Peça de Arquitetura 001 - o Painél Alegórico Do Apendiz Maçom

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A..R..L..S..

Ir ANTNIO CAVALCANTI DA MOTTA N49

O PAINL ALEGRICO
DO APRENDIZ MAON
INTERPRETAO DOS SMBOLOS

Ir.. JOSIAS SOUTO MAIOR JUNIOR..


Ap..M..
CIM: 8749
Pea de arquitetura a ser apresentada em Seo de Loj.. de Ap..M..

G..D..G..A..D..U..

Ven.. M..
Ir.. 1 Vig..
Ir.. 2 Vig..
Estimados IIr..

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INTRODUO
Iniciaremos nossa pesquisa neste dia, citando que a Maonaria uma Instituio
filosfica, filantrpica dotada de um esoterismo mstico e uma natural simbologia
que nos conduzem a uma reflexo profunda atravs de simples utenslios
profanos.

A humanidade em geral aprendeu e evoluiu consoante utilizao de smbolos, hoje


so utilizados certamente em todas as reas do conhecimento, e at mesmo na
dico de uma simples palavra, que por uma conveno arbitrria atribumos s
letras, palavras e idiomas sons distintos; sujeitos a uma determinada interpretao.
Na vida manica esta regra ocupa um lugar de destaque, seno vejamos, assim
que adentramos ao Templo nossos olhos so guiados espontaneamente a todos os
smbolos presentes e dispostos harmoniosamente, assim, de modo a obter um
profcuo esclarecimento, buscamos o incio, o significado da prpria palavra
smbolo.
Segundo Aurlio Buarque de Holanda Ferreira
Smbolo. [Do gr. Symbolon, pelo lat. Symbolu] S. m 1. Aquilo que por
um princpio de analogia representa ou substitui outra coisa; 2 Aquilo
que por sua forma e natureza evoca, representa e substitui, num
determinado contexto, algo abstrato ou ausente; 3 Aquilo que tem valor
evocativo, mgico ou mstico; 4 Objeto material que, por conveno
arbitrria, representa ou designa uma realidade complexa...

Do mesmo modo que os filsofos egpcios, que para esconderem de olhos


profanos os Segredos e Mistrios, a Maonaria tambm ministra seus
ensinamentos atravs do SIMBOLISMO, encerrando seus conhecimentos e sua
filosofia nesses, pelos quais so ocultados as suas Verdades queles no iniciados
em suas colunas.

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Embora hoje saibamos que o mundo fisicamente diferente daquele que era
conhecido por nossos ancestrais, ainda assim aquela inspirao inicial de nossos
primeiros irmos continua e continuar verdadeira.

Tentaremos apresentar nessa pea de Arquitetura, nossa idia central sobre o


significado dos Smbolos gravados no Painel Alegrico do Aprendiz Maon
decifrando nossa feita, os entendimentos adquiridos, fruto de rduas pesquisas
efetuadas para desenvolvimento dessa primeira Lavra na Pedra Bruta.

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DESENVOVIMENTO
Uma Loja Maonica simboliza o modo como o Universo era compreendido
antigamente. Nossos primeiros irmos tiveram grande inspirao quando
perceberam que o mundo um templo, coberto por uma abbada estrelada durante
a noite, e iluminado pelo Sol em sua jornada durante o dia. Um Universo no qual
o Homem segue adiante em seu trabalho, alternando luz e sombra, alegrias e
tristezas, sempre buscando reproduzir na Terra a lei e ordem presentes no Oriente,
que a origem de tudo.

Embora hoje saibamos que o mundo fisicamente diferente daquele que era
conhecido por nossos ancestrais, ainda assim aquela inspirao inicial de nossos
primeiros irmos continua e continuar verdadeira.

Parece-me que a idia central dessa inspirao que se o Homem tem o propsito
de construir seu prprio Templo Interior, ou se ele est disposto a construir uma
sociedade justa e duradoura nessa justia, ento ele dever estar iniciado nas leis e
princpios que regem o Universo no qual ele vive.

E para isso, o Homem necessita no apenas de sabedoria, que deve ser


desenvolvida, mas tambm da ajuda de Deus, que o G..A..D..U.. Bem por
isso em nossas Lojas Manicas est o Altar mais antigo que qualquer Templo,
e to antigo quanto a prpria vida mesma. Um foco de f e unio. Um smbolo
sagrado daquele pensamento inicial que inspirou a nossa Arte Real. Um smbolo
sagrado da existncia do G..A..D..U...
Um smbolo sagrado de nosso propsito de erguer Templos Virtude e cavar
masmorras ao vcio.

Nada h de mais impressivo na face da Terra que o silncio de uma reunio de


seres humanos curvados diante de um Altar. O instinto que faz com que Homens

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se reunam para orar a mesma fora invisvel que move Homens a desbastar
pedras para construrem templos que corporificam o mistrio de Deus.

At onde conhecemos, o Homem o nico ser em nosso planeta que reserva um


momento do seu tempo para rezar. E a beleza desse ato nos diz mais sobre ns do
que qualquer outro. Por uma profunda necessidade natural, o Homem procura
Deus, e em momentos de tristeza ou angstia ou em momentos de tragdia e terror
ou ainda em momentos de sincera gratido e felicidade, o Homem deixa de lado
suas ferramentas de trabalho e olha para o horizonte. E sem perceber, acaba por
fixar seu olhar num ponto mais elevado do relevo que est adiante. Talvez tenha
nascido a o termo Altar, substantivo masculino proveniente do latim altare, que
por sua vez derivou do adjetivo latino altus (alto, elevado, levantado).

Pelas consultas realizadas, pude imaginar que a histria do Altar na vida da


humanidade parece ser uma histria mais fascinante que qualquer fico. Da
procura inconsciente deste lugar mais elevado ou alto presente na natureza que o
cerca, o Homem evoluiu para construir este Altar perto de si. Inicialmente
rudimentares, sua construo dava-se pelo simples amontoar de pedras. A
centralidade e importncia do Altar tornaram-no mais solene e elaborado, sendo
portador de uma srie de significados e elemento central dos mais variados rituais
(holocaustos, preces, declarao de compromissos, sacrifcios, etc).

Todas as grandes civilizaes e culturas humanas ergueram altares: judeus,


cristos, muulmanos, hindus, romanos, gregos, egpcios, fencios, incas, maias e
astecas. Indgenas e antigos pagos de todas as partes tiveram e tm seus altares.
Nunca, porm, o Altar perdeu sua significao inicial, que a de conduzir os
pensamentos do Homem ao seu elevado deus, seja ele denominado como for, e ao
qual chamamos G..A..D..U...

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A partir de elementos como estes, podemos comear a perceber o significado do
Altar dos Juramentos na Maonaria, e a razo de sua posio na Loja.

Assim, o Altar dos Juramentos um altar de f profunda e eterna f que est na


base de todo e qualquer credo religioso. F num Criador que a pedra angular e a
chave para compreenso de tudo. F sem a qual a vida se torna adivinhao e
fraternidade se torna futilidade. Ao mesmo tempo o Altar dos Juramentos um
Altar de Liberdade no liberdade pela f, mas liberdade da prpria f. Seja qual
for a sua f, pode o Maom se unir aos seus irmos. A Maonaria, antes de ser
operativa ou especulativa, co-operativa. E cooperao se faz pela unio.

O Altar dos Juramentos exorta sentimentos natos de respeito ao Criador,


conduzindo o Maom a se tornar o operrio trabalhador e consciente, cujo labor
de aperfeioamento moral e espiritual resultar no engrandecimento da Ordem em
geral e no bem-estar de toda a Humanidade em particular. E faz-nos lembrar
tambm que o mais sagrado altar da Terra a nossa prpria alma Templo interior
de f, esperana, pureza, tolerncia e amor ao prximo.

O PAVIMENTO MOSAICO, piso xadrez preto e branco j existia nos templos


desde os tempos do antigo Egito. Mais do que simplesmente decorativo, o
pavimento mosaico tem um profundo significado esotrico. Hoje um dos
smbolos mais reconhecidos da Maonaria e o cho de todos os rituais de lojas
manicas. O piso a rea em que ocorrem iniciaes e emblemtica da vida
humana, xadrez com o bem e o mal.

O pavimento de mosaico um antigo smbolo da Ordem. Suas pedras coloridas de


preto e branco foram prontamente e adequadamente interpretado como smbolos
do mal e do bem da vida humana.

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No Grau de Aprendiz, o pavimento mosaico
representa o piso trreo do Templo do Rei Salomo.
Em relao ao Templo do Rei Salomo na Bblia, o
piso trreo dito ser de pinho ou abeto, dependendo
da traduo da Bblia (1 Reis 6:15).

Assim como ocorre em nossa orla denteada, os tringulos eqilteros brancos com
as pontas para fora e os pretos voltados para dentro, simbolizam o movimento
contnuo e constante da evoluo dos atributos de um para os atributos do outro.

No meu ponto de vista acredito ser a melhor definio para o pavimento mosaico
com a sua orla denteada, o convvio fraternal que todos ns Maons devemos ter
no s dentro das nossas oficinas, mas no nosso dia a dia no mundo profano. A sua
orla denteada, para muitos autores, significa os Maons em uma eterna da cadeia
de unio.
Todos os smbolos da Maonaria apontam para um objetivo em comum, lembrar e
inspirar a todos os Maons a prosseguir em o seu trabalho de polir a sua pedra
bruta. Buscando um equilbrio entre a beleza, a fora e sabedoria, dentro e fora de
suas lojas. O pavimento mosaico e sua orla denteada so mais que um smbolo que
os nossos preceptores nos deixaram, e expressam muito bem o nosso Salmo 133,
pois prega a unio e a fraternidade.
"Oh, quo bom e quo suave que os irmos vivam em unio.
como leo precioso sobre a cabea, que desce sobre a barba, a
barba de Aaro e que desce a orla das suas vestes. como
orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sio, por que
ali, o Senhor ordena beno, e vida para sempre.

A partir da descrio anterior, convm explanarmos sobre o Livro da Lei.


Muitos so os Livros da Lei Sagrada adotados pela Maonaria, dependendo da
situao geogrfica em que estiver a Loja. No Brasil, como em toda parte
ocidental do Mundo, ser a Bblia.

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evidente que poder surgir uma Loja no Brasil, composta de membros hindus e
que coloquem sobre o altar o "Bhagavad-Gita". Para os israelitas, o Talmud; os
muulmanos, o Alcoro; Os Mrmons, a F Baha'i e outras doutrinas consideradas
exticas, tendo seus livros sagrados, justos e admissveis que os utilizem para
abertura dos trabalhos manicos em lojas compostas por seus seguidores.

A Bblia fonte credenciada dos conhecimentos histricos e msticos da


Maonaria. Quem j est familiarizado com os Graus Manicos, ao v-la,
verificar de plano as relaes da coletnea de documento da Escritura Sagrada
com os rituais do Rito Escocs Antigo e Aceito.

A palavra Bblia de origem grega e significa Livro, ou melhor, Livros. Desde os


primeiros tempos do cristianismo, esse vocbulo, junto com "Escrituras" e
"Escrituras Sagradas (grifo do autor) era usado para designar o conjunto de livros que
contm a revelao divina.

Aplica-se, pois, o nome de Bblia ao volume que rene a coleo desses livros e
que representa o livro divino por excelncia. Embora trate de diferentes
argumentos e seja escrita por diversos autores, em lnguas e estilos diferentes, a
Bblia tem, por fora de inspirao divina, Deus, como seu nico autor e goza do
princpio ao fim de uma mesma inabalvel autoridade divina.

A abertura do Livro da Lei no um ato singelo, mas uma repetio simblica da


construo do ser humano, o que equivale dizer, da construo do Templo
humano.

Quando o orador abre o Livro da Lei, est abrindo o Universo e, ao ler em voz alta
o Salmo, oferece seu sopro, iniciando com sua vibrao, os mistrios ocultos da
Maonaria, espiritualizando os smbolos que o cercam, numa ao de criatividade.

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Todos devem acompanhar o cerimonial com ateno, porque participam dos
resultados, desaparecendo o homem profano, para que, numa perfeita unio, as
palavras do Salmista possam penetrar no ntimo de cada um, transformando as
dificuldades da vida em momentos de indivisvel paz.

O homem necessita de momentos de recolhimento, onde possa encontrar


misticismo, religiosidade, compreenso e amor fraterno, fugindo do cada vez mais
cruel contato com seus semelhantes na competio do cotidiano.

Orar consiste em atitude profunda de ler e ouvir em sintonia com o Deus que fala.
Importa ouvir Sua voz, tem-Lo e lev-Lo a srio. Na abertura do Livro da Lei
estamos solicitando Sua autorizao e Sua glria para darmos incio aos trabalhos,
que s possvel com a presena da Luz, smbolo da revelao, reflexo s
divindades, que iluminam nosso corao, nossa inteligncia e nossa sabedoria para
discernimento da verdade e para que cresam em ns a bondade, a f e a caridade.
O ser humano anseia pelo conhecimento.

A satisfao, do desejo de conhecer se inicia quando sentimos uma substncia


invisvel, um fluido divino, um potencial de energia, a presena de Deus. Para a
maioria dos historiadores o livro dos Salmos uma reunio de cnticos e louvores
ao Senhor, que provavelmente foram escritos por Davi, Asafe e Salomo, para
Moiss, Eta e aos filhos Cor, no dcimo sculo antes de Cristo.

O termo Salmos, vem do grego Psalmos e significa poema cantado com


acompanhamento de instrumentos musicais. J no hebraico essa denominao
significa o livro dos Louvores, com um total de 150, sendo 73 deles atribudos a
Davi.

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provvel que no tenham sido imediatamente escritos pelos autores que os
compuseram, mas entregues tradio oral. Teriam sido, assim, cantados ou
recitados por sucessivas geraes, alguns durante vrios sculos, antes de serem
escritos.

A abertura e a leitura do Livro Sagrado no Primeiro Grau Aprendiz, feita na


parte central do livro, justamente no Salmo 133, tambm denominado Salmo do
Peregrino, quando ressalta a excelncia do amor fraterno. E a peregrinao que o
Maom faz para refrigerar a sua alma; para alimentar o seu corpo espiritual; para
fortalecer a sua vida e, acima de tudo, a representao da trilogia manica:
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Para os hebreus temos os Salmos, enquanto
para os seguidores das doutrinas orientais existem os Mantras, e para os esoteristas
a Sntese.

No suficiente apenas ouvir sua leitura; preciso que as palavras sejam aceitas e
compreendidas. Procuremos analis-las e desvendar o seu verdadeiro sentido, j
que essas palavras inspiradas por Davi foram escritas no dcimo sculo antes da
era crist. Oh quo bom e suave que os irmos viverem em unio.

Ouvimos sua primeira estrofe com emoo. Este um poema sobre simpatia
comunal e gentileza fraternal. usualmente assumido que a habitao conjunta
aqui falada se refere unio do povo nas primeiras festividades. Inicia o cntico
com uma exclamao de regozijo, a preparao para a disposio de serem-lhes
aceitas as palavras. E extravasamento da ansiedade que cada um tem, para
glorificar ao Senhor, a prece que o Oficiante faz, ao ler com toda venerao a
Palavra de Deus, que est sobre o Altar do Templo. Quem as ouve, toma parte
dessa exclamao: ela penetrante e soa aos ouvidos como um despertar.

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As vibraes atingem os quatro cantos da Loja, envolvem todos os irmos, que se
sentem unidos porque participam do jbilo. Eis aqui a primeira lio daquele que
dever ser o Eterno Aprendiz. A unio que o faz fraterno pela Iniciao. Toda
subida como sada de nossos irmos do cativeiro babilnico, parece, primeira
vista, dolorosa, porm a viso do alto Monte o prmio da Liberdade. Ciro liberta
o povo eleito da Babilnia.

Os irmos em Unio caminham para Jerusalm. A unio era muito desejvel entre
os colonos que haviam voltado para as cercanias de Jerusalm. Alm disso, a
unidade de um sangue e de uma tradio comuns, precisava ser reforada e
aumentada por meio de amizade e ntima proximidade.

E esse sentimento de amizade tornava-os verdadeiros irmos. Durante o


sofrimento em cativeiro e depois, na alegria em liberdade. Essa unio foi o que
fortaleceu o esprito e a f para a vitria.

F E VITRIA. Essas palavras finalizam a nossa colocao sobre o LIVRO


DA LEI, e nos remete a explanar sobre outros smbolos do Painel Alegrico do
Aprendiz Maom. A ESCADA DE JAC.

Vislumbrada no Painel da Loja de Aprendizes, a denominada Escada de Jac


simbolicamente representa a ligao entre a Terra e os Cus. A origem da
introduo do simbolismo da Escada de Jac na Maonaria Especulativa deve-se
viso de Jac, registrada no Velho Testamento, Gnesis 28 vers.10,11,12, 17 e
18.Gnesis 28 - 10: "E Jac seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a Har".
Gnesis 11: "Com o tempo atingiu certo lugar e se preparou para ali pernoitar,
visto que o Sol j se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do lugar e a ps
como apoio para a sua cabea e deitou-se naquele lugar". Gnesis 12: " E
comeou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e seu topo tocava

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nos cus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela . Gnesis 17: Jac
acordou do sono e disse; Verdadeiramente, Jeov est neste lugar e eu mesmo
no o sabia. Gnesis 18: E ficou temeroso e acrescentou; Quo aterrorizante
este lugar No seno a casa de Deus e este seu porto de entrada.

Simbolismo da Escada de Jac. Erguendo-se a partir do Altar dos Juramentos,


sustentada pelo L.`. L.`. vai em direo abbada celeste representada no teto da
Loja. Na base da escada, centro e topo encontramos trs smbolos: a CRUZ - que
representa a F, a NCORA que representa a ESPERANA e um MO
ESTENDIDA em direo a um CLICE que representa a CARIDADE e no seu
pice uma ESTRELA DE SETE PONTAS.

No dicionrio encontramos um dos significados de estrela = destino, sorte, fado,


fadrio. A estrela de Davi, smbolo judaico tem 6 pontas, formada pela
interposio, entrelaamento ou superposio de dois tringulos eqilteros. No
painel do aprendiz, ao lado da estrela de 7 pontas encontramos direita a LUA
rodeada de 7 estrelas e esquerda o SOL. O nmero 7, na simbologia mstica nos
esclarece do porque uma estrela incomum de 7 pontas no pice da escada de Jac.

No obstante, e para que entendamos, faz-se necessrio que levemos em conta a


Simbologia mstica do nmero 7. Princpio neutro dominando os elementos da
natureza, aliana da idia e da forma; a unidade em equilbrio; pacincia
desenvolvendo a inteligncia. Vitria: ligada natureza e ao amor, simboliza o
grifo do autor
triunfo do iniciado ao fim da sua busca (de Jac ) pelo entendimento,
compreenso e conhecimento.
Poder espiritual vivificante, o aconselhamento fornecido ao iniciado por Deus.
Poder final do esprito sobre a matria. Reintegrao da matria no esprito e do
tempo na eternidade. Nmero de poder mgico com sua fora plena, onde esto

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compreendidos os estados de evoluo fsica e espiritual que se completam; poder
adquirido pelo iniciante nos dois mundos (material e espiritual). Misterioso.
Profundo. Estranho e indefinvel aos olhos do profano.
Nmero que representa a energia mais perfeita que Deus concedeu para utilizao
dos iniciados nos rituais. O sete, diz os seguidores de Pitgoras, era assim
chamado em funo do verbo grego "Sebo", - venerar e deriva do hebraico Shbo,
Set, ou satisfeito, abundncia, sendo Septos, em grego "santo, divino, de me
virgem".

A misteriosa escada dourada que o veculo para o homem ascender a um plano


superior, atendendo ao chamado do arcanjo. A compreenso desta linguagem
simblica implica o conhecimento de questes que esto diretamente ligadas ao
estudo e anlise do nosso subconsciente, dos arqutipos e do nosso inconsciente
coletivo descrito por Carl Gustav Jung.

a Escada de Jac um smbolo religioso nos mostrando que s chegaremos


morada de Deus se galgarmos degrau por degrau a escada da vida. o smbolo do
caminho para a perfeio. Sua colocao no painel do aprendiz indica que o
nefito colocou o p no primeiro degrau da escada, iniciando sua busca para o
aperfeioamento moral. Outra viso a esotrica - da escada de Jac, onde anjos
subiam e desciam por ela, nos mostra, simbolicamente os ciclos evolutivos e
involutivos da vida num perptuo fluxo e refluxo atravs dos sucessivos
nascimentos e mortes.
A citao bblica "a casa de meu pai tem muitas moradas" tambm nos reporta ao
seu sentido esotrico, dizendo-nos que h muitos nveis para as criaturas dentro do
seu grau de evoluo e progresso.

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Que possamos, na nossa ignorncia, atinar para a grande inteligncia do Plano de
Evoluo da Vida, que nos sugerido no painel da Loja de Aprendiz, pois aps a
estrela de sete pontas, que simboliza a verdadeira sabedoria e a perfeio moral,
ainda poderemos transcender rumo s nuvens, Lua, Sol e demais Estrelas do
firmamento, incorporando-nos no grande e glorioso Cu, contido na Abbada
Celeste, para verdadeiramente nos reencontramos com o G..A..D..U...

Sobre o tema, permita-nos aos IIr.., explanarmos mais detalhadamente sobre a


ORLA DENTEADA. No sculo XVIII, era formada por uma corda que circundava
o Pavimento Mosaico e que era ornamentada com borlas, derivando da o nome de
Borla Denteada que, por um fenmeno de semntica, se transformou em Orla
Denteada.

Sua apresentao simblica se identifica com os planetas que circundam o Sol e


ainda, com a muralha formada pelos adeptos que so espritos que atingiram
perfeio e que se dispem em torno dos homens com a finalidade de proteger a
humanidade. Simboliza mais as virtudes da Temperana, Fortaleza, Prudncia e
Justia; os quatro elementos dos antigos: gua, fogo, terra e ar. Pesquisando a
histria da Orla Denteada, remonta aos tempos em que as sesses manicas eram
feitas fora dos Templos.

Em qualquer sala, onde se reuniam os Irmos em torno de uma mesa, pintava-se no


cho, geralmente com carvo, o Painel que continha o Pavimento Mosaico e vrios
outros smbolos manicos. Em torno deste desenho vinha a Orla Denteada,
formada por uma corda com vrios ns. Terminada a sesso, a corda era guardada e
o desenho apagado cuidadosamente. Mais tarde, para simplificar o trabalho
faziam-se, geralmente de metal, os vrios smbolos dos objetos que ornavam o
Painel e, quando das reunies bastava colocar-se a corda e espalharem-se os
emblemas no espao por ela delimitado.

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O progresso continuou e apareceu ento um retngulo de tecido em torno do qual
se punha a corda. Neste retngulo estavam pregados os emblemas dos objetos
simblicos. Terminada a sesso bastava enrolar-se aquele retngulo e tudo estava
preparado para outra. Por ltimo, o Painel foi definitivamente pintado e exposto
permanentemente nas lojas.

A Orla Denteada uma figura denteada que cerca o mosaico do Templo,


simbolizando a unio que deve existir entre todos os homens quando o amor
fraternal dominar todas as naes e todos os coraes.

Mostra-nos o princpio de atrao universal simbolizado no amor e representa,


tambm, com os seus mltiplos dentes, os planetas que gravitam ao redor do Sol,
os povos reunidos em torno de um chefe, os filhos reunidos em volta do pai, enfim,
os Maons unidos e reunidos em torno da Loja, cujos ensinamentos e moral
aprendem, para espalh-los aos quatro cantos do Orbe.

As interpretaes simblicas da Orla Denteada so numerosas. Certos rituais


franceses dizem que ela pretende ensinar ao Maom que a sociedade da qual ele
constitui uma parte envolve a Terra e que distncia, longe de afrouxar os laos
que unem os membros entre si, os atrai com maior fora.

Lenning afirma que ela simboliza os laos fraternais pelos quais todos os Maons
so unidos. Gdicke, no entanto, segundo Mackey, mais preciso, definindo-a
como o lao universal pelo qual todo Maom deve estar unido aos seus irmos, e
acrescentando que consistiria de sessenta filetes ou fios, porque segundo os
antigos estatutos, a nenhuma loja era permitido ter mais de sessenta membros.
Para Plantagenet: A Orla Denteada simboliza a Fraternidade que une todos os
Maons, sendo assim uma reproduo material e permanente da Cadeia de
Unio.

J. Boucher (LSM) diz que, segundo a definio de Oswald Wirth, a Orla Denteada
deve ser composta de tringulos eqilteros pretos e brancos, estes ltimos com a
ponta voltada para fora, pois indicam a influncia iluminativa exercida sobre ns

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pela imensidade-ambiente daquilo que ignoramos. Neste caso, os tringulos pretos
exprimiriam, por parte dos iniciados, um esforo de compreenso receptiva, ao
passo que os tringulos brancos, cuja ponta est voltada para o exterior, denotariam
uma espcie de ofensiva contra o mistrio do esprito humano....

A ORLA DENTEADA simbolizando o princpio da Atrao Universal, insta-nos a


unirmos cada vez mais, nos mais variados nveis de convivncia social, quer seja
em nossos crculos de amizade, de famlia ou de fraternidade em torno de nossa
Loja e com nossos irmos em todo o mundo, atravs do Amor Fraternal.

Da trilogia fundamental da Maonaria - Liberdade, Igualdade e Fraternidade -


este ltimo princpio, a fraternidade, diria que o mais importante. Entretanto, essa
fraternidade com que nossa Ordem nos presenteia no mgica, no nasce ou
incutida mediante a iniciao Maonaria, ela deve ser ensinada, aprendida,
cultivada e protegida diariamente.

Vemos assim que para atingirmos a "excelncia do amor fraternal" necessrio


polir, e muito bem polida, nossa pedra bruta, exercitando todos os ensinamentos
morais que a Maonaria nos traz desde o momento em que nos d Luz.

Ento quanto mais estreitos os laos fraternais entre os irmos de uma Loja, maior,
com certeza, ser a fora e a beleza de seus trabalhos e mais benefcios trar aos
Obreiros de seu quadro, aos demais irmos de seu Oriente e comunidade onde
est inserida e, assim, Maonaria Universal.

Sejamos, pois, maximizadores do Amor do G..A..D..U.., amando e amparando


a todos os Irmos e lutando pelo encaminhamento de nossos pares, rumo morada
Divina, que a origem e fim de nossos passos.

Termino minha explanao, invocando a fora do significado da ORLA


DENTEADA, decantando a alegria do convvio fraternal que expressa o Salmo
133:

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"Oh, quo bom e quo suave que os irmos vivam em unio.
como leo precioso sobre a cabea, que desce sobre a barba, a
barba de Aaro e que desce a orla das suas vestes. como
orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sio, por que
ali, o Senhor ordena beno, e vida para sempre.

Transferimos nossas pesquisas agora para falarmos das principais colunas


manicas. Entretanto, antes preciso conhecer as trs Ordens clssicas da
arquitetura: Jnica, Drica e Corntia.

A ordem jnica tem antecedentes na arquitetura dos assrios, hititas e de outros


povos da sia Menor. Espalhou-se no sculo V a.C. por muitas cidades-estado e
pelas colnias gregas na Siclia. Em Atenas, foi resultar num estilo caracterstico,
o tico-jnico.

Ao contrrio da coluna drica, a jnica no assenta diretamente sobre patamares,


mas tem uma base (plinto) que assume diversas formas. A vantagem do plinto
que todo o conjunto ganha maior leveza. O fuste, por sua vez, afina um pouquinho
em direo ao capitel. A coluna elegante no s porque mais alta em relao ao
dimetro (corresponde a at 9 vezes o dimetro, enquanto a drica no passa de 5
vezes e meia) mas tambm pelo fato de possuir maior nmero de caneluras
frisos verticais da coluna de 24 a 44 (na drica so de 16 a 20).

Alm disso, as caneluras jnicas no terminam em arestas vivas, mas so


biseladas, ou seja, entre uma e outra h um pequeno risco, ajudando a coluna a
parecer mais esguia. O capitel ornado com desenhos em espiral chamados
volutas; entre o capitel e a coluna, feito uma gola trabalhada, h outro tipo de
enfeite ovalado, o gorjal.

Tambm a arquitrave distingue bem as duas ordens: na coluna drica, a forma


desse elemento correspondia s antigas traves de madeira; na jnica, a arquitrave
adquire formas muito mais rebuscadas, apresentando trs faixas horizontais. A
maior delas a ltima ornada por uma fileira de prolas; o friso que se segue

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, por sua vez, enfeitado por uma srie contnua de baixos-relevos. Finalmente, o
entablamento coroao do edifcio equivalente a menos de 1/4 da altura da
coluna torna a construo mais leve.

O que o drico tem de sbrio, o jnico tem de gracioso. O capitel jnico


parecido com o tipo de penteado feminino ento em moda na poca, existindo
tambm certa semelhana entre a linha da coluna jnica e um traje de mulher, o
quinto.

A construo jnica, de dimenses maiores, se apoiava numa fileira dupla de


colunas, um pouco mais estilizadas, e apresentava igualmente um fuste acanelado
e uma base slida. O capitel culminava em duas colunas graciosas, e os frisos
eram decorados em altos-relevos. O Erecteion de Atenas, talvez o mais belo dos
templos jnicos, levantando em honra de um lendrio heri ateniense chamado
Erecteu, terminou sua construo em 406 a.C., estando localizado sobre a
Acrpole da cidade.

No interior do templo, guardavam-se os mais sagrados objetos de arte. Na parte


sul da construo h um prtico, o das kor ou caritides (donzelas, em grego),
sustentado, no por colunas, mas por seis esttuas de moas com cestas cabea.
O templo de Atenia, Nike Aptera, foi construdo em 429 a.C. em homenagem a
Atenia vitoriosa. Dentro do templo de Atenia, os atenienses colocaram a esttua
da vitria alada, mas, por via das dvidas, cortaram-lhe as asas, para que no
sasse voando do templo. O templo foi eregido na Acrpole, permaneceu em bom
estado at o sculo XVIII, quando os turcos otomanos que haviam conquistado a
Grcia aproveitaram o local para armazenar plvora, usando pedras do edifcio
para guarnecer o depsito. Mais adiante, no perodo clssico (sculos V e II a.C.),
a arquitetura grega atingiu seu ponto mximo. Aos dois estilos j conhecidos
(drico e jnico) veio se somar um outro, o corntio, que se caracterizava por um
capitel tpico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto.

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A Ordem Drica, no resta dvida de que o templo foi um dos legados mais
importantes da arte grega ao Ocidente, devendo suas origens ser procuradas
no Megaron Micnico aposento, de morfologia bastante simples, apesar de
ser a acomodao principal do governante que nada mais era do que uma
sala retangular, qual se tinha acesso atravs de um pequeno prtico
(pronaos), e quatro colunas que sustentavam um teto parecido com o atual
telhado de duas guas.

No princpio, esse foi o esquema que marcou os cnones da edificao grega e foi
a partir do aperfeioamento dessa forma bsica que se configurou o templo grego
tal como o conhecemos hoje, sendo pelo tipo de coluna que se conhece essa
arquitetura, nascida h 2.500 anos, e que continua a fascinar os estudiosos e a
atrair turistas s colunas de Atenas.

Os primitivos templos gregos eram considerados morada dos deuses. Num


aposento especial, voltado para leste, ficava a esttua da divindade. Havia um
prtico, que os gregos chamavam prnaos, e uma sala grande, chamada, por sua
vez, nos. Alguns templos maiores eram rodeados por colunas. A nos, nesses
templos, tinha tambm duas fileiras de colunas internas para auxiliar a sustentao
do teto.

No comeo, os materiais utilizados eram o adobe para as paredes e a madeira


para as colunas. Depois, a partir do sculo VII a.C. (perodo arcaico), eles foram
caindo em desuso, sendo substitudos pela pedra e pelo mrmore. Essa inovao
permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa
(peristilo) da edificao, fazendo com que o templo obtivesse um ganho no que
toca monumentalidade.

Surgiram ento os primeiros estilos arquitetnicos. Inicialmente, duas ordens (ou


estilos) arquitetnicos predominavam: a drica (ao sul, nas costas do Peloponeso)
e a jnica (a leste). Depois, bem mais tarde, apareceu mais uma, a ordem corntia.

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A ordem drica foi a primeira e a mais simples das ordens arquitetnicas, sendo
uma verso em pedra das peas de madeira. O estilo drico vem em primeiro lugar
por uma razo muito simples: o drico foi um dos primeiros povos que
dominaram a Grcia. Nessa ordem, a parte principal da coluna, ou fuste, repousa
diretamente sobre o embasamento; o acabamento no alto da coluna, ou capitel,
extremamente simples; a parte que assenta sobre os capitis, ou arquitrave, larga,
macia, sem rebuscamentos.

No estilo drico, as colunas tm sulcos de cima a baixo (caneluras), porque essa


a maneira mais fcil de se adornar um tronco de madeira. No topo, uma pea
redonda (equino), para impedir a penetrao de gua das chuvas. Sobre o equino,
uma pea plana (baco), para distribuir por igual o peso da arquitrave e, sobre
esta, apoiadas, as pontas da vigas de madeira do teto, esculpidas com trs sulcos
(triglifo) e com peas decoradas ou simples para preencher os vo (mtopas).
Finalmente, o beiral do teto (cornija), decorado com peas de cermica ao longo
das extremidades (acrotrio). O equino junto com o baco recebe o nome de
capitel; os triglifos e mtopas formam o friso; o friso e a cornija combinados
constituem o entablamento. As ordens arquitetnicas gregas dividem-seem trs
partes principais: o entabalamento, a coluna e o embasamento.

Os mais importantes templos da antiga Grcia foram os da ordem drica. Esses


templos eram em geral baixos e macios. As grossas colunas que lhes davam
sustentao no dispunham de base, e o fuste tinha forma acanelada. O capitel,
muito simples, terminava numa moldura convexa a um entabalamento (sistema de
cornijas) formado por uma arquitrave (parte inferior) e um friso de trglifos
(decorao acanelada) entreados por mtopas.

J no sculo V a.C. os gregos antecipavam uma prtica que os romanos adotariam


muito mais tarde onde as vrias partes de uma ordem podiam ser usadas para
construir templos de forma diferente da retangular, tradicional at ento.

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Chegaram a fazer um templo circular chamado Tholos, na cidade de Delphos. Os
primeiros templos provavelmente tinham tetos de palha (sap). Depois, os tetos
passaram a ter a pea triangular achatada (pedimento) e puderam ser utilizadas
telhas de cermica. O pedimento, ao lado do peristilo, uma das caractersticas
mais conhecidas do templo grego.

Na arquitetura grega, nada era arbitrrio ou puramente decorativo e, em virtude do


sistema padro de medida, at os detalhes que normalmente tm dimenses fixa,
como portas e janelas, variavam de proporo em harmonia com o conjunto. Foi
no Partenon que essa harmonia atingiu seu mais alto grau, tornando-o uma das
maiores obras de arte de todos os tempos.

Os templos de Poseidon (Netuno) e de Hera, em Paestum, na Itlia, e os templos


de Selinunte, na Siclia, alm do Partenon, representam os monumentos melhor
conservados da ordem drica, e datam do sculo V a.C.. A sua mais notvel
caracterstica a curvatura das linhas, que do aparncia de retas, mas na
realidade apresentam uma pequena curvatura, para eliminar a impresso de
divergncia das numerosas colunas.

No templo de Asso a diminuio progressiva do dimetro das colunas lhes d


quase a forma de um fuso, sendo uma das primeiras incluses, num templo drico,
de um friso da ordem jnica. Por quase quatro sculos do sculo VI ao III a.C. a
ordem drica predominou na Grcia, sia Menor, Siclia e Itlia meridional,
criando belos monumentos. Depois de atingir seu pice, no Partenon de Atenas,
mais ou menos no terceiro sculo a ordem drica comeou a ser abandonada. Para
suced-la, aparecia outra maravilha da arte grega: a ordem jnica, com
caractersticas diferentes: colunas mais delgadas e mais graciosas, com ligeiro
estriado, base tripla e um capitel em voluta. Apesar de sua base drica, o Partenon
reflete algo da sutileza da influncia jnica.

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Ordem Corntia. No perodo clssico (sculos V e IV a.C.), a arquitetura grega
atingiu seu ponto mximo. Aos dois estilos j conhecidos (drico e jnico)
veio se somar um outro, o corntio, que se caracterizava por um capitel tpico
cuja extremidade era decorada por folhas de acanto.

A ordem corntia apareceu no sculo IV a.C. e se caracterizou sobretudo pela


forma do capitel. H uma lenda que explica a origem desse estilo. Diz a
lenda que certa vez, uma bela jovem corntia fora enterrada em campo
aberto; sua ama colocara sobre o tmulo um cesto coberto de telhas,
contendo objetos que a jovem mais queria. Na primavera seguinte, brotaram
no lugar alguns ps de acanto. encontrando os obstculos das telhas, as folhas
dobraram-se, formando volutas incompletas.

Inspirado nesse motivo continua a lenda -, um arquiteto grego chamado


Calmaco teria criado a nova ordem. Na verdade, porm, o estilo conrntio
parece ter sido importado do Egito, onde j existiam templos cujos capitis
eram decorados com motivos florais.

Embora o perodo ureo da arte grega tenha terminado por volta de 400 a.C., a
ordem conrntia s se afirmou uns 200 anos depois, quando a Grcia j havia
perdido muito de sua fora e importncia. Tirando a forma do capitel, os demais
elementos da ordem corntia so muito parecidos com os da jnica, como, por
exemplo, o fuste estriado, a coluna assentada numa base e a arquitrave dividida
em trs partes.

A coluna um pouco mais esguia: sua altura igual a at 11 vezes o dimetro. A


ordem corntia, por sua prpria natureza, exigia dos escultores muita habilidade
para ornamentarem os capitis com duas ou trs carreiras de folhas e volutas, estas
ltimas se enrolando acima das folhas. O templo de Olympeion de Atenas
comeou a ser construdo em 170 a.C, e s terminou muito tempo depois.
Dedicado a Zeus Olmpico, foi o maior edifcio corntio, restando apenas runas

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do templo. Esse estilo seria mais tarde retomado e modificado pelos romanos, que
procuravam o luxo e a ostentao.

Podemos definir coluna como um elemento arquitetnico destinado a receber as


cargas verticais de uma edificao. Em maonaria a palavra coluna possui
derivaes variadas, sendo as principais:

COLUNA JNICA simboliza a coluna da sabedoria personificada pelo


Venervel. Fica localizada no oriente sobre a prancheta do venervel.
COLUNA DRICA - simboliza a coluna da fora e personifica o 1
vigilante. a coluna que representa os Aprendizes Maons. Fica localizada
sobre a mesa do 1 vigilante.
COLUNA CORINTIA simboliza a beleza e personifica o 2 vigilante. a
coluna que representa os Companheiros Maons. Fica localizada sobre a
mesa do 2 vigilante.

Simbolicamente podemos afirmar que a maonaria possui vrios significados para


o termo coluna, mas nunca devemos esquecer que as colunas mais importantes de
um Templo Manico so os seus Obreiros, eternos construtores de si mesmo,
colunas que ornam e edificam o homem de bem, justo e perfeito e que atravs de
seu juramento feito ao G..A..D..U.. tem a obrigao de construir um mundo
melhor para si e para outrem, refletindo como espelho a sabedoria, a beleza e a
fora dos ensinamentos manicos em sua majestade.

CONCLUSO

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Ao chegarmos a essa etapa da LAVRA INICIAL de nossa PEDRA BRUTA,
evidenciamos que o Aprendiz, logo na sua Iniciao e imediatamente aps a
mesma, confrontado com uma panplia de smbolos variada, complexa e de
grande quantidade que precisa ser aprendida e compreendida.

Uma das vertentes importantes desse aprendizado, o estudo e conhecimento dos


smbolos, o esforo da compreenso e apreenso do seu significado. Aprender a
lidar com a linguagem simblica, a determinar os significados representados pelos
inmeros smbolos com que a Maonaria trabalha , sem dvida, uma vertente
importante dos esforos que so pedidos ao Aprendiz.

uma vertente to importante que ningum deve ensinar o significado de


qualquer smbolo ao Aprendiz. Quando muito, cada um pode inform-lo do
significado que ele d a um determinado smbolo. Mas nunca poder
legitimamente dizer ao Aprendiz que esse o significado correto, que esse o
significado que o Aprendiz deve adotar.

Jamais devemos esquecer que, de agora em diante, em todos os momentos de


nossa vida, preciso haver EQUILIBRIO e HARMONIA em todos os aspectos.
verdade que, algumas vezes devido necessidade, torna-se difcil manter o
equilbrio. Tenhamos, porm, muita fora de vontade e perseverana.

Jamais devemos abandonar os ensinamentos que recebemos (e continuaremos a


receber a cada encontro, loja ou oficina) seja qual for a situao em que se
encontre. Resignemo-nos situao, confiemos no G..A..D..U...

E procedamos de acordo com os princpios da Luz (os ensinamentos que


recebemos). Algumas vezes , bem provvel que no consigamos conciliar a vida
material com a sua vida Manica mas, neste momento, lembremo-nos do
equilbrio da rgua de vinte e quatro polegadas: Voc conseguir vencer os
desafios que surgirem em seu caminho. Do contrrio, ns no os teremos

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vencido, e as experincias retornaro em algum momento para que possam melhor
trabalh-las e lidar com as mesmas. No fujamos jamais de nossas obrigaes
mundanas e, por outro lado, procuremos dedicarmo-nos, ao mximo possvel,
sua realizao dentro dos ensinamentos recebidos.

O SIMBOLISMO , na opinio desse humilde Ap..M.. , conforme citado na


introduo dessa pea de arquitetura, a presena clara do esoterismo mstico que
nos conduz a uma reflexo profunda atravs de simples interpretao de
direcionada dos utenslios profanos que a humanidade em geral aprendeu e
evoluiu consoante a sua utilizao em todas as reas do conhecimento.

Proferimos que na vida manica esta regra ocupa um lugar de destaque,


observado desde nossa entrada ritualista ao Templo;, temos nossos olhos guiados
espontaneamente a todos os smbolos presentes e dispostos harmoniosamente, e
assim, de modo a obter um profcuo esclarecimento, buscamos o incio, o
significado da prpria palavra smbolo.

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BIBLIOGRAFIA

Sites manicos:
o www.pedroneves.recantodasletras.com.br
o www.trabalhosmaconicos.blogspot.com
o http://www.guiadomacom.com.br
Sites Profanos:
o www.horadopovo.com.br/2004/maio/26-05-04/portuga.htm
o www.comunidademaconica.com.br
CASTELLANI, Jos. O Rito Escocs Antigo e Aceito - Histria, Doutrina
e Prtica. 2. Ed. So Paulo: A Trolha, 1995.
FERREIRA, Aurlio Buarque de Holanda. Novo Dicionrio Aurlio da
Lngua Portuguesa. 2. ed. 30. Impr. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira.

BIBLIA SAGRADA

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