Exercícios de Técnica Vocal
Exercícios de Técnica Vocal
Exercícios de Técnica Vocal
Este exerccio se realiza murmurado as consoantes "M" e "N" sem vogais intercaladas.
Comece exatamente como o 1 exerccio.
Depois, sem cortar o som, pronuncie a consoante "N" (sem o "e" final) entreabrindo os lbios
e apoiando firmemente a lngua contra o cu da boca.
A vibrao interna mais intensa que no 1 exerccio, todavia, o som no de mudar sua
colocao ao trocar a consoante. Deve ter-se a sensao de ir subindo continuamente. Pense
em cada uma escada ou em uma pilha de pratos: cada consoante que pronuncie ser um
degrau dela, cada vez mais alto.
Temos que subir constantemente para no abaixar o som.
Agora que voc sentiu as vibraes de seus ressonadores faciais e, em consequncia, achou
o lugar em que colocar-se o som, trataremos de situar as vogais.
Emita o som MM...
Quando sent-lo bem colocado, abra a boca dizendo: Mma... Mme... Mmi...Mmo... Mmu...
(francesa).
Os msculos do pescoo e dos maxilares, devem achar-se completamente distendidos e o
interior da boca, aberto, como reprimindo um leve desejo de bocejar.
As vogais devem abrir-se no alto do zumbido Mm... como a flor sobre seu caule.
Estes primeiros exerccios esto destinados especialmente a suster o ar e buscar os
ressonadores.
Os resultados com eles obtidos, assim como os que se ganharam os exerccios respiratrios,
devem aplicar-se a todos os exerccios seguintes.
4 Exerccio - Para Distender o Fundo da Garganta e Amansar a Lngua
Este exerccio tem por objetivo conseguir a distenso do fundo da garganta e evitar que se
contraia a lngua.
Pegue entre o polegar e o indicador a ponta da lngua com um leno limpo, naturalmente.
Puxe-a para fora da boa. Abra uma boca bem grande. Realize o exerccio sobre uma "e" bem
aberta, muito suave e quase sem timbre.
Se ao subir na escala vocal a lngua resiste e tem tendncia a contrair-se na boca, no ceda,
pois justamente nos agudos quando mais se necessita ter a garganta livre. Neste exerccio,
no busque qualidade nem redondeza no som; s interessa a distenso.
absolutamente indispensvel segurar a lngua com os dedos, pois do contrrio, ainda que
ela no volte a entrar na boca, poder contrair-se mudando de forma.
Este quinto exerccio se realiza sobre "u" introduzindo entre os dentes os dois dedos,
indicador e mdio, um em cima do outro. Os dentes no devem mord-los e sim toc-los
ligeiramente; os lbios, ao contrrio, devem apert-los com firmeza.
Deve-se ter a impresso de que o som "u" est colocado sobre os dedos, bem adiante, perto
dos lbios.
Abra mais a boca ao subir, separando os dedos em forma de forquilha. No agudo deve haver
lugar para trs dedos... sempre que no sejam demasiadamente grossos.
O interior da boca deve permanecer sempre completamente aberto, na posio de bocejo.
6 Exerccio - O Bocejo
A escala grande , dito pelos grandes cantores, "o exerccio mais necessrio para todas as
vozes".
Tome bem o ar e bloqueie-no, pois essa escala exige um perfeito controle do mesmo.
Deve-se cantar sobre "U-I".
Por meio da pronncia correta de "U", se consegue abrir bem a garganta e o interior da
boca. Imediatamente se passar para o "I" sobre a mesma nota, tendo a sensao de que
est colocada muito mais alta que o "U", como se fosse sair por entre os olhos.
Mantendo firmemente a nota e o "I" se prepara a subida at a nota seguinte sobre "U". Essa
passagem de uma nota outra, dever ser flexvel, como o movimento que fazemos ao
caminhar, quando apoiamos primeiramente um p e o levantamos logo, com naturalidade.
Quase sempre, no princpio, os alunos no conseguem subir com soltura mantendo bem
aberto o fundo da garganta. Nesse caso, podem pronunciar "A-U-I" no cortando nem
deixando escapar o som.
Como cada nota deve ser mantida durante um bom tempo, acontece quase sempre de
terminar o ar antes da quarta nota.
Para que isso no acontea, recomendado que se economize o ar como se tivessem que
cantar uma nota a mais.
Este truque sempre d bom resultado e a ltima nota sai to firme como as anteriores.
Deve-se terminar sempre decrescendo.
Na descida, como sempre, "temos que subir".
Ao atacar o primeiro "do" imagine ter uma laranja dentro da boca e outra no funda da
garganta, por sobre as quais deve passar o "A-U-I".
Quando a escala desce, o "I" que havia deformado um pouco no agudo, pelo bocejo, deve
tornar-se cada vez mais "I", mais clara, como mordendo-a.
A Escala Grande deve ser cantada em toda a extenso da voz, subindo cada vez mais,
cromaticamente.
No agudo, se tem a sensao de que a garganta est exageradamente aberta, para caber
melhor o som. quando os sons esto bem colocados as vibraes so to fortes no agudo,
que no raro alguns ficarem aturdidos.
A coluna de ar deve suster com firmeza o ar e segu-lo em sua subida, elevando o
diagrama )do que se consegue contraindo progressivamente o ventre).
H outro modo de suster o som com o ar nas subidas fortes que , ao contrrio, empurrando
todos os msculos para baixo. Este recurso d muito resultado, principalmente para os
homens e nos tm voz grave, em geral. Assim sempre se consegue grande firmeza e
potncia, mas no tanta flexibilidade nem altura de voz como a primeira maneira.
A primeira adotada pelo mtodo italiano, ao passo que a ltima se presta muito ao canto
wagneriano.
Diga "da...a", "da...a", trs vezes sobre a mesma nota, abaixando energicamente o queixo
ao dizer "da" e subindo no "e".
A lngua, depois de haver encostado no paladar para pronunciar o "d", volta rapidamente
sua posio inicial e se tem a sensao de que ela quem empurra a mandbula para baixo.
Colocando os dedos na frente das orelhas, pode-se seguir o movimento de abertura das
juntas da mandbula.
Repita o mesmo sobre: "za", "za", "za", "za", "za".
Abra bem a boca, nas segundas, terceiras e quartas notas que so agudas.
A ltima, grave, deve colocar-se no alto, prxima a sua oitava superior.
11 Exerccio - Concentrao do Ar no Som
Temos dito que por mais graves que sejam os sons, devem recorrer sempre aos
ressonadores faciais para serem enriquecidos com seus hormnios e assegurar a
homogeneidade da voz.
Por meio deste exerccio, se encontraro muito facilmente os ressonadores faciais nos sons
graves. Se comprovar, ademais que no necessrio buscar as ressonncias do peito nas
partes graves: elas surgem por si, dever se ter o cuidado de no apoi-las ali, pois os sons
graves tm seu ponto de apoio no mesmo lugar que os outros sons.
Aspire fortemente o "H".
Passe rapidamente pelas vogais, para fazer vibrar a nota no duplo "N", com a lngua apoiada
firmemente contra o paladar.
Se o exerccio est bem realizado, impossvel no encontrar as ressonncias faciais, ainda
que para as notas mais graves da voz.
Comea-se por pronunciar o "I" bem na frente, justamente atrs dos incisivos superiores,
um "I" penetrante, com a boca aberta ao mximo e como querendo morder o som.
Depois, trata-se de chegar vogal "U" francesa, fazendo dela um som pleno, puro, etreo,
suave, estvel e to tranquilo como se pudesse ser mantido quase indefinidamente.
Para conseguir "I", entre o primeiro "I" e "U", o interior da boca se estira para cima; os
lbios se adianta para pronunciar o "U", e se tem a impresso que ela d uma volta at o
fundo da boca, indo ressoar no alto por detrs dos olhos, com uma pureza surpreendente:
um som de flauta em uma catedral; sua calma e sua firmeza se mantm por um fio de ar.
Realizando bem este exerccio, chega-se a adquirir a cincia dos "pianos" mais tnues, mais
puros e mais estveis. Poder-se- sustentar as notas indefinidamente, chegando inclusive a
esquecer que se canta.
por meio deste exerccio, e partido deste "pianssimo" que se deve iniciar o estudo dos
sons "filados". Aumenta-se lenta e progressivamente a intensidade deste som
admiravelmente colocado. Como sempre, no som mantido, deve-se continuar apontando-o
para o alto e repetindo-se mentalmente a vogal.
Estando esse som muito bem colocado, o ar no escapa e poder-se- conserv-lo facilmente
para o "diminuindo" que dever ser tambm lento e progressivamente.
Isto tudo ser mais fcil exemplificando e explicando oralmente.
14 Exerccio - Sons Picados
15 Exerccio - Os Intervalos
Se realiza sobre o "E" com a boca meio aberta (dois dedos de altura). Fixe bem o "do".
Mantenha-o firmemente em seu lugar, cuidando que tudo permanea imvel no interior da
boca (condies essencial nos sons mantidos).
Nesta posio bucal, "suba" a escala descendente, fazendo todas as notas chegarem ao
mesmo lugar de ressonncia: como se as notas fossem, nessa subida, procura do "do".
S para as ltimas notas graves, a boca poder voltar a fechar-se imperceptivelmente,
enquanto a voz, e o "E" se aclaram.
Deste modo, no "do" grave, permanecer muito perto do primeiro e se pode voltar a cantar a
oitava, sem nenhuma dificuldade, com a maior homogeneidade, baixando ligeiramente o
queixo.
Este exerccio deve ser praticado em toda a extenso da voz. medida que se sobe, dever
abrir-se cada vez mais a boca e a garganta para atacar a primeira nota.
Nas escalas descendentes deve-se acentuar ligeiramente a segunda nota, cuja preciso
assegura a das notas seguintes.
17 Exerccio - O Trinado
O trinado o nico exerccio vocal que se efetua realmente na garganta, por meio de uma
sacudida mecnica da laringe. Isto se pode comprovar, apoiando os dedos contra o pescoo,
na altura da Ma de Ado (ou seja, a laringe).
Comeamos a trabalhar o trinado sobre a tera. Depois sobre a segunda (trinado
propriamente dito).
A fusa provoca uma sacudida da laringe. Esta sacudida, ao repetir-se, se transforma em uma
oscilao regular que no outra coisa seno o trinado.
Certas vozes podem cantar o trinado com muita facilidade, enquanto outras devem exercitar
muito antes de poder faz-lo.
Os italianos antigos exercitam o trinado repetindo muito rapidamente a mesma nota sobre a
letra "I