Direito Do Trabalho II - Tomo II
Direito Do Trabalho II - Tomo II
Direito Do Trabalho II - Tomo II
Direito do Trabalho
Maria do Rosrio Palma Ramalho
Tomo II
A situao jurdica do trabalhador no contrato de trabalho
1. Sequncia
Apresentado os contedos gerais e especiais tpicos do contrato de
trabalho, cabe-nos agora apreciar o contedo das situaes
juslaborais do trabalhador e do empregador, que resultam da
celebrao do contrato de trabalho.
A situao juslaboral do trabalhador decorrente do contrato de
trabalho pode delimitar-se por uma conjugao de critrios: um
critrio objectivo, que permite identificar a prestao de trabalho e os
deveres acessrios; um critrio hierrquico, que permite situar o
trabalhador na organizao do empregador; um critrio geogrfico,
que identifica a rea de execuo da prestao do trabalho; e um
critrio temporal, que fixa os limites e as condies de tempo nas
quais o trabalhador deve desenvolver a sua prestao.
A anlise da situao jurdica do trabalhador no contrato de trabalho
envolve o estudo de quadro grandes grupos de matrias:
As matrias relativas actividade laboral e aos deveres
acessrios do trabalhador;
As matrias relativas ao posicionamento do trabalhador no seio
da organizao do empregador;
As matrias relativas ao local de trabalho;
As matrias relativas ao tempo de trabalho e aos tempos de
no trabalho.
1
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
2
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
1 A ttulo exemplificativo
3
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
4
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
a) Dever de lealdade
Este dever (128./1/f)) , a par do dever de obedincia, o mais
importante dos deveres acessrios do trabalhador. O reconhecimento
da importncia deste dever compatvel com a recusa das
concepes comunitrio-pessoais do vnculo laboral e com uma viso
patrimonial do contrato de trabalho, ainda que, no que toca ao dever
de lealdade, o seu significado particular no vnculo laboral decorre
dos elementos de pessoalidade e de insero organizacional deste
vnculo.
O dever de lealdade surge com a celebrao do contrato de trabalho
e mantm-se ao longo da respectiva execuo, incluindo as situaes
de no prestao da actividade de trabalho, seja em sede de
execuo normal do contrato, seja em situaes de suspenso do
contrato. 4
Ao dever de lealdade deve ser reconhecida uma dimenso restrita e
uma dimenso ampla. A dimenso restrita (128./1/f)) este dever
concretiza-se essencialmente no dever de no concorrncia e no
dever de sigilo:
O dever de no concorrncia veda ao trabalhador a negociao,
por conta prpria ou alheia, nas reas em que possa concorrer
com a actividade desenvolvida para o seu empregador. O dever
de lealdade impe restries liberdade que assiste ao
trabalhador de exercer outra actividade profissional fora do
tempo de trabalho passado na empresa, pelo que s haver
incumprimento deste dever quando se observe uma efectiva
concorrncia entre as duas actividades em questo.
O dever de sigilo impe ao trabalhador que guarde segredo
sobre as informaes de que disponha referentes
organizao, aos negcios, aos clientes ou aos mtodos de
produo da empresa. A extenso e a intensidade deste dever
dependem do tipo de actividade desenvolvida pelo trabalhador,
da natureza do cargo que ocupa na empresa e no grau de
confiana que o empregador nele deposita. O dever de sigilo
limita o direito do trabalhador liberdade de expresso na
empresa, expresso no art 14. CT.
O dever de lealdade dotado de ps-eficcia pois o trabalhador
continua obrigado ao sigilo aps a cessao do seu contrato de
trabalho e porque so admitidos pactos de no concorrncia para o
tempo subsequente cessao do contrato, ainda que sujeitos a
limites temporais (136./2 CT).
6
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
5 Art 126./2 1. P CT
7
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
8
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
7 41. CRP
9
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
10
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
11
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
12
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
14
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
15
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
3. O local de trabalho
1. Determinao e relevncia do local de trabalho; o princpio
da inamovibilidade
Numa primeira aproximao ao conceito de local de trabalho, dir-se-
que ele corresponde ao lugar fsico de cumprimento da prestao do
trabalhador, o que habitualmente coincide com as instalaes da
empresa ou com o estabelecimento do empregador.
No contrato de trabalho o local de desenvolvimento da actividade
laboral um aspecto da maior relevncia, tanto para o empregador
como para o trabalhador. Temos que atender ao seguinte:
O local de trabalho pode ser um dos mais seguros indcios da
subordinao jurdica
O local de trabalho manifesta fisicamente a situao de
disponibilidade do trabalhador perante o empregador
O local de trabalho constitui um dos elementos negociais mais
importantes para o trabalhador
O local de trabalho um elemento relevante para a aplicao
de mltiplos regimes laborais
16
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
17
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
18
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
19
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
20
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
21
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
22
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
23
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
24
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
25
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
26
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
27
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
28
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
29
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
30
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
31
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
32
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
33
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
34
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
35
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
36
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
37
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
39
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
40
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
41
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
42
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
43
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
44
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
45
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
46
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
47
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
48
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
49
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
50
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
51
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
52
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
53
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
54
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
55
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
56
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
57
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
58
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
59
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
60
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
61
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
63
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
64
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
65
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
66
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
67
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
68
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
Esta matria encontra-se regulada nos arts 288. a 293. CT. Trata-se
de uma vicissitude modificativa do negcio laboral, porque
corresponde a uma alterao estvel, ainda que temporria, do seu
contedo.
A noo legal de cedncia encontra-se no art 288. CT e permite
identificar os seguintes elementos essenciais:
Do ponto de vista do contedo e do objectivo que
prossegue, a cedncia ocasional um mecanismo de
disponibilizao de um trabalhador pelo seu empregador a uma
outra entidade, em cuja organizao o trabalhador passa a
desenvolver a sua actividade;
Do ponto de vista das condies subjectivas e objectivas
a que obedece, a cedncia ocasional s pode abranger os
trabalhadores com contrato de trabalho por tempo
indeterminado e tem de revestir natureza eventual e ter de ser
temporria.
Do ponto de vista da situao jurdica do trabalhador
durante a cedncia ocasional, ele mantm o vnculo
contratual com o empregador cedente mas observa-se uma
repartio dos poderes laborais, com a atribuio do poder
directivo entidade cessionria, no seio da qual o trabalhador
inserido, e a manuteno do poder disciplinar na titularidade do
cedente, uma vez que este o empregador.
69
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
70
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
71
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
72
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
actividade laboral pelo trabalhador, por facto que lhe respeite. Temos
as seguintes condies:
A existncia de um impedimento temporrio do trabalhador de
prestao de actividade laboral (296./1).
O impedimento do trabalhador deve ser temporrio mas
prolongado no tempo, ou seja, que estenda por mais de um
ms.
A impossibilidade de prestao do trabalho tem que ficar a
dever-se a um facto no imputvel ao trabalhador.
O art 297. estabelece o dever de o trabalhador se apresentar na
empresa no dia imediato cessao do impedimento, sob pena de
incorrer no regime de faltas injustificadas.
2.2. Licenas
uma matria que se encontra regulada nos arts 317. e ss CT.
Temos as seguintes categorias de licenas:
Licenas sem retribuio em geral
Licenas sem retribuio para frequncia de cursos de formao
profissional
Licenas no contexto da maternidade, paternidade e assistncia
famlia
A suspenso do contrato de trabalho pode ocorrer a pedido do
trabalhador, e por acordo com o empregador: a licena sem
retribuio, prevista no art 317./1 CT. Dependendo esta licena do
acordo do empregador, ela pode fundar-se em qualquer motivo e o
empregador pode recusar a sua concesso, se assim o entender, ou
sujeit-la a condies materiais ou temporais, nos termos gerais da
autonomia privada.
As licenas sem retribuio de objectivo formativo configuram um
direito do trabalhador, na medida em que o empregador apenas pode
recusar a respectiva concesso nos casos que se encontram previstos
no n. 3 do art 317. CT. A estas licenas aplicvel o regime do
295. CT.
As ltimas licenas encontram-se regidas nos arts 35. e ss CT.
2.3. Pr-reforma
A pr-reforma corresponde a uma situao de reduo da prestao
de trabalho ou de suspenso do contrato de trabalho determinada por
acordo entre o trabalhador, com idade igual ou superior a 55 anos, e
o empregador, para vigorar durante um determinado perodo e
durante a qual o trabalhador aufere uma prestao pecuniria mensal
a cargo do empregador.
73
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
74
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
75
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
76
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
77
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
78
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
por razes econmicas, como por razes de paz social e ainda razes
jurdicas: do ponto de vista econmico, a tutela do trabalhador
subordinado na cessao do contrato justifica-se pelo facto de o
trabalhador depender dos rendimentos do trabalho para a sua
sobrevivncia pessoal e para a subsistncia dos seus dependentes,
para alm de se justificar pelas vantagens econmicas gerais que
decorrem de um mercado de emprego dotado de estabilidade. Do
ponto de vista social, esta tutela justifica-se pelo facto de um
ambiente de elevada instabilidade nos postos de trabalho pr em
perigo a paz social. De um ponto de vista jurdico, a tutela do
trabalhador na cessao do seu vnculo justifica-se na debilidade
negocial do trabalhador perante o empregador.
A concepo do princpio da segurana no emprego tem implcito um
entendimento restrito do conceito de justa causa, para efeitos da
norma constitucional, que corresponde concepo sufragada pela
jurisprudncia constitucional em apreciao do conceito. O
despedimento ser sem justa causa quando seja arbitrrio ou
imotivado, porque no tem fundamento disciplinar ou porque se
baseia em motivos polticos ideolgicos.
79
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
Nos termos dos arts 340./a) e 343. CT, o contrato de trabalho pode
cessar por caducidade, nos termos gerais do direito. O art 343.
enuncia as situaes especficas de caducidade do contrato:
80
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
81
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
82
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
83
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
84
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
26 So cumulativos
85
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
86
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
87
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
88
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
89
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
90
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
91
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
92
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
4. Despedimento colectivo
1. Aspectos gerais
O despedimento do trabalhador pode fundar-se em motivos
objectivos, ligados impossibilidade de o empregador continuar a
receber a prestao laboral e a cumprir os deveres remuneratrios.
Temos trs modalidades de despedimento:
O despedimento colectivo, cujo objectivo o encerramento de
uma ou de vrias seces ou estabelecimentos da empresa, ou
a reduo de pessoal da mesma, por motivos de mercado,
estruturais ou tecnolgicos (340./d) e 359. e ss)
O despedimento por extino do posto de trabalho, motivado
em razes econmicas, de mercado, estruturais ou tecnolgicas
(340./c) e 367. e ss)
O despedimento por inadaptao, motivado pela inadequao
superveniente do trabalhador ao posto de trabalho, modificado
no decurso do seu contrato (340./f) e 373. e ss).
A cessao do contrato justificada em motivos que no so
imputveis ao trabalhador a ttulo de culpa mas que tornam inexigvel
ao empregador a manuteno do vnculo.
O despedimento colectivo tem a especial vocao para fazer face a
uma situao de crise na empresa, cuja ultrapassagem passe pela
sua restruturao, bem como para prosseguir objectivos empresariais
de reorientao estratgica ou de mercado.
2. Configurao e fundamentos do despedimento colectivo
O despedimento colectivo pode ter lugar nas condies prevista no
art 359./1 CT. Temos que atender ao seguinte:
93
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
94
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
95
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
96
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
98
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
30 O nmero 2 exemplificativo
99
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
100
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
101
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
A ausncia que aqui se refere tem que ser configurada como uma
ausncia injustificada. O art 403./2 estabelece uma presuno de
abandono do trabalho, quando a ausncia do trabalhador se
prolongue por um perodo superior a 10 dias teis seguidos, sem que
o empregador tenha sido informado sobre o motivo da ausncia. Esta
presuno pode ser ilidida pelo trabalhador nos termos do 403./4 CT.
Uma vez verificada esta situao, a cessao do contrato por ela
justificada passa ainda por um procedimento a promover pelo
empregador. O empregador deve enviar uma comunicao escrita e
registada com aviso de recepo para a ltima morada conhecida do
trabalhador, na qual declare que considera o contrato cessada por
abandono (403./3).
Os efeitos desta forma de cessao do contrato encontram-se no art
403./5 CT.
102
Reg.Maria do Rosrio Palma Ramalho | Mnica Borges
O grau
103