Ud X - Brasil Formação e Evolução Do Territorio e Relacoes Internacionais
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do Brasil colnia na poca contribuiu para que a maior parte das bandeiras se
concentrasse no que hoje o estado de So Paulo. Enquanto as reas mais ricas da
colnia passavam a utilizar a mo de obra escrava negra, mais custosa, os produtores
de cana-de-acar paulistas investiam na captura de indgenas realizada pelos
bandeirantes. As bandeiras, seja para a captura de ndios ou para a busca do ouro,
contriburam diretamente para o processo de ocupao do interior do pas.
Nos sculos XVI e XVII, as atividades de maior influncia no processo de
ocupao do espao da colnia foram a produo de cana-de-acar no litoral que vai
de So Vicente (So Paulo) a Olinda, a pecuria no interior do Nordeste e a ocupao
da Amaznia (a partir das misses e da extrao das chamadas drogas do serto -
especiarias extradas do serto brasileiro na poca das entradas e das bandeiras).
As plantations voltadas para a produo da cana-de-acar podem ser
consideradas as bases da estrutura econmica e social da colnia. Delas se
expandiram os fluxos para ocupao do serto nordestino e de reas do Sudeste,
Centro-Oeste e Sul.
Na Amaznia, a estratgia de controle portuguesa incluiu a construo de fortes
ao longo da bacia amaznica e o incentivo da ocupao da regio por ordens
religiosas, com intuito de desenvolver a lealdade dos nativos e garantir o comrcio de
matrias-primas. Nesta regio, as misses se constituram nos maiores comerciantes
das drogas do serto e detinham o monoplio da mo de obra indgena.
A partir de meados do sculo XVII, por causa da reduo do poder econmico e
poltico de Portugal no cenrio internacional, a expanso do territrio da colnia para
alm do tratado de Tordesilhas passou a ser um objetivo da Coroa portuguesa. Esta
meta se concretizou por meio da posse de fato de vastas bacias hidrogrficas, do
movimento de interiorizao das bandeiras, da minerao e da pecuria.
No sculo XVIII, a minerao e a expanso da pecuria no Sul e no Centro-
Oeste incorporaram novas reas para a produo do espao colonial. A economia do
ouro deslocou o centro de poder poltico e econmico da colnia do Nordeste para a
regio Sudeste. A regio das minas e os portos para transporte do ouro tornaram-se as
reas mais dinmicas da colnia e em 1763 o Rio de Janeiro tornou-se a capital.
Aps a rpida decadncia da minerao na segunda metade do sculo XVIII, a
economia da colnia observa o reerguimento da produo de cana-de-acar, o avano
da produo de algodo no Maranho e da produo de caf, inicialmente no Rio de
Janeiro e mais tarde em So Paulo. O sculo XIX apresentou ainda a expanso da
colonizao dirigida do sul e explorao da borracha na Amaznia.
Nas primeiras dcadas do sculo XIX, o caf assumiu uma posio de destaque
na pauta de exportaes brasileira, tornando-se o principal produto do pas j na
dcada de 1830. Nas ltimas dcadas do mesmo sculo, a produo cafeeira se
expandiu para a regio do planalto paulista, onde encontrou condies mais propcias
ao plantio. Desde ento, a produo brasileira de caf alcanou nmeros poca
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REFERNCIA BIBLIOGRFICA
BECKER, B. K. Brasil - Tordesilhas, ano 2000. Revista Territrio, Rio de Janeiro, ano
IV, n 7, p. 7-23, jul/dez., 1999. Disponvel em: <ftp://146.164.23.131/terr/N_07/
v_7_becker.pdf>. Acesso em: 08 de maio de 2009.