GeotecAnaliseAmbientalEbook PDF
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Alegre - ES
2015
ii
GEOTECNOLOGIAS & ANLISE AMBIENTAL: APLICAES PRTICAS
CCA-UFES
Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal do Esprito Santo
Alto Universitrio, s/n, Bairro Universitrio, Alegre-ES
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Telefone: (28) 3552-8131
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UFV
Universidade Federal de Viosa
Avenida Peter Henry Rolfs, s/n - Campus Universitrio, Viosa - MG, 36570-900
Telefone: (31) 3899-2200
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Capa
Thiago de Oliveira Tuler
Imagens: originais obtidas pelos organizadores
Editorao Eletrnica
Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal do Esprito Santo
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Estado do Esprito Santo
Universidade Federal de Viosa
Reviso de texto
Alexandre Rosa dos Santos - CCA-UFES
Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro - UFV
Joo Batista Esteves Peluzio - Ifes-Campus de Alegre
Telma Machado de Oliveira Peluzio - Ifes-Campus de Alegre
Gleissy Mary Amaral Dino Alves dos Santos - UFV
Giselle Lemos Moreira - CCA-UFES
Ivo Augusto Lopes Magalhes - UFMGS
Reviso Tcnica
Jferson Luiz Ferrari - Ifes-Campus de Alegre
Nilton Cesar Fiedler - CCA-UFES
Aderbal Gomes da Silva - CCA-UFES
Contato
http://www.mundogeomatica.com.br
e-mail: [email protected] e [email protected]
Tel.: (28) 3552 8988 ou (28) 9 9926 0262
iii
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - O livro gratuito podendo ser impresso. A violao dos
direitos autorais (Lei no 9.610/98) crime (art. 184 do Cdigo Penal). Depsito legal na Biblioteca
Nacional, conforme Decreto no 1.825, de 20/12/1907. Os autores so seus professores, respeite-
os, sempre citando seus nomes em possveis publicaes.
G352 Geotecnologias & anlise ambiental: aplicaes prticas [e-book] / Alexandre Rosa dos
Santos (organizador)... [et al.], Thiago de Oliveira Tuler (ilustrador). Alegre, ES:
CAUFES, 2015.
230 p. : il.
Inclui bibliografia.
Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader.
Modo de acesso: World Wide Web:
<http://www.mundogeomatica.com.br/Livro_Geoteconologia_Analise_Ambiental.htm>.
ISBN: 978-85-61890-70-4
CDU: 630*18
iv
DEDICATRIA
Ns, autores, dedicamos este livro aos familiares que sempre acreditaram em nossos trabalhos.
AGRADECIMENTOS
empresa Fibria.
REFLEXO
PREFCIO
Satisfao a palavra que nos vem cabea quando nos referimos obra GEOTECNOLOGIAS
& ANLISE AMBIENTAL: APLICAES PRTICAS, onde observamos um somatrio de
esforos na compilao de trabalhos cientficos desenvolvidos por pesquisadores de diferentes
reas atuantes em instituies de ensino e pesquisa do Brasil.
Particular dedicao foi dada exposio dos elementos que permitem aos leitores a anlise dos
seus dados, alm da simples identificao do objeto, bem como extrair informaes que os
ajudem a descobrir a natureza intrnseca do mesmo.
v
ORGANIZADORES
vi
AUTORES
Aguinaldo Silva
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campus do Pantanal.
Programa de Ps-graduao em Estudos Fronteirios.
Cep: 79.304-020 Corumb, MS.
Endereo eletrnico: [email protected]
vii
Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro Organizador
Universidade Federal de Viosa - Departamento de Engenharia Florestal.
Programa de Ps-graduao em Cincias Florestais.
Cep: 36.570-000 Viosa, MG.
Endereo eletrnico: [email protected]
Everton de Carvalho
Gegrafo - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus do Pantanal.
Cep: 79304-902 - Corumb, MS.
Endereo eletrnico: [email protected]
Fabrcio Silva
Universidade Federal de Viosa Departamento de Engenharia Florestal.
Programa de Ps-graduao em Cincias Florestais Doutorando.
Cep: 36.570-000 Viosa, MG.
Endereo eletrnico: [email protected]
viii
Getlio Fonseca Domingues
Universidade Federal de Viosa - Departamento de Engenharia Florestal.
Programa de Ps-graduao em Cincia Florestal Doutorando.
Cep: 36.570-000 Viosa, MG.
Endereo eletrnico: [email protected]
ix
Karla Maria Pedra de Abreu
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Esprito Santo Campus de Alegre.
Cep: 29.520-000 Rive, Alegre, ES.
Endereo eletrnico: [email protected]
x
Patrycia Pansini de Oliveira
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Esprito Santo Campus de Alegre.
Tecnloga em Cafeicultura.
Cep: 29.520-000 Rive, Alegre, ES.
Endereo eletrnico: [email protected]
Rodrigo Scherer
Universidade de Vila Velha - Departamento de Produtos Naturais.
Programa de Ps-graduao em Cincias Farmacuticas.
Cep: 29.102-920 Vila Velha, ES.
Endereo eletrnico: [email protected]
xi
Telma Machado de Oliveira Peluzio Organizadora
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Esprito Santo Campus de Alegre.
Departamento de Desenvolvimento Educacional.
Cep: 29.500-000 Rive, Alegre, ES.
Endereo eletrnico: [email protected]
Tessa Chimalli
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Esprito Santo - Campus Itapina.
Cep: 29709-910 - Colatina, ES.
Endereo eletrnico: [email protected]
Wantuelfer Gonalves
Universidade Federal de Viosa - Departamento de Engenharia Florestal.
Programa de Graduao em Cincia Florestal.
Cep: 36.570-000 Viosa, MG.
Endereo eletrnico: [email protected]
xii
NDICE ANALTICO
Dedicatria............................................................................................................. v
Agradecimentos.................................................................................................... v
Reflexo................................................................................................................... v
Prefcio................................................................................................................... v
Organizadores....................................................................................................... vi
Autores.................................................................................................................... vii
Introduo
Geotecnologias & anlise ambiental: aplicaes prticas.................................. 22
Captulo 1
Mapeamento da vegetao urbana da cidade de Vila Velha, ES
1 Introduo .............................................................................................................. 23
2 Metodologia ........................................................................................................... 24
2.1 rea de estudo .................................................................................................... 24
2.2 Banco de dados .................................................................................................. 25
2.3 Mapeamento da vegetao urbana ....................................................................... 26
2.4 ndices de arborizao ......................................................................................... 28
2.4.1 ndices de reas Verdes (IAV) ......................................................................... 28
2.4.2 ndice de Sombreamento Arbreo (ISA) ............................................................. 30
2.4.3 ndice de Densidade Arbrea (IDA) ................................................................... 30
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 31
3.1 Mapeamento da vegetao urbana da cidade de Vila velha, ES .............................. 31
3.2 reas verdes ....................................................................................................... 33
3.2.1 ndice de reas Verdes (IAV) ........................................................................... 35
3.3 ndices de Densidade Arbreos (IDA) e ndice de Sombreamento Arbreos (ISA) ..... 35
4 Concluses ............................................................................................................ 39
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 40
Captulo 2
Uso e cobertura da terra no entorno do plo de educao ambiental/IFES-
campus de Alegre
1 Introduo .............................................................................................................. 41
2 Metodologia ........................................................................................................... 42
2.1 Localizao e caracterizao da rea ................................................................... 42
2.2 Materiais utilizados .............................................................................................. 43
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 46
4 Concluses ............................................................................................................ 48
xiii
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 48
Captulo 3
Estrutura da paisagem florestal no entorno do plo de educao ambiental
da mata atlntica/IFES-campus de Alegre
1 Introduo .............................................................................................................. 50
2 Metodologia ........................................................................................................... 52
2.1 Localizao e caracterizao da rea ................................................................... 52
2.2 Materiais utilizados ............................................................................................. 52
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 57
4 Concluses .......................................................................................................... 65
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 66
Captulo 4
reas de preservao permanente no entorno do Parque Nacional do
Capara - anlise comparativa de acordo com o antigo e o novo cdigo
florestal
1 Introduo .............................................................................................................. 68
2 Metodologia ........................................................................................................... 69
2.1 Localizao e caracterizao da rea ................................................................... 69
2.2 Materiais utilizados .............................................................................................. 70
2.2.1 BASE DE DADOS .................................................................................................. 70
2.2.2 Modelo Digital de Elevao Hidrograficamente
Condicionado.......................................... 70
2.2.3 DELIMITAO DAS APP PELO ANTIGO (LEI 4.771/65) E NOVO CDIGO FLORESTAL (LEI 12.727/12).. 71
2.2.4 ESPACIALIZAO MATRICIAL DAS APP CONSERVADAS ...................................................... 74
3 Resultados e Discusso ........................................................................................ 74
3.1 Anlise comparativa das APP espacializadas de acordo com o antigo e o novo
cdigo florestal ............................................................................................................ 74
3.2 reas de preservao permanente totais e conservadas no entorno capixaba do
Parque Nacional do Capara ........................................................................................ 77
4 Concluses ............................................................................................................ 82
5 Referncias bibliogrficas .................................................................................. 82
Captulo 5
Avaliao de duas metodologias distintas para o cmputo das reas de
preservao permanente ao longo de cursos dgua
1 Introduo ............................................................................................................. 84
2 Metodologia ........................................................................................................... 86
2.1 Localizao e caracterizao da rea ................................................................... 86
2.2 Materiais utilizados .............................................................................................. 86
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 88
3.1 reas de preservao permanente calculada atravs da metodologia da largura
varivel do curso dgua .............................................................................................. 88
3.2 reas de Preservao Permanente calculadas pela largura mdia do curso dgua .. 89
4 Concluses ........................................................................................................... 92
5 Referncias bibliogrficas .................................................................................... 92
Captulo 6
Diagnstico da aceitao dos proprietrios rurais quanto a implantao de
corredores ecolgicos entre dois parques estaduais no es utilizando
geotecnologica
1 Introduo .............................................................................................................. 94
2 Metodologia ........................................................................................................... 95
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 97
xiv
4 Concluses ............................................................................................................ 100
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 100
Captulo 7
Proposta de corredor ecolgico para bacia hidrogrfica do Rio Itapemirim
Estado o Esprito Santo
1 Introduo .............................................................................................................. 102
2 Metodologia ........................................................................................................... 103
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 105
4 Concluses ............................................................................................................ 115
5 Referncias bibliogrficas ...................................................................................... 115
Captulo 8
Dinmica da cobertura vegetal do corredor ecolgico Burarama-Pacotuba-
Cafund, ES
1 Introduo .............................................................................................................. 118
2 Metodologia ........................................................................................................... 120
2.1 Localizao e caracterizao da rea .................................................................... 120
2.2 Procedimentos para obteno do NDVI ................................................................. 121
2.2.1 Materiais utilizados ........................................................................................ 121
2.2.2 Correo geomtrica e corte da imagem ............................................................ 122
2.2.3 Calibrao radiomtrica .................................................................................. 122
2.2.4 Correo atmosfrica ..................................................................................... 124
2.2.5 ndice de vegetao por diferena normalizada ................................................... 125
2.3 Anlise temporal dos ndices de vegetao ........................................................... 125
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 126
4 Concluses ............................................................................................................ 131
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 131
Captulo 9
Avaliao da precipitao acumulada mensal estimada por sensoriamento
remoto para o estado do Esprito Santo
1 Introduo .............................................................................................................. 134
2 Metodologia ........................................................................................................... 135
2.1 Localizao e caracterizao da rea .................................................................... 135
2.2 Materiais utilizados .............................................................................................. 137
2.3 Metodologia de trabalho ....................................................................................... 138
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 140
4 Concluses ............................................................................................................ 141
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 142
Captulo 10
uso do sensoriamento orbital aplicado na anlise das mudanas
hidromorfolgicas no rio Miranda, estado do Mato Grosso do Sul, Ms
1 Introduo .............................................................................................................. 143
2 Metodologia ........................................................................................................... 144
2.1 Localizao e caracterizao da rea .................................................................... 144
2.2 Geologia ............................................................................................................. 145
2.3 Geomorfologia .................................................................................................... 146
2.4 Pedologia ........................................................................................................... 146
2.5 Vegetao .......................................................................................................... 147
2.6 Clima ................................................................................................................. 147
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 150
4 Concluses ............................................................................................................ 157
xv
5 Agradecimentos ..................................................................................................... 158
6 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 158
Captulo 11
Modelagem de risco de incndios em florestas naturais com o uso de
geotecnologias
1 Introduo .............................................................................................................. 160
2 Metodologia ........................................................................................................... 161
2.1 rea de estudo ................................................................................................... 161
2.2 Fatores relevantes ao risco de incndio florestal .................................................... 162
2.2.1 Uso e ocupao da terra ................................................................................ 162
2.2.2 Topografia ................................................................................................... 163
2.2.3 Fatores socioeconmicos ............................................................................... 165
2.3 Implementao do modelo .............................................................................. 166
3 Resultados e Discusso ........................................................................................ 169
4 Concluses ............................................................................................................ 171
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 172
Captulo 12
Atropelamentos de fauna silvestre em um trecho da rodovia BR-482, Rive,
Alegre, ES
1 Introduo .............................................................................................................. 173
2 Metodologia ........................................................................................................... 174
2.1 Localizao e caracterizao da rea ................................................................... 174
2.2 Coleta de dados e materiais utilizados .................................................................. 175
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 176
4 Concluses ............................................................................................................ 179
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 181
Captulo 13
Anlise bibliogrfica e mapeamento de artigos cientficos envolvendo a
cultura de caf em peridicos do sudeste brasileiro
1 Introduo .............................................................................................................. 182
2 Metodologia ........................................................................................................... 183
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 184
4 Concluses ............................................................................................................ 207
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 208
Captulo 14
Resduos de agrotxicos no brasil: uma anlise bibliomtrica
1 Introduo .............................................................................................................. 210
2 Metodologia ........................................................................................................... 212
3 Resultados e discusso ......................................................................................... 215
4 Concluses ............................................................................................................ 228
5 Referncias bibliogrficas ..................................................................................... 228
xvi
NDICE DE TABELAS
Captulo 1
Tabela 1. Arquivos vetoriais poligonais auxiliares para fotointerpretao .................................................. 26
Tabela 2. Polgonos e representao da vegetao urbana da cidade de Vila Velha, ES 27
Tabela 3. Quantificao e porcentagem das classes de vegetao da cidade de Vila Velha, ES ....................... 32
Captulo 2
Tabela 1. Chave de fotointerpretao das classes de uso e cobertura da terra presentes no entorno do
PEAMA/Ifes Campus de Alegre, Esprito Santo, Brasil .................................................................... 44
Tabela 2. Resultados as reas das classes de uso e cobertura da terra no entorno do PEAMA/Ifes-Campus de
Alegre, Esprito Santo, Brasil ................................................................................................... 47
Captulo 3
Tabela 1. Descrio das mtricas utilizadas para a anlise da estrutura da paisagem florestal da zona de
amortecimento do PEAMA/Ifes ................................................................................................. 55
Captulo 4
Tabela 1. Classes e caracterizao das reas de Preservao Permanente de acordo com o antigo e novo Cdigo
Florestal ........................................................................................................................... 73
Tabela 2. Quantificao da representatividade das reas de Preservao Permanente no entorno capixaba do
Parque Nacional do Capara ................................................................................................... 75
Tabela 3. Quantificao das reas de Preservao Permanente totais e conservadas na regio do entorno
capixaba do Parque Nacional do Capara .................................................................................... 77
Captulo 5
Tabela 1. Definio da abrangncia de APP por largura de canal de drenagem......................................... 87
Tabela 2. reas de preservao permanentes obtidas pelos dois mtodos de delimitao ............................. 88
Tabela 3. Comparativo entre o resultado do calculo das APP com largura varivel com a largura mdia do curso
dgua ............................................................................................................................. 90
Captulo 7
Tabela 1. Comprimento, largura e rea de cada corredor ecolgico proposto para conexo dos fragmentos
florestais potenciais identificados na bacia hidrogrfica do rio Itapemirim, ES em ordem crescente do
comprimento...................................................................................................................... 106
Tabela 2. Uso e cobertura da terra em cada corredor proposto para a bacia hidrogrfica do rio Itapemirim, ES. ...... 112
Captulo 8
Tabela 1. Dados das imagens LANDSAT-5 TM utilizadas para aplicao dos ndices de vegetao .................. 121
Tabela 2. Radincia espectral das bandas do sensor TM L5 e irradincia solar exoatmosfrica mdia ............... 123
Tabela 3. Intervalo das classes de mudanas da cobertura vegetal ....................................................... 126
Tabela 4. rea das classes de mudana da cobertura vegetal para a subtrao 2000-1990 ............................ 128
Tabela 5. rea das classes de mudana da cobertura vegetal para a subtrao 2010-2000 ............................ 128
Captulo 11
Tabela 1. Pesos e classificao atribudos para as variveis ............................................................... 167
Tabela 2. Matriz de comparao pareada e respectivos pesos dos fatores de influncia ao risco de incndio
florestal na rea de estudo ...................................................................................................... 168
Tabela 3. Classificao de zonas de risco de fogo e rea correspondente em risco ..................................... 170
Tabela 4. Principais classes de uso e ocupao da terra sob risco alto na rea de estudo ............................. 170
Captulo 12
Tabela 1. Nmero de atropelamentos de animais por grupos ecolgicos e por quilmetro do trecho km 37,4 a 43,5,
na rodovia BR-482, sentido Cachoeiro de Itapemirim a Alegre, Esprito Santo, Brasil ................................... 179
Captulo 13
Tabela 1. Peridicos avaliados ................................................................................................. 185
Tabela 2. Peridicos analisados, instituio sede e seus respectivos objetivos .......................................... 186
Tabela 3. Viso geral dos peridicos, nmero e porcentagem de volumes e artigos publicados em caf
considerando apenas revistas situadas no Sudeste brasileiro .............................................................. 187
xvii
Tabela 4. Viso geral dos peridicos, volumes utilizados na presente pesquisa e perodo analisado relacionado a
cafeicultura ....................................................................................................................... 188
Tabela 5. Viso geral dos peridicos e dos artigos publicados por dcadas e por Estados de publicao no perodo
de 1941 a 2012 ................................................................................................................... 189
Tabela 6. Preo mdio da exportao nacional do caf (verde e solvel), 1945 2012 (US$/sacas de 60 Kg) ....... 191
Tabela 7. Viso geral dos trabalhos publicados envolvendo caf, considerando estados no perodo de 1941 a
2012................................................................................................................................ 191
Tabela 8. Viso geral dos 10 municpios que se destacaram como sede do desenvolvimento dos artigos
cientficos.......................................................................................................................... 194
Tabela 9. Viso geral por dcadas dos estados em que foram desenvolvidos os artigos analisados no perodo de
1941 a 2012 ...................................................................................................................... 195
Tabela 10. Viso geral das especialidades em que foram encontradas nos artigos analisados no perodo de 1941 a
2012 ............................................................................................................................... 196
Tabela 11. Viso geral das espcies totais encontradas nos artigos analisados no perodo de 1941 a 2012 ......... 204
Tabela 12. Viso geral das espcies por dcadas encontradas nos artigos analisados no perodo de 1941 a 2012.. 205
Captulo 14
Tabela 1. Peridicos consultados na anlise bibliomtrica sobre resduos de agrotxicos ............................... 212
Tabela 2. Evoluo do nmero de artigos sobre resduos de agrotxicos ................................................. 216
Tabela 3. Principais instituies brasileiras com atuao em pesquisas sobre resduos de agrotxicos ................ 217
Tabela 4. Principais autores com atuao em pesquisas sobre contaminao por resduos de agrotxicos ........... 221
Tabela 5. Resultado do cadastro temtico do banco de dados, indicando o nmero de artigos em cada tcnica e
aplicao .......................................................................................................................... 223
xviii
NDICE DE FIGURAS
Captulo 1
Figura 1. Localizao do municpio de Vila Velha, ES.................................................................... 25
Figura 2. Esquema representativo para classificao das reas verdes da cidade de Vila Velha, ES. .............. 29
Figura 3. Mapa da vegetao urbana da cidade Vila Velha, ES ......................................................... 31
Figura 4. reas verdes e percentual de superfcie permevel na cidade de Vila Velha, ES .......................... 34
Figura 5. Porcentagem de reas verdes e espaos livres em Vila Velha, ES .......................................... 34
Figura 6. ndice de Sombreamento Arbreo (ISA) dos espaos livres da cidade de Vila Velha, ES ................. 36
Figura 7. ndice de Densidade Arbrea (IDA) dos espaos livres da cidade de Vila Velha, ES ...................... 37
Figura 8. ISA e IDA das praas classificadas como reas verdes da cidade de Vila Velha, ES ..................... 38
Figura 9. Coeficiente de correlao de Pearson entre os ndices arbreos dos espaos livres do municpio de
Vila Velha ...................................................................................................................... 39
Captulo 2
Figura 1. Localizao do PEAMA/Ifes - Campus de Alegre em relao ao estado do Esprito Santo, Brasil ....... 42
Figura 2. Demonstrao esquemtica dos procedimentos executados, no programa computacional ArcMap do
ArcGis10.2.2, para a gerao do mapa do uso e da cobertura da terra no entorno do PEAMA/Ifes - Campus de
Alegre, Esprito Santo, Brasil ................................................................................................ 45
Figura 3. Mapa de uso e cobertura da terra no entorno do PEAMA/Ifes Campus de Alegre, Esprito Santo,
Brasil ........................................................................................................................... 46
Captulo 3
Figura 1. Mapa de localizao PEAMA/Ifes - Campus de Alegre em relao ao municpio de Alegre, estado do
Esprito Santo, Brasil ......................................................................................................... 52
Figura 2. Esquematizao da metodologia utilizada no programa computacional ArcGis 10.2.2 .................. 57
Figura 3. Mapa dos fragmentos florestais identificados na rea de estudo ............................................. 58
Figura 4. Incidncia classes de natureza antrpica, como a pastagem e fios de eletricidade ........................ 59
Figura 5. Relao entre o nmero de fragmentos florestais e suas receptivas reas das classes de tamanho .... 62
Figura 6. Mapa de localizao dos fragmentos florestais distribudos por classes de tamanho ...................... 63
Figura 7. Mapa de efeito de borda nos fragmentos florestais ............................................................ 64
Captulo 4
Figura 1. Poro capixaba da Zona de Amortecimento do Parque Nacional do Capara ............................ 69
Figura 2. Comparao entre os critrios adotados para definio de uma elevao como morro ou montanha
em face da Lei 4.771/65 e Lei 12.727/12 ................................................................................... 72
Figura 3. Etapas metodolgicas para determinao das reas de Preservao Permanente na zona de
amortecimento do Parque Nacional do Capara, ES. ..................................................................... 73
Figura 4. Etapas necessrias para anlise estatstica das reas de Preservao Permanente conservadas ...... 75
Figura 5. Mapa das reas de Preservao Permanente no entorno capixaba do Parque Nacional do Capara,
de acordo com o antigo Cdigo Florestal (Lei 4.771/65) .................................................................. 78
Figura 6. Mapa das reas de Preservao Permanente no entorno capixaba do Parque Nacional do Capara,
de acordo com o novo Cdigo Florestal (Lei 12.727/12). ................................................................. 79
Figura 7. Mapa das reas de Preservao Permanente totais e conservadas no entorno capixaba do Parque
Nacional do Capara, de acordo com o antigo Cdigo Florestal (Lei 4.771/65 ......................................... 80
Figura 8. Mapa das reas de Preservao Permanentes totais e conservadas no entorno capixaba do Parque
Nacional do Capara, de acordo com o novo Cdigo Florestal (Lei 12.727/12) ....................................... 81
Captulo 5
Figura 1. Localizao da rea de estudo no estado de Minas Gerais ................................................... 86
Figura 2. APP geradas a partir da metodologia da largura varivel do curso dgua ................................ 89
Figura 3. APP geradas a partir da metodologia de largura mdia do curso dgua.................................. 90
Figura 4. Representao das APP geradas a partir das duas metodologias ......................................... 91
Captulo 6
Figura 1. Parques Estaduais de Forno Grande e Pedra Azul, no Estado do Esprito Santo e a localizao das
propriedades entrevistadas .................................................................................................. 96
xix
Figura 2. Produo da propriedade do entorno dos Parques Estaduais de Forno Grande e Pedra Azul, ES, para
gerao de renda ............................................................................................................. 97
Figura 3. Produo da propriedade do entorno dos Parques Estaduais de Forno Grande e Pedra Azul, ES, para
consumo prprio .............................................................................................................. 98
Figura 4. Porcentagens das reas aceitas pelos proprietrios do entorno dos Parques Estaduais de Forno
Grande e Pedra Azul, ES, para possvel implantao dos Corredores Ecolgicos .................................... 100
Captulo 7
Figura 1. Fluxograma com as operaes para a delimitao dos corredores ecolgicos na bacia hidrogrfica do
rio Itapemirim, ES ............................................................................................................. 105
Figura 2. Corredores ecolgicos, fragmentos conexo e fragmentos com maior potencial espacial para
conservao e conexo na bacia hidrogrfica do rio Itapemirim, ES .................................................... 110
Figura 3. Corredores ecolgicos, fragmentos conexo e fragmentos com maior potencial espacial para
conservao e conexo na bacia hidrogrfica do rio Itapemirim, ES, setor Cachoeiro/Itapemirim ................... 110
Figura 4. Corredores ecolgicos, fragmentos conexo e fragmentos com maior potencial espacial para
conservao e conexo na bacia hidrogrfica do rio Itapemirim, ES, setor Vargem alta/Conceio do Castelo .... 111
Figura 5. Corredores ecolgicos, fragmentos conexo e fragmentos com maior potencial espacial para
conservao e conexo na bacia hidrogrfica do rio Itapemirim, ES, setor Muniz Freire/Ibitirama ................... 111
Captulo 8
Figura 1. Localizao do Corredor Ecolgico Burarama-Pacotuba-Cafund, Esprito Santo ......................... 120
Figura 2. Evoluo do NDVI em uma srie temporal de 20 anos no Corredor Ecolgico Burarama-Pacotuba-
Cafund, Esprito Santo ...................................................................................................... 127
Figura 3. Imagem-subtrao do NDVI 1990-2000 no Corredor Ecolgico Burarama-Pacotuba-Cafund, Esprito
Santo ........................................................................................................................... 127
Figura 4. Imagem-subtrao do NDVI 2000-2010 no Corredor Ecolgico Burarama-Pacotuba-Cafund, Esprito
Santo ........................................................................................................................... 128
Figura 5. Composio RGB com demonstrao de sombreamento na regio de Burarama para os anos de 1990
(A), 2000 (B) e 2010 (C) ...................................................................................................... 129
Figura 6. Composio RGB demonstrando ganho da vegetao (cultivo de eucalipto) em trecho prximo
RPPN Cafund - 1990 (A), 2000 (B) e 2010 (C). .......................................................................... 130
Captulo 9
Figura 1. Localizao da rea de estudo .................................................................................. 136
Figura 2. Precipitao mdia (a) mensal e (b) anual para o Estado do Esprito Santo ................................ 137
..........................
Figura 3. Distribuio espacial das estaes meteorolgicas no Estado do Esprito Santo 139
Figura 4. Raiz do Erro Mdio Quadrtico (REMQ) para o produto 3B43 do satlite TRMM .......................... 141
Captulo 10
Figura 1. rea de estudo no trecho do rio Miranda, MS .................................................................. 145
Figura 2. A) Imagem Landsat5 TM de 09/1984, composio colorida (R5/G4/B3 ..................................... 148
Figura 2. B) Imagem Landsat OLI 8 de 09/2014, composio colorida (R6/G5/B4) ................................... 149
Figura 3. Foto interpretao do rio Miranda usando como base imagens: A) Landsat-5TM e B) Landsat OLI 8 ... 150
Figura 4. Rio Miranda. Presena de meandros abandonados e margem cncava e margem convexa ............. 151
Figura 5. Vazo mdia mensal do rio Miranda. Estao Fluviomtrica Tio de Fogo de Miranda .................. 152
Figura 6. Grfico de variao mensal histrica do nvel de gua do rio Miranda de 1968 a 1988 ................... 152
Figura 7. A) Imagem do Landsat-TM5 de 09/1984, B) Imagem do Landsat OLI 8 09/2014, C) possvel ponto de
rompimento do canal, Base de Estudos UFMS ............................................................................ 154
Figura 8. Meandro em processo de abandono. A) Imagem do Landsat TM 5 de 09/1984, B) Imagem Landsat
OLI 8 09/2014, C) Fotografia area obliqua de 2014 e D) Imagem de alta resoluo doSPOT ...................... 155
Figura 9. Paleocinturo de meandros em imagens Landsat de diferentes anos e estaes: A) Composio
Landsat R7G4B2 para o ano de 1988, B) Mosaico Landsat R3G4B5 com Imagens de 1999 e 2000, C)
Composio Landsat R7G4B2 para o ano de 2001 e D) Composio Landsat R7G4B2 para o ano de 2011 ...... 156
Figura 10. Possvel rompimento de meandro abandonado. A) Imagem do Landsat TM 5 de 09/1984, B), C)
Imagem Landsat OLI 8 09/2014 e C) Imagem de alta resoluo do SPOT ............................................. 157
Captulo 11
Figura 1. Localizao da rea de estudo ................................................................................... 162
Figura 2. Mapa das variveis relevantes ao risco de incndio florestal. (a) Uso e ocupao da terra; (b)
Orientao do relevo; (c) Declividade; (d) Proximidade a estradas; (e) Densidade populacional; (f) Proximidade a
residncias. .................................................................................................................... 164
Figura 3. Mapa de zona de risco de incndio florestal na rea de estudo .............................................. 169
xx
Captulo 12
Figura 1. Localizao da rea de estudo ................................................................................... 174
Figura 2. Fluxograma do desenvolvimento do experimento .............................................................. 176
Figura 3. Mapa do trecho km 37,4 a km 43,5 da rodovia BR-482 (Cachoeiro-Alegre) demonstrando os pontos de
atropelamento de animais silvestres vertebrados mortos ................................................................. 177
Figura 4. Mapa do trecho km 37,4 a km 43,5 da rodovia BR-482 (Cachoeiro Alegre) demonstrando os pontos
de atropelamento de animais silvestres, por quilmetro, de acordo com o grupo zoolgico .......................... 178
Figura 5. Registros fotogrficos da fauna silvestre vertebrada encontrada morta, conforme os grupos
zoolgicos: anfbios (A e B), aves (C e D), mamferos (D e E) e rpteis (G e H) ....................................... 180
Captulo 13
Figura 1. Fluxograma das etapas envolvidas na pesquisa desenvolvida ............................................... 184
Figura 2. Posicionamento de trabalhos em municpios e estados ....................................................... 192
Figura 3. Identificao dos estados com publicaes analisadas no presente trabalho .............................. 193
Figura 4. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 1941 a 1950 ...................................................... 197
Figura 5. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 1951 a 1960 ....................................................... 198
Figura 6. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 1961 a 1970 ....................................................... 198
Figura 7. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 1971 a 1980 ....................................................... 200
Figura 8. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 1981 a 1990 ...................................................... 200
Figura 9. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 1991 a 2000 ...................................................... 201
Figura 10. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 2001 a 2010 ...................................................... 202
Figura 11. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades trabalhadas nos artigos
publicados envolvendo a cafeicultura no perodo de 2011 a 2012 ...................................................... 203
Figura 12. Distribuio percentual dos trabalhos publicados de acordo com os referentes delineamentos
experimentais ................................................................................................................. 206
Captulo 14
Figura 1. Planilha construda para o cadastramento dos artigos ........................................................ 214
Figura 2. Fluxograma metodolgico das etapas necessrias para elaborao da anlise bibliomtrica
relacionada com resduos de agrotxicos .................................................................................. 215
Figura 3. Evoluo temporal, espacial e temtica da produo de artigos relacionados com resduos de
agrotxicos no Brasil entre os anos de 1997 a 2012 ...................................................................... 220
Figura 4. Distribuio espacial da produo brasileira de artigos relacionados com resduos de agrotxicos por
tcnica empregada ............................................................................................................ 226
Figura 5. Distribuio espacial da produo brasileira de artigos relacionados com resduos de agrotxicos por
aplicao ...................................................................................................................... 227
Figura 6. Distribuio relativa de artigos relacionados com resduos de agrotxicos publicados por regio do
Brasil ........................................................................................................................... 228
xxi
INTRODUO
22
CAPTULO 1
1 Introduo
23
imprprias ocupao fossem habitadas. Ainda que haja, atualmente, um aparato legal
que oriente a ordenao do territrio, o crescimento pelo qual passou o municpio e que
ainda se anuncia, demonstra um grande conflito entre os espaos construdos, os
espaos livres e as reas naturais (GARCIA, 2011).
De acordo com Baseggio et al. (2006), levantamentos sobre recursos naturais e
uso da terra so de fundamental importncia como subsdios ao planejamento,
monitoramento e controle do processo de ocupao do solo. O mesmo autor afirma que o
sensoriamento remoto orbital tem se mostrado uma ferramenta eficaz para pesquisas
dessa natureza, uma vez que possibilita em curto espao de tempo a obteno de uma
grande quantidade de informaes. Afirma ainda, que aliado ao geoprocessamento, o
sensoriamento remoto constitui uma tecnologia imprescindvel ao estudo e anlise de
variaes ambientais terrestres, como por exemplo, os padres de estrutura espacial da
cobertura vegetal intraurbana.
Diante do exposto, o presente estudo visa conhecer a situao em que se
encontra a distribuio da vegetao urbana da cidade de Vila Velha, mapeando-a e
classificando-a em diferentes classes de vegetao, bem como identificar reas verdes
no municpio e gerar ndices de qualidade ambiental, utilizando geotecnologias.
2 Metodologia
O estudo foi realizado nas reas urbanizadas da cidade de Vila Velha, estado do
Esprito Santo, pertencente Regio Metropolitana da Grande Vitria (RMGV), situada
entre as latitudes de 2019 e 2032 Sul e longitudes de 4016 e 4024 Oeste. Estas
reas urbanizadas (rea de estudo) representam 49,35 km, e a rea total do municpio
de 129,86 km (Figura 1).
A cidade de Vila Velha est inteiramente localizada no bioma Mata Atlntica
(IBGE, 2013), sendo a vegetao tpica de floresta tropical, com presena de reas de
mangue e restinga (PMVV, 2013). O clima tipo Aw, Tropical mido com Inverno seco,
segundo a classificao de Kppen (1928), apresentando temperatura mdia anual em
torno de 24,7C e precipitaes pluviomtricas distribudas entre os meses de outubro e
janeiro (INMET, 2013).
24
Figura 1. Localizao do municpio de Vila Velha, ES.
25
Tabela 1. Arquivos vetoriais poligonais auxiliares para fotointerpretao
Arquivos Shapefile Ano
Limite entre Comunidades 1994
Ottobacias Hidrogrficas 2008
rea Efetivamente Urbanizada 2010
Eixo de Logradouro 2010
Aerdromos 2010
Equipamentos de Ensino 2010
Equipamentos de Sade 2010
Equipamentos de Segurana 2010
Equipamentos de Assistncia Social 2010
Limite entre Macrorregies 2010
Limite entre Microrregies 2010
Sistema de Dutos 2010
Sistema Ferrovirio 2010
Sistema Rodovirio 2010
Mapeamento Geomorfolgico 2012
Cemitrios 2010
Limite entre Bairros nos Municpios 2012
Limite Distrital 2013
Limite Municipal 2013
Fonte: o autor.
26
Tabela 2. Polgonos e representao da vegetao urbana da cidade de Vila
Velha, ES
(Continua)
Representao
Feio Descrio
grfica
27
Tabela 2. Polgonos e representao da vegetao urbana da cidade de Vila
Velha, ES
(Concluso)
A etapa de identificao das reas verdes urbanas teve incio com a obteno do
mapeamento da vegetao urbana da cidade de Vila Velha. Com base nos limites e nas
combinaes da cobertura vegetal de cada localidade foi quantificada a porcentagem da
28
rea com solo livre de edificaes ou coberturas impermeabilizantes por meio da
ferramenta de calculadora de mapas.
A classificao proposta consiste num processo de seleo das reas estudadas
em conformidade aos critrios estabelecidos na concepo de reas verdes adotada no
presente trabalho (Figura 2).
29
De acordo com o fluxograma metodolgico apresentado na Figura 2, o ndice de
reas Verdes (IAV) foi calculado por meio da seguinte equao:
AV
IAV (eq. 1)
NH
Em que,
IAV: ndice de reas verdes (m/habitante);
AV: rea verde (m); e
NH: nmero de habitantes (habitantes).
As
ISA 100 (eq. 2)
A
Em que,
ISA: ndice de sombreamento arbreo (%);
As: rea sombreada (m); e
A: rea total (m).
30
N
IDA 100 (eq. 3)
A
Em que,
IDA: ndice de densidade arbrea (rvore/m);
N: nmero de rvores em cada 100 m; e
A: rea total (m).
3 Resultados e discusso
Figura 3. Mapa da vegetao urbana da cidade Vila Velha, ES. Fonte: o autor.
31
A quantificao em hectares (ha) e porcentagem de cada classe de vegetao
urbana em relao rea mapeada e rea de estudo podem ser observadas na Tabela
3.
32
da rea mapeada. Para o mapeamento da vegetao urbana de Vila Velha, esta mesma
classe de Fragmentos florestais totalizou 209,05 hectares que corresponde 10,02% das
reas mapeadas, sendo uma das mais relevantes.
A classe Terrenos baldios, com 19,03% da rea total mapeada, representa um
dado importante para este estudo, pois estas reas se encontram, sobretudo nos bairros
novos e na periferia, portanto ainda em desenvolvimento, retratando a continuidade do
crescimento da cidade e da urbanizao dos espaos anteriormente naturais.
Tratando das classes de arborizao, observa-se que a Arborizao residencial foi
a classe de maior representatividade (9,31%), seguida pelas classes de Arborizao
viria (3,13%), Arborizao privada (1,26%), Arborizao da orla (0,18%) e Arborizao
de cemitrios (0,07%).
33
Figura 4. reas verdes e percentual de superfcie permevel na cidade de Vila
Velha, ES. Fonte: o autor.
21,43%
78,57%
Figura 5. Porcentagem de reas verdes e espaos livres em Vila Velha, ES. Fonte: o
autor.
34
3.2.1 ndice de reas Verdes (IAV)
O ndice de reas Verdes (IAV) obtido para Vila Velha foi de 17,56 m/habitante.
O IAV a relao entre as reas verdes e o nmero de habitantes do municpio e muito
utilizado como um indicador de qualidade ambiental. Este valor est acima do mnimo de
15 m/habitante para reas verdes pblicas, sugerida pela Sociedade Brasileira de
Arborizao Urbana.
Ainda que o IAV obtido para a cidade de Vila Velha seja promissor, importante
ressaltar que este ndice gera um valor para toda cidade, e no para cada rua, bairro ou
regio. No presente estudo, por exemplo, as 09 reas verdes pblicas encontradas esto
distribudas por apenas 09 bairros dentre os 92 existentes. Nesse cenrio, mais de 90%
dos bairros no pode usufruir diariamente dos benefcios das reas supracitadas e,
portanto, no se enquadram numa situao de aumento da qualidade ambiental. Isso
refora a importncia de uma boa distribuio do sistema de reas verdes no meio
urbano.
Em estudos relacionados s reas verdes e praas pblicas, Lindennaier e Santos
(2008) encontraram um ndice de 3,33 m/habitante para a cidade de Cachoeira do Sul,
Rio Grande do Sul; Harder et al. (2006) encontraram 2,19 m/habitante para a cidade de
Vinhedo, So Paulo; Souza (2011) encontrou o baixo ndice de 0,91 m/habitante para a
cidade de Vitria, ES.
35
O ndice de Densidade Arbrea (IDA) dos espaos livres da cidade de Vila Velha,
ES apresentado na Figura 7.
36
Praa de Vila Nova
Praa Cristalina
Praa Ulisses Guimares
Praa do Desbravador
Praa Josu Jair Eller
Praa Domcio Mendes
Praa de Santa Paula II
Praa de Santa Mnica Popular
Praa Haroldo Rosa
Praa Benedito de Oliveira Trabach
Praa Deonila Dadalto
Praa Getlio Vargas
Praa Virgnia
Praa Leopoldina Cndida Dias
Praa Beira Mar
Praa Jardim Asteca
Praa Deus Pai
Praa de Jardim Marilndia
Praa de Jardim Guadalajara
Praa Rubens Ximenes
Praa Jardineira
Praa das Camlias
Praa Agenor Moreira
Praa Regina Friger Furno
Praa So Joo Batista
Praa de Ilha dos Ayres
Praa Ralth Salles
Praa Assis Chateaubriand
Praa Manoel Ferreira Rangel
Praa Engenheiro Siqueira
Praa do Coqueiral
Praa Vereador Sebastio Cibien
Praa Duque de Caxias
Praa Almirante Tamandar
Praa Pedro Valadares
Praa Jos Vereza
Praa de Araas
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
IDA (%)
Figura 7. ndice de Densidade Arbrea (IDA) dos espaos livres da cidade de Vila
Velha, ES. Fonte: o autor.
37
presente estudo revelam a necessidade de implantao de indivduos arbreos para
manuteno das reas verdes urbanas da cidade de Vila Velha, ES.
Na Figura 8 so apresentados os ndices (ISA e IDA) das praas da cidade de Vila
Velha que foram consideradas reas verdes no mapeamento realizado.
87,93
83,15
100 79,07
73,94
90
80
70
60
50
%40
30
20 ISA
10 1,06 0,57 1,00 0,71
IDA
0
Praa Jos Praa Praa de Praa Josu
Vereza Almirante Jardim Jair Eller ndices
Tamandar Guadalajara arbreos
Figura 8. ISA e IDA das praas classificadas como reas verdes da cidade de Vila
Velha, ES. Fonte: o autor.
38
pblicas que apresentaram este ndice acima de 70% foram as nicas classificadas como
reas verdes urbanas conforme a metodologia aplicada, este um importante parmetro
a ser adotado para esta finalidade.
Os resultados vo de encontro aos de Callejas et al. (2014), que calculou os
ndices arbreos em ambientes escolares. O ISA, o IDA e o IAV guardam certa relao
entre si, visto que ao se calcular o ISA e o IAV a partir do IDA igual a 1,0, praticamente
encontrou-se os valores ideais sugeridos na literatura para estes ndices.
4 Concluses
39
(noventa e dois) bairros existentes do municpio, ou seja, 90,22% dos bairros e seus
moradores no so contemplados pelos benefcios destas reas.
Para o estudo realizado no municpio de Vila Velha, encontrou-se que o ndice de
Sombreamento Arbreo (ISA) pode ser adotado como parmetro para a identificao
das reas verdes urbanas.
5 Referncias bibliogrficas
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v. 2, n. 1, p. 34 - 43, 2007.
40
CAPTULO 2
1 Introduo
41
2 Metodologia
42
2.2 Materiais utilizados
43
Tabela 1. Chave de fotointerpretao das classes de uso e cobertura da terra
presentes no entorno do PEAMA/Ifes Campus de Alegre, Esprito
Santo, Brasil.
(continua)
Classes de uso e Recorte da classe
cobertura da Descrio na ortofoto,
terra escala 1:2000
Remanescente de mata atlntica (so reas de
Fragmento
vegetao nativa contnua, interrompidas por
florestal
aes do homem ou natural).
Estrada no
Via de acesso com cobertura de terra batida.
pavimentada
44
Tabela 1. Chave de fotointerpretao das classes de uso e cobertura da terra
presentes no entorno do PEAMA/Ifes Campus de Alegre, Esprito
Santo, Brasil.
(concluso)
45
3 Resultados e discusso
46
referida autora, o grande problema a realizao de prticas inadequadas de manejo
gerado pelo superpastoreio a compactao do solo e solos expostos.
A exposio do solo chega a 7,55% em reas degradadas devido ao mau uso da
terra sendo frequente, perto dos cursos dgua, a ausncia de fragmentos florestais.
reas essas que deveriam ser destinadas preservao ambiental (COUTINHO, 2013).
Essa realidade tem como consequncia um solo desprotegido, o que aumenta a
possibilidade do assoreamento dos rios, solo e do transporte de substncias qumicas e
orgnicas para os corpos dgua (SILVA, 2004).
Apesar da economia do municpio ser pautada na bovinocultura e cafeicultura,
nesse permetro a rea agricultada II (culturas perenes) foi representada por apenas
3,62% e a soma total das classes destinadas agricultura (perenes e anuais) chegam a
4,67%.
47
mesmo com 132,50 ha. Estando diretamente influenciado pelo meio, pois encontra-se em
rea de pastagem, capoeira e silvicultura, visto que, por no possuir nenhum tipo de
construo e instalao, a interligao dos mesmos atravs de trampolins ecolgicos
seria vivel para sua conservao e aumento da biodiversidade local.
Os fragmentos florestais encontram-se dispersos em grande quantidade, porm
em pequenos tamanhos. Lorena (2013) destaca, a partir de uma anlise visual, sem
quantificar as reas, que existe um alto nvel de fragmentao das reas de vegetao
natural do estado do Esprito Santo, representando o alto grau de desmatamento
representado por glebas de diferentes tamanhos, concentradas aleatoriamente devido
expanso agropecuria.
4 Concluses
5 Referncias Bibliogrficas
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49
CAPTULO 3
1 Introduo
50
Segundo o Ministrio do Meio Ambiente (MMA, 2014), o bioma Mata Atlntica
considerado um complexo de ecossistemas com maior biodiversidade no Brasil, mas, em
contrapartida um dos biomas que mais sofreu com a devastao florestal. Atualmente,
este bioma conta apenas com 22% de sua cobertura original, que composta por
formaes florestais (Florestas Ombrfilas densa, Ombrfila mista, Estacional
Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrfila Aberta) e ecossistemas associados como
as restingas, manguezais e campos de altitude. Estima-se que apenas 7% desses
ecossistemas encontram-se em estado de conservao (SOS MATA ATLNTICA, 2014).
O foco deste trabalho trata-se da estrutura da paisagem florestal que circunda o
Plo de Educao Ambiental da Mata Atlntica situado na Escola Agrotcnica Federal de
Alegre (EAFA), hoje Instituto Federal do Esprito Santo (Ifes) Campus de Alegre, um
dos seis plos regionais de educao ambiental da Mata Atlntica do Esprito Santo
(IEMA, 2015). O Plo de Educao Ambiental da Escola Agrotcnica Federal de Alegre
(EAFA), ao qual nos referiremos como PEAMA/Ifes - Campus de Alegre foi criado em
1992 e abrange uma rea de, aproximadamente, 70 hectares de Mata Atlntica
(LORENZONI, 2013). O sistema de educao ambiental por ele desenvolvido visa valorar
o respeito diversidade biolgica, cultura e tica, conjuntamente com o respeito do
homem para com a natureza, o que est de acordo com Neto, et al., (2013) apud
Carvalho (2004) e com Ministrio da Educao (MEC, 2007). Desta maneira, a educao
ambiental desenvolvida potencializa a dinmica da motivao e a sensibilizao dos
indivduos de forma a aumentar a responsabilidade socioambiental dos mesmos
(JACOBI, 2005).
Ressalta-se que, de acordo com o decreto N 2530-R, de 02 de junho de 2010 do
Estado do Esprito Santo, a regio onde o PEAMA/Ifes - Campus de Alegre est inserido
classificada como rea Prioritria para a Conservao da Biodiversidade de Alta
Prioridade no Estado, que se constitui em uma rea com alta riqueza de espcies em
geral, com ocorrncia de espcies raras ou ameaadas, ou que possuam remanescentes
de vegetao significativos ou com alto grau de conectividade.
O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura da paisagem florestal na Zona de
Amortecimento que circunda o PEAMA/Ifes - Campus de Alegre, por meio de mtricas da
paisagem.
51
2 Metodologia
52
Bases Geoespaciais do Estado do Esprito Santo GEOBASES, com escala de 1:35.000
e resoluo espacial de 1m (GEOBASES, 2007).
As imagens foram editadas em tela, por meio do programa computacional ArcMap
do ArcGIS10.2.2 (ESRI, 2014), visando a criao do arquivo vetorial do PEAMA do Ifes
- Campus de Alegre e, a partir deste, foi ento delimitada a zona de amortecimento com
buffer de 3 km (3.000 m), com base na resoluo do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (CONAMA) 428/2010, que dispe sobre sobre a zona de amortecimento para
estudos de impactos ambientais (BRASIL, 2010).
Definida a rea de estudo foi realizada uma anlise visual da paisagem e
materializada a chave de fototinterpretao dos fragmentos florestais presentes. No
Quadro 1 encontram-se sumarizados os padres texturais da chave de fototinterpretao.
53
os mapas temticos de localizao da rea de estudo e dos fragmentos florestais da
zona de amortecimento.
A anlise da estrutura da paisagem florestal foi realizada por meio da aplicao
dos ndices de ecologia da paisagem: ndice de forma, de borda, de densidade, de
tamanho e de proximidade dos fragmentos. Os valores obtidos para cada mtrica, foi
resultante do condicionamento do mapa dos fragmentos florestais ao Vectorbased
Landscape Analysis Tools (V-LATE), um aplicativo do ArcMap do ArcGIS10.2.2. Este
aplicativo fornece as informaes, com base nos clculos mostrados na Tabela 1.
54
Tabela 1. Descrio das mtricas utilizadas para a anlise da estrutura da paisagem florestal da zona de amortecimento do
PEAMA/Ifes
(Continua)
Grupo Sigla Mtrica Unidade Observaes Equao
Tamanho
Soma do tamanho das manchas dividido =1
TMM mdio da Hectare (ha)
pelo nmero de manchas. =
mancha
Densidade e Tamanho
Desvio padro | =1 |
Razo da varincia do tamanho das
=1
DPTM do tamanho da Hectare (ha) .|
manchas.
mancha = )|
Coeficiente de
Desvio padro do tamanho de mancha
variao do Porcentagem
CVTM dividido pelo tamanho mdio da mancha,
tamanho da (%) = 100
multiplicado por 100.
mancha
55
Tabela 1. Descrio das mtricas utilizadas para a anlise da estrutura da paisagem florestal da zona de amortecimento do
PEAMA/Ifes
(Concluso)
Extremidade total de todas as manchas.
Total de
TB Metros (m) a soma de permetro de todas as
bordas =
Borda
manchas. =1
=1
ponderada
Os valores se aproximam de um para
Dimenso
formas com permetro simples e chega a 2(0,28 )
DFMM fractal da Adimensional
dois quando as formas forem mais =
mancha mdia
complexas.
Proximidade
56
Para a compreenso da dinmica dos fragmentos florestais, os mesmos foram
distribudos em quatro classes por ordem de tamanho: Pequeno (< 1 ha); Mdio (1 a 10
ha); Grande (> 10 ha); e Todos (<1 ha a >10 ha). A metodologia aplicada foi simplificada
por meio do fluxograma apresentado pela Figura 2.
- Gerao de mapas
- Criao do shapefile -Anlise visual dos temticos
- Ortofotos do do PEAMA/Ifes fragmentos
IEMA 2007/2008 -Obteno de mtricas
- Delimitao da zona - Fotointerpretao (V-late 10.2.2)
- Shapefile do ES de amortecimento dos fragmentos
(Buffer de 3 km) (rea 80 m) - Anlise da estrutura
- Shapefile do E =1:2000 dos fragmentos
Ifes
3 Resultados e discusso
57
De acordo com Forerro-Medina e Vieira (2007) apud Seosoane et al. (2010), a
perda de habitat revelam drsticas consequncias para a biodiversidade, dentre elas
afetam a taxa de crescimento populacional, diminui o comprimento e a diversidade da
cadeia trfica e causa alteraes entre as espcies.
58
vulnerabilidade, ou at mesmo da prpria extino, devido perda da variabilidade
gentica, ocasionada pelo endocruzamento; e ao declnio populacional, oriundo de uma
maior exposio aos predadores exticos e aos maiores ndices de mortes no caso dos
animais que transitam entre fragmentos. Entretanto, quando um pequeno remanescente
florestal avaliado independentemente, a este atribuda caractersticas pouco
relevantes para a paisagem. Porm, quando os fragmentos florestais so avaliados
conjuntamente com a paisagem, da qual fazem parte, destacam-se pelos chamados
stepping stones, ou tambm denominados trampolim ecolgico, que para algumas
espcies funcionam como canal de transporte entre os demais fragmentos dispostos no
entorno de uma matriz (CALEGARI et al., 2010).
59
Na Tabela 2, so apresentados os resultados da aplicao das mtricas da
estrutura da paisagem florestal da zona de amortecimento do PEAMA/Ifes-campus de
Alegre, dentro da classificao por tamanho. Verifica-se que a apresentao das
mtricas, de cada grupo, por classes de tamanho permite avaliar a estrutura da paisagem
com maior peculiaridade.
Verifica-se, inicialmente, que o ndice de rea da Classe (AC), da classe Todos,
possui 883,575 ha que representa 22,43% da cobertura florestal dento da zona de
amortecimento. A mrito de comparao, se comparado a rea de amortecimento como
sendo a rea total de um imvel, nota-se que atribudo a cobertura florestal, vai de
encontro com a Lei n 12.727 de 25 de maio de 2012 (BRASIL, 2012), que estabelece
rea mnima de 20% da rea do imvel para criao de Reserva Legal, haja vista que a
rea total do Ifes/campus de Alegre de 327,08 ha. Este resultado deve ser analisado
com um cerco cuidado, pois ao observar as demais mtricas, distribudas nas classes
pequena, mdia e grande, nota-se uma certa discrepncia nos resultados.
Dos 104 remanescentes florestais identificados (Tabela 2), 40 fragmentos
(38,47%) correspondem classe de tamanho pequeno (<1 ha), 48 fragmentos (46,15%)
classe de tamanho mdio (1 a 10 ha) e 16 fragmentos (15,38%) pertencentes classe
grande (>10 ha). Estas classes ocupam respectivamente uma rea de 24,634 ha,
147,081 ha, 711,860 ha.
A relao entre o nmero de fragmentos florestais e suas receptivas reas das
classes de tamanho apresentada na Figura 5 e, na Figura 6 o mapa da localizao dos
fragmentos distribudos por classe de tamanho. Apesar da classe pequena ser a segunda
classe mais representativa em nmeros de fragmentos, sua rea de extenso territorial
28,89 vezes menor do que rea ocupada pelos fragmentos florestais da classe grande,
que possui o menor nmero de fragmentos identificados. Este cenrio de fragmentao
da paisagem florestal semelhante ao encontrado por Pirovani (2010), em seu trabalho
sobre fragmentao florestal, dinmica e ecologia da paisagem na bacia hidrogrfica do
rio Itapemirim, ES, e est de acordo com Viana e Pinheiro (1998), que mostram que
grandes partes dos remanescentes florestais da Mata Atlntica apresentam-se de forma
isolada, perturbados e pouco protegidos.
60
Quadro 2. Mtricas da estrutura da paisagem florestal da zona de amortecimento
do PEAMA/Ifes - Campus de Alegre
Classes e tamanho
Grupo ndices* Unidade Pequeno Mdio Grande Todos
(< 1 ha) (1 10 ha) (> 10 ha) (<1->10)
Nmero
- - 40 48 16 104
rea
NM Adimensional 40 48 16 104
* ndices: ATMC (rea de todas as manchas da classe); TMM (Tamanho mdio da mancha); NM
(Nmero de mancha); DPTM (Desvio padro tamanho da mancha); CVTM (Coeficiente de
variao do tamanho da mancha); IFM (ndice de forma mdio); IFMP (ndice de forma de rea
mdia ponderada); DFMM(Dimenso fractal da mancha mdia); TB (Total de bordas); DB
(Densidade de borda); IFM (ndice de forma mdia); IFAMP (ndice de forma de rea mdia
ponderada); DFMM (Dimenso fractal da mancha mdia); DMVP (Distncia mdia do vizinho mais
prximo).
61
Em concordncia com Forman e Godron (1986), os remanescentes florestais que
possuem maior extenso favorecem a manuteno da biodiversidade local, enquanto que
os fragmentos pequenos atuam como ilhas de habitat para o refgio da vida silvestre.
Se considerarmos a Mata Atlntica outrora ntegra que ocupava cerca de 15% do atual
territrio brasileiro, constituindo um dos mais ricos biomas do Brasil (AGAREZ et al.,
2001), hoje avaliada em apenas 7% desse total (SOS MATA ATLNTICA, 2014).
Historicamente, este bioma tem trazido juntos aos avanos srios problemas por meio
dos intensos processos de deteriorizao de habitat, seguido das caudas da
fragmentao florestal. Por este motivo, a Mata Atlntica constitui uma das regies
identificadas mundialmente como Hotspot rea prioritria para conservao, isto , de
alta biodiversidade e ameaada no mais alto grau (AZEVEDO et al., 2003).
24,634 147,081
40
48
16 104
Pequeno
Mdio
Grande
Todos
62
Figura 6. Mapa de localizao dos fragmentos florestais distribudos por classes de
tamanho.
63
Figura 7. Mapa de efeito de borda nos fragmentos florestais.
64
fragmentos apresentaram respectivamente os valores de 0,001 (<1 ha), 0,009 (1 a 10 ha)
e de 0,184 (>10 ha). O valor mdio obtido para a DFMM corresponde a 1,169. Este valor
mostra em mdia a regularidade de forma apresentada pelo total de fragmentos
identificados. Esta mtrica diferencia-se do IFM, de modo a apresentar valores que
variam ente 1 e 2, possibilitando melhor interpretao dos dados obtidos (PIROVANI,
2010).
Na anlise de proximidade entre os fragmentos florestais, percebe-se que os
fragmentos classificados como pequenos apresentaram menor vizinhana entre os
remanescentes florestais, enquanto os fragmentos classificados como grandes
apresentaram distncias menores entre os fragmentos. Em mdia, os fragmentos
florestais apresentaram 86,895 m de distncia at o mais prximo, levando em
considerao a proximidade da extremidade de uma borda outra. A distncia entre os
fragmentos pode ser considerando um indicador da fragmentao da paisagem,
evidenciado pelo grau de isolamento do qual os mesmos dispem-se. As estruturas de
isolamento dos fragmentos agem negativamente na riqueza de espcies ao diminuir a
taxa de imigrao (HERMANN et al., 2005), restringe a rea de vida favorecendo os
processos endogmicos, alm do aumento da competio por recursos.
4 Concluses
65
5 Referncias bibliogrficas
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67
CAPTULO 4
1 Introduo
68
As APP foram inicialmente definidas pelo Cdigo Florestal (Lei 4.771) (BRASIL,
1965) e seus parmetros, definies e limites eram estabelecidos por meio da Resoluo
CONAMA n 303 (BRASIL, 2002). Em 2012, a Lei 4.771 foi substituda pela Lei 12.651
(BRASIL, 2012b), a qual sofreu alteraes por meio da Lei 12.727 (BRASIL, 2012a),
tornando-se essa o novo CF, responsvel por definir e estabelecer limites e parmetros
sobre as APP.
Com o novo Cdigo Florestal, alteraes substanciais foram realizadas nas APP.
Isso gerou intensos debates na sociedade, haja visto o importante papel ecolgico que as
APP desempenham no ambiente. Desta forma, este trabalho teve como objetivo analisar
as mudanas ocorridas com a alterao do Cdigo Florestal (CF) nas APP no entorno
capixaba do Parque Nacional do Capara, Brasil.
2 Metodologia
69
Geograficamente, a rea de estudo est localizada no Sul do estado do Esprito
Santo, compreendida entre os paralelos 2012 e 2042 de Latitude Sul e os meridianos
4138 e 4152 de Longitude Oeste. A maior parte do parque, cerca de 70%, localiza-se
no estado do Esprito Santo e engloba parcialmente os municpios de Ina, Ibatiba, Irupi,
Ibitirama, Divino de So Loureno, Guau e Dores do Rio Preto e ocupa uma rea de
65.238,84 ha.
A base de dados utilizada no presente estudo foi fornecida pelo Sistema Integrado
de Bases Georreferenciadas do estado do Esprito Santo (GEOBASES) e pelo Instituto
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos do Esprito Santo (IEMA). Foram
utilizados os seguintes planos de informao: curvas de nvel com equidistncia vertical
de 20 m; aerofotos da regio (escala de 1:35:000, referentes a junho de 2007);
delimitao do PARNA do Capara; e zona de amortecimento do PARNA do Capara.
Alm disso, utilizou-se a hidrografia, obtida por meio da fotointerpretao em tela
(escala cartogrfica de trabalho de 1:1.500, com resoluo espacial de 1 m) das
aerofotos j ortorretificadas da regio. A nova hidrografia fotointerpretada foi utilizada
para a delimitao das APP de nascentes e de cursos dgua.
Para a base cartogrfica, o Sistema Geodsio World Geodetic System de 1984
(WGS 84) e o Sistema de Projeo Universal Transversa de Mercator UTM foram
adotados para a gerao dos mapas. O mapeamento foi realizado no programa ArcGIS
10.1.
70
2.2.3 Delimitao das APP pelo antigo (Lei 4.771/65) e novo Cdigo Florestal (Lei
12.727/12)
a) APP1 cursos dgua (faixa marginal): obtidas por meio da funo buffer com zonas
tampes de 30 m em cada margem, pois no perodo chuvoso a largura de cada
crrego no ultrapassa 10 m;
b) APP2 nascentes: obtidas por meio da funo buffer com zonas tampes de 50 m
de raio a partir do ponto central;
c) APP3 altitude: altitudes superiores a 1.800 m, obtida por meio da funo
reclassify, tendo como imagem matricial de entrada o MDEHC;
d) APP4 declividade: encostas com declividade superior a 45 graus ou 100%,
espacializadas por meio das funes slope e reclassify e tendo como imagem
matricial de entrada o MDEHC;
e) APP5 topos de morro e montanhas: foi utilizada a metodologia de Hott (2004),
adaptada por Peluzio et al. (2010). A base para gerao desta classe de APP foi o
MDEHC. A identificao dos topos de morro e montanhas seguiu os critrios da
legislao, Resoluo CONAMA n 303/2002 (BRASIL, 2002), segundo a qual
necessrio que possua uma elevao de no mnimo 50 m de altura e no mximo de
300 m e encostas com declividade superior a 30% (aproximadamente dezessete
graus) na linha de maior declividade para morro, ou ento, mais de 300 m para
montanha (BRASIL, 2002). Na ocorrncia de dois ou mais morros cujos cumes
estejam separados entre si por distncia inferior a 500 metros, a rea de preservao
permanente abranger o conjunto de morros e montanhas, delimitada a partir da
curva de nvel correspondente a dois teros da altura em relao base do morro ou
montanha de menor altura do conjunto.
As classes de APP pelo novo Cdigo Florestal (CF) foram delimitadas utilizando-
se a mesma metodologia adotada para o Cdigo Florestal (Lei 4.771/65), mas com a
seguinte alterao:
a) APP5 - topos de morro e montanhas: no novo CF, conforme a Lei 12.727/12 (BRASIL,
2012a) foram considerados como topos de morros, montes, montanhas e serras os
71
locais com altura mnima de 100 m e inclinao mdia maior que 25 graus, em reas
delimitadas a partir da curva de nvel correspondente a 2/3 da altura mnima da
elevao sempre em relao base, que definida pelo plano horizontal determinado
pela cota do ponto de sela mais prximo da elevao.
O comparativo das alteraes nas delimitaes de APP de topos de morro e
montanhas apresentado na Figura 2.
72
Tabela 1. Classes e caracterizao das reas de Preservao Permanente de
acordo com o antigo e novo Cdigo Florestal
73
Finalmente, para a gerao do mapa de APP totais, foram utilizados os dados
obtidos individualmente no mapeamento de cada classe de APP, as quais foram
agrupadas em um nico plano de informao sem sobreposies, que obedeceu a uma
ordem de prioridade: APP de nascentes, APP de cursos dgua, APP de encostas, APP
de topos de morro e montanha e APP de altitude.
3 Resultados e discusso
3.1 Anlise comparativa das APP espacializadas de acordo com o antigo e o novo
cdigo florestal
74
Figura 4. Etapas necessrias para anlise estatstica das reas de Preservao
Permanente conservadas.
75
Estudos realizados em regies prximas encontraram percentuais mais elevados
de APP. Oliveira et al. (2008) avaliaram o entorno mineiro do PARNA do Capara e
identificaram um total de 48,06% de cobertura de APP. Nascimento et al. (2005)
identificaram 45,95% de cobertura de APP na bacia do rio Alegre. Eugenio et al. (2011)
identificaram 43,50% de cobertura de APP para todo o municpio de Alegre.
Na regio serrana do Esprito Santo, Scrdua et al. (2012) encontraram uma
distribuio por classes de APP bem prxima encontrada neste trabalho, e valores de
cobertura de APP acima do encontrado neste trabalho (40,34%).
Dentre as classes de APP analisadas, as de topos de morro e montanhas
representam as reas de proteo mais expressivas na regio, independente da
legislao adotada. No novo CF, essa categoria representa 69,63% do total de APP e
17,28% da rea de estudo, e sofreu reduo de 27,45% devido s alteraes nos limites
de elevao e inclinao para esta classe.
Observou-se que no entorno do Parque Nacional do Capara as APP de topos de
morros e montanhas abrangem um percentual de cobertura a ser preservado superior ao
encontrado para o estado do Esprito Santo, o qual, segundo Victoria et al. (2008), possui
16,41%, sendo o segundo estado brasileiro com maior percentual de APP desta
categoria. Comparando-se sob a mesma legislao que avaliou os estados brasileiros
(LEI 4.771/65), 23,82% de toda a rea de estudo deveriam manter os topos de morros e
montanhas preservados, enquanto que na atual proposta este percentual cai para
17,28%.
Estes valores acima da mdia do estado do Esprito Santo se devem as elevadas
altitudes e relevo acidentado da regio, os quais, juntamente com o clima, contribuem
para a existncia de um considervel nmero de APP de nascentes e de cursos dgua.
As APP de cursos dgua so as que possuem a segunda maior rea de
abrangncia, tanto em relao s demais classes como na rea de estudo. Embora esta
classe tenha sofrido alteraes no novo CF quanto aos limites para sua recomposio
nas reas onde a vegetao natural foi suprimida, neste trabalho, foi considerado o limite
mximo de 30 m para todas as APP de cursos dgua, uma vez que os limites de
recomposio variam em funo do tamanho da propriedade. Assim, o pequeno
acrscimo obtido, de praticamente 50 ha, deve-se ao procedimento metodolgico
necessrio para o agrupamento e remoo de sobreposies de APP.
As demais classes de APP (nascentes, encostas com declividade superior a 45
graus e altitude superior a 1.800 m) tambm no sofreram alteraes de seus limites para
preservao, salvo as alteraes nos limites para suas respectivas recomposies.
Contudo, para estas classes citadas, aplicou-se o mesmo procedimento metodolgico
76
realizado para a classe margens de cursos dgua, resultando em alteraes mnimas de
rea no novo CF.
Juntas, as classes topos de morro e montanhas e cursos dgua representam,
aproximadamente, 99% (antigo CF) ou 98% (atual CF) das APP analisadas na regio. As
classes menos representativas referem-se de altitude, encontrada apenas numa
pequena rea que faz divisa com o PARNA do Capara, no municpio de Dores do Rio
Preto, e de encostas com declividade superior a 45 graus, que respondem, juntas, por
menos de 0,6% do total de APP e de 0,15% da rea de estudo.
As Figuras 5 e 6 apresentam a distribuio das reas de Preservao
Permanente na rea de estudo.
Com a alterao do CF, alm de ter havido reduo de reas de APP na rea de
estudo, houve aumento do percentual das APP conservadas, de 17% para 18,3% (Tabela
3), indicando que a mudana do CF na rea de estudo provocou um melhor cenrio de
77
conservao das APP, embora para o meio ambiente tenha resultado em reduo de
reas importantes para a conservao da biodiversidade.
As Figuras 7 e 8 apresentam o padro de conservao das APP na rea de
estudo, de acordo com a legislao proposta.
AMPLIAO
7760000
7760000
7750000
7750000
7740000
7740000
7730000
7730000
APPs - Antigo Cdigo
Nascentes - 0,23%
Curso D'gua - 7,06%
Declividade - 0,1%
Topo de Morro - 23,82%
Altitude - 0,04%
7720000
7720000
rea de Estudo
PARNA do Capara
0 2,5 5 10 km
7710000
7710000
78
210000 220000 230000 240000
AMPLIAO
7760000
7760000
7750000
7750000
7740000
7740000
7730000
7730000
APPs - Novo Cdigo
Nascentes - 0,25%
Cursos D'gua - 7,14%
Declividade - 0,1%
Topo de Morro - 17,28%
Altitude - 0,04%
7720000
7720000
rea de Estudo
PARNA do Capara
0 2,5 5 10 km
7710000
7710000
79
210000 220000 230000 240000
7760000
Nmero: 765
rea: 3.474,2 ha
Percentual de fragmentao: 17,0%
rea total de APPs: 20.396,8 ha
AMPLIAO
7750000
7750000
7740000
7740000
7730000
7730000
Fragmentos florestais
APPs - Antigo Cdigo
7720000
7720000
rea de Estudo
PARNA do Capara
0 2,5 5 10 km
7710000
7710000
80
210000 220000 230000 240000
7760000
Nmero: 661
rea: 2.968,9 ha
Percentual de fragmentao: 18,3%
rea total de APPs: 16.192,2 ha
AMPLIAO
7750000
7750000
7740000
7740000
7730000
7730000
Fragmentos florestais
APPs - Novo Cdigo
7720000
7720000
rea de Estudo
PARNA do Capara
0 2,5 5 10 km
7710000
7710000
81
impactadas, mantendo, em ambas as legislaes, apenas 12,9% de suas reas de forma
conservada.
No antigo CF, as classes mais conservadas, depois das APP de altitude, so as
localizadas em encostas com declividade superior a 45 graus (19,4%), em nascentes
(18,1%) e topos de morros e montanhas (18,1%). Contudo, no novo CF, a reduo nos
limites de topos de morro e montanhas permitiu que essa classe passasse a ocupar a
segunda posio dentre as APP mais conservadas (20,4%), seguida pela classe de
encostas com declividade superior a 45 graus (19%), todas com percentuais de
conservao superiores ao percentual atingido para todas as classes de APP, 18,3%.
Em ambas as legislaes, as APP de topos de morros e montanhas so as mais
abundantes e, embora representem um total de 76,19 % das APP no antigo CF e 69,19%
no novo, contribuem com 80,9% (antigo CF) e 77,5% (novo CF) das reas conservadas
de APP. Em seguida, a classe de APP cursos dgua contribui com 17,1% (antigo CF) e
20,2% (novo CF) do total de reas que esto conservadas, embora mantenha apenas
12,9% de seu territrio de forma conservada.
4 Concluses
5 Referncias bibliogrficas
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83
CAPTULO 5
1 Introduo
84
O maior interesse antrpico pela explorao dos recursos naturais no entorno dos
corpos dgua constatada pela observao das atividades agrcolas, edificaes rurais
e padres de ocupao do espao fsico em geral. A atratividade dessas reas
justificada por apresentarem o relevo mais suave e maior fertilidade em relao s
demais, alm de ser a via de acesso gua.
A Lei 12.651/12, que revogou o cdigo florestal anterior, manteve as
determinaes quanto s dimenses das APP em relao largura dos cursos dgua,
alterando apenas a regio de onde a metragem deve ser originada. A delimitao deve
se d a partir da margem regular do leito do rio ou crrego e no mais a partir do leito de
cheia sazonal (nvel mais alto). Assim as dimenses das APP em cursos dgua
continuam variando entre 30 a 500 metros, dependendo da largura do leito regular do
corpo dgua.
Um fato importante, no abordado na legislao, quanto metodologia
especfica para se delimitar tais reas. No parece haver parmetros adotados pelos
rgos ambientais que levem em considerao as pequenas variaes da largura, sendo
que na maioria das vezes essa dimenso assumida como sendo a da largura mdia do
curso d gua. O uso de procedimentos para a delimitao correta dessas reas evitaria
possveis conflitos quanto aos interesses econmicos dos proprietrios rurais e as
determinaes da legislao. Neste sentido de extrema importncia o desenvolvimento
de tcnicas para a viabilizar o processo de delimitao e assegurar a eficcia da Lei.
Conforme Nascimento et al., (2005), este tem sido um grande desafio do ponto de
vista tcnico e econmico, pois os critrios de delimitao com base na topografia,
exigem o envolvimento de pessoal especializado e de informaes detalhadas da
unidade espacial em anlise. Atualmente, a disponibilidade comercial de programas
computacionais como os Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG), oferecem diversos
recursos para a modelagem numrica do relevo de forma bastante acurada (TRIBE,
1992; RIBEIRO, et al., 2005). Tem-se nesses programas, portanto, uma importante
ferramenta para a criao de metodologias de delimitao e monitoramento de reas de
preservao permanente.
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar duas metodologias
para a delimitao de reas de preservao permanente de curso dgua, visando o
atendimento s determinaes da legislao ambiental vigente.
85
2 Metodologia
86
Tabela 1. Definio da abrangncia de APP por largura de canal de drenagem
87
isso, as margens foram segmentadas em linhas de 10m, e atravs do comando Near
receberam os valores na tabela de atributos referentes s distncias com a margem
oposta. Com essa informao gerou-se, ento, um Buffer com a categoria de APP
referente ao valor mdio das distncias.
3 Resultados e discusso
Por meio dessa metodologia, foram encontradas APP de 0,2194 ha com largura
de 50 metros, 481,8710 ha com largura de 100 metros e 742,3327 ha com largura de 200
metros, somando 1224,4232 ha de APP para o curso dgua de 42 km de comprimento
(Tabela 2 e Figura 2). Trata-se, portanto, de um curso dgua com grande irregularidade
na largura, o que possibilita a gerao de conflitos entre a legislao ambiental e o uso e
ocupao da terra, se a delimitao das APP no for feita por meio de mtodos que
contemplem essas variaes.
Como colocado anteriormente, pode ser observada uma regio de conflito, em
que a rea urbana do municpio de Itaobim avana sobre um trecho de APP (Figura 2).
Em tal situao, torna-se necessria a reviso do plano diretor de ocupao urbana por
parte do municpio, para adequao com a Lei 12.651 em vigncia.
Ainda na Figura 2, podem ser observadas variaes nas faixas de APP nas duas
margens, evidenciando a eficincia da metodologia em representar a realidade em
comparao com outros mtodos de delimitao empregados atualmente.
A descrio de metodologias de delimitao de APP considerando as variaes
na largura do curso dgua ainda escassa e recente, sendo que na maioria dos casos a
delimitao feita com base na largura mdia destes.
88
Figura 2. APP geradas a partir da metodologia da largura varivel do curso dgua.
Eugnio et. al (2011), descrevem que pelo comando buffer, disponvel no mdulo
ArcToolbox do programa ArcGIS 9.3, foi delimitada uma rea de preservao de 30 m em
cursos dgua com menos de 10 m de largura e de 50 m em cursos dgua com largura
entre 10 e 50 m. No entanto, no descreveram detalhadamente como desenvolveram a
metodologia, apenas deram indcios de que obedeceram as variaes de largura dos
cursos dgua para a delimitao das APP. O mesmo observado em Machado (2010),
que pelo comando buffer, gerou as APP com larguras de 30 e 50 metros ao longo do
curso dgua. Nesse caso, o fato da conferncia das medidas em campo descrita pelo
autor confere maior segurana quanto delimitao correta das APP.
89
Tabela 3. Comparativo entre o resultado do calculo das APP com largura varivel e
com a largura mdia do curso dgua
90
Atualmente a maior parte dos trabalhos de delimitao de APP feita com base
na largura mdia dos cursos dgua. Perini et al., (2011), destaca que as faixas de APP
so variveis em funo da necessidade de se obedecer s determinaes legais para
cada caso. Porm, afirma que os cursos dgua na microbacia de estudo apresentam a
mesma faixa de largura (at 10 metros), sem deixar claro se realmente as dimenses
foram mensuradas ou no, dando a entender que foi considerada uma largura mdia em
sua delimitao. Castro da Costa et al. (1996), tambm no especificaram a metodologia
adotada para a delimitao de APP de 30 metros referentes a um crrego e a um
segmento de rio, assumindo, nesse caso, largura de at 10 metros para os dois cursos
dgua.
Para melhor visualizao das duas metodologias, ambas foram agrupadas no
mesmo plano de visualizao (Figura 4). Nesta figura podem ser observadas regies em
que os limites das APP delimitadas pela metodologia da largura varivel coincidem com
aquela em que se considerou a largura mdia do curso dgua. Esse fato pode ser
explicado pela coincidncia da largura mdia e a largura real nessas regies.
91
4. Concluses
5 Referncias bibliogrficas
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93
CAPTULO 6
1 Introduo
Os fragmentos florestais esto cada vez mais isolados, com isso as reas de
preservao como os parques e suas zonas de amortecimentos no sero suficientes
para evitar o colapso da biodiversidade e suas funes ecolgicas. Porm, mosaicos com
mltiplos usos da terra em uma paisagem manejada podem permitir o movimento de
populaes por meio de ligaes entre florestas prximas (C.I.B, 2000).
Corredores Ecolgicos (CE) e/ou corredor de remanescentes, uma faixa de
cobertura vegetal existente entre remanescentes de vegetao primria em estgio
mdio e avanado de regenerao, capaz de propiciar habitat ou servir de rea de
trnsito para a fauna residente nos remanescentes. Os corredores constituem-se pelas
matas ciliares em toda sua extenso e pelas faixas marginais definidas por lei e pelas
faixas de cobertura vegetal existentes nas quais seja possvel a interligao de
remanescentes, em especial, s unidades de conservao e reas de preservao
permanente (CONAMA, 1996).
Desta forma, os corredores ecolgicos em termos de ecologia e conservao de
populaes apontam para a necessidade de sua preservao e restaurao,
reconectando diferentes ambientes e ou fragmentos florestais minimizando o isolamento
causado pela fragmentao, aumentando a cobertura vegetal e garantindo a conservao
dos recursos naturais e da biodiversidade de ecossistemas considerados prioritrios.
O Parque Estadual de Forno Grande e Pedra Azul fazem parte das sete reas
consideradas de extrema importncia biolgica, no Estado do Esprito Santo. A
proximidade entre estes Parques e a existncia de importantes remanescentes de
floresta entre as duas UCs coloca ainda mais em evidncia a sua importncia, e faz desta
regio, a principal referncia para o projeto de implantao do Corredor Central da Mata
Atlntica na regio Sul do Estado do Esprito Santo (LOUZADA, et al., 2012).
94
O Corredor Ecolgico deve ser criado dentro de uma perspectiva de educao
ambiental contnua da populao local, favorecendo esta regio que possui um grande
potencial turstico.
Para implantao de CEs essencial identificar o grau de aceitao dos
proprietrios rurais, pois importante considerar que esta proposta envolve a atuao em
propriedades privadas e o seu sucesso depende da adeso dos proprietrios.
A aceitao dos proprietrios uma das inmeras questes que limitam a efetiva
implantao dos CEs. Convenc-los a implantar um corredor em locais de grande
fertilidade, como indicado na legislao (matas ciliares) uma situao conflitante,
principalmente por no receberem, at o momento, compensao financeira por isso.
O conhecimento prvio da posio dos proprietrios em relao aos CEs a
chave para elaborao das propostas para aes que visem obter o compromisso dos
mesmos na conduo dos projetos de implantao. Por meio deste conhecimento ser
possvel elaborar, futuramente, planos de educao ambiental nas escolas, nas
comunidades e nas propriedades.
A utilizao de Geotecnologias como ferramenta de planejamento e anlise em
estudos ambientais muito importante e eficaz. O Sistema de posicionamento
geogrfico - GPS, as aerofotos digitais ortorretificadas, inseridas no Sistema de
Informao Geogrfica (SIG), permitem a realizao de estudos com baixo custo e com
mais eficincia. Assim como, auxilia no planejamento das aes em campo permitindo
melhor desenvolvimento das atividades e otimizao do tempo e possibilita a
manipulao e visualizao dos dados em forma de mapas.
Dentro deste contexto o presente estudo teve como objetivo avaliar a
predisposio dos proprietrios rurais, que residem entre os Parques Estaduais Forno
Grande e Pedra Azul, quanto a aceitao da implantao de Corredores Ecolgicos e o
conhecimento a respeito deste assunto utilizando geotecnologias como ferramenta de
apoio.
2 Metodologia
95
Parque Estadual Forno Grande PEFG com 153,15 km, devido a sua rea atual ser
considerada pequena com 38,46 km.
A aprovao do Comit de tica em Seres Humanos e Animais foi necessria
para a realizao deste estudo, conforme as normas da Resoluo n 196, de 10 de
outubro de 1996, do Conselho Nacional de Sade. Assim como obteno da autorizao
do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos do Esprito Santo - IEMA
para a realizao desta pesquisa nas reas de amortecimento das unidades de
conservao dos parques estaduais de Forno Grande e Pedra Azul.
A coleta de dados foi feita mediante a aplicao de questionrio estruturado,
contendo 08 perguntas objetivas e 2 discursiva, para apresentar os conceitos de CEs aos
proprietrios e tambm como forma de avaliar a predisposio dos mesmos, quanto
aceitao de modelos e rotas dos corredores. Este questionrio foi direcionado aos
proprietrios rurais que residem entre os Parques estaduais, na regio das propostas dos
CEs. Estas atividades foram realizadas nos dias cinco (05) e seis (06) de junho de 2010.
Esprito
Santo
Domingos Martins
2020'0"S
2020'0"S
!
2025'30"S
!
2025'30"S
!
! Propriedades entrevistadas
! !
!
! ! !
!! ! rea de estudo
! ! ! Marechal Floriano
!
!
! ! !
! ! !
! !
!
Parque Estadual Pedra Azul
!! !! !
!
! !
!! ! !
!
!! ! Parque Estad. Forno Grande
! ! !
! !
2031'0"S
-
2031'0"S
! Alfredo Chaves
5 2,5 0 5 km
E.: 1:200.000
Castelo
96
Para o planejamento das etapas de campo e auxilio nas discusses dos
resultados foi utilizado o sistema de Informao Geogrfica ArcGis 9.3 e os seguintes
planos de informaes: aerofotos da regio, delimitao do PEFG, delimitao do
PEPAz, disponibilizados pelo IEMA. A base cartogrfica adotada foi o sistema
geodsico World Geodetic System de 1984 (WGS 84) e o Sistema de Projeo Universal
Transversa de Mercador (UTM) para a gerao dos mapas. O mapeamento foi realizado
no programa ArcGIS 9.3.
3 Resultados e discusso
35
32
30 HORTALIAS
FRUTAS
25
21,6 LEGUMES
20 17,6 LEGUMINOSAS
15,2 CAF
15 LEITE E DERIVADOS
FLORES
10
5,6 ARTESANATO
4 NO VIVE DA TERRA
5 2,4
0,8 0,8
0
% Produo para gerao de renda
97
40,0
36,4
35,0
31,3
30,0
HORTALIAS
25,0 FRUTAS
LEGUMES
20,0
16,2 LEGUMINOSAS
15,0 12,1 GALINHAS
PORCOS
10,0
De acordo com IDAF (2004), esta regio tem potencial para o desenvolvimento de
atividades rurais agrcolas e no agrcolas que compatibilizem a produo com o
desenvolvimento local sustentvel, que possa contemplar o planejamento da paisagem
de forma participativa. Com isso, conforme o mesmo autor seria possvel o
estabelecimento de um mosaico de atividades sustentveis, que gere a melhoria da
qualidade de vida das comunidades e, ao mesmo tempo, contribua para a conservao
da biodiversidade, pautada na utilizao dos recursos naturais que considere as
potencialidades e fragilidades do ambiente em que residem.
Sobre a situao de reflorestamento na regio, aproximadamente 49,0% do total
dos entrevistados possuem reflorestamento com eucalipto, 6,8% com pinus, apenas 1,7%
com rvores nativas e 42,4% no possuem nenhum tipo de reflorestamento em sua
propriedade. Estas informaes podem ser observadas nas aerofotos da regio.
Questionados se sabiam o que era um CE, verificou-se que 40% nunca ouviram
falar, 38,2% j ouviu, e somente 21,8% sabiam, porm, observou-se que, deste
percentual, a maioria possua um conhecimento superficial. Julga-se necessrio um
trabalho intenso de informao e esclarecimento da populao a este respeito, para
sensibilizar e promover a conscientizao dos proprietrios da importncia da
implantao de um CE.
Propostas de rotas para a passagem de corredores ecolgicos foram realizadas
por (LOUZADA et al., 2012) para interligao destes dois parques estaduais, Forno
Grande e Pedra Azul. Estas rotas foram estabelecidas por meio da tcnica da distncia
de menor custo de Louzada et al. (2010) que teve como base Rocha et al. (2007), Martins
98
et al. (1998), Alto et al. (2005), Nunes et. al. (2005), Tebaldi et al. (2009) e Bergher
(2008). Considerou-se as reas de preservao Permanente, o uso e cobertura da terra
e a declividade.
As entrevistas foram realizadas com os proprietrios que residiam prximas a
estas rotas pr-estabelecidas. Estas informaes so importantes para os rgos
ambientais. Este estudo oferece um direcionamento para as possveis aes para a
implantao destes corredores ecolgicos na regio.
Outra questo abordada foi, se eles acreditavam que a incluso de um CE entre
os PEFG e PEPAz poderia contribuir com a gerao de renda com o turismo na regio.
Dos entrevistados, 70,9% acreditam que sim, e disseram que o turismo um dos
caminhos para gerao de renda para os proprietrios do entorno e que todo incentivo
em relao ao turismo vlido. No entanto, percebeu-se que somente 9,1% dos
entrevistados tm alguma renda proveniente deste meio. Alguns dizem que no tem
turismo no PEFG e mostram sua insatisfao quanto s restries do acesso Pedra de
Forno Grande, pois, no passado, havia festas e celebraes neste local, sendo agora
proibido.
Observou-se em conversa com os proprietrios, que existe uma insatisfao geral
em relao falta de manuteno das estradas, pois no esto em boas condies.
Acreditavam que com a implantao do parque FG e com o turismo, as estradas iriam
melhorar, mas ficou s na esperana. Isto pde ser constatado em campo. Alguns esto
insatisfeitos com o governo e comentam que no tem apoio.
Outra questo discutida foi a respeito do interesse dos proprietrios em que o CE
seja estabelecido em reas de domnio de sua propriedade, 70,91% responderam sim.
Arguidos sobre quais reas teriam autorizao para fazer parte desta implantao,
obteve destaque as reas de cobertura florestais j existentes (23,1%), seguida das
reas ao redor das nascentes (20,3%), topos de morro (18,9%), mata ciliar (16,8%),
cerca de divisa como delimitador de propriedades ou quebra vento (10,5%), margens de
rodovias ou estradas (7,7%) e outras reas, com reserva legal (2,8%) (Figura 4).
Arguidos sobre quais benefcios o estabelecimento de um CE poderia trazer, as
respostas foram abrangentes, como a melhoria da qualidade de vida, do ar, dos cursos
dgua e estradas, seguidas da reduo da eroso, facilidade para adquirir mudas,
proteo e preservao do meio ambiente (fauna, flora, microclima) e turismo. Alguns
disseram que no vem nenhum benefcio enquanto outros, por falta de conhecimento,
no opinaram a respeito.
99
25,0 23,1
18,9 20,3
20,0 16,8
15,0 10,5
10,0 7,7
5,0 2,8
0,0
% reas para implantao do Corredor Ecolgico
MATAS CILIARES (APP)
TOPOS DE MORRO (APP)
AO REDOR DE NASCENTES (APP)
MARGEM DE RODOVIAS OU ESTRADAS
*CERCA DE DIVISA COMO DELIMITADOR DE PROPRIEDADE OU QUEBRA VENTO
AREA DE COBERTURA FLORESTAL J EXISTENTE
OUTRAS AREAS
4 Concluses
5 Referncias bibliogrficas
ALTO, R. T; OLIVEIRA, J. C. de; RIBEIRO, C. A. A. 2005. Sistema de informaes geogrficas na definio de corredores
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BERGHER, I. S. B. 2008. Estratgias para edificao de micro-corredores ecolgicos entre fragmentos de Mata
Atlntica no Sul do Esprito Santo. Universidade Federal do Esprito Santo. Brasil. Dissertao de Mestrado em
Produo Vegetal.
100
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (BRASIL). Resoluo n09, 24 de outubro de julho de 1996. Dispe
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<http://www.mma.gov.br>. Acesso em: 25 jul. 2015.
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In: Corredores ecolgicos: iniciativas e metodologias para a implementao do Projeto corredores ecolgicos.
Roberto Xavier de Lima, organizador. MMA/SBF. Braslia Brasil.
101
CAPTULO 7
1 Introduo
102
de vegetao que visam permitir o trnsito e o fluxo gnico entre as populaes. Dentre
as suas principais funes destacam-se a reduo da fragmentao das florestas
existentes, a restaurao da conectividade da paisagem e a manuteno dos recursos
hdricos (MUCHAILH et al., 2010).
Mediante o cenrio de fragmentao florestal e de perda da biodiversidade no
bioma Mata Atlntica, o propsito deste trabalho foi propor corredores ecolgicos na
bacia hidrogrfica do rio Itapemirim no estado do Esprito Santo utilizando a tcnica do
caminho mais curto, funo Shortest Path, disponvel no ArcGIS 10.2. Esta funo utiliza
as imagens matriciais de distncia e direo de custo para determinar uma rota de menor
custo entre os fragmentos.
2 Metodologia
Na gerao das rotas dos corredores ecolgicos (CEs) foi utilizada uma
metodologia por meio de Sistemas de Informaes Geogrficas (SIGs), envolvendo
banco de dados e uma base cartogrfica digital fornecida pelo Sistema Integrado de
Bases Georreferenciadas do Estado do Esprito Santo GEOBASES, sendo os
seguintes planos de informao utilizados no formato shapefiles (.shp): hidrografia,
manchas urbanas, vias urbanas e vias interurbanas. Foram considerados fatores tais
como: uso e cobertura da terra, reas de preservao permanente e declividade.
Foi adotado para a gerao dos mapas o Sistema de Referncias Geocntrico
para as Amricas (SIRGAS 2000) e o Sistema de Coordenadas Geogrficas Latitude e
Longitude. O mapeamento foi realizado no aplicativo computacional ArcGIS 10.2,
utilizando-se a tcnica de pesos de menor custo, de Louzada et al. (2010), que teve como
base Martins et al. (1998), Alto et al. (2005), Nunes et. al. (2005), Rocha et al. (2007),
Bergher (2008) e Tebaldi et al. (2009).
Foi utilizado o mapa de uso e cobertura da terra, disponibilizado pelo GEOBASE,
ao qual para cada classe de uso da terra foi determinado um peso de adequabilidade,
conforme Louzada et al. (2010), numa escala de 1 a 100, sendo os pesos mais elevados
atribudos queles por onde os corredores no deveriam passar, dando origem ao mapa
de frico, o qual foi obtido com a soma de todos os pesos atribudos para cada elemento
considerado. A esse procedimento, objetivou-se gerar uma superfcie de custo nas quais
as classes com maiores pesos teriam maiores custos, para o caso de conserv-los ou
recuper-los.
O mapa de APP totais, disponibilizado por Eugenio (2014), foi dividido em duas
classes, sendo uma a de APP Totais com peso 1 e a classe de outras reas com peso
103
100, uma vez que o objetivo maior que a rota dos CEs passe pelas APP, estas
receberam o peso menor.
Aps a atribuio dos pesos, as imagens matriciais foram multiplicadas pelo seu
respectivo peso estatstico, utilizando mtodo Analise Hierrquica dos Processos (AHP)
proposto por Saaty (1977) e, posteriormente somados gerando a Imagem Matricial de
Custo Total, equao 12:
Em que,
Custo Total: Imagem Matricial de custo total;
P1: Peso estatstico da imagem matricial de custo de uso e cobertura da terra;
P2: Peso estatstico da imagem matricial de custo de APP;
P3: Peso estatstico da imagem matricial de custo de declividade;
UsoTCusto: Imagem Matricial de custo de uso e cobertura da terra;
APPCusto: Imagem Matricial de custo de APP; e
DecCusto: Imagem Matricial de custo de declividade.
104
Base de dados
AHP
APPs_T_rast APPs_Custo SAATY
APPs totais
er s (1977)
Determina
Distncia o da
imagem
MDE Vetorial de
Declividade Dec_Rec_Ra Caminho
Dec_Custos Custo_Total
<20, 20 a 45> ster mais curto
45 Direo entre dois
de Custo pontos
3 Resultados e discusso
Com a imagem de Custo Total que foi gerada por meio das imagens matriciais
das reas de preservao permanente (APP), do mapa de uso e cobertura da terra, do
modelo digital de elevao, gerou-se o mapa de rotas dos corredores ecolgicos (CEs).
Foram estabelecidos corredores do tipo contnuo, de modo que fiquem
interligados entre si, pois esta opo atende a um maior nmero de elementos da fauna e
flora (BERGHER, 2008).Fez-se a interligao entre os fragmentos com os corredores
possuindo largura igual a 10% de seu comprimento.
Foram identificadas 95 propostas de corredores, totalizando, 70.879,65 m de
comprimento (Tabela 1). A rea total dos corredores foi de 2.500,23 ha, com rea mdia
de 26,32 ha. O comprimento mdio foi de 746,10 m, com largura mdia de 74,61 m. Na
Tabela 1 apresentado o comprimento, largura e rea de cada corredor ecolgico
proposto para a bacia hidrogrfica do rio Itapemirim, ES.
105
Tabela 1. Comprimento, largura e rea de cada corredor ecolgico proposto para
conexo dos fragmentos florestais potenciais identificados na bacia
hidrogrfica do rio Itapemirim, ES em ordem crescente do comprimento
(continua)
Corredores Comprimento Largura Buffer rea
N (m) (m) (m) (m)
26 12,70 1,27 0,63 54,03
30 13,94 1,39 0,70 57,59
11 20,71 2,07 1,04 86,10
10 21,43 2,14 1,07 86,42
88 24,90 2,49 1,25 99,40
24 35,40 3,54 1,77 144,01
13 40,61 4,06 2,03 243,96
41 40,62 4,06 2,03 162,36
12 44,90 4,49 2,25 274,17
82 48,60 4,86 2,43 291,43
75 52,98 5,30 2,65 316,80
1 54,81 5,48 2,74 655,08
69 58,96 5,90 2,95 354,65
46 65,72 6,57 3,29 525,28
22 69,96 7,00 3,50 580,16
27 70,01 7,00 3,50 575,85
40 70,11 7,01 3,51 560,89
21 76,53 7,65 3,83 631,86
23 91,01 9,10 4,55 948,21
42 95,25 9,52 4,76 928,61
86 103,41 10,34 5,17 1055,79
15 105,11 10,51 5,26 1118,40
6 118,62 11,86 5,93 1452,26
29 119,71 11,97 5,99 1496,73
4 125,54 12,55 6,28 1528,49
5 125,55 12,55 6,28 1468,85
39 132,29 13,23 6,61 1856,48
73 135,60 13,56 6,78 1907,51
16 139,98 14,00 7,00 1123,70
17 149,81 14,98 7,49 2516,88
19 149,81 14,98 7,49 2516,88
54 162,40 16,24 8,12 2577,93
51 163,48 16,35 8,17 2816,36
84 165,63 16,56 8,28 2628,26
90 168,83 16,88 8,44 2698,29
49 172,45 17,25 8,62 3222,45
53 178,65 17,87 8,93 3204,61
50 181,13 18,11 9,06 3308,51
76 189,06 18,91 9,45 3244,49
68 212,34 21,23 10,62 4676,10
72 239,93 23,99 12,00 5765,89
106
Tabela 1. Comprimento, largura e rea de cada corredor ecolgico proposto para
conexo dos fragmentos florestais potenciais identificados na bacia
hidrogrfica do rio Itapemirim, ES em ordem crescente do comprimento
(continuao)
Corredores Comprimento Largura Buffer rea
N (m) (m) (m) (m)
92 244,74 24,47 12,24 5870,75
47 245,57 24,56 12,28 5914,86
78 259,80 25,98 12,99 6626,32
44 270,94 27,09 13,55 7542,81
70 272,86 27,29 13,64 7566,83
33 275,12 27,51 13,76 7819,02
74 296,79 29,68 14,84 8969,19
63 300,82 30,08 15,04 9580,64
48 301,19 30,12 15,06 8975,02
59 344,13 34,41 17,21 11887,02
64 359,09 35,91 17,95 14481,73
45 369,84 36,98 18,49 13589,17
18 383,43 38,34 19,17 15687,40
65 410,59 41,06 20,53 16476,04
95 423,65 42,37 21,18 26250,12
60 442,87 44,29 22,14 19916,46
66 463,55 46,36 23,18 21786,85
77 477,55 47,75 23,88 12622,60
56 480,80 48,08 24,04 23299,61
20 481,20 48,12 24,06 24818,16
43 488,79 48,88 24,44 23651,90
7 502,37 50,24 25,12 25417,01
28 503,71 50,37 25,19 24439,91
58 514,78 51,48 25,74 27058,84
80 515,36 51,54 25,77 29320,09
62 527,60 52,76 26,38 29021,56
71 553,38 55,34 27,67 30832,27
55 557,07 55,71 27,85 32379,97
67 579,00 57,90 28,95 34067,50
93 588,22 58,82 29,41 34288,15
52 623,26 62,33 31,16 38711,97
57 625,90 62,59 31,29 52483,72
81 670,28 67,03 33,51 46031,41
87 680,14 68,01 34,01 46260,98
85 711,94 71,19 35,60 50684,57
83 743,86 74,39 37,19 55007,63
9 857,41 85,74 42,87 74871,11
32 860,47 86,05 43,02 69390,53
79 934,86 93,49 46,74 91420,63
34 962,54 96,25 48,13 94117,37
61 1182,15 118,21 59,11 142481,60
107
Tabela 1. Comprimento, largura e rea de cada corredor ecolgico proposto para
conexo dos fragmentos florestais potenciais identificados na bacia
hidrogrfica do rio Itapemirim, ES em ordem crescente do comprimento
(concluso)
Corredores Comprimento Largura Buffer rea
N (m) (m) (m) (m)
3 1264,17 126,42 63,21 63297,60
89 1376,09 137,61 68,80 195039,04
2 1570,59 157,06 78,53 249524,55
14 1868,81 186,88 93,44 354151,75
35 1947,27 194,73 97,36 309492,84
36 3106,18 310,62 155,31 958075,19
31 4192,57 419,26 209,63 1811315,16
8 4417,88 441,79 220,89 2047465,26
37 6104,29 610,43 305,21 3759948,31
38 8052,09 805,21 402,60 6181178,57
94 8452,58 845,26 422,63 7230792,69
Total 70.879,65 25.002.302,07
Mdia 746,10 74,61 37,31 263.182,13
108
Os corredores deste setor totalizaram 1.633,74 ha, 65,34% da rea total de todos
os corredores propostos para bacia hidrogrfica. O comprimento foi de 40.716,65 m,
57,44% do comprimento total dos corredores da bacia. Destacam-se os corredores 8, 31,
35, 36, 37 e 38, que representam 60,26% da rea total dos corredores do setor
Cachoeiro/Itapemirim e 39,25% do seu comprimento total.
Este comportamento apresentou como consequncia maiores custos para
implantao do corredor. O desempenho exibido explicado em funo das maiores
distncias entre os fragmentos, refletidos na extenso dos corredores propostos para
este setor.
Examinando o setor Vargem Alta/Conceio do Castelo, Figura 4, foram
identificados 43 fragmentos conexo. Os valores de rea, 45,36 ha e
comprimento, 8.294,80 m ocupados pelos corredores, foram significativamente
menores, quando comparados com o setor Cachoeiro/Itapemirim.
Os valores de rea e comprimento do setor representam
concomitantemente 1,85% e 11,60% do total dos corredores propostos para a
bacia. Os resultados obtidos neste setor foram bastante satisfatrios, visto que, os
corredores apresentaram rea e comprimento relativamente pequenos, refletindo
menores custos para sua implantao.
Pesquisando o setor, Muniz Freire/Ibitirama, Figura 5, encontrou-se 62
fragmentos conexo. Os corredores exibiram rea total de 821,15 ha,
comprimento de 2.2169,03 metros. Estes valores representam em rea 32,79%, e
em comprimento, 31,00% do total dos corredores propostos para a bacia do rio
Itapemirim. Evidencia-se o corredor 94, ocupando 88,13% da rea e 38,12% do
comprimento total dos corredores propostos para o setor.
Com objetivo de avaliar as trajetrias dos corredores, foram analisados os
usos e coberturas da terra para cada corredor. Na Tabela 2, so apresentados os
usos e coberturas da terra em cada corredor proposto para a bacia hidrogrfica
do rio Itapemirim, ES.
109
4145'0"W 4130'0"W 4115'0"W 410'0"W
Fragmentos Potenciais
Fragmentos Conexo
2015'0"S
2015'0"S
IBATIBA
Corredores
IRUPI
Largura dos Corredores
CONCEIO DO CASTELO VENDA NOVA DO IMIGRANTE
INA
Municipios
MUNIZ FREIRE Limites da bacia
2030'0"S
2030'0"S
IBITIRAMA
CASTELO
VARGEM ALTA
ALEGRE
2045'0"S
2045'0"S
CACHOEIRA DE ITAPEMIRIM
JERNIMO MONTEIRO
MUQUI
ATLIO VIVCQUA
ITAPEMIRIM
210'0"S
210'0"S
10 5 0 10
km
PRESIDENTE KENNEDY
Fragmentos Potenciais
Fragmentos Conexo
Corredores
2040'0"S
2040'0"S
38 Largura do Corredor
Itapemirim
37
Cachoeiro do Itapemirim
36
31
35
2045'0"S
2045'0"S
2050'0"S
2050'0"S
8
2055'0"S
2055'0"S
5 2.5 0 5
km
Sistema de Coordeandas Geogrficas
SIRGAS 2000 - ZONA 24S
110
4115'0"W 4110'0"W 415'0"W 410'0"W
Fragmentos Potenciais
2015'0"S
2015'0"S
Fragmentos Conexo
Corredores
Largura do Corredor
Vargem Alta
2020'0"S
2020'0"S
Castelo
Venda Nova
Conceio Castelo
2025'0"S
2025'0"S
2030'0"S
2030'0"S
5 2.5 0 5
km
2035'0"S
2035'0"S
Fragmentos Potenciais
Fragmentos Conexo
2015'0"S
Corredores
2015'0"S
Largura do Corredor
Iuna
Irupi
2020'0"S
2020'0"S
Ibitirama
Muniz Freire
2025'0"S
2025'0"S
2030'0"S
2030'0"S
2035'0"S
2035'0"S
7 3.5 0 7
km
Sistema de Coordeandas Geogrficas
2040'0"S
111
Tabela 2. Uso e cobertura da terra em cada corredor proposto para a bacia
hidrogrfica do rio Itapemirim, ES.
(Continua)
AG RE AR CD AE ENP EP PA SE VA AFR
Corredor
(ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha)
1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00
2 0,20 0,00 1,58 11,97 2,21 0,31 0,16 8,98 0,00 0,00 0,00
3 0,00 0,00 3,90 0,04 0,00 0,00 0,01 0,30 0,08 0,00 0,00
4 0,00 0,00 0,15 1,13 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00
5 0,00 0,00 0,37 0,23 0,00 0,02 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00
6 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
7 0,00 0,00 0,03 0,00 0,06 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00
8 0,00 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00
9 0,00 0,00 0,66 1,83 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00
10 0,00 0,00 10,11 44,86 143,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
11 0,00 0,00 0,03 5,10 2,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
12 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
13 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00
15 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
16 0,00 0,00 4,99 17,89 0,00 0,47 0,00 12,54 0,00 0,00 0,00
17 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
18 0,00 0,00 0,04 0,05 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00
19 0,00 0,00 0,04 0,20 0,00 0,03 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00
20 0,00 0,00 0,40 1,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
21 0,00 0,00 0,00 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
22 0,00 0,00 0,17 2,08 0,00 0,00 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00
23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00
24 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00
25 0,00 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
26 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
27 0,82 0,00 2,38 10,45 0,00 0,87 0,00 10,98 0,00 0,00 0,00
28 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
29 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
30 0,41 0,00 0,00 1,70 0,00 0,00 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00
31 0,00 0,00 0,00 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
32 0,00 0,00 0,00 57,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
33 4,62 0,00 33,11 47,18 5,06 0,87 2,77 91,16 0,00 0,00 0,00
34 0,00 0,00 0,07 4,70 2,01 0,00 0,24 0,16 0,00 0,00 0,00
35 0,00 0,00 0,62 0,00 0,01 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00
36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,41 0,00 0,00 0,00
37 0,52 0,00 2,88 5,46 0,00 0,71 0,00 22,09 0,00 0,00 0,00
38 3,47 0,00 8,91 11,05 0,00 2,19 0,00 69,40 2,47 0,51 0,00
39 5,57 6,87 31,20 21,82 0,00 11,67 0,24 309,98 0,00 0,54 0,00
40 42,86 1,52 43,33 12,01 0,00 11,70 0,00 480,88 11,18 3,38 7,95
41 0,59 0,00 1,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00
42 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
112
Tabela 2. Uso e cobertura da terra em cada corredor proposto para a bacia
hidrogrfica do rio Itapemirim, ES.
(Continuao)
AG RE AR CD AE ENP EP PA SE VA AFR
Corredor
(ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha)
43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06
44 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
45 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
46 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
47 0,95 0,00 1,41 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00
48 0,05 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,67 0,00 0,00 0,00
49 0,66 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,47 0,00 0,00 0,00
50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,59 0,00 0,00 0,00
51 0,18 0,22 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,49 0,00 0,00 0,00
52 0,05 0,00 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
53 0,02 0,00 0,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
54 0,01 0,07 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17 0,00 0,00 0,00
55 1,21 0,00 2,29 0,31 0,00 0,03 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00
56 0,04 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
57 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
58 0,21 0,20 0,59 0,27 0,00 0,09 0,00 1,45 0,00 0,51 0,00
59 0,15 0,50 1,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,58 0,00 0,00 0,00
60 1,97 2,27 0,80 0,00 0,00 0,08 0,00 0,04 0,00 0,00 0,17
61 0,69 0,00 1,13 0,00 0,00 0,00 0,16 0,00 0,00 0,00 0,88
62 0,35 0,33 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00
63 0,19 0,17 1,23 0,00 0,00 0,04 0,00 0,34 0,00 0,00 0,06
64 2,82 0,00 0,32 0,00 0,00 0,56 0,00 10,55 0,00 0,55 0,00
65 0,00 0,83 1,80 0,00 0,00 0,05 0,00 0,26 0,00 0,00 0,02
66 0,17 0,60 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
67 0,60 0,00 0,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00
68 0,35 0,00 1,19 0,00 0,00 0,00 0,19 0,11 0,00 0,00 0,00
69 0,98 0,00 0,87 0,00 0,00 0,13 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00
70 0,09 0,93 2,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00
71 0,01 0,13 0,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
72 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00
73 0,00 0,00 0,75 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00
74 0,34 0,00 2,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
75 0,00 0,00 0,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
76 0,00 0,00 0,13 0,00 0,00 0,01 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00
77 0,00 0,00 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,19 0,00
78 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00
79 0,00 0,15 0,07 0,00 0,00 0,01 0,00 0,10 0,00 0,00 0,00
80 0,69 0,00 0,11 0,00 0,00 0,04 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00
81 0,19 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00 0,02 0,38 0,00 0,00 0,00
82 2,53 0,00 3,67 0,00 0,86 0,37 0,00 1,93 0,00 0,16 0,00
83 0,00 0,74 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 2,14 0,00 0,00 0,00
113
Tabela 2. Uso e cobertura da terra em cada corredor proposto para a bacia
hidrogrfica do rio Itapemirim, ES.
(Concluso)
AG RE AR CD AE ENP EP PA SE VA AFR
Corredor
(ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha) (ha)
84 0,00 0,00 3,56 0,00 0,00 0,03 0,00 0,71 0,02 0,00 0,32
85 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
86 0,00 0,00 1,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,28 0,00 0,00 2,72
87 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,01 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00
88 0,00 0,00 2,18 0,00 0,00 0,00 0,00 2,10 0,00 0,00 0,79
89 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06
90 0,00 0,00 3,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,44 0,00 0,00 0,24
91 2,52 0,00 10,77 0,00 0,00 0,25 0,16 5,50 0,00 0,00 0,16
92 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00
93 2,08 5,71 2,44 0,00 0,00 0,51 0,00 11,22 0,00 0,00 0,00
94 258,19 12,66 7,41 15,60 8,28 8,77 0,00 338,69 0,92 3,86 0,00
95 0,16 0,40 2,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 337,71 34,58 206,34 275,62 164,78 39,92 3,97 1399,44 14,68 9,71 13,42
% 13,39 1,37 8,42 10,93 6,53 1,58 0,16 56,13 0,58 0,38 0,53
(AE) rea edificada, (AG) Agricultura, (PA) Pastagem, (AR) rea em regenerao, (RE)
Reflorestamento, (SE) Solo exposto, (AFR) Afloramento rochoso, (EP) Estradas
pavimentadas, (ENP) Estradas no pavimentadas, (CD) Corpos d'gua, (VA) Vrzea.
A anlise dos dados da Tabela 2 nos revela que 546,38 ha, 21,66% da rea total
dos corredores encontram-se em reas edificadas, agrcolas, estradas pavimentadas e
no pavimentadas, consideradas como barreiras para a passagem dos CEs, no entanto,
esses valores so explicado em funo dos buffers aplicados ao percurso dos
corredores, que inevitavelmente sobrepem reas de maiores custos para sua
implantao. Todavia, relacionando a rea total conectada (fragmentos potenciais,
fragmentos conexo e rea dos corredores), com as reas consideradas fatores de
impedncia, verifica-se que estas reas representam 1,71% da rea total conectada.
As reas dos corredores cobertas por cursos dgua, reas em regenerao,
vrzeas, solos expostos e pastagens, consideradas neste estudo como fatores de menor
custo, representam 76,23% da rea total dos corredores. Todavia, para a implantao
deste CE, so necessrias algumas aes nas classes de uso da terra.
As reas de pastagem devem melhorar o seu estado vegetativo principalmente
por adoo de sistemas silvipastoris. Os sistemas silvipastoris so potencialmente mais
sustentveis que os sistemas tradicionais favorecendo os CEs. Em reas de agricultura
recomenda-se o uso de sistemas agroflorestais.
As estradas so consideradas barreiras para os CEs, pois, alm de serem
barreiras intransponveis para muitas espcies, existem ainda os riscos devido ao
114
aumento da vulnerabilidade ao predador e o risco de atropelamentos. Para minimizar
esta situao devem-se construir tneis especialmente projetados para facilitar o
movimento de animais sob as estradas em alguns pontos.
Salienta-se que a delimitao de corredores ecolgicos por meios
computacionais, como o realizado neste trabalho, deve ser usada para anlises prvias
de viabilidade. O processo de estabelecimento de um corredor ecolgico envolve tambm
outras variveis, como a desapropriao de propriedades particulares, a promoo de
mudanas de comportamento dos autores sociais envolvidos, a fim de aprimorar o
planejamento e a execuo de corredores necessrios para a atenuao dos efeitos
negativos advindos da fragmentao florestal.
4 Concluses
5 Referncias bibliogrficas
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117
CAPTULO 8
1 Introduo
118
reas focais para conservao no estado do Esprito Santo e no sul da Bahia, os quais
apresentam regies com elevados nveis de endemismo e diversidade (WERNECK et al.,
2011).
Um dos corredores ecolgicos institudos no Corredor Central da Mata Atlntica,
cujo limite est situado em uma rea prioritria para conservao da biodiversidade
(MMA, 2008), foi o Burarama-Pacotuba-Cafund, em 2004. Cerqueira (2007) assinalou
que esse corredor foi o primeiro a ser implantado no Esprito Santo, com o objetivo de
unir as vegetaes da Reserva Particular do Patrimnio Natural (RPPN) Cafund e da
Floresta Nacional (FLONA) de Pacotuba s cadeias de montanhas do distrito de
Burarama.
Nesse corredor ecolgico, Couto et al. (2012) confirmaram, a partir de um estudo
da dinmica sucessional, que tcnicas de restaurao florestal com base em plantio de
mudas surtiram efeito positivo na sucesso florestal. Isso demonstra que as propostas de
restaurao podem ser medidas adequadas na implantao do modelo de corredores
ecolgicos. Em outro estudo desenvolvido nesta regio, Carneiro, Bernini e Silva (2013)
realizaram dimensionamento de reas de Preservao Permanente (APP) em matas
ciliares utilizando sensoriamento remoto (SR). Esses autores sugeriram a conexo
dessas reas aos fragmentos florestais j existentes, como forma de melhorar a
eficincia do estabelecimento dos corredores ecolgicos.
Desse modo, o uso de ferramentas de SR so de grande utilidade para auxlio das
tomadas de deciso e propostas de conservao. Atravs desses instrumentos tambm
possvel avaliar a evoluo da vegetao ao longo do tempo, tornando-se fundamental,
por exemplo, para avaliar o aumento de reas de florestas nativas e conectividade dos
remanescentes florestais inseridos nos corredores ecolgicos.
Uma das tcnicas de SR bastante difundidas para monitoramento dos
ecossistemas em determinada escala de tempo, consiste no uso dos ndices de
vegetao. Atualmente, o ndice de Vegetao por Diferena Normalizada (NDVI) a
mtrica mais usual (PONZONI; SHIMABUKURO; KUPLICH, 2012; KE et al., 2015), pois
trata-se de uma ferramenta simples e possui estreita relao com a produtividade da
vegetao (PRINCE, 1991). Tian et al. (2015) salientaram que o uso do NDVI deve ser
realizado com cautela, devido ao nmero de sensores utilizados na escala temporal e nas
correes mal interpretadas, as quais podem conduzir o aparecimento de artefatos e
incertezas nas anlises.
Dessa forma, para nortear o desenvolvimento desse trabalho foi elaborada a
seguinte pergunta: a implantao do corredor ecolgico Burarama-Pacotuba-Cafund
est influenciando no ganho de cobertura vegetal dentro de seus limites e no seu
entorno? Diante disso, constituiu objetivo deste estudo analisar a dinmica da cobertura
119
vegetal dentro dos limites e no entorno do corredor ecolgico Burarama-Pacotuba-
Cafund, Esprito Santo, por meio do NDVI, em uma srie temporal de 20 anos.
2 Metodologia
120
O clima da localidade, de acordo com a classificao de Kppen adaptada por
Alvares et al. (2013), pertence ao tipo Aw, com clima tropical e estao seca bem
definida, com precipitao mdia anual de 1.224 mm (PAIVA et al., 2010). Os solos, de
forma geral, foram classificados pela Embrapa (2006) como pertencentes classe
latossolo vermelho-amarelo distrfico.
O Corredor Ecolgico Burarama-Pacotuba-Cafund apresenta vegetao
caracterizada por Floresta Estacional Semidecidual nas duas unidades de conservao e
trechos de Floresta Ombrfila Densa no distrito de Burarama (IBGE, 2012), sendo
comuns na paisagem dessa regio inselbergs granticos. Os fragmentos florestais da
FLONA de Pacotuba e RPPN Cafund foram considerados por Archanjo et al. (2012) e
Abreu, Silva e Silva (2013) prioritrios para polticas conservacionistas.
Tabela 1. Dados das imagens LANDSAT-5 TM utilizadas para aplicao dos ndices
de vegetao
121
2.2.2 Correo geomtrica e corte da imagem
122
Radincia espectral
LMAX - LMIN
L = (Q ) (Qcal - Qcalmin ) + LMIN (eq. 1)
calmax - Qcalmin
Em que,
L = radincia espectral em W/(m sr m);
Qcal = valor do pixel quantificado e calibrado (em nmeros digitais);
Qcalmin = valor do pixel mnimo quantificado e calibrado correspondente LMIN (em
nmeros digitais);
Qcalmax = valor do pixel mximo quantificado e calibrado correspondente LMAX (em
nmeros digitais);
LMIN = radincia espectral escalonada para Qcalmin em W/(m sr m);
LMAX = radincia espectral escalonada para Qcalmax em W/(m sr m).
123
Reflectncia
. L . d2
= ESUN coss
(eq. 2)
Em que,
= reflectncia medida ao nvel do satlite ou reflectncia aparente (adimensional);
= constante matemtica igual a aproximadamente 3,14159 (adimensional);
L = radincia espectral em W/(m sr m);
d = distncia Terra-Sol, em unidades astronmicas;
ESUN = irradincia solar exoatmosfrica mdia em W/(m sr m)(Tabela 2);
coss = ngulo zenital solar, em graus.
124
autores, o resultado final a obteno da reflectncia de superfcie, sendo dessa forma
possvel a caracterizao espectral.
Diante disso, a fim de obter melhores resultados na anlise dos dados de
sensoriamento remoto, realizou-se a correo atmosfrica por meio do mtodo DOS.
Posterior aos processos de correo das imagens, foi gerado o NDVI por meio
da aplicao da Equao 3:
ivp - v
NDVI = ivp + v
(eq. 3)
Em que,
ivp = reflectncia no infravermelho prximo (banda 4);
v = reflectncia no vermelho (banda 3).
A anlise temporal foi realizada para os perodos compreendidos entre 1990 a 2000
e 2000 a 2010. Para avaliar as mudanas ocorridas entre os perodos estudados, foi
realizada a subtrao dos NDVIs, de acordo com a Equao 4.
NDVIDiferena = A B (eq. 4)
Em que,
NDVIDiferena = imagem resultante da subtrao;
A = Imagem NDVI correspondente a data mais recente;
B = Imagem NDVI correspondente a data mais antiga.
125
Tabela 3. Intervalo das classes de mudanas da cobertura vegetal
Classes Intervalos
Perda de vegetao Mn., -
No mudana , +
Ganho de vegetao + , Mx.
Fonte: Adaptado de Ferrari, Santos e Garcia (2011).
3 Resultados e discusso
A partir da anlise visual das imagens de NDVI para os anos de 1990, 2000 e
2010, verifica-se alteraes na vegetao do Corredor Ecolgico Burarama-Pacotuba-
Cafund (Figura 2). Nas imagens resultantes do clculo do NDVI, os pixels variam entre -
1 e 1, onde os valores positivos correspondem a reas com cobertura vegetal, os valores
prximos a 0 representam solos expostos ou pouca vegetao, j os pixels de valor
negativo referem-se a reas de lmina dgua e sombras ocasionadas por nuvens ou
posio do sol durante o registro da cena.
Em relao aos valores correspondentes cobertura vegetal, pixels prximos a
1 significam vegetao mais densa, representadas no mapeamento com a tonalidade
mais escura de verde. Deste modo, as alteraes na cobertura vegetal verificadas entre
os anos estudados, referem-se tanto s modificaes na vegetao nativa quanto
dinmica do uso do solo para o plantio de culturas. Este fato foi confirmado aps a
verificao junto s imagens do Google Earth.
A partir das imagens-subtrao, pode-se constatar as alteraes ocorridas no
uso e ocupao do solo nos dois intervalos temporais analisados neste estudo
(1990/2000 e 2000/2010) (Figuras 3 e 4).
Em ambos cenrios foi verificado pouco ganho de vegetao, sendo que no
intervalo 1990/2000 o acrscimo e a perda de cobertura vegetal foram, respectivamente,
maior e menor, em relao ao intervalo 2000/2010 (Tabelas 4 e 5).
Vale ressaltar que o elevado valor apresentado como perda de vegetao
entre os anos 2000 e 2010, deve-se em grande parte presena de sombras na
imagem na regio de Burarama, a qual apresenta diversos inselbergs granticos
compondo a paisagem, interferindo no resultado dessa anlise (Figura 5).
126
Figura 2. Evoluo do NDVI em uma srie temporal de 20 anos no Corredor
Ecolgico Burarama-Pacotuba-Cafund, Esprito Santo.
127
Figura 4. Imagem-subtrao do NDVI 2000-2010 no Corredor Ecolgico Burarama-
Pacotuba-Cafund, Esprito Santo.
128
Figura 5. Composio RGB com demonstrao de sombreamento na regio de
Burarama para os anos de 1990 (A), 2000 (B) e 2010 (C).
Com relao aos valores de ganho de vegetao, tal fenmeno coincidiu com o
ciclo de plantio e crescimento de culturas na localidade, sendo estas representadas por
extensas reas (Figura 6). Alguns trechos foram caracterizados por acrscimo de
vegetao nativa, entretanto corresponderam a pequenos polgonos na paisagem. Assim,
o aumento de vegetao observado neste estudo foi representado principalmente por
reas de cultivo, sendo composto basicamente por reflorestamento com plantio de
eucalipto, havendo pouca contribuio de reas de vegetao nativa nos valores
observados. Tal fato demonstra que a interligao entre fragmentos florestais nativos,
objetivo da implantao de corredores ecolgicos, no est ocorrendo efetivamente.
Neste sentido, evidenciando a importncia do aumento de vegetao para o sucesso da
implantao de corredores ecolgicos, Bennet (2003) afirmou que a ligao entre
vegetaes na paisagem, devem essencialmente ser compostas por vegetao natural
existente, contudo, nem sempre isto possvel. Nestes casos, deve-se realizar a
restaurao de reas adjacentes objetivando a ligao entre fragmentos isolados.
Em contrapartida, o mosaico composto por fragmentos de vegetao nativa e
plantios de eucalipto, pode influenciar na manuteno da biodiversidade dependendo do
objetivo do plantio, dos tratos culturais, da resilincia e da destinao da rea aps a
colheita final do eucalipto (BARLOW et al., 2007; ONOFRE; ENGEL; CASSOLA, 2010).
Estas condies proporcionam a formao de variados estdios da regenerao natural,
podendo abrigar diversas espcies da flora e da fauna. Alm disso, Gabriel et al. (2013)
salientaram que no sub-bosque de plantios convencionais de eucalipto, o perodo de
manejo e o ciclo de corte podem interferir diretamente na presena ou ausncia de
algumas espcies arbustivo-arbreas.
Ainda com relao as alteraes na paisagem do Corredor Ecolgico Burarama-
Pacotuba-Cafund, Mancino et al. (2014) destacaram que as mudanas na cobertura
129
vegetal, ocorridas naturalmente ou por interveno antrpica, afetam diretamente os
ecossistemas, alterando sua composio e produtividade, o que influencia na
disponibilidade de recursos naturais, bem como na distribuio espacial e temporal. Alm
disso, Leong e Roderick (2015) ressaltaram a influncia das paisagens modificadas e
diferentes tipos de uso da terra sobre os processos fenolgicos, atuando negativamente
nas sndromes de polinizao das espcies de plantas.
130
das prprias comunidades rurais do entorno do Corredor Ecolgico Burarama-Pacotuba-
Cafund como forma de estimular a conectividade dos fragmentos florestais, promovendo
benefcios diversos como produo de gua, proteo do solo, manuteno das redes de
interaes ecolgicas e da diversidade biolgica, pois esto intimamente relacionados s
atividades humanas.
4 Concluses
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133
CAPTULO 9
1 Introduo
134
frequncia temporal e recobre maiores reas que qualquer satlite padro com orbita
polar; e, iii) possui uma consistncia da cobertura espacial e acessibilidade dos dados
(ANDERSON et al., 2013).
Dentre os dados meteorolgicos fornecidos pela misso TRMM, a precipitao
acumulada mensal disponibilizada por meio de diferentes produtos, dos quais o produto
3B43 foi desenvolvido de modo a fornecer a melhor estimativa de precipitao acumulada
mensal utilizando, para isto, a integrao dos dados coletados por diferentes sensores
orbitais abordo de diversos satlites e tambm a calibrao destes dados com base em
dados coletados em campo (Huffman et al., 2010).
Muitos so os esforos empreendidos para validar as estimativas obtidas por meio
da misso TRMM, abrangendo regies do oceano Pacfico (Bowman, 2005), do
continente Norte-Americano (Chiu et al., 2006; Liao e Meneghini, 2009), do continente
Sul-Americano (Su et al., 2008; Scheel et al., 2010) e inclusive para regies do territrio
brasileiro (Franchito et al., 2009; Negrn Jurez et al., 2009). Contudo, devido
variabilidade climtica encontrada no Estado do Esprito Santo, grande quantidade de
dados obtidos pela misso TRMM e aos avanos no processamento destes dados
(Huffman et al., 2010), torna-se fundamental uma anlise da exatido dos dados de
precipitao acumulada mensal atualmente disponveis, visando aplicaes nesta regio
especfica.
Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da
precipitao acumulada mensal estimada por meio da misso TRMM e disponibilizada
por meio do produto 3B43 V7 (verso 7), para o Estado do Esprito Santo, durante o
perodo compreendido entre os anos de 2001 a 2011 com base nos registros de
precipitao acumulada mensal fornecidos pelas estaes meteorolgicas da Agncia
Nacional de guas (ANA).
2 Metodologia
A pesquisa foi realizada no Estado do Esprito Santo (Figura 1), uma das 27
unidades federativas do Brasil, localizado entre as latitudes 1753 e 2117 Sul e entre as
longitudes 3939 e 4152 Oeste, com uma rea total de 46.077,6 km.
135
Figura 1. Localizao da rea de estudo.
136
quente ultrapassa 22 C (Cwa); e, na encosta da Serra do Capara, onde a temperatura
mdia do ms mais quente no ultrapassa a 22 C (Cwb) (RELATRIO FINAL, 2008).
Foram utilizados dados do satlite TRMM, ou TRMM and Other Sources Rainfall
Product (HUFFMAN et al., 1995, 2007), disponibilizados gratuitamente no sitio da NASA
(<http://disc.sci.gsfc.nasa.gov>), no perodo de 2001-2011.
Os dados pluviomtricos necessrios para o presente estudo foram adquiridos
junto ao Sistema de Informaes Hidrolgicas da Agncia Nacional de guas
(HIDROWEB), com sries histricas com durao mnima de 25 anos. Sobre o Estado do
Esprito Santo existem 92 estaes pluviomtricas que atendem os requisitos
necessrios exigidos e 88 dessas estaes j foram utilizadas com sucesso por Saito et
al. (2009) para obter a erosividade das chuvas.
Diante das Figuras 2a e 2b observa-se que a precipitao mdia para o Estado do
Esprito Santo, perodo de 2001 a 2011, caracteriza como estao chuvosa os meses de
outubro a abril e apresenta uma maior concentrao pluviomtrica na regio Centro-Sul
do Estado.
a b
Figura 2. Precipitao mdia (a) mensal e (b) anual para o Estado do Esprito Santo.
Fonte: Produo do autor.
137
2.3 Metodologia de trabalho
= (eq.1)
Em que,
xi o valor da discrepncia.
138
Figura 3. Distribuio espacial das estaes meteorolgicas no Estado do Esprito
Santo. Fonte: Produo do autor.
1 2 (eq.2)
2 = ( )
( 1)
= (eq.3)
(eq.4)
n (x r xim )2
REMQ = i=1 i
N
Em que,
S a varincia;
s o desvio padro;
xi a discrepncia entre a precipitao de referncia e as obtidas no modelo analisado;
N o nmero de pontos de controle.
139
O IRN foi obtido por meio da equao 5:
(eq.5)
=
Em que,
ir a mdia da precipitao de referncia.
3 Resultados e discusso
140
denominada Baixada Esprito-Santense que acompanha todo o litoral e que apresenta
baixos volumes de precipitao. Este resultado discorda de Gonalves et al. (2006), que
ao detectarem chuvas na Amrica do Sul encontraram que este produto tende
significantemente a subestimar as chuvas.
Figura 4. Raiz do Erro Mdio Quadrtico (REMQ) para o produto 3B43 do satlite
TRMM. Fonte: Produo do autor.
4 Concluses
141
meteorolgicas no Estado do Esprito Santo, o que confirma o grande potencial dos
dados de precipitao obtidos a partir de sensoriamento remoto nos estudos
ambientais.
Os dados TRMM 3B43 tendem a superestimar a precipitao acumulada mensal em
locais com baixo volume pluviomtrico e subestimar os resultados em locais com
altos volumes de precipitao ou eventos de chuva forte.
Foi encontrado um padro espacial para as reas que apresentaram um melhor
ajuste entre os dados de estaes meteorolgicas e dados do TRMM.
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142
CAPTULO 10
Everton de Carvalho
Ivo Augusto Lopes Magalhes
Beatriz Lima de Paula Silva
Aguinaldo Silva
1 Introduo
143
Miranda. Como o rio Miranda apresenta muitas mudanas de estilo fluvial no decorrer de
seu percurso, pesquisas de cunho geomorfolgico so fundamentais para a
discriminao de reas com diferentes caractersticas fsicas e para a compreenso dos
processos fsicos de eroso e sedimentao.
Pode se destacar que o estudo das mudanas morfolgicas em sistemas fluviais
possui grande importncia ambiental, pois proporciona a previso de futuras mudanas,
contribuindo para o ordenamento de uso e ocupao das reas marginais em sistemas
fluviais, onde a partir de imagens de satlite em anlise multitemporal possvel
caracterizar a evoluo do canal fluvial. Por meio do sensoriamento remoto que aplicado
juntamente com os estudos da geomorfologia fluvial, contribui para os estudos das
formas e processos fluviais.
Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi analisar as mudanas morfolgicas
do rio Miranda no estado do mato Grosso do Sul MS por meio de sries de imagens
temporais dos Sensores Tematic Maper do satlite Landsat-5 e OLI do Satlite Landsat-
8.
2 Metodologia
144
Figura 1. rea de estudo no trecho do rio Miranda, MS.
2.2 Geologia
145
A Formao Pantanal se caracteriza por trs Fceis: Fceis de Depsitos
Coluvionares, Fceis de Terraos Aluvionares e Fceis de Depsitos Aluvionares.
Na rea de estudo encontra-se a Fceis de Depsitos Aluvionares que segundo
Merino (2011) compreendem a poro do topo, constituda de sedimentos argilo-
slticoarenosos. a Fceis de maior rea no pantanal sul-mato-grossense, com 66.895
Km,isto , mais de 18,6% do territrio estadual. Abrange desde o extremo SW do
estado, at o limite com o Mato Grosso, a Noroeste.
2.3 Geomorfologia
2.4 Pedologia
Referente aos solos encontrados na Bacia do rio Miranda, Nogueira et. al. (1978)
reconheceram seis tipos principais: 1) Latossolos, que ocorrem nas reas pediplanizadas
com colorao avermelhada e textura argilosa; 2) Solos Calcimrficos, concentrados na
regio da Serra de Bodoquena oriundos de rochas carbonticas e normalmente com
perfil incipiente; 3) Litossolos, relacionados a litologias do Grupo Cuiab, so pouco
desenvolvidos e muito pedregosos com fragmentos de quartzo; 4)Solos Hidromrficos,
confinados s plancies aluviais dos rios e no Pantanal, so decolorao cinza a cinza
escuro com textura argilosa e com alta concentrao de matria orgnica; 5) Solos
Halomrficos, presentes no Pantanal em regies onde em decorrnciada intensa
evaporao nos perodos de estiagem h concentrao de sais; 6) SolosAluviais,
146
distribudos ao longo das margens e confluncias dos principais rios, detextura arenosa,
inconsistente e algumas vezes pedregosa, bastante permeveis.
2.5 Vegetao
2.6 Clima
147
Para anlise e identificao das mudanas morfolgicas foi necessrio
criaode um banco de dados geogrficos e de um projeto no QGIS 2.0, que um
Sistema de Informaes Geogrficas (SIG), para executar a manipulao e
processamento digital das imagens. As imagens trabalhadas passaram por vrios
procedimentos: na imagem Landsat TM 5 foi feito o georreferenciamento de 60 pontos na
imagem com resoluo espacialde 30 m, com uma margem de erro menor que meio
pixel, pois o processo de georreferenciamento foi feito tendo como base uma imagem
Landsat 8, esse processo importante porque as imagens de satlites no proporcionam
preciso cartogrfica eprecisam ser corrigidas para obter um melhor resultado no
trabalho.
Por fim, realizou-se o realce das imagens e a utilizao da composio colorida
para o satlite Landsat TM 5 foi utilizado R5G4B3, para o satlite Landsat OLI 8 a
composio colorida R6G5B4. O realce das imagens nos permite melhorar sua qualidade
para obter uma melhor discriminao dos objetos que se encontram na imagem. O
sistema de cores do SIG baseado nas cores primrias RGB (vermelho,verde e azul) e a
composio colorida facilitam a identificao dos alvos nas imagens apartir da
combinao das bandas.
148
Figura 2. B) Imagem Landsat OLI 8 de 09/2014, composio colorida (R6/G5/B4).
149
A
3 Resultados e discusso
150
Figura 4. Rio Miranda. Presena de meandros abandonados e margem cncava e
margem convexa.
151
de 1969 a 1979 a quantidade mdia de gua que passou por essa seo foi de 2,471
m/ano, este valor igual a rea do grfico acima (Figura 6).
O rio Miranda prximo a cidade de Miranda-MS apresenta uma vazo de 33,11
m/s e velocidade aproximada de 0,29 m/s e prximo a confluncia do rio Paraguai
apresenta uma vazo de 124,24 m/s (segundo SILVA, 2012, dados no publicados).
Do ponto de vista da hidrografia no trecho estudado, o rio Miranda apresenta um
comportamento variado, pois em 1968 apresentou a cota de 119 cm aumentando para
279 cm em 1969, chegando a atingir a maior mdia em 1982 com 433 cm (Figura 6).
Figura 5. Vazo mdia mensal do rio Miranda. Estao Fluviomtrica Tio de Fogo
de Miranda.
Observa-se na figura 6 que entre os anos de 1980 a 1988 existem espaos vazios
no grfico que so falhas onde no ocorreram registros de vazo.
152
Com base na imagem de satlite analisada foi possvel observar se existiram
algumas mudanas no rio Miranda.
No segmento estudado foi identificada apenas uma mudana morfolgica por
ao natural do rio e possveis pontos de rompimentos de meandros abandonados,
sendo classificados em Ponto (possvel ponto de rompimento do canal, podendo
ocasionar impactos ambientais), Ponto B (meandro em processo de abandono) e Ponto C
(possvel ponto de rompimento de meandro) (Figura 7).
Em sistemas fluviais como o rio Miranda, que um rio dinmico, estudos de
mudanas morfolgicas nos proporcionam a previso de futuras mudanas, colaborando
para o uso e ocupao das reas marginais.
Na Figura 7 tambm possvel observar o meandro em processo de abandono,
com isso, podendo causar impactos referentes Base de Estudos, pois devido ser uma
rea de pesquisas da UFMS possui barcos de uso contnuo de pesquisadores e com o
rompimento do meandro haveria uma dificuldade em onde deixarem os barcos, pois
estaria longe da margem do rio Miranda.
Na Figura 7(A) Landsat TM 5 de 1984 e 7(B) Landsat OLI 8 de 2014 nos permite
observar o surgimento de um meandro abandonado, nota-se a possvel mudana no
percurso do rio, na Figura 7(C) imagem do Google Earth com destaque a seta em
vermelho mostra local onde esta sofrendo a ao antrpica.
Na margem direita do rio encontra-se a Base de Estudos da UFMS, que com o
rompimento do canal e a formao do meandro abandonado a Base de Estudos passar
a ter sua margem junto do Meandro, que ao longo do perodo ser todo sedimentado
ocasionando um impacto, pois a Base ficara sem ter acesso ao rio. As mudanas nos
canais fluviais dificilmente acontecem com respostas imediatas.
As modificaes so percebidas ao longo do tempo (BROOKES, 1996).
Entretanto, a ao antrpica pode acelerar a mudana na morfologia do canal,
acarretando danos ao meio ambiente, por causa do repentino desequilbrio entre a sada
e entrada de sedimentos, fato esse que esta ocorrendo nesta rea de estudo da Base
sendo indicado na figura C com destaque na seta vermelha. Com base nas imagens de
satlites dos Landsat TM 5 e Landsat OLI 8 foi possvel verificar no segmento do rio
Miranda o processo de rompimento de um meandro abandonado (Figura 8).
possvel observar que na Figura 8(A) o rio Miranda esta em processo de
rompimento do canal principal, na Figura 8(B) nota-se que o rio j mudou completamente
o seu percurso e possvel observar a presena do meandro abandonado, 8(C)
fotografia area obliqua do local analisado no perodo de 2014 e na Figura 8(D) imagem
do Google Earth de 2014. A presena de gua no meandro devida as cheias ocorridas
153
no Pantanal, cujo, as guas do rio Miranda transbordam e inundam vrias reas da
plancie trazendo mais sedimentos para dentro do meandro.
O rio Miranda, por ser um rio de plancie, est sujeito a vrias alteraes, pois
suas caractersticas hidrolgicas, geomorfolgicas e sedimentares tornam-o dinmico.
Trabalhos como o de Merino (2011), Caracterizao Geomorfolgica do Sistema
Deposicional do Rio Miranda (Borda Sul do Pantanal Mato-Grossense, MS) Com Base
em Dados Orbitais, faz comparaes de imagens contendo a mesma rea de estudo
demonstrada no Ponto B (meandro em processo de abandono) onde possvel observar
que a rea estudada acima (Figura 9) o canal do rio rompido aproximadamente por
volta do perodo de 1988 a 2000, em um perodo de 12 anos (Figura 10).
154
Figura 8. Meandro em processo de abandono. A) Imagem do Landsat TM 5 de
09/1984, B) Imagem Landsat OLI 8 09/2014, C) Fotografia area obliqua de
2014 e D) Imagem de alta resoluo doSPOT.
155
Figura 9. Paleocinturo de meandros em imagens Landsat de diferentes anos e
estaes: A) Composio Landsat R7G4B2 para o ano de 1988, B)
Mosaico Landsat R3G4B5 com Imagens de 1999 e 2000, C) Composio
Landsat R7G4B2 para o ano de 2001 e D) Composio Landsat R7G4B2
para o ano de 2011. Fonte: MERINO, (2011).
156
Figura 10. Possvel rompimento de meandro abandonado. A) Imagem do Landsat
TM 5 de 09/1984, B), C) Imagem Landsat OLI 8 09/2014 e C) Imagem de
alta resoluo do SPOT.
4 Concluses
157
mudanas climticas que causaram diminuio da descarga fluvial, da contribuio
de sedimentos e variao do nvel de base do rio Paraguai.
O uso de tcnicas de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto so
indispensveis em estudos aplicados na anlise de mudanas ambientais, permitindo
assim estar nos aproximando do objeto de estudo, monitorando-os de forma
dinmica e atendendo a realizao de estudos ao longo de um perodo de tempo.
O processamento digital das imagens ajudou na identificao das reas analisadas e
foi indispensvel para a realizao da pesquisa.
5 Agradecimentos
6 Referncias Bibliogrficas
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158
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p.Corumb.
159
CAPTULO 11
1 Introduo
160
condiciona algum risco para o incio e propagao do fogo. Os fatores fsicos (orientao
do relevo, declividade e altitude), biolgicos (tipo de vegetao), socioeconmicos
(proximidade a estradas e residncias) e climticos (precipitao, temperatura, vento e
umidade relativa) podem ser utilizados como se apresenta em estudos desenvolvidos por
Cardille et al. (2001), Yang et al. (2007), Catry et al. (2009) e Juvanhol (2014).
A interao ponderada entre os fatores um componente importante na correta
determinao das reas de risco. Ferramentas que possibilitem avaliar diversos fatores
simultaneamente, atribuir pesos e valores a eles, dando prioridade a diferentes
alternativas, facilitam a tomada de deciso. A anlise multicriterial um mtodo de
anlise por combinao de fatores para resoluo de problemas, sendo possvel
identificar as alternativas prioritrias para o objetivo considerado. Proposto por Saaty em
1977, o mtodo AHP Analytic Hierarchy Process destaca-se como uma importante
tcnica de tomada de deciso multicriterial para definio de pesos aos fatores.
Dessa forma, o objetivo deste estudo foi determinar reas de risco de incndio
florestal com aplicao do mtodo AHP em SIG, em uma importante rea florestal
remanescente de floresta natural no estado do Esprito Santo, Brasil.
2 Metodologia
161
Brasil Esprito Santo Jaguar
Sooretama
Amrica do Sul
Linhares
O clima da regio do tipo Awi de Kppen, tropical quente e mido, com estao
chuvosa no vero e seca no inverno. Os dados do posto agrometeorolgico da reserva
indicam uma precipitao pluviomtrica mdia anual de 1200mm e temperatura mdia de
23,3C (ROLIM, 2006).
A vegetao est localizada nos domnios da Floresta Ombrfila Densa (IBAMA,
2004), sendo classificada como Floresta Estacional Pereniflia, que representa uma
tipologia intermediria entre a primeira e a Floresta Estacional Semidecidual (JESUS e
ROLIM, 2005).
Com base nos princpios da particularidade regional foram selecionados trs tipos
de fatores de risco de incndio florestal na rea de estudo: biolgico (uso e ocupao da
terra), fsico (orientao do relevo e declividade) e socioeconmico (densidade
populacional e proximidade a residncias e rede de estradas).
162
varivel mapeada e posterior digitalizao. Para verificao da classe mapeada foram
ainda realizadas visitas a campo e coletados pontos com o aparelho GPS Garmin 60
CSX.
A sensibilidade da vegetao ao fogo est relacionada com a sua composio,
estgio de desenvolvimento e tipo de manejo. O uso e apropriao dos recursos naturais
da regio se do em diversas modalidades (Figura 2a). As reas de entorno da reserva
foram desmatadas e ocupadas, em sua maioria por monoculturas de caf, cana-de-
acar, pecuria de baixa densidade, fruticultura, em grandes propriedades. Quatro
formaes vegetais naturais esto presentes: 1) Floresta alta, destaca-se por apresentar
rvores de maior porte que atingem at 40m de altura; 2) Floresta de mussununga que
reveste as reas da floresta alta, com rvores de menor porte, em geral menores que
20m; 3) reas inundadas, podendo ser encontrados trechos permanentemente inundados
(brejo e floresta de brejo) ou alagamentos peridicos (floresta ciliar). Em ambos os casos,
sempre existe um curso dgua no entorno destas formaes ou percorrendo seu interior;
4) Campos nativos, destacam-se pelo predomnio de herbceas e lenhosas no arbreas
estabelecido em solo arenoso. O solo coberto por serapilheira e em alguns pontos,
onde a camada de serapilheira ausente, ocorrem populaes de brifitas formando
turfas.
2.2.2 Topografia
163
Floresta Alta
Mussununga
Brejo e Flor. de Brejo
Floresta Ciliar
Campos Nativos
Cultivo Agrcola Relevo plano
Pastagem Relevo escuro
rea em regenerao Relevo semi-escuro
Silvicultura Relevo semi-iluminado
Curso d'gua Relevo iluminado
Edificao Relevo em pleno Sol
jjExtrao de areia
jjExtrao de petrleo
jj
0 2,5 5 10 0 2,5 5 10
km
rea per. alagada km
(a) (b)
Suavemente ondulado
Ondulado Influncia < 150m
Fortemente ondulado Influncia > 150m
Inclinado
Fortemente inclinado
0 2,5 5 10 0 2,5 5 10
km km
(c) (d)
0 - 1 hab./ha < 500m
1 - 10 hab./ha 500 - 1000m
10 - 30 hab./ha 1000 - 1500m
> 30 hab./ha > 1500m
0 2,5 5 10 0 2,5 5 10
km km
(e) (f)
Figura 2. Mapa das variveis relevantes ao risco de incndio florestal. (a) Uso e
ocupao da terra; (b) Orientao do relevo; (c) Declividade; (d)
Proximidade a estradas; (e) Densidade populacional; (f) Proximidade a
residncias.
164
Com grande importncia na orientao do fogo e no aumento da velocidade de
propagao das chamas, as reas com declives acentuados tm maior potencial de risco
a incndios florestais do que as reas com declives suaves. Para representar o grau de
risco ao incndio florestal, a varivel declividade foi classificada em 5 categorias:
Suavemente ondulado (0-5), Ondulado (5-15), Fortemente ondulado (15-25),
Inclinado (25-35) e Fortemente inclinado (>35).
165
Conceitualmente, o algoritmo de Euclides descreve a distncia mais prxima em linha
reta, entre dois pontos, a partir do centro da clula de origem da imagem matricial para o
centro da clula vizinha. Em um plano, a distncia entre os pontos de
( , ) e ( , ) dada pelo Teorema de Pitgoras.
A densidade populacional (nmero de pessoas por unidade de rea) o resumo
mais comum da distribuio da populao no espao geogrfico sendo determinada pela
Equao 1 (DEICHMANN, 1996).
= / (eq.1)
Em que,
: densidade populacional em unidade de rea ;
: correspondente populao; e
: rea de terra da unidade.
A unidade de rea usada foi definida pelos limites censitrios indicados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) por meio do CENSO 2010,
disponibilizado no stio http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopseporsetores/?nivel=st.
Para representar a associao espacial da densidade populacional na rea de estudo ao
risco de ocorrncia de incndio florestal, o mapa de densidade populacional (Figura 2e)
foi classificado em 4 categorias: 0 1 hab./ha, 1 10 hab./ha, 10 30 hab./ha e > 30
hab./ha.
A proximidade a residncias (Figura 2f) indicada como de grande importncia na
distribuio de incndios florestais foi obtida pela distncia euclidiana e rotulado em 4
categorias: < 500m, 500 1000m, 1000 1500m e > 1500m.
166
Tabela 1. Pesos e classificao atribudos para as variveis
Ranking Sensibilidade
N Varivel Classe
(peso) ao Fogo
Campos nativos 7 Muito alto
Pastagem 6 Alto
Cultivo agrcola 6 Alto
rea em regenerao 5 Alto
Silvicultura 5 Alto
Extrao de petrleo 4 Moderado
Uso e Ocupao da Extrao de areia 4 Moderado
1
Terra rea periodicamente alagada 3 Moderado
Floresta de mussununga 3 Moderado
Brejo e floresta de brejo 2 Baixo
Edificao 2 Baixo
Floresta alta 1 Baixo
Floresta ciliar 1 Baixo
Curso dgua 0 Nulo
0 1 hab./ha 1 Baixo
1 10 hab./ha 3 Moderado
2 Densidade populacional
10 30 hab./ha 5 Alto
> 30 hab. H 7 Muito alto
< 500m 7 Muito alto
Proximidade a 500 1000m 5 Alto
3
residncias 1000 1500m 3 Moderado
> 1500m 2 Baixo
Suavemente ondulado (0 5) 1 Baixo
Ondulado (5 15) 2 Baixo
Declividade
4 Fortemente ondulado (15 25) 3 Moderado
Inclinado (25 35) 5 Alto
Fortemente inclinado (> 35) 7 Muito alto
Plano 0 Nulo
Sul, Sudeste e Sudoeste 1 Baixo
Orientao do relevo Leste 2 Baixo
5
Nordeste 3 Moderado
Noroeste e Oeste 5 Alto
Norte 7 Muito alto
Influncia < 150m 7 Muito alto
6 Proximidade a estradas
Influncia > 150m 0 Nulo
167
com cada outro critrio e permite que os tomadores de deciso obtenham um conjunto de
relao em escala de pesos para os critrios individuais. Por fim, uma relao de
consistncia (RC) calculada para determinar se a avaliao foi bem-sucedida ou
no. Uma RC inferior a 0,1 indica boa consistncia. Se ele indica inconsistncia na
comparao de pares deve ser reavaliado. Detalhados clculos matemticos podem ser
encontrados em Saaty (1977). Por meio do mtodo utilizado no suporte tomada de
deciso foi possvel construir a matriz de comparao pareada e determinar os pesos de
cada fator, bem como a relao de consistncia para a matriz (Tabela 2).
Em que,
RIF: ndice de risco de incndio florestal;
PESi: varivel proximidade a residncias, com i = 4 classes;
PRESj: varivel proximidade a estradas, com j = 2 classes;
USOk: varivel uso e o ocupao da terra, com k = 14 classes;
DEPOl: varivel densidade populacional, com l = 4 classes;
ORIm: varivel orientao do relevo, com m = 6 classes; e
DECn: varivel declividade, com n = 5 classes.
168
3. Resultados e discusso
Curso d'gua
Baixo
Moderado
5 2,5 0 5
Alto
km Muito Alto
169
pode ser evitado adotando medidas de preveno. O mapa de zona de risco de incndio
revela-se til para os gestores, pois permite a criao de uma adequada infraestrutura de
combate a incndios para as reas mais propensas a danos pelo fogo, a fim de prevenir
e reduzir a probabilidade dos incndios florestais.
Tabela 4. Principais classes de uso e ocupao da terra sob risco alto na rea de
estudo
170
gramneas, as quais, por sua natureza, so fortemente susceptveis ao fogo. Isso pode
ser concretizado, garantindo-se que as bordas dos talhes florestais sejam sempre
protegidas por faixas permanentes compostas por espcies arbreas. Estas vias
permanentes tm um efeito, no apenas de melhorar o aspecto da paisagem, mas
tambm de proteo, por sua vez impedindo a propagao do fogo, mantendo sempre o
sub-bosque com mais umidade.
As abordagens de modelagem espacial empregadas em SIG fornecem
ferramentas teis para integrar dados socioeconmicos e biofsicos no s para analisar
as caractersticas de risco de incio do fogo, mas tambm para explicar os padres de
distribuio de risco do fogo. Em rea de floresta natural com predio a alto risco,
medidas como a fiscalizao por patrulhamento motorizado, a alocao de recursos de
combate em pontos estratgicos, construo de aceiros preventivos e a construo de
estradas de acesso rpido aos locais de risco so importantes mecanismos de proteo e
auxlio ao combate ao fogo.
Finalmente, embora os resultados especficos no sejam esperados para
estender-se a outras regies, a modelagem multicritrio pelo mtodo AHP pode ser
utilizada em outras reas e integrados segundo a hierarquia de importncia na influncia
ao incio e propagao do fogo florestal.
4 Concluses
171
5 Referncias bibliogrficas
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172
CAPTULO 12
1 Introduo
173
da utilizao das geotecnologias (ROSA, 2005), objetivou-se, neste trabalho, verificar a
incidncia de atropelamento de fauna silvestre vertebrada morta num trecho capixaba da
rodovia federal brasileira, a BR-482.
2 Metodologia
174
denominada rea Prioritria Escola Agrotcnica Federal de Alegre (ESPIRITO SANTO,
2015).
175
Para a construo dos mapas, utilizou-se uma ortofoto da regio, referente ao
perodo de 2007/2008, disponibilizada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hdricos do Esprito Santo (IEMA), e um shapefile do trecho da rodovia BR-482,
gerado por fotointerpretao em tela na escala de 1:400.
O fluxograma completo do desenvolvimento do experimento est representado na
Figura 2.
Fotointerpretao da
Rodovia BR-482;
Georreferenciamento Sobreposio dos
dos atropelamentos; registros dos Mapas da
Ortofotos (IEMA, atropleamentos; incidncia de
2007/2008). Classificao dos atropelamentos.
animais por grupo
zoolgico.
3 Resultados e discusso
176
reas urbanizadas em busca de alimentos, o que complicador quando o trajeto inclui
cruzar uma rodovia.
177
podem ser retirados das estradas por meio de espcies carniceiras (RODRIGUES et al.,
2002).
Os pontos de atropelamento foram classificados de acordo com o grupo zoolgico
do respectivo animal encontrado no local (Figura 4). Assim, pode-se realizar o estudo de
variveis do espao geogrfico ao redor da rodovia, visando compreender a relao
dessas variveis com a ocorrncia de atropelamento de cada um dos grupos zoolgicos.
178
Tabela 1. Nmero de atropelamentos de animais por grupos ecolgicos e por
quilmetro do trecho km 37,4 a 43,5, na rodovia BR-482, sentido
Cachoeiro de Itapemirim a Alegre, Esprito Santo, Brasil
Nmero total de
Trechos Nmero de atropelamentos por grupo
km atropelamentos
(T)
Anfbios Aves Mamferos Rpteis
T1 37,4-38,4 2 1 2 0 5
T2 38,4-39,4 4 3 2 1 10
T3 39,4-40,4 0 3 0 3 6
T4 40,4-41,4 3 3 7 5 18
T5 41,4-42,4 4 4 3 1 12
T6 42,4-43,5 1 2 1 5 9
Total 6,1 14 16 15 15 60
4 Concluses
179
A B
C D
E F
G H
180
5 Referncias bibliogrficas
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181
CAPTULO 13
1 Introduo
182
No campo das publicaes acadmicas, uma revista cientfica uma publicao
peridica destinada a promover o progresso da cincia, geralmente noticiando novas
pesquisas ou revises literrias. A publicao dos resultados de pesquisa parte
essencial do mtodo cientfico; eles geralmente devem suprir detalhes suficientes sobre
um experimento, para que um pesquisador independente possa repetir o processo e
verificar os resultados. Cada artigo da revista se torna parte de um registro cientfico
permanente (FAFICH, 2013).
Em funo do detalhamento informacional das metodologias, incluindo os locais
de realizao dos experimentos, se torna possvel avalia-los via geoprocessamento.
Neste contexto, o geoprocessamento funciona como tecnologias destinadas coleta e
tratamento de informaes espaciais por diferentes profissionais, que trabalham com
cartografia digital, sistema de informaes geogrficas, dentre outras. Permitido a
realizao de anlises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos
de dados geogrficos (CMARA et al. 2007).
Este trabalho teve como objetivo levantar artigos cientficos no perodo de 1941 a
2012, relacionados cultura do caf publicada em peridicos do Sudeste brasileiro e
visualiz-las territorialmente por intermdio de geoprocessamento.
2 Metodologia
183
Os dados trabalhados foram: ano de publicao; volume; especialidade (aplicada
de acordo com o arquivo disponvel no site da CAPES: reas de conhecimento);
espcie; municpio e estado de desenvolvimento dos experimentos e; delineamento
experimental utilizado.
Foi necessrio georreferenciar o banco de dados por meio da busca das
coordenadas geogrficas (graus, minutos e segundos foram convertidos para graus
decimais) dos locais onde os experimentos foram realizados, para a gerao dos Mapas
de espacializao das pesquisas em cafeicultura publicadas nos peridicos do Sudeste
brasileiro.
O georreferenciamento acima descrito utilizou o posicionamento da sede do
municpio onde o experimento foi realizado, bem como a capital do Estado em questo,
mediante a utilizao do aplicativo computacional ArcGis 10.0..
A descrio metodolgica utilizada pode ser visualizada de forma geral no
fluxograma das etapas envolvidas na pesquisa desenvolvida (Figura1).
Tabulao dos dados de interesse em planilha criada no programa Microsoft Excel, extraindo as seguintes
informaes: volume, especialidade, espcie, municpio, estado e delineamento experimental
3 Resultados e discusso
184
Minas Gerais e 22,2% no estado do Rio de Janeiro (Tabela 1). O Esprito Santo, apesar
de ser o 2 maior produtor de caf da Regio e do pas, no possui peridico cientfico
com publicaes no objeto de estudo.
Dentre as revistas, apenas a Revista Coffee Science destina-se publicao de
artigos e comunicaes cientficas focadas em caf. Todas as demais, publicam assuntos
diversos, referentes a cincias agrrias.
Na Tabela 1, encontra-se os nomes dos peridicos encontrados nas subreas
analisadas, os locais onde esto sediados e o ano de lanamento do primeiro volume.
Ano de
Peridicos Local
Lanamento
Bragantia Campinas-SP 1941
Brazilian Journal of Plant Physiology Campos dos Goytacases - RJ 1989
Coffee Science Lavras-MG 2006
Energia na Agricultura Botucatu-SP 1986
Engenharia Agrcola Jaboticabal SP 1972
Entomologa y vectore Rio de Janeiro RJ 1994
Irriga Botucatu-SP 1996
Organizaes Rurais & Agroindustriais Lavras-MG 1989
Planta Daninha Viosa-MG 1978
Revista Agronomia Rio de Janeiro-RJ 1967
Revista rvore Viosa-MG 1977
Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal Campinas-SP 1989
Revista Ceres Viosa-MG 1939
Revista Cincia e Agrotecnologia Lavras-MG 1977
Revista O Biolgico So Paulo-SP 1928
Revista Universidade Rural Rio de Janeiro 1971
Scientia Agricola Piracicaba-SP 1992
Summa phytopathologica Botucatu-SP 1975
Fonte: Elaborado pelos autores (2013)
185
Tabela 2. Peridicos analisados, instituio sede e seus respectivos objetivos
Summa
FCA/UNESP Difuso de artigos em aspectos da Patologia Vegetal.
phytopathologica
Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
186
Verifica-se, na Tabela 3, que foram encontrados 106 volumes com 726 artigos
envolvendo caf, sendo que as revistas Bragantia, Coffee Science e Cincia e
Agrotecnologia foram, em ordem decrescente, respectivamente, as que tiveram mais
artigos publicados, alcanando, conjuntamente, 74,38%. O peridico Bragantia, mesmo
no tendo foco exclusivo na rea de cafeicultura, obteve maior quantidade de volumes e
de artigos. Assim, para maior visibilidade, em funo do histrico de publicaes em caf,
estas trs revistas se destacam.
Chama a ateno o volume de artigos da revista Coffee Science, que com apenas
seis anos de existncia, respondeu por 18,49% do total publicado, o que pode ser
explicado pelo foco, exclusivo em caf.
187
Ainda na Tabela 3, o maior nmero de artigos foi publicado em peridicos
inseridos em municpios e estados de grande produo de caf, respectivamente, em
ordem decrescente, Campinas SP (44,3%) e Lavras MG (43,6%).
Na Tabela 4, observa-se que as revistas Bragantia e Coffee Science publicaram
artigos relacionados cafeicultura no mesmo ano de sua criao, tais revistas
encontram-se localizadas em estados produtores de caf, facilitando a obteno de
informaes para o desenvolvimento dos trabalhos cientficos na rea.
Na mesma tabela, apesar de contatos telefnicos, no foi possvel identificar o
ano de origem da Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, a qual teve sua origem
determinada de forma indireta, imprecisa.
Vale ressaltar, que a revista Ceres, criada em 1939, somente teve artigos
avaliados a partir de 2000, pois o site da mesma no disponibiliza o acesso aos volumes
anteriores.
188
Ainda na Tabela 4, a revista Bragantia apresentou a maior quantidade de volumes
analisados dispostos para acesso na internet, destacando-se tambm pelo maior nmero
de trabalhos publicados em caf. importante lembrar que os peridicos, Revista
Brasileira de Fisiologia Vegetal, Ceres, O Biolgico, Brazilian Journal of Plant Physiology,
Cincia e Agrotecnologia e Revista Agronomia no disponibilizam todos os seus volumes
em seus sites, bem como no site da CAPES.
Na Tabela 5, ressalta-se que nas trs primeiras dcadas analisadas apenas o
peridico Bragantia apresentou publicaes em caf, devido ao seu tempo de existncia
e acesso a todos os seus volumes publicados. Tambm pode ser visualizado que todos
os trabalhos publicados nesse mesmo peridico, foram desenvolvidos no Estado que
sedia a revista, So Paulo.
Tabela 5. Viso geral dos peridicos e dos artigos publicados por dcadas e por
Estados de publicao no perodo de 1941 a 2012
N de artigos
Dcadas Peridicos Estados
publicados
1941 - 1950 Bragantia SP 40
189
Percebe-se tambm na Tabela 5, o grande nmero de peridicos que publicaram
trabalhos relacionados com o caf, especialmente na primeira dcada do presente sculo
e nos dois ltimos anos da pesquisa. Tal situao expressa, de forma indireta, a
importncia do caf na Regio Sudeste, bem como o grande volume de trabalhos
cientficos desenvolvidos sobre o assunto.
Ressalta-se na Tabela 5, a dcada de 2001 a 2010, a qual se destacou dentre as
demais, obtendo 15 peridicos e abrangncia de 55,37% dos artigos publicados
relacionados cafeicultura. Tambm pode ser verificado, na mesma tabela, o incio da
presente dcada, composto apenas pelos anos de 2011 e 2012, onde os artigos em caf
corresponderam a 14,33% dos trabalhos, em 14 peridicos.
Os artigos publicados nos anos de 2011 e 2012 correspondem a 25,9% do total
produzido no perodo de 2001 a 2012, destacando, mais uma vez, a importncia da
pesquisa em caf nos peridicos trabalhados e em perodo mais recente na abrangncia
histrica.
Em funo das informaes da Tabela 6, pode-se inferir, de acordo com Rocha e
Morandi (2012), que na dcada de 1950 a cultura cafeeira passou por duas fases do ciclo
econmico: a) na primeira metade, houve aumento do preo da saca, o que
consequentemente gerou a expanso da cultura de 243.000 hectares para 328.000
hectares em 1960 e; b) na segunda metade, houve grande queda do preo, causando
reduo da renda interna dos setores da economia nacional.
Conforme apresentado na Tabela 6, o preo da saca de caf oscilou
tremendamente no perodo apresentado. Percebe-se no perodo mais recente, mais
prximo de 2012, que o valor da saca aumentou quase 14 vezes, quando comparado
com o preo pago em 1945. Tal situao estimula ou no o interesse da sociedade
brasileira frente ao agronegcio caf e, consequentemente, altera a disponibilidade e o
interesse de pesquisadores e pesquisas.
Na Tabela 7, verifica-se que os estados federativos com maior frequncia de
trabalhos desenvolvidos correspondem aos maiores produtores de caf, respectivamente
So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paran e Esprito Santo. Juntos, So Paulo e
Minas Gerais responderam por 87,9% dos trabalhos publicados.
Supe-se que o estado do Esprito Santo, como segundo maior produtor nacional
de caf e maior produtor absoluto de conilon, apresentou poucas publicaes nos
peridicos analisados, este fato se deve a anlise de poucos trabalhos envolvendo a
espcie Coffea canephora (caf conilon) e por no ter sido identificado peridico
produzido e editado no Esprito Santo.
190
Tabela 6. Preo mdio da exportao nacional do caf (verde e solvel), 1945
2012 (US$/sacas de 60 Kg)
% dos artigos em
Estados N de municpios N de artigos publicados
relao ao total
So Paulo 32 315 44,30
Minas Gerais 47 310 43,60
Rio de Janeiro 5 27 3,79
Paran 4 21 2,95
Esprito Santo 9 16 2,25
Bahia 7 10 1,42
Distrito Federal 1 2 0,28
Gois 2 3 0,42
Rondnia 2 2 0,28
Pernambuco 1 2 0,28
Mato Grosso do Sul 1 2 0,28
Acre 1 1 0,15
TOTAL 112 711 100
Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
191
Nas Figuras 2 e 3 visualizam-se as espacializaes das pesquisas em cafeicultura
publicadas nos peridicos do sudeste brasileiro, no perodo de 1941 a 2012. Na Figura 2,
tem-se o mapa de posicionamento de trabalhos em municpios e estados e na Figura 3, o
mapa de identificao dos estados com publicaes analisadas no presente trabalho,
utilizando as coordenadas geogrficas das capitais estaduais.
192
Figura 3. Identificao dos estados com publicaes analisadas no presente
trabalho. Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
193
desenvolvidos e que, juntos, equivalem a 51,52% dos trabalhos publicados e analisados.
Observa-se que ainda os demais municpios equivalem a 30,72% das sedes dos artigos
desenvolvidos, porm, esta denominao corresponde ao conjunto de 121 municpios
distintos mostrando, assim, o grande interesse em caf e a diversidade de locais de
experimentao, apesar de sediarem poucos trabalhos individualmente. Vale ressaltar
que dezessete trabalhos no citaram o municpio sede de seu desenvolvimento.
N de artigos
Municpios % dos artigos em relao ao total
desenvolvidos
194
Tabela 9. Viso geral por dcadas dos estados em que foram desenvolvidos os
artigos analisados no perodo de 1941 a 2012
N de artigos
Dcadas Estados
publicados
1941 1950 SP 40
SP 58
1951 1960
No identificado 1
1961 1970 SP 43
SP 28
1971 1980 MG 1
SP e ES 1
1981 1990 SP 25
SP 19
1991 2000 MG 3
No identificado 1
SP 86
MG 233
PR 18
RJ 21
MS 1
ES 9
PE 1
AC 1
BA 8
2001 2010
GO 3
RO 1
DF 1
SP e GO 1
MG e SP 4
MG e ES 1
MG, RJ e SP 1
Colmbia 1
No identificado 12
SP 13
MG 70
ES 6
PR 3
2011 2012 MS 1
PE 1
RJ 5
RO 1
BA 2
MG e SP 1
TOTAL 726
Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
195
Na Tabela 10, verifica-se a especialidade melhoramento vegetal como o segundo
maior assunto abordado nos artigos publicados. O maior nmero de publicaes na rea
de melhoramento deve-se ao maior de todos os avanos da biotecnologia: o domnio da
tcnica de transferncia de genes, o qual permite a produo de plantas com
caractersticas comerciais desejveis, como resistncia a doenas, herbicidas, pragas,
entre outras (SILVAROLLA et al., 2004).
Tabela 10. Viso geral das especialidades em que foram encontradas nos artigos
analisados no perodo de 1941 a 2012
Ressalta-se, tambm na tabela 10, que a coluna nomeada como legendas auxilia
no conhecimento das especialidades encontradas nas figuras, que se seguem, as quais
so divididas por dcadas.
196
Na Figura 4, dcada de 1941 a 1950, as especialidades melhoramento vegetal e
fisiologia de plantas cultivadas destacaram-se dentre as demais, respectivamente, 52,5%
e 22,5%. Segundo Galbraith (2010), acredita-se, que a crise do caf em 1929,
caracterizada pela queda da bolsa de Nova York, fez com que a cultura cafeeira no
resistisse, reduzindo o preo do produto no comrcio. Consequentemente, anos aps a
crise, realizou-se investimentos em pesquisas de melhoramento e fisiologia vegetal com
objetivo de desenvolver plantas que permitissem plantios mais prximos e maiores
produtividades.
100
80
% de artigos
60 52,5 (21)
40
22,5 (9)
20 15 (6)
5 (2) 2,5 (1) 2,5 (1)
0
G J K Q T W
Especialidades
197
territrio brasileiro. Devido a essa crise, foi lanado, pelo Governo Federal, o plano de
erradicao dos cafezais.
100
80
% de artigos
60
39 (23)
40 33,9 (20)
18,6 (11)
20
1,7 (1) 3,4 (2) 3,4 (2)
0
K N Q T W X
Especialidades
100
80
% de artigos
60
44,2 (19)
40 34,9 (15)
20
9,3 (4) 7 (3)
2,3 (1) 2,3 (1)
0
A K Q T W X
Especialidades
198
A dcada de 1961 a 1970 foi marcada por uma das piores crises da cafeicultura,
seno a pior. Segundo Rocha e Morandi (2012), nessa poca ocorreu reduo da renda
monetria dos cafeicultores, retrao do mercado consumidor, queda dos preos e
aumento dos estoques.
possvel notar, na Figura 7, de 1971 a 1980, que as especialidades ressaltadas
so manejo e tratos culturais (40%) e melhoramento vegetal (30%). Dessa forma,
observa-se que a partir dos anos 70, conforme Abreu et al. (2007), a presena do caf do
Brasil no mercado mundial caiu significativamente devido a entrada de outros pases
produtores desta cultura. Atenta-se quanto ao valor da exportao de manufaturados ter
ultrapassado o do caf. Segundo Rocha e Morandi (2012), devido aos preos estarem
em baixa, participao do caf caiu para 48,8% na renda da agricultura e 22,1% na
renda total nacional.
Segundo Oliveira e Maluf (2007), em 1970, aps a chegada da ferrugem ao Brasil
e com a confirmao de que a causa do no desenvolvimento do cafeeiro arbica foram
os nematides das espcies Meloidogyne incognita e M. paranaensis, como forma de
minimizar outros impactos que podem vir a ocorrer nas prximas dcadas, Oliveira e
Maluf (2007), relatam que vrias instituies desenvolveram programas de melhoramento
gentico do cafeeiro gerando e lanando muitas cultivares que apresentam boas
caractersticas e, dentre estas, algumas apresentam tolerncia e resistncia ao bicho-
mineiro, ferrugem e nematides.
Assim, deduz-se que investimentos em pesquisa ficaram deslocados do foco
quando o produto perdeu valor; o que pode ser observado pelo menor nmero de
trabalhos publicados em caf na dcada analisada na Figura 7 quando comparado com
os nmeros das dcadas anteriores. Vale lembrar, que o caf uma cultura perene e que
o abandono ou a reduo de investimentos em pesquisa podem significar a perda de
projetos que demandam muitos anos para sua retomada, principalmente em trabalhos de
melhoramento vegetal.
Destacam-se na dcada de 1981 a 1990, apresentada na Figura 8, as
especialidades manejo e tratos culturais (28%) e fisiologia de plantas cultivadas (24%).
Da mesma forma em que foi explicado na Figura 7, o mercado mundial estava em
declnio para a comercializao do produto cafeeiro do Brasil, pois outros pases
implantaram a cultura cafeeira e tambm estavam comercializando o produto, causando
assim queda na exportao nacional. Ainda na Figura 8, observamos que mesmo com o
declnio do comrcio externo, houve persistncia no desenvolvimento de estudos sobre
melhoramento vegetal.
199
100
80
% de artigos 60
40 (12)
40 30 (9)
20 10 (3) 10 (3)
6,7 (2) 3,3 (1)
0
E K L Q T X
Especialidades
100
80
% de artigos
60
40
28 (7)
24 (6)
20 16 (4)
8 (2) 8 (2) 8 (2)
4 (1) 4 (1)
0
G J K P Q R T W
Especialidades
200
Dentre a dcada de 1991 a 2000, ressalta-se que em 1996 o consumo mundial
supera a barreira dos 100 milhes de sacas. Em 1997, o Brasil atinge quase 3 bilhes
de dlares na exportao de caf (FARIAS, 2012). Assim, destacam-se na Figura 9, as
especialidades manejo e tratos culturais (34,9%) e melhoramento vegetal (17,4%) nesta
dcada.
100
80
% de artigos
60
40 34,9 (8)
17,4 (4)
20 13 (3) 13 (3)
8,8 (2)
4,3 (1) 4,3 (1) 4,3 (1)
0
A G H M Q R T W
Especialidades
201
visando a sustentabilidade, produtividade, segurana alimentar e qualidade e
preservao ambiental (FAZUOLI, 2002).
100
80
% de artigos
60
23,8 (96)
15,1 (61)
40
10 (40)
6,2 (25)
5,2 (21)
4,6 (19)
4,2 (17)
2,7 (11)
6 (24)
5 (20)
4 (16)
1,7 (7)
1,5 (6)
1,5 (6)
1,5 (6)
3 (12)
0,5 (2)
0,3 (1)
0,3 (1)
0,3 (1)
0,3 (1)
0,3 (1)
20
1 (4)
1 (4)
0
A B D E F G H I J K L M N O Q R S T U V W X Y Z
Especialidades
Figura 10. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades
trabalhadas nos artigos publicados envolvendo a cafeicultura no
perodo de 2001 a 2010. Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
202
100
80
% de artigos
60
28,8 (30)
13,5 (14)
40
10,6 (11)
7,7 (8)
6,7 (7)
5,8 (6)
4,8 (5)
3,8 (4)
3,8 (4)
2,9 (3)
2,9 (3)
1,9 (2)
1,9 (2)
1,9 (2)
20
1 (1)
1 (1)
1 (1)
0
A C E G H K L M P Q R S T W X Y Z
Especialidades
Figura 11. Viso geral porcentual e numrica (entre parnteses) das especialidades
trabalhadas nos artigos publicados envolvendo a cafeicultura no
perodo de 2011 a 2012. Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
203
Tabela 11. Viso geral das espcies totais encontradas nos artigos analisados no
perodo de 1941 a 2012
Espcie Quantidade %
Coffea arabica 611 84,16
Coffea canephora 26 3,58
Coffea liberica 2 0,28
Coffea dewevrei 1 0,14
Coffea racemosa 2 0,28
Coffea congensis 1 0,14
Coffea canephora, Coffea arabica 49 6,75
Coffea arabica, Coffea liberica 2 0,28
Coffea arabica, Coffea racemosa 2 0,28
Coffea arabica, Coffea Kapakata 1 0,14
Coffea arabica, Coffea congensis 1 0,14
Coffea arabica, Coffea excelsa 1 0,14
Coffea canephora, Coffea congensis 3 0,41
Coffea stenophylla, Coffea salvatrix 1 0,14
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea liberica 5 0,69
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea congensis, Coffea liberica 2 0,28
Coffea canephora, Coffea liberica, Coffea congensis 1 0,14
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea congensis 1 0,14
Coffea arabica, Coffea pseudozanguebariae 1 0,14
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea eugenioide 2 0,28
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea dewevrei 1 0,14
Coffea racemosa, Coffea eugenioides, Coffea congensis 1 0,14
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea racemosa, Coffea eugenoides 1 0,14
*Outros 8 1,10
TOTAL 726 100
*Alguns artigos cientficos apresentaram em seu desenvolvimento inmeras espcies, sendo que a
sua contabilizao no significativa para o estudo em questo.
Fonte: Elaborado pelos autores (2013)
204
Tabela 12. Viso geral das espcies por dcadas encontradas nos artigos
analisados no perodo de 1941 a 2012
(continua)
Dcada Espcie Quantidade %
Coffea arabica 30 75
Coffea canephora 2 5
Coffea arabica, Coffea liberica 1 2,5
1941 1950
Coffea canephora, Coffea arabica 2 5
Coffea arabica, Coffea congensis 1 2,5
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea liberica 4 10
Coffea arabica 52 88,16
Coffea liberica 2 3,39
Coffea dewevrei 1 1,69
1951 1960 Coffea racemosa 1 1,69
Coffea canephora, Coffea arabica 1 1,69
Coffea arabica, Coffea liberica 1 1,69
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea congensis,
1 1,69
Coffea liberica
Coffea arabica 37 86,08
Coffea congensis 1 2,32
Coffea arabica, Coffea racemosa 1 2,32
1961 1970 Coffea arabica, Coffea Kapakata 1 2,32
Coffea stenophylla, Coffea salvatrix 1 2,32
Coffea canephora, Coffea liberica, Coffea congensis 1 2,32
*Outros 1 2,32
Coffea arabica 27 90
1971 1980 Coffea canephora, Coffea congensis 2 6,67
Coffea canephora, Coffea arabica 1 3,33
Coffea arabica 20 80
Coffea canephora 1 4
1981 1990 Coffea canephora, Coffea arabica 2 8
Coffea arabica, Coffea excelsa 1 4
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea congensis 1 4
Coffea arabica 19 82,6
1991 - 2000 Coffea canephora 2 8,7
Coffea canephora, Coffea arabica 2 8,7
Coffea arabica 338 84,08
Coffea canephora 14 3,48
Coffea arabica, Coffea racemosa 1 0,25
Coffea canephora, Coffea arabica 33 8,2
2001 2010
Coffea canephora, Coffea congensis 1 0,25
Coffea arabica, Coffea pseudozanguebariae 1 0,25
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea eugenioide 2 0,49
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea liberica 1 0,25
205
Tabela 12. Viso geral das espcies por dcadas encontradas nos artigos
analisados no perodo de 1941 a 2012
(concluso)
Dcada Espcie Quantidade %
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea dewevrei 1 0,25
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea congensis,
1 0,25
Coffea liberica
Coffea racemosa, Coffea eugenioides, Coffea
2001 2010 1 0,25
congensis
Coffea canephora, Coffea arabica, Coffea racemosa,
1 0,25
Coffea eugenoides
*Outros 7 0,25
Coffea arabica 88 84,62
Coffea canephora 7 6,73
2011 - 2012
Coffea racemosa 1 0,96
Coffea canephora, Coffea arabica 8 7,69
*Alguns artigos cientficos apresentaram em seu desenvolvimento inmeras espcies, sendo que a
sua contabilizao no significativa para o estudo em questo.
Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
0%
5%
35% DBC
DIC
60%
DIC e DBC
Outros
206
4 Concluses
207
A dcada de maior relevncia envolvendo publicaes relacionadas a caf foi entre
2001 a 2010, com manejo e tratos culturais e melhoramento vegetal se destacando;
A dcada de 2001 a 2010 apresentou maior diversificao das especialidades;
Nos anos de 2011 a 2012 experincias envolvendo manejo e tratos culturais e
melhoramento vegetal continuaram predominando no campo cientfico;
Em todo o perodo, as especialidades mais estudadas foram manejo e tratos
culturais e melhoramento vegetal;
A espcie Coffea arabica, apresentou-se em destaque em todas as dcadas
avaliadas, estando presente em 84,16% dos artigos analisados; e
O delineamento experimental mais utilizado nas pesquisas foi o em Blocos
Casualizados (DBC), com 60% dos artigos.
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208
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Acesso em: 20 nov. de 2013.
209
CAPTULO 14
1 Introduo
210
Um dos maiores perigos representados pelos agrotxicos diz respeito s
consequncias que eles podem provocar sade das pessoas, sobretudo daquelas que,
no campo ou na indstria, ficam expostas ao contato direto com os mesmos (LONDRES,
2011). Os grupos de maior risco de intoxicao so os que tm contato direto com os
produtos, como os aplicadores, preparadores de caldas e responsveis por depsitos, e
h tambm os trabalhadores que tm contato indireto com os agrotxicos ao realizar os
manejos culturais (ADISSI e PINHEIRO, 2005; FERREIRA, 2005), uma vez que o
intervalo de reentrada nas plantaes no costuma ser respeitado e estes trabalhadores,
muitas vezes, no usam Equipamento de Proteo Individual (EPI) (FORGET, 1989).
Outro risco existente provm de residentes das regies que prevalece o
agronegcio, onde macias quantidades de agrotxicos so usadas ao longo do ano,
sendo comum a aplicao area de agrotxicos (LONDRES, 2011).
Estudos indicam que muitas vezes, apenas 30% do agente qumico usado na
aplicao atingem o alvo (CHAIM et al., 2003). Tambm esto sob risco os profissionais
de sade pblica que trabalham no controle de vetores de doenas como a dengue, bem
como funcionrios de empresas dedetizadoras e desratizadoras, funcionrios de
indstrias que fabricam ou formulam agrotxicos, assim como as pessoas que trabalham
no transporte e com comrcio destes produtos. Por fim, temos os consumidores que, ao
longo de vrios anos, se alimentam de produtos com altas taxas de resduos de
agrotxicos (LONDRES, 2011).
A contaminao do meio ambiente ocorre via ar, solo e gua, podendo interferir,
direta ou indiretamente, com os seres vivos (LIMA, 2008; BRASIL, 2012). Muitos desses
compostos qumicos so altamente persistentes no meio ambiente e interferem em toda a
cadeia ecolgica dependendo das caractersticas fsico-qumicas dos agentes envolvidos
(MOREIRA, 2002).
O uso intensivo de agrotxicos tem causado preocupaes, porque mesmo tendo
acesso a tecnologia, muitos no a utilizam de forma adequada, muitas vezes por falta de
conhecimento e at mesmo por falta de orientao. Os maiores problemas esto
relacionados ao uso de agrotxicos no autorizados para uma cultura especifica, a
dosagem inadequada e, sobretudo a no observao do tempo de carncia, ou seja, o
perodo entre a aplicao do agente qumico e a colheita.
Neste contexto, inmeros trabalhos vm sendo desenvolvidos com o intuito de
verificar a contaminao por resduo de agrotxicos, no mbito homem-meio ambiente.
Portanto a organizao e a democratizao do conhecimento gerado pelos
diferentes agentes e autores que utilizam ou investigam a contaminao por resduos de
agrotxicos pode contribuir para a reduo na aplicao e uso racional, favorecendo a
211
sade humana. A anlise documentria ou revises bibliogrficas que investigam, por
exemplo, a contaminao por resduos de agrotxicos so contribuies oportunas.
Diante do exposto, este trabalho apresenta um estudo bibliomtrico, que consiste
na aplicao de tcnicas estatsticas e matemticas para descrever aspectos da literatura
e de outros meios de comunicao (VANTI, 2002), tendo como objetivo mapear e
analisar artigos cientficos relacionados com resduos de agrotxicos, tendo como nfase
fatores tais como: os principais autores institucionais e individuais, autores que mais
publicaram e suas respectivas instituies, nmero de artigos publicados por instituio,
natureza das citaes, evoluo do nmero de artigos em peridicos no perodo, dentre
outros.
2 Metodologia
212
Tabela 1. Peridicos consultados na anlise bibliomtrica sobre resduos de
agrotxicos
(concluso)
Nome do peridico ISSN Perodo
Revista de Economia e Sociologia Rural 0103-2003 2002-2012
Horticultura Brasileira 0102-0536 1983-2012
Informacin Tecnolgica 0716-8756 2000-2012
Informaes Econmicas 0100-4409 1966-2012
Journal of the Brazilian Chemical Society 0103-5053 1990-2012
Natureza on line 1806-7409 2003-2012
Neotropical Entomology 1519-566X 1972-2012
Pesquisa Agropecuria Brasileira 0100-204X 1992-2012
Pesquisa Agropecuria Tropical 1517-6398 1971-2012
Pesticidas (UFPR) 0103-7277 1991-2012
Qumica Nova 0100-4042 1978-2012
Revista Analytica 1677-3055 2002-2012
Revista Brasileira de Agroambiente 1982-8470 2007-2012
Revista Brasileira de Agrociencia 0104-8996 1995-2012
Revista Brasileira de Engenharia Agrcola e Ambiental 1415-4366 1997-2012
Revista Brasileira de Epidemiologia 1415-790X 1998-2012
Revista Brasileira de Fruticultura 0100-2945 1978-2012
Revista Brasileira de Poltica Internacional 0034-7329 1958-2012
Revista Brasileira de Sade Ocupacional 0303-7657 1973-2012
Revista Ceres 0034-737X 1939-2012
Revista CESUMAR 1516-2664 1997-2012
Revista Cincia Agronmica 0045-6888 1971-2012
Revista da Escola de Enfermagem (USP) 0080-6234 1967-2012
Revista de Psicologia da UNESP 1984-9044 2002-2012
Revista de Sade Pblica 1518-8787 1967-2012
Revista Liberato 1518-8043 2000-2012
Rev. Nc. Pesq. Interdisc. Rev. Gerenciais (UNINOVE) 1677-2768 2006-2012
Revista UNIARA 1415-3580 1997-2012
SaBios 1980-0002 2010-2012
Scientia Agricola 0103-9016 1992-2012
Scientia Chromatographica 1984-4433 2004-2012
Revista rvore 0100-6762 1977-2012
Tempus. Actas de Sade Coletiva 1982-8829 2007-2012
Viso Acadmica 1518-5192 2004-2012
213
selecionados atendiam aos critrios supracitados, este era ento cadastrado por meio de
uma planilha eletrnica desenvolvida no Microsof Office Excel, verso 2010 (Figura 1).
Este procedimento teve como intuito o armazenamento dos dados contidos nos artigos,
necessrios para a caracterizao dos elementos bibliogrficos como o nome do
peridico, o ano de publicao, a autoria, ttulo do artigo, entre outros.
214
MAPEAMENTO DA
SELEO DOS MONTAGEM DE CONVERSO DE ELABORAO DE
DEFINIO DAS PESQUISA NA EVOLUO
ARTIGOS PLANILHA PLANILHA .XLS PARA TABELAS E
PALAVRAS CHAVES INTERNET TEMPORAL E
CIENTFICOS ELETRNICA PONTOS .SHP GRFICOS
TEMTICA
Peridicos da Peridicos
Agrotxicos Longitude Perodo de estudo
CAPES consultados
Tcnica Evoluo do
Cromatografia Google acadmico Latitude empregada nmero de artigos
RR
AP
Nome do peridico
AM
PA MA
PB
PI
100'0"S
100'0"S
PE
AC
AL
TO SE
RO
Especificao MT
BA
DF
GO
MG
Aplicao ES
Cromatografia MS
300'0"S
Entrevista (10 = 9,0%) RS
600'0"W 400'0"W
3 Resultados e discusso
215
Tabela 2. Evoluo do nmero de artigos sobre resduos de agrotxicos
(continua)
Perodo
Nome do peridico 1997 2001 2006
a a a Total
2000 2005 2012
Acta Scientiarum. Technology 1 1
Anais da Acad. Pernamb. de Cincia Agronmica 1 1
Arquivo Bras. de Medicina Veterinria e Zootecnia 1 1
Cadernos de Sade Pblica 1 1 2
Cadernos Sade Coletiva 2 2
Cincia & Sade Coletiva 1 4 5
Cincia e Tecnologia de Alimentos 1 2 2 5
Cincia Rural 1 4 5
Comunicao em Cincias da Sade 1 1
Ecltica Qumica 1 1
Engenharia Sanitria e Ambiental 1 1
Horticultura Brasileira 1 1 2
Informacin Tecnolgica 1 1
Informaes Econmicas 1 1
Journal of the Brazilian Chemical Society 7 10 17
Natureza on line 1 1
Neotropical Entomology 1 1 2
Pesquisa Agropecuria Brasileira 2 1 3
Pesquisa Agropecuria Tropical 2 2
Pesticidas (UFPR) 1 4 5
Qumica Nova 4 16 20
Revista de Economia e Sociologia Rural 1 1
Revista Analytica 1 1 2
Revista Brasileira de Agroambiente 1 1
Revista Brasileira de Agrociencia 1 1
Revista Brasileira de Engenharia Agrcola e
1 3 4
Ambiental
Revista Brasileira de Epidemiologia 1 1
Revista Brasileira de Fruticultura 2 2
Revista Brasileira de Poltica Internacional 1 1
Revista Brasileira de Sade Ocupacional 2 2
Revista Ceres 1 1 2
Revista CESUMAR 1 1
Revista Cincia Agronmica 1 1
Revista da Escola de Enfermagem (USP) 1 1
Revista de Psicologia da UNESP 1 1
Revista de Sade Pblica 1 1
Revista Liberato 1 1
Revista Ncleo de Pesquisa Interdisciplinar 1 1
Revista UNIARA 1 1
SaBios 1 1
216
Tabela 2. Evoluo do nmero de artigos sobre resduos de agrotxicos
(concluso)
Perodo
Nome do peridico 1997 2001 2006
a a a Total
2000 2005 2012
Scientia Agricola 1 1 2
Scientia Chromatographica 1 1
Revista rvore 1 1
Tempus. Actas de Sade Coletiva 1 1
Viso Acadmica 1 1
Total 8 30 73 111
217
Tabela 3. Principais instituies brasileiras com atuao em pesquisas sobre
resduos de agrotxicos
(concluso)
Perodo
Instituies 1997 2001 2006
a a a Total
2000 2005 2012
USP 1 7 6 14
UNINCOR 1 1
UNICAMP 2 2
UEM 1 1
UNESP 1 3 2 6
UFG 4 4
UFLA 1 1
UFMT 1 1
UFMG 3 2 5
UFPEL 3 3
UFRR 1 1
UFSM 1 8 9
UFS 1 1 2
UFV 3 3
UFC 2 2
UFMA 1 1
UFPR 1 1
UFRJ 1 1 2
FURG 4 4
UFRGS 4 4
UNIVASF 1 1
UFRPE 1 1
UFRRJ 1 1
UGF 1 1
FURB 1 1
UNIJU 1 1
VERS 1 1
Total 8 30 73 111
218
institucionais foram representadas pela USP - Universidade de So Paulo, EMBRAPA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria, UNESP - Universidade Estadual Paulista,
CEAGESP - Companhia de Entrepostos e Armazns Gerais do Estado de So Paulo,
FIOCRUZ - Fundao Oswaldo Cruz, UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, UNB Universidade de Braslia e EMEPA - Empresa Estadual de Pesquisa
Agropecuria da Paraba S.A. como demonstra a Figura 3. Os artigos abordaram a
quantificao de resduos de agrotxicos em legumes, alimentos, leite e sangue.
A partir da virada do milnio, que ocorreu o maior aumento do nmero de
publicaes, onde a produo cientfica nesta rea passa a ser realizada tambm por
outras instituies localizadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Paran, Minas Gerais,
Esprito Santo e Sergipe (Tabela 3 e Figura 3).
Outro resultado marcante destas combinaes entre as comunidades cientficas
a participao multifacetada dos atores individuais (Tabela 4), o que induz ou sugere a
continuidade do processo formativo de novos agentes e atores envolvidos em futuros
avanos na pesquisa brasileira de resduos de agrotxicos. Muitos destes, que nesta
tabela se apresentam, tiveram influncia formativa de linhas de pesquisas desenvolvidas
por professores e pesquisadores como: BASTOS, L. H. P.; RISSATO, S. R.; CARDOSO,
M. H. W. M..
O resultado do cadastro temtico do banco de dados, indicando a evoluo do
nmero de artigos em cada tcnica e aplicao de estudo apresentada na Tabela 5 e
Figuras 4. Verifica-se inicialmente, que, no geral, em relao s tcnicas empregadas,
44,1% das pesquisas foram realizadas, em sua maioria, utilizando anlise em
cromatografia gasosa, seguidas da tcnica de cromatografia lquida de alta eficincia
(15,3%), cromatografia gasosa e lquida (5,4%) e cromatografia em camada delgada
(0,9%). J as tcnicas de reviso somaram 18,0% das publicaes, enquanto as tcnicas
de entrevista e outras representaram 9,0 e 7,2%, respectivamente, do total de artigos
publicados.
Quanto distribuio espacial da produo brasileira de artigos relacionados com
resduos de agrotxicos por aplicao, no geral, ocorreram diferentes frequncias nas
abordagens temticas dentro das tcnicas mais utilizadas (Tabela 5). A Figura 5
evidencia melhor esta constatao.
Para todas as tcnicas cromatogrficas, as aplicaes com maior destaque foram
para hortifuti (23,4%), seguidas de guas (17,1%) e alimentos (8,1%).
Houve assim, dentro da tcnica de cromatografia gasosa, uma distribuio mais
equitativa de artigos entre as abordagens hortifuti e guas, com valores de 17,1 e 9,9%,
respectivamente. J para a tcnica de cromatografia lquida de alta eficincia, as
219
aplicaes com destaque foram guas, com 4,5% e hortifrti e leites/derivados, ambos
com 3,6% das publicaes.
Para os perodos analisados, ficaram evidenciados que as regies Sudeste e Sul
so as que mais se destacaram em relao produo brasileira de artigos relacionados
com resduos de agrotxicos com 59,5 e 26,1% (Figura 6), respectivamente,
correspondendo ao total de 85,6%, quando comparado com as demais regies. Este
resultado justificado pelo elevado nmero de instituies de pesquisas presentes nas
regies Sudeste e Sul.
AM AM AM
PA MA PA MA PA MA
CE CE CE
RN RN RN
PB PB PB
PI PI PI
100'0"S
100'0"S
100'0"S
100'0"S
PE PE PE
AC AC AC
AL AL AL
TO SE TO SE TO SE
RO RO RO
BA BA BA
MT MT MT
DF DF DF
GO GO GO
MG MG MG
ES ES ES
MS MS MS
RJ RJ RJ
SP SP SP
N de artigos PR
N de artigos PR
N de artigos PR
SC SC SC
300'0"S
300'0"S
300'0"S
300'0"S
RS RS RS
600'0"W 400'0"W
TODO PERODO
DE 1997 A 2012
RR
AP
AM
PA MA
CE
RN
PB
PI
100'0"S
100'0"S
PE
AC
AL
TO SE
RO
BA
MT
DF
GO
MG
ES
MS
RJ
SP
N de artigos PR
SC
300'0"S
300'0"S
RS
0 500 1000 km
600'0"W 400'0"W
220
Tabela 4. Principais autores com atuao em pesquisas sobre contaminao por
resduos de agrotxicos
(continua)
Perodo
Nome do Primeiro Autor 1997 2001 2006
a a a Total
2000 2005 2012
ABAD, F. C. 1 1
ALABURDA, J. 1 1
ALMEIDA, V.E. S. 1 1
ALMUSSA, A. 1 1
ALVES, M. I. R. 1 1
ALVES, M. R. R. 1 1
ARIAS, A. R. L. 1 1
VILA, R.A. 1 1
AZEVEDO, D. A. 1 1
BAPTISTA, G. C. 1 1
BASTOS, L. H. P. 4 4
BEDOR, C. N. G. 1 1
BERTI, A. P. 1 1
BORTOLUZZI, E. C. 1 1
BRITTO, F. B. 1 1
BRONDI, S. H. G. 1 1
BUOSI, D. 1 1
CALDAS, E. D. 1 1
CALDAS, S. S. 2 2
CAPOBIANGO, H. L. V. 1 1
CARDOSO, M. H. W. M. 1 2 3
CARLOS, E. A. 1 1
CARVALHO, S. J. P. 1 1
CASTRO, I. M. 1 1
DEMOLINER, A. 1 1
DIAS, E. B. S. 1 1
DIEZ-RODRGUEZ, G. I. 1 1
DREA, H. S. 1 1
EVARISTO, A. 1 1
FARIA, N. M. X. 1 1
FARIA, V. H. F. 1 1
FEHLBERG, L. C. C. 1 1
FERMAM, R. K.S. 1 1
MENEZES FILHO, A.. 1 1
REIS FILHO, J. S. 1 1
FILIZOLA, H. F. 1 1
FREGUGLIA, R. M. O. 1 1
GALLI, A. 1 1
GARBELLINI, G. S. 1 1
GOBO, A. B. 1 1
221
Tabela 4. Principais autores com atuao em pesquisas sobre contaminao por
resduos de agrotxicos
(continua)
Perodo
Nome do Primeiro Autor 1997 2001 2006
a a a Total
2000 2005 2012
GORENSTEIN, O. 1 1
GRTZMACHER, D. D. 1 1
JARDIM, I. C. S. F. 1 1
BOGUSZ JUNIOR, S. 1 1
KOLBERG, D. I. 1 1
KOMATSU, E. 1 1
KURZ, M. H. S. 1 1
LANAS, F. M. 1 1
LATORRACA, A. 1 1
LEITE, R. M. H. 1 1
LIMA, A. C. S. 1 1
LIMA, C. A. B. 1 1
MAFFEI, D. F. 1 1
MARCHESAN, E. 1 1
MEYER, T. N. 1 1
MILHOME, M. A. L. 2 2
MORAES, S. L. 1 1
MOURA, R. M. 1 1
MOURA-ANDRADE, G. C. R. 1 1
NUNES, G. S. 1 1
PAUMGARTTEN, F. J. R. 1 1
PENA, M. F. 1 1
PINHEIRO, A. 1 1
PINHO, G. P. 2 2
PIZANO, M.A. 1 1
PRESTES, O. D. 2 2
QUEIROZ, S. C. N. 1 1
RAMALHO, J. F. G. P. 1 1
REIMCHE, G. B. 1 1
RIBAS, P. P. 1 1
RIBEIRO, A. C. C. 1 1
RISSATO, S. R. 3 1 4
RODRIGUES, M. V.N. 1 1
RODRIGUES, S. A. 1 1
SABIN, G. P. 1 1
SANTOS, J. S. 1 1
SANTOS, L. G. 1 1
SGARBIERO, E. 1 1
SHERIDAN, R. 1 1
SILVA, D. R. O. 1 1
222
Tabela 4. Principais autores com atuao em pesquisas sobre contaminao por
resduos de agrotxicos
(concluso)
Perodo
Nome do Primeiro Autor 1997 2001 2006
a a a Total
2000 2005 2012
SILVA, J. M. 2 2
SILVA, T. P. P. 1 1
SIQUEIRA, S. L. 1 1
SOARES, W. L. 1 1
SOUZA, A. 1 1
SOUZA, S. V. C. 1 1 2
SPADOTTO, C. A. 1 1
STERTZ, S. C. 1 1
STOPPELLI, I. M. B. S. 1 1
TREVISAN, M. J. 1 1
TREVIZAN, L. R. P. 1 1
VEIGA, M. M. 2 2
VIEIRA, E.O. 1 1 2
ZAVATTI, L.M. S. 1 1
ZUIN, V. G. 1 1
Total 8 30 73 111
223
Tabela 5. Resultado do cadastro temtico do banco de dados, indicando o nmero
de artigos em cada tcnica e aplicao
(continuao)
Perodos
224
Tabela 5. Resultado do cadastro temtico do banco de dados, indicando o nmero
de artigos em cada tcnica e aplicao
(concluso)
Perodos
225
600'0"W 400'0"W 600'0"W 400'0"W 600'0"W 400'0"W
AM AM AM
PA MA PA MA PA MA
CE CE CE
RN RN RN
PB PB PB
PI PI PI
100'0"S
100'0"S
100'0"S
100'0"S
PE PE PE
AC AC AC
AL AL AL
TO SE TO SE TO SE
RO RO RO
BA BA BA
MT MT MT
DF DF DF
GO GO GO
MG MG MG
ES ES ES
MS MS MS
RJ RJ RJ
SP SP SP
PR PR PR
300'0"S
300'0"S
300'0"S
RS RS RS
AM AM AM
PA MA PA MA PA MA
CE CE CE
RN RN RN
PB PB PB
PI PI PI
100'0"S
100'0"S
100'0"S
100'0"S
PE PE PE
AC AC AC
AL AL AL
TO SE TO SE TO SE
RO RO RO
BA BA BA
MT MT MT
DF DF DF
GO GO GO
MG MG MG
ES ES ES
MS MS MS
RJ RJ RJ
SP SP SP
PR PR PR
Cromatografia lquida de SC
Reviso (20 artigos) SC Entrevista (10 artigos) SC
300'0"S
300'0"S
300'0"S
RS RS RS
600'0"W 400'0"W
TODAS AS TCNICAS
RR
AP
600'0"W 400'0"W
OUTRAS
AM
PA MA
CE
RR
AP RN
PB
PI
100'0"S
100'0"S
AM
PE
PA MA
CE
AC
RN
AL
PB TO SE
PI
RO
100'0"S
100'0"S
PE
AC
AL
TO SE
RO BA
MT
BA MT
DF
GO
DF
MG
ES
MS
GO
RJ
MG
SP
PR
ES
Outras (8 artigos) SC
Cromatografia MS
300'0"S
RJ
RS
300'0"S
600'0"W 400'0"W
226
600'0"W 400'0"W 600'0"W 400'0"W 600'0"W 400'0"W
GUAS AR CEREAIS
E E E
ALIMENTOS BEBIDAS HORTIFRUTI
RR RR RR
AP AP AP
AM AM AM
PA MA PA MA PA MA
CE CE CE
RN RN RN
PB PB PB
PI PI PI
100'0"S
100'0"S
100'0"S
100'0"S
PE PE PE
AC AC AC
AL AL AL
TO SE TO SE TO SE
RO RO RO
BA BA BA
MT MT MT
DF DF DF
GO GO GO
MG MG MG
ES ES ES
MS MS MS
RJ RJ RJ
guas (23 artigos) SP Ar (1 artigo) SP Cereais (3 artigos) SP
Alimentos (9 artigos) PR
Bebidas (1 artigo)
PR
Hortifruti (32 artigos)
PR
SC SC SC
300'0"S
300'0"S
300'0"S
300'0"S
RS RS RS
AM AM
PA MA PA MA
CE CE
RN RN
PB PB
PI PI
100'0"S
100'0"S
100'0"S
100'0"S
PE PE
AC AC
AL AL
TO SE TO SE
RO RO
BA BA
MT MT
DF DF
GO GO
MG MG
ES ES
MS MS
RJ RJ
SP SP
Sangue (3 artigos) SC
No especificado (26 artigos) SC
300'0"S
300'0"S
300'0"S
300'0"S
RS RS
600'0"W 400'0"W
TODAS AS APLICAES
RR
AP
AM
PA MA
CE
RN
PB
PI
100'0"S
100'0"S
PE
AC
AL
TO SE
RO
BA
MT
DF
Alimentos (9 = 8,1%) MG
ES
Ar (1 = 0,9%) MS
Bebidas (1 = 0,9%) RJ
Cereais (3 = 2,7%) SP
PR
Hortifruti (32 = 28,9%)
Leite / Derivados (9 = 8,1%) SC
300'0"S
Sangue (3 = 2,7%)
300'0"S
Solo (4 = 3,6) RS
600'0"W 400'0"W
227
ARTIGOS PUBLICADOS POR REGIO DO BRASIL
5,4
8,1 Centro-Oeste
26,1 0,9
Nordeste
Norte
Sudeste
59,5
Sul
4 Concluses
5 Referncias bibliogrficas
228
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229
LIVROS PRODUZIDOS - PORTAL MUNDO DA GEOMTICA
230
231