Capitulo 4
Capitulo 4
Capitulo 4
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Engenharia de Telecomunicaes
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Engenharia de Telecomunicaes
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Engenharia de Telecomunicaes
Figura 4.7 - Cpia da carta patente de Armstrong depositada em 1918 no Escritrio Nacional de
propriedade industrial (Brev N.407.057).
AM AGC
antena
f FI
conversor
f
udio m Som
Detetor trafo
RF MIXER FI envelope
fc AF
Demodulador
Si FTE
nt
on
ia ~ Osc. Local
f ol
Figura 4.8 - Esquema de um receptor superheterdino AM.
A FI dos sistemas AM aumentou de 42 kHz (valor inicial proposto por Armstrong) para 175 kHz e
em 1938 foi adotado o valor atual de 455 kHz pela Associao precursora do EIA (Electronic
Industries Associations).
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Antes de analisar cada um dos blocos do receptor, convm estudar duas formas de
interferncia entre estaes: o canal adjacente e o canal imagem.
Para uma dada estao operando com freqncia de portadora fC, chama-se canal adjacente
a qualquer outra estao cuja portadora tenha freqncia prxima a fC (conceito qualitativo). Muitas
vezes h interferncia no sinal demodulado devido ao canal adjacente, pois os filtros utilizados no
so ideais.
Canal Imagem
A freqncia imagem de uma freqncia fC corresponde freqncia localizada
simetricamente com relao ao oscilador local.
ESPELHO
PLANO
f
f f f
OL IM
c
f FI f
FI
Figura 4.11 - A freqncia Imagem: fIM a imagem de fc.
A seo de RF constituda de um circuito sintonizado conectado aos terminais de antena
para selecionar a faixa de freqncias desejada e rejeitar sinais indesejveis. O filtro sintonizado
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na freqncia da portadora da estao que se deseja captar. Esta seo responsvel pela rejeio
da freqncia imagem, uma vez que os estgios posteriores no a diferenciam da freqncia da
estao. Ela pode ou no incluir um amplificador de RF, normalmente de baixo rudo. O ideal seria
uma banda passante correspondente aquela necessria ao sinal AM, ou seja, 10 kHz. Entretanto,
para cada nova estao sintonizada, o filtro desloca-os no espectro. Em AM comercial adota-se
uma banda passante tipicamente 10 kHz<BRF< 900 kHz. Assim, a seletividade baixa nesta etapa,
mas deve ser suficiente para uma boa rejeio da freqncia imagem.
Figura 4.13 - Capacitor dupla seo com placas paralelas, usado em muitos receptores e trimmers para
juste fino.
O misturador empregado nos receptores um conversor para baixo. A freqncia do
oscilador local varia de acordo com a estao sintonizada, de modo a manter a sada sempre em
uma faixa de freqncia fixa (independente da estao captada). Qualquer portadora fc sintonizada
deslocada para uma freqncia fFI, chamada freqncia intermediria. A nova freqncia de
operao, fFI, situa-se entre as freqncias de udio e a freqncia da portadora, isto , fM<fFI<fC.
Para obter-se uma freqncia fixa fFI na sada, a freqncia do oscilador local pode ser
escolhida acima ou abaixo da portadora:
fOL=fc+fFI acima da portadora,
fOL=fc-fFI abaixo da portadora.
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Por razes prticas, optou-se pelo uso da freqncia do oscilador local acima da portadora
fOL=fc+fFI. Admitindo uma freqncia intermediria fFI=455 kHz na faixa de AM ondas mdias 540
kHz fc 1.600 kHz, verifica-se que a faixa de freqncias que deve ser gerada no oscilador local
:
955 k fOL 2.055 kHz oscilador acima da portadora
85 k f'OL 1.145 kHz oscilador abaixo da portadora.
No primeiro caso, a razo entre as freqncias 2:1 e no segundo caso de 13:1. Em
conseqncia, optou-se trabalhar acima da portadora, pois muito mais simples a implementao
com capacitor varivel.
O sinal da estao sintonizada com seu espectro transladado pelo misturador para a faixa de
FI, qualquer que seja a estao captada. No estgio de FI so usados amplificadores de FI com
ganho bem superior aquele da seo de RF e freqentemente empregam-se dois ou trs estgios de
amplificao de FI. Praticamente todo o ganho do receptor obtido nesta seo. Estes
amplificadores operam sempre na mesma faixa de freqncias e fornecem quase toda a seletividade
do receptor. Para sinais de udio a banda passante cerca de BFI=10 kHz, de forma que a rejeio
ao canal adjacente realizada nesta etapa.
A escolha do valor da FI usualmente atende um compromisso de, entre outros fatores:
a) Baixa FI implica em pobre rejeio a freqncia Imagem,
b) Alta FI implica em pior rejeio no canal adjacente,
c) A FI no deve cair na faixa de sintonia.
Para radiodifuso AM comercial, o valor mais usado para a FI em todo o mundo fFI=455
kHz. Os valores tpicos para FI em receptores superheterdinos so apresentados na tabela
seguinte. Alm de AM, apresentam-se valores tpicos para a CB (Citizen Band) Faixa do Cidado
que opera em 11 m, transceptores SSB em VHF, a FM radiodifuso comercial, em TV comercial,
transmisses em microondas SHF e sistemas de TV por satlite (DBS) com recepo em antenas
parablicas.
229
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para AGC
D
C2
FI R t
C R2
AF
O controle automtico de ganho (AGC) necessrio para variar o ganho total do receptor,
de acordo com a intensidade do sinal recebido.
Para sintonizar estaes de diferentes potncias e com diferentes distncias ao receptor,
existe um srio problema no uso de um ganho total fixo para o receptor. Se for escolhido um ganho
muito alto de modo a possibilitar ouvirem-se estaes bastante fracas, este ganho ser excessivo
para estaes com sinais fortes e ir saturar os amplificadores. Se, ao contrrio, o ganho total for
pequeno, estaes com sistemas fracos no podero ser escutadas. A soluo adotada para
solucionar este problema o uso do AGC.
Na deteco de envoltria, observou-se que a sada demodulada contm um termo que
corresponde amplitude da portadora no estgio de FI. Assim, o nvel dc menos elevado para
estaes com sinais fracos e mais elevado em caso de estaes fortes. Os ganhos nos estgios de
RF e FI (usualmente FI) podem ser controlados de acordo com o valor dc obtido, reduzindo tanto
mais o ganho total quanto mais forte for o sinal recebido. Isto se conhece como AGC simples e
implementado apenas com um RC passa-baixa (e.g. 10 dB de variao de ganho. O capacitor
empregado invariavelmente eletroltico devido a alta capacitncia).
O sinal realimentado pelo AGC simples reduz o ganho do amplificador de FI, sendo a
reduo tanto maior quanto mais forte a intensidade do sinal que chega ao receptor. Infelizmente,
os sinais fracos tambm no escapam desta reduo de ganho. Uma maneira de contornar este fato
atravs do uso de outro tipo de AGC mais sofisticado, conhecido como AGC de retardo. O
circuito correspondente mostrado na Fig. 4.15. O diodo D1 realiza a deteco de envoltria e
fornece o sinal demodulado em AF. Outro diodo D2 usado para realizar outra deteco de
envoltria do sinal de FI, visando obter o nvel dc utilizado pelo AGC. Usa-se sempre esta
configurao em receptores de TV.
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+V
D
C R
FI L C
C2
C R R2 AF
Figura 4.15 - AGC com retardo. O nvel do retardo ajustado via potencimetro.
A tenso positiva aplicada ao ctodo do diodo de AGC evita a sua conduo at que um nvel pr-
determinado do sinal de FI tenha sido alcanado. O controle deste nvel feito pelo ajuste do
potencimetro. Assim, quando estaes fracas so recebidas, o controle do AGC no atua, pois o
diodo D2 permanece cortado. Somente a partir de certa intensidade do sinal recebido na antena
que o AGC comea a atuar. O ganho total s reduzido para estaes suficientemente fortes, de
forma que o uso de um diodo de AGC proporciona uma melhoria sensvel na recepo de estaes
fracas.
Figura 4.16 - Operao de diferentes tipos de AGC: AGC simples e com retardo.
Aps o sinal AM ser demodulado pelo detector de envelope, o sinal de udio deve ter seu
nvel de potncia elevado para valores adequados. muito comum o uso de um pr-amplificador
de udio nesta seo. A configurao mais empregada na etapa de amplificao de udio consiste
de um amplificador classe B operando em push-pull. A impedncia de sada do amplificador
usualmente da ordem de 800 , enquanto que tipicamente a impedncia de alto-falantes de 8 ,
da a necessidade do emprego de um transformador de sada para acopl-los.
Figura 4.17 - Exemplo de seo de AF: amplificador 800 mW com ganho 20 dB.
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Figura 4.19 - O receptor superheterdino AM simples: Esquema do receptor Texas, Natal de 1954:
o primeiro receptor transistorizado.
Figura 4.20 - (a) Primeiro rdio AM fabricado pela Phillips. (b) Major Edwin Howard Armstrong
(1890-1954) e o primeiro receptor porttil.
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freqncia intermediria. CG um capacitor varivel com duas sees e permite a variao conjunta
do estgio de RF e da freqncia do oscilador local. Atravs do transformador TR1 (transformador
de FI, ncleo ajustvel), o sinal convertido para FI aplicado no estgio amplificador de FI. A
amplificao realizada pelo transistor Q2 e a sada acoplada magneticamente ao estgio
demodulador. O diodo D e o circuito RC realizam a deteco de envoltria, sendo o sinal
demodulado aplicado a Q3. O capacitor CB bloqueia o nvel dc da envoltria recuperada
simultaneamente. O nvel dc deste sinal obtido pelo LPF R1C1 e atua como AGC, reduzindo o
ganho do amplificador de FI. O transistor Q3 um pr-amplificador de udio que fornece, atravs
de TR2, o sinal para o estgio de amplificao de udio. Este ltimo constitudo por um
amplificador classe B (Q4 e Q5 operando em push-pull). A sada amplificada acoplada ao alto-
falante atravs do transformador de sada TR3.
Ainda que estes receptores sejam antigos, esta a melhor forma para compreender o
funcionamento de rdioreceptores, pois as implementaes atuais so realizadas com CIs e as
sees so agrupadas.
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En
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(a)
(b)
Figura 4.24 - Construind
do Receptores AM (TRF) simples para Ondas Mdiias.
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Figura 4.25 - Receptor AM/FM em nico chip: configurao interna do CI TEA 5710 (T) Phillips
Components.
AM
RF
AGC
antena
conversor fFI
OM fm
udio Som
Detetor trafo
MIXER FI envelope
f c OC AF
Demodulador
FTE
Sin
to nia
~ ~
OM OC
f ol
Osc. Local
Figura 4.26 Diagrama de blocos de um receptor AM superhet com duas faixas de onda,
ondas mdias OM e ondas curtas OC.
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CB opera rdio emm faixa especfica e no requerido nenhum examme ou conhecimento para
obteno de prefixo, conttrariamente aos radioamadores. A legislao claassifica-os em categoria
aparte, assim como radio oamadores, que no aceitam, via de regra, seu parentesco com estes
operadores (ainda que stric
icto sensu haja uma diferena marcante, lato senssu ambos so parentes,
apesar do preconceito expxplcito da maioria dos radioamadores...). Valorres tpicos para a CB -
Citizen Band 11 m (27 m)), com 23 canais AM (ou 40 canais SSB) so desccritos.
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Figura 4.32 - Receptor CB AM- SSB 40 canais. Notar o boto voice lock para eliminao do erro de
sincronismo na demodulao (ajuste fino).
Alguns transceptores AM para voz na faixa do cidado (CB Citizen band), um tipo simples de
radioamador com licenciamento simplificado, adota a sntese de freqncias a partir de um banco
de osciladores de Xtal de quartzo (H transceptores disponveis usando PLL na sntese, vide
Captulo V). O receptor emprega duas FIs distintas, antes da demodulao AM via um detector de
envoltria clssico, conforme o esquema mostrado.
O rtulo XTAL dos cristais atuando para o transceptor operando no canal C, C=1,2,..., 23
240
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C
XTALSO (C ) = (receptor 1a FI)
4
XTAL RO (C ) = 6 + C mod( 4) + 4 C (mod 4 ), 0 S.O. (receptor 2a FI)
XTAL XO (C ) = 10 + C mod( 4) + 4 C (mod 4 ), 0 X.O. (transmissor).
XTAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
f (MHz) 37,60 37,65 37,70 37,75 37,80 37,85 10,18 10,17 10,16 10,14
_______________________________________________________________________________
Exerccio 18.
Calcule o valor das duas FIs e comente estes valores em funo do reaproveitamento de
transformadores de FI de outros receptores padres de radiodifuso.
Soluo. Em todos os casos, a primeira FI vale 10,7 MHz e a segunda FI vale 455 kHz, de modo
que os transformadores de FI manufaturados para rdios AM e FM comerciais podem ser
aproveitados na montagem do transceptor CB.
_______________________________________________________________________________
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FAIXA MHz
Faixa de 0,70 metros 430,000 - 440,000
Faixa de 1,3 metros 220,000 - 225,000
Faixa de 2 metros 144,000 - 148,000
Faixa de 3 metros 10,138 - 10,150
Faixa de 6 metros 50,000 - 54,000
Faixa de 10 metros 28,000 - 29,700
Faixa de 12 metros 24,890 - 24,990
Faixa de 15 metros 21,000 - 21,450
Faixa de 17 metros 18,068 - 18,168
Faixa de 20 metros 14,000 - 14,350
Faixa de 40 metros 7,000 - 7,300
Faixa de 80 metros 3,500 - 3,800
Faixa de 160 metros 1,800 - 1,850
Em sistemas com portadora ou com portadora piloto, um tipo de deteco muito usada a
homodina, que consiste essencialmente de uma deteco sncrona. Um filtro banda estreita usado
para extrair a portadora piloto, a qual amplificada e utilizada ao invs do oscilador local.
Em alguns sistemas prticos, esta portadora piloto empregada para sincronizar um
oscilador local usado na deteco do sinal.
AM-SC +
MOD. BAL.
+
piloto
OSC. LOC.
~
atenuador
Modulador LPF
Balanceado
NBPF
piloto A
242
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antena
RF Mod. LPF
Bal.
FTE
/2 PLL
Figura 4.37 Controle rem moto automotivo para abertura de portas. O modo de operao
superregenerativo devido ao
a baixo consumo de potncia, alm de usar poucoss componentes (dimenses
pequenas e de mais baixo cu
usto).
243
En
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Os sistemas de AM vm essporadicamente sofrendo pequenas modificaess. Alm de um
aumento na potncia mxima de an ntena, houve uma melhoria na resposta de freqncia, passando
para 50 Hz a 7 kHz, proporcionnando ganhos em termos de inteligibilidade, naturalidade e
reconhecimento do falante (CCITT 1987). Adicionalmente, o Dentel liberou, a parrtir de 1986, as
transmisses estereofnicas de radio
iodifuso AM no Brasil (hoje ANATEL- Agenccia Nacional de
Telecomunicaes). O sistema adotaado foi o C-QAM, padronizado pela Motorola (C Canad). Trata-
se de um sistema compatvel, i.e., que
q permite aos receptores AM convencionais a recuperao
r de
um sinal monofnico nas transmiisses estreo. O esquema baseado em mulltiplexao em
quadratura e recepo homodina com m portadora piloto.
244
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_______________________________________________________________________________
Exerccio 19.
Nota: Receptores fabricados pela NISSEI S/A Ind & Com
Visando verificar a aplicabilidade dos conhecimentos sobre modulao AM na compreenso do
funcionamento de receptores prticos, eis esquemas comerciais de receptores de rdio para a faixa
de radiodifuso em ondas mdias, eventualmente tambm em ondas curtas. Trata-se de aparelhos
antigos (dcadas 70-80), onde as sees so ainda implementadas separadamente com componentes
discretos ao invs de CIs. Procure identific-las atravs de blocos e comente os princpios de
funcionamento.
S1. Rdio porttil de bolso modelo RP-11 para OM (530 - 1630 kHz).
S2. Rdio porttil modelo RP-22 para OM e duas faixas de ondas curtas;
OC1 (3,15 - 6,30 MHz) e OC2 (5,85 - 12,32 MHz).
S3. Auto-rdio modelo AR-44M para ondas mdias (530 - 1630 kHz) e
trs faixas de ondas curtas:
62m (4,7-5,08 MHz), 49m (5,85-6,30 MHz), 31m (9,40-9,90 MHz).
S4. Rdio de mesa modelo RM-61 para ondas mdias e curtas nas faixas:
1 1
2
3
3
(A chave constituda por diversas sees deste tipo, acionadas por um nico controle)
245
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Figura 4.41 - Rdio porttil de bolso modelo RP-11 para OM (530 - 1630 kHz).
246
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Figura 4.42 - Rdio porttil modelo RP-22 para OM e duas faixas de ondas curtas;
OC1 (3,15 - 6,30 MHz) e OC2 (5,85 - 12,32 MHz).
247
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Figura 4.43 - Rdio porttil modelo RP-22 para OM e duas faixas de ondas curtas;
OC1 (3,15 - 6,30 MHz) e OC2 (5,85 - 12,32 MHz).
248
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Figura 4.44 - Rdio de mesa modelo RM-61 para ondas mdias e curtas.
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251
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A figura a seguir mostra um receptor usando CIs: o NE612 e o LM386, com alimentao 6 V,
trabalhando at 500 MHz de portadora. O receptor superhet, como na maioria das
implementaes. V-se que o NE612 corresponde a um mixer e oscilador local (entrada RF pinos
1,2; amplificador do oscilador no pino 6 e 7). O ajuste da freqncia do oscilador realizado no
tanque externo ligado aos pinos 6 e 7 o qual possui o capacitor varivel de sintonia. A sada j na
FI tomada nos pinos 4 e 5, que alimenta o transformados de FI (contendo tanque sintonizador). O
sinal filtrado (eliminados os canais adjacentes) vai ao detector de envoltria, constitudo pelo diodo
A121, C8 (100 pF) e R1 (470 k). O sinal dc bloqueado em C4 e o ajuste do volume realizado
pelo divisor de tenso no potencimetro P. O sinal de udio amplificado pelo LM386, cuja sada
alimenta o alto-falante.
(detalhe do CI NE612).
Figura 4.48 Implementao de rdio AM com Circuitos integrados at a freqncia 500 MHz.
Os pioneiros mais destacados em TV foram John Baird (UK), Philo Farnsworth (UK) e
Vladimir Zworykin (URSS, USA).
253
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PV
PS
6 MHz
Figura 4.51 - Espectro do sinal de TV em RF. Espectro detalhado. Filtro VSB.
Uma estratgia possvel para o receptor seria utilizar dois circuitos independentes para a
imagem e sons, separando estes sinais desde o estgio de RF. Por razes econmicas, em vez de
tratar-se isoladamente som e vdeo, preferiu-se adotar a estratgia do som entre as portadoras.
f (MHz)
41,25 45,75
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A condio AV>>AS obtida atravs da curva de resposta da FI, que atenua a portadora de
som em relao portadora de vdeo. Para verificar que o sinal de vdeo no se mistura com o som,
avalia-se o espectro R(w) da envoltria, verificando que ele contm o vdeo demodulado e um sinal
de FM centrado em 4,5 MHz com faixa 200 kHz e, portanto, no se superpe ao sinal de vdeo,
limitado em cerca de 4 MHz. Um circuito sintonizado em 4,5 extrai o som para o circuito de udio.
O amplificador de vdeo tem caracterstica LPF e atravs de um filtro sintonizado (notch BPF em
4,5 MHz com atenuao superior a 40 dB) chamado armadilha de som elimina o som.
Montagens tpicas e simples para armadilha de udio podem ser construdas via sintonizadors,
como indicado na Fig. 4.53c,d. Na armadilha srie, o circuito funciona como curto-circuito em 4,5
MHz. J na armadilha paralela, o circuito atua como circuito-aberto em 4,5 MHz.
R(w)
FI
PS
w (MHz)
f (MHz)
0 4 4,5 2 (a) 41,25 45,75 (b)
(c) (d)
Figura 4.53 - (a) Sinal aps detector de envelope e (b) Curva de resposta em freqncia na seo FI. (c)
armadilha de som em srie (d) armadilha de som em paralelo
256
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vertical
horizontal
circuitos de
deflexo
AT
+BT
TRAFO
FLY-BACK
Figura 4.554 - Receptor monocromtico de TV- som entre porrtadoras.
Figura 4.55 sa
ada do detector de envoltria para sistema som entrre portadoras.
N
Notar as quatro sadas aps deteco de envoltria.
A antena usada noormalmente do tipo Yagi (referncia a Hidetsuggu Yagi 1886-1976), que
apresenta alto ganho e direetividade (em funo do nmero de elementos). Ela E consiste de trs tipos
de elementos: Um elemennto ativo, normalmente sob a forma de dipolo dobrado, Um elemento
refletor, e diversos elemeentos diretores-- vide figura a seguir. Ganhos tpicos para 4, 9 e 13
elementos so 8, 13 e 15 dB,
d respectivamente. Uma informao relevante sobre a diretividade das
antenas Yagi obtida atravvs da largura do feixe (graus). Esta medida o ngulo entre os pontos de
3dB na caracterstica polaar do diagrama de irradiao. Valores tpicos parara a largura do feixe LF
correspondem LF=195,,9 .Y0,85 em que Y o nmero de elementos da antena. Assim Y=3
elementos apresenta largurra mais que 70; j Y=16 elementos tem-se menoss que 20.
http://radio.meteorr.free.fr/us/yagi_fm.html
http://www.educyppedia.be/electronics/antennayagi.html
http://bfn.org/~bn5589/antenna.html
257
Engenharia de Telecomunicaes
Refletor
Elemento ativo
/4
- /2
Elementos diretores
Figura 4.56 Antena Yagi com vrios elementos.
Figura 4.57 Diagrama de blocos de TV comercial, incluindo detalhes (e.g., linearidade, altura, CAF)
258
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jogo
de .... C
bobinas
contato
o deslizante
Figura 4.58 - Seletor de canais (aparelhos antigos) com contatoss mecnicos.
As colises dos eltrons com alta energia cintica no tubo fluorescente provocam
transies eletrnicas que envolvem orbitais internos, emitindo Raios X moles
m (de maior e fraco
poder de penetrao, e.g. =150 ou f=20.000 THz!). Os primeiros apar arelhos emitiam radiao
praticamente na faixa de Raios X duros, sendo extremamente perigososs, podendo causar danos
biolgicos.
O descobrimento dos raiosos X foi realizado por Wilhelm Conrad Rntgen em 1895 (prmio Nobel
de 1901). Os raios X prodduzidos no interior das ampolas so ondas eletrom
magnticas, um espectro
contnuo dentro na faixa de comprimento de onda entre 0,1 e 0,5 .
259
Engenharia de Telecomunicaes
nodo (+) eletrodo positivo. Pode ser fixo ou giratrio. Uma placa de tungstnio ou molibidnio
(10 a 15 mm23 mm de espessura) se localiza na face anterior do nodo, ao centro do tubo. Esta
chamada de alvo, o local que sofre impacto dos eltrons.
Quanto um potencial MAT (kvolts) aplicado entre o ctodo e o nodo, os eltrons so atrados
pelo nodo de tal maneira que eles se chocam no ponto focal. O nmero de eltrons controlado
pela temperatura do filamento do ctodo. O controle feito atravs do ajuste da corrente do
filamento com circuito de baixa tenso. Quanto maior o potencial, maior a energia cintica destes
eltrons => comprimentos de ondas mais curtos e de maior penetrao. (NOTA: Cerca de 99% da
energia cintica dos eltrons dissipada sob a forma de calor e 1% dela convertida em raios X.)
Figura 4.60 - Sistema simples para gerao de raios X. O principio o mesmo do TRC-TV.
H( f , 25)
H( f , 30)
1
H( f , 40)
0
42 44 46
f
260
Engenharia de Telecomunicaes
Cada canal de TV-VHF ocupa uma faixa de freqncias indicada, com banda de guarda de
250 kHz (alocao de freqncias- MHz):
Como o espaamento entre o canal 6 e 7 inclui a faixa de FM e outras aplicaes (vide nota
histrica sobre Armstrong e a alocao correta), existe uma separao: 6 e 7 no so vizinhos. (2 3
4 5 6) canais baixos; (7 8 9 10 11 12 13) canais altos.
Para evitar interferncias fortes em ambiente urbano devido ao canal adjacente, usualmente a
alocao de um canal de TV induz a no usar os vizinhos. As opes so:
{2 3 4 5 6 ou 2 3 4 5 6 } & {7 8 9 10 11 12 13 ou 7 8 9 10 11 12 13}
Objetivando usar a maior nmero de canais, seleciona-se usualmente: canais baixos pares e canais
altos mpares.
261
Engenharia de Telecomunicaes
aumenta substancialmente a largura de faixa. Lembrando que o sinal de udio (fm=4 kHz) banda
estreita e o de vdeo (fm=4 MHz) banda larga, conclui-se que, em termos de banda passante, a
transmisso de vdeo em FM resulta num pequeno nmero de canais (devido ao alto consumo
espectral). Adicionalmente, os efeitos da existncia de "trajetos mltiplos" (ver Captulo II),
freqentes no ambiente urbano, so diferentes para a AM e a FM. Para sinais AM, isto resulta na
presena de "fantasmas" na imagem (e.g., na passagem de um avio). Para sinais FM, a existncia
de ecos altera drasticamente o sinal, tornando a imagem irreconhecvel. A modulao VSB
apresenta caractersticas mais atrativas (e j era conhecida nos primrdios da TV) e foi selecionada
para o vdeo. Outro ponto importante que convm destacar o emprego crescente da "Teledifuso
direta via Satlite" (Satellite Direct Broadcast). interessante notar que na transmisso via satlite,
as condies so inteiramente diferentes: H muita banda disponvel (freqncias SHF) e inexistem
trajetos mltiplos; assim a FM pode ser adotada e no a modulao VSB. O padro NTSC VSB
com 6 MHz, som em FM foi fixado em 1941 [PRIT&OGA 1990].
262
Engenharia de Telecomunicaes
Figu
ura 4.64- Distores na varredura: Barril e almofad
da.
http://www.colorado.edu/pphysics/2000/applets/tubeB.html
http://www.microscopy.fsuu.edu/primer/java/video/videoscan/index.html
Tabela IV.6
I - Sistemas Adotados em Diferentes Pases paara TV.
PAS Sistema Adotaado
Alemanhaa (Repblica Federal) (*) PAL/B e PAL/
L/G
Alemanha (R Repblica Democrtica) (*) SECAM/B e SECAAM/G
Argenntina (Repblica da) PAL/N
Blgica (Reino da) PAL/B e PAL//M
Brasil (R
Repblica Federativa do) PAL/M
Canad NTSC/M
Chile NTSC/M
China ((Repblica Popular da) PAL/D
Corria (Repblica da) NTSC/M
Dinnamarca (Reino da) PAL/B e PAL/
L/G
Esspanha (Reino da) PAL/B e PAL/
L/G
EUA NTSC/M
Frana SECAM/L
Gr-Bettanha (Reino Unido da) PAL/I
Grcia SECAM/B e SECAAM/G
Itlia PAL/B e PAL/
L/G
Japo NTSC/M
Noruega PAL/B e PAL/
L/G
Pasess Baixos (Reino dos) PAL/B e PAL/
L/G
Peru NTSC/M
Uruguai PAL N
Paraguai PAL N
Portugal PAL/B e PAL/
L/G
Sucia PAL/B e PAL/
L/G
Suissa PAL/B e PAL/
L/G
URSS (*) SECAM/D
263
En
Engenharia de Telecomunicaes
PADRO I M N L
pases UK Brasil, Canad, Argentina, Paraguai, Franna
EUA Uruguai
Linhas/quadro 405 525 625 625
25
fh (kHz) 10,123 15,750 15,625 15,6625
fv (Hz) 50 60 50 500
fm (MHz) 3 4,2 4,2 6
PAL
China, Coria do Norte, Romnia (D/K), Inglaterra, Irlanda, Hong-Kong, frica do Sul, Angola,
Moambique (I), Toda Europa do nort rte e oeste (exceto Frana, Inglaterra e Grcia), Iugooslvia, Albnia,
Austrlia, Nova Zelndia, Libria, Isrrael, Kuwait, certos pases da sia (B/G), Brasil (M), Argentina,
Uruguai, Paraguai (N).
SECAM
Frana, Luxemburgo, Mnaco (L), UR RSS, Bulgria, Hungria, Polnia, Checoslovquia, Gabo,
G Togo etc.
(D/K), Ir, Iraque, Egito, Arbia Sauditaa, Lbano, Marrocos, Tunsia, RDA, Grcia, Chipre (B
B/G).
NTSC
EUA, Canad, Japo, Coria do Sul, Tw
wain, Filipinas, Amrica Latina (exceto PAL).
MIC AF
MOD.
FM
RF
~
circ. Portadora som
SYNC
VSB
AM-SC
AV FILTRO VSB
v((t) +
re staura dc MOD. H(w)
vd
deo BAL.
+
(lumin
ncia)
cosw vt
~
Portadora de vdeo
Figura 4.66 - Diagramaa para uma Estao de TV. Com portadora integraal.
264
Engenharia de Telecomunicaes
Figura 4.67 - Antena Yagi com trs elementos: Elemento central ativo (dipolo dobrado), elemento
refletor (maior) e elemento diretor (menor).
265
Engenharia de Telecomunicaes
Figura 4.70 - Entrada 75 requer balun externo antes da conexo do cabo da antena com o receptor
comercial de TV.
Detalhe de uma implementao para o balun interno pode ser apreciado na seguinte figura.
Os canais padronizados para TV possuem banda de 6 MHz/canal para alocar o sinal de vdeo
(VSB) e udio (FM estreo). O antigo canal 1 foi usado nos primeiros receptores de TV com
modulao AM e nico canal, usando um sistema diferente.
Uma das primeiras transmisses foi realizada pela estao de televiso experimental W2XBX, em
1946, da RCA, transmitindo testes com uma imagem esttica do Gato Flix, (coisas de
engenheiro...), personagem conhecido de desenhos animados [BRAGA 1990].
266
Engenharia de Telecomunicaes
Com a alocao de canais segundo o padro ainda hoje adotado, os (novos, na poca)
receptores VHF passaram a sintonizar os canais 2 a 13. A faixa correspondente ao canal 1 no foi
usada para no inviabilizar instantaneamente os antigos receptores, porm foi logo abandonada
definitivamente e realocada para outra aplicao.
A freqncia da borda esquerda de um canal C, tanto em VHF como em UHF, pode ser
determinada de acordo com a expresso:
42 + 6C 2 C 4
48 + 6C 5 C 6 ( faixa VHF)
f borda (C ) =
132 + 6C 7 C 13
386 + 6C 14 C 83 ( faixa UHF )
Por exemplo, para o canal 11, f borda (11) = 42 + 66 + 4 + 86 = 198 MHz e para o canal 16,
f borda (16 ) = 42 + 6 .16 + 4 + 86 + 254 = 482 MH z .
A localizao das portadoras de vdeo e de udio determinada ato contnuo via
f v (C ) = f borda (C ) + 1,25 MHz e f s (C ) = f borda (C ) + 5,75 MHz.
Alocando-se canais em uma cidade evitando utilizar estaes vizinhas em operao (para
combater interferncia do canal adjacente) resulta nas seguintes possibilidades:
Canais baixos Canais altos
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
X X X X X X X
X X X X X
Assim, a configurao mais favorvel consiste em atribuir canais baixos pares e canais altos
mpares!
267
Engenharia de Telecomunicaes
( a)
(b)
Figura 4.74 - (a) Detalhe do transformador fly-back (obteno da muito alta tenso MAT e das tenses
+BT de polarizao). (b) Circuito Yoke para a deflexo eletromagntica do feixe de eltrons no tubo de
raios catdicos: Equivalente eltrico e fotografia.
Segue diversos esquemas comerciais de TV, para anlise e identificao dos componentes.
268
Engenharia de Telecomunicaes
Figura 4.75 - Esquema de TV valvulada fabricada pela ABC Rdio e Televiso (Recife).
Um excelente receptor.
269
Engenharia de Telecomunicaes
270
Engenharia de Telecomunicaes
271
Engenharia de Telecomunicaes
A alternativa mais comum ao tubo de raios catdicos (TRC) o display de cristal lquido (LCD).
O termo cristal lquido descreve uma fase intermediria e difusa entre uma estrutura lquida e uma
estrutura molecular similar a cristais, co-existentes dentro de uma soluo. Solues de surfatante
em concentraes muito altas (muito maior do que a CMC) apresentam empacotamento
praticamente hexagonais. Esta fase contm micelas do tipo bastonetes, aleatoriamente orientadas e
separadas do restante da soluo (fase intermediria). Um aumento adicional na concentrao do
surfactante separa uma segunda fase de transio, e o surfactante separa-se da soluo (fase
lamelar). Esses dois estados, ou seja, o intermedirio e o lamelar, so estados de lquido cristalino
ambos referidos como cristais lquidos. Em contraste com a estrutura micelar, que isotrpica (no
h alterao nas magnitudes das propriedades fsicas com a direco), os cristais lquidos so
anisotrpicos -- propriedades como viscosidade e ndice de refrao dependem fortemente da
direo. Alm destes estados lquidos cristalinos, denominados de cristais lquidos liotrpicos,
outro tipo de cristal lquido, os chamados cristais lquidos termotrpicos so formados em ster
de colesterol, steres azotados ou compostos similares quando os mesmos so aquecidos a uma
certa temperatura.
Um dos cristais lquidos termotrpicos mais importantes so aqueles chamados de cristais lquidos
neamticos, que no esto ordenados em camadas. No entanto, eles possuem a liberdade de
rotao e so prontamente orientados por campos eltricos e magnticos. Cristais lquidos
colestricos, que so produzidos por steres de colesterol, so organizados em camadas distintas.
Quando uma luz no-polarizada passa atravs dele, duas componentes (uma transmitida e outra
refletida) so geradas, dando uma aparncia de um cristal iridescente. Um LCD constitudo de um
lquido polarizador da luz (controlado eletricamente) que se encontra comprimido dentro de clulas
entre duas lminas transparentes polarizadoras, cujos eixos polarizadores esto alinhados
perpendicularmente entre si. LCDs possuem molculas orgnicas que tendem a se alinhar em
estruturas cristalinas na ausncia de foras externas. Entretanto, quando um campo eltrico
aplicado, elas arranjam-se desordenadamente como na forma lquida. Quando usados como
moduladores pticos, ocorre uma mudana de polarizao ao invs de modificao de
transparncia. Quando no excitado ou no seu estado cristalino, os LCDs rotacionam a polarizao
de 90o. Na presena de campo eletromagntico, as cargas das molculas alinham-se de acordo com
o campo. A transio entre os estados cristalino e lquido um processo lento, criando um efeito
de persistncia tal como no Fsforo dos TRC. E devem ser continuamente atualizados (refreshed)
como nos TRCs.
Em um LCD, um campo eltrico utilizada para alternar os segmentos de cristais lquidos de uma
fase transparente para uma fase nebulosa, cada segmento que fazem parte de um nmero ou letra
(sete segmentos). Para gerar telas, os segmentos so colocados na forma de pequenos pontos ou
pixels, e podem ser dispostos em fileiras e colunas. A resoluo espacial de um LCD expressa em
termos do nmero de linhas e colunas de pixels (por exemplo, 1024 768).
272
Engenharia de Telecomunicaes
Para melhor compreenso do funcionamento, apresenta-se as figuras com destaque aos dois filtros
polarizados que envolvem (encapsulam) o cristal lquido. Eles tem polaridades ortogonais H e V.
Figura 4.81 ausncia de luz na TELA quando o LCD no altera a polarizao da luz. O segundo
filtro (tela) bloqueia a passagem.
273
Engenharia de Telecomunicaes
Figura 4.82 Presena de luz na tela. A onda polarizada que atravessa o LCD sofre mudana de
polarizao, permitindo a passagem pelo segundo filtro.
274
Engenharia de Telecomunicaes
275
En
Engenharia de Telecomunicaes
de grnulos de carbono
dinmico
de fita
miccrofones
de eletreto
de condensador
piezoeltrico.
O microfone de carbono desscrito anteriormente apresenta baixa qualidade e pouqussimo
usado hoje, mas tem grande valor histrico
h nos primeiros sistemas de telefonia e radiodifuso.
r O
microfone dinmico funciona de modo
m similar quele de um alto-falante, com diaffragma preso a
uma bobina que se movimenta sob ao a de um im permanente. O microfone de fitaa tem princpio
similar, mas no lugar da bobina, usaa-se uma fita corrugada de alumnio. Os microfo ones de eletreto
so bastante usados, e no necessitaam de bateria. Usa uma lmina de eletreto como diafragma,
d que
constitui uma das placas de um cap apacitor de placas paralelas, sendo a outra placaa de metal fixa
(perfurada, para permitir a passagemm do ar). Funciona com base na variao da disstncia entre as
placas, alterando assim a capacitn ncia. J o microfone de condensador (eletrostttico) tambm
utiliza um capacitor, mas o diafragagma no pr-polarizado e precisa de fonte de d alimentao
externa. Por fim, o microfone piezo oeltrico usa um diafragma preso a um cristal pie iezoeltrico (ou
material cermico a base de brio-tiitnio ou chumbo-zircnio) que produz tenso soob deformao.
Um esquema para um amplificador simples, com AMP-OP, para microfone de eletrreto mostrado
a seguir.
[(w n
2
]2 w / w
/ w) 1 + n
Qt
A seguir, o esboo da funo de transferncia para um alto-falante modelo Selenium
S WPU
1206 de 12 polegadas, com parmetrtros wn=396 rd/s e Qt=0,707.
276
Engenharia de Telecomunicaes
1
1
G ( w) G( w)
0.5
0 0.1
3 4 3 4
0.1 1 10 100 110 110 0.1 1 10 100 110 110
w w
2
Figura 4.88 Funo de transferncia de alto-falante 12 polegadas.
Figura 4.89 - modelo rudimentar (simplex) para um telefone. Duplicando este circuito, trocando-se o
lado dos transdutores, tem-se um esquema bsico de telefone 4 fios.
Um circuito dois fios (mic) e um circuito dois fios (fte) constituem um circuito a quatro fios que
ligado atravs de um transformador chamado de hbrida, convertendo o circuito a 4 fios em 2
fios. A alimentao requerida no colocada nos telefones (exceto nos primeiros aparelhos, que
dispunham de manivela para gerar a alimentao no aparelho) e sim na central telefnica a qual o
assinante est ligado.
"A grande vantagem do telefone em relao a outros equipamentos eltricos est no fato
de que esse meio de comunicao pode ser operado por qualquer pessoa. O telefone fala.
Por isso, pode ser usado em qualquer situao em que a voz seja til. Estou convencido
de que, dentro de poucos anos, o telefone poder interligar casas, escritrios, lojas,
fbricas, hotis e reparties pblicas atravs de redes de cabos areos e subterrneos.
Num futuro mais distante, creio que o telefone poder unir diversas companhias
telefnicas situadas em cidades, regies ou mesmo pases distantes, permitindo que uma
pessoa possa falar com outra situada a centenas de milhas de distncia. (...) Mais ainda:
possvel que o telefone venha a se tornar muito popular" Alexander Graham Bell.
Extrato de carta datada de 25 de Maro de 1878, na qual Bell conclamava os acionistas de sua
companhia telefnica a investir neste negcio de futuro: o telefone.
277
En
Engenharia de Telecomunicaes
Para entender alguns dos priincpios do funcionamento dos aparelhos telefniicos, apresenta-
se um diagrama simplificado, exibin
ndo diferentes blocos funcionais [FERR 2005] [AALE 1998].
278
Engenharia de Telecomunicaes
A chave - Ao retirar o fone do gancho, a chave fecha um contato (loop signaling) permitindo a
corrente fluir da central para o aparelho - ouve-se o sinal de linha (dando linha ou ocupado).
O "Dial" - Disco ou teclado para chamada (discagem parece termo inapropriado para teclado). O
sistema com disco rotatrio (mecnico) tem velocidade limitada - tpico 10 pulsos/seg. Um pulso
para #1, dois pulsos para #2,..., nove pulsos para #9 e dez pulsos para #0 discado. O sistema DTMF
anteriormente descrito bastante superior. A seguir, um esboo de sinal no sistema decdico.
corrente
...
pulsos
retira solta disco retorno disco
do gancho
Figura 4.92 Corrente gerada na discagem (sistema decdico).
FONE
2 fios
4 fios
Balanceamento - Pequena realimentao do que falado (TX) para o prprio fone de ouvido do
aparelho (RX).
279
Engenharia de Telecomunicaes
A telefonia celular tratada no prximo captulo, por envolver modulao FM. Nos
telefones modernos, a discagem realizada por meio de teclas, cada uma delas correspondendo
emisso de um par de tons senoidais na faixa de 300 a 3.000 Hz. Por exemplo, ao teclar 5, so
enviados simultaneamente dois tons, um de 770 Hz e outro de 1336 Hz (vide tabela). Este esquema
de sinalizao entre assinante-central chamado de DTMF (Dual-tone Multi-Frequency). Os
telefones atualmente dispem de uma pequena chave comutadora P-T (pulse-tone) que permite
selecionar a discagem via pulsos ou tons, dependendo da central local aceitar a ltima
possibilidade. A velocidade de discagem muito maior no caso de DTMF. O DTMF alm de
proporcionar maior velocidade e imunidade a erros (vantagem assinante), resulta em menor
ocupao da central, com alvio no trfego (vantagem para a rede: nas antigas centrais
eletromecnicas, um alivio de 40%!). A possibilidade de superpor os cdigos aps o
estabelecimento da conversao permite oferta de servios especiais interativos (tipo 800, acesso
a saldos bancrios etc.) Interessante e recomendvel acessar a demo MATLAB sobre DTMF
(consulte Demo-signal processing toolbox).
Tabela IV.8 Sistema DTMF de digitao por teclas (Recomendao Q23 do CCITT).
HF
1209 1336 1447 1633 grupo HF
LF
697 1 2 3 A
770 4 6 B
5
852 7 8 9 C
941 * 0 # D
280
Engenharia de Telecomunicaes
H disponveis comercialmente chips para decodificao DTMF (e.g. LM567). Mais recentemente,
alternativas atrativas para o reconhecimento dos tons tm sido propostas [LIMA et al. 2004].
281
Engenharia de Telecomunicaes
0.5 0.5
Signal
Signal
0 0
-0.5 -0.5
-1 -1
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05
Tim e (s ec ) Tim e (s ec )
S ignal P ower
S ignal Power
0 0
10 10
-5 -5
10 10
-10 -10
10 10
0 500 1000 1500 2000 0 500 1000 1500 2000
F requenc y (Hz ) F requenc y (Hz )
0.5 0.5
S ignal
Signal
0 0
-0.5 -0.5
-1 -1
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05
Tim e (sec) Tim e (sec)
S pectrum S pectrum
5 5
10 10
S ignal P ower
S ignal P ower
0 0
10 10
-5 -5
10 10
-10 -10
10 10
0 500 1000 1500 2000 0 500 1000 1500 2000
Frequenc y (Hz ) Frequenc y (Hz)
O identificador de chamadas telefnicas (BINA) foi concebido pelo brasileiro Nlio Jos Nicolai
em 1977 e foi requerida sua patente em 1980. Lanado comercialmente em 1982 na cidade de
Braslia, o primeiro BINA comercializado para deteco de trotes em centrais telefonicas
Eletromecnicas. Com a implantao das centrais digitais / CPA (FIXA E CELULARES), Nlio
teve que conceber outra tecnologia que requereu patente em julho de 1992. Esta nova tecnologia
aquela que permite identificar chamadas locais, nacionais e internacionais, hoje em cerca de 6
bilhes de usurios de celulares no mundo inteiro
282
Engenharia de Telecomunicaes
"O governo brasileiro precisa deixar de usar a atividade FIM controladores como MF/BC,
e valorizar e explorar as atividades MEIO produtores de empregos e riqueza (industrias/
comercio/ exportaes/ benefcios sociais) que seriam o MCTI e MDICE, com apoio
irrestrito a um dos rgos mais importantes do Brasil que o INPI hoje, totalmente e talvez
inconscientemente suplantado e desmoralizado pelo nosso poder judicirio. Enquanto nos
pases de primeiro mundo, uma carta patente negada ou expedida em 18 meses, no Brasil,
no prazo de vigncia de 20 anos, levamos em mdia 10 anos para conseguir uma carta
patente. Depois mais 10 anos, sem o Brasil receber um nico centavo de royalty, pois
multinacionais impetram pedidos de nulidade da carta patente expedida, e os direitos
brasileiros ficam suspensos e enquanto os piratas exploram e faturam bilhes para seus
pases. Para se ter uma ideia deste crime de LESA PTRIA, citemos apenas o caso do
BINA (marca brasileira proibida) substituida por Identificador de Chamadas ou qualquer
apelido, e vejamos como eles se apropriam, dentro da lei, do PATRIMONIO DO BRASIL /
POVO BRASILEIRO. O mundo tem hoje, cerca de 6 bilhes de celulares e logicamente 6
bilhes de BINAs. Foi comprovado judicialmente que as empresas operadoras cobram
mensalmente cerca de US$ 6,00/usurio, o que corresponde mundialmente a uma
arrecadao mensal de US$ 36 BILHES. Se o Brasil recebesse apenas US$
1,00/usurio/ms, estaramos trazendo para cerca de US$ 6 bilhes/mensais, e isto no
acontece porque a patente do BINA est sub judicie a 20 anos e com os direitos do BRASIL
suspensos. Os "interessados" impetraram processo de NULIDADE do ato do INPI de
concesso de uma Carta Patente DOCUMENTO DE F PUBLICA, parado a espera de
uma pericia desde 2003 s no TFRJ e TRF2. Isto sem contar as milhares de fabricas de
TERMINAIS celulares e telefones fixos com BINA, no mundo inteiro e sem pagar nem
royalty ao BRASIL. Transporte esta pequeno exemplo de apropriao indbita do BINA,
para muitas outras invenes brasileiras, apropriada indebitamente e tero a dimenso deste
crime de lesa ptria, que o povo brasileiro, s tem conhecimento do Santos Dumont/ avio".
283
Engenharia de Telecomunicaes
Uma tcnica freqentemente adotada para multiplexao de dois sinais (e somente dois)
mostrada nas figuras que seguem. O sinal transmitido centrado na freqncia wc e contm
informaes sobre dois sinais moduladores. Os espectros destes sinais esto superpostos e eles so
transmitidos ao mesmo tempo. A deteco sncrona empregada no receptor.
f (t)
1 Modulador
Balanceado f (t)
1
Modulador
Balanceado LPF
~ + (t) w (t)
Q c
Q
~
BPF
/2 + w
c
/2
f (t)
2 f (t)
Modulador 2
Modulador LPF
Balanceado Balanceado
O modelo de cor usado em teledifuso comercial converte o padro RGB (red, green, blue) para
sinais YIQ (luminncia; crominncia infase, crominncia quadratura) devido exigncia do sinal
transmitido manter a compatibilidade com o sinal monocromtico (Y compatvel com o sinal
preto-e-branco). A converso RGB YIQ dada por:
Y 0,299 0,587 0,114 R
I = 0,596 0,275 0,321G .
Q 0,212 0,523 0,311 B
No padro M, a varredura feita em dois campos por quadro. Emprega-se uma freqncia
de 60 campos/seg, o que equivale a 30 quadros/seg. Como as freqncias de varredura do
horizontal e vertical so respectivamente 15,750 kHz e 60 Hz, o nmero de linhas por campo
284
Engenharia de Telecomunicaes
dado pela relao fH/fV=262,5, ou seja, 525 linhas por quadro. A freqncia mxima do sinal de
luminncia (fm=4 MHz em monocromtica) reduzida para fm=3,2 MHz no caso da TV colorida,
para evitar superposio com o sinal de cor.
A relao de aspecto A= 4/3, (A=comprimento da imagem/largura da imagem) tem-se
um total de 525 linhas (4/3).525 colunas = 367.500 pixels/quadro. Os sinais bsicos so RGB -
Red Green Blue. Dois sinais de crominncia xI(t) e xQ(t) so multiplexados em quadratura.
cmera de TV M
Y
A
R (luminncia)
T
G R MOD. EM
B I C
QUADRATURA (crominncia)
Z
3,58 MHZ ~
Sub-portadora de cor
Figura 4.100 - Multiplexao dos sinais de cores para TV.
Muitos dos sinais de interesse no podem ser descritos de forma analtica (e.g. voz e vdeo)
e a avaliao do espectro empregando a definio -- integral imprpria-- no usual, exceto em
problemas "acadmicos", importantes para entender a ferramenta. O termo espectro foi
primeiramente cunhado por Sir Isaac Newton no contexto de difrao da luz (do latim,
spectrum=fantasma) em 1672. Uma analogia do princpio de funcionamento de um prisma para
decomposio da luz e o analisador para a decomposio de sinais eltricos ilustrativa para a
compreenso do significado do espectro de um sinal. O espectro do visvel ilustrado a seguir.
componentes ...
Analisador espectrais f (ou )
quanto de cada "cor" est presente no sinal
Figura 4.101 - Princpio do Analisador de espectro: Comparao com a decomposio da luz branca.
285
Engenharia de Telecomunicaes
BANCO DE
FILTROS
|F(w)|
cor 1 osciloscpio
f(t)
cor 2
detetor de V
envoltria
H
...
sinal em anlise
...
varredura
detetor de V
sinal em anlise envoltria H
circuito de
varredura
Figura 4.103 - Implementao do Analisador de Espectro com filtro sintonizado.
osciloscpio
dente de
serra
gerador de H V
V.C.O.
varredura
286
Engenharia de Telecomunicaes
Figura 4.105 - Exemplo de forma de onda no analisador: Espectro de um sinal AM, portadora em 1
MHz por um tom senoidal de 15 kHz.
Figura 4.106 - Diagrama de um analisador de espectro DC a 1 MHz para Laboratrios Didticos, com
resoluo 50 kHz.
287
Engenharia de Telecomunicaes
4.1 Projetar um receptor superheterdino, com duas freqncias intermedirias, para operar na faixa de 88-
108 MHz, onde cada canal ocupa 200 kHz. A freqncia FI mais elevada deve ser escolhida de tal modo que
a freqncia imagem fique sempre situada fora da faixa de operao deste receptor.
4.2 Descreva como funciona um receptor superheterdino. Cite algumas vantagens e desvantagens associadas
a este tipo de receptor. Descreva o que se entende por freqncia imagem e por interferncia de canal
adjacente. Resp. Vide texto.
4.3 Em um receptor superheterdino, a freqncia intermediria (FI) de 465 kHz. Qual o valor da
freqncia imagem quando se sintoniza uma portadora de freqncia fc? Resp. fc+930 kHz.
4.4 Um receptor VHF (2 a 16 MHz) utiliza duas FIs: 1,7 MHz e 200 kHz, respectivamente. Esboce o
diagrama de blocos do receptor, indicando valores.
4.5 Um transceptor comercial (e.g. COBRA GTL 140) para transmisso de sinais de voz opera na faixa de
TM
26,965 a 27,405 MHz , dita faixa de 11 m, e largamente utilizado pela faixa do cidado. O receptor
superheterdino, sendo adotada uma freqncia intermediria de 7,8 MHz.
a) Quantos canais de voz so disponveis em AM? e em SSB?
b) Represente o receptor usando diagrama de blocos, especificando as freqncias de operao do mesmo.
Explique a finalidade de cada bloco.
Resp. 40 canais AM, 80 canais SSB, valores comerciais.
4.6 Projetar um receptor superheterdino para operar na faixa de HF (3-30 MHz), operando com duas FIs
diferentes e destinado a receber sinais de voz. A menor FI de 100 kHz e a FI maior deve ser tal que a
freqncia imagem nunca seja inferior a 20 MHz.
1
Resp. f FI 8,5MHz, 11,5 f ol1 38,5MHz e f ol2 = 8,6MHz.
4.7 Um receptor superheterdino deve cobrir a faixa de 1 a 3 MHz com freqncia imagem superior a 5
MHz. Supondo que o oscilador local opera acima da freqncia da portadora, esboce o diagrama de blocos
do receptor, explicando a finalidade de cada bloco. Encontre a FI e a faixa de operao do oscilador local.
Resp. fFI2 MHz, com fFI=2 MHz, 3 MHz fOL 5 MHz.
4.8 Explique o funcionamento e esboce o diagrama de blocos para um receptor superheterdino FM 88-108
MHz, que usa uma FI de 10,7 MHz. Dimensione a faixa de variao do oscilador local. (Nota: Coloque um
bloco demodulador FM ao invs do detector de envelope). Qual o valor da freqncia imagem para a rdio
universitria Recife em 99,9 MHz? Resp. 121,3 MHz, 98,7 MHz fOL 118,7 MHz.
4.9 sempre possvel projetar um receptor de rdio AM superheterdino tal que a freqncia imagem fique
fora da faixa? Em caso afirmativo, determine o valor da FI no caso de radiodifuso AM. Resp. Sim, 530 kHz.
4.11 Em que sees de um receptor superheterdino AM ondas mdias devem ser feitas alteraes para o
funcionamento em ondas curtas? Como deve atuar a chave de ondas? Resp. RF e oscilador local.
4.12 Suponha que existem duas estaes AM operando nas freqncias de 590 kHz e 1500 kHz. Admitindo
um receptor de baixa qualidade e de seletividade muito pobre, qual das estaes seria mais susceptvel a
interferncias? Explique. Resp. 590 kHz, devido freqncia imagem.
4.13 Justifique o valor da FI adotada em AM comercial. Qual o inconveniente de adotar-se, por exemplo,
uma FI de 80 kHz? Resp. Muito pequena: dificuldades em eliminar o canal imagem.
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4.14 Dois sinais banda limitada em 30f<10 kHz so transmitidos em uma estao de rdio-difuso AM, sob
a forma: (t)= [A+l(t)+r(t)] coswct + [A+l(t)-r(t)] senwct, em que wc a freqncia da onda portadora da
estao e considera-se portadora de alta potncia, A>>|l(t)+r(t)|.
Analise com detalhes o receptor abaixo, indicando a sada e especificando a largura de faixa de cada filtro.
Qual a finalidade deste sistema? Indique a sada recuperada, se um receptor convencional AM for usado para
demodular o sinal AM transmitido por esta estao? O sistema "compatvel"?
4.15 Descrever o funcionamento de um sistema AM por transmisso com faixa lateral residual (VSB). Como
usualmente feita a deteco deste tipo de sinal?
Resp. vide texto, deteco de envoltria com portadora de alta potncia.
4.16 Mostre que a deteco de envoltria pode ser usada para demodular VSB com portadora de alta
potncia, estratgia usada em TV comercial.
4.17 Um receptor de TV sintonizado no canal 13, localizado na faixa 210 a 216 MHz. A portadora de vdeo
corresponde a 211,25 MHz. Encontre a freqncia da portadora de som. Esboce o espectro do sinal em RF e
na FI, e indique qual a freqncia do oscilador local para este canal. Resp. 215,75 MHz, fOL=257 MHz.
4.18 Explique o que vem a ser a estratgia do "som entre portadoras" e as razes pelas quais foi adotada.
Resp. vide texto.
4.19 Compare um aparelho hipottico de TV utilizando receptores independentes para o som e a imagem
com outro usando som entre portadoras. Quais os circuitos eliminados? Resp. RF de som, 1o mixer de som,
FI de som, 2o mixer de som.
4.20 Vrios defeitos comuns em receptores de TV monocromticos so descritos a seguir. Em cada caso,
identifique as sees onde possivelmente localiza-se o defeito.
a) som normal, tela apagada.
b) sem imagem, nem som, com tela iluminada.
c) defeito em apenas um dos canais.
e) nenhum som, imagem normal.
f) som normal e tela iluminada, porm sem imagem.
g) tela apagada e nenhum som.
h) Apenas uma linha horizontal, com som normal.
4.21 Considere um filtro de banda residual com funo de transferncia mostrada na figura, sendo a
freqncia da portadora fc MHz. Admitindo, por simplificao, um sinal modulador de espectro plano,
encontrar o espectro do sinal VSB. Mostrar graficamente que uma deteco sncrona permite uma
demodulao correta.
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4.22 Nos sistemas de televiso comercial, vrias escolhas foram feitas, entre elas: O receptor do tipo
superheterdino, a modulao para o vdeo VSB, a modulao para o udio FM, adota-se a estratgia do
som entre portadoras. Justifique tais escolhas. Resp. Detalhes na seo som entre portadoras.
4.23 Um divisor de freqncias regenerativo mostrado na figura. Se a entrada uma portadora em f0 Hz,
mostre que a freqncia na sada de f0/M Hz, M inteiro. Que condies devem ser impostas ao BPF?
Resp. BPF com freqncia central f0/M, fc-(M-1)f0=f0.
4.24 O dispositivo com diagrama mostrado em anexo chamado de Oscilador de Freqncia de Batimento
(BFO). Explicar o funcionamento do BFO e comparar suas vantagens e desvantagens com relao aos
osciladores convencionais.
Resp. Vantagens: Partindo de dois osciladores de freqncias relativamente altas, obtm-se freqncias de
sada muito baixas; Uma pequena variao percentual em f2 causa uma grande variao percentual na
freqncia f0 de sada. Desvantagem: Problemas de sensibilidade e de deriva so duplicados com o uso de
dois osciladores.
4.25 Descreva um sistema AM para transmisso simultnea de dois canais, empregando portadoras cosseno e
seno. Resp. Vide ISB mux em quadratura.
4.26 Faa uma anlise do funcionamento do sistema AM abaixo, indicando como construir um receptor
adequado. Esboce os espectros nos diversos pontos chaves. Discuta a adoo deste sistema para transmisso
estereofnica. Ela vivel tecnicamente? e do ponto de vista econmico?
4.27 Um sinal AM, (t)=A[1+f(t)] cos(wct +), onde uma fase constante e f(t) tem uma transformada de
Fourier que nula para w>. Supor que <<w0 e |f(t)|1 e mostrar que possvel extrair f(t) a partir de
usando o circuito demodulador:
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4.28 Sistema AM estreo compatvel mono com deteco homodina. Explique o funcionamento do
transmissor e receptor:
l(t)
HPF Mod AM
+
~ RF
+
/2
r(t)
Mod AM
HPF
TX
MOD.
BAL. LPF AF
extrator
RF MIXER FI SINC
/2
MOD.
Osc. Loc. BAL. LPF AF
RX
4.29 Descrever, usando diagrama de blocos, os princpios bsicos de um equipamento que permita visualizar
o espectro de freqncias de sinais no tempo. Resp. Vide seo sobre o analisador de espectro.
4.30 (Analisador de espectro). Discuta e explique por que uma onda senoidal na entrada de um analisador
no produz um impulso na tela (e.g., sinal AM Fig. 3.9 texto).
Resp. O resultado afixado a resposta do filtro de FI.
4.31 A figura a seguir mostra a variao de freqncia do oscilador local e da sintonia de RF de um receptor
superheterdino, em termos da rotao do eixo do capacitor varivel dupla seo. Quais os valores de f1,f2,f3 e
f4? Quanto vale e o que significa f? Suponha a faixa AM de ondas mdia OM.
Resp. f1=540k, f2=1600k, f3=955k e f4=2055kHz. O f representa a FI e vale 455 kHz.
freqncia
f4 OSC. LOCAL
f RF
2
f3 f
f1 rotao do eixo
min mx
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Apndice
10-1 Recepo fraca
10-2 Recepo boa
10-3 Parar de transmitir
10-4 OK, mensagem recebida
10-5 Repetir mensagem
10-6 Ocupado, em QAP
10-7 Estao desativada
10-8 Em QAP e QRV
10-9 Repita mensagem
10-10 Transmisso completada em QAP
10-11 Muito rpido, mais devagar
10-12 Tenho companhia
10-13 Avise condies do tempo
10-16 Levantamento
10-17 Negcio urgente
10-18 Algo para ns?
10-19 Nada mais, retorne a base
10-20 Minha localizao ...
10-21 Chame atravs de telefone
10-22 Informe pessoalmente para ...
10-23 Esteja por ...
10-24 Completaram ltima tarefa
10-25 Possa voc contata
10-26 Desconsidere ltima informao
10-28 Identifique sua estao
10-29 Tempo acabou para contato
10-30 No conforme a regras de FCC
10-32 Eu lhe darei um cheque de rdio
10-33 TRFEGO de EMERGNCIA
10-34 Aborrea nesta estao
10-35 Informao confidencial
10-36 Tempo correto ...
10-38 Ambulncia precisou a ...
10-39 Sua mensagem entregou
10-41 Por favor vire para encanar
10-42 Acidente de trfico a ...
10-43 Gravata de trfico em ...
10-44 Eu tenho uma mensagem para voc
10-45 Todas as unidades dentro de alcance por favor relatrio
10-50 Canal de fratura
10-60 O que o prximo nmero de mensagem?
10-62 Impossibilitado a cpia, use telefone
10-63 Rede dirigiu
10-64 Rede claro
10-65 Esperando sua prxima mensagem / tarefa
10-67 Todas as unidades copiam
10-71 Proceda em seqncia com transmisso
10-77 Contato negativo
10-81 Reserve quarto de hotel para
10-82 Reserve quarto para
10-84 Meu nmero de telefone ...
10-85 Meu endereo ...
10-91 Conversa mais ntimo a microfone
10-93 Inspecione minha freqncia este canal
10-99 Misso completou, todas as unidades afianam
10-200 Polcia precisou a ...
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Cdigo Fontico
LETRA COD.INTERN. COD. LATINO
A ALFA
B BRAVO
C CHARLE
D DELTA
E ECHO
F FOX-TROT FILANDIA
G GOLF
H HOTEL
I INDIA
J JULIET
K KILO
L LIMA
M MIKE
N NOVEMBER NICARAGUA
O OSCAR
P PAPA
Q QUEBEC
R ROMEU ROMA
S SIERRA
T TANGO
U UNIFORM URUGUAI
V VICTOR
X X-RAY
Y YANKEE
Z ZULU
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