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Manual Upset Recovery - EJ 1

2 Manual Upset Recovery - EJ


Manual Upset Recovery - EJ 3

Curso de Aperfeioamento
UPSET RECOVERY

Verso 1.0.0
- JULHO / 2015 -
4 Manual Upset Recovery - EJ

Copyright 2012 by EJ Escola de Aeronutica Civil

Todos os direitos reservados e protegidos pela lei.


A reproduo no autorizada deste material, no todo ou em parte,
constitui violao do copyright-Lei no 9.610/98.

Depsito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto no 1.825,


de 20 de dezembro de 1907.

Colaborao: Rubens Fernandes De Martins, Josu de Andrade, Joo Paulo Amado,


Guilherme Rueda Alcantara.

Reviso grfica e diagramao: Guilherme Rueda Alcantara


Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)
(Cmara Brasileira do
Capa: Guilherme Livro,Alcantara
Rueda SP, Brasil)

EJ Escola de Aeronutica Civil


Manual de Treinamento Prtico
-- So Paulo: Ed. do Autor, 2012.

Muito cuidado e tcnica foram empregados na edio desta obra. Porm, po-
Bibliografia
dem ocorrer erros de digitao, impresso ou dvida conceitual. Em qualquer
ISBN 978-85-xxxxxx-x-x
das hipteses, solicitamos a comunicao nossa Central de Atendimento,
para que possamos esclarecer ou encaminhar a questo.
1. Aviadores - Estudo e ensino 2. Vo - Instruo
3. Vo - Treinamento I. Ttulo.

Central de Atendimento
email: [email protected]
site: www.ej.com.br
10-03637 CDD-629.1307
ndices para catlogo sistemtico:
1. Piloto privado : estudo e ensino : Aeronutica 629.1307

Impresso no Brasil/Printed in Brazil


Manual Upset Recovery - EJ 5

Apresentao
Este manual contempla, em um nico volume, todo o Programa de
Treinamento Prtico e Manobras aplicveis ao curso de Upset Recovery.
Na seo que trata dos Programas de Treinamento Prtico, o usu-
rio encontra, de forma objetiva e sistemtica, orientaes acerca da com-
posio do curso, dos Nveis de Aprendizagem, Padronizao e Proficincia
aplicados no decorrer do treinamento, bem como o Plano de Lies contendo
as manobras previstas em cada voo.
J o contedo presente no Manual de Manobras, oferece ao aluno
o material adequado para o estudo detalhado de cada manobra a ser treinada
nas lies do curso.
A correta utilizao deste manual fundamental para garantir um
treinamento eficiente, slido e de qualidade, exigindo do aluno o seu constante
estudo. A filosofia de treinamento da EJ Escola de Aeronutica considera que
a hora de voo apenas uma parte do processo de formao dos seus clientes.
Neste sentido, fundamental que o interessado garanta uma base terica
completa e atualizada antes de realizar cada voo.
O bom preparo torna a experincia prtica muito mais proveitosa,
permitindo que o aluno antecipe as situaes que ir vivenciar na aeronave,
sob orientao do instrutor ou em voos solo. Deve-se destacar que o estudo
das manobras previstas nas lies a serem realizadas de carter obrigatrio,
e ser verificado pelo instrutor durante os briefings.
A EJ Escola de Aeronutica garante uma equipe de pilotos-instruto-
res altamente qualificada, cujo objetivo o de oferecer o melhor treinamento
e formao. Este grupo est disponvel para prestar qualquer orientao ou
esclarecimento acerca do contedo presente neste volume.
Preserve o seu manual, pois ele ir acompanh-lo durante toda a
sua formao acadmica na EJ.
6 Manual Upset Recovery - EJ
Manual Upset Recovery - EJ 7

Sumrio

NVEIS DE APRENDIZAGEM PADRONIZAO E PROFICINCIA.................................. 11


FINALIDADE....................................................................................................................... 11
DEFINIES COMPLEMENTARES................................................................................... 11
ATRIBUIES E RESTRIES......................................................................................... 11
NVEIS DE APRENDIZAGEM............................................................................................. 11
PADRONIZAO E PROFICINCIA.................................................................................. 11
NVEIS DE APRENDIZAGEM NA INSTRUO AREA....................................................12
NVEIS DE PADRONIZAO E PROFICINCIA...............................................................12
ADAPTAO AERONAVE...............................................................................................13
OBJETIVO DO CURSO......................................................................................................13
UPSET RECOVERY...........................................................................................................13
MATRIAS DA PARTE TERICA.......................................................................................13
EXIGNCIAS PARA INSCRIO E MATRCULA..............................................................13
PR-REQUISITOS..............................................................................................................13
APTIDO PSICOFSICA.....................................................................................................13
EXCLUSO DE CURSO.....................................................................................................14
DISPOSIES FINAIS.......................................................................................................14

PLANO DE LIOES............................................................................................................17

FINALIDADE.......................................................................................................................24
EXERCCIOS......................................................................................................................24
1. PREPARAO PADRO................................................................................................24
2. MANOBRAS....................................................................................................................24
2.1 CURVA DE GRANDE INCLINAO.............................................................................24
DESCRIO DAS MANOBRAS.........................................................................................24
2.2 OITO PREGUIOSO....................................................................................................25
2.3 RECUPERAO DE ATITUDES ANORMAIS..............................................................27
2.3.1 RECUPERAO DE MERGULHO............................................................................27
2.3.2 RECUPERAO DE VOO VERTICAL......................................................................27
3. ESTOL COM MOTOR.....................................................................................................27
4. ESTOL SEM MOTOR......................................................................................................28
5. PARAFUSO.....................................................................................................................29
6. CHANDELLE...................................................................................................................30
8 Manual Upset Recovery - EJ

MANUAL DA AERONAVE...................................................................................................33
1.1 - INTRODUO ...........................................................................................................33
1.2 - AERONAVE ................................................................................................................33
1.3 - MOTOR ......................................................................................................................33
1.4 HLICE ........................................................................................................................34
1.5 COMBUSTVEL ............................................................................................................34
1.6 LEO ...........................................................................................................................34
1.7 PESOS MXIMOS .......................................................................................................34
1.8 PESOS - PADRO........................................................................................................34
1.9 CARGAS ESPECFICAS .............................................................................................34
1.10 SMBOLOS, ABREVIATURAS E TERMINOLOGIAS.................................................34
1.10.1 TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DAS VELOCIDADES........................................34
1.10.2 TERMINOLOGIA METEOROLGICA......................................................................35
1.10.3 TERMINOLOGIA DE REGIME DE POTNCIA .......................................................36
1.10.5 TERMINOLOGIA DE PESO E BALANCEAMENTO.................................................37

SEO 2 - LIMITAES....................................................................................................39
2.1 INTRODUO .............................................................................................................39
2.2 LIMITAES DE VELOCIDADE ..................................................................................39
2.3 MARCAES DO VELOCMETRO..............................................................................39
2.4 LIMITAES DO GRUPO MOTO-PROPULSOR ........................................................39
2.5 MARCAES NOS INSTRUMENTOS DO GRUPO MOTO-PROPULSOR.................40
2.6 LIMITES DE PESO ......................................................................................................40
2.7 LIMITES DO CENTRO DE GRAVIDADE......................................................................40
2.8 LIMITES DE MANOBRAS ............................................................................................41
2.9 FATORES DE CARGA EM VOO ..................................................................................41
2.10 TIPOS DE OPERAO..............................................................................................41
2.11 LIMITAES DE COMBUSTVEL...............................................................................41
2.12 OUTRAS LIMITAES ..............................................................................................41

SEO 3 - PROCEDIMENTOS DE EMERGNCIA...........................................................42


3.1 INTRODUO .............................................................................................................42
3.2 VELOCIDADES PARA OPERAO DE EMERGNCIA..............................................42

CHECKLIST OPERACIONAL.............................................................................................42
3.3 FALHAS DE MOTOR ...................................................................................................42
3.4 POUSO FORADO......................................................................................................43
3.5 FOGO............................................................................................................................43

PROCEDIMENTOS DE EMERGNCIA AMPLIADOS........................................................45


3.7 FALHA DO MOTOR ......................................................................................................45
3.8 POUSO FORADO .....................................................................................................45
3.9 POUSO SEM ATUAO DO PROFUNDOR ...............................................................45
3.10 FOGO .........................................................................................................................46
3.11 VOO EM CONDIO DE FORMAO DE GELO ....................................................46
3.12 PARAFUSO ................................................................................................................46
3.13 OPERAO SPERA DO MOTOR OU BAIXA POTNCIA ......................................46
3.14 FALHA NO SISTEMA ELTRICO...............................................................................47

SEO 4 - PROCEDIMENTOS NORMAIS........................................................................49


4.1 VELOCIDADES PARA OPERAO NORMAL ............................................................49
Manual Upset Recovery - EJ 9
4.2 INSPEO PR-VOO .................................................................................................49
4.3 ANTES DO ACIONAMENTO ........................................................................................51
4.4 ACIONAMENTO ...........................................................................................................51
4.5 APS O ACIONAMENTO.............................................................................................51
4.6 TXI...............................................................................................................................51
4.7 ANTES DA DECOLAGEM.............................................................................................51
4.8 PRONTO PARA DECOLAGEM.....................................................................................51
4.9 APS A DECOLAGEM..................................................................................................52
4.10 CRUZEIRO..................................................................................................................52
4.11 DESCIDA / APROXIMAO.......................................................................................52
4.12 POUSO.......................................................................................................................52
4.13 APS O POUSO.........................................................................................................52
4.14 CORTE DO MOTOR...................................................................................................52

PROCEDIMENTOS NORMAIS AMPLIADOS.....................................................................53


4.15 ACIONAMENTO..........................................................................................................53
4.16 TXI.............................................................................................................................53
4.17 ANTES DA DECOLAGEM...........................................................................................53
4.18 DECOLAGEM.............................................................................................................54
4.19 SUBIDA EM CRUZEIRO.............................................................................................54
4.20 CRUZEIRO..................................................................................................................54
4.21 PROCEDIMENTOS PARA ECONOMIA DE COMBUSTVEL PARA OPERAES DE
TREINAMENTO DE VOO...................................................................................................55
4.22 ESTIS.......................................................................................................................55
4.23 POUSO.......................................................................................................................55

SEO 5 - DESCRIO DA AERONAVE E SISTEMAS...................................................57


5.1 DESCRIO GERAL....................................................................................................57
5.2 CONTROLE DE VOO...................................................................................................57
5.3 TREM DE POUSO E SISTEMA DE FREIO..................................................................57
5.4 MOTOR E HLICE........................................................................................................58
5.5 SISTEMA DE COMBUSTVEL .....................................................................................58
5.6 INSTRUMENTOS..........................................................................................................59
5.7 SISTEMA ELTRICO....................................................................................................61
5.8 SISTEMA DE AQUECIMENTO E VENTILAO..........................................................62
5.9 EQUIPAMENTO DE RDIO..........................................................................................62
10 Manual Upset Recovery - EJ
Composio do curso
Manual Upset Recovery - EJ 11

1.
Nveis de Aprendizagem
Padronizao e Proficincia

FINALIDADE
Esta publicao tem por finalidade estabelecer o planejamento, os parmetros, os meios e
as normas para a realizao da instruo area na EJ, relativa ao Curso de Upset Recovery.

DEFINIES COMPLEMENTARES
Aluno - Designao do tripulante que cumpre as fases estabelecidas neste manual, inde-
pendente da qualificao anterior.
Exerccio - Termo aplicado na parte prtica do curso, para designar um ou mais procedi-
mentos operacionais e/ou manobras de pilotagem dentro de uma mesma misso da prtica
de voo.
Plano de Lies - Conjunto de exerccios e orientaes que compem uma determinada
misso de instruo.


ATRIBUIES E RESTRIES
Este manual referncia para a conduo da atividade de instruo de voo atribuda EJ.
O sucesso dessa tarefa, por sua vez, depende, primordialmente, do trabalho realizado pelo
instrutor de voo.
Cabe ao instrutor a responsabilidade maior de cumprir cada misso primando pelo exemplo,
calcado no mais alto grau de disciplina de voo, o que se dar pelo estrito cumprimento do
plano de lies estabelecidas neste manual.
A impossibilidade de cumprimento do preceito estabelecido no inciso anterior, por qualquer
motivo, dever ser comunicada, antes do voo, ao Coordenador do Curso.
Na eventualidade de algum exerccio, procedimento, demonstrao ou parmetro, previsto
na lio ou recomendado por autoridade competente, no ter sido cumprido, por qualquer
motivo, o fato dever ser relatado na respectiva ficha de voo, juntamente com as razes.

O instrutor no dever realizar, durante uma misso de instruo, qualquer exerccio, pro-
12 Manual Upset Recovery - EJ

cedimento, demonstrao ou aplicao de qualquer parmetro que no esteja previsto na


lio. Todavia, se um instrutor, com base na sua experincia, julgar que a realizao de um
procedimento no previsto ser de grande valia para o aprendizado do aluno, dever repor-
tar e justificar, na respectiva ficha de voo, a linha de ao tomada.
A cada misso realizada dever corresponder uma ficha de voo com os comentrios deta-
lhados dos exerccios verificados. A responsabilidade pelo preenchimento e fidelidade das
informaes na ficha de voo caber ao instrutor que realizou a misso duplo-comando.
Caber a todos os instrutores de voo da EJ a responsabilidade pela fiscalizao do fiel
cumprimento deste manual.

NVEIS DE APRENDIZAGEM NA INSTRUO AREA


Especificamente na instruo area prtica, so adotados o seguintes conceitos para o
ensino e avaliao dos exerccios, em crescentes nveis de aprendizagem:

Memorizao (M) - O aluno deve apresentar preparo intelectual, fsico e emocional. Co-
nhecimento terico completo. Reconhece os procedimentos ou manobras, sem precisar,
obrigatoriamente execut-las. Na prtica, o instrutor executa a manobra e o aluno acompa-
nhando-o a reconhece.

Compreenso (C) - O aluno demonstra completo conhecimento terico. Recebe orienta-


es e/ou explicaes sobre a prtica do exerccio. No est capacitado a realiz-los sem
auxlio. Na prtica, executa o exerccio com acompanhamento manual e verbal do instrutor.

Aplicao (A) - O aluno demonstra que adquiriu certa segurana e executa o exerccio
com pouco auxlio do instrutor, que intervm, verbalmente ou diretamente nos comandos,
somente com o objetivo de aperfeioar a manobra.

Execuo (E) O aluno deve executar o exerccio sozinho. So admitidos erros pequenos,
que devem ser interpretados e corrigidos pelo prprio aluno com a devida presteza. A inter-
veno do instrutor nos comandos no mais admitida como normal.

NVEIS DE PADRONIZAO E PROFICINCIA


A avaliao do Nvel de Padronizao (capacidade em cumprir corretamente todas as ro-
tinas operacionais) e Proficincia (capacidade em executar manobras com habilidade e
preciso) deve ser aferida em todos os voos, de acordo com os itens previstos na lio
realizada.
O objetivo destas avaliaes propiciar meios de acompanhar a evoluo do desempenho
do aluno durante o seu treinamento. Sendo assim, todas as manobras realizadas devero
receber um grau (perigoso, deficiente, satisfatrio, bom ou excelente), que ser lanado e
detalhado na Ficha de Avaliao de treinamento em voo, devidamente registrada no Flight
Center e arquivada na Pasta do Aluno.
Juntamente com o grau atribudo, o instrutor dever escrever, na Ficha de Avaliao, os co-
mentrios realizados durante o debriefing. Estes comentrios servem para um acompanha-
mento constante do desempenho do aluno, principalmente nos casos onde h recorrncia
do erro. A Ficha de Avaliao dever ser devidamente assinada pelo instrutor e pelo aluno.
importante salientar que graus baixos nos primeiros voos de uma fase podem ser consi-
derados normais. A constncia de graus baixos, no entanto, em itens relativos
Padronizao, no decorrer da instruo, denota baixo compromisso do aluno com o estudo.
J a constncia de graus baixos, em itens relativos Proficincia em executar determinadas
Manual Upset Recovery - EJ 13
manobras, podem denotar baixo potencial, pouca habilidade ou aptido insuficiente.
Os critrios para avaliar os nveis de Padronizao e Proficincia encontram-se na prxima
tabela.

ADAPTAO AERONAVE
A partir de 15 (quinze) dias sem realizar uma misso, o aluno dever realizar 01 (uma) mis-
so extra, sem avaliao de grau final, no mesmo perfil e nveis da ltima misso realizada.
A partir de 30 (trinta) dias sem realizar uma misso, o aluno dever realizar 02 (duas)
misses extras, sem avaliao de grau final, no mesmo perfil e nveis da ltima misso
realizada.

OBJETIVO DO CURSO
Preparar pilotos para executar manobras e ganhar confiana, atravs de um curso com mis-
ses areas, que devero torn-lo capaz de recuperar manobras mal sucedidas, gerando
incremento na habilidade motora e uma operao mais segura.

UPSET RECOVERY
Esta fase qualifica o piloto recuperao de manobras mal sucedidas, atravs do aprendi-
zado de manobras clssicas, as quais o deixam capacitado a efetu-las com proficincia.

MATRIAS DA PARTE TERICA


DESEMPENHO E LIMITAES HUMANAS
- ACELERAES
- DESORIENTAO

EXIGNCIAS PARA INSCRIO E MATRCULA


A matrcula o ato que assegura ao candidato a condio de iniciar o curso sem qualquer
impedimento, significando que o mesmo cumpriu todas as condies estabelecidas neste
manual.
A EJ oficializar a matrcula, por escrito, na prpria Ficha de Inscrio/Matrcula e atravs
de recibo de pagamento que a identifique, explicitando o referido ato e a que curso se des-
tina, ou por meio de um comunicado escrito, assinado pelo responsvel pela escola ou por
seu preposto.

PR-REQUISITOS
O solicitante deve ter CPD / CPR / PP / PC ou PLA.

APTIDO PSICOFSICA
O solicitante deve ter um Certificado Mdico de Piloto de Ultraleve (CMPU) vlido, confor-
me estabelecido na subparte G, do RBHA 103A, ou Certificado Mdico Aeronutico (CMA)
apropriado, emitido pela autoridade aeronutica.
14 Manual Upset Recovery - EJ

EXCLUSO DE CURSO
Diversas situaes podero levar a EJ a excluir o aluno do Curso de Upset Recovery:
No entrega de documentao obrigatria para a efetivao da matrcula no prazo estabe-
lecido;
Conduta desabonadora;
Cometimento de ato(s) doloso(s) que implique(m) quebra, destruio ou perda parcial ou to-
tal de bens imveis, equipamentos, instrumentos, ferramentas, que pertenam escola ou
que estejam sob a guarda desta, independentemente de efetuar pagamento de indenizao
pelos danos ou prejuzos causados;
Voo perigoso; e
No apresentao do rendimento mnimo previsto na prtica de voo, mesmo depois de
ter tido uma programao de voo especfica para corrigir suas deficincias; desistncia da
parte prtica do curso ou trancamento de matrcula por prazo superior a 03 (trs) meses
consecutivos.

DISPOSIES FINAIS
Os casos no previstos sero submetidos apreciao da Direo da EJ.
NVEL / GRAU 1 = PERIGOSO 2 = DEFICIENTE 3 = SATISFATRIO 4 = BOM 5 = EXCELENTE

MEMORIZAO (M)

Aluno deve apresentar preparo


intelectual, fsico e emocional. Preparo global adequado, porm, Bom preparo global, e boa capa- Completo preparo global e
Falhas no conhecimento terico e/
Conhecimento terico completo. apresenta dificuldade para visualizar cidade de assimilao. Visualiza entendimento do exerccio, o qual
ou falta de condies fsicas (e/
No aplicvel o exerccio. Ao final percebe as todas as caractersticas do exerccio executa sob orientao constante do
Reconhece os procedimentos ou ou emocionais) que impossibilitam
principais caractersticas ao acom- ao acompanhar a sua execuo instrutor, cometendo erros normais
manobras, sem precisar, obrigato- assimilar a instruo
panhar a sua execuo pelo INVA. pelo INVA. para experincias.
riamente execut-las. Na prtica o
INVA executa a manobra e o aluno,
acompanhando-o, a reconhece.

COMPREENSO (C)

Aluno demonstra completo


conhecimento terico. Recebe Comete erros continuamente e Inicialmente, no consegue Percebe bem as caractersticas do
Aps demonstrado, o aluno executa
orientaes e/ou explicaes sobre sem progresso, sendo incapaz de executar, mesmo com auxlio do exerccio. Realiza com o auxlio do
sozinho, com segurana. Erros nor-
a prtica do exerccio. No est No aplicvel realizar o exerccio, mesmo com INVA. Ao final ele executa sob INVA. Erros normais para sua expe-
mais para sua experincia. Observa-
acompanhamento verbal e/ou orientao, com erros normais para rincia. Alguns erros percebidos e
capacitado a realiz-los sem auxlio. es no sentido de aperfeioar.
manual do INVA. sua experincia. corrigidos, outros no.
Na prtica, executa o exerccio com
acompanhamento manual e verbal
do INVA.

APLICAO (A)
Interferncia do instrutor, em No consegue executar integral-
Inicialmente executa com alguns Inicialmente executa com pequenos
Aluno demonstra que adquiriu certa qualquer das circunstncias e por No consegue executar sem mente o exerccio sem orientao,
erros que nem sempre percebe erros, interpretados e corrigidos.
segurana e executa o exerccio qualquer meio, para evitar uma orientao do INVA. Comete erros comete erros pequenos e demora
e corrige, necessitando pouca Ao final executa bem com algumas
com pouco auxlio do INVA, que ao que comprometa a segurana que no percebe e no demonstra a reconhec-los. No final executa
orientao. Ao final pequenos erros, orientaes no sentido de aperfei-
intervm, verbalmente ou diretamen- de vo, mesmo aps as devidas progresso. sozinho, cometendo erros normais
interpretados e corrigidos. oar a ao.
te nos comandos, somente com o orientaes do INVA. para sua experincia.
objetivo de aperfeioar a manobra.

EXECUO (E)

Deve executar o exerccio sozinho.


So admitidos erros pequenos, que Inicialmente executa com pequenos
Houve interferncia do instrutor, em Inicialmente alguns erros que nem Aluno executa bem. Raramente
erros, interpretados e corrigidos.
devem ser interpretados e corrigidos qualquer circunstncia e por qual- Erros que no corrige exigindo sempre percebe e corrige. Pouca comete pequenos erros. aplicado
Ao final executa com algumas
quer meio, para evitar uma ao que constante orientao. orientao e ao final pequenos nos mnimos detalhes e seu padro
pelo prprio aluno com a devida orientaes no sentido de aperfei-
comprometa a segurana de voo. erros, interpretados e corrigidos. muito bom.
presteza. A interveno do INVA oar a ao
nos comandos no mais admitida
como normal.

Normas da atividade areas forem Quando o instruendo apresentar


Manual Upset Recovery - EJ

violadas sem razo; e sempre que erros, no atingindo o nvel de Quando o instruendo raramente
Quando o instruendo apresentar Quando o instruendo apresentar
houver interferncia do instrutor, em aprendizagem previsto na misso, comete erros, demonstrando bom
GRAU FINAL erros, atingindo, com treinamento, o erros, atingindo, com pouco treina-
qualquer circunstncia e por qual- especialmente nas de verificao; e domnio da aeronave atingindo com
nvel previsto na misso. mento, o nvel previsto.
quer meio, para evitar uma ao que sempre que o instruendo recebe um facilidade o nvel previsto.
15

comprometa a segurana de vo. grau 2 em qualquer item de voo.


16 Manual Upset Recovery - EJ
Composio do curso
Manual Upset Recovery - EJ 17

2
Plano de Lioes

ITENS DE AVALIAO 1 2 3 4 5 6

Inspees e cheques E E E E E E
Partida E E E E E E
Fraseologia E E E E E E
Rolagem E E E E E E
Decolagem E E E E E E
Sada do trfego E E E E E E
Subida E E E E E E
Nivelamento E E E E E E
Voo por referncias visuais E E E E E E
Desorientao Espacial M/C - - - - -
Curva de Grande Inclinao / Reverses M/C A E - - -
Estol na Reta / Curva / Alta M/C A E - - -
Chandelle M/C A E - - -
Oito Preguioso - - M C A E
Parafuso Normal - - - M/C A E
Recuperao de Atitudes Anormais - - - M/C A E
Trfego E E E E E E
Enquadramento da pista E E E E E E
Final E E E E E E
Pouso E E E E E E
Procedimentos aps pouso E E E E E E
Estacionamento E E E E E E
Corte do motor E E E E E E
Tipo de Voo DC DC DC DC DC DC
Nmero de pousos 01 01 01 01 01 01
Tempo de voo 0,6h 0,6h 0,7h 0,7h 0,7h 0,7h
18 Manual Upset Recovery - EJ

Fichas de LIes

Lio 01
Durao: 00:36 - Tipo: DC

N. Manobra Nveis
1 Inspees e cheques E
2 Partida E
3 Fraseologia E
4 Rolagem E
5 Decolagem E
6 Sada do trfego E
7 Subida E
8 Nivelamento E
9 Voo por referncias visuais E
10 Desorientao Espacial M/C
11 Curva de Grande Inclinao / Reverses M/C
12 Estol na Reta / Curva / Alta M/C
13 Chandelle M/C
14 Trfego E
15 Enquadramento da pista E
16 Final E
17 Pouso E
18 Procedimentos aps pouso E
19 Estacionamento E
20 Corte do motor E
21 Nmero de pousos 01
Manual Upset Recovery - EJ 19

Lio 02
Durao: 00:36 - Tipo: DC

N. Manobra Nveis
1 Inspees e cheques E
2 Partida E
3 Fraseologia E
4 Rolagem E
5 Decolagem E
6 Sada do trfego E
7 Subida E
8 Nivelamento E
9 Voo por referncias visuais E
10 Curva de Grande Inclinao / Reverses A
11 Estol na Reta / Curva / Alta A
12 Chandelle A
13 Trfego E
14 Enquadramento da pista E
15 Final E
16 Pouso E
17 Procedimentos aps pouso E
18 Estacionamento E
19 Corte do motor E
20 Nmero de pousos 01
20 Manual Upset Recovery - EJ

Lio 03
Durao: 00:42 - Tipo: DC

N. Manobra Nveis
1 Inspees e cheques E
2 Partida E
3 Fraseologia E
4 Rolagem E
5 Decolagem E
6 Sada do trfego E
7 Subida E
8 Nivelamento E
9 Voo por referncias visuais E
10 Curva de Grande Inclinao / Reverses E
11 Estol na Reta / Curva / Alta E
12 Chandelle E
13 Oito Preguioso M
14 Trfego E
15 Enquadramento da pista E
16 Final E
17 Pouso E
18 Procedimentos aps pouso E
19 Estacionamento E
20 Corte do motor E
21 Nmero de pousos 01
Manual Upset Recovery - EJ 21

Lio 04
Durao: 00:42 - Tipo: DC

N. Manobra Nveis
1 Inspees e cheques E
2 Partida E
3 Fraseologia E
4 Rolagem E
5 Decolagem E
6 Sada do trfego E
7 Subida E
8 Nivelamento E
9 Voo por referncias visuais E
10 Oito Preguioso C
11 Parafuso Normal M/C
12 Recuperao de Atitudes Anormais M/C
13 Trfego E
14 Enquadramento da pista E
15 Final E
16 Pouso E
17 Procedimentos aps pouso E
18 Estacionamento E
19 Corte do motor E
20 Nmero de pousos 01
22 Manual Upset Recovery - EJ

Lio 05
Durao: 00:42 - Tipo: DC

N. Manobra Nveis
1 Inspees e cheques E
2 Partida E
3 Fraseologia E
4 Rolagem E
5 Decolagem E
6 Sada do trfego E
7 Subida E
8 Nivelamento E
9 Voo por referncias visuais E
10 Oito Preguioso A
11 Parafuso Normal A
12 Recuperao de Atitudes Anormais A
13 Trfego E
14 Enquadramento da pista E
15 Final E
16 Pouso E
17 Procedimentos aps pouso E
18 Estacionamento E
19 Corte do motor E
20 Nmero de pousos 01
Manual Upset Recovery - EJ 23

Lio 06
Durao: 00:42 - Tipo: DC

N. Manobra Nveis
1 Inspees e cheques E
2 Partida E
3 Fraseologia E
4 Rolagem E
5 Decolagem E
6 Sada do trfego E
7 Subida E
8 Nivelamento E
9 Voo por referncias visuais E
10 Oito Preguioso E
11 Parafuso Normal E
12 Recuperao de Atitudes Anormais E
13 Trfego E
14 Enquadramento da pista E
15 Final E
16 Pouso E
17 Procedimentos aps pouso E
18 Estacionamento E
19 Corte do motor E
20 Nmero de pousos 01
24 Manual Upset Recovery - EJ
Composio do curso

3
Descrio das Manobras

FINALIDADE
Descrever as tcnicas e procedimentos executados nas Upset Recovery.
Executar com proficincia as Upset Recovery.

EXERCCIOS

1. PREPARAO PADRO
Potncia: 2300 RPM;
Mistura rica;
Cintos e suspensrios ajustados e travados.
Nada solto na nacele;
Cheque de rea.

2. MANOBRAS
Finalidade: ajudar o piloto a desenvolver e aperfeioar a tcnica de comandar o avio de
modo a obter o mximo rendimento do voo.
Altura mnima: 2500 ft AGL.

2.1 CURVA DE GRANDE INCLINAO


Neste tipo de curva, a inclinao deve ser de 60.
Realizar cheque de rea para o lado que for executar a manobra.
Usar a tcnica de voo por referncias visuais, ou seja, utilizar a posio do nariz em relao
ao horizonte como referncia principal, mantendo cheque cruzado com o altmetro e climb
e as demais referncias para conferncia.
A manuteno da altitude deve ser feita ajustando a arfagem e/ou a inclinao, de modo
suave e contnuo, conforme a necessidade da correo. De forma geral, para grandes varia-
es de atitude ou de razo de descida/subida, convm-se corrigir variando-se a inclinao
e mantendo-se a puxada. Para pequenos erros, variaes na puxada j bastam.
Manual Upset Recovery - EJ 25
Ao iniciar a curva, o aumento da inclinao diminui a componente vertical da sustentao e
causa a tendncia de perder altura.
Ao terminar a curva, a diminuio da inclinao aumenta a componente vertical da susten-
tao e causa a tendncia de ganhar altura.

REFERNCIA
Primria:
1. ngulo entre o nariz ou a parte superior do painel do avio e o horizonte.

EXECUO
1. Escolher uma referncia inicial;
2. Preparao padro;
3. Avio compensado;
4. Inclinar gradativamente at atingir 60, controlando a arfagem para no variar a altura;
5. Usar o compensador como necessrio;
6. Realizar 360 de curva com e sem reverses;
7. Com 1/3 da inclinao, desinclinar e terminar na proa inicial, ou seja, quando faltar 20
para se atingir a referncia inicial, deve-se desinclinar.

ERROS COMUNS
Iniciar o exerccio com o avio descompensado;
No contrariar as tendncias descritas para o incio e trmino das curvas;
Ganhar altura na entrada da curva em virtude de dosagem excessiva do comando de
arfagem;
Deixar de corrigir os erros de altitude enquanto eles so de pequenas propores;
Corrigir as variaes de altitude, usando comando do leme direcional;
Ao desfazer a curva, ganhar altura, por no aliviar a presso no comando do profundor,
medida que desinclina;
Impor correes de forma descontnua e abrupta.

2.2 OITO PREGUIOSO


uma manobra lenta, na qual a projeo do nariz descreve um oito no plano vertical.
Compreende variaes de 180 de proa e exige mudana contnua na arfagem e inclinao.
A continuidade o fator mais importante da manobra.
A rea dever ser clareada para o lado onde ser executado o exerccio, antes e durante
o mesmo.

EXECUO
1. Preparao Padro (cheque de rea para o lado que for curvar);
2. Avio compensado;
3. Escolher referncias a 90, para o lado em que far a curva e frente;
4. Picar o avio na reta at 100 kt e cabrar suavemente, de modo a passar com 105 kt na
atitude de voo nivelado;
5. Iniciar uma curva ascendente na direo da referncia;
6. Ato contnuo, aumentar gradativamente a arfagem e a inclinao, de modo que a proje-
o do traado do nariz no plano vertical descreva um arco ascendente, at os primeiros
45 de curva, quando ento atingir sua atitude mxima de arfagem (cabrada) com uma
inclinao de aproximadamente 45;
7. medida que o nariz sobe, a velocidade diminui, fazendo com que a razo de curva
aumente;
8. A partir deste ponto (primeiros 45), o arco descrito pelo nariz do avio ser descendente,
26 Manual Upset Recovery - EJ

em direo referncia de 90. Para tanto o piloto deve continuar a cabrar e inclinar o avio;
9. Cruzar o horizonte, na referncia de 90, com 90 de inclinao e 55 kt (neste momento,
procurar uma nova referncia a 90, para o lado da curva);
10. Quando o nariz passar pelo horizonte, iniciar uma desinclinao suave e coordenada,
fazendo uma curva descendente, de modo que a projeo do traado do nariz no plano
vertical descreva um arco descendente;
11. Com 135 de curva, o avio estar na atitude de maior picada;
12. Atingir os 180 de curva com as asas niveladas, 105 kt e na atitude de voo nivelado;
13. Ao se completar metade do oito, a referncia inicial estar na asa oposta. Continuar a
manobra, desta vez para o lado oposto, sempre buscando o mximo de continuidade;
14. Concluda a manobra, nivele o avio, retornando ao regime de 2300 RPM, caso no v
dar continuidade ao treinamento.
A inclinao e a arfagem devem variar durante toda a manobra de maneira contnua e su-
ave. Em consequncia, o nariz do avio percorrer o espao numa velocidade constante,
enquanto que as aceleraes e presses percebidas pelo piloto variam.
Nunca demais relembrar que, com as variaes de velocidade, a eficcia dos comandos
tambm varia, ou seja, para baixas velocidades h necessidade de maior amplitude de
comando e vice-versa.
Deve ser priorizada a continuidade da manobra, atingindo os parmetros de velocidade
naturalmente.

ERROS COMUNS
Falta de continuidade provocada por inadequada utilizao dos comandos;
Buscar as velocidades em detrimento da continuidade;
No passar com o nariz do avio nas referncias;
Adquirir referncias inadequadas no solo;
Aumentar ou diminuir bruscamente a carga G.

NOTA: Uma perna do Oito Preguioso chamada de Reversement. Por-


tanto, o Oito Preguioso constitudo de dois Reversement seguidos e em
sentidos opostos.
Manual Upset Recovery - EJ 27
2.3 RECUPERAO DE ATITUDES ANORMAIS
A Recuperao de Atitudes Anormais tem como objetivo que o piloto reconhea uma ati-
tude anormal e consiga recuperar o avio com segurana antes que o mesmo entre numa
situao crtica.
Altitude de incio: 4500 ft.

EXECUO
1. Preparao Padro;
2. O instrutor assumir a pilotagem e colocar a aeronave numa atitude anormal, partindo
de um Looping ou Tounneaux Barril, enquanto o aluno fecha os olhos;
3. A seguir, avisar ao aluno atravs da mensagem Est contigo, o mesmo responder
Est comigo, assumir os comandos e sair imediatamente da situao anormal.

2.3.1 RECUPERAO DE MERGULHO


A recuperao deve ser feita com rapidez e suavidade, sem atingir excessiva velocidade e
sem perder muita altura.
Reduzir todo o motor, nivelar as asas com o horizonte e puxar o manche para trs. Dar
ateno especial carga G e ao limite de velocidade.

2.3.2 RECUPERAO DE VOO VERTICAL


Em qualquer situao de recuperao de voo vertical, o motor dever ser levado, no mxi-
mo, 2300 RPM (ateno para no ultrapassar o limite de rotao do motor).
Caso a aeronave no esteja perfeitamente na vertical, girar para o lado da asa mais baixa
at ficar com uma inclinao de aproximadamente 90. Permitir que o nariz desa at o
horizonte e, ao cruz-lo, desinclinar suavemente, voltando atitude de voo nivelado. A uti-
lizao dos pedais mais efetiva que os demais comandos em funo da baixa velocidade
Estando a aeronave aproximadamente a 90 com o solo, o piloto dever puxar e inclinar a
aeronave de modo que o nariz cruze o horizonte com 90 de inclinao. Ao cruzar o hori-
zonte, continuar puxando o nariz e efetuar um giro de asa para o lado que melhor convier,
voltando atitude de voo nivelado.

ATENO: Uma puxada excessiva a velocidades baixas pode levar a ae-


ronave a uma situao de estol (estol de velocidade). Neste caso, deve-
-se aliviar a presso no manche, o suficiente para reduzir a trepidao da
aeronave e permitir que o nariz desa de modo a recuperar a velocidade.
O mesmo deve-se aplicar aos comandos de leme e de ailerons a fim de
prevenir uma possvel entrada em parafuso.

3. ESTOL COM MOTOR


Altura mnima: 2500 ft (4500 ft indicados).
Finalidade: Mostrar ao piloto as caractersticas e os sinais que o avio apresenta ao aproxi-
mar-se da velocidade de perda de sustentao (estol), alm de condicionar suas aes para
o caso da ocorrncia em situaes crticas.

EXECUO
1. Com o avio em voo nivelado e compensado, marcar um ponto de referncia para manter
28 Manual Upset Recovery - EJ

a reta;
2. Realizar a Preparao Padro;
3. Reduzir a potncia para 2000 RPM;
4. Manter a reta, observando a atitude de arfagem e as asas niveladas.
medida que o avio perde velocidade, torna-se necessrio um aumento gradativo de co-
mando de profundidade (manche para trs) para manter a atitude de arfagem estabelecida
inicialmente, e o uso do pedal direito a fim de contrariar o sopro da hlice do avio.
Os trs comandos perdem alguma ou toda a sua eficcia, medida que o avio se aproxima
do estol, na seguinte ordem: primeiro os ailerons, depois o profundor e, por fim, o leme
de direo.
5. Aos primeiros sinais de estol (pr-estol: trepidao caracterstica e amolecimento dos
comandos), iniciar a recuperao, comandando o manche a frente, continuamente, at que
o avio atinja a atitude de 10 picados, e simultaneamente levando a manete de potncia
frente, de modo suave e constante.
Esta ao conjunta restituir a sustentao perdida e far o avio sair da situao de estol,
porm ainda perdendo altura;
A tendncia normal do avio, durante o incio da recuperao, guinar esquerda. A reta
dever ser mantida com o uso do pedal direito at que os ailerons recuperem sua atuao,
com o aumento de velocidade.
6. Cabre o avio, aplicando uma presso contnua e suave no manche para retornar ao voo
nivelado, completando assim a recuperao;
7. Ao atingir 80 kt, reduzir para 2300 RPM.

ERROS COMUNS
Esquecer-se de checar a rea;
Aps cabrar o avio para 45 em relao ao horizonte, no observar os pontos de refern-
cia e as asas niveladas, perdendo a reta;
Aps cabrar o avio para 45, no manter esta atitude, cedendo ou puxando demais o
manche;
No usar o pedal direito para contrariar o efeito do sopro da hlice e perder a reta;
Recuperar o estol bruscamente e / ou levar a manete de potncia frente, com muita
rapidez;
No levar a manete de potncia frente, no incio da recuperao;
Estabelecer a atitude, olhando para o velocmetro, enquanto aguarda a velocidade, des-
cuidando da atitude do avio.

4. ESTOL SEM MOTOR


Altura mnima: 2500 ft AGL (4500ft indicados).
O Estol sem Motor tem como finalidade capacitar o piloto a reconhecer e evitar uma situ-
ao crtica (estol) durante uma aproximao para pouso, ocasio onde o mesmo reduz o
motor e baixa os flapes.
A recuperao deste exerccio ser realizada no pr-estol, assim como no estol com motor,
de forma que o aluno se habitue a perceber os sintomas com facilidade. O instrutor dever
ressaltar a importncia de, em caso de um arredondamento alto e demorado, arremeter,
momentos antes das indicaes de pr-estol (trepidao da aeronave e do manche).

EXECUO
1. Com o avio em voo nivelado e compensado, marcar um ponto de referncia para manter
a reta;
2. Realizar a Preparao Padro;
Manual Upset Recovery - EJ 29
3. Reduzir o motor para 1800 RPM;
4. Com 70 kt, reduzir toda a potncia, baixar 30 de flape e estabelecer planeio de 65 kt
(baixando o nariz da aeronave);
5. Perder, no mximo, 500 ft de altura at o incio da recuperao;
6. Nivelar (cap do motor no horizonte) e aguardar o pr-estol.
O estol se manifestar quando a atitude do avio for de, aproximadamente, 10 cabrados.
7. Nos primeiros sinais de estol (pr-estol), inicie a recuperao, da mesma forma que no
estol com motor (motor a pleno e 10 picados);
8. Ao atingir 55 kt, aplique uma presso contnua no manche, trazendo o avio para a ati-
tude de subida;
9. Ao cruzar 70 kt, recolher os flapes;
10. Manter subida com 70 kt, retornando altitude de incio da manobra. Nivelar ao atingir
11. Ao atingir 80 kt, reduzir para 2300 RPM.

ERROS COMUNS
Os mesmos do estol com motor, somados com os erros nos procedimentos de configura-
o do avio e arremetida;
Perder a reta ou variar a altura ao reduzir para 1800 RPM;
No estabilizar os 65 kt no planeio, variando a velocidade;
Descer mais de 500 ft;
Perder altura ou ganhar altura ao aguardar o estol;

5. PARAFUSO
Altura mnima: 2500 ft AGL (4500ft indicados).
Finalidade: capacitar o piloto a reconhecer, evitar e sair desta situao de descontrole em
voo, com o mnimo de perda de altura.
Sero treinados parafusos de apenas uma volta.

EXECUO
1. Com o avio em voo nivelado e compensado, marcar um ponto de referncia para manter
a reta;
2. Realizar a Preparao Padro;
3. Cabrar 20;
4. Reduzir totalmente a potncia;
5. Aguardar o pr-estol na reta e, ao atingi-lo, comandar simultaneamente o manche todo
para trs e o pedal todo a fundo, para o lado que desejar realizar o giro. Manter esta condi-
o at iniciar o descomandamento;
6. Ao completar uma volta (360 de giro), descomandar o parafuso, aplicando o pedal a
fundo contrrio ao do giro e, simultaneamente, levando o manche para neutro;
7. Ao parar o giro, centralizar os pedais e cabrar na reta, com as asas niveladas, recuperan-
do o avio suave e constantemente;
8. Quando o nariz cruzar o horizonte, levar a manete de potncia frente, estabelecendo a
atitude de subida;
9. Regressar altitude de incio da manobra;
10. Ao atingir 80 kt, reduzir para 2300 RPM.

Na entrada, o avio, na maioria das vezes, para em seguida baixar o nariz, atingindo rapi-
damente uma atitude picada de 45 a 60 abaixo do horizonte.
A velocidade de giro torna-se praticamente constante a partir da segunda volta.
Os ailerons devero permanecer na posio neutra durante toda a manobra. Caso sejam
30 Manual Upset Recovery - EJ

comandados para algum dos lados, podero acelerar o giro.


Deve-se ter o cuidado de centralizar os pedais logo aps parar o giro, de modo a evitar
entrada inadvertida em parafuso para o outro lado.

NOTA: Os ensaios de voo demonstram que:


A aeronave perde cerca de 1000 ft a cada volta;
Aps o piloto descomandar a manobra, o avio ainda executa de a
volta antes de sair do parafuso;

ERROS COMUNS
Escolher ponto de referncia inadequado;
Deixar a atitude diminuir por no aumentar o comando de profundor;
Comandar o parafuso ou com o avio completamente estolado ou antes do pr-estol;
No comandar manche e pedais em toda amplitude, na entrada do parafuso;
Comandar os ailerons ao trazer o manche todo para trs;
Na sada, tentar controlar a direo com o uso dos ailerons ou centralizar os pedais com
demora, aps parar o giro, possibilitando entrar novamente em parafuso, para o lado con-
trrio;
Recuperar bruscamente e/ou em curva e expor o avio a cargas excessivas de G;
Na recuperao levar o manche muito frente, alm da posio neutra, estabelecendo
uma atitude picada muito agressiva, provocando G menor que 1,0 ou negativo.

6. CHANDELLE
A chandelle uma curva de preciso com um ganho mximo de altitude. Destina-se a
desenvolver tanto a preciso e coordenao como aumentar a capacidade de orientao.
A prtica conscienciosa desta manobra aumentar a capacidade de controlar o avio ao
longo duma vasta gama de velocidades bem como a sequncia e o controle exigido num
voo de mximo rendimento. por si uma manobra que clareia a rea. Olhe na direo para
onde vai girar e verifique se est livre, antes de iniciar a manobra e durante a execuo.

EXECUO
Ajuste a potncia para 2300 RPM e inicie a manobra com uma curva descendo para ali-
nhar o avio com uma estrada ou qualquer outra referncia.
Quando a velocidade atingir 105 kt, atue simultaneamente nos comandos de leme de
direo, aileron e profundor de modo a iniciar uma curva subindo de mximo rendimento.
Permita que a inclinao continue a aumentar e que a linha descrita pelo nariz do avio
continue a subir a uma razo constante. O nariz deve descrever uma linha reta e oblqua
em relao ao horizonte.
O nariz do avio deve passar pelo horizonte entre 30 e 45 de curva com a mxima in-
clinao de 45. Verifique a razo de curva, olhando para referncias exteriores. Controle
a inclinao e a arfagem para que, quando o nariz passar pelo horizonte, a inclinao seja
de 45.
Neste ponto, a componente vertical da sustentao diminuir e ser necessrio um con-
sidervel aumento de presso no manche para que o nariz continue subindo a uma razo
constante.
Continue a verificar a razo de curva olhando para as referncias exteriores. Logo que
atinja 135 de curva comece a desfaz-la.
Permita que a linha descrita pelo nariz do avio continue a subir a uma razo constante.
Manual Upset Recovery - EJ 31
Assim como teve de aumentar a presso no comando de profundidade quando a inclinao
era mxima, ter agora necessidade de aliviar essa presso medida que for desinclinan-
do.
Aliviando essa presso evita-se que o nariz suba abruptamente na parte final da manobra.
Continue a manter a razo de curva constante atravs das referncias exteriores, antes de
atingir os 180 de curva.
O desfazer deve ser executado de forma que as asas estejam niveladas e o nariz no ponto
mais alto quando atingir os 180.
Mantenha por momentos, essa atitude. Verifique as referncias exteriores para manter a
reta. Agora baixe o nariz para a atitude de linha de voo. Verifique o altmetro e se no estiver
corretamente em linha de voo, faa as necessrias correes.
O nariz descrever uma linha reta, oblqua com o horizonte, desde o ponto mais baixo, no
incio da manobra, at o ponto mais alto nos 180 de curva.
A manobra dever ser feita de tal modo que no se tenha necessidade de baixar o nariz
para evitar o estol antes de nivelar as asas.
A velocidade ao trmino da chandele deve ser de 50 kt.
Esta manobra semelhante curva subindo de mximo rendimento exceto na obrigato-
riedade de girar um nmero exato de graus.

ERROS COMUNS
Deixar a razo de subida muito elevada. O avio estar prximo da velocidade de estol
antes de 180 de curva e a manobra dever ser interrompida.
Usar uma razo de subida pequena. Atinge-se primeiro o ponto a 180 e depois a altitude
mxima.
Pretender puxar rapidamente e inclinar devagar; puxar mais devagar e inclinar rapida-
mente.

NOTA: Deve-se realar que, ao iniciar a manobra, a razo de inclinao


mais rpida do que a razo de subida; h maior variao da inclinao
do que da arfagem durante a manobra. A inclinao aumentar at 45 e
voltar a 0.
32 Manual Upset Recovery - EJ

CONSIDERAES FINAIS

Alunos e Instrutores devero observar rigorosamente a altura mnima de 3000 ft AGL, para
incio das acrobacias e altura mnima de 1500 ft AGL na rea de Instruo ou na vertical do
aerdromo.

Antes de cada srie de manobras ou acrobacias, escolher uma boa referncia e preparar
o avio.

Caso seja ultrapassado o limite de carga de 5 G, o voo dever ser abortado.


Composio do curso
Manual Upset Recovery - EJ 33

4
Manual da Aeronave

1.1 - INTRODUO
Este manual de operao um resumo, baseado no manual original da Cessna, para fins
didticos da EJ Escola de Aeronutica Civil. Contm as informaes necessrias para uma
operao segura da aeronave Cessna A152 (Aerobat), porm, no se destina a substituir
uma instruo de voo adequada e competente, ou o conhecimento de diretrizes de aero-
navegabilidade aplicveis e os requisitos operacionais de trfego areo. No se constitui
tambm, num guia para instruo bsica de voo ou no manual de treinamento, s devendo
ser utilizado para fins de estudo para operao do C-A152.
Cabe ao piloto em comando determinar se a aeronave est em condies seguras para o
voo, alm de permanecer dentro dos limites operacionais estabelecidos de acordo com as
marcaes dos instrumentos, letreiros e com o manual do avio.
Embora este manual tenha sido disposto de forma a aumentar a sua utilidade em voo, o
mesmo no deve ser utilizado como referncia operacional para operao. O piloto deve
estud-lo integralmente antes do voo, para familiarizar-se com as limitaes, procedimentos
e caractersticas do avio.

1.2 - AERONAVE
O C-A152 uma aeronave monomotora, equipada com trem de pouso fixo, inteiramente
metlico, dispondo de acomodaes para dois ocupantes.

1.3 - MOTOR
a) Fabricante do Motor.............................................................................................Lycoming
b) Modelo do Motor............................................................................................... O-235-L2C
c) Potncia............................................................................................. 110 HP a 2550 RPM
d) Tipo do Motor............................ 4 Cilindros opostos horizontalmente, transmisso direta,
refrigerao a ar.
34 Manual Upset Recovery - EJ

1.4 HLICE
a) Nmero de Hlices..........................................................................................................01
b) Fabricante da Hlice............................................................McCauley Accessory Division
c) Modelo da Hlice......................................................................................1A103/TCM6958
d) Nmero de Ps...............................................................................................................02
e) Dimetro da Hlice..............................................Mx 69 polegadas - Mn 67,5 polegadas

1.5 COMBUSTVEL
a) Capacidade Total............................................................................. 98 Litros (26 U.S. Gal)
b) Capacidade de cada tanque........................................................... 49 Litros (13 U.S. Gal)
c) Combustvel utilizvel total........................................................... 94 Litros (24.5 U.S. Gal)
No-utilizvel........................................................................................ 4 Litros (1.5 U.S. Gal)
d) Octanagem...............................................................................100 LL (Azul) - 100 (Verde)

1.6 LEO
a) Capacidade Total.........................................................................6 U.S. Quarts (5.5 Litros)
b) Capacidade Total com Filtro........................................................7 U.S. Quarts (6.5 Litros)

1.7 PESOS MXIMOS


a) Peso Mximo de Rampa.................................................................. 760 Kgf. (1675 libras)
b) Peso Mximo (Decolagem/Pouso)................................................... 757 Kgf. (1670 libras)
c) Peso Mximo no bagageiro................................................................54,5 Kgf. (120 libras)

1.8 PESOS - PADRO


a) Peso Bsico Vazio.............................................................................515 Kgf. (1135 libras)
b) Carga til Mxima...............................................................................245 Kgf. (540 libras)

1.9 CARGAS ESPECFICAS


a) Carga Alar................................................................................................10.5 libras / sq. ft
b) Carga de Potncia..................................................................................... 15.2 libras / HP

1.10 SMBOLOS, ABREVIATURAS E TERMINOLOGIAS

1.10.1 Terminologia e Simbologia das Velocidades


Vc (Velocidade Calibrada): a velocidade calibrada, corrigida quanto aos erros de posi-
o e do instrumento. A velocidade calibrada igual a velocidade verdadeira na atmosfera
padro.

Ns Vc: a velocidade calibrada expressa em ns.

Vsolo: a velocidade do avio com relao ao solo.

Vi (Velocidade Indicada): a velocidade lida no instrumento, corrigida quanto ao erro de


instrumento.
Manual Upset Recovery - EJ 35
Ns Vi: a velocidade indicada expressa em ns

Va (Velocidade Verdadeira): a velocidade relativa a atmosfera calma, ou seja, a Vc


corrigida quanto a altitude, a temperatura e efeitos de compressibilidade.

VA (Velocidade de Manobra): a maior velocidade na qual a aplicao total dos controles


aerodinmicos disponveis no exceda a resistncia estrutural do avio.

VFE (Velocidade Mxima com Flap Estendido): a mxima velocidade na qual o avio
pode voar com flap estendido.
VNE (Velocidade que no deve ser excedida): o limite de velocidade que nunca deve
ser excedido.

VNO (Velocidade Mxima Estrutural de Cruzeiro): a velocidade que no deve ser ex-
cedida, a no ser em atmosfera calma e, mesmo assim, com cautela.

VR (Velocidade de Rotao): a velocidade na qual o piloto inicia a mudana de atitude


de arfagem do avio com inteno de decolar.

V50 (Velocidade 50ft de altura): a velocidade a ser atingida a 15m (50 ps) de altura
acima da pista e mantida na trajetria de voo na decolagem, enquanto livra os obstculos
existentes.

VSSO (Velocidade de sada do solo): a velocidade na qual o avio deixa de fazer con-
tato com a pista na decolagem.

VS (Velocidade de Estol): a mnima velocidade constante de voo na qual o avio


controlvel.

VSo (velocidade de Estol): a mnima velocidade constante de voo na qual o avio, em


configurao de pouso, ainda controlvel.

Vx (Velocidade de melhor ngulo de subida): a velocidade que possibilita o maior ga-


nho de altitude na menor distncia horizontal percorrida.

Vy (Velocidade de melhor razo de subida): a velocidade que possibilita o maior ganho


de altitude no menor intervalo de tempo.

Vref (Velocidade de cruzamento da cabeceira): a velocidade em que a aeronave deve


cruzar a cabeceira da pista a uma altura de 15m (50 ps) acima do solo na aterragem.

1.10.2 Terminologia Meteorolgica

ISA (Atmosfera Padro Internacional): Considera-se o ar um gs perfeito e seco. A tem-


peratura ao nvel do mar de 15C (59F), a presso ao nvel do mar 1013.2 hpa (29.92
Pol. Hg). O gradiente trmico do nvel do mar at a altitude na qual a temperatura -56.5C
(-69.7F) -0,00198C (-0,0035566F) por p acima dessa altitude.

TAE (Temperatura do Ar Externo): a temperatura do ar livre.


36 Manual Upset Recovery - EJ

Altitude-Presso Indicada: o valor numrico indicado por um altmetro, quando a sub-


-escala baromtrica tiver sido ajustada para 1013.2 hpa (29.92 Pol.Hg).

Altitude-Presso: a altitude em relao a presso padro ao nvel do mar 1013.2 hpa


(29.92 Pol.Hg) medida por um altmetro baromtrico. a altitude-presso indicada, corrigi-
da quanto a posio e erro de instrumento. Neste manual os erros do altmetro so consi-
derados nulos.

Presso na Estao: a presso atmosfrica real na altitude do campo.

Vento: As velocidades do vento apresentadas como variveis no grfico de desempenho


devem ser compreendidas como componentes de proa ou de cauda dos ventos relatados.

1.10.3 Terminologia de Regime de Potncia

Potncia de Decolagem: a potncia mxima permitida durante a decolagem.

Potncia de 55%, 65% e 75%: So porcentagens da potncia de decolagem que podem


ser utilizadas para operao da aeronave em voos de cruzeiro, de acordo com a tabela de
ajuste de potncia de cruzeiro.

Potncia Mxima Continua: a potncia mxima na qual o motor pode ser operado em
regime contnuo.

P.A. (Presso de Admisso ManifoldPressure): a presso da mistura ar-combustvel


medida antes da entrada nos cilindros.

EGT (ExhaustGasTemperature): Temperatura dos gases de escapamento.

1.10.4 Terminologia do Desempenho do Avio e do Planejamento de Voo

Gradiente de Subida: a razo entre a variao de altitude e a distncia horizontal percor-


rida durante um trecho da subida, no mesmo intervalo de tempo.

Velocidade de Vento Cruzado Demonstrada: a velocidade da componente do vento


cruzado para a qual se demonstra o controle adequado do avio durante a decolagem e
aterragem nos ensaios de homologao.
O valor demonstrado pode ser ou no limitante.

Distncia de acelerao e parada: a distncia requerida para acelerar um avio at


uma velocidade especificada e, supondo uma falha de motor nesta velocidade, parar com-
pletamente.

MEA: Altitude mnima para voo IFR.

Segmento de Rota: Parte de uma rota. Cada extremo dessa parte identificado por aci-
dente geogrfico ou por um ponto no qual um fixo rdio possa ser estabelecido.
Manual Upset Recovery - EJ 37
1.10.5 Terminologia de Peso e Balanceamento

Plano de Referncia: um plano vertical imaginrio, a partir do qual so medidas horizon-


tais para fins de balanceamento.

Estao: um local designado ao longo da fuselagem do avio, dado em termos de dis-


tncia em plano de referncia.

Brao: a distncia horizontal entre o plano de referncia e o C.G.

Momento: o peso de um item multiplicado pelo seu brao.

ndice: um nmero que representa o momento. obtido dividindo-se o momento por


uma constante e usado para simplificar os clculos de balanceamento pela reduo dos
nmeros de dgitos.

Centro de Gravidade (C.G.): um ponto sobre o qual um avio se equilibraria se suspen-


so. Sua distncia, a partir do plano de referncia, calculado dividindo-se o momento total
pelo peso do avio.

Brao do C.G.: o brao obtido pela adio dos momentos individuais do avio pela soma
do peso total.

Limites do C.G.: So as localizaes extremas do centro de gravidade, dentro da qual o


avio deve ser operado com dado peso.

Combustvel Utilizvel: o combustvel disponvel para o planejamento do voo.

Combustvel No-utilizvel: a maior quantidade de combustvel nos tanques, na qual


os primeiros sintomas de funcionamento irregular do motor, na condio mais adversa de
alimentao de combustvel.

Peso vazio Equipado: a soma dos pesos da estrutura, do grupo moto-propulsor, dos
instrumentos, dos sistemas bsicos da decorao interna e dos equipamentos opcionais
(se instalados).

Peso Vazio Bsico: a soma dos pesos da estrutura, do grupo moto-propulsor, dos ins-
trumentos, dos sistemas bsicos, da decorao interna e dos equipamentos opcionais (se
instalado).

Peso Bsico Vazio: a soma do Peso Vazio Equipado com os pesos do fluido hidrulico
total, leo total do motor e combustvel no utilizvel.

Peso de Operao: a soma do Peso Bsico Vazio com os pesos dos itens mveis que,
substancialmente no se alteram durante o voo. Estes itens incluem tripulantes, bagagem
do tripulante, equipamentos extras e de emergncia que possam ser utilizados.

Peso de Decolagem: o maior peso permitido para o incio da corrida de decolagem.

Peso Mximo de Rampa: o maior peso para manobras no solo (inclui o peso do combus-
tvel de partida, txi e aquecimento do motor).
38 Manual Upset Recovery - EJ

Peso de Aterragem: o peso de decolagem menos o peso do combustvel consumido


durante o voo.

Peso Mximo de Aterragem: o maior peso permitido para o tanque no solo durante a
aterragem.

Carga Paga: a carga transportada. Inclui passageiro, bagagem e /ou carga.

Carga til: a diferena entre o peso mximo de rampa, se aplicvel, ou o peso de deco-
lagem e o peso vazio bsico.

Carga Esttica Normal: a soma do peso Vazio Bsico com o peso do combustvel utili-
zvel.
Manual Upset Recovery - EJ 39

SEO 2 - LIMITAES

2.1 INTRODUO
A seo 2 inclui limitaes operacionais, marcaes nos instrumentos para uma operao
segura da aeronave, sistemas e equipamentos padres.

2.2 LIMITAES DE VELOCIDADE

Ns Vi Ns Vc
VNE= No exceda esta velocidade, em qualquer operao. 172 168
VNO= No exceda esta velocidade, exceto em ar calmo e,
125 122
mesmo assim, com cautela.
VA= Em velocidade superior a esta, no aplique deflexo total
106 108
ou brusca aos comandos
VFE = Velocidade Max. Com Flaps estendidos 85 87
Velocidade mx. com as janelas abertas. 149 145

NOTA: A VNO no deve ser excedida quando operando em ar turbulento.

2.3 MARCAES DO VELOCMETRO


Ns Vi
Arco Branco................................................................................................................35 a 85
Arco Verde................................................................................................................40 a 125
Arco Amarelo..........................................................................................................125 a 172
Linha Radial Vermelha.....................................................................................................172

2.4 LIMITAES DO GRUPO MOTO-PROPULSOR


a) Fabricante do Motor....................................................................................AvcoLycoming
b) Modelo do Motor..............................................................................................O-235-L2C
c) Limites Operacionais para Decolagem e Operao Contnua
- Potncia Mxima...................................................................................................... 110 HP
- Rotao Mxima.................................................................................................2550 RPM

NOTA: A mxima RPM com a aeronave parada, aquecimento do carburador


fechado e mistura corrigida para mxima RPM 2280 a 2380 RPM.
40 Manual Upset Recovery - EJ

d) Mxima Temperatura do leo..................................................................... 118C / 245F


e) Presso do leo
- Mnima.......................................................................................................................25 PSI
- Mxima.................................................................................................................... 115 PSI
f) Fabricante da Hlice..............................................................McCauleyAccessoryDivision
g) Modelo da Hlice..................................................................................1A103 / TCM6958
h) Dimetro da Hlice
- Mnima.....................................................................................................................67.5 pol
- Mxima.......................................................................................................................69 pol

2.5 MARCAES NOS INSTRUMENTOS DO GRUPO MOTO-PROPULSOR


a) Tacmetro
Arco Verde (Faixa de Operao Normal)
- Nvel Mdio do Mar.................................................................................1900 a 2350 RPM
- 4000 Ft....................................................................................................1900 a 2450 RPM
- 8000 Ft....................................................................................................1900 a 2550 RPM
Linha Vermelha (Limite Mximo)...........................................................................2550 RPM

b) Indicador de Temperatura do leo


Arco Verde (Faixa de Operao Normal)..........................................................100 a 245F
Linha Vermelha (Mximo)............................................................................................ 245F

c) Indicador de Presso do leo


Arco Verde (Faixa de Operao Normal).............................................................60 - 90 PSI
Linha Vermelha (Mnima)............................................................................................25 PSI
Linha Vermelha (Mxima)......................................................................................... 115 PSI

d) Suco................................................................................................... 4.5 a 5.4 Pol. Hg

2.6 LIMITES DE PESO


a) Peso Mximo de Rampa..................................................................... 760 Kgf. (1675 lbs)
b) Peso Mximo (Decolagem e Pouso)................................................... 757 Kgf. (1670 lbs)
c) Peso Mximo no Bagageiro................................................................. 54,5 Kgf. (120 lbs)

2.7 LIMITES DO CENTRO DE GRAVIDADE


a) Dianteiro:
31,0 pol. atrs do datum com 612 kg (1350 lbs) ou menos, com uma variao de 32,65 pol.
atrs do datum com 757 kg (1670 lbs).

b) Traseiro:
36,5 pol. atrs do datum com qualquer peso.

NOTA: Referncia para o datum: Parte dianteira da parede de fogo.


Manual Upset Recovery - EJ 41
2.8 LIMITES DE MANOBRAS
Esta aeronave certificada na categoria acrobtica. As seguintes manobras so permitidas:

Manobras:
Chandele..................................................................................................................... 105 Kt
Oito Preguioso........................................................................................................... 105 Kt
Curvas de Grande....................................................................................................... 100 Kt
Estol......................................................................................................Desacelerao lenta
Parafuso................................................................................................Desacelerao lenta
Looping.........................................................................................................................115 Kt
Oito Cubano................................................................................................................ 130 Kt
Immelmann.................................................................................................................. 130 Kt
Tun Lento...................................................................................................................115 Kt
Tun Barril....................................................................................................................115 Kt
Tun Rpido.................................................................................................................. 80 Kt
Vertical Reversement.................................................................................................... 80 Kt

2.9 FATORES DE CARGA EM VOO


a) Flaps Recolhidos............................................................................................. 6.0g / -3.0g
b) Flaps Estendidos........................................................................................................ 3.5g

2.10 TIPOS DE OPERAO


Esta aeronave equipada para voo VFR diurno e pode ser equipada para voo noturno VFR
e/ou IFR, se instalada a instrumentao necessria para este tipo de operao.

2.11 LIMITAES DE COMBUSTVEL


a) Capacidade total.................................................................................98.0 L (26 U.S. gal)
b) Capacidade de cada tanque...............................................................49.0 L (13 U.S. gal)
c) Combustvel utilizvel (Total)............................................................94.0 L (24.5 U.S. gal)
d) Combustvel no-utilizvel...................................................................4.0 L (1.5 U.S. gal)
e) Octanagem.............................................................................100 LL (Azul) e 100 (Verde)

2.12 OUTRAS LIMITAES


a) Limitaes de Flap
- Decolagem...............................................................................................................0a 10
- Pouso.......................................................................................................................0a 30
42 Manual Upset Recovery - EJ

SEO 3 - PROCEDIMENTOS DE EMERGNCIA

3.1 INTRODUO
Esta seo apresenta os procedimentos recomendados para enfrentar em condies satis-
fatrias os vrios tipos de emergncia e situaes crticas. So apresentados tambm todos
os procedimentos de emergncia conforme os requisitos de homologao aplicveis, assim
como aqueles necessrios operao da aeronave, em funo de suas caractersticas
operacionais e de projeto.
Os pilotos devem estar familiarizados com os procedimentos aqui descritos para tomar a
providncia adequada, caso ocorra uma situao de emergncia. A maioria dos procedi-
mentos bsicos de emergncia faz parte do treinamento dos pilotos. Os procedimentos aqui
descritos servem como fonte de estudo para o treinamento na EJ Escola de Aeronutica
Civil.

3.2 VELOCIDADES PARA OPERAO DE EMERGNCIA


a) Falha do Motor aps a decolagem .....................................................................60 ns Vi
b) Velocidade de Manobra (qualquer peso)..........................................................108 ns Vi
c) Planeio Mximo...................................................................................................60 ns Vi
d) Pouso de Emergncia com Motor.......................................................................55 ns Vi
e) Pouso de Emergncia sem Motor
Com flaps recolhidos...............................................................................................65 ns Vi
Com flaps estendidos (fullflap)................................................................................60 ns Vi

CHECKLIST OPERACIONAL

3.3 FALHAS DE MOTOR


a) Falha do motor durante a corrida de decolagem:
1. Potncia...............................................................................................................Reduzida
2. Freios.................................................................................................................. Aplicados
3. Flaps.................................................................................................................. Recolhidos
4. Mistura.................................................................................................................... Cortada
5. Chave de Ignio................................................................................................Desligada
6. Chave Master......................................................................................................Desligada

b) Falha do motor imediatamente aps a decolagem:


1. Velocidade............................................................................................................ 60 ns Vi
2. Mistura.................................................................................................................... Cortada
3. Seletora de combustvel........................................................................................Fechada
4. Chave de Ignio................................................................................................Desligada
5. Flaps........................................................................................................Como necessrio
6. Chave Master......................................................................................................Desligada

c) Falha do motor em voo:


1. Velocidade............................................................................................................ 60 ns Vi
2. Aquecimento do carburador..................................................................................... Aberto
3. Primer................................................................................................... Aplicado e Travado
4. Seletora de combustvel........................................................................................... Aberta
Manual Upset Recovery - EJ 43
5. Mistura..........................................................................................................................Rica
6. Chave de Ignio............................. Em ambos (ou start se a hlice no estiver girando)

3.4 POUSO FORADO


a) Pouso forado sem motor
1. Velocidade
- Flaps recolhidos..................................................................................................... 65 ns Vi
- Flaps estendidos.................................................................................................... 60 ns Vi
2. Mistura.................................................................................................................... Cortada
3. Seletora de combustvel........................................................................................Fechada
4. Chave de Ignio................................................................................................Desligada
5. Flaps...............................................................................................................................30
6. Chave Master......................................................................................................Desligada
7. Portas......................................................................................................................Abertas
8. Freios............................................................................................ Aplicados aps o toque

b) Pouso forado com motor


1. Velocidade............................................................................................................ 60 ns Vi
2. Flaps.............................................................................................................................. 20
3. Escolha do terreno.........Sobrevoar, observar obstculos e tipo de solo, estenda os flaps
quando estiver numa altitude e velocidade seguras.
4. Rdios e equipamentos eltricos...................................................................... Desligados
5. Flaps...............................................................................................................................30
6. Velocidade............................................................................................................ 55 ns Vi
7. Chave Master......................................................................................................Desligada
8. Portas......................................................................................................................Abertas
9. Chave de Ignio.......................................................................... Desligada aps o toque
10. Freios................................................................................................................ Aplicados

c) Pouso sobre a gua


1. Rdio........................Transmitir May Day na frequncia 121.5 MHz, fornecer localizao,
intenes e acionar Transponder 7700 (se instalado).
2. Objetos pesados e cortantes (no bagageiro)....................................Fixados ou Retirados
3. Aproximao
- Vento forte, mar turbulento............................................................................ Contra o vento
- Vento fraco, ondas grandes..................................................................... Paralelo s ondas
4. Flaps...............................................................................................................................30
5. Potncia........................................................Estabilizar 300 Ft/min descendo a 55 ns Vi
7. Portas......................................................................................................................Abertas
8. Aeronave...............Evacuar atravs das portas da cabine. Se necessrio, abrir janelas e
inundar a cabine para equalizar a presso para que as portas possam
ser abertas.
9. Coletes salva-vidas e botes................................................................................... Inflados

3.5 FOGO
a) Durante acionamento no solo.
1. Motor de partida..........Continue acionando para que a chama seja sugada para dentro
do motor
44 Manual Upset Recovery - EJ

Se o motor acionar:
2. Potncia.............................................................................................................1700 RPM
3. Motor...................................................................................................................... Cortado

Se o acionamento falhar:
4. Motor de partida..................................................................................Continue acionando
5. Extintor de incndio............................................................................................ Disponvel
6. Motor...................................................................................................................... Cortado
a) Chave Master......................................................................................................Desligada
b) Chave de Ignio................................................................................................Desligada
c) Seletora de combustvel........................................................................................Fechada
7. Fogo............................................................. Extinguido (com extintor, cobertor ou poeira)

b) Fogo no motor em voo


1. Mistura.................................................................................................................... Cortada
2. Seletora de combustvel........................................................................................Fechada
3. Chave Master......................................................................................................Desligada
4. Entrada de ar e aquecedor da cabine................................................................. Fechados
5. Velocidade............................................................................................................ 85 ns Vi
6. Pouso Forado......................................................................................................Executar

c) Fogo no sistema eltrico em voo


1. Bateria e alternador........................................................................................... Desligados
2. Interruptores...........................................................Desligados (Chave de Ignio Ligada)
3. Ventilaes/ Ar da cabine/Aquecimento.............................................................. Fechados
4. Extintor de incndio....................................................................................................Ativar

ATENO: Depois de extinto o fogo em uma cabine fechada, ventilar a cabine.


eferncia para o datum: Parte dianteira da parede de fogo.

Se o fogo surgir no lado de fora da cabine e o sistema eltrico for necessrio para a conti-
nuao do voo:
5. Chave Master........................................................................................................... Ligada
6. Disjuntores..................................................................................... Checados/ no resetar
7. Rdios/equipamentos eltricos.......................Ligar um a um at que o curto circuito seja
detectado
8. Ventilaes / Ar da cabine/Aquecimento...........Abertos aps verificar a extino do fogo.

d) Fogo na cabine
1. Chave Master......................................................................................................Desligada
2. Ventilaes/Entradas de ar/Aquecimento........................................................... Fechados
3. Extintor de incndio....................................................................................................Ativar

ATENO: Depois de extinto o fogo em uma cabine fechada, ventilar a cabine.

4. Pouse a aeronave assim que possvel para inspecionar se houve danificao.


Manual Upset Recovery - EJ 45
e) Fogo na asa
1. Luz de navegao...............................................................................................Desligada
2. Luz estroboscpica (se instalada).......................................................................Desligada
3. Aquecimento do tubo de pitot (se instalado).......................................................Desligado

NOTA: Provoque uma derrapagem de forma que o fogo fique o mais afastado
possvel do tanque de combustvel e da cabine, e pouse assim que possvel
com flaps recolhidos.

PROCEDIMENTOS DE EMERGNCIA AMPLIADOS

3.7 FALHA DO MOTOR


Se ocorrer falha durante a corrida de decolagem, o mais importante a se fazer parar a
aeronave sobre a pista. Aqueles itens restantes do checklist fornecem uma segurana ex-
tra depois de uma falha desse tipo. Caso ocorra uma parada do motor aps a decolagem
deve-se baixar o nariz da aeronave, manter a velocidade e estabilizar uma atitude de des-
cida. Na maioria dos casos, o pouso deve ser realizado em frente, com apenas pequenas
mudanas na direo. Altitude e velocidade so raramente suficientes para executar 180
curvando e descendo para retornar a pista. Os procedimentos do checklist supem que
existe um tempo adequado para ajustar a seletora de combustvel e a chave de ignies
antes do toque. Aps a falha de motor em voo, a velocidade de melhor razo de descida (60
ns Vi) deve ser estabelecida o mais rpido possvel. Quando aproximando para um terreno
apropriado, um esforo deve ser feito para identificar a causa da falha. Se houver tempo,
deve-se tentar reacionar conforme o checklist, caso negativo o reacionamento, um pouso
forado sem potncia dever ser realizado.

3.8 POUSO FORADO


Se todas as tentativas para reacionar o motor falharem e um pouso forado seja iminente,
selecione um campo adequado e prepare para pousar de acordo com o checklist de Pouso
de Emergncia sem Potncia. Antes de tentar realizar um pouso forado com potncia fora
de aerdromo deve-se sobrevoar o terreno para analisar a superfcie e obstculos, proce-
dendo de acordo com m checklist de Pouso Forado com Motor.
Preparar para impacto retirando objetos pesados que estiverem no bagageiro bem como
materiais cortantes. Transmitir mensagem de Mayday na frequncia 121,5 MHz dando loca-
lizao e intenes, e acione 7700 no transponder, se instalado. No caso de pouso sobre a
gua evite quebrar o planeio no pouso pela dificuldade de julgar a altura sobre a superfcie.

3.9 POUSO SEM ATUAO DO PROFUNDOR


Com compensador na posio de voo horizontal, uma velocidade de aproximadamente
55 ns Vi e flaps posicionados em 20, usar potncia e o compensador do estabilizador.
Aps essas tomadas, no mude a posio do compensador e controle a razo de descida
somente pela potncia.
A reduo da potncia antes do toque far com que a aeronave tome uma atitude descen-
dente e bata a roda do trem do nariz. Conseqentemente, no momento de reduo da
potncia deve-se ajustar o compensador para a posio totalmente cabrada e potncia
ajustada de forma que a aeronave toque no solo numa atitude horizontal. Reduza comple-
46 Manual Upset Recovery - EJ

tamente a potncia assim que tocar o solo.

3.10 FOGO
Mesmo que o fogo no motor seja extremamente raro em voo, deve-se seguir os passos do
checklist apropriado quando ocorrer. Aps executar as aes previstas no checklist, efetuar
um pouso forado. No tente reacionar o motor.
O indicador inicial de fogo normalmente o cheiro de fio eltrico queimado. O checklist para
este problema deve resultar na eliminao do fogo.

3.11 VOO EM CONDIO DE FORMAO DE GELO


Voar em condio de formao de gelo proibido. Um encontro inevitvel com este tipo de
condio pode ser mais bem administrado seguindo os procedimentos do checklist adequa-
do. O melhor procedimento, claro, retornar ou mudar para uma atitude que no ocorra
esse tipo de condio meteorolgica.

3.12 PARAFUSO
Caso ocorra essa situao inadvertidamente, os procedimentos abaixo devem ser segui-
dos:
1. Posicione aileron em neutro
2. Reduza toda a potncia
3. Aplique pedal contrrio ao da rotao
4. Pique o manche o suficiente para sair do estol
5. Mantenha esses comandos at que a rotao pare
6. Assim que a rotao parar, neutralize os comandos e comece a cabrar para nivelar.

NOTA: Se uma desorientao ocorrer em relao direo em que a aeronave


est girando, o indicador de curvas deve ser usado para obter essa informao.

3.13 OPERAO SPERA DO MOTOR OU BAIXA POTNCIA


a) Gelo no Carburador
Uma queda na RPM e eventual aspereza no motor podem ser resultadas de uma formao
de gelo no carburador. Para eliminar o gelo, aplique toda potncia e abra o ar quente do car-
burador at que o motor funcione sem a aspereza; ento feche o ar quente do carburador e
reajuste a potncia. Se as condies exigirem o uso do aquecimento do carburador durante
mais tempo em voo de cruzeiro, use o mnimo que puder para prevenir a formao de gelo
e recue a mistura para um funcionamento mais liso do motor.

b) Vela Suja
Uma ligeira aspereza no funcionamento do motor em voo pode ser a causa de uma ou mais
velas sujas por resduo de chumbo. Esta situao deve ser verificada girando a chave de ig-
nio de ambos para direita (R) e aps, esquerdo (L). Uma queda considervel na potncia
indica sujeira na(s) vela(s) ou problema no magneto. Supondo que sujeira na(s) vela(s) a
causa mais provvel, recue um pouco a mistura para o recomendado para voo de cruzeiro.
Se o problema no resolver em alguns minutos, verifique se a mistura rica fornece uma
Manual Upset Recovery - EJ 47
operao mais suave do motor. Caso no resolva o problema, proceda ao aeroporto mais
prximo para reparos usando a chave de ignio na posio ambos, a menos que seja de-
tectada uma extrema aspereza quando utilizando uma nica posio da ignio.

c) Falha de Magneto
Uma freqente aspereza e falha do motor so normalmente evidncias de problemas com
magneto. Mude a chave de ignio da posio ambos para esquerdo (L) ou direito (R) e
identifique qual magneto que est funcionando deficientemente. Aplique diferentes ajustes
de potncia e ajuste a mistura para rica para determinar se possvel, selecione a chave de
ignio na posio do magneto bom e proceda para o aerdromo mais prximo para reparo.

d) Baixa Presso do leo


Se a baixa presso de leo acompanhada de uma temperatura normal do leo, existe a
possibilidade da calibragem da presso do leo ou a vlvula de alvio no estar funcionando
corretamente. Um vazamento na linha no necessariamente motivo para um pouso for-
ado porque um orifcio nessa linha ir prevenir uma repentina perda de leo do depsito
do motor.
De qualquer forma, recomendvel pouso no aerdromo mais prximo para verificaes.
Uma perda total da presso do leo acompanhada de um aumento da temperatura do mes-
mo uma boa razo para suspeitar que uma falha do motor seja iminente. Reduza a potn-
cia imediatamente e escolha um campo adequado para um pouso forado. Use o mnimo
possvel de potncia, apenas o necessrio para chegar ao local desejado.

3.14 FALHA NO SISTEMA ELTRICO


Uma falha no sistema eltrico pode ser detectada atravs de um monitoramento peridico
do ampermetro e da luz de alerta de baixa voltagem; entretanto, a causa dessa a falha
normalmente difcil de determinar. Um rompimento na correia do alternador ou na fiao
a causa mais comum para a falha do alternador, embora outros fatores possam causar
essa mesma falha. Uma danificao ou um imprprio ajuste da unidade de controle do
alternador tambm podem gerar falhas no sistema. Problemas dessa natureza constituem
uma emergncia eltrica e deve ser trabalhada imediatamente. Falha no sistema eltrico
normalmente excesso de carga ou carga insuficiente. Os itens seguintes descrevem o
recomendado para cada situao.

a) Excesso de Carga
Aps o acionamento do motor e a forte atuao do sistema eltrico a baixas RPMs (bem
como durante o txi) a bateria estar com carga baixa o suficiente para aceitar uma recarga
acima do normal durante a fase inicial do voo. Entretanto, aps trinta minutos de voo de cru-
zeiro, o ampermetro deve indicar carga menor que duas vezes a largura da agulha. Caso a
indicao seja maior que essa durante um tempo longo de voo em cruzeiro, a bateria dever
superaquecer e liberar eletrlitos numa razo excessiva.
Componentes eletrnicos no sistema eltrico podem ser adversamente afetados pela vol-
tagem maior que o normal. A unidade de controle do alternador inclui um sensor de super-
voltagem o qual dever automaticamente desligar o alternador se a voltagem chegar 31.5
volts. Se o sensor de supervoltagem falhar ou for ajustado de maneira incorreta, como
evidenciado pela carga excessiva indicada pelo ampermetro, o alternador deve ser desli-
gado, o disjuntor do alternador puxado, equipamentos eltricos no necessrios desligados
e pousar assim que possvel.
48 Manual Upset Recovery - EJ

b) Carga Insuficiente
OBS.: A luz de baixa voltagem ligada e o ampermetro indicando carga negativa, so situa-
es que podem ocorrer durante baixa RPM com sua carga eltrica do sistema, bem como
durante o txi com baixa RPM. A luz de alerta de baixa voltagem deve apagar assim que
a RPM aumentada. O interruptor da bateria e do alternador no necessita ser desligado
desde que uma condio da supertenso no tenha ocorrido para desativar o sistema do
alternador.

Se o sensor de supervoltagem desligar o alternador, ou se o disjuntor do alternador desco-


nectar, uma descarga ser indicada pelo ampermetro seguido da luz de alarme de baixa
voltagem. Desde que seja um problema desconectar, uma tentativa deve ser feita para
tentar reativar o sistema do alternador. Para fazer isso, desligue os rdios, cheque se o
disjuntor do alternador est conectado, desligue bateria e alternador (Master Switch) e ligue
novamente.
Se o problema for extinto, o alternador carregar normalmente e a luz de alarme de baixa
voltagem apagar. Os rdios podero ser ligados novamente. Se a luz acender novamente,
uma falha confirmada. Neste caso pouse o mais rpido possvel porque a bateria pode
alimentar o sistema eltrico por apenas um determinado perodo de tempo. Se ocorrer este
tipo de falha a noite, energia deve ser considerada para mais tarde usar no farol de pouso
e flaps durante o pouso.
Manual Upset Recovery - EJ 49

SEO 4 - PROCEDIMENTOS NORMAIS

4.1 VELOCIDADES PARA OPERAO NORMAL


As velocidades a seguir so baseadas no peso Mximo de 1670 libras e podem ser usadas
para qualquer peso menor.
Decolagem:
Normal (flaps recolhidos)....................................................................................65-70 ns Vi
Curta, flaps 10, velocidade a 50 ft.......................................................................... 54 ns Vi
Subida, flaps up:
Normal.................................................................................................................70-80 ns Vi
Melhor razo de subida, NMM................................................................................. 67 ns Vi
Melhor razo de subida, 10000ft.............................................................................. 61 ns Vi
Melhor ngulo de subida, NMM - 10000ft................................................................ 55 ns Vi
Aproximao para pouso:
Aproximao normal, flaps up.............................................................................60-70 ns Vi
Aproximao normal, flap 30.............................................................................55-65 ns Vi
Pouso curto, flap 30................................................................................................ 54 ns Vi
Arremetida no ar:
Potncia total, flap 20............................................................................................. 55 ns Vi
Velocidade mxima recomendada para penetrao em ar turbulento:
1670 lbs..................................................................................................................108 ns Vi

Velocidade mxima com vento cruzado................................................................... 12 ns Vi

4.2 INSPEO PR-VOO


a) Cabine
1. Documentao da aeronave...................................................................................A bordo
2. Combustvel..........................................................................................................Checado
3. leo.......................................................................................................................Checado

NOTA: No operar com menos de 4 quarts (3,7 litros). Use 6 quarts (5,5) para
voos longos.

4. Extintor............................................................................................................... Disponvel
5. Trava de comandos.............................................................................................Removida
6. Magnetos........................................................................................................... Desligados
7. Luzes................................................................................................................. Desligadas
8. Ar quente...............................................................................................................Fechado
9. Compensador........................................................................................................... Neutro
10. Potncia.............................................................................................................Reduzida
11. Mistura.................................................................................................................. Cortada
12. Bateria.................................................................................................................... Ligada
13. Flaps................................................................................................................ Estendidos
14. Bateria...............................................................................................................Desligada
15. Seletora de Combustvel........................................................................................ Aberta
16. Instrumentos......................................................................................................Checados
50 Manual Upset Recovery - EJ

b) Cabine
1. Fuselagem esquerda.............................................................................................Checada
2. Antenas...............................................................................................................Checadas

c) Empenagem
1. Estabilizador vertical e horizontal........................................................................Checados
2. Luzes...................................................................................................................Checadas
3. Leme, profundor e compensador........................................................................Checados

d) Fuselagem Direita
1. Fuselagem............................................................................................................ Checada

e) Asa direita
1. Flap.......................................................................................................................Checado
2. Aileron...................................................................................................................Checado
3. Ponta da asa.........................................................................................................Checada
4. Bordo de ataque....................................................................................................Checado
5. Montante...............................................................................................................Checado
6. Raiz de asa...........................................................................................................Checada

f) Trem de pouso direito


1. Estrutura................................................................................................................Checada
2. Freios................................................................................................................. Checados
3. Pneu / Roda........................................................................................................Checados

g) Nariz
1. Hlice e spinner...................................................................................................Checados
2. Correia do alternador............................................................................................Checada
3. Entrada de ar............................................................................................................... Livre
4. Trem de pouso......................................................................................................Checado
5. Farol de pouso......................................................................................................Checado
6. Tomada esttica.............................................................................................Desobstruda

h) Asa esquerda
1. Raiz da asa...........................................................................................................Checada
2. Montante...............................................................................................................Checado
3. Bordo de ataque....................................................................................................Checado
4. Tubo de pitot...................................................................................................Desobstrudo
5. Alarme de Estol..............................................................................................Desobstrudo
6. Suspiro do tanque..........................................................................................Desobstrudo
7. Ponta da asa.........................................................................................................Checada
8. Aileron...................................................................................................................Checado
9. Flap.......................................................................................................................Checado

i) Trem de pouso esquerdo


1. Estrutura................................................................................................................Checada
2. Freio......................................................................................................................Checado
3. Pneu/roda............................................................................................................Checados

j) Inspeo final
1. Combustvel.......................................................................................................... Drenado
Manual Upset Recovery - EJ 51
2. Garfo...................................................................................................................Removido
3. Calos...............................................................................................................Removidos

4.3 ANTES DO ACIONAMENTO


1. Inspeo pr-voo..................................................................................................Completa
2. Assentos e cintos.............................................................................Ajustados e passados
3. Comandos de Voo...................................................................... Livres e correspondentes
4. Bateria...................................................................................................................... Ligada
5. Rdios............................................................................................................... Desligados
6. Seletora.................................................................................................................... Aberta

4.4 ACIONAMENTO
1. Freios.................................................................................................................. Aplicados
2. Mistura..........................................................................................................................Rica
3. Potncia............................................................................................................ Aplicada
4. Manete de potncia.............................................................................................. Aberta
5. Luz Anti-coliso........................................................................................................ Ligada
6. rea da Hlice............................................................................................................. Livre
7. Magnetos................................................................................................................ Ligados

4.5 APS O ACIONAMENTO


1. Potncia.............................................................................................................1000 RPM
2. Alternador................................................................................................................. Ligado
3. Instrumentos do motor........................................................................................Checados
4. Rdios e transponder.............................................................................................Setados
5. Flaps............................................................................................Setados para decolagem

4.6 TXI
1. Freios / pedais.....................................................................................................Checados
2. Bssola / indicador de curvas.............................................................................Checados

4.7 ANTES DA DECOLAGEM


1. Mistura..............................................................................Rica (Corrigir acima de 3.000 ft)
2. Magnetos.............................Checados (queda mx. 125 RPM em cada magneto ou uma
diferena de 50 RPM entre eles)
3. Ampermetro..........................................................................................................Checado
4. Instrumentos de motor........................................................................................Checados
5. Marcha lenta..........................................................................................................Checada
6. Instrumentos de voo............................................................................................Checados
7. Briefing de decolagem...........................................................................................Executar
8. Briefing de emergncia.........................................................................................Executar

4.8 PRONTO PARA DECOLAGEM


1. Luzes de pouso...................................................................................................... Ligadas
2. Transponder..................................................................................................................ALT
3. Bssola..................................................................................................................Checada
52 Manual Upset Recovery - EJ

4.9 APS A DECOLAGEM


1. Flaps.................................................................................................................. Recolhidos
2. Luzes de pouso...................................................................................................Desligada
3. Instrumentos do motor........................................................................................Checados

4.10 CRUZEIRO
1. Potncia................................................................................................................Ajustada
2. Mistura.................................................................................................................. Ajustada
3. Instrumentos do motor........................................................................................Checados

4.11 DESCIDA / APROXIMAO


1. Briefing de aproximao........................................................................................Executar
2. Altmetro................................................................................................................Ajustado
3. Mistura..........................................................................................................................Rica

4.12 POUSO
1. Luzes de pouso...................................................................................................... Ligadas
2. Mistura..........................................................................................................................Rica
3. Flaps.................................................................................................................. Recolhidos

4.13 APS O POUSO


1. Transponder........................................................................................................Desligado
2. Flaps.................................................................................................................. Recolhidos
3. Luzes de pouso................................................................................................. Desligadas

4.14 CORTE DO MOTOR


1. Freios.................................................................................................................. Aplicados
2. Potncia............................................................................................................1.000 RPM
3. Rdios............................................................................................................... Desligados
4. Mistura.................................................................................................................... Cortada
5. Luz Anticoliso....................................................................................................Desligada
6. Magnetos........................................................................................................... Desligados
7. Chave Master......................................................................................................Desligada
Manual Upset Recovery - EJ 53
PROCEDIMENTOS NORMAIS AMPLIADOS

4.15 ACIONAMENTO
Durante o acionamento do motor, avanar a manete de potncia aproximadamente do
percurso. Quando a temperatura ambiente for amena, uma vez curso do primer sufi-
ciente, porm em dias muito frios, ser necessrio 3 vezes o curso do mesmo. Assim que
o motor acionar ajustar lentamente o manete de potncia para 1.000 RPM ou menos. Se o
motor ainda estiver quente devido operao anterior, o acionamento deve ser feito sem
aplicao de primer ou avano do manete de potncia.
Acionamento com chamas intermitentes seguidas de fumaa escura indica muita aplicao
de primer ou excesso de combustvel. O excesso de combustvel pode ser eliminado pelas
cmaras de combusto seguindo os seguintes passos: reduza completamente as manetes
de mistura e potncia, e gire a chave de ignio. Repita o processo de acionamento sem
aplicao do Primer. No caso de dias muito frios uma aplicao adicional de Primer ser
necessria.
Aps o acionamento, deve haver uma indicao da presso do leo em 30 segundos. E em
torno de 60 segundos em dias frios, caso no tenha indicao corte o motor e investigue a
causa. Falta de presso de leo pode causar srios danos ao motor. Aps o acionamento,
evitar o uso do aquecimento do carburador a menos que exista uma condio de formao
de gelo.

4.16 TXI
Durante o txi, importante que a velocidade e o uso de freios sejam mnimos e que todos
os comandos sejam utilizados para manter o controle direcional da aeronave. O aquecimen-
to do carburador deve ser aberto somente se extremamente necessrio. Quando aberto o
ar que entra para o motor no filtrado.

4.17 ANTES DA DECOLAGEM


a) Aquecimento
A maior parte do aquecimento ser feita durante o txi, e o restante do aquecimento antes
da decolagem deve estar restrito ao checklist de procedimentos normais. Precaues de-
vem ser tomadas para que no haja um superaquecimento no solo.

b) Cheque de magnetos
O cheque de magnetos deve ser feito a 1.700 RPM. Mover a chave de ignio primeiro para
a posio R (direito) e verificar a queda da RPM. Aps, mover a chave para a posio L
(esquerdo), verificar a queda de RPM e retornar para a posio AMBOS. A queda de RPM
no pode exceder a 125 RPM para cada magneto e a diferena entre eles deve ser de, no
mximo, 50 RPM. Se houver alguma dvida sobre o funcionamento do sistema de ignio
um cheque de RPM em uma rotao elevada confirmar se a deficincia existe.

c) Cheque de alternador
Uma verificao positiva pode ser feita carregando o sistema eltrico momentaneamente
(3 a 5 segundos) com o farol de pouso, ou pela operao de flaps quando a 1700 RPM. O
ampermetro indicar uma carga positiva em relao a inicial caso o alternador e a unidade
de controle do alternador esteja operando normalmente.
54 Manual Upset Recovery - EJ

4.18 DECOLAGEM
a) Cheque de potncia
importante checar toda a potncia do motor no incio da corrida da decolagem. Qualquer
sinal de operao spera do motor ou acelerao muito lenta uma boa razo para abortar
a decolagem.
Caso isso ocorra, antes de iniciar uma nova decolagem, teste com o avio parado toda a
potncia, o motor deve avanar suavemente at aproximadamente 2280 / 2380 RPM com
o aquecimento do carburador fechado e mistura ajustada para mxima RPM. Aplicar toda
potncia sobre superfcies com cascalho prejudicial para as pontas das hlices. Portanto
quando tiver que decolar sobre superfcies com esta, muito importante que a potncia seja
aplicada suavemente. Isto permite a aeronave comear a rodar antes que seja desenvolvida
uma RPM alta, e assim o cascalho soprado para trs da rea da hlice.
Para decolagens acima de 3.000 Ft de elevao, a mistura deve ser corrigida para que seja
obtida mxima RPM com manete todo frente e o avio parado. Aps aplicar toda a potn-
cia, travar o manete para que no saia da posio de potncia mxima.

b) Ajuste dos flaps


Decolagens normais so realizadas com posio de 0 a 10. Usando 10 de flap, 10% da
distancia total sobre um obstculo reduzida. Deflexes de flaps maiores que 10 no so
recomendadas para a decolagem. Se 10 de flap forem usados para a decolagem, eles
devem ser recolhidos at que todos os obstculos sejam passados e a velocidade de 60
ns Vi alcanada.
Em pista curta, deve-se utilizar 10 de flap para decolagem e uma velocidade de subida
de 54 ns Vi. Esta velocidade fornece uma melhor razo de subida para livrar obstculos.
Independente do tipo de pista as decolagens so realizadas com flap na posio de 10
para retirar a aeronave do solo assim que possvel com a cauda ligeiramente baixa. Se no
houver obstculos frente, a aeronave deve ser elevada a altitude de acelerao o mais
rpido possvel

c) Decolagem com vento cruzado


Decolagens com vento cruzado forte normalmente so realizadas com mnimo grau de
flap exigido pelo comprimento de pista, assim minimizando o ngulo de subida aps rodar
a aeronave. Com aileron parcialmente baixado para o lado do vento, a fim de corrigi-lo,
a aeronave adquire uma velocidade ligeiramente maior que a normal e deve-se rodar a
aeronave com cuidado. Quando j fora do solo, faa uma correo do vento de forma que
mantenha a trajetria.

4.19 SUBIDA EM CRUZEIRO


Subidas normais so realizadas com flaps recolhidos, toda potncia aplicada e velocidades
de 5 a 10 ns Vi a mais que a velocidade de melhor razo de subida, para haver uma melhor
coordenao entre performance, visibilidade e refrigerao do motor. A mistura deve estar
rica abaixo de 3.000 Ft e, corrigida acima de 3.000 Ft.

4.20 CRUZEIRO
A operao normal de voo em cruzeiro realizada com 55% a 75% da potncia. A veloci-
dade verdadeira (Va) e o consumo de combustvel vo depender do nvel de voo em que o
voo ser realizado, ou seja, quando maior o nvel de voo maior a Va e menor o consumo.
recomendado que a mistura seja corrigida at que seja percebido um pico e em seguida
Manual Upset Recovery - EJ 55
uma queda em torno de 25 50 RPM. Para operar com potencias mais baixas necessrio
enriquecer a mistura suavemente. Formao de gelo no carburador evidenciada por uma
queda na RPM, e pode ser eliminado pela abertura total do ar quente do carburador. Assim
que retornar para a RPM original, usar o mnimo de aquecimento possvel, somente para
prevenir a formao de gelo. Reajustar a mistura quando o aquecimento do carburador for
utilizado por longo tempo em voo de cruzeiro devido ao enriquecimento da mistura com o
uso do aquecimento. O uso do aquecimento do carburador recomendado em voo onde
haja chuva forte para evitar parada do motor devido excesso de ingesto de gua.

4.21 PROCEDIMENTOS PARA ECONOMIA DE COMBUSTVEL PARA OPERAES DE


TREINAMENTO DE VOO
Para maior economia durante operaes de treinamento de voo, os procedimentos a seguir
so recomendados:
1. Usar 55% a 60% da potncia para se deslocar para e da rea de instruo (aproximada-
mente 2.200 2.250 RPM).
2. Ajustar a mistura para mxima RPM durante subidas acima de 3.000 Ft de altitude. A
mistura deve permanecer ajustada para treinamento de estis.
3. Ajustar a mistura para RPM mxima durante todas as operaes em qualquer altitude,
incluindo abaixo de 3.000 Ft, quando usar 75% ou menos da potncia.

NOTA: Quando voando em cruzeiro com 75% ou menos da potncia, a mistura


deve ser ajustada at que ocorra um pico e queda em torno de 25 - 50 RPM.

Especialmente para navegaes longas, mas tambm deve ser praticado durante voos cur-
tos como no deslocamento para e da rea de instruo.
Fazendo uso dos procedimentos acima pode ser feita uma economia de combustvel de at
13% quando comparado com operaes tpicas de treinamento usando mistura rica.

4.22 ESTIS
O alarme de estol toca de 5 a 10 ns antes da real velocidade de estol, para que possa ser
corrigida a atitude da aeronave. Essa velocidade varia com a combinao de ajustes de
flaps e com ngulo de inclinao da aeronave.

4.23 POUSO
A aproximao para pouso normal pode ser feita com potncia ou sem potncia, com velo-
cidade de 60-70 ns Vi com flaps recolhidos, 55-65 ns Vi com flapes baixados. Vento e tur-
bulncia so os principais fatores para determinar qual a melhor velocidade para aproximar.
O toque na pista deve ser feito sem potncia alguma e com o trem de pouso principal to-
cando primeiro. O trem do nariz deve ser baixado devagar com a reduo da velocidade.

a) Pouso curto
Para um pouso curto com ar calmo, aproximar com 54 ns Vi com 30 de flap usando po-
tncia o suficiente para se manter na rampa adequada. Aps livrar todos os obstculos da
aproximao, progressivamente reduzir potncia e manter 54 ns Vi baixando o nariz da
56 Manual Upset Recovery - EJ

aeronave. No toque deve estar com a potncia toda reduzida e tocar com o trem principal
primeiro. Imediatamente aps o toque, baixar o trem do nariz e aplicar todo freio neces-
srio. Para maior eficincia dos freios, recolha os flaps, cabre completamente a aeronave e
aplique toda presso nos freios sem deslizar os pneus. Uma velocidade ligeiramente mais
alta deve ser usada quando em ar turbulento.

b) Pouso com vento cruzado


Quando aproximar com forte vento de travs, use o mnimo de flaps necessrios para o
comprimento de pista. Usar asa baixa ou caranguejar e pousar com uma atitude quase que
de cruzeiro.

c) Arremetida
Em uma arremetida o flap deve ser recolhido para posio de 20 imediatamente aps toda
potncia ser aplicada. Recolher gradativamente todo o flap quando atingir uma velocidade
segura.
Manual Upset Recovery - EJ 57

SEO 5 - DESCRIO DA AERONAVE E SISTEMAS

5.1 DESCRIO GERAL


O Cessna A152 um monomotor de asa alta, semi-cantilever, semi-monocoque, mono-
-plano, bi-place de construo metlica.
O flap est localizado no bordo de fuga das asas e operado eletricamente. A empenagem
consiste de estabilizador horizontal, profundor, estabilizador vertical, leme direcional e da
superfcie de compensao do profundor.
A fuselagem consiste de trs unidades bsicas: a seo do motor, a seo da cabine e o
cone de cauda. O trem de pouso triciclo, fixo e com amortecedores tipo ar-leo no trem
do nariz.
O sistema de freio operado hidraulicamente e controlado individualmente da esquerda ou
da direita, pressionando a parte superior dos pedais. Duplas de cilindros acionadores esto
instaladas nos pedais de cada piloto.
O motor de trao direita e crter molhado, com quatro cilindros opostos horizontalmente,
refrigerado a ar e equipado com carburador.
Os comandos de voo so convencionais, consistindo de manche, que opera os ailerons e o
profundor, e de pedais que operam o leme direcional. Os comandos de voo so duplos, um
conjunto para cada piloto.
H provises para instalao de microfone, head-fone, de alto-falante e espao no painel
para rdios.
Ar quente para cabine e para degelo obtido diretamente de uma mufla instalada em torno
dos tubos de escapamento.
Atravs de uma entrada localizada do lado direito dianteiro da fuselagem levado ar fresco
para a cabine. Entradas adicionais no bordo de ataque das asas permitem a regulagem
individual.
Os painis de instrumentos permitem a instalao de instrumentos de motor, de instrumento
de voo e miscelneas.
O pra-brisa consiste de um nico painel, h duas janelas laterais e uma traseira. As janelas
laterais podem ser abertas ao serem destravadas.
Existem duas entradas para cabine (uma de cada lado da aeronave), sendo que apenas a
porta esquerda pode ser trancada por fora de aeronave.
Cada asa toda metlica, construda com longarinas, nervuras e cavernas nas quais, a
chapa metlica externa rebitada. A ponta da asa construda de fibra de vidro e remo-
vvel.

5.2 CONTROLE DE VOO


A aeronave equipada com comandos duplos, com sistemas de cabos entre os comandos,
pedais, manche, compensadores e as superfcies de controle da aeronave. No profundor
existe um compensador que ajustado atravs de um disco vertical no painel da aeronave.
Os ailerons tm ao diferencial, o que tende a eliminar movimentos laterais adversos do
nariz em manobras, em curvas, e reduz a quantidade de coordenao exigida em curvas
normais. O flap operado eletricamente, atravs de uma seletora no painel, e possui um
indicador, onde se pode observar a posio atual do flap. Esse indicador tem marcaes
em 10, 20 e 30 graus.

5.3 TREM DE POUSO E SISTEMA DE FREIO


O trem de pouso fixo, tipo triciclo. Os amortecedores dos trens de pouso principais so do
58 Manual Upset Recovery - EJ

tipo mola e o do trem do nariz o tipo ar-leo. A roda do nariz direcional capaz de executar
curvas de amplitude de 30 graus atravs do uso dos pedais. Para auxiliar a centragem da
roda do nariz e leme, e para proporcionar sua compensao h um dispositivo provido de
mola, incorporado ao tubo de toro dos pedais do leme de direo. Um amortecedor de
vibraes, tambm est incorporado ao mecanismo de comando da roda do nariz.
As duas rodas principais so equipadas com um comando hidrulico de freio, acionado por
comandos individuais conectados a cada um dos pedais do leme. O sistema de freio du-
plo, sendo interconectados os freios de estacionamento com os pedais do leme.

5.4 MOTOR E HLICE


O Cessna A152 est equipado com um motor Lycoming, com potncia de 110 HP a 2550
RPM, cilindros horizontalmente opostos, refrigerados a ar. Os cilindros no so diretamente
opostos uns aos outros, mas so escalonados, permitindo ento a separao entre o eixo
de manivelas de cada biela motora.
A potncia do motor controlada por um manete preto, localizado na parte central inferior
do painel. Existe um controlador de frico na base do manete. Girando-se o controlador no
sentido horrio aumenta-se a frico da manete e vice- versa. O manete de mistura, locali-
zado a direita do manete de potncia, vermelho e equipado com uma trava de segurana
na sua extremidade. Para pequenos ajustes o manete pode ser girado no sentido horrio
para enriquecer a mistura e no sentido anti-horrio para empobrec-la. Para rpidos ou
grandes ajustes, o manete deve ser levado para frente ou para trs apertando-se a trava na
extremidade do mesmo.
O sistema de lubrificao do tipo carter molhado. A bomba de leo, localizada na caixa de
acessrios, suga o leo localizado no Carter. O leo enviado pela bomba passa por um duto
na caixa de acessrios, que manda o leo para uma conexo rosqueada na parte traseira
da caixa de acessrios, de onde o leo enviado, extremamente, para o radiador do leo,
atravs de uma linha flexvel. leo sob presso, vindo do radiador retorna a uma segunda
conexo rosqueada na caixa de acessrios, de onde, atravs de uma passagem, condu-
zido para o filtro de leo sob presso. No caso de leo frio, de uma obstruo restringir a
passagem do leo para o radiador, uma vlvula by-pass permite que o leo vindo da bomba
v diretamente ao radiador. O elemento de filtro, localizado na caixa de acessrios, limpa o
leo de quaisquer slidos que tenham passado pela peneira filtrante de suco do crter.
Depois de filtrado, o leo enviado para uma vlvula de alivio, que regula a presso do
leo, permitindo que excesso retorne ao crter. O leo residual retorna por gravidade ao
crter, onde, depois de passar por uma peneira filtrante, volta a circular pelo motor.
Uma vareta de leo est localizada na parte superior direita do motor. O motor no deve ser
operado com menos de 4 US quarts.
A hlice usada de passo fixo, duas ps. Possui 69 pol.

5.5 SISTEMA DE COMBUSTVEL


Consiste em dois tanques ventilados (um em cada asa), uma vlvula de combustvel, um
filtro, primer e carburador.
O combustvel flui por gravidade dos tanques para uma vlvula seletora de combustvel
(localizada no assoalho, entre os bancos). Com a vlvula em ON o combustvel passa
por um filtro e vai para o carburador. O primer tira o combustvel do filtro e injeta direto na
entrada do cilindro. Com a vlvula em OFF, no permite a passagem do combustvel.
A ventilao essencial para o funcionamento do sistema. O entupimento da ventilao
resulta em menor fluxo de combustvel para o carburador, e pode causar parada do motor.
Faz parte do sistema de ventilao uma linha que conecta os tanques. O tanque esquerdo
Manual Upset Recovery - EJ 59
ventilado por um respiro que localizado abaixo do bordo de ataque da asa esquerda.
A tampa do tanque direito tambm ventilada. O sistema de combustvel equipado com
vlvulas de dreno para promover meios para o exame do combustvel. O sistema deve se
drenado antes de cada voo.

5.6 INSTRUMENTOS
a) Finalidade
A instrumentao do C-A152 instalada de modo a dar, real e rapidamente, indicaes de
altitude, desempenho e de condies da aeronave.

b) Organizao da Cabine
O painel de instrumentos projetado para acomodar todos os instrumentos de voo e todos
aqueles de motor, normalmente necessrios. O horizonte artificial e o giro direcional so
operados por vcuo gerado por uma bomba de vcuo instalada no motor, enquanto que o
indicador de chuva operado eletricamente. H uma separao natural entre o grupo de
instrumentos de voo e o grupo de instrumento de motor, colocando-se o primeiro grupo na
parte superior do painel de instrumentos e o grupo do motor no sub-painel central.
Os rdios e disjuntores esto localizados do lado direito do painel de instrumentos, e o mi-
crofone fica localizado no console.
Os assentos dianteiros so ajustveis para frente e para trs, para o conforto dos pilotos e
para facilitar a entrada e sada da cabine.

c) Sistema de Vcuo
O sistema de vcuo, acionado pelo motor, provm suco necessria para operar um
horizonte artificial e o giro direcional. O sistema consiste em uma bomba de vcuo montado
no motor e uma vlvula de alvio de vcuo de ar no lado de trs da parede de fogo.

d) Indicador de Suco
O indicador de suco est instalado no lado esquerdo do painel de instrumentos e indica a
quantidade de vcuo criado pela bomba de vcuo. O mostrador calibrado em polegadas
de mercrio. A suco desejada varia de 4.5 a 5.4 polegadas de mercrio.

e) Giro Direcional
O giro direcional um instrumento de voo, constitudo de um giroscpio, acionado a ar,
estabilizado verticalmente. O giroscpio acionado em alta velocidade atravs do abaixa-
mento da presso na parte interna da carcaa e simultaneamente permitindo que o ar sob
presso atmosfrica externa entre no instrumento, empurrando o mbolo do giroscpio.
Devido inrcia giroscpica, o eixo do giroscpio continua a apontar em uma mesma dire-
o mesmo que o avio seja inclinado para a direita ou para a esquerda. Este movimento
relativo entre o giroscpio e a carcaa do instrumento aparece no mostrador de instrumento
que similar a uma Rosa dos Ventos. O mostrador, quando ajustado para coincidir com
indicao da bssola magntica, passa a dar indicaes reais e corretas de rumos, sem er-
ros devidos s curvas. Todavia, o giro direcional no tem sensor de rumo e ao ser ajustado
de acordo com a bssola magntica, s acurado para a proa para a qual foi ajustado. A
bssola magntica por sua vez sujeita a erros devido aos campos magnticos, instrumen-
tos eltricos, etc. Se o giro for ajustado no rumo 270, por exemplo, e a aeronave for girada
para outra proa, pode aparecer uma grande diferena entre a indicao do giro e da bssola
devido precesso giroscpica. O giro s pode ser checado na proa na qual for inicialmente
ajustado. Tambm devido frico interna, imperfeies no eixo, turbulncia do ar e fluxo
de ar, o giro deve ser reajustado no mnimo a cada quinze minutos para uma operao.
60 Manual Upset Recovery - EJ

f) Horizonte Artificial
O horizonte artificial essencialmente um giroscpio acionado a ar, girando em um plano
horizontal e operando pelo mesmo principio do giro direcional.
Devido inrcia giroscpica, o eixo de rotao continua a apontar em direo vertical,
fornecendo uma referncia visual constante para a atitude da aeronave, relativamente e
cabragem ou picada e a inclinao lateral. Uma barra na face do indicador representa o
horizonte natural, e alinhando-se a miniatura de avio a barra horizontal, simula-se o ali-
nhamento da aeronave em relao ao horizonte natural ou real. Qualquer desvio simula o
desvio do avio em relao ao horizonte, verdadeiro. O horizonte artificial graduado para
diferentes graus de inclinao.

g) Climb (Varimetro)
O Climb mede a razo de mudana na presso esttica quando o avio sobe ou desce.
Atravs de um ponteiro e de um mostrador, este instrumento indica a razo de descida ou
de subida do avio em ps/minuto. Mas, devido ao retardo nas reaes do instrumento, o
avio estar subindo ou descendo antes que o instrumento comece a sentir e dar indica-
es em um sentido, de subida, ou descida, at um pouco aps o avio ter assumido uma
altitude de voo nivelado.

h) Altmetro
O Altmetro indica a altitude presso, em ps, acima do nvel mdio do mar. O indicador
tem trs ponteiros e um mostrador graduado. O ponteiro maior indica centenas de ps, o
ponteiro mdio indica milhares de ps e o ponteiro menor indica dezenas de milhares de
ps. Uma janela de presso baromtrica est localizada do lado direito do mostrador e
ajustada pelo boto localizado no canto esquerdo do instrumento. O altmetro consiste de
um diafragma totalmente fechado conectado atravs de um sistema de presso esttica, e
a medida que a presso atmosfrica esttica diminui, com a subida do avio, o diafragma se
expande provocando o movimento dos ponteiros atravs de ligaes mecnicas.

i) Velocmetro
O Velocmetro indica a velocidade da aeronave passando atravs do ar. A indicao do
velocmetro uma indicao diferencial entre as presses dinmicas e estticas, sentidas
respectivamente. medida que a aeronave aumenta a velocidade, a presso do ar do Pitot
aumenta, provocando a expanso do diafragma e move o ponteiro do instrumento para
indicar a velocidade do momento. O mostrador do instrumento calibrado em ns, possui
faixas pintadas indicando os limites de operaes da aeronave com segurana.

j) Tacmetro
O Tacmetro ligado ao motor por um cabo flexvel. Est localizado na parte superior direita
do painel. O instrumento calibrado em marcaes de 100 RPM e indica a rotao da hlice
e do motor. Marcas no instrumento indicam a faixa de operao normal (arco verde), que
varia de 1900 a 2500 RPM e a rotao mxima (linha vermelha), 2550 RPM.

l) Indicador de Presso
O Indicador de presso de leo, localizado na parte inferior do painel, indica a presso de
leo existente em uma linha de passagem de leo pressurizada.

m) Indicador de Temperatura
O Indicador de temperatura de leo, localizado na parte inferior do painel, funciona com uma
resistncia eltrica com sensor de temperatura. A faixa de funcionamento normal (verde)
varia entre 38 e 118C e a temperatura mxima, 118C, indicada por uma linha vermelha.
Manual Upset Recovery - EJ 61
n) Indicador de curva e derrapagem
Esse instrumento pode ser acionado por vcuo ou eletricamente. O indicador de curva gi-
roscpio, enquanto o indicador de derrapagem do instrumento consiste em uma bola fecha-
da em um tubo de vidro curvo, cheio de fluido de amortecimento. H dois tipos de indicador
de curvas de derrapagem. O primeiro um tipo antigo com um ponteiro vertical no centro do
mostrador. Este tipo indica apenas a razo da curva, o ponteiro no se mover, mesmo que
esteja o avio com um ngulo de inclinao. O outro tipo de instrumento um coordenador
de curva, que indicar a razo de curva, mas, devido a sua espcie de construo, indicar
a razo de inclinao tambm.
O indicador se move indicando uma curva, mas se a aeronave mantida inclinada pela
aplicao do pedal, o indicador voltar a zero indicando nenhuma curva.

o) Liquidmetro
Uma unidade transmissora est instalada em cada tanque de combustvel. Essa unidade
contm uma resistncia progressiva de um brao mvel. O brao e posicionado por uma
bia no tanque de combustvel, e este posicionamento transmitido eletricamente ao instru-
mento do avio para mostrar a quantidade de combustvel existente no tanque. Um tanque
vazio indicado por uma linha vermelha com a letra E. O mostrador no se torna confivel
em glissadas ou atitudes anormais.

p) Ampermetro
O Ampermetro indica a corrente, em ampres, do alternador para a bateria ou da bateria
para o sistema eltrico do avio. Quando o motor est ligado o mster switch est ligado
(ON), o ampermetro indica a razo de carga da bateria. Se o alternador no estiver funcio-
nando, o ampermetro indicar a razo de consumo de bateria.

5.7 SISTEMA ELTRICO


A energia eltrica provida de um alternador acionado pelo motor de corrente direta 28V de
60A e por uma bateria 24V de 14A e por uma bateria localizada do lado superior direito da
parede de fogo. O Master Switch controla a energia para todos os circuitos exceto para o
sistema de ignio e relgio. A maioria dos circuitos do avio so protegidos por disjuntores
do tipo push to reset.
Todos os avinicos devem ser desligados para o acionamento do motor ou utilizando fonte
externa.

a) Master Switch
O Master Switch se localiza do lado inferior esquerdo do painel e dividido em duas partes.
O lado direito liga a bateria e o lado esquerdo liga o alternador. Normalmente ambos os
lados do master devem ser usados simultaneamente, entretanto, o lado direito do switch
pode ser ligado separadamente para cheque de equipamento no solo. Com o alternador
desligado, toda corrente ser suprida pela bateria.

b) Sobrecarga
O avio equipado com um sistema automtico de proteo contra sobrecarga eltrica.
Esse sistema consiste em um sensor de sobrecarga localizado atrs do painel e de uma
luz vermelha localizada abaixo do ampermetro. No caso de uma sobrecarga o sensor tira
o alternador da barra e o desliga automaticamente. A luz vermelha ir acender indicado ao
piloto que o alternador no est operando e a bateria est suprindo toda corrente eltrica.
Esse sensor pode ser resetado desligando e religando o master switch. Se a luz vermelha
acender novamente, existe uma pane no sistema e o voo deve ser terminado assim que
62 Manual Upset Recovery - EJ

possvel. A luz vermelha pode ser testada desligando-se momentaneamente o lado esquer-
do (alternador) do master switch e deixando o lado direito (bateria) ligado.

c) Sistema de Luzes
Luzes convencionais de navegao esto instaladas na ponta das asas e no leme de dire-
o. Um farol de pouso est localizado na parte inferior dianteira do cap do motor (opcio-
nalmente pode ser instalado um farol de txi). Um farol anti-coliso est montado na parte
superior do estabilizador vertical.
Estas luzes, assim como a luz branca de cabine e o aquecimento do pilot, podem ser liga-
das em um quadro de interruptores localizado na parte inferior do painel.
A luz vermelha do painel, assim como intensidade das luzes dos rdios, controlada pro
dois reostatos concntricos localizados esquerda do painel de luzes.

5.8 SISTEMA DE AQUECIMENTO E VENTILAO


O aquecimento da cabine do Cessna A152 suprido por um mufla de ar quente instalada
no escapamento do motor. Ar externo, no compartimento do motor, atravs da carenagem
do nariz, passa sobre o motor e dirigido ao aquecedor atravs de um duto flexvel loca-
lizado na traseira do motor. O ar ento aquecido e dirigido para a rea da cabine, atravs
de uma vlvula a qual pode se controlada do painel de instrumentos. Quando a vlvula
est completamente fechada, o ar aquecido retorna ao compartimento do motor. A sada de
aquecimento est localizada entre dois assentos e na base do pra-brisa. O controle para o
sistema de aquecimento est localizado na parte inferior esquerda do painel. O ar externo
para ventilao da cabine captado por entradas de ar, localizadas na lateral direita do
cap e nas asas.

5.9 EQUIPAMENTO DE RDIO


a) Finalidade
O rdio VHF supre a necessidade de comunicao em radiofonia inerente ao voo.

b) Funcionamento

1. Transceptor VHF
O equipamento inclui em VHF de 720 canais de comunicao, o qual recebe e transmite
sinais entre 118.000 e135. 975 MHz em intervalos de 25 KHz. O rdio VHF possui um boto
VOL, para ligar ou desligar o aparelho, que tem tambm a funo de ajustar o volume. Para
ligar basta girar esse boto no sentido horrio a partir da posio OFF. Ao ser energizado
a janela de freqncia mostrar as freqncias armazenadas na memria permanente, que
corresponde s mesmas que estavam setadas no momento em que foi desligado. Depois
de ligar, gire o boto squelch para obter o nvel desejado de udio. Gire o boto squelch
novamente at que o rudo cesse.

NOTA: O rdio no deve estar ligado no momento da partida. Isto uma pre-
cauo que ajuda a proteger o circuito e prorroga a vida de operao do equi-
pamento.
Manual Upset Recovery - EJ 63
2. Transponder
O equipamento transponder possui um boto liga-desliga com as seguintes funes (posi-
es):
OFF desligado.
STBY em stand by, ou em aquecimento.
ON ligado, para indicao de rota.
ALT ligado, para indicao de rota e altitude.
TEST para teste.

Possui ainda janelas para introduo de cdigo, determinado pelos rgos ATC, para cada
voo ou fase de voo.

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