliana do que entre
( ) Lineu props a nomenclatura binomial, que consiste Euraphia rhizophorae e Crassostrea rhizophorae.
em um nome genrico e um especfico dos seres vi-
Biologia
vos, utilizando, como critrio de classificao, o am- 05. Fuvest-SP
biente onde eles vivem. De acordo com o sistema binomial de nomenclatura es-
( ) Os seres vivos que, originalmente, eram agrupados tabelecido por Lineu, o nome cientfico Felis catus aplica-se a
em dois reinos (Vegetal e Animal) so, atualmente, todos os gatos domsticos, como angors, siameses, persas,
divididos em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, abissnios e malhados. O gato selvagem (Felis silvestris), o
Plantae e Animalia. lince (Felis lynx) e o puma, ou suuarana, (Felis concolor) so
( ) A espcie a unidade taxonmica bsica do sis- espcies relacionadas ao gato.
tema de classificao biolgica e deve ser grafada a. A que gnero pertencem todos os animais mencionados?

com destaque dentro do texto e precedida pelo b. Por que todos os gatos domsticos so designados
nome genrico. por um mesmo nome cientfico?
Seu espao
Sobre o mdulo
Neste mdulo, sero estudadas as principais regras de nomenclatura biolgica e os grandes reinos de seres vivos. Destacar
que as regras de nomenclatura biolgica so universais.
Na web
Acesse: <http://eol.org/>.
Uma enciclopdia que rene, gera e compartilha conhecimento livremente acessvel e confivel, permitindo aumentar a
261
conscientizao e a compreenso da natureza viva.
EMI-15-10
Exerccios Propostos
1
Da teoria, leia o tpico 3. III. As regras de nomenclatura biolgica definem que o

241
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento nome cientfico deve ser escrito em latim, sendo que o
gnero deve ter letra inicial maiscula.
IV. Um conjunto de famlias forma uma ordem, um conjun-
06. Sistema COC to de ordens forma uma classe, um conjunto de clas-
Com relao ao nome cientfico do crustceo Diacyclops ses forma um filo, um conjunto de filos forma um reino.
bicuspidatus thomasi e s regras de nomenclatura biolgica, V. Dois animais da mesma ordem, mas de famlias di-
incorreto afirmar que: ferentes, so mais aparentados do que dois animais
Biologia
a. o nome da espcie deve ser destacado no texto. pertencentes a gneros diferentes de uma mesma
b. a espcie sempre referida de forma trinomial. famlia.
c. Diacyclops nome genrico e deve ser escrito com So corretas:
inicial maiscula. a. I, II e III, apenas.
d. thomasi categoria taxonmica inferior a bicuspidatus. b. II, III e IV, apenas.
e. bicuspidatus o nome especfico escrito, sempre c. I, IV e V, apenas.
com inicial minscula. d. II e III, apenas.
e. I e V, apenas.
07. Unioeste-PR
Com relao taxonomia, ou seja, o ramo da biologia que 10. UFBA
estuda a classificao dos seres vivos, correto afirmar: Na classificao dos seres vivos, a nomenclatura binria
01. Para a classificao de um grupo, no se deve con- ou binomial (difundida por Lineu) empregada quando se
siderar a filogenia, mas exclusivamente as seme- quer escrever o nome de:
lhanas. a. uma espcie.
02. Entre os recursos utilizados para a taxonomia, pode- b. um gnero.
mos citar a anlise morfolgica, a anlise gentica e c. uma famlia.
a anlise fisiolgica. d. uma ordem.
04. A espcie humana denominada sapiens. e. uma classe.
08. O gnero no deve ser escrito em itlico ou em negri-
to, nem deve ser sublinhado. 11.
16. Embora dois gneros possam pertencer a diferentes Dentre as trs espcies apresentadas Entamoeba coli,
famlias, ambos podem pertencer aos mesmos reino, Escherichia coli e Entamoeba hystolitica , quais apresentam
filo, classe e ordem. maior grau de parentesco entre si?
32. Os nomes cientficos devem ser escritos em grego. a. Escherichia coli e Entamoeba hystolitica, pois perten-
262
64. Nas nomenclaturas trinomiais, Ramphastos cem ao mesmo reino, Monera.

vitellinus culminatus e Centris (Hemisiella) tarsata, b. Escherichia coli e Entamoeba coli, pois pertencem
as palavras culminatus e Hemisiella representam mesma espcie.
subgnero e subespcie, respectivamente. c. Entamoeba coli e Escherichia coli, pois pertencem ao
D a soma dos nmeros dos itens corretos. mesmo reino, Protista.
d. Escherichia coli e Entamoeba coli, pois pertencem
08. mesma subespcie.
A expresso Entamoeba coli designa: e. Entamoeba coli e Entamoeba hystolitica, pois perten-
a. uma espcie. cem ao mesmo gnero.
b. um gnero.
c. um gnero e uma espcie. 12. Sistema COC
d. um gnero e diversas espcies. Alguns fungos so empregados na fabricao de queijos.
e. diversos gneros e uma espcie. Por exemplo, os fungos Penicillium roquefortii e Penicillium
camembertii so utilizados na produo, respectivamente,
09. Sistema COC dos queijos roquefort e camembert, ambos de origem france-
A classificao biolgica dos seres vivos importante, sa. O queijo gorgonzola, originado na Itlia, apresenta caracte-
pois estabelece uma ordem na grande diversidade da nature- rsticas tpicas devido utilizao de um fungo denominado
za, facilitando, assim, a compreenso de sua complexidade. Penicillium glaucum.
Em relao ao assunto, analise as afirmaoes a seguir. Baseando-se nas regras de nomenclatura biolgica, po-
I. Lineu props um sistema de classificao com base de-se afirmar que:
nas observaes fisiolgicas, embriolgicas e genti- a. roquefortii, camembertii e glaucum so trs subesp-
cas dos seres vivos. cies do gnero Penicillium.
II. Quando duas diferentes espcies de seres vivos per- b. os fungos citados pertencem a um mesmo gnero,
tencem mesma famlia, necessariamente perten- mas a famlias diferentes.
cem mesma ordem. c. roquefortii, camembertii e glaucum deveriam ter sido
EMI-15-10
escritos com letra inicial maiscula.

d. os fungos citados pertencem a diferentes espcies, 08. Atualmente foram acrescentados mais dois txons s
1
mas a uma mesma famlia. categorias taxonmicas propostas por Lineu: o filo e a
e. roquefortii, camembertii e glaucum so trs gneros famlia.
241
da famlia Penicillium. 16. Nesse sistema de classificao, havia dois grandes
grupos: reino Vegetal e reino Animal. Dentro de cada
13. Sistema COC reino, eram reunidas vrias classes; numa classe,
O professor de zoologia sugeriu aos alunos uma pesquisa vrias ordens; numa ordem, vrios gneros e num
sobre mamferos do continente americano. Os relatrios apre- gnero, vrias espcies.
sentados pelos alunos continham os mamferos candeos
Canis Familiares e Chrysocyon Brachyurus e os mamferos 15.
Biologia
feldeos Felis pardalis, panthera Pardus e Felis catus. Carlos Lineu, cientista sueco, que viveu no sculo XVIII,
De acordo com as regras de nomenclatura e de classifica- criou a nomenclatura binomial de classificao dos seres vi-
o biolgica, o professor afirmou que: vos que utilizada at os dias atuais.
a. foram citadas, nos relatrios, apenas quatro espcies a. Que critrios Lineu usou para classificar os organismos?
diferentes. b. Qual a diferena entre o conceito atual de espcie e o
b. apenas os candeos tiveram os nomes cientficos es- proposto por Lineu?
critos corretamente.
c. certamente todos os animais citados pertencem ao 16. UFPR

mesmo filo. Classificando-se os seres vivos, possvel estabelecer
d. Felis pardalis e Felis catus devem se cruzar e gerar uma ordem na diversidade da natureza, facilitando a sua
descendentes frteis. compreenso. Assim, correto afirmar:
e. os feldeos e os candeos certamente pertencem ao 01. O sistema binomial de nomenclatura adota a espcie
mesmo gnero. como unidade bsica de classificao.
02. Em taxonomia, uma ordem engloba diversas famlias,
14. UEPG-PR assim como um gnero rene diferentes espcies.
Em 1735, o botnico sueco Lineu publicou o trabalho 04. Um determinado animal, de acordo com a classifi-
Systema naturae, no qual props a classificao dos seres vi- cao vigente, pertencer, obrigatoriamente, a um
vos em grupos, hoje chamados txons, que constituem uma reino, a um filo, a uma classe, a uma ordem, a uma
hierarquia. As categorias taxonmicas por ele propostas ain- famlia, a um gnero e a uma espcie.
da so mantidas at os dias atuais, com algumas poucas mo- 08. O reino protista engloba organismos eucariontes, en-
dificaes. Sobre seu trabalho e a taxonomia atual, assinale o tre os quais se incluem protozorios e certas algas.
que for correto. Depois, d a soma dos itens corretos. 16. O reino Fungi engloba os cogumelos, os liquens e as
01. A sequncia correta para as categorias taxonmicas, brifitas.
atualmente, : reino classe filo ordem gnero 32. Os seres vivos pertencentes ao reino Monera carac-
263
famlia espcie. terizam-se por serem todos unicelulares, com uma
02. O critrio da classificao de Lineu, quando ainda membrana nuclear bem estruturada.
no havia surgido a teoria da evoluo biolgica, era Assinale a alternativa que d a soma dos itens corretos.
a semelhana anatmica entre os organismos, pois a. 40
as espcies eram consideradas tipos padres e imu- b. 15
tveis, conceito este chamado de fixismo. c. 24
04. Em vez de serem tipo imutveis, caracterizados ape- d. 63
nas pela anatomia, as espcies so hoje classificadas e. 54
segundo critrios fisiolgicos, embriolgicos, bioqumi-
cos, genticos e ecolgicos, que podem revelar mais
corretamente seus parentescos naturais e evolutivos.
EMI-15-10
1. Caractersticas gerais 266
2. Organizao 266
3. Classificao 266
4. Importncia 267
5. Reproduo 268
Mdulo 3 Protozorios Caractersticas gerais 270
Mdulo 4 Protozorios Reproduo 273
Reconhecer as caractersticas gerais dos

protozorios.
Caracterizar a estrutura morfosiolgica dos
protozorios.
ANDREW SYRED / SCIENCE PHOTO

LIBRARY / SPL DC / LATINSTOCK
Protozorios
2
265
Os protozorios so organismos unicelulares, de vrias formas e ta-

manhos. Eles vivem em uma grande variedade de hbitats, incluindo
a gua potvel, os ambientes marinhos e o solo. O paramcio, visto na
imagem, um protozorio ciliado com forma fixa e estrutura complexa.
1. Caractersticas gerais Resduos Citofaringe
1
O reino Protista, atualmente, representado por algas e eliminados Sulco Clios

protozorios. Neste captulo, estudaremos apenas os proto- Citopgio Citstoma
oral Citoplasma
241
zorios, deixando as algas para outro momento.

Os protozorios so organismos hetertrofos e a maioria
provida de alguma forma de locomoo. Esse grupo apre-
senta uma enorme diversidade de formas. H protozorios de
vida livre e parasitas, inclusive do homem. Essa diversidade
est associada grande disperso observada entre os proto- Vacolo
digestrio
zorios, isto , capacidade que seus diversos representan- Microncleo Vacolo
Biologia
tes tm de ocupar ambientes distintos. Vacolo Macroncleo contrtil

Alguns protozorios so marinhos, outros so encon- contrtil
trados exclusivamente em gua doce; muitos so parasi- Organizao celular de um paramcio, um protozorio ciliado
tas e s sobrevivem no interior de outros organismos. H
protozorios comensais que vivem no interior de outros
animais, sem causar nenhum tipo de leso ou danos. H APRENDER SEMPRE 39
casos em que a presena de protozorios no interior do
tubo digestrio benfica para o animal. o que ocorre 01.
com os herbvoros ruminantes, cuja flora de micro-orga- No paramcio, encontram-se dois tipos de ncleos: um
nismos que habita o seu rmen (parte volumosa do est- microncleo e um macroncleo. Com qual processo cada
mago) permite a digesto da celulose, componente abun- ncleo est relacionado?
dante do capim. Resoluo
O macroncleo est relacionado com o controle das
atividades celulares, como a digesto, as trocas gasosas
2. Organizao etc. J o microncleo est relacionado com o processo de
Os protozorios so organismos unicelulares e euca- reproduo sexuado por conjugao.
riontes. A sua clula pode ser comparada com cada uma das
clulas de um animal pluricelular. Possui todas as organelas
tpicas de uma clula animal. Cada clula um organismo
complexo, capaz de executar todas as atividades necess- 3. Classificao
rias manuteno da sua prpria vida, como locomover-se, Os protozorios so divididos, de acordo com a sua forma
englobar alimentos, digeri-los e eliminar os dejetos, trocar de locomoo, em quatro grupos principais: flagelados, cilia-
gases com o ambiente, eliminar resduos metablicos etc. dos, sarcodinos e esporozorios.
Alguns protozorios, como os foraminferos, apresentam, ex- Os flagelados, tambm chamados de mastigforos, so
266
ternamente membrana plasmtica, uma carapaa mineral aqueles que se locomovem graas ao batimento dos seus flage-
protetora. los. Os flagelos podem ser nicos, como no Trypanosoma cruzi,
O citoplasma tem duas camadas: o ectoplasma, mais ex- ou mltiplos, como na Giardia lamblia.
terno e gelatinoso, e o endoplasma, interno e mais fluido. As Os rizpodes, ou sarcodinos, representados pelas ame-
mudanas no grau de viscosidade do citoplasma permitem as bas, so os protozorios que se locomovem pela emisso de
constantes alteraes na forma do animal, relacionadas com pseudpodes. Possuem morfologia varivel, ou seja, a sua
o seu deslocamento e com o englobamento de partculas ali- forma no constante, pela contnua mudana na viscosida-
mentares. de do seu citoplasma. H sarcodinos marinhos, de gua doce,
O ncleo o centro controlador do metabolismo celular e outros parasitas.
e responsvel pela determinao de suas caractersticas he- A ameba um protozorio hetertrofo. Ao encontrar
reditrias. Em algumas espcies, como o paramcio, encon- uma partcula alimentar (uma alga ou outro protozorio,
tram-se dois ncleos de tamanhos diferentes: o macroncleo por exemplo), emite projees do seu citoplasma. Essas
e o microncleo. O macroncleo controla todas as atividades projees so os pseudpodes. O alimento englobado per-
celulares e o microncleo responsvel pela reproduo se- manece em um vacolo digestrio, dentro do qual sofre a
xuada (troca de genes). ao das enzimas digestivas dos lisossomos. Os resduos
Como so organismos unicelulares, as trocas de gases da digesto so eliminados para o ambiente por meio do
respiratrios acontecem por simples difuso, pela membrana processo de exocitose.
plasmtica. Tambm dessa forma que os protozorios elimi- Os ciliados so protozorios que se locomovem por meio
nam resduos do seu metabolismo para o ambiente. de clios. A sua superfcie celular recoberta por centenas ou
Os protozorios marinhos so isotnicos em relao milhares de clios, que so projees citoplasmticas curtas
ao ambiente onde vivem. Em funo disso, a quantidade e muito mais numerosas que os flagelos. A maioria de vida
de gua que entra a mesma que sai atravs de sua mem- livre, sendo raros os ciliados parasitas. O ciliado mais conhe-
brana plasmtica. J os protozorios dulccolas (de gua cido o paramcio.
doce) so hipertnicos em relao ao ambiente e, por isso, No paramcio, h um local especfico, na superfcie ce-
absorvem gua por osmose. A lise (ruptura) celular evi- lular, chamado citstoma, no qual ocorre a captao do ali-
EMI-15-10
tada pela presena do vacolo contrtil, que bombeia o mento proveniente do meio externo. Por outro lado, o local
excesso de gua para fora da clula. onde ocorre a exocitose chamado de citopgeo. Nesses pro-
tozorios, o macroncleo controla o metabolismo celular, e o e outros animais. Milhes deles so encontrados nos ocea-
1
microncleo est associado troca de informaes genticas nos e mares, onde servem de, alimento para animais mari-
entre dois protozorios no processo de reproduo sexuada. nhos. Alm disso, alguns protozorios realizam associaes
241
Por isso, costuma-se dizer que o macroncleo tem funo ve- com outros organismos, sendo ambos beneficiados. Essa
getativa, e o microncleo, funo reprodutiva. relao chamada de mutualismo.
Os esporozorios so protozorios desprovidos de qual- Certos protozorios, como os foraminferos, revestidos
quer estrutura locomotora. Todos os representantes desse por carapaas minerais, quando morrem, acumulam-se no
grupo so parasitas, alguns do homem, como o Toxoplasma fundo dos mares e oceanos contribuindo para a formao das
gondii (causador da toxoplasmose) e os representantes do rochas sedimentares. Por esse motivo, os gelogos que es-
gnero Plasmodium (causadores da malria). Esses proto- tudam a formao do petrleo analisam os foraminferos ob-
Biologia
zorios alimentam-se por meio da superfcie celular, absor- tidos em perfuraes de poos com o objetivo de identificar
vendo substncias diretamente dos tecidos do hospedeiro. estratos petrolferos.
As bacias sedimentares so fundamentais no proces-

so de formao do petrleo, que pode resultar do acmulo
de sedimentos de matria orgnica e de micro-organismos

que habitavam os mares antigos na poca da Pangeia.
Conforme os sedimentos se acumulam na bacia, ocorre
aumento da presso e da temperatura por influncia do
ncleo da terra, que possui elevada temperatura, incidindo
sobre a matria orgnica j depositada, resultando, ao lon-
go de milhes de anos, na formao do petrleo.
ANDREW SYRED / SCIENCE PHOTO LIBRARY / SPL DC / LATINSTOCK
Tipos de foraminferos, protozorios marinhos, cujos fsseis 267

podem ser usados na descoberta de bacias sedimentares
petrolferas. As carapaas minerais contribuem para o
processo de fossilizao desses protozorios.
Nos ltimos anos, as indstrias petrolferas aumen-

taram seus investimentos nas reas de estudos sobre
microfsseis foraminferos. Isso comprova como a pa-
A estrutura de locomoo um critrio usado na classificao dos leontologia contribui para as respostas de algumas ques-
protozorios. Ciliados, como o paramcio (A), locomovem-se por tes. Nota-se que, quando a paleontologia se relaciona
meio de clios. Rizpodes, como a ameba (B), por pseudpodes. com outras cincias, tais como a Biologia, a Geologia e a
Flagelados, como o tripanossomo (C), por flagelos. Esporozorios, Qumica, novos conhecimentos so apresentados.
como o plasmdio (D), no apresentam estruturas de locomoo.
O estudo dos microfsseis importante no apenas
na compreenso do processo evolutivo das espcies, mas
tambm na descoberta de novas bacias petrolferas, con-
4. Importncia tribuindo e influenciando significativamente na economia
EMI-15-10
Apesar de serem organismos unicelulares, os protozo- de muitas regies e de muitos pases.

rios apresentam grande importncia para os seres humanos
5. Reproduo
1
Os protozorios apresentam processos de reproduo assexuada, como a diviso binria, e processos de reproduo se-
xuada, como a conjugao. Na diviso binria, a clula aumenta o seu tamanho e divide-se, originando dois novos indivduos
241
geneticamente iguais. Esse processo importante para aumentar o nmero de organismos da populao.
Biologia
Novos indivduos
Ncleo Citoplasma Ncleo duplicado

Reproduo assexuada, por diviso binria, em amebas. Nesse processo, no h aumento de variabilidade
gentica, mas ele importante para o crescimento do nmero de indivduos.
Na conjugao, realizada pelo paramcio, dois indivduos trocam microncleos previamente duplicados. Em cada organis-
mo, o microncleo original une-se com o microncleo recebido e ocorre a mistura dos genes. No final da conjugao, cada orga-
nismo origina quatro novos indivduos, totalizando, ao todo, oito novos paramcios.
Macroncleos
Meiose
Paramcios Troca de
conjugantes microncleos
Microncleos Microncleos Microncleos
diploides haploides
268
degenerados
Reproduo sexuada, por conjugao, em paramcio. Nesse processo, os indivduos originados no final
apresentam maior variabilidade gentica, podendo se tornar mais adaptados ao ambiente.
APRENDER SEMPRE 40
01.
Alguns protozorios, como o paramcio, podem se reproduzir de duas maneiras: por diviso binria ou por conjugao.
Qual desses processos possibilita a variabilidade gentica? Por qu?
Resoluo
A conjugao possibilita aumentar a variabilidade gentica nos organismos, em virtude da mistura de genes que ocorre
no processo.
EMI-15-10
1
A. Protozorios
241
Biologia
Protozorios

Estrutura de
Classificao Reproduo
locomoo
Clios Ciliados Sexuada
Conjugao
Paramcio
Flagelos Flagelados Assexuada
269
Tripanossomo Bipartio
Pseudpodes Rizpodos
Ameba
Ausente Esporozorios
Plasmdio
EMI-15-10
Mdulo 3
1
Protozorios Caractersticas gerais

241
01. a. Qual o processo celular realizado pela ameba que
Assinale a alternativa que associa, na ordem correta, est retratado na tirinha? Qual seria o processo rea-
Biologia
cada grupo de protozorios com a sua forma de locomoo. lizado se, no lugar do pacote de biscoitos, houvesse
( ) Sarcodina um copo de suco?
( ) Flagelados b. A que reino pertencem os protozorios? Cite duas
( ) Sporozoa caractersticas tpicas dos seres pertencentes a esse
( ) Ciliado grupo taxonmico.
1. Pseudpodos
2. Flagelos Resoluo
3. Ausncia de estruturas de locomoo a) Ao englobar uma partcula slida, a ameba teria rea-
4. Clios lizado o processo celular chamado fagocitose. Ao en-

a. 1 2 3 4 d. 2 1 3 4 globar um lquido, a ameba teria realizado pinocitose.
b. 1 3 2 4 e. 3 1 2 4 b) Os protozorios pertencem ao reino Protista, gru-
c. 2 3 1 4 po taxonmico constitudo por seres eucariontes,
unicelulares ou pluricelulares (algas) sem tecidos
Resoluo organizados.
Sarcodina ameba. Movimenta-se pela expanso e retra-
o dos pseudpodos.
Flagelado tripanossoma. Movimenta-se pelo batimento 03. UFSCar-SP
do(s) flagelo(s). Um protozorio, como o ciliado Paramecium caudatum,
Sporozoa plasmdio. No apresenta estrutura de loco- um organismo constitudo por uma nica clula alongada
moo. e achatada, que pode medir entre 150 e 300 micrmeros de
Ciliado paramcio. Movimenta-se por meio dos bati- comprimento. Com aspecto que lembra a forma de uma sola
mentos ciliares. de sapato, externamente, recoberto por pequenos clios.
Alternativa correta: A Analise as afirmaes relacionadas ao paramcio e aos pro-
tozorios em geral.
270
02. UFSCar-SP I. Os clios presentes no paramcio apresentam como

Leia a tirinha. funo a locomoo.
II. Os protozorios, como o paramcio, apresentam duas
Calvin & Hobbes Bill Watterson
membranas: a plasmtica e a parede celular.
Estendendo pseudpodo III. A regulao osmtica no paramcio feita por dois va-
citoplasmtico, o proto-
zorio envolve um pacote colos contrteis, localizados em cada uma de suas
Uma ameba gigante desliza
de biscoitos de aveia. extremidades.
pelo cho da cozinha. IV. O paramcio apresenta dois ncleos: o macroncleo e
o microncleo, que apresentam as mesmas funes
dentro da clula.
Esto corretas as afirmaes:
a. I e II apenas.
b. I e III apenas.
c. II e III apenas.
d. I e IV apenas.
boa tenta- e. II e IV apenas.
tiva. Ponha
de volta Resoluo
Os protozorios no apresentam parede celular. Esta
encontrada nas bactrias, cianobactrias, plantas e algas.
No paramcio, o macroncleo est relacionado funo
de controlar as atividades celulares, enquanto o microncleo
est relacionado reproduo sexuada.
Alternativa correta: B
Habilidade
EMI-15-10
Caracterizar a estrutura morfofisiolgica dos protozorios.

Exerccios Extras
1
04. 05. Vunesp
241
O grupo dos protozorios apresenta um grande nmero de Analise a figura. O organide mencionado o vacolo
espcies com caractersticas muito distintas entre elas. Em vir- contrtil, presente em alguns seres protistas.
tude dessas diferenas, as espcies so separadas em quatro
grupos: ciliados, flagelados, rizpodes e esporozorios. A seguir,
so feitas algumas afirmaes referentes aos protozorios.
I. Os vacolos contrteis so encontrados apenas em
protozorios de gua doce.
Biologia
II. A maioria dos esporozorios tem vida livre, como o
paramcio.
III. Diversas espcies de protozorio so parasitas, cau-
sando doenas em animais e no homem.
IV. A ameba pertence ao grupo dos rizpodes e pode cau-
sar danos sade do ser humano. a. Quais as principais funes dessa organela citoplas-
So corretas: mtica e em que grupo de protistas ela est presente?
a. apenas as afirmaes I e II. b. Em quais condies ambientais essa organela entra

b. apenas as afirmaes II e III. em atividade?
c. apenas as afirmaes I, II e III.
d. apenas as afirmaes I, II e IV.
e. apenas as afirmaes I, III e IV.
Seu espao
Sobre o mdulo
O captulo a respeito dos protozorios foi dividido em dois mdulos para facilitar a aprendizagem do aluno e o desenvolvi-
mento dos contedos. Neste mdulo, destacaremos as caractersticas gerais e a classificao dos protozorios.
Na caracterizao, o professor poder explorar a simplicidade dos protozorios, baseando-se na estrutura do paramcio.
Destacamos, nos exerccios, a presena do vacolo contrtil nos protozorios de gua doce. Quanto classificao, importan-
te relacion-la estrutura de locomoo.
Exerccios Propostos
271
Da teoria, leia os tpicos 1, 2 e 3. b. Esse equipamento encontrado em todos os proto-
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento zorios de gua doce. Justifique a afirmao.
08. UnB-DF
06. Observe os organismos representados nas figuras abaixo
Cite um exemplo de cada um dos protozorios apresen- para julgar os itens a seguir.
tados a seguir.
a. Rizpodes (sarcodneos)
b. Flagelados (mastigforos)
c. Ciliados
d. Esporozorios
07. Sistema COC

Ol, compadre Paramcio, o senhor est meio gordi-
nho hoje.
verdade, comadre Ameba, estou cheio de gua.
I II III
Cuidado para no estourar, compadre Paramcio. 0. Todos os organismos representados nas figuras so
A senhora, como sempre brincalhona, comadre Ame- seres unicelulares procariticos.
ba, esqueceu que temos um importante equipamento que 1. Todos os organismos representados so capazes de
impede que isso ocorra. realizar fotossntese.
Eu sei, compadre Paramcio, s estava brincando para 2. No organismo nmero II, os vacolos contrteis expul-
alegrar o senhor. sam a gua excedente do citoplasma.
De acordo com a prosa dos dois compadres habitantes da 3. Os organismos representados nas figuras apresen-
lagoa do stio do senhor Fernando, responda ao que se pede. tam diferentes formas de locomoo e captura de
EMI-15-10
a. Qual o nome e a funo do equipamento citado alimentos.

no texto? Indique os itens corretos.
09. 13.
1
A figura a seguir representa o protozorio ciliado do A respeito dos protozorios, so feitas as afirmaes a
gnero Paramecium com indicao de algumas de suas seguir.
241
estruturas. I. Todos eles apresentam vacolos contrteis em sua

clula.
Citstoma II. Todos eles so hetertrofos.
III. Alguns podem ser parasitas e outros so de vida livre.
Citopgeo Assinale:
a. se todas estiverem corretas.
b. se todas estiverem erradas.
Biologia
c. se apenas I e II estiverem corretas.

Clios d. se apenas II e III estiverem corretas.
Vacolo Macroncleo
Microncleo Vacolo e. se apenas III estiver correta.
contrtil digestivo
Fagossoma
14.
Em relao a este protozorio e aos demais de outros gru- Considere a morte dos protozorios de gua doce aps te-
pos, assinale a alternativa correta. rem sido colocados, por engano, em tanques de gua salgada.
a. O Paramecium o agente etiolgico da amebase. a. Como poderia ser explicada a morte dos protozorios,
b. O Paramecium pertence ao mesmo grupo do tendo em vista apenas os movimentos do solvente ou

Toxoplasma gondii. dos solutos?
c. O Paramecium e o Plasmodium causam malria. b. Cite uma funo dos vacolos contrteis em protozo-
d. Este protozorio de vida livre. rios de gua doce.
e. Este protozorio transmitido ao ser humano pela pi-
cada do barbeiro. 15. Sistema COC
Um estudante observou micro-organismos ao microsc-
10. pio e elaborou um relatrio, com alguns trechos reproduzidos
Durante uma aula prtica, foi observado um protozorio que literalmente a seguir.
continha um macro e um microncleo. Qual das organelas abai- Trecho 1
xo ser responsvel pela locomoo desse mesmo organismo? Os protozorios se locomovem por meio de diferentes
a. Vacolo pulstil estruturas: clios no paramcio e pseudpodes na ameba. A
b. Flagelo organizao celular semelhante e nas amebas, pode-se ob-
c. Pseudpode servar uma organela em constante pulsao no citoplasma.
d. Mionema Trecho 2
e. Clio Apesar de uma organizao celular mais simples, a bac-
272
tria Escherichia coli possui um envoltrio celular bem evi-

11. PUC-SP dente, porm no tem um ncleo organizado.
O filo Protozoa subdividido em quatro classes: Sarcod- Com base nos trechos reproduzidos e em seus conheci-
nea, Mastigophora, Sporozoa e Ciliophora. mentos, resolva os itens a seguir.
A caracterstica considerada para tal classificao : a. Cite outra estrutura de locomoo dos protozorios;
a. o modo de reproduo. identifique e explique a funo da organela citada no
b. a presena ou ausncia de carioteca. trecho 1.
c. a composio qumica do pigmento fotossintetizante. b. Escreva corretamente o nome da bactria citada no
d. a estrutura de locomoo. trecho 2 e identifique o reino ao qual pertence, justi-
e. a composio qumica do citoplasma. ficando suas respostas.
12. 16. Sistema COC

Os protozorios so organismos que, em sua maioria, ha- Os protozorios so organismos atualmente classifica-
bitam o ambiente aqutico, entretanto, no apresentam parede dos como protistas ou protoctistas hetertrofos.
celular. Apresentam como mecanismo para eliminar o excesso a. Compare um protozorio, por exemplo, um param-
de gua absorvido, em ambiente dulccola, uma estrutura que cio, com uma clula epidrmica de metazorio
permite a osmorregulao. Essa estrutura conhecida como: (animal multicelular) quanto complexidade, ao
a. vacolos contrteis. nmero de organelas e especializao, ou seja,
b. pseudpodes. o quanto capaz de desempenhar uma funo es-
c. membrana plasmtica. pecfica.
d. flagelos. b. Os protozorios que vivem em ambiente hipotnico
e. clios. possuem uma estrutura tpica de adaptao a esse
meio. Qual essa estrutura e qual sua funo?
EMI-15-10
Mdulo 4
1
Protozorios Reproduo
241
01. 03.
Um estudante, utilizando-se de um microscpio ptico, Os protozorios so organismos unicelulares e, mesmo
Biologia
observou uma ameba em processo de reproduo assexuada. tendo uma estrutura corporal relativamente simples, pos-
a. Que processo de reproduo assexuada poderia estar suem formas de reproduo sexuada e assexuada. A respeito
sendo realizado pela ameba? dos processos reprodutivos que ocorrem entre os protozo-
b. Qual a importncia desse processo? Que outro pro- rios, assinale a alternativa correta.
tozorio pode realiz-lo? a. A reproduo assexuada aumenta o nmero de indi-
vduos e promove aumento na variabilidade gentica
Resoluo dos organismos.
b. A conjugao um processo de reproduo sexuada

a) Diviso binria ou cissiparidade
b) Esse processo importante para aumentar o nmero e origina indivduos com maior adaptao ao meio
de indivduos. Pode ser realizado pelo paramcio. ambiente.
c. Na diviso binria dos paramcios, dois organismos
02. se unem, trocam genes e, no final, cada um origina
A figura abaixo mostra parte do processo de conjugao quatro novos organismos.
entre dois paramcios. Levando-se em conta esse processo, d. As amebas, por apresentarem dois tipos de ncleos,
assinale a alternativa que indica a maior vantagem evolutiva realizam o processo de conjugao para formar indiv-
para os organismos que o realizam. duos com maior variabilidade gentica.
e. No processo de reproduo assexuada por conjuga-
o, uma clula origina duas novas clulas com me-
nor variabilidade gentica.
Resoluo
A reproduo sexuada aumenta a variabilidade gentica
dos organismos, tornando-os mais adaptados ao meio am-
biente.
273
Alternativa correta: B
Habilidade
a. Aumento no nmero de organismos Reconhecer as caractersticas gerais dos protozorios.
b. Aumento na capacidade fotossinttica
c. Diminuio do nmero de predadores
d. Aumento na variabilidade gentica
e. Diminuio da competio por alimento
Resoluo
O processo de conjugao um tipo de reproduo se-
xuada que aumenta a variabilidade gentica dos organismos.
Alternativa correta: D
Exerccios Extras
04. c. Na diviso binria dos paramcios, dois organismos
A reproduo sexuada um processo em que ocorre tro- se unem, trocam genes e, no final, cada um origina
ca de material gentico, enquanto na reproduo assexuada quatro novos organismos.
isso no ocorre. Nos protozorios, os dois tipos de reproduo d. Os paramcios, por apresentarem dois tipos de n-
so encontrados entre os indivduos. Com relao reprodu- cleos, realizam o processo de conjugao para formar
o dos protozorios, assinale a alternativa incorreta. indivduos com maior variabilidade gentica.
a. A reproduo assexuada aumenta o nmero de indi- e. No processo de reproduo assexuada por diviso
vduos, mas no promove aumento na variabilidade binria, uma clula origina duas novas clulas gene-
gentica dos organismos. ticamente iguais.
b. A conjugao um processo de reproduo sexuada e
EMI-15-10
origina indivduos com maior adaptao ao meio am-

biente.
05. Assinale a alternativa que corresponde ao tipo de repro-
1
A figura a seguir est relacionada com a reproduo de duo exemplificado

certo protista. a. Cissiparidade
241
b. Conjugao
c. Brotamento
d. Partenognese
e. Esquizogonia
Biologia
Seu espao
Sobre o mdulo
Neste mdulo, destacar a importncia dos protozorios foraminferos, alm de elucidar os processos de reproduo sexuada
e assexuada.
Quanto importncia dos foraminferos, destacar, principalmente, a relao entre foraminferos fsseis, encontrados em
determinados tipos de rochas, com as descobertas de novas fontes para a explorao de petrleo.
Quanto reproduo, diferenciar os processos de reproduo sexuada e assexuada ocorrentes nos protozorios. Destacar
a importncia da bipartio (cissiparidade) como um processo de reproduo assexuada que garante aumento no nmero de
indivduos. Discutir a importncia do processo de conjugao como uma forma de promover a variabilidade gentica.
274
EMI-15-10
Exerccios Propostos
1
Da teoria, leia os tpicos 4 e 5. a. Conjugao e esquizogonia
241
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento b. Esquizogonia e conjugao
c. Conjugao e diviso binria ou cissiparidade
d. Diviso binria ou cissiparidade e conjugao
06. e. Diviso binria ou cissiparidade e esquizogonia
Sobre os protozorios, responda ao que se pede.
a. Como se reproduzem? 13.
b. Como se alimentam? Um protozorio como o Plasmodium, causador da mal-
Biologia
ria, apresenta no seu ciclo um tipo de reproduo assexua-
07. da, onde a clula cresce, duplica o seu ncleo vrias vezes
No processo de esquizogonia, realizado por alguns proto- e depois origina vrias clulas. Esse tipo de reproduo
zorios parasitas, ocorre: denominado:
a. aumento de variabilidade gentica. a. cissiparidade.
b. formao de vrias clulas. b. bipartio.
c. troca de genes entre os protozorios. c. diviso binria.
d. formao de apenas duas clulas. d. conjugao.

e. aumento da adaptao dos protozorios. e. esquizogonia.
08. 14.
Considerando a reproduo de um paramcio, responda. Considere a descrio de dois processos de reproduo
a. O que conjugao? que ocorrem nos protozorios.
b. Que vantagem evolutiva proporciona? A Uma clula cresce e divide-se, formando duas novas
clulas, geneticamente idnticas.
09. B Dois organismos se unem e trocam material gentico.
A respeito dos processos de reproduo dos protozo- Posteriormente, cada organismo forma outros geneticamente
rios, assinale a alternativa correta. diferentes.
a. Na cissiparidade ocorre troca de material gentico en- a. Que processos podem ser A e B?
tre os indivduos. b. Quais as vantagens de cada um?
b. Na conjugao, os indivduos formados so idnticos
aos que iniciaram o processo. 15.
c. A reproduo assexuada por diviso binria impor- Um pesquisador, analisando a reproduo de um proto-
tante para aumentar o tamanho das populaes. zorio, fez algumas afirmaes.
275
d. Em razo da troca de microncleos, a diviso binria I. Na diviso binria necessrio apenas um nico orga-
nas amebas, promove aumento na adaptao dos nismo, enquanto na conjugao so necessrios dois
organismos. organismos.
e. Em todos os processos de reproduo, os organismos II. Quando o meio ambiente adverso, um protozorio
formados apresentam maior variabilidade gentica. deve se reproduzir sexuadamente pelo processo de
conjugao.
10. Considerando que as afirmaes so corretas, responda
Na reproduo, quando uma ameba origina duas novas ao que se pede.
amebas, temos um processo de: a. Na conjugao so necessrios dois organismos.
a. esquizogonia. Por qu?
b. conjugao. b. Quando o meio adverso, qual a vantagem de realizar
c. diviso binria. conjugao?
d. esporulao.
e. estrangulamento. 16.
A maioria dos protozorios realiza reproduo assexua-
11. da, sobretudo por meio da diviso binria. Entretanto, existem
Nos protozorios, h processos de reproduo sexuada e as- alguns ciliados, como o Paramecium, que podem, eventual-
sexuada. Qual a principal diferena entre esses dois processos? mente, reproduzir-se sexuadamente por meio de um proces-
so chamado conjugao.
12. a. Discuta as vantagens e as desvantagens dos proces-
Encontramos dois tipos de reproduo em protozorios: sos de reproduo assexuada dos protozorios.
sexuada e assexuada. Qual das alternativas a seguir corres- b. Explique, sucintamente, como ocorre a conjugao
ponde, respectivamente, reproduo assexuada e sexuada e que possveis vantagens a espcie encontra ao
dos protozorios? realiz-la.
EMI-15-10
1. O nascimento da Embriologia 278
2. Desenvolvimento embrionrio 278
3. Etapas do desenvolvimento
embrionrio 279
4. Folhetos embrionrios 281
5. Classificao embriolgica dos animais 282
Mdulo 5 Embriologia I Desenvolvimento
embrionrio 284
Mdulo 6 Embriologia II Folhetos
embrionrios e classificao embriolgica 289
Caracterizar as principais estruturas embrio-

nrias.
Identicar as principais etapas do desenvol-
vimento embrionrio.
Analisar os processos de segmentao,
blastulao, gastrulao, neurulao e
organognese do anoxo e dos seres
humanos, bem como o destino dos folhetos
embrionrios.
SASHKINW / DREAMSTIME.COM
Embriologia
3
277
Nos animais, o processo de formao de uma nova vida quase sem-

pre se inicia a partir da unio de um espermatozoide com um vulo e
a consequente combinao dos cromossomos maternos e paternos. O
resultado dessa combinao o zigoto, ou clula-ovo, que se multipli-
car por processos mitticos, que formaro as formas juvenis e, por fim,
o animal adulto.
1. O nascimento da Embriologia
1
A Embriologia a cincia que estuda o desenvolvimento de um embrio a partir do processo de fertilizao (ou fecundao)
de um vulo por um nico espermatozoide, originando a clula-ovo, ou zigoto, at a formao completa do feto. Nesse proces-
241
so, ocorrem vrias etapas, que se desenvolvem em sequncia, e so controladas por determinados genes. Vale ressaltar que
o desenvolvimento embrionrio, em suas primeiras etapas, muito semelhante entre os animais vertebrados, apresentando
pequenas diferenas, principalmente, em razo do tipo de ovo ou zigoto de cada espcie. Essa particularidade importante,
pois quando estudamos o desenvolvimento embrionrio de uma espcie de animal, podemos ter evidncias de como poder
ocorrer o desenvolvimento do embrio de outras espcies. Alm disso, estudos de Embriologia Comparada so essenciais para
a compreenso da histria evolutiva das espcies de animais.
Notadamente, a Embriologia uma das mais importantes cincias para o ser humano. O registro mais antigo de um trabalho
Biologia
sobre a embriologia data do ano 1416 a.C., um tratado que foi desenvolvido e escrito pelos hindus e que descreve ideias relacio-
nadas ao desenvolvimento e anatomia do embrio.
Entre os gregos, a Embriologia comea a ter registros a partir do sculo V a.C., com os trabalhos realizados pelo mdico Hipcrates,
considerado o pai da medicina em virtude de seus inmeros trabalhos na rea de sade. Entretanto, o filsofo Aristteles, no scu-
lo IV a.C., considerado o fundador da Embriologia, pois foi o primeiro estudioso a estabelec-la como cincia independente. Em sua
poca, Aristteles divulgou a ideia de que o embrio poderia surgir do sangue menstrual aps ativao pelo smen masculino.
Outro estudioso importante na rea da Embriologia foi Galeno, no sculo II d.C., mdico e filsofo romano, mas de origem gre-
ga. Galeno destacou-se com seus estudos sobre o desenvolvimento e a nutrio dos fetos, descrevendo os anexos embrionrios
que atualmente so conhecidos como mnio, alantoide e placenta.

De forma geral, podemos dizer que a Embriologia, como cincia, estuda todas as fases do desenvolvimento embrionrio,
bem como todas as suas estruturas e funes.
DREAMSTIME.COM. KIEV.VICTOR / SHUTTERSTOCK

FOTOS ELEFTHERIOS DAMIANIDIS; FROGTRAVEL /
278
Estudiosos que tiveram trabalhos importantes no desenvolvimento da Embriologia como cincia. Em A, Aristteles, filsofo grego com
inmeros trabalhos na rea da biologia e da zoologia. Em B, Hipcrates, estudioso grego com muitos trabalhos na rea da sade. Em C,
Galeno, filsofo e mdico romano de origem grega , que se destacou com seus com trabalhos sobre desenvolvimento de embries.
2. Desenvolvimento embrionrio
O desenvolvimento de um embrio inicia-se com o pro- 1 2 3 4
cesso de fertilizao ou fecundao, formando a clula-ovo
ou zigoto, uma clula que apresenta material gentico de ori-
gem feminina e masculina, na proporo de 50% para cada.
O zigoto recm-formado inicia um processo de desenvol- 5 6 7 8
vimento por meio de sucessivas divises mitticas, para for-
mar o embrio, que passa por uma srie de modificaes, at
que se origina um organismo completo com todas as carac-
tersticas e estruturas bsicas existentes no adulto de uma 9 10 11 12
determinada espcie. Etapas do desenvolvimento embrionrio do anfioxo: 1 zigoto ou
Durante o desenvolvimento embrionrio nos principais clula-ovo; 2 mrula; 3 blstula; 4 blstula em corte; 5 incio
da gstrula; 6 invaginao dos macrmeros localizados na poro
grupos de animais temos as seguintes etapas: fecundao inferior da gstrula; 7 final da gstrula; 8 a 12 etapas da neurulao.
ou fertilizao, segmentao ou clivagem, blstula, gstrula,
nurula e organognese.
EMI-15-10
3. Etapas do desenvolvimento embrionrio
1
A. Fecundao ou fertilizao
241
A fecundao ou fertilizao o processo no qual o gameta masculino (espermatozoide) une-se ao gameta feminino (vulo,
nos animais, e ovcito secundrio, na espcie humana). Em geral, o processo de fecundao intraespecfico, ou seja, ocorre
apenas entre indivduos da mesma espcie. Entretanto, existem casos de fecundao interespecfica, entre indivduos de duas
espcies evolutivamente muito prximas. Os descendentes que nascem dessa fecundao so chamados de hbridos e podem
apresentar um mosaico de caractersticas das duas espcies, porm, na maioria dos casos, so animais estreis. Como exem-
plo de fecundao interespecfica, podemos citar o cruzamento entre a gua e o jumento, que d origem a um hbrido estril
chamado burro.
Biologia
O gameta feminino apresenta algumas barreiras para a penetrao dos espermatozoides: a coroa radiada, externa e for-
mada por clulas foliculares, e a zona pelcida, camada glicoproteica, situada logo aps a coroa radiada. Os espermatozoides
possuem, na regio da cabea, o acrossomo, que, ao entrar em contato com tais barreiras, libera enzimas hidrolticas, que
dissolvem os envoltrios do gameta feminino. Aps venc-las, ocorre a fuso entre as membranas dos dois gametas. Ime-
diatamente aps a fecundao, as clulas foliculares glandulares que envolvem a clula reprodutora feminina retraem-se,
liberando o contedo dos grnulos corticais, formando a membrana de fecundao, que impede a entrada de outros esper-
matozoides.
Todavia, o processo de fecundao s completo quando os dois ncleos haploides, um de cada gameta, unem-se, forman-

do um ncleo diploide, processo chamado cariogamia ou anfimixia. Nesse momento, forma-se uma nica clula, chamada ovo,
clula-ovo ou zigoto.
Glbulo polar
Acrossomo
Ncleo
Ncleo
Pea intermediria
Zona pelcida
Coroa radiada Citoplasma Flagelo
279
esquerda, organizao geral do ovcito secundrio, gameta feminino da espcie humana. Nota-se a presena da zona pelcida e da coroa radiada.
direita, organizao geral do espermatozoide humano, gameta masculino. Nota-se a presena do acrossomo, pea intermediria e flagelo.
B. Segmentao ou clivagem mesmo tamanho. Entretanto, medida que as divises mi-

Os processos que sero descritos a seguir so referen- tticas vo acontecendo, formam-se blastmeros com tama-
tes a um animal cordado hipottico, com base no desenvol- nhos diferentes. Os blastmeros de tamanho pequeno so
vimento embrionrio do anfioxo. A segmentao ou clivagem chamados de micrmeros, e os de tamanho grande so cha-
refere-se s sucessivas divises mitticas que o zigoto sofre mados de macrmeros.
at a formao de um conjunto macio de clulas, denomina-
do mrula, em geral contendo 64 clulas, que so chamadas
de blastmeros.
4 blastmeros 8 blastmeros
2 blastmeros
Os anfioxos, cefalocordados invertebrados, so animais Zigoto

marinhos que compartilham algumas caractersticas com 16 blastmeros
os vertebrados. So pequenos animais filtradores, que Micrmero
atingem cerca de 2 cm e vivem enterrados na areia.
Apesar de apresentar um nmero maior de clulas, a Mrula

Macrmero
mrula possui um volume quase igual ao do zigoto que a ori-
ginou. Na primeira diviso mittica sofrida pelo zigoto, origi- Segmentao ou clivagem. Por meio de mitoses sucessivas, formam-se
nam-se duas clulas, ou dois blastmeros, que apresentam os blastmeros, que, no incio, so do mesmo tamanho. Observa-se, na
fase de mrula, que os blastmeros apresentam tamanhos diferentes. Os
EMI-15-10
aproximadamente o mesmo tamanho. Na segunda diviso,

menores so chamados de micrmeros e os maiores, de macrmeros.
formam-se quatro blastmeros, proporcionalmente com o
C. Blstula
1
Com o final do processo de segmentao, as clulas da mrula posicionam-se na poro perifrica e passam a secretar um
lquido que se acumula e preenche a cavidade central, denominada blastocele. Essa etapa do desenvolvimento embrionrio de-
241
nomina-se blstula. nesse estgio do desenvolvimento que, nos seres humanos, o embrio chega cavidade uterina e realiza
o processo denominado nidao, ou implantao na parede do tero.
Blastmero
Blastoderma
Biologia
Blastocele
Embrio em fase de blstula. esquerda, vista externa, onde podemos identificar blastmeros de diferentes tamanhos. direita, blstula em
corte, onde se nota o tecido de revestimento, chamado blastoderma, e a cavidade central, preenchida por lquido, chamada blastocele.
D. Gstrula
Ao final da blstula do anfioxo, o embrio uma esfera preenchida por um lquido e com dois polos (extremidades): o polo
animal, formado por micrmeros, e o polo vegetativo, formado por macrmeros. Os micrmeros so clulas menores e dividem-se
com maior rapidez, forando os macrmeros a se deslocarem para o interior da cavidade blastocele, iniciando um processo de inva-
ginao. Nesse momento, o embrio apresenta duas camadas de clulas: a mais externa, chamada de ectoderma, e a mais interna,
chamada de endoderma.
Com o processo de invaginao, forma-se uma nova cavidade, chamada arquntero, que representa o intestino primitivo do
animal. O arquntero, que, at esse estgio, apresentava-se como tubo fechado, passa a se comunicar com o exterior por meio
de uma abertura denominada blastporo. Nos animais cordados, essa abertura originar o nus do organismo adulto. Em outros
animais, o blastporo dar origem boca.
Endoderma
280
Ectoderma
Micrmero Arquntero
Blastocele
Blastocele
Macrmero Blastporo
Invaginao
Processo de formao da gstrula. Observa-se que, a partir do processo de invaginao, originam-se os dois
primeiros folhetos embrionrios, ectoderma e endoderma, a cavidade do arquntero e o blastporo.
E. Nurula
At a fase da gstrula do embrio, desenvolve-se principalmente o esboo do sistema digestrio do animal. J na fase pos-
terior, chamada de nurula, inicia-se o desenvolvimento do sistema nervoso do animal.
Na formao da nurula, o ectoderma, situado ao longo da regio dorsal do embrio, sofre uma invaginao e origina a placa
neural. Essa estrutura levar formao do tubo neural dorsal, que depois formar todo o sistema nervoso do animal.
O teto do arquntero forma dois conjuntos de clulas que originam o tecido mesoderma. No interior do mesoderma, forma-se uma
cavidade denominada celoma. Ao longo do corpo do embrio, observam-se blocos de tecido mesodrmico, denominados somitos.
Ao mesmo tempo, o tecido superior (teto) do arquntero sofre evaginaes e origina-se a notocorda, estrutura que realiza a
EMI-15-10
sustentao do embrio. Nos animais protocordados, essa estrutura permanece durante a vida toda do animal; j nos vertebra-
dos, substituda pela coluna vertebral.
Placa neural
Ectoderma 4. Folhetos embrionrios
1
Os folhetos embrionrios ou germinativos so tecidos im-
portantes, a partir dos quais se desenvolvem todos os outros
241
tecidos e rgos do organismo.
Quando um embrio comea o seu desenvolvimento, a
partir das primeiras divises mitticas, o nmero de clu-
las aumenta gradativamente e alguns tecidos se formam.
Endoderma Arquntero At a fase de gstrula, formam-se os tecidos do ectoder-
ma e do endoderma. Posteriormente, na fase de nurula,
forma-se o terceiro folheto embrionrio, o mesoderma.
Biologia
Portanto, considerando um embrio de anfioxo em estgio
final de nurula, podemos observar a presena de trs fo-
lhetos embrionrios: o ectoderma, o endoderma e o me-
soderma.
Ao final da fase de nurula, tem incio o processo de orga-
Tubo neural nognese, em que cada folheto embrionrio ser responsvel
Mesoderma
Notocorda pela formao de tecidos e rgos especficos.
Nos mamferos, o ectoderma, por meio do tubo neural,

Celoma
ficar responsvel pelo desenvolvimento de todo o siste-
ma nervoso (encfalo, medula espinal e nervos). Formar
tambm a epiderme e seus anexos, como pelos, unhas,
cascos, chifres etc., trs mucosas corpreas (oral, anal e
nasal), o esmalte dos dentes, a retina, o cristalino, a cr-
Intestino nea, a hipfise, entre outros.
Processo de formao da nurula. Por meio de vrias invaginaes O mesoderma, por sua vez, origina o esqueleto axial, a
e evaginaes, formam-se, no final da nurula, o tubo neural, a derme (tecido conjuntivo), o tecido muscular (esqueltico,
notocorda e o mesoderma, que o terceiro folheto embrionrio.
liso e cardaco), os rins, as gnadas, os ureteres, alm de
trs serosas: a pleura, que reveste externamente o pulmo,
F. Organognese o pericrdio, que reveste o corao, e o peritnio, localizado
O processo de organognese o ltimo estgio do desen- no abdome.
volvimento do embrio e caracteriza-se pelo desenvolvimen- J o endoderma responsvel pelo desenvolvimento
to e pelo aprimoramento de todos os rgos e estruturas que dos alvolos pulmonares, do fgado, da tireoide, da para-
estaro presentes no organismo adulto. tireoide e do revestimento interno dos tratos digestrio e
Durante o processo de organognese, ocorrem divises respiratrio.
281
e especializaes celulares. Os trs folhetos germinativos ou A tabela a seguir mostra, de forma simplificada e did-
embrionrios (ectoderma, mesoderma e endoderma) origi- tica, o destino de cada folheto embrionrio (ou germinati-
nam todos os rgos e estruturas do corpo do embrio, alm vo), considerando o desenvolvimento embrionrio de um
dos anexos embrionrios. mamfero.
APRENDER SEMPRE 41 Destinos dos folhetos embrionrios

Folhetos
Estrutura originada
01. embrionrios
As clulas-tronco so clulas indiferenciadas, que po- Epiderme e anexos (pelos,
dem originar outros tipos de clulas. Onde podemos encon- unhas, cascos, chifres etc.)
Ectoderma
trar as clulas-tronco? Para que elas servem? Sistema nervoso
Resoluo Epitlio da boca e do nus
Nos embries formados de forma natural, em embries
Derme
formados por fertilizao in vitro, em embries criados por Sistema cardiovascular
insero do ncleo celular de uma clula adulta em um vu- Mesoderma
Sistema urogenital
lo que teve seu ncleo removido, em clulas sanguneas do Msculos e esqueleto
cordo umbilical e em alguns tecidos adultos, como a me-
dula ssea. Epitlio do sistema digestrio
Atualmente, uma das principais aplicaes produzir Endoderma Sistema respiratrio
clulas e tecidos para terapias medicinais. As clulas plu- Fgado e pncreas
ripotentes tambm oferecem a possibilidade de uma fonte
de reposio de clulas e tecidos para tratar um grande n-
mero de doenas, incluindo o mal de Parkinson, Alzheimer,
traumatismo da medula espinhal, infarto, queimaduras,
EMI-15-10
doenas do corao etc.

5. Classificao embriolgica dos animais
1
Por meio do estudo do desenvolvimento embrionrio dos principais grupos de animais, foi possvel realizar uma classifica-
o desses grupos seguindo alguns critrios, como o nmero de folhetos embrionrios, o destino do blastporo e a presena de
241
cavidades durante o desenvolvimento do embrio.
A. Quanto ao nmero de folhetos embrionrios

No desenvolvimento do embrio, os animais podem apresentar dois ou trs folhetos embrionrios. Os animais que apre-
sentam apenas dois folhetos embrionrios, isto , aqueles que possuem apenas o ectoderma e o endoderma, so denominados
diblsticos ou diploblsticos. Nesse caso, encontramos os cnidrios.
J os animais com trs folhetos embrionrios, isto , aqueles que apresentam o ectoderma, o mesoderma e o endoderma,
Biologia
so denominados triblsticos ou triploblsticos. Nesse caso, encontramos todos os demais grupos de animais pluricelulares, ou
seja, platelmintos, nematdeos, aneldeos, moluscos, artrpodes, equinodermos e cordados.
B. Quanto ao destino do blastporo

O blastporo a abertura que se forma na fase de gstrula e comunica a cavidade do arquntero, ou intestino primitivo, com o meio
externo. Essa abertura pode, nos animais que apresentam sistema digestrio completo, originar a boca ou o nus do indivduo adulto.
Os animais em que o blastporo origina a boca do organismo so denominados protostmios. Inclumos, nesse caso, os
aneldeos, os moluscos e os artrpodes. J nos animais denominados deuterostmios, o blastporo origina o nus do organis-
mo. Incluem-se nesse caso, os equinodermos e os cordados.
C. Quanto presena de cavidades

importante ressaltar que, neste critrio, apenas os animais triblsticos so classificados, pois os animais diblsticos no
apresentam o tecido do mesoderma.
Alguns animais so denominados acelomados quando no apresentam cavidade corprea. Entre os animais triblsticos,
apenas o grupo dos platelmintos considerado acelomado.
Os animais pseudocelomados so aqueles que possuem a cavidade corporal entre o mesoderma e o endoderma. O pseu-
doceloma, ou falso celoma, importante no transporte de substncias pelo corpo dos animais adultos, alm de auxiliar na sua
sustentao, atuando como esqueleto hidrosttico. Entre os animais, apenas o grupo dos nematelmintos pseudocelomado.
Os animais celomados so aqueles que, durante a vida embrionria, apresentam uma cavidade totalmente revestida pelo
mesoderma. O celoma uma cavidade que abrigar a maior parte dos rgos do corpo. So animais celomados os aneldeos, os
moluscos, os artrpodes, os equinodermos e os cordados.
Triblstico acelomado
282
Cavidade digestria
Mesoderma
Ectoderma
Endoderma
Triblstico pseudocelomado
Cavidade digestria
Endoderma
Ectoderma
Mesoderma
Pseudoceloma
Triblstico celomado
Ectoderma
Endoderma
Cavidade digestria
Mesoderma
Celoma
Classificao dos animais triblsticos quanto presena de cavidades. Corte transversal do embrio de animais acelomado, pseudocelomado e celomado.
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APRENDER SEMPRE 42
1
01.
241
No desenvolvimento embrionrio de alguns animais, forma-se o celoma, uma cavidade totalmente revestida pelo meso-
derma. Entretanto, a origem dessa cavidade no igual para todos os animais celomados. Considerando apenas os animais
que possuem celoma verdadeiro, qual a origem dessa cavidade?
Resoluo
A formao do celoma, nesses animais, pode ocorrer de formas diferentes. Os chamados esquizocelomados, como os
moluscos, os aneldeos e os artrpodes, apresentam celoma formado a partir de fendas do mesoderma. J os denominados
enterocelomados, como os equinodermos e os cordados, possuem celoma, formado a partir de bolsas que surgem na regio
Biologia
superior do arquntero.
A. Embriologia

Embriologia
283
Desenvolvimento Folhetos
embrionrio embrionrios
Classificao
embriolgica
Destino
do
blastporo Protostmio
Origina a boca
Presena
de celoma Deuterostmio
Origina o nus
Celomado
Acelomado
Pseudocelomado
Ectoderma Endoderma Mesoderma

Nmero
de Diblsticos
folhetos
Triblsticos
EMI-15-10
Ovo Blastmeros Mrula Blstula Gstrula Nurula

Mdulo 5
1
Embriologia I Desenvolvimento embrionrio

241
01. Vunesp Analise as afirmativas.
A figura representa o esquema de um corte transversal de I. A organognese uma etapa do desenvolvimento em-
Biologia
um embrio de cordado na fase de nurula. brionrio em que ocorre a diferenciao dos tecidos e
dos rgos do corpo dos animais. Ela comea com a
I fase de neurulao.
II. A figura A representa a fase de segmentao, em que
II ocorrem vrias divises meiticas a partir do zigoto,
Celoma porm, no final dessa fase, no h aumento do volume
total do embrio em relao ao volume do zigoto.
III. A mrula e a blstula esto presentes na fase de gas-
trulao; ambas so formadas por um conjunto de c-

lulas, porm a mrula um macio celular e a blstula
apresenta uma cavidade interna cheia de lquido.
IV. Na fase de organognese dos cordados, surge o tubo
neural, a notocorda e o arquntero; o tubo neural e a
notocorda esto envolvidos na formao do futuro sis-
Arquntero tema nervoso, e o arquntero, do sistema digestrio.
V. A figura B representa a fase de gastrulao. Nessa
Observe o esquema e responda ao que se pede: fase, o embrio aumenta de tamanho e h formao
a. Que estrutura vai se originar da poro embrionria dos folhetos germinativos, que daro origem a todos
apontada pela seta I e que denominao receber, nos os tecidos do indivduo.
mamferos adultos, a estrutura indicada pela seta II? Esto incorretas as afirmativas:
b. Quais as fases da embriognese que antecedem a. I, II e IV.
fase de nurula? b. III, IV e V.
c. II, III e IV.
Resoluo
d. I, III e IV.
a) A seta I indica o sistema nervoso central e a seta II
284
e. I, II e IV.
aponta a notocorda, que ser substituda pela coluna
vertebral, nos mamferos adultos. Resoluo
b) Zigoto, blastmeros, mrula, blstula, gstrula e nurula. A figura A representa a fase de segm entao, em que
ocorrem vrias divises mitticas a partir do zigoto. Na gas-
trulao, as caractersticas das etapas de mrula e blstula j
desapareceram. A notocorda o eixo de sustentao do em-
brio e, nos vertebrados adultos, ser substituda pela coluna
vertebral.
Alternativa correta: C
02.
O desenvolvimento embrionrio dos vertebrados divi-
dido nas seguintes etapas: segmentao, gastrulao e orga-
nognese.
Vrias divises
Ovo
da clula-ovo
Figura A
EMI-15-10
Figura B
03. Sistema COC Resoluo
1
As figuras a seguir representam trs fases do desenvolvi- A fase 3 a gstrula, que possui dois folhetos embrion-
mento embrionrio do anfioxo. rios, arquntero, ou intestino primitivo, e blastporo, orifcio
que origina o nus nos equinodermos e cordados e a boca
241
nos aneldeos, moluscos e artrpodes. A fase 1 a mrula,
um aglomerado macio de clulas indiferenciadas. A fase 2
a blstula, com uma camada de clulas envolvendo a blasto-
cela, uma cavidade de lquido.
1 2 3 Habilidade
Biologia
Identificar as principais etapas do desenvolvimento em-
Baseando-se nas figuras e em seus conhecimentos a brionrio.
respeito do assunto, podemos afirmar que a fase:
a. 1 a mrula, um aglomerado de clulas diferenciadas
umas das outras.
b. 2 a blstula, com cavidade cheia de lquido, denomi-
nada arquntero.
c. 3 a gstrula, com dois folhetos embrionrios e intes-

tino primitivo.
d. 3 a nurula, caracterizada pela formao do sistema
nervoso.
e. 2 a gstrula, com blastporo, que dar origem ao
nus.
Exerccios Extras
04. Sistema COC 05. Sistema COC
O desenvolvimento embrionrio observado em organis- As frases a seguir descrevem trs fases do desenvolvi-
mos pluricelulares tem incio logo aps a formao do zigoto mento embrionrio do anfioxo.
ou clula-ovo. Ao longo do processo, ocorrem sucessivas divi- Frase A Constituda por dois folhetos embrionrios e do-
ses mitticas, com posterior diferenciao celular, especiali- tada de arquntero, intestino primitivo e um orifcio chamado
zando as clulas para o desempenho das diferentes funes blastporo.
realizadas no organismo. Frase B Constituda por clulas agrupadas, sem a for-
Sobre o desenvolvimento embrionrio do anfioxo, analise mao de cavidade.
285
as proposies a seguir. Frase C As clulas dispem-se de tal maneira que aca-
I. As divises mitticas sucessivas do zigoto originam bam circundando uma cavidade cheia de lquido.
um macio de clulas na gastrulao. As figuras a seguir representam vrias fases do desenvol-
II. A formao do arquntero, ou intestino primitivo, e do vimento embrionrio do anfioxo.
blastporo ocorrem na gastrulao.
III. O tubo nervoso dorsal forma-se a partir do ectoderma
dorsal na fase de nurula.
IV. Ao final do desenvolvimento embrionrio, a notocorda
substituda pela coluna vertebral. 1 2 3 4
Esto corretas apenas as proposies:
a. I e IV.
b. II e III.
c. III e IV.
d. I, II e IV. 5 6 7 8
e. I, II e III.
a. Identifique a figura que corresponde a cada uma das
fases descritas nas frases A, B e C.
b. Descreva brevemente esse processo de desenvolvi-
mento embrionrio.
EMI-15-10
Seu espao
1
241
Sobre o mdulo
Para facilitar a aprendizagem do aluno e o desenvolvimento dos contedos, o estudo da Embriologia foi dividido em cinco
mdulos. Destes, os dois primeiros esto no livro 1 e os demais, no livro 2.
Este mdulo inicia-se com uma breve histria sobre a origem da Embriologia como cincia. No necessrio entrar em
detalhes. O histrico deve ser utilizado como forma de apresentar o assunto aos alunos. Em seguida, estudaremos o desen-
volvimento embrionrio do anfioxo, um animal do grupo dos cordados. No necessrio realizar uma descrio detalhada do
Biologia
anfioxo adulto. Apenas mencionar que esse animal um cordado invertebrado e que seu desenvolvimento embrionrio muito
semelhante, nas fases iniciais, ao dos cordados vertebrados.
286
EMI-15-10
Exerccios Propostos
1
Da teoria, leia os tpicos 1, 2 e 3. a. mrula, com o aparecimento do blastporo.
241
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento b. blastocisto, com o aparecimento do tubo neural.
c. blastocisto, com o aparecimento do suco neural.
d. gstrula, com o aparecimento do arquntero.
06. PUC-PR e. gstrula, com o aparecimento da placa neural.
Associe a coluna 2 coluna 1.
Coluna 1 Fases de desenvolvimento 09. Sistema COC
1. Fertilizao As frases a seguir descrevem algumas fases do desen-
Biologia
2. Gstrula volvimento embrionrio de um cordado primitivo.
3. Blstula a. O embrio constitudo por uma camada de clulas
4. Segmentao circundando uma cavidade interna cheia de lquido.
5. Nurula b. O embrio um aglomerado compacto de dezenas de
Coluna 2 Caractersticas clulas.
( ) Fase caracterizada pela formao do tubo neural. c. O embrio possui uma cavidade interna denominada
( ) Fase em que o ovo se divide, sucessivamente, at as arquntero e uma abertura denominada blastporo.
clulas atingirem as dimenses normais da espcie. Assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta

( ) Fase durante a qual os gametas se unem. de ocorrncia dessas fases e os seus respectivos nomes.
( ) Fase durante a qual um grupo de clulas envolve a. Blstula (A), gstrula (B) e nurula (C)
uma pequena cavidade central. b. Blstula (B), gstrula (A) e nurula (C)
( ) Fase na qual se origina o intestino primitivo. c. Gstrula (C), blstula (B) e mrula (A)
Assinale a sequncia correta. d. Mrula (A), blstula (C) e gstrula (B)
a. 5 4 1 3 2 e. Mrula (B), blstula (A) e gstrula (C)
b. 1 2 3 4 5
c. 5 4 1 2 3 10.
d. 3 4 1 2 5 A frase a seguir descreve uma das etapas do desenvolvi-
e. 5 1 4 3 2 mento embrionrio de um animal.
As clulas dispem-se de tal maneira que acabam cir-
07. UEL-PR cundando uma cavidade cheia de lquido
Analise a figura a seguir, que representa um dos estgios do As etapas do desenvolvimento embrionrio anterior e
desenvolvimento embrionrio do anfioxo em corte transversal. posterior descrita so, respectivamente:
A a. blstula e gstrula. d. mrula e nurula.
b. mrula e gstrula. e. blstula e nurula.
287
D c. zigoto e gstrula.
C
B 11.
O fenmeno que caracteriza o incio do processo de
E neurulao nos cordados a:
a. formao do arquntero.
b. cavitao da mrula.
Com base na figura e nos conhecimentos sobre a embrio- c. formao do blastporo.
logia do anfioxo, considere as afirmativas a seguir. d. formao da notocorda.
I. A figura representa um embrio no estgio de nurula. e. formao da placa neural.
II. As setas A, B e C apontam, respectivamente, o endo-
derma, a notocorda e o mesoderma. 12. UTF-PR
III. As estruturas apontadas pelas setas B e D daro ori- Nos organismos multicelulares, aps a fecundao, tem
gem, respectivamente, coluna vertebral e ao siste- incio o desenvolvimento embrionrio (embriognese), que
ma nervoso central. dar origem ao novo indivduo. Durante esse desenvolvimen-
IV. As estruturas apontadas pelas setas A e E daro ori- to, correto afirmar que:
gem a tecidos epiteliais de revestimento. a. a primeira fase do desenvolvimento denomina-se or-
A alternativa que contm todas as afirmativas corretas : ganognese, originando a mrula.
b. todos os rgos sero formados por apenas um nico
a. I e IV. c. I, II e III. e. II, III e IV. tipo de tecido.
b. II e III. d. I, III e IV. c. por ocorrerem, durante o desenvolvimento, mitoses e
meioses, haver rgos haploides e diploides.
08. UEL-PR d. uma das fases do desenvolvimento denomina-se gas-
Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta. trulao, que se caracteriza pela formao de folhetos
Durante o desenvolvimento embrionrio dos humanos, o embrionrios, do arquntero e do blastporo.
EMI-15-10
primeiro indcio de formao do sistema nervoso aparece no e. em todos os animais, na organognese, ocorre a for-
embrio na fase de: mao da notocorda.
13. Sistema COC 15. Unicamp-SP
1
As figuras a seguir representam trs etapas do desenvol- Recentemente, pesquisadores brasileiros conseguiram
vimento embrionrio do anfioxo. produzir a primeira linhagem de clulas-tronco a partir de
241
embrio humano. As clulas-tronco foram obtidas de um em-

brio em fase de blstula, de onde foram obtidas as clulas
que posteriormente foram colocadas em meio de cultura para
se multiplicarem.
a. As clulas-tronco embrionrias podem solucionar
problemas de sade atualmente incurveis. Quais
caractersticas dessas clulas-tronco permitem que
Biologia
A B C os pesquisadores possam utiliz-las no futuro para

este fim?
A ordem em que essas fases ocorrem : b. Blstula uma etapa do desenvolvimento embrio-
a. A, C, B, sendo que a etapa A chamada de blstula, nrio de todos os animais. Identifique, entre as figu-
caracterizada por um agrupamento macio de clulas ras a seguir, qual delas corresponde fase de bls-
com volume igual ao apresentado pelo zigoto. tula e indique uma caracterstica que a diferencie
b. B, A, C, sendo que a etapa C chamada de gstrula, da fase anterior e da posterior do desenvolvimento
caracterizada por apresentar uma abertura que, nos embrionrio.
equinodermos e nos cordados, origina o nus e, nos

aneldeos, a boca.
c. B, A, C, sendo que a etapa B chamada de mrula, ca-
racterizada pela presena do blastporo, abertura que
comunica a cavidade do arquntero com o meio externo. A B C D E F
d. B, C, A, sendo que a etapa B chamada de gstrula e
caracterizada por apresentar uma nica camada de c-
lulas, envolvendo uma cavidade interna cheia de lquido. 16.
e. B, C, A, sendo que a etapa A chamada de mrula e Um pesquisador, acompanhando o processo de desen-
caracterizada por duas camadas de clulas, o ectoder- volvimento embrionrio (esquematizado a seguir), percebeu
ma e o endoderma. que, do zigoto at a formao da mrula, foram necessrios
3 dias.
14. UFTM-MG
Um casal decidiu gerar um filho submetendo-se fertili-
zao in vitro. A mulher, aps tratamento hormonal, conseguiu
engravidar e teve uma criana saudvel. Aps o parto, ela de-
288
sejou montar um lbum com todas as fases de vida de seu filho Zigoto Mrula
e quis inici-lo com algumas fases embrionrias pelas quais Blastmeros
ele teria passado. Como no tinha essas imagens, reuniu algu-
mas que fazem parte do desenvolvimento embrionrio de um Notou tambm que o tempo necessrio para a diviso do
animal, que considerado evolutivamente prximo dos seres zigoto em 2 blastmeros foi de 15 minutos. Supondo-se que,
humanos, e formou uma sequncia, porm incorreta. nesse processo, todo blastmero se divida em outros dois e
que o tempo de diviso de cada blastmero seja sempre de
15 minutos, o nmero de blastmeros que formar essa m-
rula ser:
a. 215
b. 272
I II III IV c. 2144
a. Sabendo que a estrutura I representa um macio celular d. 2288
e a estrutura IV possui uma cavidade interna, indique, e. 2576
baseando-se nos quatro desenhos, a sequncia corre-
ta do desenvolvimento embrionrio. Em qual rgo da
mulher um embrio normalmente deve se implantar?
b. Explique o que se entende por fertilizao in vitro. Que
hormnio essa mulher teve de receber para estimular
a liberao do gameta para que a fertilizao fosse
bem sucedida?
EMI-15-10
Mdulo 6
1
Embriologia II Folhetos embrionrios e classificao embriolgica
241
01. Cesgranrio-RJ 03.
Na embriognese, a partir dos trs folhetos iniciais, vo Observe a rvore filogentica dos principais grupos ani-
Biologia
surgindo, por diferenciao celular, os tecidos embrionrios mais, elaborada com base em caractersticas do desenvolvi-
e, destes, resultaro os tecidos definitivos, que formaro os mento embrionrio.
rgos e todas as partes do corpo. Assinale a opo que as-
socia corretamente a estrutura presente em vertebrados e o
folheto embrionrio que lhe deu origem.
a. Ectoderma sistema nervoso, mesoderma tecido
conjuntivo, endoderma pulmes
b. Ectoderma msculos, mesoderma pncreas, en-

doderma epiderme
c. Ectoderma sistema urinrio, mesoderma bexiga, IV VI
II VII
endoderma msculos
d. Ectoderma pulmes, mesoderma sistema urin- V
rio, endoderma sistema nervoso III
e. Ectoderma tecido conjuntivo, mesoderma epider- I
me, endoderma pncreas
Resoluo
Considerando as estruturas citadas na questo, temos: Assinale a alternativa que identifica corretamente onde
origem ectodrmica sistema nervoso, epiderme e anexos; os critrios embrionrios a seguir foram utilizados.
origem mesodrmica tecido conjuntivo, sistema urinrio
(bexiga) e msculos; origem endodrmica pulmes e pn- Cavidade
Pseudoceloma Deuterostomia Mesoderma
creas. corporal
Alternativa correta: A a. III VI II I
b. IV VII I III
289
02. Sistema COC c. VI IV I III
A figura a seguir representa o modelo hipottico de um d. VI VI II V
embrio de cordado, em corte transversal. e. IV VI III II
I
IV Resoluo
V Pseudoceloma: IV, para separar os nematelmintos dos
II seguintes, que so celomados.
Deuterostomia: VII, equinodermos e cordados.
III VI
Mesoderma: I, pois os trs folhetos esto presentes em
todos, a partir dos platelmintos.
Cavidade corporal: III, pois est presente em todos, a par-
tir dos nematelmintos.
a. Os cordados so animais triblsticos celomados. Identifi- Alternativa correta: B
que os trs folhetos embrionrios e a cavidade corporal. Habilidade
b. Identifique as estruturas indicadas pelos nmeros II e Interpretar rvores filogenticas (cladogramas).
IV e explique o que acontece com elas no desenvolvi-
mento embrionrio de um cordado vertebrado.
Resoluo
a) Os trs folhetos embrionrios esto indicados pelos
nmeros III (ectoderma), I (mesoderma) e VI (endo-
derma). A cavidade corporal est indicada pelo nme-
ro V (celoma).
b) O nmero II indica a notocorda, substituda pela coluna
vertebral. O nmero IV indica o tubo nervoso dorsal, res-
EMI-15-10
ponsvel pela formao do sistema nervoso central.

Exerccios Extras
1
04. Unifal-MG 05. UFF-RJ

241
Durante o desenvolvimento embrionrio dos vertebra- As clulas-tronco humanas podem ser obti-
dos, o conjunto de clulas que se diferenciam dos blastme- das e colocadas em meios de cultura adequados
ros forma os folhetos germinativos e, posteriormente, as di- para se diferenciarem em clulas formadoras de
versas clulas do corpo. Com relao a esse processo, analise tecidos especializados.
as afirmativas a seguir. Cincia e vida. O Globo, 10 jul. 2011. Adaptado.
I. O mesoderma origina as fibras musculares.
II. O ectoderma origina as clulas nervosas. Cientistas acreditam que, em alguns anos, podero pro-
Biologia
III. O endoderma origina as clulas do epitlio intestinal. duzir clulas suficientes para tratar pacientes com doenas
correto o que se afirma em: graves no corao, no fgado ou nos pulmes.
a. I e II, apenas. a. Qual a fase, durante a formao do embrio, em que se
b. II e III, apenas. pode obter o maior nmero de clulas-tronco? Justifi-
c. I e III, apenas. que sua resposta.
d. I, apenas. b. A partir de clulas-tronco, que folhetos devem ser pro-
e. I, II e III. duzidos para originar clulas da musculatura cardaca
e clulas hepticas?
Seu espao
Sobre o mdulo
Neste mdulo, destacamos o estudo dos folhetos embrionrios e da classificao embriolgica dos animais. No estudo
dos folhetos embrionrios, retomaremos a fase de nurula para explicar o destino dos folhetos embrionrios. Orientar sobre a
diferenciao tecidual no embrio, destacando a importncia dos tecidos embrionrios para a formao dos tecidos adultos.
Quanto classificao embriolgica dos animais, um assunto particularmente til para o curso de Zoologia, que seguir
aps o curso de Embriologia. No estudo da classificao embriolgica, importante que o professor enfatize os conceitos bsi-
cos, tais como diblsticos, triblsticos, celomados, pseudocelomados, acelomados, deuterostmios e protostmios.
290
EMI-15-10
Exerccios Propostos
1
Da teoria, leia os tpicos 4 e 5. Esto corretas:
241
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento a. apenas a afirmao I.
b. apenas a afirmao II.
c. apenas as afirmaes I e II.
06. Unicamp-SP d. apenas as afirmaes I e III.
Animais triploblsticos podem ser acelomados, pseudo- e. apenas as afirmaes II e III.
celomados ou celomados. Considere o esquema a seguir, do
corte transversal de um embrio, e responda ao que se pede. 10.
Biologia
O sistema nervoso central formado a partir do tubo neural,
o qual se diferenciou do ectoderma. Qual das alternativas apre-
I III senta um elemento que tem origem neste folheto embriolgico?
a. Derme
II IV b. Msculos
c. Sangue
d. Pncreas
e. Epiderme

a. Qual dos trs nveis de organizao est representa- 11.
do? Justifique. Em relao classificao embriolgica dos animais, as-
b. O que est indicado por I, II, III e IV? sinale a alternativa que indica, respectivamente, animais que
so: celomados, acelomados, pseudocelomados.
07. a. Cnidrios, vermes e cordados
O ectoderma da nurula responsvel pela formao de: b. Porferos, artrpodes e aves
a. notocorda, que ser depois substituda pela coluna c. Aneldeos, platelmintos e nematdeos
vertebral. d. Cordados, platelmintos e porferos
b. encfalo e medula raquiana, atravs do tubo neural. e. Moluscos, equinodermos e cordados
c. todo o tubo digestivo, a partir do arquntero.
d. celoma, que ser delimitado pela somatopleura e pela 12. Unifal-MG
esplancnopleura. Antes da organognese de vertebrados, certas anorma-
e. mesnquima, que originar os tecidos conjuntivos e lidades morfolgicas que eventualmente ocorrem nos folhe-
musculares. tos embrionrios podem ser detectadas nos tecidos e rgos
dos indivduos na fase adulta. Se uma dessas anormalidades
291
08. ocorrer no mesoderma, o desenvolvimento anormal poder
Assinale a afirmativa correta a respeito dos tecidos deri- ser detectado no:
vados dos folhetos embrionrios. a. epitlio do tubo digestrio.
a. A epiderme origina-se da ectoderma, mas os anexos b. alvolo pulmonar.
da pele derivam da mesoderma. c. crebro.
b. Os rins so originados da endoderma, e os melanci- d. msculo estriado.
tos provm da ectoderma. e. revestimento epidrmico.
c. A endoderma origina as adrenais e os pulmes, e a
mesoderma origina o pncreas e os msculos. 13.
d. O sistema nervoso central e a epiderme so derivados Os cnidrios foram os primeiros organismos a possu-
da ectoderma, enquanto os variados tipos de tecido rem sistema digestrio na escala animal. A figura a seguir
conjuntivo so derivados da mesoderma. representa a rvore evolutiva quanto classificao desse
e. A mesoderma origina os vasos sanguneos, consti- sistema.
tuindo o sistema circulatrio, mas o tecido sanguneo
originado da endoderma. Moluscos
Cnidrios Platelmintos Nematdeos Artrpodes Enquinodermos Cordados
Aneldeos
09.
Durante o desenvolvimento de um embrio de vertebra-
do, formam-se trs folhetos embrionrios, o ectoderma, o en- Clivagem espiral Clivagem radial
doderma e o mesoderma, tecidos responsveis pela forma-
o de diferentes estruturas nos indivduos adultos, por meio
de processos de desenvolvimento e diferenciao. Considere Sem celoma Com celoma
as afirmaes a seguir, relacionadas com as funes desen-
volvidas pelos folhetos embrionrios. Dois folhetos Trs folhetos
I. O ectoderma origina a medula espinhal. embrionrios embrionrios
EMI-15-10
II. O mesoderma origina os tecidos muscular e sseo.

III. O endoderma origina o sistema urinrio. Enterozorios
De acordo com a classificao apresentada, pode-se con- quando James Thomson, da Universidade de
1
cluir que: Wisconsin (EUA), conseguiu isolar as primeiras

a. as guas-vivas so deuterostmios, pseudoceloma- clulas-tronco embrionrias, as mais versteis
241
dos e diblsticos. que existem tanto que j se pensa em us-las

b. os peixes so protostmios, celomados e triblsticos. para tratar problemas to diversos quanto dia-
c. os caranguejos so protostmios, celomados e tri- betes, mal de Parkinson e queimaduras. Mas
blsticos. preciso ir devagar com o andor, porque h mui-
d. as minhocas so deuterostmios, celomados e tri- tos obstculos no caminho dessa biotecnologia,
blsticos. e a controvrsia tica sobre a destruio de em-
e. as tnias so protostmios, celomados e triblsticos. bries para obt-las s o mais visvel deles.
Biologia
Leite. In: Folha de S. Paulo. p. 21.

14. UEPG-PR modificado
A respeito do desenvolvimento embrionrio, assinale o A figura esquematiza etapas dos processos de obteno
que for correto. e uso teraputico de clulas-tronco embrionrias.
01. As divises que ocorrem durante a segmentao de-
nominam-se clivagens, e as clulas que se formam Diferenciao das clulas-tronco
so chamadas mrulas. Blastocisto Camada
02. Na gastrulao, forma-se o blastporo. Os animais
alimentadora
em que o blastporo d origem ao nus so chama- Massa de de clulas de
dos de protostmios, e os animais em que o blast- clulas camundongo.
poro d origem boca so chamados de deuterost- internas
mios.
1. A massa de clulas
04. Ao longo do desenvolvimento embrionrio, as clulas
internas recebe (removida)
passam por um processo de diferenciao celular em fatores qumicos que a
que alguns genes so ativados, passando a coorde- desagregam.
nar as funes celulares. Surgem, dessa maneira, os
tipos celulares, que se organizam em tecidos. 2. Em novo recipiente,
08. De um modo geral, em praticamente todos os ani- formam-se colnias de
mais, podem ser observadas trs fases consecuti- clulas-tronco embrionrias.
vas de desenvolvimento embrionrio: segmentao,
gastrulao e organognese. 3. Cada colnia recebe um fator de diferenciao.
16. Na organognese ocorre diferenciao dos rgos a
partir dos folhetos embrionrios formados logo aps
a gastrulao. Clulas do
msculo
292
D a soma dos nmeros dos itens corretos. cardaco
15. Unicamp-SP
O uso das clulas-tronco embrionrias tem Ilhotas do
pncreas
levantado muitas discusses. As clulas embrio-
nrias, geradas nos primeiros dias aps a fecun-
dao do ocito pelo espermatozoide, no esto
Clulas de
diferenciadas e podem se transformar em qual- cartilagem
quer clula do organismo. A clula-tronco proto-
tpica o zigoto.
Isto , 20 out. 2004. Adaptado. O blastocisto, utilizado como fonte preferencial de clu-
las-tronco, representa uma etapa do desenvolvimento cujos
a. Aps a formao do zigoto, quais so as etapas do de- aspectos estruturais e fisiolgicos incluem a:
senvolvimento at a formao da notocorda e do tubo 01. implantao na parede do tero, regulada por ao
nervoso nos embries? hormonal.
b. Em que fase do desenvolvimento embrionrio as clu- 02. formao do embrio propriamente dito e de algu-
las iniciam o processo de diferenciao? mas das membranas extraembrionrias, a partir da
c. O desenvolvimento embrionrio uma das formas massa celular interna.
de dividir os filos em dois grandes grupos. D duas 04. formao dos trs folhetos embrionrios, logo no in-
diferenas no desenvolvimento dos protostomados e cio da blstula.
deuterostomados e indique em qual desses grupos os 08. presena do lquido amnitico no interior da blasto-
humanos esto includos. cele, com funo de proteo contra traumatismos.
16. formao da gstrula como etapa posterior blastu-
16. FRB-BA modificado lao, caracterizada pela presena do arquntero e
A pesquisa biomdica sacudida de tempos do blastporo.
EMI-15-10
em tempos por alguma nova moda. A da hora se 32. organognese como atributo da mrula, iniciando a
chama clulas-tronco e foi deflagrada em 1998, formao precoce do novo organismo.
D a soma dos nmeros dos itens corretos.
F MAT
S
241
U
242
Captulo 1 .............. 294
Q
Mdulo 1 ............ 301

Mdulo 2 ............ 305
ia
Captulo 2 .............. 308
og
Mdulo 3 .............313
ol
Bi
LP
H
GE
O
IS
O
L
FI
O
C
SO
BI
S
RE
1. Introduo 296
2. O estudo da clula 296
3. Clulas procariticas 297
4. Clulas eucariticas 297
Mdulo 1 Clulas procariticas 301
Mdulo 2 Clulas eucariticas 305
Reconhecer que todos os seres vivos

so formados por clulas.
Comparar, em representaes esque-
mticas, os diferentes tipos celulares,
suas estruturas e os organismos que as
possuem.
Identicar os componentes celulares
e relacion-los s funes vitais das
clulas.
LUKIYANOVA NATALIA / FRENTA / SHUTTERSTOCK

Organizao celular 1
295
As clulas so as unidades estruturais e funcionais dos orga-

nismos vivos. Alguns deles so unicelulares, como as bactrias,
enquanto outros so pluricelulares, como os seres humanos. As
hemcias, vistas na figura, desempenham papel fundamental no
transporte de oxignio para os tecidos.
1. Introduo dou materiais obtidos de vrios seres vivos: penas de aves,
1
objeto de estudo da Biologia o fenmeno da vida em asas e pernas de insetos e pedaos de cortia. Observou que
toda a sua diversidade de manifestaes, caracterizado por o material retirado da cortia era formado por espaos vazios,
242
um conjunto de processos organizados e integrados, no n- com cavidades semelhantes a favos de uma colmeia. Essas
vel de uma clula, de um indivduo; ou ainda de organismos cavidades foram denominadas clulas (do grego koilos, oco,
em seu meio. As diferentes formas de vida esto sujeitas a ou do latim cella, cavidade). Na verdade, as cavidades obser-
transformaes, que ocorrem no tempo e no espao, sendo, vadas por Hooke no eram as clulas, mas os espaos ocupa-
ao mesmo tempo, propiciadoras de transformaes no am- dos por elas, pois o tecido observado estava morto. Em 1665,
biente. A rea da biologia que estuda as clulas (organizao, publicou todas as suas observaes em seu livro intitulado
metabolismo e mecanismos de diviso) a citologia. Micrographia.
Biologia
MONTAGEM SOBRE FOTOS DIVULGAO. DR JEREMY BURGESS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / SPL DC; OMIKRON / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK
2. O estudo da clula
O estudo da clula de fundamental importncia para a
compreenso da organizao e do funcionamento dos seres vi-
vos. Atualmente, clula pode ser definida como a unidade mor-
folgica e fisiolgica da maioria dos seres vivos, com exceo
dos vrus, que so estruturas acelulares.
O incio da citologia deu-se a partir da descoberta do

microscpio ptico em 1951, atribuda a Hans e Zacharias
Jansen. Em seu microscpio, eles utilizaram um tubo com
duas lentes acopladas.
Antonie van Leeuwenhoek, habilidoso arteso holan-
ds e fabricante de lentes para culos, no fim do sculo XVII,
construiu sistemas de lentes que permitiam observar obje-
tos reduzidos com um aumento estimado de at duzentas
vezes. Leeuwenhoek foi o primeiro a ver e descrever bact-
rias (1674), leveduras e diferentes formas de vida em uma
simples gota de gua. Relatou a circulao de corpsculos do
sangue nos capilares, observando, pela primeira vez, os gl-
bulos vermelhos, e usou suas lentes para fazer estudos pio-
neiros em uma extraordinria variedade de estruturas, tanto
vivas quanto no vivas.
296
Representao artstica de Robert Hooke e do microscpio

DR JEREMY BURGESS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / SPL DC; OMIKRON / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK
utilizado por ele. No canto superior esquerdo, desenho

esquemtico dos compartimentos observados na cortia.
As observaes feitas por Hooke no tiveram grande re-

percusso, e pouco se falou das clulas durante um perodo,
at a descoberta do ncleo, em 1833, por Robert Brown, um
botnico, fsico e mdico escocs.
O botnico alemo Matthias Schleiden afirmou, em 1838,
que todas as plantas eram constitudas por clulas. No ano
seguinte, seu compatriota Theodor Schwann, fisiologista e
anatomista, concluiu que todos os animais tambm eram for-
mados por clulas, descrevendo, assim, a teoria celular.
Todos os seres so constitudos por clulas, e as ativi-
dades fundamentais que caracterizam a vida ocorrem em
seu interior, sendo a clula, portanto, a unidade morfolgi-
ca e fisiolgica de todos os seres vivos.
Morfologicamente, uma clula constituda basicamente
por membrana plasmtica, citoplasma e material gentico. A
membrana plasmtica o limite celular, o citoplasma pode ser
Representao artstica de Antonie van Leeuwenhoek que, por caracterizado como o espao intracelular, e o material gentico
meio de seu microscpio, contribuiu com o avano da citologia. responsvel pelo controle das funes vitais.
Outros cientistas contriburam para acrescentar novas
EMI-15-10
Robert Hooke, um cientista ingls, com o auxlio de um proposies teoria celular, afirmando, por exemplo, que as
microscpio simples, porm melhor que o do holands, estu- clulas surgem de outras preexistentes.
Os vrus so exceo teoria celular. Embora apresentem As cianobactrias possuem dobras de membrana asso-
1
material gentico e capacidade de se reproduzirem no interior ciadas ocorrncia da fotossntese, denominadas lamelas
das clulas hospedeiras, eles no possuem estrutura celular. fotossintetizantes, onde se encontram os pigmentos fotossin-
242
So formados por um envoltrio de protenas e por seu mate- tticos, como a clorofila. H, em seu citoplasma, grnulos de
rial gentico. reserva energtica, sob a forma de gotculas de lipdios.
Atualmente, os recursos da microscopia, da biologia A seguir, um modelo hipottico de uma cianobactria.
molecular, da engenharia gentica e da bioqumica per-
mitem o estudo de diferentes aspectos da organizao Ribossomos
e do funcionamento celular, esclarecendo dvidas e lan- DNA
ando novos desafios para o futuro sobre as clulas e os
Biologia
seres vivos.
3. Clulas procariticas
A clula procaritica pode ser representada pelas bact-
rias e pelas cianobactrias. Grnulo
de protena Lamelas
A organizao celular procaritica caracterizada pela
fotossintticas
ausncia de ncleo e de organelas membranosas, como ob-

Gotcula
servado a seguir. de gordura Camada Parede Membrana
gelatinosa celular plasmtica
Parede celular Cromatina Citoplasma
Esquema representativo de uma cianobactria. Note
que os pigmentos fotossintticos esto distribudos por
todo o citoplasma. Cores fantasia. Sem escala.
O registro fssil das cianobactrias indica que es-

ses seres fotossintticos apareceram entre 3,85 e 2,5
bilhes de anos e devem ter sido os responsveis, por
meio da fotossntese, pela liberao de oxignio para a
Ribossomos Membrana plasmtica atmosfera, permitindo, assim, o surgimento dos seres
Esquema representativo de uma clula bacteriana e sua aerbios.
organizao procaritica. Cores fantasia. Sem escala.
Em seu interior, observa-se o material gentico disperso Apesar da organizao simples, as clulas procariticas
pelo citoplasma, em uma regio denominada nucleoide. Ele executam as funes fundamentais dos seres vivos e podem
297
circular, constitudo por DNA e responsvel pelo controle das se dividir, originando clulas-filhas, para as quais transmitem
atividades celulares. Em algumas bactrias, h outro material suas caractersticas hereditrias.
gentico, denominado plasmdeo, relacionado s funes
adaptativas, como a sntese de enzimas que degradam anti- APRENDER SEMPRE 43
biticos, impedindo sua ao.
A nica organela presente nas clulas procariticas o 01.
ribossomo, responsvel pela sntese de protenas. Qual a nica organela presente no citoplasma de uma
O citoplasma constitudo por um fluido viscoso, o cito- bactria e qual a sua funo?
sol, onde se encontram protenas, enzimas, carboidratos, sais Resoluo
minerais, gua, grnulos de reserva etc. A nica organela que as bactrias apresentam o ri-
A membrana plasmtica constituda por uma dupla bossomo, que possui a funo de sntese de protenas.
camada de lipdios e por protenas (lipoproteica). Ela res-
ponsvel pela permeabilidade seletiva, ou seja, pelo contro-
le de entrada e sada de substncias da clula.
Externamente membrana plasmtica, a bactria 4. Clulas eucariticas
possui uma parede celular rgida e permevel. Ela con- A clula eucaritica encontrada em protozorios, algas,
fere proteo extra, alm de ser responsvel pelo for- fungos, vegetais e animais.
mato da clula. uma estrutura complexa composta de um tipo de organizao celular completo no aspecto
peptidoglicano polmeros de carboidratos ligados a morfolgico e funcional, possuindo diferentes organelas,
protenas. Em microbiologia, h tcnicas especficas que membranosas ou no membranosas, ncleo e outras estru-
utilizam a estrutura da parede celular para identificar as turas com funes especficas.
bactrias. Nas cianobactrias, a parede celular mais Para fins didticos, utilizam-se dois modelos de clulas
complexa e, alm dela, existe, na face externa da clula, para representar a organizao celular dos seres eucariontes:
uma camada de mucilagem, rica em polissacardeo, que o modelo animal, comum em protozorios e animais, e o mo-
evita a dessecao. Algumas bactrias possuem flagelos, delo vegetal, tpico em algas e plantas.
EMI-15-10
utilizados para locomoo.

A. Clula animal O complexo golgiense formado por dobras achatadas e
1
O modelo de clula animal tem como principal caracte- empilhadas de membrana, conhecidas como cisternas. Loca-
rstica externa a ausncia de parede celular. A clula deli- lizado prximo ao ncleo, tem as funes de armazenamen-
242
mitada apenas pela membrana plasmtica de constituio to, transformao, empacotamento, distribuio e secreo
lipoproteica, sendo ligeiramente diferente das clulas pro- de substncias. Participa da formao dos lisossomos.
cariticas. As mudanas mais evidentes, so observadas no Os lisossomos so organelas responsveis, princi-
interior do citoplasma. A presena de ncleo e de organelas palmente, pela digesto intracelular. Suas enzimas so
membranosas a define como eucaritica. usadas para digerir materiais englobados pela clula, ou
O ncleo formado por envelope nuclear (envoltrio estruturas prprias, transformando-as em nutrientes org-
nuclear ou carioteca), nucleoplasma, cromatina e nuclolo. nicos aproveitados pela clula.
Biologia
O envelope nuclear limita o ncleo, porm a presena de po- Os peroxissomos so vesculas que contm enzimas,
ros permite a passagem e as trocas de substncias entre o como, por exemplo, a catalase e a oxidase, que participam
citoplasma e o ncleo. O nucleoplasma composto de gua, da degradao da gua oxigenada (H2O2). No metabolismo
ons, enzimas, nucleotdeos etc. A cromatina o material celular, como resultado da degradao de compostos org-
gentico, responsvel pela definio das caractersticas nicos, encontra-se o perxido de hidrognio, substncia t-
biolgicas dos seres vivos. O nuclolo um corpsculo den- xica ao organismo por ser uma fonte de radicais livres.
so e esfrico que pode ser visto no interior do ncleo, rico A catalase, presente nos peroxissomos, converte o per-
em RNA e protenas. Participa da formao dos ribossomos. xido de hidrognio em gua (H2O) e oxignio (O2) molecular.
Os ribossomos, pequenos grnulos observados no citoplas- As enzimas presentes nos peroxissomos tambm atuam na
ma, so compostos de protenas e RNA, sendo, portanto, uma metabolizao do lcool.
organela no membranosa. Eles participam da sntese de prote-
nas e podem ser encontrados livres no citoplasma ou aderidos
face externa do envelope nuclear ou a organelas membranosas.
As organelas membranosas presentes nas clulas euca- A gua oxigenada e os ferimentos
riticas so constitudas por membranas lipoproteicas, seme- A gua oxigenada uma mistura de pe-
lhantes membrana plasmtica. rxido de hidrognio e gua comum, comer-
O retculo endoplasmtico, uma organela membranosa cialmente vendida por volumes. A de uso
que se comunica com a membrana plasmtica e com o enve- domstico de 10 volumes. Ela recomen-
lope nuclear, morfologicamente formado por canais interli- dada como antissptico, pois elimina gran-
gados, atuando como um sistema interno de transporte e de de parte das bactrias que poderiam causar
distribuio de substncias. A presena de compartimentos infeces no ferimento. Quando colocada
membranosos contribui para organizar as atividades celulares, sobre uma leso, a catalase liberada das
tornando-as mais eficientes. clulas destrudas cliva essa molcula, pro-
As partes do retculo que tm ribossomos aderidos for- vocando um borbulhamento caracterstico
298
mam o retculo endoplasmtico granuloso, tambm denomi- sobre o ferimento.

nado ergastoplasma. Esse borbulhamento ocorre devido li-
O retculo endoplasmtico no granuloso no possui ri- berao do oxignio gerado pela ao
bossomos aderido sua membrana e participa da produo da enzima, conforme reao a seguir:
de lipdios. Em algumas clulas, como nas do fgado, participa 2 H2O2 catalase
2 H2O + O2. A principal aplicao
da desintoxicao celular e da degradao de substncias t- no combate de bactrias anaerbias, que no
xicas, como o lcool e algumas drogas. sobrevivem na presena de oxignio, como a
bactria do ttano. Pesquisas recentes suge-
rem que a gua oxigenada prejudica a produ-
o de colgeno, portanto, interfere na cicatri-
zao do tecido lesionado.
Tolerncia s drogas
O retculo endoplasmtico no granuloso,
presente, principalmente, nos hepatcitos, As atividades efetuadas pelas clulas requerem ener-
responsvel pela degradao de substncias gia, que elas obtm na respirao aerbia. Trata-se de uma
txicas, como o lcool e outras drogas. longa sequncia de reaes de degradao da glicose, que
Quando consumidos em excesso ou com transfere a energia desse carboidrato para molculas de
frequncia, o lcool e outras drogas estimulam adenosina-trifosfato (ATP). As primeiras reaes da respira-
a proliferao do retculo no granuloso e de o acontecem no citoplasma, e as etapas finais, que repre-
suas enzimas, o que aumenta a tolerncia do sentam a grande fonte de energia para a clula, processam-
organismo a essas substncias. se no interior das mitocndrias.
O aumento da tolerncia significa que Um par de centrolos situa-se prximo do comple-
sero necessrias doses cada vez maiores xo golgiense e do ncleo celular. Formados por feixes de
dessas substncias para que se tenha o protenas especficas, os centrolos exercem importan-
mesmo efeito. te papel na diviso celular, na formao dos clios e dos
EMI-15-10
flagelos, alm de participar da organizao de parte do ci-

toesqueleto. A regio onde se localiza o par de centrolos No interior do citoplasma, encontram-se, alm das orga-
1
e tem incio a organizao dos microtbulos de protenas nelas, as incluses citoplasmticas. Nas clulas do fgado
denominada centrossomo. (hepatcito), por exemplo, h os grnulos de glicognio,
242
O citoesqueleto formado por um conjunto de filamen- como material de reserva energtica; nos melancitos, h
tos de protenas que mantm a arquitetura celular. grnulos de pigmentos, como a melanina, encontrada na
pele e responsvel por sua colorao.
A figura a seguir representa um modelo de clula animal hipottico com suas principais estruturas.
Biologia
Complexo golgiense Lisossomo
Microfilamentos
Carioteca
Ribossomo Nuclolo
Retculo
endoplasmtico Centrolos
no granuloso
Retculo
Mitocndria endoplasmtico

granuloso
Membrana
plasmtica Vescula de
secreo
Esquema representativo de uma clula animal, indicando algumas das organelas presentes nas clulas eucariticas. Cores fantasia. Sem escala.
B. Clula vegetal Os plastos so organelas que armazenam substncias.

O modelo de clula vegetal apresenta organizao eu- Os cloroplastos, por exemplo, possuem clorofila, pigmento
caritica semelhante ao que foi apresentado para o modelo responsvel pela absoro de luz na fotossntese. J os cro-
animal, porm diferencia-se pela presena de parede celular, moplastos armazenam os pigmentos acessrios, como a xan-
grandes vacolos e cloroplastos. tofila e o betacaroteno, e os leucoplastos, estruturas incolo-
Externamente membrana plasmtica, h a parede celular, res, armazenam amido, protenas ou leo (respectivamente,
constituda principalmente por celulose, um carboidrato estrutu- amiloplasto, proteoplasto e oleoplasto).
ral sintetizado pela clula. Essa parede celular espessa, resis- Nas clulas da maioria dos vegetais, no so encontrados
tente e permevel. A parede celular das clulas vegetais tambm os centrolos. Os microtbulos, por exemplo, organizam-se a
pode ser chamada de parede celulsica. partir de regies especficas do citoplasma.
299
O vacolo da clula vegetal pode representar de 5 a 95% Nas clulas vegetais, os glioxissomos, organelas seme-
do volume celular. Sua principal funo armazenar, no suco lhantes aos peroxissomos, presentes nas clulas animais,
vacuolar, gua e outras substncias, como sais minerais, participam da degradao de lipdios, liberando energia
cristais, pigmentos e, em alguns casos, enzimas hidrolticas, para o embrio.
como nas presentes nos lisossomos das clulas animais. O esquema a seguir representa o modelo de clula ve-
Alm disso, essa estrutura importante no controle de entra- getal, com as estruturas tpicas desse tipo de clula, como
da e sada de gua da clula. O vacolo delimitado por uma a parede celular, os cloroplastos e o grande vacolo.
membrana lipoproteica denominada tonoplasto.
Nuclolo
Retculo Carioteca
endoplasmtico
granuloso Grande
vacolo
Retculo Complexo
endoplasmtico golgiense
no granuloso
Membrana
plasmtica Cloroplasto
Parede Mitocndria
celular
Ribossomo
EMI-15-10
Esquema representativo de uma clula vegetal. Note a presena de estruturas que so comuns clula
animal e de estruturas tpicas desse tipo de clula. Cores fantasia. Sem escala.
1
242
Origem das organelas membranosas ginando, assim, respectivamente, as mitocn-

H uma hiptese que tenta explicar a origem drias e os cloroplastos das clulas eucariticas
das organelas membranosas e da carioteca pre- atuais. Algumas evidncias corroboram a hip-
sente nas clulas eucariticas a hiptese da tese endossimbitica, dentre elas: as mitocn-
invaginao da membrana (ou hiptese de Ro- drias e os cloroplastos possuem genoma pr-
bertson). Nessa hiptese, um ancestral primitivo prio e circular, como o de bactrias; seu DNA
sofreu invaginao de sua membrana plasmtica, capaz de se autoduplicar; estas organelas pro-
Biologia
formando dobras e canais internos que teriam ori- duzem suas prprias protenas
ginado os compartimentos intracelulares, tornan- DNA
do mais eficientes os processos realizados pela Citoplasma
clula. O esquema a seguir mostra esse processo.
A maioria das organelas membranosas surge Envelope
por invaginao da membrana plasmtica, porm Procarionte
ancestral nuclear
as mitocndrias e os cloroplastos possuem uma
origem diferente.
Segundo a hiptese endossimbitica, clulas Membrana

ancestrais eucariticas teriam englobado bac-
trias e cianobactrias primitivas, promovendo
uma relao de benefcio mtuo entre elas, ori-
Retculo Ncleo
endoplasmtico
300
Citologia
Estudo das Clula

clulas eucaritica
Teoria
Celular Clula
procaritica
Todo ser vivo Sem ncleo e

Microscopia
formado por organelas Animal
clulas. membranosas e vegetal
Sem parede celular, grandes

Membrana
vacolos e cloroplasto
plasmtica, citoplasma Com ncleo
e material gentico. Parede celular, grandes e organelas
vacolos e cloroplasto membranosas
Protozorios, algas,
fungos, vegetais e
animais
Apenas
EMI-15-10
Mdulo 1
1
Clulas procariticas
242
01. PUC-RS na atmosfera e, reduzindo as concentraes de CO2, permitiram
Um biologista, estudando a estrutura de uma clula bacte- a colonizao de novos organismos. Alm disso, algumas orga-
Biologia
riana, encontraria, como organela desse tipo celular, o: nelas, como as mitocndrias e os cloroplastos, so derivadas de
a. cloroplasto. bactrias endossimbiontes, ou seja, sem as bactrias, no existi-
b. retculo endoplasmtico no granuloso. riam clulas eucariontes, tampouco clulas vegetais.
c. centrolo. Sobre o que foi apresentado e de acordo com seus conhe-
d. ribossomo. cimentos, assinale a alternativa correta.
e. retculo endoplasmtico granuloso. a. As bactrias so seres eucariontes que realizam fo-
tossntese.
Resoluo
b. Os seres procariontes contriburam apenas com a

As bactrias so seres procariontes, ou seja, no pos- composio da atmosfera primitiva.
suem ncleo nem organelas membranosas. A nica organela c. Os seres procariontes, como as bactrias e as ciano-
presente nesse tipo de clula o ribossomo. bactrias, contriburam para o surgimento de organe-
Alternativa correta: D las eucariticas.
d. A maior parte das bactrias hetertrofa, liberando
para a atmosfera o oxignio utilizado pelos seres
02. UFSCar-SP modificado aerbios.
A Escherichia coli um organismo procarionte. Isso signi- e. Os seres eucariontes, como as bactrias e as ciano-
fica que essa bactria: bactrias, foram os primeiros seres a produzirem o
a. parasita obrigatria. gs carbnico.
b. no apresenta ribossomos.
Resoluo
c. no apresenta ncleo.
d. no apresenta material gentico. a. Incorreta. As bactrias so seres procariontes.
e. no apresenta parede celular. b. Incorreta. Os seres procariontes, como as bactrias, parti-
cipam da reciclagem de nutrientes, do ciclo do nitrognio etc.
Resoluo c. Correta. Os seres procariontes, como as bactrias e as
As bactrias, como a Escherichia coli, possuem clulas
301
cianobactrias, contriburam para o surgimento de organelas,
procariticas, caracterizadas principalmente pela ausncia como as mitocndrias e os cloroplastos, encontrados em c-
de ncleo. lulas eucariticas.
Alternativa correta: C d. Incorreta. A maior parte das bactrias hetertrofa,
liberando para a atmosfera o gs carbnico.
e. Incorreta. As bactrias e as cianobactrias so pro-
cariontes.
03.
Leia o texto a seguir. Habilidade
Geralmente, quando se fala em bactrias, h uma asso-
Reconhecer que todos os seres vivos so formados de
ciao direta com as doenas provocadas por elas. Entretanto,
clulas.
apenas uma pequena porcentagem desses organismos de pa-
rasitas. Esses seres procariontes so essenciais manuteno
da vida no planeta. Foram os primeiros a disponibilizar oxignio
Exerccios Extras
04. Fuvest-SP gentico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
A resistncia s drogas antimicrobianas um pro- tema, assinale a alternativa que apresenta a estrutura que
blema srio no combate s infeces. A principal causa participa da resistncia a antimicrobianos.
do aparecimento de organismos resistentes o uso ex- a. Parede celular
cessivo e inapropriado dos antibiticos, o que resulta na b. Plasmdeo
seleo de cepas de bactrias resistentes. Alm disso, a c. Ribossomos
EMI-15-10
resistncia aos antimicrobianos pode ser passada de uma d. Membrana plasmtica

bactria para outra, por meio da transferncia de material e. Protenas
05. So exclusivas dos seres vivos as caractersticas apre-
1
Existe uma srie de caractersticas que distinguem os sentadas em:

seres vivos da matria bruta. Considere as caractersticas a. I e III, apenas.
242
a seguir. b. I, II e IV.
I. Metabolismo; c. I, III e IV.
II. Ausncia de molculas; d. III e IV, apenas.
III. Reproduo; e. apenas III e IV.
IV. Material gentico.
Biologia
Seu espao
Sobre o mdulo
Utilizar o conceito referente teoria celular para citar os principais constituintes das clulas e suas funes de forma sucin-
ta, apenas como introduo ao assunto.
Comentar que h opinies distintas sobre os vrus no que diz respeito a consider-los como seres vivos ou no. Esclarecer
que o assunto ser abordado futuramente, em momento oportuno.
Se houver tempo, discutir a filogenia atual dos seres procariontes. Segundo estudos recentes, as arqueas tm maior proxi-
midade com os eucariotas quando comparadas s bactrias.
Os domnos da vida
Com base na anlise do RNA ribossmico
Bactria Eucarya Archaea Virus

Clula
eucaritica
302
Ancestral ?
comum
Esquematizar a clula bacteriana e explicar as principais caractersticas morfolgicas.
Comentar a importncia da descoberta do plasmdeo, muito utilizado na biotecnologia.
Se houver tempo e/ou questionamento por parte dos alunos, citar que os peptidoglicanos so molculas compostas
de peptdeos e de carboidratos, sendo os mais comuns os cido N-acetilmurmico e N-acetilglucosamina.
Citar que h espcies de cianobactrias filamentosas.
Na web
Acesse: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/microbiologia/as-bacterias-da-sua-pele/>.
Reportagem da revista de divulgao cientfica Cincia hoje a respeito da diversidade de bactrias encontradas na pele
humana.
Cinemateca
Power of ten. Disponvel em: <http://www.youtube.com/watch?v=bhofN1xX6u0>.
Esse vdeo explora o macro e o microcosmo, comparativamente utilizando potncias de 10. Alm de apresentar imagens
EMI-15-10
belssimas, auxilia os alunos a desenvolverem a capacidade de contextualizar a clula em relao ao universo.

Exerccios Propostos
1
242
Da teoria, leia os tpicos 1 e 2. Uma clula bacteriana desprovida apenas de:
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento a. I. c. I e III. e. III e IV.
b. III. d. II e V.
06. 11. PUC-MG

Os seres procariontes no apresentam carioteca envolven- A figura a seguir representa uma bactria. De acordo com
do o material gentico. So exemplos de seres procariontes: ela e com base em seus conhecimentos sobre o assunto, re-
Biologia
a. algas e protozorios. solva a questo.
b. vrus e bactrias.
c. bactrias e cianobactrias. 1
d. fungos e protozorios.
e. animais e vegetais. 2
07. 3
Sobre clula bacteriana, responda s questes.

4
a. Segundo a teoria celular, as bactrias so considera-
das seres vivos? Justifique sua resposta.
b. Que nome dado estrutura que a clula bacteriana a. A clula procaritica ou eucaritica? Justifique.
possui externamente membrana plasmtica? Qual b. Quais so os nomes das estruturas numeradas e suas
a sua funo? respectivas funes?
08. Fuvest-SP 12.

Um estudante escreveu o seguinte em uma prova: As Qual alternativa aponta uma estrutura encontrada em c-
bactrias no tm ncleo e nem DNA. Voc concorda com o lulas procariticas e sua respectiva funo?
estudante? Justifique. a. Cloroplasto fotossntese
b. Carioteca proteo do material gentico
09. c. Parede celular liberao de energia
Na figura, est representada uma bactria. Sabe-se que as d. Lisossomo digesto
enzimas relacionadas com a respirao, nesses organismos, e. Ribossomo sntese de protenas
esto ligadas face interna de uma determinada estrutura.
Assinale a alternativa que indica essa estrutura e seu nmero 13.
303
correspondente na figura. Um estudante de biologia, ao observar um micro-orga-
nismo ao microscpio, visualizou uma clula com material
1 2 gentico disperso no citoplasma e ausncia de estruturas
intracelulares, como mitocndria, retculo endoplasmtico e
complexo golgiense. Baseado no texto e nos conhecimentos
sobre o tema, correto afirmar que se tratava de:
a. vrus.
b. fungo.
3 4 5 c. protozorio.
d. bactria.
a. Citoplasma (1) e. alga.
b. Membrana plasmtica (2)
c. Ncleo (3) 14.
d. Parede celular (4) Toda clula viva possui:
e. Cpsula (5) a. membrana plasmtica, mas pode no possuir ncleo
e mitocndrias.
10. UEL-PR b. membrana plasmtica e mitocndrias, mas pode no
Considere os seguintes componentes celulares. possuir ncleo.
I. Parede celular c. ncleo, mas pode no possuir membrana plasmtica
II. Ribossomos e mitocndrias.
III. Ncleo d. ncleo e mitocndrias, mas pode no possuir mem-
IV. Membrana plasmtica brana plasmtica.
V. Material gentico e. ncleo, membrana plasmtica e mitocndrias.
EMI-15-10
15. 16.
1
Analise o texto a seguir. Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmaes a
Nas bactrias, o material gentico est organizado em seguir, referentes clula procaritica.
242
uma fita contnua de --------------------------------------que se encontra localizado a. ( ) Apresenta uma carioteca dupla e rica em poros.
em uma rea do citoplasma, denominada ---------------------------------------. b. ( ) Mostra o material nuclear difuso pelo citoplasma.
Assinale a alternativa que completa corretamente o texto. c. ( ) Apresenta uma parede celular rica em celulose.
a. cromossomos nucleossomo d. ( ) Possui organelas membranosas, como o retculo
b. DNA nucleossomo endoplasmtico.
c. plasmdeo nucleoide e. ( ) Como nas clulas animais, possui parede celular.
d. DNA nucleoide
Biologia
e. RNA ncleo
304
EMI-15-10
Mdulo 2
1
Clulas eucariticas
242
01. 03. UFRJ
Uma clula ser classificada como eucaritica se contiver: Observe os esquemas, que representam dois tipos
Biologia
a. compartimentos membranosos internos. celulares.
b. parede celular rgida.
c. membrana plasmtica.
d. cidos nucleicos. 6 3
e. ribossomos.
Resoluo 2
7
As clulas eucariticas (animais e vegetais) possuem

ncleo e organelas membranosas. 8
1
Alternativa correta: A
02. 4
O desenho a seguir representa uma clula animal. Identi- 5
fique as estruturas indicadas pelos nmeros e cite a principal
funo atribuda a cada uma delas. 9
1 10
2
Nesses tipos celulares, pode-se afirmar que as estrutu-
ras tpicas da clula vegetal esto marcadas com os seguin-
5 4 tes nmeros:
a. 1 e 4.
b. 2 e 3.
c. 5 e 9.
305
d. 6 e 7.
e. 8 e 10.
3
Resoluo Resoluo
1 Membrana plasmtica: permeabilidade seletiva. As estruturas tpicas da clula vegetal so as indicadas
2 Mitocndria: respirao celular. pelos nmeros 1 (parede celular) e 4 (cloroplasto).
3 Nuclolo: origina os ribossomos. Alternativa correta: A
4 Retculo endoplasmtico granuloso: sntese de pro- Habilidade
tenas. Comparar em representaes esquemticas os diferen-
5 Complexo golgiense: secreo celular. tes tipos celulares, suas estruturas e os organismos que as
possuem.
Exerccios Extras
04. 05.
Em uma clula eucaritica, a sntese de protenas, a sn- Comparando uma clula procaritica com clulas euca-
tese de esteroides e a respirao celular esto relacionadas, riticas vegetal e animal, as trs apresentam:
respectivamente: a. mitocndrias, centrolos e flagelos.
a. ao complexo golgiense, s mitocndrias e aos ribossomos. b. membrana plasmtica, ribossomos e cromatina.
b. ao retculo endoplasmtico no granuloso, ao retculo c. membrana esqueltica, ribossomos e cromatina.
endoplasmtico granuloso e ao complexo golgiense. d. parede celular celulsica, membrana plasmtica e li-
c. aos ribossomos, ao retculo endoplasmtico no gra- sossomos.
nulo e s mitocndrias. e. membrana esqueltica, membrana plasmtica e cro-
d. ao retculo endoplasmtico granuloso, s mitocn- matina.
drias, ao complexo golgiense.
EMI-15-10
e. ao retculo endoplasmtico no granuloso, ao comple-

xo golgiense e aos lisossomos.
Seu espao
1
As diferenas entre as clulas procaritica e eucaritica j foram apresentadas e discutidas no mdulo anterior. Neste mo-
242
mento, devero ser caracterizadas as clulas animal e vegetal e ressaltadas as suas semelhanas e diferenas.
Na web
Acesse: <http://webmanario.com/2009/04/16/mais-celebre-barriga-do-jornalismo-brasileiro-faz-anos/>.
Biologia
O texto faz referncia a um caso conhecido, na histria do jornalismo brasileiro, como Boimate. Trata-se de uma reportagem
publicada pela revista Veja (a partir de uma brincadeira da revista inglesa New Science), em comemorao ao dia 1 de abril, na
qual se publicou a falsa descoberta de uma fuso de clulas animais e vegetais, de bois e tomates. O texto permitir ao professor
introduzir o conceito de transgenia e contribuir para o desenvolvimento da leitura crtica dos alunos.
Cinemateca
O interior da clula. Disponvel em: <http://youtu.be/qW9_Sq2vSPc>.
Esse vdeo mostra aos alunos que as clulas no so estticas, mas apresentam movimentao e interao constante entre
suas molculas e organelas.
Exerccios Propostos
Da teoria, leia o tpico 3. 09.

Exerccios de tarefa reforo aprofundamento Um aluno observou fotomicrografias de alguns tecidos
animais e construiu a tabela a seguir.
06. Representao simblica da

Tecido
quantidade de mitocndrias
Clulas de bactrias e de animais apresentam semelhan-
as e diferenas. Msculo ++++++++
306
a. Qual estrutura presente em ambas realiza a sntese de Tendo ++

protena? Mucosa da boca +++
b. Qual a diferena intracelular que leva classificao
Epitlio do tbulo renal +++++++++
de bactrias como procariontes e de animais como
eucariontes? Epitlio intestinal +++++
Osso ++++
07.
Analise as afirmaes a seguir. Aps a anlise, o aluno chegou a cinco concluses, mas
I. As clulas da mucosa intestinal secretam muco, que apenas uma est correta. Assinale-a.
lubrifica este rgo e facilita o transporte do alimento. a. Quanto maior a atividade biolgica de um tecido,
II. Nas fibras musculares estriadas, as organelas que maior o nmero de mitocndrias.
liberam ATP para o trabalho muscular encontram-se b. O nmero de mitocndrias varia inversamente ativi-
dispostas entre os feixes das miofibrilas. dade do tecido.
Os itens I e II referem-se a quais estruturas citoplasmti- c. A atividade bioenergtica da mucosa da boca maior
cas? Justifique. que a do epitlio do tbulo renal.
d. O nmero de mitocndrias s interfere no meta-
08. bolismo energtico quando os tecidos esto em
Considerando uma clula vegetal tpica, d o nome de desenvolvimento.
cada estrutura ou composto citado nas letras de a a d. e. A atividade mitocondrial no interfere no metabolismo
a. Organela fotossintetizante energtico dos diferentes tecidos.
b. Organela responsvel pela respirao celular.
c. Organela em que algumas substncias so armaze- 10.
nadas, porm nenhuma produzida. Essa organela Assinale a opo que contm as estruturas presentes
ocupa grande espao intracelular. tanto em clulas vegetais quanto em clulas animais.
d. Principal constituinte da parede celular a. Membrana plasmtica, parede celular e mitocndria
EMI-15-10
b. Retculo endoplasmtico, mitocndrias e complexo

golgiense
c. Cloroplastos, lisossomos e grandes vacolos b. O retculo endoplasmtico no granular pode funcio-
1
d. Grandes vacolos, carioteca e lisossomos nar como seo de estoque, pois desempenha a fun-
e. Material gentico, carioteca e cloroplastos o de armazenar o cdigo gentico.
242
c. O lisossomo pode representar a seo de produo,
11. Unicamp -SP pois o responsvel pela sntese de protenas.
A figura a seguir um esquema do corte de uma clula, d. O complexo golgiense pode ser comparado com a se-
observado ao microscpio eletrnico. o de embalagem, pois empacota as substncias,
formando grnulos de secreo.
e. O retculo endoplasmtico granular pode representar
a seo de limpeza, pois responsvel pela digesto
Biologia
intracelular.
14.
Sobre a biologia celular, assinale a alternativa correta
com relao estrutura das clulas.
a. O envelope nuclear apenas observado nas clulas
procariticas.
b. O hialoplasma o lquido presente no interior do n-

cleo das clulas eucariticas.
c. As mitocndrias so encontradas em clulas vegetais,
a. A clula proveniente de tecido animal ou vegetal? protozorios e bactrias.
Justifique. d. O material gentico, constitudo de DNA, encontrado
b. Se essa clula estivesse em intensa atividade de sn- apenas nas clulas eucariticas.
tese proteica, que organelas estariam mais desenvol- e. A membrana plasmtica de natureza lipoproteica
vidas ou presentes em maior quantidade? Por qu? encontrada em todas as clulas, procariticas e
eucariticas.
12.
Numerando-se organelas com algarismos romanos e fun- 15. UFR-RJ
es celulares com algarismos arbicos, temos: Um momento mgico de fora e embriaguez foi
Organelas a mim proporcionado pela natureza brilhante das
I. Mitocndria algas do gnero Noctiluca, quando coletava mate-
II. Complexo golgiense rial para elaborao de minha dissertao.
III. Lisossomos Brasil, A.C.S. 1995.
IV. Ribossomos
307
V. Retculo endoplasmtico granular Os organismos, mencionados no texto anterior, so mui-
Funes celulares tas vezes considerados animais por zologos e vegetais por
1. Sntese de protenas botnicos. Como se diferenciam esses dois grupos de orga-
2. Transporte de substncias nismos, segundo os critrios fisiolgico e celular?
3. Respirao celular
4. Sntese de lipdios 16. Unicamp-SP
5. Digesto intracelular Considere as caractersticas das clulas A, B e C indica-
Assinale a alternativa que apresenta a correlao correta das na tabela, com relao presena (+) ou ausncia ()
entre organela e funo celular. de alguns componentes, e responda ao que se pede.
a. I 2 Clulas
Componentes
b. II 1 celulares A B C
c. III 5
d. IV 4 Parede celular + +
e. V 3 Envoltrio nuclear + +
13. UFV-MG Nuclolo + +
Uma caracterstica das clulas eucariticas a presen- Ribossomos + + +

a de organelas, as quais delimitam compartimentos que Complexo de Golgi + +
desempenham funes especficas no metabolismo celular. Mitocndrias + +
Nesse sentido, a clula eucaritica pode ser comparada a Cloroplastos +
uma fbrica, organizada em sees de estoque, montagem,
embalagem, produo, limpeza etc. Considerando essa ana- a. Indique se as clulas A, B e C so procariticas ou
logia, assinale a alternativa correta. eucariticas.
a. O complexo golgiense pode representar a seo de b. Qual clula (A, B ou C) caracterstica de cada um dos
montagem, uma vez que produz ribossomos, que seguintes reinos: Monera, Animal e Vegetal?
EMI-15-10
atuam na sntese proteica. c. Que componentes celulares presentes e ausentes di-

ferenciam os tipos de clula?
1. Introduo 310
2. Substncias inorgnicas 310
Mdulo 3 gua e sais minerais 313
Identicar os elementos qumicos mais

comuns nos organismos vivos e os princi-
pais componentes orgnicos e inorgni-
cos por eles formados.
Identicar a importncia dos compo-
nentes bioqumicos para o metabolismo
celular
Relacionar as propriedades da gua e
dos principais minerais com sua impor-
tncia para os organismos vivos.
DMITRY NAUMOV / SHUTTERSTOCK

Bioqumica celular 2
309
A gua o principal constituinte das clulas de um ser vivo e es-

sencial para o bom funcionamento geral do organismo, ajudando em
algumas funes vitais, como o controle de temperatura do corpo.
1. Introduo Algumas propriedades da gua relacionam-se com sua
84
A matria que forma os seres vivos constituda de polaridade e s ligaes de hidrognio, que ela estabelece
quantidades variveis de oxignio, hidrognio, carbono, com determinados elementos.
241
nitrognio, fsforo, enxofre e outros elementos, essen-

ciais vida. Portanto, para entender a estrutura e o funcio- A.1. Solvente universal
namento de uma clula, necessrio conhecer as molcu- O papel mais importante da gua associa-se capacida-
las que a constituem, o que tema da bioqumica celular. de de dissolver substncias qumicas. Para que uma subs-
Assim, a bioqumica pode ser definida como a cincia que tncia seja dissolvida pela gua, ela deve ser polar. Como a
estuda os processos qumicos que ocorrem nos organis- maioria das molculas orgnicas, exceto os lipdios, polar,
mos vivos; descreve a estrutura e a funo metablica das a gua atua como solvente universal dessas molculas.
Biologia
molculas inorgnicas, como gua e sais minerais, e das

molculas orgnicas, como protenas, carboidratos, lip- A.2. Reaes qumicas
dios, cidos nucleicos e vitaminas. As reaes qumicas que ocorrem na clula tm sua velo-
cidade aumentada pelas enzimas, que atuam em meio aquoso.
H reaes em que a gua um dos reagentes. Essas
2. Substncias inorgnicas reaes so denominadas de hidrlise, comum, por exemplo,
Em razo de suas propriedades fsico-qumicas, gua, na digesto.
sais minerais, gs carbnico e oxignio so classificados
como substncias inorgnicas, caracterizadas por pequena Sacarose + gua glicose + frutose
complexidade e baixa disponibilidade de energia.
A gua a substncia inorgnica mais abundante em to-
dos os seres vivos, e os sais minerais, por sua vez, so encon- Nas reaes de sntese por desidratao, uma molcula
trados em menores quantidades. de gua retirada. Esse tipo de reao ocorre nas ligaes
entre aminocidos que constituem as protenas, conforme
A. gua representado a seguir.
A molcula de gua formada por dois tomos de hidro-
gnio e um tomo de oxignio. Uma das extremidades con- NH2 NH2
H2O
centra cargas positivas, nos tomos de hidrognio, e a outra, R1 C H R1 C H
carga negativa, no tomo de oxignio. Devido a essa caracte- H
rstica, a molcula de gua considerada polar. COOH + NH2 CN
Ligao
peptdica O
R2 C H R2 C H
H COOH COOH
H O
H O H
310
A.3. Transporte de substncias

H
H O H um contnuo fluxo de gua no interior das clulas, que
H permite a eficiente distribuio de substncias por todos os
O seus compartimentos. O sangue dos animais e as seivas bru-
H ta e elaborada dos vegetais, por exemplo, so constitudos,
Representao da molcula de gua. em sua maioria, por gua e so eficientes no transporte de
substncias no corpo desses organismos.
A polaridade da molcula permite que se estabelea atrao
e ligao entre os polos positivo e negativo das molculas de A.4. Controle da temperatura
gua que esto prximas. A ligao que se estabelece entre elas Para as molculas de gua mudarem de estado fsico,
a ligao de hidrognio, que, embora seja quimicamente fraca, elas precisam de grande quantidade de energia. A quan-
permite a unio entre as molculas de gua, mantendo-a fluida e tidade de energia necessria para que haja mudana de
estvel nas condies habituais do ambiente. estado fsico denominada calor especfico. No caso da
gua, ele alto, o que lhe confere a capacidade de parti-
cipar do controle da temperatura de certos seres vivos,
H
como dos mamferos.
O
H A.5. Composio dos seres vivos
H
No corpo humano, a gua representa aproximadamente
H
O O H 65% da massa corporal, enquanto, na gua-viva, um cnidrio
H H marinho, ela representa 98% do organismo. Portanto, a quan-
tidade de gua pode variar conforme o ser vivo. Alm disso,
H
pode variar em relao aos diferentes rgos de um mesmo
Representao das molculas de gua e das ligaes organismo. No corpo humano, por exemplo, a quantidade de
de hidrognio que se estabelecem entre elas. gua presente, respectivamente, no crebro, nos ossos e nos
EMI-15-10
rins equivale a 92%, 48% e 60% da massa desses rgos.

H ainda correlao entre a quantidade de gua em um B.2.3. Outras funes desempenhadas pelos ons
84
tecido ou rgo e a sua taxa metablica, ou seja, a intensidade Sdio (Na+) e potssio (K+): participam das modifica-
com a qual ocorrem as reaes qumicas. Geralmente, quanto es eltricas que ocorrem nos neurnios durante a con-
241
maior a taxa metablica, maior o percentual de gua pre- duo do impulso nervoso. O sdio est abundantemente
sente na estrutura analisada. presente na alimentao humana, como componente do
cloreto de sdio, o sal de cozinha. O potssio, por sua vez,
encontrado em grande quantidade em algumas frutas,
como a banana.
gua e germinao de sementes Clcio (Ca2+): cofator das enzimas que liberam energia
As sementes tm baixa quantidade de gua, em torno nos msculos durante sua contrao e o seu relaxamento.
Biologia
de 5 a 10% de sua massa, o embrio em estado latente, ou Alm disso, est presente nas reaes responsveis pela
seja, com baixa atividade metablica permite a dormncia coagulao do sangue. Nos vertebrados, os ossos que com-
da semente e sua viabilidade por mais tempo.. Ao absorver pem o esqueleto so importantes estruturas de reserva de
gua, processo denominado embebio, o embrio ativa clcio. Alguns alimentos so ricos nessa substncia, como
seu metabolismo e inicia sua germinaa, com o surgimen- leite e seus derivados, ovo, carne e alguns vegetais de folha
to da raiz, do caule e das folhas. verde escura.
Ferro (Fe 2+): est presente na estrutura da molcula
da hemoglobina, protena responsvel pelo transporte

B. Sais minerais de oxignio para os tecidos do corpo dos vertebrados. A
Os sais (ou nutrientes) minerais so encontrados em pe- hemoglobina encontrada no interior dos glbulos ver-
quenas quantidades nos seres vivos, participando de estrutu- melhos, no sangue. O ferro encontrado na carne e nas
ras corporais ou dissociados, sob a forma de ons. vsceras bovinas, na gema de ovo e nas leguminosas,
como o feijo.
B.1. Componente estrutural Magnsio (Mg2+): cofator de enzimas relacionadas ao
O clcio, por exemplo, est presente em estruturas metabolismo energtico e ao sistema nervoso. o segundo
como: carapaa, osso, casca do ovo de aves e de rpteis, on mais encontrado na clula. Alm disso, est presente na
dente, chifre e concha. O clcio responsvel pela rigidez molcula da clorofila, pigmento responsvel pela fotossnte-
dessas estruturas. se que ocorre nas plantas e nas algas. O magnsio encontra-
do nas folhas verdes, nos cereais integrais, nos frutos do mar.
B.2. Equilbrio inico da clula Fosfato (PO43): participa da formao do ATP, molcula
O meio intracelular rico em gua e, por sua capa- energtica indispensvel para os processos de transferncia
cidade de dissolver a maior parte das substncias, os de energia na clula. Tambm constitui os cidos nucleicos,
sais minerais dissociam-se, formando os ons, atuando, como DNA e RNA. O fsforo pode ser encontrado no leite, na
por exemplo, como reguladores de reaes qumicas que carne bovina, de aves e de peixes, bem como nos cereais, nas
311
ocorrem na clula. leguminosas etc.
Iodo (I): est presente nas molculas dos hormnios
B.2.1. Fluxo de gua atravs da membrana produzidos pela glndula tireoideana dos vertebrados. O
Quando o meio intracelular mais concentrado de iodo encontrado em alimentos de origem marinha, como
partculas que o meio extracelular, a clula tende a ga- peixes e crustceos, e em alguns vegetais, como brcolis
nhar gua. Se h maior concentrao de partculas no e couve. adicionado ao sal de cozinha, para facilitar o
meio extracelular, a clula tende a perder gua. Esse pro- acesso desse nutriente populao.
cesso de transporte de gua promovido pela diferena de
partculas entre os meios intra e extracelular denomi- APRENDER SEMPRE 44
nado osmose, conceito que ser discutido e aprofundado
posteriormente. 01.
Existe uma correlao entre o teor de gua em um te-
B.2.2. Atividade enzimtica cido e a sua taxa metablica, ou seja, a intensidade com
Diversas enzimas tm sua atividade plena na presena a qual executa suas atividades. Comente essa afirmao.
de certos ons. Quando h essa situao, os ons so conside-
rados cofatores enzimticos. Resoluo
Os principais cofatores inorgnicos so: ferro, cobalto, Geralmente, quanto maior a taxa metablica, maior a
cobre, zinco, magnsio etc. O zinco, por exemplo, partici- quantidade de gua do tecido. A gua favorece a ocorrncia
pa como cofator de mais de cinquenta tipos diferentes de de reaes qumicas do metabolismo celular.
enzima humana.
EMI-15-10
84
A. Bioqumica celular
241
Biologia
Bioquimica celular
Substncias Substncias
inorgnicas orgnicas
Participam da
Sais formao
minerais de estruturas
corporais
Dentes, ossos
chifres, cornos,
carapaas etc.
Participam como
reguladores
de reaes
qumicas
Sdio e potssio: impulso nervoso

Ferro: hemoglobina
Carboidratos, lipdios
Magnsio: clorofila protenas, cidos
312
Fsforo: ATP e cidos nucleicos nucleicos e vitaminas

Iodo: constituinte de hormnios
gua
Constituinte
dos lquidos
corporais
Solvente
universal
Participa das
reaes
qumicas
EMI-15-10
Apenas
Mdulo 3
84
gua e sais minerais
241
01. 03. UFPE modificado
Analise as funes a seguir. Os seres vivos apresentam em sua composio qumica
Biologia
I. Atuar como solvente da maioria das substncias. tanto substncias orgnicas quanto inorgnicas. Dentre as
II. Participar da manuteno do equilbrio osmtico. substncias inorgnicas, a gua encontrada sempre em
III. Participar das reaes de hidrlise. maior proporo, independentemente do organismo analisa-
IV. Atuar como ativador enzimtico. do. Os sais minerais e as vitaminas so nutrientes regulado-
So funes da gua nas clulas: res encontrados em menores propores.
a. I e II, apenas. As substncias orgnicas, como carboidratos, lipdios
b. III e IV, apenas. e protenas, so encontrados em propores diferentes em
c. I, II e III, apenas. cada organismo analisado. As plantas, por exemplo, possuem

d. II, III e IV, apenas. mais carboidratos em sua composio do que protenas; o
e. I, II, III e IV. contrrio ocorre com os animais.
A bactria Escherichia coli tem as propores de seus elemen-
Resoluo
tos constituintes representadas na figura a seguir. Assinale a alterna-
A gua atua como solvente da maioria das substncias tiva que apresenta a porcentagem de gua nesse organismo.
intracelulares (I), participa da manuteno do equilbrio os-
mtico (II) e das reaes de hidrlise (III). A gua no atua 70%
como ativador enzimtico, funo atribuda a vitaminas e sais 15%
minerais. 7%
3%
2%
1%
02.
2%
So elementos que fazem parte da constituio das mo-
lculas de ATP, clorofila e hemoglobina, respectivamente: a. 70% d. 3%
313
a. magnsio, ferro e fsforo. b. 15% e. 2%
b. ferro, magnsio e fsforo. c. 7%
c. fsforo, magnsio e ferro.
Resoluo
d. magnsio, fsforo e ferro.
e. fsforo, ferro e magnsio. A gua o constituinte mais abundante nos organismos.
Alternativa correta: A
Resoluo Habilidade
Os elementos que fazem parte das molculas de ATP, clorofila Identificar os elementos qumicos mais comuns nos
e hemoglobina so, respectivamente, fsforo, magnsio e ferro. organismos vivos e os principais componentes orgnicos e
Alternativa correta: C inorgnicos por eles formados.
Exerccios Extras
04. Fuvest-SP b. Fornecimento de uma mistura de diversos sais minerais,
Observando plantas de milho com folhas amareladas, um inclusive sais de magnsio, ao solo em que as plantas es-
estudante de agronomia considerou que essa aparncia po- to crescendo e observao dos resultados dias depois.
deria ser devida deficincia mineral do solo. Sabendo que a c. Cultivo de um novo lote de plantas, em solo suplementa-
clorofila contm magnsio, ele formulou a seguinte hiptese: do com uma mistura completa de sais minerais, incluin-
As folhas amareladas aparecem quando h deficincia de sais do sais de magnsio.
de magnsio no solo. d. Cultivo de novos lotes de plantas, fornecendo a metade
Qual das alternativas descreve um experimento correto deles mistura completa de sais minerais, inclusive sais de
para testar tal hiptese? magnsio, e outra metade apenas sais de magnsio.
a. Fornecimento de sais de magnsio ao solo em que as e. Cultivo de novos lotes de plantas, fornecendo a meta-
plantas esto crescendo e observao dos resultados de deles mistura completa de sais minerais, inclusive
EMI-15-10
alguns dias depois. sais de magnsio, e outra metade, uma mistura com
os mesmos sais, menos os de magnsio.
05. PUC-RS b. indcios da presena de grande quantidade de oxig-
84
Recentes descobertas sobre Marte, feitas pela NASA, su- nio em sua atmosfera.
gerem que o Planeta Vermelho pode ter tido vida no passado. c. marcas deixadas na areia por seres vivos.
241
Essa hiptese est baseada em: d. indcios da existncia de gua lquida no passado.
a. indcios da existncia de esporos no subsolo marciano. e. sinais de rdio oriundos do planeta.
Seu espao
Biologia
Sobre o mdulo
Este mdulo introduzir o estudo sobre a constituio da matria dos seres vivos. O foco deve ser nas substncias inor-
gnicas, dentre elas a gua. Sugere-se destacar o papel da gua para a vida, conhecimento amplamente discutido devido s
questes ambientais, com enfoque no nvel celular. Os alunos precisam compreender que o fluxo constante de substncias
orgnicas e inorgnicas entre os seres vivos e o meio ambiente, atravs do metabolismo, o que permite que a vida ocorra. As
substncias orgnicas sero abordadas nos prximos mdulos, portanto no necessrio o aprofundamento nesse tema.
Na web
Acesse: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/01/propicio-a-vida>.
Artigo sobre a descoberta de vestgios de gua em Marte, publicado na revista de divulgao cientfica Cincia Hoje.
Alm de ser possvel a discusso da importncia da gua para a vida como a conhecemos, possvel discutir o papel da
gua no transporte e na transformao das substncias.
Acesse: <http://www.ccst.inpe.br/noticias/veja-5-perguntas-sobre-o-cantareira-grafico-mostra-evolucao-de-reserva/>.
314
Link do site do INPE, com reportagem sobre os reservatrios do Sistema Cantareira, as consequncias da falta de chuva e o
consumo excessivo de gua.
Estante
Como cuidar da nossa gua, Editora BEI, 2003. (Entenda e Aprenda).
O livro contempla inmeros aspectos relacionados gua, tais como: propriedades; mitos e smbolos; civilizaes fluviais;
distribuio no planeta; usos mltiplos; crise da gua; poluio e desperdcio; gua no Brasil; saneamento, sade e prazer.
EMI-15-10
Exerccios Propostos
84
Da teoria, leia os tpicos 1e 2. 10.
241
Exerccios de tarefa reforo aprofundamento A gua a substncia que se encontra em maior quanti-
dade no interior da clula. Isso se justifica pelos importantes
papis que exerce nos processos metablicos. Qual o papel
06. da gua na regulao trmica de animais homeotermos? Cite
Apresente o somatrio dos itens relacionados s funes outra importncia da gua para os seres vivos.
que a gua desempenha no citosol.
01. Participa do equilbrio osmtico. 11.
Biologia
02. Catalisa reaes qumicas. Associe os elementos qumicos com suas funes nos
04. Dissolve todas as molculas orgnicas. seres vivos.
08. Participa de reaes de hidrlise. 1. Magnsio
16. Fornece energia para o metabolismo. 2. Potssio
3. Iodo
07. 4. Clcio
Dietas pobres em alimentos que so fontes de sais de 5. Sdio
ferro para nosso organismo podem ocasionar: 6. Ferro

a. anemia. ( ) Formao do tecido sseo
b. dificuldade de coagulao do sangue. ( ) Transporte de oxignio
c. distrbios nervosos. ( ) Participao na fotossntese
d. sangramento. ( ) Equilbrio de gua no corpo
e. problemas sseos. ( ) Transmisso de impulso nervoso
08. 12.
Sobre a composio qumica dos seres vivos, correto A Organizao das Naes Unidas instituiu, em 1992,
afirmar: o Dia Mundial da gua 22 de maro. O objetivo da data
01. A gua e os sais minerais so fontes de energia para refletir, discutir e buscar solues para a poluio, o
os seres vivos. desperdcio e a escassez de gua no mundo todo. Mas
02. A gua a substncia encontrada em maior quanti- h muitos outros desafios: saber us-la de forma racio-
dade nos seres vivos. nal, conhecer os cuidados que devem ser tomados para
04. O clcio e o ferro esto presentes nos ossos e na he- garantir o consumo de uma gua com qualidade e buscar
moglobina, respectivamente. condies para filtr-la adequadamente, de modo a tirar
08. Os tomos de C, H, N, O, P e S e so frequentes na com- dela o mximo proveito possvel. Sobre a gua, possvel
315
posio qumica dos seres vivos. afirmar:
16. Os seres vivos apresentam composio qumica- a. considerada potvel quando pode ser consumida
complexa, sendo a gua e os sais minerais classifi- pelos seres humanos.
cados como substncias inorgnicas. b. tratada pelas estaes de tratamento e chega nos-
Some os nmeros correspondentes aos itens corretos. sa residncia pura, ou seja, isenta de micro-organis-
mos e bactrias.
09. c. uma substncia polar com baixo calor especfico,
A gua apresenta propriedades fsico-qumicas que a colo- por esse motivo um bom isolante trmico.
cam em posio de destaque como substncia essencial vida. d. considerada um solvente universal, pois dissolve
Dentre elas, destacam-se as propriedades trmicas, biologica- todas as substncias orgnicas.
mente muito importantes, como o elevado valor de calor latente e. Na temperatura ambiente, encontra-se no estado l-
de vaporizao. Esse calor latente refere-se quantidade de calor quido, graas s ligaes moleculares apolares.
que deve ser adicionada a um lquido em seu ponto de ebulio,
por unidade de massa, para convert-lo em vapor na mesma tem- 13.
peratura, que, no caso da gua, igual a 540 calorias por grama. Certas substncias so essenciais vida, dentre
A propriedade fsico-qumica mencionada no texto confe- elas, algumas participam diretamente do metabolismo,
re gua a capacidade de: enquanto outras regulam reaes qumicas. Certa subs-
a. servir como doadora de eltrons no processo de tncia, em baixo teor, permite que se mantenham semen-
fotossntese. tes estocadas durante longo tempo e que s germinem
b. funcionar como reguladora trmica para os organis- quando colocadas em meio favorvel, na presena dessa
mos vivos. substncia.
c. agir como solvente universal nos tecidos animais e A descrio refere-se a qual composto citado a seguir?
vegetais. a. cido nucleico.
d. transportar os ons de ferro e magnsio nos tecidos b. Sais minerais.
vegetais. c. Protenas.
EMI-15-10
e. funcionar como mantenedora do metabolismo nos or- d. gua.

ganismos vivos. e. Carboidratos
14. 16.
84
Um ser humano adulto tem de 40 a 60% de sua massa Os sais minerais existem nos seres vivos de forma imobi-
corprea constituda por gua. A maior parte dessa gua lizada ou dissociados em ons.
241
encontra-se: Pequenas variaes nas porcentagens de ons podem

a. no meio intracelular. modificar profundamente a permeabilidade, a irritabilidade e
b. no lquido linftico. a viscosidade da clula.
c. nas secrees glandulares e intestinais. Analise as afirmaes e assinale-as com V, se forem ver-
d. na saliva. dadeiras, e F, se forem falsas.
e. no plasma sanguneo. ( ) O magnsio presente clorofila necessrio fo-
tossntese.
Biologia
15. ( ) O clcio necessrio para a ao de certas enzimas

Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmaes em importantes processos fisiolgicos.
a seguir. ( ) O ferro, presente na hemoglobina, faz parte de pig-
( ) A distribuio de cargas eltricas na molcula de mentos importantes na respirao celular.
gua lhe d caractersticas de substncia apolar. ( ) O fosfato o principal ction extra e intracelular.
( ) O poder de dissoluo da gua muito importante ( ) O cloreto um importante ction presente tanto na
para os organismos, pois todas as reaes qumicas hemoglobina quanto na clorofila.
ocorrem no meio aquoso.
( ) O alto calor especfico da gua impede mudanas

bruscas de temperatura dentro das clulas.
316
EMI-15-10

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F MAT

242 Captulo 2 .............. 264

Identicar os grandes grupos de seres

INGRID PRATS / DREAMSTIME.COM

A grande variedade de seres vivos existentes no planeta Terra chamada de

Metais alcalinos Actindios C Slidos

Metais de transio No (metais) H Gases

Fr Ra Lr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Uub Uut Uuq Uup Uuh Uus Uuo

As massas atmicas entre parnteses so aquelas do istopo mais estvel ou comum.

FOTOS HONOURABLEANDBOLD; ARNO MEINTJES; PHOTOGRAPHERLONDON; WANNACHATP / DREAMSTIME.COM

Cincias da Natureza e suas Tecnologias

cada por Lynn Margulis e Karlene Schwartz. rasitas.

gnio, que um carboidrato tipicamente animal. Apesar disso

D. Reino Plantae (ou Metaphyta)

organismos do reino Monera as bactrias e as cianobactrias. as samambaias (Pteridfitas), os pinheiros (Gminospermas)

de organismos pluricelulares. gatos e o homem (mamferos).

Cincias da Natureza e suas Tecnologias

mento bsico. Na regio Nordeste, a amebase, transmitida Mal sabe voar

b) Os protozorios pertencem ao reino Protista, que in- b. o reino.

02. PUC-RJ Resoluo

Cincias da Natureza e suas Tecnologias

Da teoria, leia os tpicos 1, 2 e 4. c. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 so verdadeiras.

Exerccios de tarefa reforo aprofundamento d. Somente as afirmativas 1 e 2 so verdadeiras.

06. Fuvest-SP modificado 09. ENEM

Em uma rea de transio entre a Mata Atlntica e o cerra-

a. Somente as afirmativas 2 e 3 so verdadeiras. b. Dois animais de um mesmo gnero no podem per-

Cincias da Natureza e suas Tecnologias

no qual apresentava um plano para a classificao dos seres

Gnero Lutra Urocyon Canis

Cincias da Natureza e suas Tecnologias

Da teoria, leia o tpico 3. III. As regras de nomenclatura biolgica definem que o

64. Nas nomenclaturas trinomiais, Ramphastos cem ao mesmo reino, Monera.

escritos com letra inicial maiscula.

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Reconhecer as caractersticas gerais dos

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Os protozorios so organismos unicelulares, de vrias formas e ta-

O reino Protista, atualmente, representado por algas e eliminados Sulco Clios

zorios, deixando as algas para outro momento.

tes tm de ocupar ambientes distintos. Vacolo Macroncleo contrtil

As bacias sedimentares so fundamentais no proces-

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Tipos de foraminferos, protozorios marinhos, cujos fsseis 267

Nos ltimos anos, as indstrias petrolferas aumen-

Apesar de serem organismos unicelulares, os protozo- de muitas regies e de muitos pases.

Ncleo Citoplasma Ncleo duplicado

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Clios Ciliados Sexuada

Flagelos Flagelados Assexuada

Protozorios Caractersticas gerais

4. Clios lizado o processo celular chamado fagocitose. Ao en-

02. UFSCar-SP I. Os clios presentes no paramcio apresentam como

Caracterizar a estrutura morfofisiolgica dos protozorios.

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07. Sistema COC

a. Qual o nome e a funo do equipamento citado alimentos.

estruturas. I. Todos eles apresentam vacolos contrteis em sua

c. se apenas I e II estiverem corretas.