TCC Sobre Aerogeradores

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FACULDADES INTEGRADAS DE ARACRUZ - FAACZ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA


GRADUAO EM ENGENHARIA MECNICA

CARLOS ALCANTARA DA SILVA LOUREIRO


GIULIA APARECIDA RANGEL GARCIA

ESTUDO DA VIABILIDADE TECNICA DO USO DE AEROGERADOR PARA


SUPRIR DEMANDA ENERGETICA DA UNIDADE DE PRODUO DE MUDAS DA
FIBRIA CELULOSE EM ARACRUZ ES

ARACRUZ
2017
CARLOS ALCANTARA DA SILVA LOUREIRO
GIULIA APARECIDA RANGEL GARCIA

ESTUDO DA VIABILIDADE TCNICA DO USO DE AEROGERADOR PARA


SUPRIR DEMANDA ENERGETICA DA UNIDADE DE PRODUO DE MUDAS DA
FIBRIA CELULOSE EM ARACRUZ ES

Trabalho de concluso do curso, apresentado ao


Departamento de Engenharia Mecnica das
Faculdades Integradas de Aracruz, como
requisito parcial para obteno do ttulo de
Bacharel em Engenharia Mecnica.

Orientador: Prof. Me. Vital Pereira Batista Junior

ARACRUZ
2017
A Deus, pelo dom da vida.
A famlia, pelo suporte, amor e apoio na realizao desse sonho.
Ao Professor Me. Vital Pereira Batista Junior, pela orientao deste trabalho,
ateno e apoio.
Aos amigos e familiares, pelo incentivo e pela compreenso em tantos momentos
ausentes.
A todos os professores que colaboram com os ensinamentos transmitidos durante
toda a graduao.
Por fim, a todos que colaboraram de maneira direta ou indireta para realizao deste
projeto.
RESUMO

Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar a viabilidade tcnica da


implantao de aerogeradores para abastecer, energeticamente, a Unidade de
Produo de Mudas da Fibria em Aracruz. Essa unidade produz 33 milhes de mudas
de eucalipto clonal por ano, o que exige alta demanda de energia eltrica.

A pesquisa tambm poder contribuir para demanda de energia atravs de fontes


renovveis e ajudar no avano da cultura de sustentabilidade da empresa, obtendo
desta forma uma energia limpa e sem resduos de poluentes na natureza.

Atravs de revises bibliogrficas e medies das variveis envolvidas no processo,


possvel determinar se um sistema de aerogeradores poder atender a demanda
energtica do local.

No presente trabalho, so utilizados dados fornecidos pela estao meteorolgica da


unidade de produo de mudas, dados do Atlas Elico do Estado do Espirito Santo e
demais dados necessrios para o clculo da viabilidade tcnica em relao a fora,
velocidade, e disponibilidade dos ventos no local.

Diante dos dados e resultados obtidos podemos selecionar alguns modelos de


aerogeradores compatveis atravs de catlogos comerciais e com isso definir um
modelo que atenda melhor a demanda da empresa nesta unidade estudada
especificamente.

Palavras-Chave: Aerogerador, consumo eltrico, vento.


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01: MOINHO DE VENTO ARACATI, 1859 JOS R. CARVALHO( A ESQUERDA) ;


AEROGERADORES ATUAIS ............................................................................................. 12

FIGURA 02: GRAFICO E TABELA DA EVOLUO DE GERAO DE ENERGIA ELICA NO BRASIL EM

GWH.............................................................................................................................13

FIGURA 03: GRFICO DISTRIBUIO DE USO DE ENERGIA POR FONTE NO BRASIL EM 2015 E

2014............................................................................................................................14

FIGURA 04: REAS MAIS PROMISSORAS. ......................................................................... 16

FIGURA 05: PRINCIPAIS ELEMENTOS QUE COMPE O AEROGERADOR. ............................... 18

FIGURA 06: LOCAL DE ESTUDO PARA IMPLANTAO DOS AEROGERADORES. ...................... 20

FONTE: GOOGLE MAPAS ADAPTADO, 2015 ...................................................................... 20

FIGURA 07: GRFICO DISTRIBUIES DE WEIBULL E RAYLEIGH. ......................................... 21

FIGURA 08: FATOR DE FORMA DE WEIBULL ANUAL PARA ESPIRITO SANTO. .......................... 22

FIGURA 09: DESTAQUE FATOR DE FORMA DE WEIBULL ANUAL PARA ARACRUZ. ................... 23

FIGURA 10: FLUXOGRAMA DA METODOLOGIA ................................................................... 24


LISTA DE TABELAS

TABELA 01: DISTRIBUIO DE REA FLORESTAL CERTIFICADA DA FIBRIA POR


UNIDADE FLORESTAL. ............................................................................................. 8

TABELA 02: POTENCIAL ELICO BRASILEIRO POR REGIO ............................. 14

TABELA 03: FUNO GAMA PARA DIVERSOS VALORES DE K. ......................... 25

TABELA 04: FATOR DE RUGOSIDADE DO SOLO. ................................................ 27

TABELA 05: VELOCIDADES MXIMAS DE VENTO EM M/S .................................. 28

TABELA 06: VELOCIDADES MDIAS DE VENTO EM M/S..................................... 29

TABELA 07: VELOCIDADES MDIAS DE VENTO EM M/S PARA CADA


AEROGERADOR. ..................................................................................................... 30

TABELA 08: REA VARRIDA PELAS PS DOS ROTORES EM M. ...................... 32

TABELA 09: POTNCIA DE CADA AEROGERADOR EM KW. ............................... 32


SUMRIO
1. INTRODUO ..................................................................................................... 8
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 10
2.1. OBJETIVO GERAL....................................................................................... 10
2.2. OBJETIVOS ESPECFICOS ........................................................................ 10
3. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO ..................................................................... 11
3.1. ENERGIA EOLICA ....................................................................................... 11
3.2. ENERGIA ELICA NO BRASIL ................................................................... 12
3.3. POTENCIAL ELICO NO ESPIRITO SANTO .............................................. 15
3.4. AEROGERADORES .................................................................................... 16
3.5. LOCAL POSSIVEL PARA INSTALAO ..................................................... 19
3.6. DISTRIBUIO DE WEIBULL ..................................................................... 20
3.6.1. FATOR DE FORMA DE WEIBULL ............................................................ 22
4. METODOLOGIA ................................................................................................. 23
4.1. EQUAES IMPORTANTES PARA ENERGIA ELICA ............................. 24
4.2. COEFICIENTE DE RUGOSIDADE DO SOLO .............................................. 27
5. RESULTADOS E DISCUSES .......................................................................... 28
5.1. DADOS DA VELOCIDADE DOS VENTOS ................................................... 28
5.2. COMPARAO DE AEROGERADORES .................................................... 29
5.2.1. DETERMINAO DA VELOCIDADE MDIA ESPERADA NA ALTURA DO
ROTOR ...................................................................................................................30
5.2.2. CALCULOS PARA POTENCIA TIL......................................................... 31
5.3. SELEO DE AEROGERADOR PARA SUPRIR DEMANDA. ..................... 33
5.4. DISCUSSES .............................................................................................. 34
6. CONCLUSO ..................................................................................................... 35
7. SUGESTES PARA ESTUDOS FUTUROS ...................................................... 36
8. ANEXOS............................................................................................................. 37
8.1. CATLOGOS DE FABRICANTES ............................................................... 37
8.2. DADOS DA ESTAO METEOROLGICA ................................................ 45
9. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................. 61
8

1. INTRODUO

A busca por fontes alternativas de energia se tornou o assunto central quando se trata
de demanda energtica mundial, diversos pases vm intensificado a pesquisa e o
incentivo ao desenvolvimento de novas fontes alternativas e renovveis.

Devido sua extenso territorial, clima, localizao geogrfica e biodiversidade, o Brasil


apresenta diversas opes viveis de fontes alternativas de energia, a elica vem se
mostrando bastante favorvel (Aneel, 2002). Fatores ambientais podem reduzir a
segurana energtica do pas, como por exemplo, a ocorrncia de longos perodos de
estiagem que afetam a gerao hidroeltrica, a possibilidade do uso de outras fontes
nesse perodo seria vivel.

A Fibria Celulose S. A. resultado da incorporao da Aracruz Celulose S.A. pela


Votorantim Celulose e Papel no ano de 2009, possui uma rea de 348.297 hectares
de floresta de eucalipto e nativas no norte do estado do Espirito Santo e Sul da Bahia.
Na unidade de produo de mudas de Aracruz so produzidas 33 milhes de mudas
por ano. exigida energia eltrica para diversos processos como: irrigao,
entubetamento, montagem de substrato, manuteno de casas de vegetao,
funcionamento de escritrios e refeitrio, dentre outras atividades.

Segundo dados encontrados por meio das faturas, o consumo no ano de 2015 ficou
em 427 MWh.

Sistemas e rea florestal certificada (2012)


rea certificada
rea certificada pelo pelo
Unidade rea total FSC Cerflor/PEFC
Aracruz 348.297,00 310.174,00 348.297,00
Capo do Leo
Jacare 161.086,49 160.823,82 No certificada
Trs Lagoas 350.201,05 283.232,77 283.232,77
Total 859.584,54 754.230,59 631.529,77
1.Em hectares. No inclui 50% da Veracel.
2.Unidade vendida em 2012.
3.A rea no certificada abrange novas terras adquiridas e arrendadas para a formao de florestas que abastecero de madeira a
nova fbrica a ser construda em Trs Lagoas.

Tabela 01: Distribuio de rea florestal certificada da Fibria por unidade florestal.
Fonte: Relatrio de Sustentabilidade Fibria 2012.
9

O estudo procura analisar a viabilidade tcnica do uso de energia elica como fonte
alternativa de energia na Unidade de Produo de Mudas da Fibria em Aracruz, o que
contribuiria com a autossuficincia energtica e cultura de sustentabilidade.

O Trabalho apresenta Introduo, 4 captulos, concluso e sugesto para trabalhos


futuros. A primeira parte do trabalho composta pelo objetivo geral do projeto, bem
como pelos objetivos especficos.

No terceiro captulo destinado a expor as fontes para fundamentao terica,


apresentando os conceitos, informaes pertinentes e explicaes necessrias para
o entendimento geral do objeto de estudo. apresentada uma viso geral sobre fontes
de energia, energia elica, matriz energtica e fundamentos sobre aerogeradores.

No quarto captulo, ser apresentada a metodologia utilizada, contendo as equaes


e informaes necessrias para realizao do estudo proposto.

No quinto captulo sero expostos e analisados os resultados obtidos atravs da


metodologia informada no captulo anterior.

Com base nos clculos e anlises realizados, teremos a concluso do estudo e


sugestes para pesquisas futuras.
10

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL


Analisar a viabilidade tcnica do uso de aerogerador para suprir a demanda energtica
na unidade de produo de mudas de eucalipto clonal da Fibria Celulose S.A.,
localizada no municpio de Aracruz, Estado do Espirito Santo.

2.2. OBJETIVOS ESPECFICOS


Calcular a velocidade mdia anual de vento de acordo com dados disponibilizados.
Selecionar os aerogeradores compatveis atravs de catlogos comerciais.
Definir um aerogerador com viabilidade tcnica para suprir a demanda.
11

3. REFERENCIAL BIBLIOGRFICO

Segundo Guadagnini (2006), as fontes primrias so divididas em duas classificaes,


as fontes renovveis e no renovveis. Fontes no renovveis so aquelas que levam
um longo perodo para se tornarem disponveis para o uso, e so utilizadas em um
tempo curto, correndo assim o risco de se esgotarem, exemplos dessas fontes so os
combustveis fsseis e os radioativos.

As fontes renovveis so aquelas que quando usadas, so naturalmente


reabastecidas em um prazo til para serem reutilizadas (Guadagnini, 2006), a energia
pode ser gerada de forma mais inteligente, menos poluente e menos dispendiosa.
Temos fontes renovveis na natureza como a energia elica, solar, maremotriz e
geotrmica, por exemplo.

Com maior participao destas fontes e intensificao no estudo, a viabilidade de


abastecimento mundial de fontes renovveis poder suprir as necessidades de
demandas aliadas as fontes no renovveis e diminuindo o consumo destas ultimas.
Nesse contexto a energia elica vem se mostrando uma tima opo dentre as fontes
renovveis.

3.1. ENERGIA EOLICA

Energia elica aquela gerada pelo movimento dos fluxos de massa de ar. A energia
proveniente dos ventos pode ser utilizada de diversas maneiras como na realizao
de trabalhos mecnicos com ajuda de cata-ventos, em barcos veleiros os quais so
impulsionados pelas velas, e principalmente na produo de energia eltrica no qual
so utilizados equipamentos chamados de aerogeradores.

Atualmente, a fora dos ventos para gerao de energia eltrica, embora pouco
utilizada, considerada uma importante fonte alm de ser pouco poluente. As
primeiras turbinas elicas foram fabricadas em 1980 na Dinamarca, quando foram
fabricadas por pequenas companhias de equipamentos agrcolas, sendo que estas
turbinas possuam uma capacidade em torno de 40 kW (Martins, 2007).

Segundo dados da GWEC a capacidade instalada de energia elica em 2012 se


configurava em 282,4 GW, sendo os 7 principais produtores; China, Estados Unidos,
Alemanha, Espanha, ndia, Reino Unido e Itlia (Global Wind Energy Council, 2013).
12

A figura abaixo mostra um modelo de moinho muito utilizado na antiguidade para moer
gros e fabricar leos, e ao lado os modelos atuais mais utilizados de aerogeradores,
com isso podemos verificar o ressurgimento do interesse por esse tipo de energia
devido onda de sustentabilidade que existe no mundo, pois uma energia renovvel
e de baixo ndice de poluio.

Figura 01: Moinho de vento Aracati, 1859 Jos R. Carvalho( a esquerda) ; aerogeradores atuais
Fonte: http://www.museuhistoriconacional.com.br/, Acessado em 25/01/2015

3.2. ENERGIA ELICA NO BRASIL

A primeira turbina que foi instalada no Brasil em 1992, tinha capacidade de 75 kW em


iniciativa pioneira do CBEE em Fernando de Noronha (PE), na poca em que foi
instalada, a gerao de eletricidade dessa turbina correspondia a cerca de 10% da
energia gerada na Ilha, proporcionando uma economia de aproximadamente 70.000
litros de leo diesel por ano. A segunda turbina foi instalada em maio de 2000 e entrou
em operao em 2001. O projeto foi realizado pelo CBEE, com a colaborao do RIS
National Laboratory da Dinamarca, e financiado pela ANEEL, juntas, as duas turbinas
geram at 25% da eletricidade consumida na ilha. Esses projetos tornaram Fernando
de Noronha o maior sistema hbrido elico-diesel do Brasil.

A regio nordeste do Brasil, segundo o Atlas do Potencial Elico do Brasil, a regio


mais promissora para esta fonte de energia.
13

Em 2002, o governo criou o Programa de Incentivo s Fontes Alternativas de Energia


Eltrica (Proinfa) para incentivar a utilizao de outras fontes renovveis, como elica,
biomassa e Pequenas Centrais Hidreltricas (PCHs). Desde a criao do Proinfa, a
produo de energia elica no Brasil aumentou de 22 MW em 2003 para 602 MW em
2009, e cerca de 1000 MW em 2011(quantidade suficiente para abastecer uma cidade
de cerca de 400 mil residncias).

Segundo dados do balano energtico nacional (BEN) da Empresa de Pesquisa


Energtica, 2016, a capacidade instalada de energia elica no Brasil atingiu 7.633 MW
em 2015, uma expanso de 56,2% em relao ao ano anterior.

Segundo dados preliminares do Balano Energtico Nacional de 2016, ano base


2015, realizado pela Empresa de Pesquisa Energtica (EPE), em 2015 a participao
de renovveis na Matriz Eltrica Brasileira manteve-se entre as mais elevadas do
mundo com pequeno crescimento (Empresa de Pesquisas Energticas, 2016).

Figura 02: Grafico e tabela da evoluo de gerao de energia elica no Brasil em GWh
Fonte: Balano Energtico Nacional, EPE- 2016
14

Figura 03: Grfico Distribuio de uso de energia por fonte no Brasil em 2015 e 2014.
Fonte: Balano Energtico do Brasil 2016 EPE, 2016.

O potencial de energia elica no Brasil mais intenso de junho a dezembro,


coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em
que falta chuva exatamente quando venta mais. Isso coloca o vento como uma
grande fonte suplementar energia gerada por hidreltricas, durante este perodo
pode-se, portanto, preservar as bacias hidrogrficas minimizando o uso das
hidreltricas.

Potencial Elico Brasileiro por Regio


Regio Potncial
Norte 12,8 GW
Nordeste 75,0 GW
Centro-Oeste 3,1 GW
Sudeste 29,7 GW
Sul 22,8 GW

Tabela 02: Potencial Elico Brasileiro por Regio


Fonte: Empresa de Pesquisa Energtica, 2007.
15

Os 36 parques elicos e fazendas elicas do pas, segundo dados de 2009, esto


localizados no Nordeste (5 estados), Sul (3 estados) e Sudeste (1 estado). O Brasil
atualmente responde por cerca de metade da capacidade instalada na Amrica Latina,
mas representa apenas 0,38% do total mundial. O desenvolvimento da energia elica
no Brasil est ajudando o pas a alcanar seus objetivos estratgicos de aumentar a
segurana energtica, reduzir as emisses de gases de efeito estufa e criando
empregos.

3.3. POTENCIAL ELICO NO ESPIRITO SANTO

Segundo Atlas de Energia elica do Espirito Santo elaborado pela ASPE, as regies
do extremo sul e norte do estado onde pode haver maior potencial, de acordo com
o estudo das velocidades mdias e direo dos ventos. Ambas as regies ficam
localizadas no litoral onde o estado possui maior ndice de velocidade mdia de vento
em todas as alturas analisadas (ASPE, 2009).

O Estado ainda no possui nenhum parque elico, sendo que existem pequenas
propriedades que se utilizam desta tecnologia, mas no passando de um
abastecimento semi residencial ou apenas para uma determinada mquina utilizada
em propriedade rural.

O litoral do Estado, assim como a maioria dos litorais do pas, possui maior potencial
principalmente devido ao aquecimento do continente ao nascer do sol, o que influencia
nas brisas martimas aumentando a mdia de vento diurna da regio. A regio
litornea de Linhares possui uma vasta plancie costeira com terreno de baixo
rugosidade, o que favorece ventos em torno de 6,5 m/s, isto ao considerar a altura de
50 m (ASPE, 2009). Segundo este Atlas pode-se dividir o estado em duas zonas
geogrficas principais: a zona dos tabuleiros, com altitudes em torno de 50 m
compreendendo a faixa da baixada litornea, alargada ao norte da capital Vitria, e a
regio serrana, formada por macios montanhosos cortados por rios e vales profundos
com cobertura vegetal de floresta de mata atlntica.
16

Observa-se no mapa da figura abaixo que a regio de Aracruz, onde est sendo
realizado este trabalho, est localizada bem prxima da rea 1, a qual possui um
potencial razovel de velocidade de ventos.

Aracruz

Figura 04: reas mais promissoras.


Fonte: Atlas Elico do Esprito Santo ASPE, 2009.

3.4. AEROGERADORES

Basicamente o conjunto aerogerador constitudo pelo rotor, hlices, transmisso e


conversor de energia mecnica e eltrica (gerador). O rotor capta a energia do
movimento dos ventos e a converte em energia mecnica no eixo de transmisso,
eixo que pode ser horizontal ou vertical. As turbinas atuais comeam a funcionar
quando os ventos alcanam uma velocidade de cerca de 19 Km/h atingem o
rendimento mximo com ventos entre 40 Km/h e 48 Km/h e param de funcionar
quando os ventos atingem 100 Km/h. Os lugares ideais para instalao de
aerogeradores so aqueles que apresentam ventos com velocidade mdia anual de
no mnimo 21 Km/h (Aldab, 2002).

A quantidade de energia contida no vento varia de acordo com as condies climticas


e topogrficas locais, onde as diferenas de temperatura entre variados tipos de solo
e terrenos so os principais responsveis pelo deslocamento de ar (Salino, 2011).
17

Segundo a ANEEL, 2002, em seu Atlas de Energia do Brasil, no perodo inicial da


energia elica, foram surgindo diversos tipos de turbinas eixo horizontal, eixo
vertical, com apenas uma p, com duas e trs ps, gerador de induo, gerador
sncrono, etc. Ao passar do tempo, consolidou-se o projeto de turbinas elicas com as
seguintes caractersticas: eixo de rotao horizontal, trs ps, alinhamento ativo,
gerador de induo, estrutura no-flexvel.

Na atualidade, as maiores inovaes tecnolgicas foram a utilizao de acionamento


sem multiplicador de velocidades, com geradores sncronos e novos sistemas de
controle, que permitem o funcionamento das turbinas em velocidade varivel, com
qualquer tipo de gerador. Novas tecnologias oferecem uma variedade de mquinas,
segundo a aplicao ou local de instalao. Quanto ao tipo de aplicao, as turbinas
podem ser conectadas rede eltrica ou destinadas ao suprimento de eletricidade de
comunidades ou sistemas isolados. Em relao ao local, a instalao pode ser feita
em terra firme ou off-shore e em locais de ventos fortes ou moderados. (ANEEL,
2002).

3.5. TIPOS DE TURBINA EOLICA

3.5.1 TURBINAS DE EIXO HORIZONTAL

As turbinas de eixo horizontal podem divididas em trs grandes partes: a torre, o


nacele e o rotor/ps; a torre a estrutura de sustentao e posicionamento dos rotores
a uma altura conveniente, podendo chegar a mais de 100 metros. Com a necessidade
a alturas cada vez maiores, o aumento do peso das torres e naceles, as torres
atualmente so feitas de metal tubular ou concreto, podendo ou no ter cabos
tensores (Castro, 2008).
18

Figura 05: Principais elementos que compe o aerogerador.


Fonte: Atlas de Energia Eltrica ANEEL, 2005.

O nacele e o envoltrio montado sobre a torre que abriga o gerador, a caixa de


engrenagens e sistema de controle. Devido a necessidade de manter o rotor alinhado
com a direo do vento para extrair a mxima energia possvel, o nacele contm um
sistema de motores e sensores para adequar o posicionamento da turbina (Castro,
2008).

O eixo e o responsvel pelo acoplamento das ps ao gerador, fazendo a transferncia


de energia mecnica da turbina. As ps so as que fazem a interao com vento,
transformando energia eltrica em mecnica (Castro, 2008).
19

3.5.2 TURBINAS DE EIXO VERTICAL

Existem trs tipos de turbinas de eixo vertical que so mais comuns. Na figura abaixo
podem ser vistos esses trs tipos. Na parte (a), pode-se observar uma turbina
Darrieus. Ao lado (b) tem-se uma turbina tipo Savonius. E por fim, tem-se uma juno
dos dois tipos, turbina mista (c) Darrieus-Savonius (Ramos et al, 2015).

Figura 6: Exemplos de turbinas elicas de eixo vertical. Turbina radial Darrieus (a), turbina radial
elica Savonius (b) e turbina radial mista Darrieus-Savonius (c) (Ramos et al, 2015).

O modelo Savonius um conceito antigo de ps de perfil semicircular. O seu


movimento j comea com baixas velocidades de vento, a partir de 2 m/s, e com
rendimento relativamente baixo. Como o Savonius arranca com velocidades baixas,
quando associado uma turbina Darrieus, ele pode funcionar como motor de partida
melhorando o desempenho do modelo Darrieus (Ramos et al, 2015).

3.6. LOCAL POSSIVEL PARA INSTALAO

A unidade de produo de mudas j possua uma potncia requerida instalada


identificada por meio de contrato com a concessionria de energia eltrica a partir
desta potncia podemos definir o equipamento. Ao lado da unidade de produo de
mudas existe uma rea anteriormente usada por uma torre de vigilncia, hoje essa
vigilncia realizada por cmeras, deixando um espao de 4.000 m disponvel para
outros usos, segundo mapa disponvel para consulta na empresa. Na figura a seguir
podemos ver o local destacado.
20

Figura 07: Local de estudo para implantao dos aerogeradores.


Fonte: Google Mapas adaptado, 2015

3.7. DISTRIBUIO DE WEIBULL

Diversas distribuies probabilsticas vm sendo sugeridas para descrever o regime


dos ventos, sendo a distribuio de Weibull normalmente considerada como a mais
adequada (Filho, 2011).

A distribuio de Weibull pode variar tanto em forma quanto em valor mdio, ou seja,
representa a forma de distribuio probabilstica ou ainda, uma curva de tendncia
(Duarte, 2004). A distribuio das velocidades do vento varia de um lugar a outro do
globo estatisticamente, dependendo das condies climticas locais, da paisagem e
do relevo de sua superfcie (Portal Action, 2015).

Para a indstria elica, a descrio da variao de velocidade do vento


extremamente necessria para que os projetistas de turbinas possam aperfeioar o
desenho de seus geradores, assim como para minimizar os custos de gerao (Portal
Action, 2015).
21

A expresso matemtica da funo densidade de probabilidade de Weibull dada


pela equao 1. Essa equao apenas demonstrativa para definio matemtica,
ela no ser usada nos clculos.

(01)

Quando u>0, e, f (u) = 0 u<0, em que,


u velocidade mdia do vento em m/s
c parmetro de escala.
k parmetro de forma.

Os parmetros c e k so fundamentais para o estudo da maioria das distribuies que


existem, uma vez obtidos, possvel caracterizar analiticamente as frequncias de
distribuio do vento atravs da funo densidade de probabilidade de Weibull (Filho,
2011). No grfico abaixo apresentada a distribuio de Weibull para vrios fatores
de forma.

Figura 08: Grfico Distribuies de Weibull e Rayleigh.


Fonte: Fonte: Atlas Elico do Esprito Santo ASPE, 2009.
22

3.7.1. FATOR DE FORMA DE WEIBULL

Tendo em vista que o Atlas Elico do Espirito Santo traz o Fator de Forma de Weibull
Anual, possvel verificar que para o local o fator de forma 2,5 conforme as duas
figuras abaixo, a primeira descreve o coeficiente em todas as regies do estado do
Espirito Santo e a segunda destaca a regio estudada.

Figura 09: Fator de forma de Weibull anual para Espirito Santo.


Fonte: Atlas Elico do Espirito Santo ASPE, 2009
23

Figura 10: Destaque fator de forma de Weibull anual para Aracruz.


Fonte: Atlas Elico do Espirito Santo ASPE, 2009

4. METODOLOGIA

No trabalho foram utilizados dados de velocidade e direo dos ventos, dos ltimos
10 anos, medidos atravs de uma estao de dados meteorolgicos instalada a 10
metros de altura na Unidade de Produo de mudas da Fibria em Aracruz. Alm disso,
sero analisados documentos tcnicos, livros, teses, artigos e mapas.

Atravs de revises bibliogrficas, foi possvel identificar o que necessrio para se


definir o tipo de equipamento a ser utilizado na regio. Os dados necessrios para a
escolha do aerogerador so:

Velocidade mdia dos ventos no local;


Potncia a ser suprida pelo equipamento;
Rugosidade do solo em metros;

Atravs do Atlas Elico do Estado de Espirito Santo, podemos chegar a valores


estimados para capacidade aproximada do vento, perfil do solo e fator de forma
Weibull. Analisando juntamente com os dados gerados pela estao meteorolgica,
podemos calcular o potencial elico da regio. Segue abaixo um fluxograma do
mtodo utilizado.
24

Compilao dos
Tabelar
dados de Calcular velocidade
velocidades
velocidade do mdia anual
mximas e mdias
vento da estao esperada
mensais
meteorologica

Calcular e tabelar
Calcular e tabelar
Selecionar velocidade de
potncia til dos
aerogeradores vento na altura dos
aerogeradores
compativeis aerogeradores
selecionados
selecionados

Selecionar
aerogeradores que
melhor supra a
demanda

Figura 11: Fluxograma da Metodologia.


Fonte: Acervo Pessoal, 2015.

4.1. EQUAES IMPORTANTES PARA ENERGIA ELICA

Segundo a ASPE, 2009, no atlas elico do Espirito Santo, o fator de escala C pode
ser representado como a velocidade mdia simples anual mensurada. Para se
mensurar o valor mdio anual esperado da velocidade do vento pode ser utilizada a
equao 2 que descreve a velocidade mdia anual em termos da funo gama para
cada valor de fator de forma de Weibull k.

(02)

A tabela abaixo apresenta da funo gama para diversos valores de fator de forma k.
25

Tabela 03: Funo Gama para diversos valores de k.


Fonte: Fonte: Atlas Elico do Esprito Santo ASPE, 2009.

Para se calcular a potncia de aerogeradores se fazem necessrias algumas


equaes. A potncia extrada pela turbina elica de um fluxo de ar de densidade ,
movendo-se a uma velocidade V, perpendicular a uma seo transversal de rea A
de um cilindro varrido pelas hlices da turbina, pode ser expressa na equao 3. Essa
equao utilizada para encontrar a potncia nominal necessria para que o
aerogerador possa operar em determinada velocidade de vento mdia.

1
Po = AUCp (03)
2

Sendo:

Po = Potncia elica em watts

= Densidade do ar em kg/m3

A = rea varrida pelas ps em m

U = Velocidade dos ventos em m/s

Cp = Coeficiente de potncia do rotor

= Eficincia do conjunto gerador-transmisses mecnicas e eltricas


26

O coeficiente representa a eficincia aerodinmica da turbina e mostra quanto de


energia do vento a turbina capaz de converter em potncia mecnica, e segundo
ASPE, 2009, assume valor mximo terico de 0,593. A eficincia depende de cada
modelo de aerogerador.

A rea varrida pelas ps pode ser calculada com a equao 4:

D
A= (04)
4

D = Dimetro do rotor (m)

A variao da velocidade para altura de 50 metros calculada a partir da equao 5.


De um modo geral, quanto maior a altura, maior ser a velocidade do vento numa
mesma regio. A velocidade do vento muda conforme a equao abaixo (ALDAB,
2002).


= [ ] (05)

Onde:

U = Velocidade do vento na altura desejada em m/s;

U 0 = Velocidade do vento disponvel na altura conhecida em m/s;

H = Altura desejada em m;

H0 = Altura conhecida em m;

N = Fator de rugosidade do terreno


27

4.2. COEFICIENTE DE RUGOSIDADE DO SOLO

De acordo com o Atlas Elico do Espirito Santo, a interpretao do mosaico de


imagens LANDSAT 5, de aferies pela comparao do Mapa de Vegetao do Brasil
(IBGE), de imagens de alta definio do Google Earth e do Modelo de uso do solo
pela USGS, Universidade de Nebraska e o Joint Reserch Centre da Comisso
Europeia elabora o modelo digital de rugosidade do Estado (ASPE, 2009).

O fator de rugosidade um dos parmetros fundamentais para se calcular a variao


de velocidade de vento de acordo com a altura e local de instalao, para cada tipo
de terreno temos um valor de rugosidade pr-definido. O fator de rugosidade para
cada tipo de terreno pode ser dado atravs da Tabela 4 abaixo. Esse fator utilizado
na equao 5. De acordo com essa tabela, sendo o entorno do local preenchido com
florestas e construo civil, para efeito de clculo podemos utilizar o fator de
rugosidade do solo com 0,30.

Descrio do Terreno Fator de Rugosidade do Solo (n)

Terreno sem vegetao 0.10


Terreno gramado 0.12
Terreno cultivado 0.19
Terreno com poucas rvores 0.23
Terreno com muitas rvores ou poucas 0.26
edificaes
Florestas 0.28
Zonas urbanas sem edifcios altos 0.32
Tabela 04: Fator de rugosidade do solo.
Fonte: Aldab adaptado, 2002
28

5. RESULTADOS E DISCUSES

5.1. DADOS DA VELOCIDADE DOS VENTOS

Os instrumentos que realizaram a medio de velocidade so anemmetros,


localizados em uma torre meteorolgica anteriormente citada, os dados coletados so
de velocidade de vento mdia dos ltimos 10 anos e direo de vento mdia. Esses
dados so disponibilizados de 30 em 30 minutos e foram compilados para gerar
informaes de mdias mensais. Esses dados podem ser encontrados em anexo no
tpico 9.2. deste trabalho.

Nas tabelas abaixo encontramos as mdias e mximas velocidades, em m/s, por ms


e tabelado para a verificao da variao que ocorre durante o ano. possvel verificar
que entre os meses de setembro e novembro so obtidas as maiores velocidades
mdias.

VELOCIDADE DE VENTO
MS MAX (m/s)
JANEIRO. 7,94
FEVEREIRO. 7,70
MARO. 7,57
ABRIL. 7,66
MAIO. 8,28
JUNHO. 7,92
JULHO. 7,94
AGOSTO. 8,08
SETEMBRO. 8,49
OUTUBRO. 8,49
NOVEMBRO. 8,29
DEZEMBRO. 7,98
Mdia Anual 8,07
Tabela 05: Velocidades mximas de vento em m/s
Fonte: Acervo Fibria 2005-2014, adaptado.
29

VELOCIDADE DE VENTO
MS MED (m/s)
JANEIRO. 4,33
FEVEREIRO. 4,21
MARO. 4,24
ABRIL. 4,52
MAIO. 4,70
JUNHO. 4,40
JULHO. 4,41
AGOSTO. 4,43
SETEMBRO. 4,63
OUTUBRO. 4,57
NOVEMBRO. 4,49
DEZEMBRO. 4,17
Mdia Anual 4,43
Tabela 06: Velocidades mdias de vento em m/s
Fonte: Acervo Fibria 2005-2014, adaptado.

A velocidade anual mdia esperada calculada atravs da equao 2, sendo que a


mdia anual encontrada a partir da compilao dos dados foi de 4,43m/s e utilizando
a tabela 3 para fator de forma 2,5 como tratado no tpico 3.6.1.

Temos;

C=4,43 m/s

1
(1 + ) = 0,887264

Logo;

1
= (1 + )

= 4,43 0,887264
= 3,93 /

5.2. COMPARAO DE AEROGERADORES

Atravs do dado de velocidade mdia anual esperada, calculado no tpica anterior,


possvel comparar aerogeradores compatveis com a velocidade de acionamento para
30

realizar os prximos clculos a fim de selecionar um aerogerador de atenda a


demanda.

No tpico 9.1 podem ser visualizados alguns catlogos de fabricantes, do qual sero
comparados os aerogeradores WEG AGW 100-95kW, WEG AGW 110-2.1MW devido
velocidade de acionamento ser 3,0m/s e o aerogerador GAMESA G87-2.0MW com
90 metros de altura de torre devido possuir dimetro de rotor em 87m o que
importante para o clculo de potncia til.

5.2.1. DETERMINAO DA VELOCIDADE MDIA ESPERADA NA ALTURA DO


ROTOR

Conhecidas as alturas do rotor de cada um dos trs aerogeradores a serem


comparados, possvel realizar o clculo da velocidade mdia esperada na altura
desejada atravs da equao 5 e tabelar conforme abaixo:


= [ ]

Sendo;

U = Velocidade mdia a ser tabelada

U0 = 3,93m/s conforme calculado no tpico 5.1.

N = 0,30 (conforme tpico 4.2.)

H0 = 10 m (altura da torre meteorolgica)

H = Altura at o rotor

Modelo Altura do Rotor (m) Velocidade de vento (m/s)


WEG AGW 100-95kW 37 5,82
WEG AGW 110-2.1 MW 80 7,33
GAMESA G87-2.0 MW 90 7,60
Tabela 07: Velocidades mdias de vento em m/s para cada aerogerador.
Fonte: Acervo pessoal, 2016.
31

5.2.2. CALCULOS PARA POTENCIA TIL

Para calcular a potncia til ofertada de acordo com a velocidade de vento mdia
calculada, primeiramente necessrio calcular a rea varrida pelas ps dos rotores
dos aerogeradores que esto sendo comparados, para isso utilizada a equao 4,
sendo D o dimetro em metros de cada rotor e como 3,14, conforme abaixo:

WEG AGW 100-95kW;

D
A=
4

3,14(24,4)
A=
4

A = 467,36 m

WEG AGW 110-2.1MW;

D
A=
4

3,14(110)
A=
4

A = 9.498,50 m

GAMESA G87-2.1MW;

D
A=
4

3,14(87)
A=
4

A = 5.941,67 m
32

Para melhor visualizao tabelado os dados abaixo:

Modelo Dimetro do rotor (m) rea varrida pelas ps (m)


WEG AGW 100-95kW 24,4 467,36
WEG AGW 110-2.1 MW 110 9.498,50
GAMESA G87-2.0 MW 87 5.941,67
Tabela 08: rea varrida pelas ps dos rotores em m.
Fonte: Acervo pessoal, 2016.

A partir desse momento possvel calcular e comparar a potncia til de operao


dos aerogeradores e logo aps definir o que melhor atende demanda atravs da
equao 3.

1
Po = AUCp
2

Sendo;

= 1,225 kg/m a nvel do mar e temperatura mdia de 15C, utilizado esse valor
para efeito de clculo segunda ASPE, 2009.

A= rea varrida pelas ps dos rotores.

U = Velocidade mdia anual de cada aerogerador.

Cp = 0,593 para efeito de clculos conforme ASPE, 2009.

= 0,95 para o WEG AGW 110-2.1MW e GAMESA G87-2.0MW, e 0,90 para o WEG
AGW 100-95kW

Aps realizao dos clculos podemos tabelar conforme abaixo:

Modelo Potncia til em quilowatts

WEG AGW 100-95kW 0,90 30,12


WEG AGW 110-2.1 MW 0,95 1.290,78
GAMESA G87-2.0 MW 0,95 899,98
Tabela 09: Potncia de cada aerogerador em kW.
Fonte: Acervo pessoal, 2016.
33

5.3. SELEO DE AEROGERADOR PARA SUPRIR DEMANDA.

Sabendo, atravs de faturas de energia, que a demanda de potncia em pico de


operao atualmente contratada de 310 kW sendo 80% possvel de gerao prpria
e 20% de obrigatoriedade de utilizao por concessionria, possvel definir que o
aerogerador escolhido deve atender 248kW de potncia em pico e 427 MWh/ano.

O aerogerador WEG AGW 110-2.1MW capaz de produzir 1.290,78 kW, sendo mais
que o suficiente para atender a demanda de potncia em pico de produo. Tambm
foi possvel identificar que esse modelo produz energia suficiente para atender a
demanda de 427MWh/ano, o que pode ser verificado atravs da equao 6. Tomando
como premissas a distribuio de velocidade de vento de Weibull, densidade de ar
padro, disponibilidade total (100%) dos aerogeradores e ausncia (0%) de perdas,
temos:

Prod. = Estimativa de produo anual (kWh)

Po = Potncia til calculada (kW)

H = Horas de operao por dia, com base na operao da unidade de produo.

Dias = Dias teis de operao por ano, com base no calendrio 2016.

Prod. = Po H dias (06)

Prod. = 1290,78 8,8 254

Prod. = 2.885.151,46 kWh

Dessa forma o aerogerador WEG AGW 110-2.1MW o equipamento a ser


selecionado se tratando das premissas definidas na metodologia do trabalho.
34

5.4. DISCUSSES

Atravs de todas as anlises a clculos realizados nos tpicos anteriores, possvel


identificar que o aerogerador WEG AGW 110-2.1MW operando em velocidade de
vento mdia anual de 7,33m/s, atende as demandas solicitadas, porm com potncia
til de 64,54% em relao a potncia nominal.

O modelo GAMESA G87-2.0MW a velocidade mdia de vento de 7,60m/s, altura de


90m at o rotor, tambm possui dados que indicam o atendimento das demandas,
mas com aproveitamento inferior ao citado no pargrafo anterior, sendo a potncia til
de 44,99% em relao a potncia nominal.

O modelo WEG AGW 100-95kW atenderia a demanda se fossem utilizados nove


equipamentos ligados em srie e com potncia til de 33,47% em relao a potncia
nominal.

Vale ressaltar que o modelo escolhido um aerogerador de grande porte, sendo


importante discutir outros assuntos em relao a custos e meio ambiente em trabalhos
futuros.
35

6. CONCLUSO

Dentre os trs modelos sugeridos para se calcular a capacidade de suprimento da


demanda e como visto durante seo de metodologia e resultados, foram utilizadas
equaes e dados disponveis para simulao de atendimento da demanda de energia
eltrica necessria para a Unidade de Produo de mudas da Fibria em Aracruz.
Atravs dos clculos pode-se concluir a implantao de aerogeradores vivel
atravs de um aerogerador modelo WEG AGW 110-2.1MW ligado rede de
transmisso, suprindo a 80% da demanda de potncia conforme legislao vigente.

A velocidade de vento na altura desejada, a potncia calculada, rugosidade de solo e


demais informaes so favorveis para utilizao deste modelo de equipamento de
transformao de energia mecnica dos ventos em eletricidade.

Esse equipamento tambm produz energia suficiente para atender ao consumo anual
da unidade de produo de mudas, sendo que at supera o esperado. A velocidade
de acionamento do modelo selecionado de 3,0m/s e opera com velocidade mdia
em 7,5 m/s e obtm mximo desempenho na velocidade de 11m/s, possui vida til de
20 anos e opera a temperaturas entre -10C e 40C conforme catlogo em anexo. A
velocidade de vento mdia anual que foi calculada como 5,82 m/s e tendo em vista
que a temperatura na regio atende ao informado na tabela do fabricante, pode-se
dizer que no ocorrer problemas operacionais ligados a clima.

Como proposto no trabalho, foi estudada a viabilidade de abastecimento da unidade


de produo de mudas da Fibria em Aracruz.
36

7. SUGESTES PARA ESTUDOS FUTUROS

Sugere-se para Trabalhos Futuros:

- Verificar as leis ambientais vigentes para utilizao de aerogerador em locais


prximos a reservas ambientais, como o local descrito no estudo.

-Analisar, de acordo com normas de instalaes de aerogeradores, se possvel a


instalao de apenas um aerogerador WEG AGW 110-2.1MW.

- Analisar o mesmo modelo com torre de 120 metros.

- Realizar analise de viabilidade econmica de instalao de aerogeradores na


unidade de produo de mudas.
37

8. ANEXOS

8.1. CATLOGOS DE FABRICANTES

.
38

.
39
40
41
42
43
44
45

8.2. DADOS DA ESTAO METEOROLGICA

VELVEN VELVEN DIRVEN


VELVEN
ANO HORA MED VETOR VETOR
MAX m/s
m/s m/s Graus

2005 1230 6,8 3,5 3,2 87,4


2005 1300 7,1 4,3 4,1 86,4
2005 1330 6,7 3,2 3,0 90,6
2005 1500 6,2 3,5 3,3 74,9
2005 1630 5,9 3,2 2,8 59,5
2005 1100 5,6 3,2 3,0 95,7
2005 1230 6,9 3,7 3,5 88,1
2005 1300 8,4 4,3 3,9 79,7
2005 1330 8,0 4,4 4,2 76,4
2005 1400 7,7 4,6 4,3 77,5
2005 1430 8,3 4,7 4,4 81,5
2005 1500 8,4 4,8 4,5 77,6
2005 1530 9,2 5,0 4,8 79,9
2005 1600 8,0 4,9 4,6 78,0
2005 1630 8,4 4,5 4,4 76,8
2005 1700 6,8 3,8 3,6 75,1
2005 1730 6,3 3,4 3,3 73,1
2005 1000 6,3 3,5 3,3 74,5
2005 1030 6,5 3,8 3,6 64,4
2005 1100 6,9 3,6 3,5 59,3
2005 1230 8,9 3,7 3,3 53,0
2005 1530 6,9 3,8 3,6 82,1
2005 1600 5,8 3,2 3,0 72,9
2005 1630 6,2 3,2 3,0 67,3
2005 1700 8,4 3,5 3,3 58,0
2005 1730 7,4 3,7 3,5 52,1
2005 830 6,2 3,5 3,3 3,7
2005 900 7,1 3,5 3,3 359,1
2005 930 6,8 3,6 3,3 0,0
2005 1000 6,7 3,4 3,1 359,3
2005 1200 7,1 4,0 3,8 3,3
2005 1230 7,8 3,3 3,2 7,0
2005 1400 7,7 3,6 3,3 43,3
2005 1430 7,6 3,7 3,5 29,2
2005 1500 7,7 3,6 3,5 28,6
2005 1530 6,8 3,5 3,3 37,0
2005 1600 9,6 4,8 4,5 39,1
2005 1630 7,6 4,1 3,9 32,9
2005 1800 6,7 3,4 3,2 41,7
2005 930 7,1 3,3 3,1 351,9
2005 1030 7,1 3,8 3,5 6,1
46

2005 1100 7,3 3,6 3,3 353,1


2005 1200 6,5 3,3 3,1 23,1
2005 1230 7,8 4,5 4,2 31,0
2005 1300 7,6 3,7 3,6 12,9
2005 1330 6,7 3,5 3,3 12,3
2005 1400 6,9 3,6 3,4 20,3
2005 1530 6,8 3,7 3,4 56,8
2005 1600 6,2 3,7 3,5 59,4
2005 1630 6,2 3,6 3,4 52,2
2005 1700 6,8 3,7 3,5 48,5
2005 1730 5,9 3,7 3,5 48,0
2005 800 6,3 3,2 3,1 356,3
2005 830 6,3 3,2 3,0 353,9
2005 900 6,2 3,3 3,0 347,3
2005 930 6,7 3,5 3,3 355,2
2005 1000 6,7 3,5 3,1 340,9
2005 1030 7,3 3,6 3,2 339,0
2005 1100 7,3 3,4 3,0 353,5
2005 1130 7,8 4,2 3,8 8,5
2005 1200 7,6 4,2 4,0 2,4
2005 1230 8,0 3,6 3,3 6,8
2005 1700 7,4 3,6 3,5 41,1
2005 1730 7,3 3,4 3,2 40,2
2005 900 6,9 3,3 3,0 355,2
2005 930 7,4 3,4 3,0 347,2
2005 1000 6,9 3,3 3,0 352,2
2005 1030 6,3 3,3 3,0 350,0
2005 1100 6,8 3,3 3,1 347,3
2005 1230 5,8 3,4 3,0 100,1
2005 1330 6,3 3,5 3,3 35,8
2005 1400 7,3 4,1 3,9 37,3
2005 1430 8,1 4,2 4,0 41,0
2005 1500 6,9 4,3 4,1 35,6
2005 1530 9,6 5,0 4,7 34,7
2005 1600 9,6 5,3 5,0 46,5
2005 1630 8,3 4,8 4,6 39,4
2005 1700 7,1 4,4 4,2 41,7
2005 1730 8,3 4,6 4,4 33,5
2005 1800 7,6 3,8 3,7 34,9
2005 1830 6,2 3,2 3,1 26,2
2005 730 6,3 3,2 3,0 351,2
2005 830 6,8 3,3 2,9 342,7
2005 900 7,3 3,6 3,4 356,4
2005 930 7,4 3,7 3,5 359,0
2005 1000 6,7 3,7 3,4 357,1
2005 1030 9,6 4,3 4,1 356,6
47

2005 1100 7,8 4,4 4,2 4,2


2005 1130 6,9 4,0 3,7 4,8
2005 1200 6,7 3,3 3,1 355,3
2005 1230 6,9 3,6 3,3 4,6
2005 1300 7,1 3,6 3,3 1,0
2005 1330 7,7 3,6 3,4 6,4
2005 1430 7,3 4,0 3,6 26,5
2005 1500 6,8 3,5 3,4 37,8
2005 1530 7,1 4,2 4,1 46,6
2005 1600 7,8 4,3 4,1 34,8
2005 1630 8,1 4,8 4,6 50,2
2005 1700 9,4 5,0 4,8 49,5
2005 1730 8,4 4,3 4,1 41,3
2005 1800 6,7 3,6 3,4 41,8
2005 1900 6,3 3,4 3,3 25,8
2005 730 8,8 3,8 3,6 351,0
2005 800 9,6 4,7 4,4 353,1
2005 830 8,8 3,9 3,6 348,6
2005 900 8,0 4,9 4,7 355,4
2005 930 8,9 4,4 4,2 350,8
2005 1000 8,4 4,3 4,0 1,2
2005 1030 8,9 4,2 3,8 349,5
2005 1100 9,6 4,8 4,5 351,9
2005 1130 9,2 4,9 4,6 353,5
2005 1200 9,4 4,4 4,0 357,7
2005 1230 9,5 4,8 4,6 1,8
2005 1300 8,1 4,9 4,6 0,8
2005 1330 8,8 4,3 4,0 2,8
2005 1400 8,4 4,0 3,8 4,8
2005 1430 6,7 3,8 3,4 355,5
2005 1500 7,8 4,1 3,8 353,8
2005 1530 8,3 3,9 3,6 1,6
2005 1600 7,3 3,8 3,5 35,5
2005 1630 7,3 4,3 4,2 30,7
2005 1700 8,3 4,6 4,4 34,1
2005 1730 9,2 4,6 4,4 31,1
2005 1800 8,3 5,0 4,8 29,7
2005 1830 7,7 3,8 3,7 25,4
2005 600 5,9 3,3 3,1 3,1
2005 630 8,0 3,7 3,5 5,4
2005 700 8,0 4,1 3,9 358,9
2005 730 8,6 4,7 4,5 359,2
2005 800 9,6 4,9 4,7 359,1
2005 830 8,3 4,6 4,4 1,6
2005 900 7,7 3,8 3,6 357,5
2005 930 8,9 4,2 4,0 357,2
48

2005 1000 7,8 3,8 3,6 353,8


2005 1030 7,3 3,7 3,5 354,4
2005 1100 8,0 3,8 3,6 351,2
2005 1130 7,8 4,0 3,7 353,6
2005 1230 7,3 3,4 3,1 343,2
2005 1500 6,7 3,8 3,7 13,8
2005 1530 6,8 4,0 3,7 33,0
2005 1600 7,1 3,7 3,6 38,7
2005 1630 6,7 3,4 3,2 39,0
2005 1700 6,8 3,5 3,4 30,4
2005 1730 6,8 3,5 3,4 44,8
2005 1800 6,1 3,4 3,2 26,2
2005 1830 5,8 3,2 3,0 9,1
2005 1000 6,5 3,4 3,2 1,7
2005 1100 8,0 3,2 3,0 340,7
2005 1130 7,1 3,3 3,0 337,0
2006 830 6,2 3,4 3,2 11,4
2006 1200 8,4 3,4 3,2 9,0
2006 1230 7,1 3,3 3,0 4,2
2006 1330 8,2 4,1 3,8 14,9
2006 1400 7,8 4,0 3,8 27,4
2006 1430 7,7 4,1 3,9 19,0
2006 1500 8,3 4,5 4,2 23,8
2006 1530 7,5 3,9 3,6 33,0
2006 1600 8,0 4,0 3,8 40,6
2006 1630 7,8 4,1 4,0 32,4
2006 1700 7,8 3,8 3,6 28,0
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2006 1100 5,9 3,4 3,1 11,2
2006 1200 6,3 3,6 3,3 15,9
2006 1230 7,1 3,2 3,1 9,3
2006 1300 6,5 3,4 3,2 11,2
2006 1330 6,2 3,2 2,9 16,2
2006 1400 7,8 3,5 3,3 25,0
2006 1430 7,7 3,5 3,3 20,3
2006 1500 6,5 3,7 3,5 33,0
2006 1530 6,3 3,2 3,1 35,6
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2006 930 7,5 4,1 3,8 353,6
2006 1100 6,7 3,5 3,2 356,9
2006 1130 6,0 3,3 3,1 2,7
2006 1230 7,3 3,5 3,2 358,7
49

2006 1330 6,0 3,2 3,0 5,3


2006 1400 6,3 3,5 3,2 25,2
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2006 1000 6,3 3,4 3,1 355,6
2006 1100 7,1 3,6 3,3 5,7
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2006 930 6,3 3,3 3,1 358,2
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2006 1400 7,3 4,1 3,8 94,7
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2006 1500 8,9 4,7 4,4 70,7
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2006 1700 6,2 3,3 3,1 72,9
50

2006 1130 7,4 4,3 4,1 71,6


2006 1230 7,4 3,6 3,2 72,2
2006 1300 6,2 3,5 3,3 57,4
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2006 1330 8,2 4,5 4,2 88,5
2006 1400 7,8 4,3 4,0 91,2
2006 1430 7,7 4,0 3,6 80,5
2006 1500 7,4 4,0 3,7 74,9
2006 1530 7,1 3,8 3,6 89,1
2007 1400 6,8 3,2 3,0 98,2
2007 1430 7,4 4,3 4,2 91,4
2007 1200 7,3 3,5 3,3 36,1
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2007 1330 7,4 3,7 3,5 34,9
2007 1400 7,0 3,5 3,3 47,0
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2007 1530 7,1 4,2 3,9 25,9
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2007 1530 6,7 3,6 3,4 25,9
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2007 1000 6,8 3,4 3,2 8,9
2007 1100 6,5 3,3 3,1 2,2
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2007 1430 8,5 4,2 3,9 36,2
2007 1500 7,0 4,0 3,8 46,3
51

2007 1530 8,9 4,5 4,2 45,7


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2007 1530 8,8 4,4 4,2 43,6
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2007 1100 7,4 3,3 3,0 347,5
2007 1130 5,8 3,2 2,9 357,6
2007 1430 6,1 3,6 3,4 20,0
2007 1500 6,4 3,3 3,1 14,6
2007 1600 5,2 3,2 2,9 51,8
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2007 1700 7,0 3,5 3,4 85,9
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2007 1830 5,5 3,3 3,1 53,8
2007 900 6,8 3,9 3,6 355,9
2007 1000 7,1 3,4 3,0 341,7
2007 1030 8,0 4,0 3,6 350,7
2007 1100 5,9 3,2 2,9 350,3
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2007 1500 8,8 4,9 4,6 71,0
2007 1530 6,7 3,7 3,3 58,3
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2007 830 8,2 3,5 3,2 353,2
2007 1000 7,4 4,0 3,7 353,3
2007 1030 6,2 3,2 2,9 346,7
2007 1100 6,5 3,6 3,3 350,2
2007 1130 6,5 3,3 2,9 351,8
52

2007 1600 7,7 4,1 3,9 22,9


2007 1630 7,7 4,3 4,1 21,1
2007 1700 7,7 4,4 4,2 28,3
2007 1730 7,6 4,1 3,9 25,5
2007 1800 8,8 4,0 3,8 24,5
2007 1830 8,3 3,6 3,4 21,7
2007 800 5,9 3,2 3,0 339,1
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2007 900 7,0 3,8 3,5 345,6
2007 930 6,7 3,3 3,0 355,9
2007 1000 7,6 3,9 3,7 346,5
2007 1030 7,1 3,2 2,9 344,8
2008 700 5,8 3,6 3,5 341,7
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2008 800 7,1 3,6 3,3 345,8
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2008 1300 11,8 8,1 8,0 67,5
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2008 1400 11,3 7,7 7,5 66,8
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2008 1100 9,5 6,1 6,0 75,7
2008 1130 10,1 6,3 6,2 75,0
2008 1200 10,1 6,5 6,3 72,8
2008 1230 10,6 7,6 7,4 73,5
2008 1300 11,2 7,3 7,1 73,4
53

2008 1330 12,8 8,6 8,4 70,9


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2008 1500 12,7 8,3 8,2 72,8
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2008 1000 5,6 3,4 3,3 71,4
2008 1030 7,9 4,8 4,7 73,2
2008 1100 8,8 6,6 6,6 73,9
2008 1130 9,8 6,4 6,2 74,9
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2008 1400 11,8 8,5 8,4 72,1
2008 1430 11,9 8,2 8,1 71,7
2008 1500 10,1 7,2 7,1 73,3
2008 1530 12,5 7,9 7,8 72,9
2008 1600 11,0 7,9 7,8 70,0
2008 1630 10,4 7,2 7,1 68,1
2008 1700 9,8 6,9 6,8 63,4
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2008 1830 10,7 6,4 6,3 60,9
2008 1900 8,2 5,8 5,7 56,6
2008 730 5,2 3,2 3,0 338,5
2008 800 7,0 3,5 3,4 348,7
2008 830 6,7 4,0 3,9 355,0
2008 900 7,0 4,1 3,9 355,7
2008 930 7,1 4,2 4,0 2,3
2008 1000 7,6 4,3 4,1 2,1
2008 1030 7,7 3,9 3,4 33,8
2008 1100 7,3 4,1 4,0 66,4
2008 1130 7,7 5,2 5,1 74,6
2008 1200 9,5 6,2 6,1 68,2
2008 1230 11,3 7,5 7,4 69,1
2008 1300 12,8 7,9 7,7 70,1
2008 1330 12,4 8,1 8,0 69,6
54

2009 900 8,3 3,6 3,3 335,3


2009 1530 6,8 4,0 3,9 77,7
2009 1600 6,2 3,7 3,6 70,7
2009 1630 6,1 3,5 3,4 74,3
2009 1700 5,9 3,3 3,2 56,3
2009 1200 7,4 3,4 3,2 3,3
2009 1230 7,1 4,1 3,7 352,4
2009 1300 7,6 3,8 3,4 14,7
2009 1430 7,0 3,2 3,0 20,2
2009 1530 6,8 3,2 3,0 39,2
2009 1700 7,3 3,6 3,4 47,4
2009 1730 7,3 3,4 3,2 42,4
2009 1100 6,7 3,4 3,1 345,7
2009 1130 8,0 4,2 3,8 349,3
2009 1200 7,1 3,7 3,3 344,3
2009 1230 9,1 3,8 3,5 349,0
2009 1300 7,4 3,9 3,5 338,4
2009 1830 9,1 4,0 3,7 13,1
2009 1900 7,7 3,7 3,5 6,0
2009 1730 7,4 4,1 4,0 41,2
2009 1330 7,3 4,2 3,9 77,9
2009 1400 7,9 4,5 4,3 86,3
2009 1430 8,6 4,5 4,3 91,4
2009 1500 8,3 4,5 4,2 80,4
2009 1530 7,6 4,5 4,3 86,8
2009 1600 8,5 4,3 4,1 79,2
2009 1630 7,4 4,4 4,1 81,1
2009 1030 7,6 4,2 3,9 79,2
2009 1130 7,4 4,1 3,8 72,1
2009 1200 8,0 4,2 3,8 79,5
2009 1230 7,7 4,3 3,8 79,1
2009 1300 8,5 4,5 4,1 63,3
2009 1330 7,4 4,4 4,1 73,2
2009 1400 7,1 4,1 3,8 87,2
2009 1500 7,4 4,1 3,8 78,3
2009 1530 7,0 4,4 4,2 66,8
2009 1600 7,1 4,4 4,1 75,1
2009 1400 7,0 4,6 4,4 101,7
2009 1430 7,3 4,2 3,9 69,7
2009 1500 7,1 4,3 4,0 100,5
2009 1530 6,7 4,3 4,0 82,6
2009 1230 7,9 4,1 3,8 73,0
2009 1530 7,7 4,4 4,1 37,8
2009 1600 8,3 4,2 4,0 43,2
2009 1630 7,7 4,2 4,0 46,7
2009 1700 8,0 4,2 4,0 40,1
55

2009 1430 7,4 4,1 3,9 44,9


2009 1500 7,9 4,1 3,9 41,8
2009 1600 7,6 4,4 4,1 41,0
2009 1630 8,5 4,6 4,4 36,3
2009 1000 8,3 4,6 4,3 2,5
2009 1200 7,9 4,2 3,9 354,2
2009 1230 8,5 4,2 3,8 350,4
2009 1330 7,9 4,2 3,8 350,9
2009 1530 8,2 4,2 3,9 32,0
2009 1600 8,3 4,4 4,2 36,7
2009 1630 8,5 4,6 4,3 36,4
2009 1700 7,6 4,3 4,1 38,9
2009 930 7,9 4,1 3,8 3,4
2009 1030 9,2 4,5 4,2 1,0
2010 830 7,4 3,6 3,3 348,7
2010 900 7,1 3,3 3,1 355,1
2010 1000 8,2 4,2 3,8 3,3
2010 1030 7,7 4,1 3,7 0,1
2010 1100 8,5 4,1 3,7 11,7
2010 1130 7,6 4,1 3,7 7,6
2010 1200 9,1 4,7 4,4 28,0
2010 1230 7,9 4,9 4,6 16,3
2010 1300 9,4 4,3 4,0 21,8
2010 1330 8,9 4,9 4,7 28,8
2010 1400 9,2 5,4 5,0 27,0
2010 1430 8,9 4,5 4,2 33,4
2010 1500 9,7 5,2 4,8 27,9
2010 1530 10,4 5,5 5,1 35,3
2010 1600 9,4 5,2 5,0 39,8
2010 1630 9,2 4,6 4,4 38,6
2010 1700 8,9 4,6 4,3 31,9
2010 1730 8,5 4,7 4,4 30,4
2010 1800 8,2 4,1 3,9 27,2
2010 800 5,9 3,4 3,2 17,2
2010 1100 6,8 3,2 2,8 96,7
2010 1130 7,6 4,0 3,7 104,3
2010 1200 6,8 4,2 3,8 88,2
2010 1230 7,9 4,1 3,8 84,8
2010 1300 7,0 4,5 4,2 74,1
2010 1330 8,0 4,2 3,7 56,5
2010 1400 8,2 3,6 3,2 66,3
2010 1430 8,0 4,4 3,9 59,1
2010 1500 7,3 4,6 4,2 68,9
2010 1530 8,5 5,1 4,8 79,1
2010 1600 8,0 4,9 4,7 78,4
2010 1630 9,1 5,5 5,3 69,2
56

2010 1700 8,8 5,1 4,9 71,8


2010 1730 8,0 4,3 4,1 72,2
2010 1830 5,8 3,2 3,1 68,9
2010 1300 6,8 3,6 3,4 71,2
2010 1330 6,4 3,9 3,6 85,0
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2010 1430 7,3 4,4 4,1 78,2
2010 1500 7,9 4,7 4,5 71,9
2010 1530 8,0 4,5 4,2 70,4
2010 1600 7,6 4,5 4,3 81,1
2010 1630 7,4 4,4 4,3 80,2
2010 1700 7,0 3,7 3,6 72,5
2010 1730 5,3 3,2 3,1 66,7
2010 1130 6,4 3,6 3,3 4,7
2010 1400 7,7 3,9 3,6 92,5
2010 1430 8,6 4,7 4,4 86,3
2010 1500 8,0 4,6 4,3 82,6
2010 1530 8,0 4,3 4,1 81,2
2010 1600 7,6 4,5 4,3 74,7
2010 1630 7,9 4,1 3,9 71,1
2010 1700 6,4 3,8 3,7 69,4
2010 1730 7,0 4,0 3,8 48,9
2010 1030 7,9 4,1 3,8 351,4
2010 1100 7,4 4,1 3,7 1,6
2010 1130 7,3 3,9 3,5 5,7
2010 1200 7,7 3,8 3,3 1,7
2010 1230 7,3 3,6 3,1 354,1
2010 1330 7,7 3,4 3,0 3,4
2011 930 6,7 3,2 3,0 2,6
2011 1000 7,4 3,4 3,3 6,7
2011 1100 7,4 4,2 4,0 10,4
2011 1130 8,0 3,5 3,2 14,8
2011 1200 6,8 3,8 3,6 12,7
2011 1230 7,3 4,2 4,0 5,7
2011 1300 7,0 3,6 3,3 37,3
2011 1330 8,2 4,2 4,0 21,3
2011 1400 8,0 4,1 3,9 27,5
2011 1430 8,6 4,7 4,5 29,0
2011 1500 9,2 4,7 4,5 23,5
2011 1530 7,9 4,9 4,7 26,2
2011 1600 7,9 3,9 3,8 26,4
2011 930 8,6 3,4 3,1 10,5
2011 1030 6,8 3,2 2,9 354,2
2011 1100 8,0 3,7 3,4 355,2
2011 1130 8,9 4,1 3,9 5,7
2011 1200 7,0 3,4 3,2 14,8
57

2011 1230 7,3 3,9 3,6 16,9


2011 1300 7,6 4,0 3,8 23,1
2011 1330 7,1 3,5 3,2 16,3
2011 1400 7,6 3,8 3,6 21,8
2011 1430 7,3 4,0 3,8 27,7
2011 1500 6,5 3,5 3,4 24,3
2011 1530 6,7 3,3 3,2 31,7
2011 1600 7,1 3,3 3,2 41,0
2011 1630 6,7 3,2 3,1 34,3
2011 930 6,7 3,3 3,0 346,8
2011 1030 8,2 3,9 3,6 349,9
2011 1100 7,3 3,8 3,5 359,0
2011 1130 8,0 4,4 4,1 29,6
2011 1200 8,8 5,1 4,9 29,1
2011 1230 9,5 5,0 4,8 19,4
2011 1300 10,1 4,6 4,4 20,2
2011 1330 8,6 4,3 4,1 18,6
2011 1400 7,6 3,9 3,6 16,0
2011 1430 8,5 4,0 3,8 12,7
2011 1500 10,7 4,9 4,4 5,8
2011 1700 7,7 3,8 3,6 26,7
2011 830 10,0 4,5 4,4 16,5
2011 930 6,7 3,4 3,2 8,5
2011 1130 7,4 3,3 3,1 25,1
2011 1200 8,9 3,9 3,7 30,6
2011 1230 7,4 3,8 3,6 31,1
2011 1300 8,0 3,8 3,5 32,2
2011 1400 8,8 4,0 3,8 30,3
2011 1430 6,8 3,8 3,6 30,1
2011 930 5,8 3,2 3,1 19,2
2011 1130 6,5 3,7 3,5 82,3
2011 1230 6,5 3,3 3,0 87,1
2012 830 9,1 4,2 3,8 274,5
2012 900 8,3 3,8 2,8 304,2
2012 930 8,5 3,7 3,0 253,7
2012 1830 7,3 4,0 3,8 354,2
2012 1900 6,1 3,4 3,3 351,8
2012 730 6,2 3,2 3,0 338,8
2012 900 7,3 3,5 3,1 358,6
2012 930 7,6 3,8 3,1 43,0
2012 1000 9,1 3,8 3,6 6,0
2012 1700 6,7 3,3 3,3 296,9
2012 900 6,7 3,3 3,0 269,7
2012 930 9,8 4,2 4,0 276,0
2012 1000 8,5 3,5 3,2 303,5
2012 1630 7,3 3,4 3,3 357,9
58

2012 1630 7,4 4,2 4,0 13,0


2012 1300 6,8 4,1 3,8 341,8
2012 1300 8,3 4,2 4,0 323,5
2012 1330 7,3 4,3 4,0 338,0
2012 1400 7,7 4,1 3,8 338,3
2012 1430 8,0 4,2 3,9 340,9
2012 1500 7,6 4,1 3,8 342,4
2012 1530 8,0 4,3 4,0 341,8
2012 1600 8,3 4,7 4,4 348,0
2012 1630 8,3 4,8 4,5 343,2
2012 1700 8,2 4,6 4,3 338,7
2012 1500 8,2 4,3 4,1 8,5
2012 1530 8,2 4,3 4,0 359,4
2012 1600 7,9 4,1 3,9 358,1
2012 1330 8,5 4,3 4,0 354,4
2012 1400 7,4 4,5 4,3 339,5
2012 1430 9,2 4,2 4,0 345,4
2012 1400 7,4 4,1 3,8 36,7
2012 1430 7,1 4,1 3,9 39,3
2012 1530 7,9 4,4 4,1 27,1
2012 1530 7,0 4,2 3,9 23,5
2012 1600 7,1 4,4 4,1 33,5
2012 1500 8,9 4,3 4,0 74,3
2012 1530 8,2 4,8 4,2 44,0
2012 1600 8,9 4,3 4,1 18,2
2012 1630 8,3 4,2 3,9 12,8
2012 930 9,3 5,8 5,6 68,6
2012 1000 8,5 5,3 5,0 335,8
2012 1030 9,2 5,1 4,9 335,0
2012 1100 9,3 5,4 5,1 339,2
2012 1130 9,8 5,4 5,2 341,6
2012 1200 9,1 5,3 5,1 346,9
2012 1230 9,7 5,0 4,8 342,4
2012 1300 8,7 5,0 4,7 341,6
2012 1330 10,4 5,5 5,3 343,9
2012 1400 8,7 4,7 4,4 350,7
2013 1230 6,3 3,2 2,7 25,0
2013 1430 7,2 4,0 3,8 30,8
2013 1500 7,4 3,9 3,5 43,4
2013 1530 8,6 4,4 4,1 72,7
2013 1600 8,7 4,1 3,9 64,3
2013 1630 8,6 4,2 4,0 72,1
2013 1700 9,1 4,0 3,8 60,6
2013 1730 8,6 4,0 3,8 44,4
2013 1800 7,1 3,8 3,7 46,0
2013 1000 7,2 3,4 3,1 353,3
59

2013 1030 8,9 3,7 3,5 1,3


2013 1130 6,7 3,2 3,0 6,6
2013 1200 7,1 3,8 3,5 24,1
2013 1230 8,3 3,2 2,9 24,1
2013 1400 8,6 3,8 3,4 13,3
2013 1430 8,0 4,0 3,6 43,7
2013 1500 8,1 4,4 4,3 87,7
2013 1530 9,0 4,5 4,3 66,8
2013 1600 9,1 4,6 4,3 50,5
2013 1630 11,5 4,9 4,6 44,4
2013 1700 10,5 5,0 4,7 40,4
2013 1730 7,9 4,1 3,9 39,7
2013 1800 7,9 4,3 4,1 31,8
2013 1830 7,3 3,8 3,7 29,0
2013 1230 7,3 3,8 3,6 93,7
2013 1300 8,6 4,6 4,4 86,2
2013 1330 9,1 5,2 5,1 88,3
2013 1400 7,9 4,2 3,9 96,3
2013 1430 7,2 4,0 3,8 89,9
2013 1500 9,3 4,8 4,6 94,6
2013 1530 6,8 3,6 3,3 74,7
2013 1600 8,5 4,3 4,1 44,9
2013 1630 9,2 4,5 4,2 43,4
2013 1700 8,9 5,0 4,8 42,1
2013 1730 7,8 4,0 3,9 43,6
2013 1200 7,6 3,4 2,9 85,9
2013 1230 9,7 5,3 4,9 70,6
2013 1300 8,4 4,1 3,6 47,8
2013 1400 7,1 3,5 3,1 73,0
2013 1430 7,5 3,6 3,3 77,9
2013 1500 8,1 4,5 4,3 93,3
2013 1530 8,0 4,2 4,1 78,3
2013 1600 7,7 4,0 3,8 81,6
2013 1630 7,2 4,0 3,8 80,5
2013 1700 7,8 4,0 3,9 81,6
2013 1730 6,3 3,3 3,2 87,8
2013 1800 7,0 3,2 3,1 76,3
2013 1200 8,2 4,3 3,9 73,9
2013 1230 6,9 3,6 3,1 43,2
2013 1330 7,4 4,5 4,3 89,2
2014 700 7,2 3,8 3,7 1,1
2014 730 7,2 3,6 3,4 358,4
2014 800 8,9 3,7 3,5 349,7
2014 830 8,3 4,3 4,0 352,4
2014 900 8,9 3,9 3,6 348,3
2014 930 8,2 3,8 3,5 1,9
60

2014 1000 9,6 4,2 3,9 358,2


2014 1030 10,3 4,5 4,2 0,7
2014 1100 9,4 4,9 4,6 354,8
2014 1130 9,2 4,2 3,9 352,6
2014 1200 8,9 4,0 3,7 352,1
2014 1230 9,6 3,6 3,1 350,2
2014 1300 8,8 4,2 3,9 357,0
2014 1330 8,7 3,7 3,3 7,8
2014 1400 7,3 3,7 3,5 357,4
2014 1430 7,1 3,8 3,4 18,2
2014 1500 7,7 4,4 4,2 33,0
2014 1530 8,1 4,5 4,3 41,3
2014 1600 8,1 4,6 4,4 38,6
2014 1630 8,6 4,4 4,2 44,4
2014 1700 8,3 4,3 4,1 39,7
2014 1730 7,8 3,9 3,7 35,4
2014 1800 6,4 3,4 3,2 31,9
2014 1830 7,0 3,4 3,3 23,7
2014 1900 6,7 3,6 3,5 16,2
2014 800 8,7 3,7 3,5 351,7
2014 830 8,2 4,0 3,8 0,6
2014 900 8,7 3,7 3,4 351,5
2014 930 7,1 3,5 3,3 351,3
2014 1000 7,4 3,5 3,2 7,8
2014 1030 7,3 3,4 3,1 352,8
2014 1100 8,0 3,9 3,6 359,2
2014 1130 8,7 3,7 3,4 357,2
2014 1200 7,4 3,7 3,4 355,4
2014 1230 7,6 3,2 2,8 11,5
2014 1300 6,7 3,5 3,2 18,6
2014 1330 9,3 4,5 4,3 40,5
2014 1400 8,1 5,0 4,7 42,6
2014 1430 9,0 5,2 5,0 43,4
2014 1500 10,2 4,5 4,2 44,3
2014 1530 9,1 4,9 4,7 43,7
2014 1600 9,3 5,3 5,1 43,5
2014 1630 9,4 4,9 4,7 41,6
2014 1700 9,3 5,0 4,8 34,6
2014 1730 8,6 4,2 4,0 24,0
2014 1800 8,8 3,8 3,7 21,0
2014 1830 7,5 3,9 3,8 19,1
2014 1900 6,5 3,5 3,4 18,7
2014 800 7,7 3,3 3,0 357,4
2014 830 7,6 3,5 3,1 351,4
61

9. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

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