Auditoria Posto Combustível
Auditoria Posto Combustível
Auditoria Posto Combustível
PATO BRANCO
2014
DANIELA MARTINS DE JESUS
PATO BRANCO
2014
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The internal audit has the function of reviewing and evaluating the internal controls in
the company, as well as its use. The audit report is the final product, it represents the
results found by the auditor, is where the internal auditor sets out clearly the
problems detected, their origins and consequences, suggestions for improvements
and other matters which it considers important for the company to get a better control
and performance of its activities. The present work aims to execute an internal audit
on internal control of a Fuel Station ABC Ltda, searching possible internal problems
or errors and so suggest improvements in the management. To make this possible,
an audit in the financial sector and company stocks was performed. In the first
moment, it will be presented a theoretical referential, the references were found in
Spell Base, Sciello, Google Scholar, books of the specific subject were used to
support the research, which were identified concepts and auditing procedures, using
it as a base for the realization of the case study in order to achieve the stipulated
goals and a better understanding of the importance of internal audit and internal
controls for companies. With the realization of the audit was detected: differences in
cash account; incorrect entries of post-dated checks; non-use of returned checks
account; differences in the balance of receivable accounts and stocks and the
payable accounts were being launched in a single account named suppliers. Thus,
were suggested the necessary corrections in the accounts that were with incorrect
balance; the use of bounced checks account; using a system that only allows low
stocks with reading bar code; and, in payable accounts was created an account for
each provider to correct its release.
Keywords: Internal Audit, Internal Control; Audit Working Papers; Auditing Report
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUO .....................................................................................................11
1.1 TEMA E PROBLEMA ........................................................................................12
1.2 OBJETIVOS ......................................................................................................12
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................12
1.2.2 Objetivos Especficos......................................................................................13
1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................13
2 REFERENCIAL TERICO.....................................................................................14
2.1 AUDITORIA..........................................................................................................14
2.2 AUDITORIA INTERNA ......................................................................................15
2.3 OBJETO E FINS DA AUDITORIA .....................................................................17
2.4 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA ...................................................................18
2.5 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ................................................................19
2.6 PAPIS DE TRABALHO ...................................................................................22
2.6.1 Aspectos fundamentais dos papis de trabalho..23
2.6.2 Diviso dos papis de trabalho.........................................................................23
2.6.3 Reviso dos papis de trabalho........................................................................24
2.7 CONTROLE INTERNO .....................................................................................24
2.8 RELATRIO DA AUDITORIA ...........................................................................28
2.9 ESTUDOS SIMILARES.....................................................................................28
3 METODOLOGIA...................................................................................................30
3.1 ENQUADRAMENTO METODOLGICO..30
3.2 PROCEDIMENTOS PARA COLETA E ANLISE DE DADOS...........................31
3.2.1 Planejamento da auditoria interna....................................................................31
3.2.1.1 Programa de trabalho....................................................................................31
4 RESULTADOS DA PESQUISA ...........................................................................33
4.1 HISTRICO DA EMPRESA..............................................................................33
4.2 ANLISE DOS CONTROLES INTERNOS .......................................................33
4.3.1 Caixa ...............................................................................................................33
4.3.2 Bancos ............................................................................................................34
4.3.3 Cheques Pr-Datados ....................................................................................34
4.3.4 Contas a Receber ...........................................................................................34
4.3.5 Carto de Crdito............................................................................................35
4.3.6 Carta frete .......................................................................................................35
4.3.7 Estoques .........................................................................................................35
4.3.8 Contas a pagar ...............................................................................................35
4.3.9 Lanamentos Fiscais ......................................................................................36
4.4 EXECUO DA AUDITORIA ...........................................................................36
4.4.1 Caixa ...............................................................................................................36
4.4.2 Bancos ...37
4.4.3 Cheques Pr-Datados ....................................................................................38
4.4.4 Cheques Devolvidos .......................................................................................38
4.4.5 Carto de Crdito ...........................................................................................39
4.4.6 Contas a Receber ...........................................................................................39
4.4.7 Estoques .....................................................................................................40
4.4.8 Contas a Pagar ...............................................................................................42
4.5 RELATRIO DE AUDITORIA ...........................................................................42
5 CONSIDERAES FINAIS .................................................................................46
REFERNCIAS .......................................................................................................49
1 INTRODUO
1.2 OBJETIVOS
12
1.2.2 Objetivos Especficos
1.3 JUSTIFICATIVA
13
2 REFERENCIAL TERICO
Esta seo abordar os conceitos de (i) auditoria; (ii) auditoria interna; (iii)
objeto e fins da auditoria; (iv) planejamento da auditoria; (v) procedimentos de
auditoria; (vi) papis de trabalho; (vii) controle interno; (viii) relatrio de auditoria e
(ix) estudos similares.
2.1 AUDITORIA
14
Assim podemos verificar que se utilizando da auditoria as informaes
geradas tero maior credibilidade e diminuiro as chances de haverem fraudes nas
demonstraes.
Com a fiscalizao que exercida pela auditoria se obtm maior veracidade,
alguns dos motivos para que isso ocorra so: (i) o profissional que executa os
registros contbeis o faz com maior ateno e rigor por saber que seu trabalho ser
examinado e seus erros apontados; (ii) empregados e administradores temem erros
e fraudes, na certeza de que estes podero ser apontados aos superiores; (iii) os
titulares do patrimnio, por sua vez, prestam contas, atravs da auditoria, a seus
credores e ao fisco (FRANCO; MARRA, 2000).
15
Figura 1: Estrutura Organizacional
16
Quadro 1: Principais diferenas entre o auditor interno e o auditor externo
Auditor interno Auditor externo
empregado da empresa auditada
No tem vnculo empregatcio com a empresa
auditada
Menor grau de independncia Maior grau de independncia
Executa auditoria contbil e operacional Executa apenas auditoria contbil
Os principais objetivos so: O principal objetivo emitir um parecer ou
* verificar se as normas internas esto opinio sobre as demonstraes contbeis, no
sendo seguidas; sentido de verificar se estas refletem
* verificar a necessidade de aprimorar as
adequadamente a posio patrimonial e
normas internas vigentes;
* verificar a necessidade de novas normas financeira, o resultado das operaes, as
internas; mutaes do patrimnio lquido e os fluxos de
* efetuar auditoria das diversas reas das caixa da empresa examinada. Tambm, se estas
demonstraes contbeis e em reas demonstraes foram elaboradas de acordo com
operacionais. os princpios contbeis e se esses princpios
foram aplicados com uniformidade em relao ao
exerccio social anterior.
Maior volume de testes (tem maior tempo na Menor volume de testes, j que est interessado
empresa para executar os servios de em erros que individualmente ou
auditoria). cumulativamente possam alterar de maneira
substancial as informaes das demonstraes
contbeis.
17
Atravs do uso destas provas, a auditoria conseguir obter resultados
seguros, dando seu parecer visando avaliar os controles internos e sugerir
alteraes necessrias para alcanar melhorias, consequentemente, tornando as
demonstraes mais confiveis.
19
quantidade existente; (v) qualidade, que refere-se ao fato de verificar se o item est
em condies de uso.
Franco e Marra (2000) complementam afirmando que cabe ao auditor
inspecionar os bens em poder da empresa para que possa assegurar-se de sua
existncia, sendo necessrio que o auditor possua conhecimentos bsicos da
natureza do bem em questo. Porm, este procedimento no garante que o bem
esteja realmente em propriedade da empresa, para tirar dvidas deve ser
confrontado a identificao do bem com os documentos da contabilidade.
Outro procedimento utilizado pelos auditores o exame dos documentos
originais que realizado para comprovao das aquisies de matrias-primas;
vendas; aquisio ou venda de imobilizado, etc. Attie (2010, p. 175) define o exame
de documentos originais como sendo o procedimento de auditoria voltado para o
exame de documentos que comprovem transaes comerciais ou de controle.
Sempre que for realizada a anlise dos lanamentos contbeis o auditor no
deve verificar apenas o lanamento contbil, mas tambm o documento que deu
origem a tal lanamento, para que obtenha a certeza de que o documento legtimo
e autntico e que realmente se refere ao lanamento escriturado. (FRANCO;
MARRA, 2000, p. 302). Essa verificao auxiliar o auditor na formulao de sua
opinio a respeito dos lanamentos realizados
Devido a sua importncia, Attie (2010) diz que o auditor deve sempre
lembrar, quando na realizao deste procedimento, quatro pontos: (i) autenticidade;
(ii) normalidade; (iii) aprovao; e (iv) registro. Assim, verifica-se se a documentao
merece f, se a transao normal atividade da empresa, se houve aprovao
dos scios ou responsveis pelas aquisies e se a transao est devidamente
registrada.
O procedimento de conferncia de clculos o mais simples e ao mesmo
tempo o mais completo. elaborado para que seja verificado se as operaes esto
corretas. (ATTIE, 2010). Como so utilizados muitos clculos no momento da
realizao dos lanamentos, faz-se necessrio a conferncia do auditor para
certificar-se que no houve erros. So alguns exemplos deste procedimento o
clculo de equivalncia patrimonial, depreciao, juros a pagar ou a receber, entre
outros.
20
Comprovando-se com Almeida (2010) que diz que o auditor deve conferir os
clculos pelo fato de que para a elaborao das demonstraes financeiras so
necessrios muitos clculos e qualquer erro ocasionar a gerao de informaes
errneas.
Franco e Marra (2000) complementam explicando que preciso lembrar
que o erro, ou a m-f, pode estar sempre presente. O auditor no deve confiar em
somas e clculos que lhe apresentem.
O exame da escriturao utilizado para constatar a veracidade das
informaes. Para Attie (2010) este o procedimento de auditoria usado para o
levantamento de anlises, composies de saldo, conciliaes etc..
J a investigao minuciosa o procedimento em que feita uma anlise
profunda dos documentos e contas auditadas com o objetivo de ter a certeza de que
a matria auditada verdica. A investigao deve ser executada durante toda a
auditoria, utilizando sempre o julgamento profissional do auditor. (ATTIE, 2010).
Para realizao deste procedimento faz-se necessrio que o auditor utilize
todos os recursos disponveis para que possa analisar profundamente o que est
sendo auditado. So exemplos: exame minucioso de pagamentos realizados; exame
minucioso da proviso para crdito de liquidao duvidosa.
Outro procedimento realizado o inqurito, realizado atravs da elaborao
de perguntas e obteno de respostas e pode ser feito atravs de declaraes
formais, conversas normais ou sem compromisso. O inqurito bastante til para
obteno de conhecimento a respeito dos controles internos e tarefas realizadas, por
exemplo.
Para a utilizao destas informaes deve ser feito uma anlise aprofundada
das respostas obtidas, pois apenas as que so verdadeiras, baseadas em fatos
reais e relevantes interessam ao auditor. (ATTIE, 2010).
O exame dos registros auxiliares , para Attie (2010) a base para certificar-
se da autenticidade dos registros principais examinados e, por isso, o auditor precisa
ficar atento possibilidade de ocorrerem alteraes. So exemplos deste
procedimento: exame do registro auxiliar de contas a receber ou contas a pagar;
registro auxiliar de vendas, etc.
Correlao das informaes obtidas segundo Attie (2010) referente ao
mtodo de partidas dobradas. Na execuo de seu trabalho o auditor far servios
21
que tero relao com outras contas do balano ou do resultado, isto a correlao
das informaes. Como exemplo pode ser citado o recebimento de duplicatas a
receber, que afetam as disponibilidades e contas a receber; e, pagamento a
fornecedores, que afetam contas a pagar e o disponvel.
E, o procedimento de observao, conforme Attie (2010) uma tcnica
indispensvel auditoria. O conhecimento e experincia do auditor podem revelar
erros e problemas da matria auditada atravs da observao. Esta tcnica exige do
auditor senso crtico e postura crtica. Alguns exemplos deste procedimento so:
observao de despesas consideradas como disponvel; observao de passivos
no registrados; observao quanto correta classificao contbil.
22
2.6.1 Aspectos fundamentais dos papis de trabalho
23
Attie (2010, p.198) define como pasta permanente, os que contm
informaes utilizveis em bases permanentes; e, como pasta de papis em curso,
os que contm informaes utilizveis somente para o trabalho em curso.
24
praticamente impossvel a continuidade de uma empresa sem um sistema
de controles internos adequado, Attie (2010) afirma que com o crescimento da
empresa: torna-se invivel que seu dono, sozinho, controle todas as operaes e
transaes, e assim, acaba ocorrendo a segmentao em setores, onde quase
sempre, existe um responsvel que responder por seu setor e a fica ainda mais
evidente a necessidade e importncia dos controles internos.
Com a segmentao a empresa fica mais vulnervel ocorrncia de erros
involuntrios, desperdcios e at mesmo a fraudes, pois como explica Oliveira et al.
(2013) informaes contbeis distorcidas podem levar a concluses errneas e
prejudiciais para a tomada de decises pelos gestores da empresa e pelos seus
diversos usurios externos.
A importncia do sistema contbil e dos controles internos, segundo Oliveira
et al. (2013, p. 72) pode ser resumida da seguinte forma:
a) tamanho e complexidade da organizao: quanto maior a entidade, em
geral, mais complexa a organizao estrutural. Para controlar as
operaes eficientemente, a administrao necessita de relatrios e
anlises concisos, que reflitam a situao em cada momento das atividades
da organizao;
b) responsabilidades: a responsabilidade pela salvaguarda dos ativos da
companhia e pela preveno ou descoberta de erros ou fraudes da
administrao. A manuteno de um sistema de controle interno adequado
indispensvel para a execuo correta desta responsabilidade;
c) carter preventivo: um sistema de controle interno que funciona
adequadamente constitui a melhor proteo, para a companhia, contra as
fraquezas humanas. As rotinas de verificao e reviso so caractersticas
de um bom controle interno, que reduzem a possibilidade de que erros ou
tentativas fraudulentas permaneam encobertos por muito tempo e
permitem administrao ter maior confiana nas informaes e demais
dados gerados pelo sistema.
(OLIVEIRA, et al. 2013, p. 72)
25
modificaes necessrias. E por isso, faz-se importante a observncia dos seguintes
princpios:
* contagem de caixa e
A empresa deve estabelecer procedimentos
comparao com o saldo
de forma que seus ativos, sob a
Confronto dos ativos do razo geral;
responsabilidade de alguns funcionrios,
com os registros * contagem fsica de
sejam periodicamente confrontados com os
ttulos e comparao com
registros da contabilidade.
o saldo no razo geral;
* conciliaes bancrias.
* conferncia
independente do registro
O sistema interno deve ser concebido de
das transaes contbeis;
forma que sejam registradas apenas as
Amarraes do sistema *conferncia independente
transaes autorizadas, por seus valores
dos clculos;
corretos e dentro do perodo de competncia.
* conferncia da
classificao contbil de
todos os registros finais.
26
* verificar se as normas
internas esto sendo
importante que algum verifique seguidas;
Auditoria interna periodicamente se est sendo cumprido o * avaliar a necessidade de
que foi determinado no sistema ou se o novas normas internas ou
sistema deveria ser adaptado novas modificao das j
circunstncias. existentes.
* Estabelecer transaes
Custo do controle x de valores relevantes
benefcio: O custo do controle interno no deve exceder conforme a sofisticao
aos benefcios que dele se espera obter. que se espera obter.
O sistema de controle interno deve estar * instruo dos
Limitaes do controle
adequado empresa e s pessoas que o funcionrios;
interno
utilizam. * funcionrios negligentes.
Fonte: Almeida (2010, p. 43-50).
27
As no encobertas podem ser entendidas como as em que o autor nem se
preocupa em esconder a fraude, que so realizadas quando o sistema de controle
muito fraco. As encobertas temporariamente so as em que o autor faz sem afetar
os registros contbeis, possibilitando que seja no momento da conferncia das
contas verifique-se a ocorrncia da fraude. J as encobertas permanentemente so
as em que o autor se preocupa com o fato de alterar os lanamentos, dificultando
que seja percebida a irregularidade, esta ocorrem normalmente quando a mesma
pessoa quem efetua os lanamentos contbeis e cuida dos ativos da empresa.
Foi utilizado como base para a elaborao deste, dois estudos semelhantes,
o de Dengo (2011), intitulado Auditoria nos Controles Internos de um Posto de
Combustvel e o de Hostapiuk (2013), Anlise dos Controles Internos e Auditoria
em um Auto Posto de Combustvel. Ambos os trabalhos foram aplicados na
microrregio de Pato Branco PR.
28
Dengo (2011) tinha como problema de pesquisa verificar qual a contribuio
da auditoria interna para o processo de controle e melhorias em posto de
combustvel. Aps a realizao de seu trabalho pode concluir que a auditoria interna
responsvel pela avaliao da eficincia e eficcia dos controles internos da
empresa e fornece as informaes necessrias para que a entidade consiga
acompanhar seus processos organizacionais.
J Hostapiuk (2013) pontuou como problema a seguinte questo: possvel
propor melhorias e novos controles internos, eficientes, com veracidade de
informaes em um Auto Posto de Combustvel?. Com a finalizao de seu
trabalho, Hostapiuk conclui que a auditoria interna e os controles internos podem
minimizar erros e fraudes, apresentando as reais informaes da empresa e assim
prolongar sua existncia no mercado.
29
3 METODOLOGIA
3.2.1.1Programa de Trabalho
32
4 RESULTADOS DA PESQUISA
4.2.1 Caixa
33
O caixa bomba informatizado e seu fechamento ocorre a cada troca de
turno, a conferncia realizada pelo prprio funcionrio que era responsvel pelo
caixa naquele momento. Para maior controle dos scios, o funcionrio no consegue
fazer alteraes no sistema, isso s pode ser feito pelos scios, com a utilizao de
uma senha.
O caixa financeiro no informatizado, utilizado um livro caixa e o mesmo
de responsabilidade de um dos scios, que efetua o registro dos valores do caixa
bomba, dos pagamentos e recebimentos ocorridos. O fechamento do caixa
financeiro feito somente no dia seguinte movimentao.
4.2.2 Bancos
34
4.2.5 Carto de Crdito
efetuado troca de carta frete apenas para uma empresa. Como no ocorre
diariamente, quando tem carta frete, a mesma separada ao final do turno e a cada
quinze dias enviado um relatrio para a empresa contendo os valores devidos e a
carta frete, pois o pagamento efetuado diretamente para o funcionrio que leva
este relatrio at a empresa devedora.
4.2.7 Estoques
O controle das contas a pagar feito pelo scio administrador, que confere
as notas lanadas pela funcionria responsvel pelas compras e posteriormente as
arquiva em uma pasta por ordem de vencimento. O lanamento de todas as
compras a prazo efetuado na conta fornecedores, sem separ-las por nome de
35
fornecedor, ento quando ocorre o pagamento a baixa tambm feita nesta conta
fornecedores.
4.3.1 Caixa
36
mas no foi efetuado a baixa nos controles . O saldo de caixa da contabilidade era
de R$ 982.892,87 (novecentos e oitenta e dois mil oitocentos e noventa e dois reais
e oitenta e sete centavos) o que no condiz com o saldo real, tendo em vista que,
por opo da contabilidade os lanamentos de venda de mercadorias so efetuados
sempre vista e seu saldo est totalmente diferente do real. Assim percebe-se que
a contabilidade desta empresa no condiz com a realidade.
Comparando com outros trabalhos realizados em postos de combustveis por
Dengo (2011) e Hostapiuk (2013), observa-se que tambm foram encontradas
diferenas no montante do caixa, ficando evidente que os problemas com
lanamentos de caixa esto presentes em outras empresas do mesmo ramo.
Foi constatado que existem valores considerados como dinheiro no caixa,
quando os mesmos tratam-se de vales, cheques e depsitos. Estes lanamentos
deveriam ser feitos em contas separadas, at porque sua disponibilidade no
imediata, e isto pode levar a concluses errneas no que tange as disponibilidades.
4.3.2 Bancos
37
Nos outros dois trabalhos existentes tambm no foram encontradas
divergncias e fica evidente que as empresas possuem um maior controle desta
conta, onde realizada a maioria de suas transaes.
38
dinheiro em caixa, sendo que havia casos em que era necessrio o lanamento para
perdas, pelo tempo de inadimplncia.
39
O cliente 138 apresentava um saldo devedor de R$ 231,20 no relatrio de
contas a receber, porm na confrontao com as notas fiscais percebeu-se a falta
da nota fiscal 18927, no valor de R$ 120,00.
O cliente 140 apresentava no sistema um saldo devedor de R$ 319,44 e na
contagem fsica foi observada que o cliente no possua dbitos de nenhuma nota
fiscal e que este saldo era referente nota fiscal 18820.
O cliente 1188 constava com um saldo devedor de R$ 2.013,43, enquanto
na verificao atravs das notas fiscais foi observada a falta de R$ 38,10 referente
nota fiscal 18838.
O scio responsvel pelo financeiro contou que estas diferenas
aconteceram porque tais notas fiscais foram recebidas e ainda no haviam sido
baixadas no sistema.
Nos trabalhos de Dengo (2011) e Hostapiuk (2013) tambm foram
encontradas irregularidades nesta conta por motivos semelhantes a estes e at
mesmo pelo extravio da nota fiscal ou por descuido no momento de guardar tais
notas, colocando-as junto com notas de outros clientes.
4.3.7 Estoques
40
Quadro 9. Estoque de Combustveis
Combustvel Saldo Fsico (L) Contabilidade (L) Diferena (L)
Gasolina Aditivada 8.625 8.758,70 -133,70
Gasolina Comum 8.357 8478,55 -121,55
Etanol 8.775 8877,21 -102,21
Diesel 11.683 11720,10 -37,10
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
41
4.3.8 Contas a Pagar
A/C DIREO
42
CAIXA
O valor fsico apurado foi de R$ 90.401,75, enquanto no controle financeiro o
saldo era de R$ 89.924,21, o que gerou uma diferena de R$ 477,54. Na busca por
entender o que gerou esta diferena foi constatado que no estavam registrados o
recebimento referente s notas fiscais 18927, 18820 e 18838.
No caixa estava somado valores de depsitos, vales e cheques, o que leva
uma anlise incorreta. Orienta-se que estes valores sejam registrados em contas
especficas, facilitando o controle dos direitos da empresa e um valor preciso de seu
disponvel. Orienta-se tambm, o uso do sistema de informao para os registros da
conta caixa, para que seja possvel obter relatrios mais precisos e facilitar o
controle.
BANCOS
CHEQUES PR-DATADOS
CHEQUES DEVOLVIDOS
43
CONTAS A RECEBER
CARTO DE CRDITO
ESTOQUES
44
teria mais o problema de baixa do produto incorreto. Quanto s diferenas apuradas,
recomenda-se que o proprietrio faa um lanamento de transferncia entre os
lubrificantes, arrumando os que esto com divergncia de quantidade. Recomenda-
se tambm que seja feita a conferncia semanalmente e que seja implantado um
sistema de segregao de funes objetivando diminuindo os erros e probabilidade
de fraudes.
CONTAS A PAGAR
Atenciosamente,
Daniela Martins de Jesus.
Auditora Interna
45
5 CONSIDERAES FINAIS
46
A empresa possui dois caixas, o caixa bomba e o caixa financeiro. Para o
caixa bomba utilizado um sistema informatizado, j para o caixa financeiro
utilizado um controle manual, fazendo com que se torne muito mais trabalhoso e que
no seja possvel a emisso de relatrios precisos desta conta, ainda tem o fato de
estar lanado no caixa valores que no representam dinheiro em espcie, como por
exemplo, vales e cheques. A conta de cheques pr-datados, bem como a de
cheques devolvidos no vem sendo utilizadas. Nas contas a receber foi notado que
existiam clientes em aberto que j haviam efetuado o pagamento.
J nos estoques havia divergncias tanto no saldo de estoques de
combustveis como no estoque de lubrificantes, sendo que no de combustveis
ocorre uma perda natural, gerando diferenas entre o saldo contbil e o fsico, e no
de lubrificantes as diferenas ocorrem por erros de lanamento. Quanto s contas a
pagar o nico problema encontrado foi que a empresa utiliza uma nica conta
denominada fornecedores, tornando difcil a visualizao do valor devido a cada um
individualmente.
O terceiro objetivo especfico foi sugerir melhorias nos controles internos do
posto de combustvel em estudo. Aps os problemas encontrados, foi sugerido que
a empresa passasse a utilizar o sistema de informao tambm para o caixa
financeiro; que os valores de cheques pr-datados, que se encontravam nas contas
a receber, fossem transferidos para a conta cheques pr-datados e que esta conta
passasse a ser utilizada sempre que ocorresse a entrada de cheques nesta situao
e que fosse utilizada a conta de cheque devolvido, sempre que necessrio. Quanto
s contas a receber foi orientado que os lanamentos de baixa passassem a ser
feitos no momento do recebimento, para evitar distores ou at mesmo cobranas
indevidas.
Nos estoques de lubrificantes foi orientado que a baixa dos produtos
vendidos fosse possvel apenas coma utilizao do cdigo de barras no momento da
venda e que, para melhor controle das contas a pagar, fosse criada uma conta para
cada fornecedor, facilitando assim a conferncia dos valores devidos
individualmente.
O ltimo objetivo especfico foi comparar os resultados deste com trabalhos
anteriores, onde fica claro que o problema tambm ocorre em outras empresas do
47
mesmo ramo e que a maioria deles ocorre pelos mesmos motivos, falta de ateno,
baixas indevidas e lanamentos em contas incorretas.
Diante disso, conclui-se que o trabalho alcanou os objetivos, demonstrando
a importncia da auditoria interna para a avaliao dos controles existentes na
empresa e que a utilizao conjunta das ferramentas de controle interno e da
auditoria interna dar maior segurana aos seus usurios e consequentemente faro
com que sejam tomadas decises corretas, diminuiro erros e fraudes e
conquistaro maior veracidade de informaes.
48
REFERNCIAS
49
OLIVEIRA, Lus Martins de; JUNIOR, Jos Hernandez Perez; SILVA, Carlos Alberto
dos Santos. Controladoria Estratgica: Textos e Casos Prticos com Soluo. 9. Ed.
So Paulo, 2013.
PAULA, Maria Goreth Miranda Almeida. Auditoria Interna: Embasamento
Conceitual e Suporte Tecnolgico. USP, 1998.
50