Mestrado Frenando Breseghelo
Mestrado Frenando Breseghelo
Mestrado Frenando Breseghelo
REFERNCIA BIBLIOGRFICA
CESSO DE DIREITOS
___________________________
Fernando Neves Breseghello
Rua Joo Fonseca dos Santos, 109 Jd Satlite.
12230-088 So Jos dos Campos - SP
Estudo comparativo de mtodos de previso de demanda: uma
aplicao ao caso dos aeroportos com trfego areo regular
administrados pelo DAESP
ITA
RESUMO
RESUMO
ABSTRACT
AGRADECIMENTOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
1 Introduo............................................................................................................. 1
1.1 Motivao do trabalho................................................................................... 3
1.2 Objetivos do trabalho..................................................................................... 4
1.2.1 Objetivo geral...................................................................................... 4
1.2.2 Objetivos especficos........................................................................... 4
1.3 Estrutura do trabalho...................................................................................... 4
1.4 Metodologia .................................................................................................. 5
1.5 Delimitao.................................................................................................... 7
2 Reviso bibliogrfica............................................................................................ 8
2.1 Modelo Trivial de previso............................................................................ 9
2.2 Modelos de mdias mveis............................................................................ 10
2.3 Modelos de suavizao exponencial.............................................................. 11
2.3.1 Modelo de suavizao exponencial simples........................................ 11
2.3.2 Modelo de Holt.................................................................................... 12
2.3.3 Modelos de Holt-Winters.................................................................... 14
2.3.3.1 Modelo multiplicativo de Holt-Winters.................................. 15
2.3.3.2 Modelo aditivo de Holt-Winters ............................................ 18
2.4 Modelos de Box-Jenkins................................................................................ 18
2.4.1 Conceitos bsicos para a compreenso dos modelos Box-Jenkins...... 19
2.4.2 Modelos Auto-Regressivos.................................................................. 23
2.4.3 Modelos de Mdias Mveis................................................................. 25
2.4.4 Modelos mistos Auto-Regressivos Mdia Mvel............................. 27
2.4.5 Modelos No-Estacionrios................................................................. 28
2.4.6 Modelos Sazonais................................................................................ 33
2.4.7 Modelagem de srie temporal.............................................................. 34
2.4.7.1 Identificao do modelo......................................................... 34
2.4.7.2 Estimativa dos parmetros do modelo.................................... 35
2.4.7.3 Verificao do modelo............................................................ 36
2.4.7.4 Previses................................................................................. 37
2.4.7.5 Exemplos de construo de modelos ARIMA........................ 37
2.4.8 Variaes dos Modelos de Box-Jenkins.............................................. 46
2.4.9 Comentrios sobre os Modelos Box-Jenkins....................................... 47
2.5 Estratgia de avaliao e seleo para modelos de natureza quantitativa .... 48
2.5.1 Medidas estatsticas-padro................................................................. 48
2.5.2 Comentrios......................................................................................... 49
2.5.3 Estatstica U de Theil........................................................................... 49
3 Metodologia para a estruturao de um sistema de previso................................ 51
3.1 Definio do problema.................................................................................. 52
3.2 Coleta de informaes................................................................................... 54
3.2.1 Montagem do banco de dados............................................................. 54
3.3 Seleo do pacote computacional.................................................................. 55
3.4 Anlise Preliminar......................................................................................... 56
3.5 Escolha e validao dos modelos.................................................................. 57
4 Estudo de caso...................................................................................................... 59
4.1 Consideraes iniciais sobre os dados........................................................... 59
4.2 Anlise preliminar dos dados......................................................................... 60
4.3 Modelagem e calibrao dos modelos propostos.......................................... 65
4.4 Resumo dos resultados.................................................................................. 79
5 Concluso............................................................................................................. 80
Referncias bibliogrficas.......................................................................................... 83
LISTA DE TABELAS
1 Introduo
1
Mtodos qualitativos, por sua vez, baseiam-se em opinies de especialistas, os quais se
fundamentam, principalmente, no julgamento de executivos, apreciao de pessoal de vendas
e expectativas dos consumidores. Como diferentes indivduos apresentam preferncias
distintas, esses mtodos so vulnerveis a tendncias o que pode comprometer a
confiabilidade de seus resultados. Dentre os mtodos qualitativos mais utilizados, destaca-se o
mtodo Delphi, apresentado em Krajewski & Ritzman (1999).
Os mtodos qualitativos tm sido, historicamente, os mais utilizados na previso da
demanda (Mentzer & Cox, 1997). Tais mtodos, no entanto, costumam apresentar um baixo
grau de preciso. Apesar disto, continuam sendo amplamente utilizados pelas empresas,
mesmo com a difuso de mtodos quantitativos mais avanados, impulsionados pelo avano
na capacidade de processamento e armazenamento de dados computacionais (Sanders &
Manrodt, 1994). A escassa fundamentao terica dessas previses pode explicar, em grande
parte, a baixa acurcia dos referidos mtodos qualitativos de previso.
O processo de previso , freqentemente, confundido com o processo de
planejamento. No entanto, enquanto o objeto de estudo do planejamento o comportamento
do negcio, sistemas de previso buscam analisar tal comportamento no tempo futuro. Esta
relao apresentada na Figura 1. Mtodos de previso so utilizados para prever os
resultados de cursos de ao propostos no planejamento: se os resultados no forem
potencialmente satisfatrios, o planejamento deve ser revisto. Esse processo deve ser repetido
at que os resultados previstos para o planejamento sejam satisfatrios. Planos revisados so,
ento, implementados, e os resultados obtidos so monitorados para ser usados no prximo
perodo de planejamento. O processo da Figura 1 parece intuitivo. Porm, na prtica, muitas
organizaes revisam previses, ao invs de revisarem planos.
2
Ambiente onde os dados so gerados
Banco de Dados
Processo de
Planejamento
Planos Mtodos de
previso
Os resultados
previstos so
Previses
NO satisfatrios?
SIM
1.1 Motivao
3
para o propsito de prognosticar a demanda (ex: modelos de sries temporais, modelos
causais) necessrio, ento, identificar a metodologia mais apropriada, ou seja, aquela que
seja capaz de capturar, de forma mais eficaz, as caractersticas pertinentes aos dados da
demanda estudada.
Uma vez que a tcnica de previso (metodologia) mais apropriada para determinada
situao, isto , a que propicia previses com menores margens de erro seja identificada ser,
ento, possvel a realizao de decises mais acertadas o que, por sua vez, possibilitar uma
administrao mais eficaz.
1.2 Objetivos
1.3 Estrutura
4
No Captulo 2 feita uma reviso bibliogrfica. Por meio desta reviso, busca-se
apresentar de forma concisa, inclusive com o uso de exemplos prticos, as tcnicas
quantitativas abordadas nesta tese.
No Captulo 3 proposta, de forma genrica, uma metodologia para a estruturao de
um sistema de previso.
No Captulo 4 apresentado um estudo de caso realizado com dados reais do
Departamento Aerovirio do Estado de So Paulo (DAESP).
O Captulo 5 reservado s concluses e sugestes para possveis desdobramentos
futuros deste trabalho.
1.4 Metodologia
Nesta seo, seguem-se as explicaes bem como as justificativas acerca das decises
assumidas na confeco desta dissertao (escolha dos modelos, consideraes sobre os
dados, critrio de deciso), a qual pesquisou pelos modelos de sries temporais, dentre os
propostos, os mais acurados para prognosticar a demanda por transporte areo, para um
horizonte de previso de 12 meses, dos aeroportos analisados.
No desempenho desta pesquisa optou-se por testar os seguintes modelos de previso:
A justificativa pela presena dos Modelos de Mdia Mvel (seis e 12 meses) nesta
dissertao se deve exclusivamente, ao fato de que o caso estudado utiliza estes modelos para
elaborar previses para o horizonte fixado para anlise (12 meses).
5
Quanto ao modelo trivial, sua justificativa se baseia, eminentemente, pelo fato que a
estatstica escolhida para subsidiar o processo de comparao e ordenao de modelos
(Estatstica U de Theil) utiliza-o como parmetro de comparao.
Em relao s escolhas das demais metodologias propostas (Suavizao Exponencial e
ARIMA), a justificativa pelas mesmas a flexibilidade de utilizao, j que ambas as
metodologias gozam da prerrogativa de no precisarem de dados externos.
necessrio admitir que a idia inicial era, tambm, analisar o desempenho
proporcionado pela utilizao de modelos economtricos de regresso que, tradicionalmente,
a metodologia mais utilizada na previso por transporte areo. Porm, diante das
dificuldades adiante indicadas, optou-se por estudar apenas as sries temporais.
No foi encontrado nenhum material bibliogrfico, de acesso pblico, que retratasse,
de forma realista e atual, as reas geogrficas que sofrem influncia econmica dos
municpios paulistas com aeroportos com trfego areo regular. Uma vez que um documento
desta natureza estivesse a disposio seria, ento, possvel a identificao dos fatores
econmicos relacionados com a pujana econmica da regio para poderem ser utilizados
como variveis explicativas.
Verificou-se, ainda, que as variveis tradicionalmente citadas na literatura como
fatores determinantes para a demanda por transporte areo: Renda (Proxy: Renda per Capita)
e Consumo (Proxy: consumo de energia eltrica) estavam disponveis somente em base anual.
Dessa forma, a base de dados que, inicialmente, somava 80 observaes seria reduzida para
apenas seis, o que, alm de no propiciar a calibrao de regresses confiveis (do ponto de
vista amostral), tambm no possibilitaria o uso das metodologias inicialmente planejadas:
Box-Jenkins (necessita de, no mnimo, 50 observaes) e Suavizao Exponencial (necessita
de dois ciclos sazonais completos).
Em relao ao processo de coleta de dados, a srie de dados utilizada para a realizao do
estudo de caso compreende o intervalo entre Janeiro/97 a Agosto/03. A escolha por esta janela
temporal , exclusivamente, devida disponibilidade do DAESP. Vale ressaltar que o
intervalo (srie) compreendendo o perodo entre janeiro de 1997 e agosto de 2002, o qual se
denominou conjunto inicializao foi utilizado para o fim de calibrar os modelos. J o
intervalo entre setembro de 2002 e agosto de 2003, o qual se denominou conjunto teste foi
utilizado apenas para o fim de avaliar e selecionar os modelos. Por intermdio desta diviso
nos dados foi possvel avaliar o poder real de previso dos diferentes modelos calibrados.
As metodologias aqui adotadas (Box-Jenkins e Suavizao Exponencial) necessitam de
amostras representativas (a metodologia Box-Jenkins, por exemplo, precisa de, no mnimo, 50
6
observaes) o que, forosamente, dada a restrio do banco de dados do DAESP, obrigou o
uso de dados mensais. Isto, por sua vez, resultou em previses mensais. , no entanto,
necessrio dizer que este tipo de previso (mensal) no o mais usual em se tratando de
transporte areo.
O processo de modelagem por meio da metodologia Box-Jenkins (identificao,
estimao dos parmetros, checagem e previso) foi realizado mediante o uso do pacote
estatstico STATISTICA. J o processo de modelagem por meio da utilizao da famlia de
modelos de Suavizao exponencial (inicializao, otimizao dos parmetros e previso) foi
realizado mediante a utilizao do suplemento SOLVER do software EXCEL.
O critrio utilizado para determinar o melhor modelo, isto , aquele com maior grau de
acurcia foi o menor valor para a Estatstica U de Theil (Makridakis et al., 1998).
1.5 Delimitao
7
CAPTULO 2
2 Reviso Bibliogrfica
A previso de demanda utilizando modelos quantitativos pode ser feita por intermdio
de vrios modelos matemticos. O emprego de cada modelo depende basicamente do
comportamento da srie temporal que se deseja analisar. Uma srie temporal pode exibir at
quatro caractersticas diferentes em seu comportamento: mdia, tendncia, ciclo e
sazonalidade (Makridakis et al., 1998). Estas caractersticas esto exemplificadas na Figura 2.
Toda variao em uma srie temporal que no pode ser explicada pelas caractersticas
demonstradas na Figura 2 devida ao rudo aleatrio no processo gerador dos dados; tal
rudo no matematicamente modelvel.
8
FIGURA 2. Caractersticas de uma srie temporal. (Adaptado de Makridakis et al., 1998).
zt = zt -1
onde z t a previso para o perodo t e z t-1 o valor real observado no perodo t-1.
A previso trivial normalmente utilizada quando a srie de dados possui um comportamento
altamente imprevisvel.
9
2.2 Modelos de Mdias Mveis
Os Modelos de Mdias Mveis geram previses mdias com menor variabilidade que os
dados originais. Isso ocorre devido ao processo de combinao entre as observaes com
valores altos e valores baixos. Possuem como caractersticas a simplicidade e o baixo custo
computacional. Conforme menciona Tubino (2000, p. 70), a mdia mvel usa dados de um
nmero predeterminado de perodos, normalmente os mais recentes, para gerar sua previso.
A cada novo perodo de previso se substitui o mais antigo pelo mais recente.
Conforme citam Makridakis et.al. (1998), o mtodo consiste em calcular a mdia das
ltimas n observaes mais recentes. O valor encontrado considerado a previso para o
prximo perodo. A previso por meio de mdias mveis pode ser obtida mediante a
utilizao da equao descrita da seguinte forma por Mentzer e Bienstock (1998, p. 49):
( St + St 1 + St 2 + ... + St n+1 )
Ft +1 =
n
Onde:
Ft +1 : previso para o perodo t +1;
St 1 : observao referente ao perodo t-1;
n: nmero de perodos utilizados na mdia mvel.
10
2.3 Modelos de Suavizao Exponencial
z = az + (1 - a) z
t +1 t t
onde z a previso da demanda para o tempo t +1, feita no perodo atual t ; a constante
t +1
Uma forma de medir a acurcia da previso calcular o erro gerado pela mesma,
matematicamente: e = z z .
t t t
Para ilustrar estes conceitos, suponha que se deseje saber a previso de demanda de
um eletrodomstico para os prximos trs meses. Considere a ltima demanda observada
como sendo 55 unidades e = 0,1. Assim,
e = z z = 2
1 1 1
a diferena entre o valor real e o valor previsto;
11
TABELA 1. Previso de demanda de um eletrodomstico.
t zt
Previso ( zt ) et
1 55 53 2
2 52 53,2 -1,2
3 54 53,08 0,92
As previses de demanda ( zt ) feitas neste exemplo foram calculadas sempre com base
no perodo imediatamente anterior [ zt ( t 1)]. Previses podem ser feitas para mais de um
perodo; desta forma, porm, no ocorre a atualizao do modelo a cada perodo, aumentando
assim o componente de erro.
O valor da constante de suavizao pode ser definido de duas formas: arbitrria ou
iterativamente. Neste caso, utiliza-se alguma forma de comparao como, por exemplo, o
Erro Quadrado Mdio (E.Q.M.). Outras formas de comparao poderiam ser empregadas:
Erro Percentual Absoluto Mdio (E.P.A.M.) ou Erro Absoluto Mdio (E.A.M.). Desta
maneira, seleciona-se aleatoriamente um valor inicial para a constante , a partir do qual
previses so geradas. Comparam-se, ento, os valores previstos com os reais, calcula-se a
mdia do quadrado das diferenas entre os mesmos. O parmetro que minimizar essa mdia ,
ento, utilizado no modelo final. Pacotes computacionais determinam automaticamente o
melhor valor de .
A magnitude da constante determina a velocidade de resposta do modelo frente a
mudanas na demanda (Montgomery et al.; 1990). Valores pequenos de fazem com que o
modelo demore a assumir mudanas no comportamento da srie. Com valores grandes de ,
o modelo reage rapidamente.
Os modelos de suavizao exponencial simples requerem uma estimativa inicial para
z . Quando dados histricos esto disponveis, pode-se usar uma mdia simples das N
t
observaes mais recentes como z . Caso contrrio pode-se utilizar a ltima observao, ou
t
O modelo de Holt pode ser utilizado, de maneira satisfatria, em sries temporais com
tendncia linear. Este modelo emprega duas constantes de suavizao, e (com valores
12
entre 0 e 1), sendo representado por trs equaes (Makridakis et al., 1998):
Lt = zt + (1 )( Lt 1 + Tt 1 ) , (1)
Tt = ( Lt Lt 1 ) + (1 ) Tt 1 , (2)
zt + k = Lt + k Tt . (3)
respectivamente. Uma alternativa para estes clculos iniciais igualar L0 ao ltimo valor
observado na srie temporal e calcular uma mdia das declividades nas ltimas observaes
para T0 . Uma outra forma de clculo a regresso linear simples aplicada aos dados da srie
T0 =
( 6 4 ) + (8 6 ) + ... + ( 34 31) = 2,73 o valor mdio da declividade nos
11
ltimos 12 meses.
Considerando = 0,3 e = 0,1, obtm-se os valores apresentados na Tabela 2. A
seguir so apresentados exemplos dos clculos para o perodo correspondente ao tempo t =1:
13
z1 = L0 + kT0 = 34 + 1( 2, 73 ) = 36, 73;
e1 = z1 z1 = 40 36, 73 = 3, 27;
L1 = 0,3 z1 + 0, 7 ( L0 + T0 ) = 0,3 ( 40 ) + 0, 7 ( 34 + 2, 73 ) = 37, 71;
T1 = 0,1( L1 L0 ) + 0,9T0 = 0,1( 37, 71 34 ) + 0,9 ( 2, 73 ) = 2,83;
zt +1 = L1 + kT1 = 37, 71 + 1( 2,83 ) = 40,54.
14
2.2.3.1 Modelo Multiplicativo de Holt-Winters
zt
Lt = + (1 )( Lt 1 + Tt 1 ) , (4)
St s
Tt = ( Lt Lt 1 ) + (1 ) Tt 1 , (5)
zt
St = + (1 ) St s , (6)
Lt
zt + k = ( Lt + kTt ) S t s + k , (7)
onde s uma estao completa de sazonalidade (por exemplo, s igual a 12 quando se tem
dados mensais e sazonalidade anual); Lt , Tt e St representam o nvel, a tendncia e a
1 z z z z z z
Ts = s +1 1 + s + 2 2 + ... + s + s s . (9)
s s s s
Para o componente sazonal, utilizam-se s estimativas iniciais:
z1 z z
S1 = , S2 = 2 ,..., S s = s . (10)
Ls Ls Ls
Estimadores diferentes dos apresentados nas equaes (8), (9) e (10) esto disponveis
na literatura. Alguns exemplos podem ser encontrados em Winters (1960), Jonhson &
Montgomery (1974), Hamilton (1994) e Elsayed & Boucher (1994).
A Tabela 3 apresenta um exemplo de previso de demanda utilizando o modelo
multiplicativo de Holt-Winters com = 0,822, = 0,055 e = 0. Para tanto, utilizada
uma srie temporal sazonal com dados dispostos trimestralmente (Makridakis et al., 1998). Os
clculos iniciais da tabela so apresentados a seguir:
16
1 1
Ls = ( z1 + z2 + ... + z4 ) = ( 362 + 385 + 432 + 341) = 380;
4 4
1 z z z z2 z z4
Ts = 5 1 + 6 + ... + 8
4 4 4 4
1 382 362 409 385 498 432 387 341
= + + + = 9, 75;
4 4 4 4 4
z 362
S1 = 1 = = 0,953;
Ls 380
z 2 385
S2 = = = 1,013;
Ls 380
z3 432
S3 = = = 1,137;
Ls 380
z 4 341
S4 = = = 0,897;
Ls 380
z4 +1 = ( L4 + kT4 ) S 1 = ( 380 + 1 9,75 ) 0,953 = 371, 29;
z5 382
L5 = + (1 )( Ls + Ts ) = 0,822 + (1 0,822 )( 380 + 9, 75 ) = 398,99;
S1 0,953
T5 = ( L5 Ls ) + (1 ) Ts = 0, 055 ( 398,99 380 ) + (1 0,055 ) 9, 75 = 10, 26;
z5 382
S5 = + (1 ) S1 = 0 + (1 0 ) 0,953 = 0,953.
L5 398,99
17
Os valores das constantes de suavizao seguem a mesma lgica de determinao
sugerida para os outros mtodos de suavizao exponencial.
Lt = ( zt St s ) + (1 )( Lt 1 + Tt 1 ) , (11)
Tt = ( Lt Lt 1 ) + (1 ) Tt 1 , (12)
St = ( zt Lt ) + (1 ) St s , (13)
zt + k = Lt + kTt + St s + k . (14)
S1 = z1 Ls , S2 = z2 Ls ,..., S s = zs Ls .
18
temporais. Alguns conceitos devem ser analisados para o entendimento dos modelos Box-
Jenkins; tais conceitos so apresentados na seqncia.
A representao de fenmenos fsicos mostrada numa srie temporal pode ser feita por
meio de uma modelagem matemtica. Nos modelos, valores podem ser agrupados e descritos
por intermdio de equaes matemticas. Pode-se utilizar modelagem matemtica, por
exemplo, para prever o valor de variveis de interesse em qualquer momento no tempo, caso
as variveis sejam dependentes do tempo. Sempre que uma previso exata for possvel, os
modelos so ditos determnisticos. No entanto, muitos fenmenos no so de natureza
determinstica, devido incidncia aleatria de fatores desconhecidos. Nestes casos, a
previso do valor futuro est sujeita a um clculo de probabilidade. Modelos matemticos
desenvolvidos para analisar tais fenmenos so ditos estocsticos.
Um processo estocstico caracterizado por uma famlia de variveis aleatrias que
descrevem a evoluo de algum fenmeno de interesse. Processos estocsticos que
caracterizam os estudos de sries temporais descrevem a evoluo temporal de um fenmeno
de interesse.
19
FIGURA 3. Sries temporais. (Fonte: Box & Luceo, 1997).
20
TABELA 4. Desenvolvimento para o clculo da auto-correlao de lag 1 da srie utilizada na Tabela 5.
t zt zt 1 (z t z) (z t 1 z) (z
t z)
2
(z
t z )( zt 1 z )
1 0,656 - 0,198 - 0,039 -
2 1,057 0,656 0,599 0,198 0,359 0,119
3 -1,750 1,057 -2,208 0,599 4,874 -1,323
4 -0,489 -1,750 -0,947 -2,208 0,896 2,090
5 -2,861 -0,489 -3,319 -0,947 11,015 3,142
# # # # # # #
49 -1,799 -0,937 -2,257 -1,395 5,093 3,148
50 -1,698 -1,799 -2,156 -2,257 4,648 4,865
z= 0,458 300,493 254,969
Auto-correlao
E ( zt )( zt k )
k = , (15)
E ( zt ) E ( zt k )
2 2
ou
21
E ( zt )( zt k )
k = , (16)
z2
onde z2 a varincia da srie temporal.
Uma estimativa do coeficiente de auto-correlao populacional k nas equaes (16)
e (17) dado pelo coeficiente de auto-correlao amostral:
( zt z )( zt k z )
n
t =1
onde
1 n
z= zt .
n t =1
o que implica em uma forte associao entre os valores da srie em questo, para uma
defasagem igual a 1.
Similarmente auto-correlao, a auto-correlao parcial tambm permite analisar o
relacionamento entre valores de uma srie temporal. Porm, a auto-correlao parcial mede o
grau de associao entre zt e zt k , quando o efeito de outros lags 1, 2, 3, ... , (k-1)
22
O coeficiente de auto-correlao parcial kk o ksimo coeficiente em um processo auto-
regressivo de ordem k (Box et al., 1994).
Uma vez apresentados os conceitos bsicos, passa-se ao detalhamento dos modelos de
Box-Jenkins.
relacionando uma varivel dependente z a um grupo de variveis independentes x1, x2, ..., xp,
e um termo de erro a , ser geralmente referido como um modelo de regresso. Assim z dito
regredido em x1, x2, ..., xp. Na equao (18), a varivel z regredida em valores prvios da
prpria varivel; por essa razo, o modelo denominado auto-regressivo (Box et al., 1994).
Os coeficientes auto-regressivos 1 , 2 ,..., p , so parmetros que descrevem como
( B) = 1 1 B 2 B 2 ... p B p ,
simplificando a representao matemtica do modelo auto-regressivo para
( B) zt = at .
23
O modelo AR(p) contm p+2 parmetros desconhecidos ( a , 1 , 2 ,..., p , a2 ) , os
quais podem ser estimados a partir de valores observados na srie temporal. a2 a varincia
unitrio. Isto equivale dizer que 1 < 1, para que a condio estacionria se verifique.
A funo de auto-correlao do processo dada por k = 1 k 1 , com k > 0, ou
24
(i) 1 + 2 < 1,
(ii) 2 1 < 1 e
(iii) 1 < 2 < 1.
A funo de auto-correlao do processo AR(2) dada por
k = 1 k 1 + 2 k 2 , com k > 0.
Nos modelos de mdia mvel, zt , que representa a observao zt subtrada da mdia
chamado um processo de mdia mvel (MA) de ordem q. O nome mdia mvel pode levar a
equvocos de interpretao, j que os pesos 1, 1 , 2 ,..., q no somam,
25
necessariamente, a unidade nem precisam ser, necessariamente, positivos (Montgomery et al.,
1990).
O coeficiente de mdia mvel de ordem q pode ser expresso usando a definio do
operador B
( B) = 1 1 B 2 B 2 ... q B q ,
simplificando a representao matemtica para
zt = ( B)at ,
o qual contm q+2 parmetros desconhecidos ( ,1 , 2 ,..., q , a2 ) , estimveis a partir dos
valores observados na srie temporal.
Uma vez que a srie
( B) = ( B) = 1 1 B 2 B 2 ... q B q
finita, nenhuma restrio necessria sobre os parmetros do processo de mdia mvel para
assegurar estacionariedade.
A funo de auto-correlao de um processo MA(q)
k + 1 k +1 + ... + q k q
k = , com k = 1, 2, ..., q, e (25)
1 + 12 + ... + q2
k = 0 quando k > q.
26
A funo de auto-correlao do processo MA(2) dada por:
1 (1 2 )
1 = ,
1 + 12 + 22
2
2 = ,
1 + 12 + 22
k = 0 , para k 3.
Algumas vezes, sries temporais so mais bem modeladas com a incluso de termos
auto-regressivos e de mdia mvel. O resultado um modelo misto auto-regressivo mdia
mvel de ordem (p,q):
zt = 1 zt 1 + ... + p zt p + at 1at 1 ... q at q , (29)
27
Este processo estacionrio se 1 < 1.
A funo de auto-correlao de um processo ARMA (1,1)
(1 11 )(1 1 )
1 = ,e
1 + 12 211
k = 1 k 1 quando k 2 .
Como se pode ver, o componente de mdia mvel faz parte apenas da determinao de 1 .
Conseqentemente, a funo de auto-correlao apresenta um pequeno decrscimo entre 0
e 1 , decrescendo exponencialmente a partir de 1 , em contraste com o modelo AR (1), que
decresce exponencialmente a partir de 0 . 1 positivo sempre que 1 for maior que 1 , e
negativo em caso contrrio.
Muitas sries temporais no possuem uma mdia constante. Isto significa que, em
Figura 5.
28
FIGURA 4. Srie temporal no estacionria na mdia. (Fonte: Montgomery et al., 1990).
FIGURA 5. Srie temporal no estacionria na mdia e na declividade (Fonte: Montgomery et al., 1990).
29
( B ) = ( B )(1 B ) d , (30)
( B ) zt = ( B )(1 B ) d zt = ( B )at ,
ou
( B) wt = ( B)at , (31)
onde
w t = d zt = zt zt d . (32)
Assim, um comportamento homogneo no-estacionrio pode ser representado por um
processo estacionrio, com d nveis de diferenciao. Na prtica, d pode ser 0 ou 1, ou, no
mximo, 2.
Uma boa representao do efeito da diferenciao sobre uma srie temporal no
estacionria vem dada pela Figura 6.
30
Figura 6. Reduo do comportamento no estacionrio de uma srie temporal aps sucessivas diferenciaes.
(Adaptado de Montgomery et al., 1990).
31
corresponde ao componente auto-regressivo, d ao nmero de diferenciaes e q ao
componente de mdia mvel. O processo representado pela equao (Box et al., 1994):
wt = 1 wt 1 + ... + p wt p + at 1at 1 ... q at q (33)
zt = S d wt ,
onde S = 1 = (1 B ) 1 o operador de soma, definido por:
Swt = wt j = wt + wt 1 + wt 2 + ...
j =0
Assim, o processo geral auto-regressivo integrado a mdia mvel ARIMA pode ser
gerado somando-se ou integrando-se o processo estacionrio ARMA wt , d vezes.
A seguir, so apresentados alguns casos especiais do modelo ARIMA (Box et al.,
1994):
zt = at 1at 1 = (1 1 B)at ,
onde p = 0, d = 1, q = 1, ( B ) = 1 , ( B) = 1 1 B . Este modelo pode ser descrito
abreviadamente por IMA (1,1) (Montgomery et al., 1990), uma vez que no possui
componente auto-regressivo.
2 zt = at 1at 1 2 at 2 = (1 1 B 2 B 2 ) at ,
onde p = 0, d = 2, q = 2, (B) = 1, ( B ) = 1 1 B 2 B 2 . Uma outra forma de descrever
este modelo IMA (2,2).
zt 1 zt 1 = at 1at 1 , ou
(1 1 B)zt = (1 1 B)at ,
32
onde p = 1, d = 1, q = 1, ( B) = 1 1 B, ( B) = 1 1 B.
( B s ) sD zt = ( B s )at , (34)
( B ) d t = ( B )at , (35)
p ( B) p ( B s ) d sD zt = ( B)Q ( B s )at ,
chamado de processo multiplicativo de ordem (p,d,q) x (P,D,Q)s.
33
2.4.7 Modelagem de Srie Temporal
A identificao de um modelo ARIMA feita por meio da anlise dos dados que
compem a srie temporal. Geralmente, necessita-se um mnimo de 50 observaes para
identificar-se satisfatoriamente o modelo que melhor descreve a srie temporal (Box et al.,
1994). . As principais ferramentas usadas no processo de identificao do modelo so a
funo de auto-correlao (F.A.C.) e a funo de auto-correlao parcial (F.A.C.P.).
A escolha do modelo mais apropriado para descrever uma srie temporal no uma
tarefa trivial, dado que existe uma grande variedade de modelos ARIMA a serem
considerados como candidatos. Na prtica, a identificao do melhor modelo pode ser
auxiliada pela seqncia de passos abaixo (Makridakis et al., 1998):
1. Por meio do grfico da srie temporal, analisa-se o seu comportamento no tempo.
Em algumas situaes, necessrio fazer transformaes nos dados (por exemplo, uma
transformao logartmica), com a finalidade de estabilizar a varincia da srie em estudo.
2. Uma vez estabilizada a varincia, caso tal procedimento seja necessrio, verifica-se
a condio estacionria da srie. Este procedimento feito em duas etapas: anlise da srie
temporal e dos grficos das F.A.C. e F.A.C.P.. Quando a srie exibe dados em torno de uma
mdia constante e os grficos das F.A.C. e das F.A.C.P. apresentam auto-correlaes que
tendem a zero rapidamente, tem-se a indicao de que a srie estacionria. Se algum destes
requisitos no for observado, a srie , possivelmente, do tipo no-estacionria.
3. Sries no-estacionrias devem ser estabilizadas por meio de diferenciao. Para
sries no sazonais, faz-se a diferenciao das observaes ( zt = zt zt 1 ) ; para sries
34
diferenciao necessria. Geralmente, a srie torna-se estacionria aps, no mximo, duas
diferenciaes.
4. Uma vez a srie estando estacionria, os valores de D e d so conhecidos. Resta
determinar os componentes normais, p e q, e os componentes sazonais, P e Q.
Se a F.A.C. extingue-se rapidamente e a F.A.C.P. trunca abruptamente aps o lisimo
lag, ento p = 1. Da mesma maneira, para sries sazonais, o valor de P ser igual ao nmero
de lags significativos mltiplos de s na F.A.C.P. Entendem-se como lags significativos
queles que ultrapassem os limites de 2S (rk ) para a F.A.C., e 2S (kk ) para a F.A.C.P.
onde:
1/ 2
1/ 2
S (rk ) n [1 + 2(r + r + ... + r )]
1
2
2
2
q
2
(36)
S (kk ) n 1/ 2 , (37)
e n o nmero de observaes da srie.
Se a F.A.C.P. extingue-se rapidamente, e a F.A.C. trunca abruptamente aps o lisimo
lag, ento q = 1. Para modelos sazonais, o valor de Q ser igual ao nmero de lags
significativos mltiplos de s na F.A.C..
Quando ambas as F.A.C. e F.A.C.P. extinguem-se rapidamente, um modelo misto
pode ser necessrio. Tais modelos so de difcil identificao, devendo-se usar um processo
por tentativas que inicie testando valores baixos de P, Q, p e q.
Uma vez identificado o modelo, seus parmetros devem ser estimados. O mtodo dos
mnimos quadrados pode ser usado na identificao dos parmetros de modelos ARIMA
(Makridakis et al., 1998). Todavia, para os componentes MA, no existe uma frmula simples
para determinao das estimativas dos parmetros.
Um outro mtodo freqentemente utilizado na estimao de parmetros o da mxima
verossimilhana. Como o prprio nome indica, o estimador ser o valor de parmetro que
maximiza a funo de verossimilhana, definida a seguir. Seja Z uma varivel aleatria com
distribuio de probabilidade f ( z , ) , onde um parmetro desconhecido a ser
estimado. Sejam z1 , z2 ,..., zn valores observados numa amostra aleatria de tamanho n.
Ento, a funo de verossimilhana da amostra (Montgomery, 1994):
35
L( ) = f ( z1 , ) f ( z2 , ) ... f ( zn , ) ,
Uma vez obtido um modelo ajustado para a srie temporal, deve-se determinar sua
adequao e necessidade de melhoria. Um mtodo lgico para a verificao do modelo utiliza
o clculo dos resduos (et = zt zt ) . Deve-se estimar e examinar a funo de auto-
correlao dos resduos (Montgomery et al., 1990). Se o modelo obtido for apropriado, a
F.A.C. da amostra dos resduos re (k ) no deve apresentar lags significativos para nenhum
valor de k, neste caso definidos como sendo os maiores que n 1/ 2 . Quando este for o caso, os
resduos resultantes da srie temporal zt tero sido transformados em um processo de rudo
aleatrio.
Uma outra forma de verificao da significncia so os testes de Portmanteau. Estes
testes no consideram os valores de re (k ) individualmente, mas o conjunto dos k primeiros
36
2.4.7.4 Previses
Uma vez determinado o melhor modelo para a srie temporal em estudo, pode-se us-
lo para gerar previses de observaes futuras. Partindo-se do perodo presente t, e supondo
que se deseja prever a srie em um perodo futuro, zt +k representa a previso para um perodo
t+k feita em t.
A previso para o perodo t+k normalmente construda a partir de sucessivas
previses para os perodos t+1, t+2, ... , t+k-1 (Montgomery et al., 1990). Neste
procedimento, o valor de zt + j , o qual no se conhece no tempo t, substitudo pela sua
previso zt + j . O valor de at + j , o qual tambm no se conhece no tempo t, substitudo por
zero, e at j = zt j zt j . No incio do processo de previso, deve-se assumir que at j = 0
para t j 0.
37
Exemplo 1
-2
-4
-6
O grfico da Figura 7 mostra que a srie temporal varia em torno da sua mdia,
podendo ser caracterizada como estacionria. Porm, a condio estacionria deve ser
38
comprovada por intermdio da anlise das auto-correlaes, conforme definido na equao
(18). Os grficos da F.A.C. e F.A.C.P. so mostrados na Figura 8.
39
FIGURA 9. F.A.C. dos resduos da srie representada na Figura 7.
Exemplo 2
40
14 1,618 34 0,568 54 -0,89 74 -1,552 94 1,46
15 -1,26 35 0,515 55 -1,778 75 -0,213 95 -0,493
16 0,288 36 -0,436 56 -0,202 76 2,607 96 -0,888
17 0,858 37 0,567 57 0,45 77 1,572 97 -0,53
18 -1,752 38 1,04 58 -0,127 78 -0,261 98 -2,757
19 -0,96 39 0,064 59 -0,463 79 -0,686 99 -1,452
20 1,738 40 -1,051 60 0,344 80 -2,079 100 0,158
-1
-2
-3
-4
O grfico da Figura 10, da mesma forma que o exemplo 1, mostra que a srie temporal
varia em torno da sua mdia, o que permite caracteriz-la como sendo estacionria.
Novamente, a condio no estacionria deve ser comprovada por meio da anlise das auto-
correlaes. Os grficos da F.A.C. e F.A.C.P. so mostrados na Figura 11.
41
A condio estacionria confirmada pelos grficos das F.A.C. e F.A.C.P., j que seus
valores tendem a zero rapidamente. Com a F.A.C.P. extinguindo-se rapidamente e a F.A.C.
contendo apenas um lag significativo, tem-se a sugesto de um modelo MA (1). Assim,
usando-se a equao (26), temos:
zt = at 1at 1 ,
A partir do mtodo de mxima verossimilhana, obtm-se uma estimativa para o
parmetro do modelo 1 = 0,7318 , o que conduz seguinte expresso:
zt = at + 0,7318at 1 ,
resultando na F.A.C. dos resduos sem lags significativos. Assim, o modelo estimado
considerado adequado.
Exemplo 3
42
TABELA 7. Usurios conectados a um servidor da Internet durante um perodo de 100 minutos
(Makridakis et al., 1998).
t zt t zt t zt t zt t zt
1 88 21 147 41 142 61 112 81 121
2 84 22 149 42 150 62 104 82 135
3 85 23 143 43 159 63 102 83 145
4 85 24 132 44 167 64 99 84 149
5 84 25 131 45 170 65 99 85 156
6 85 26 139 46 171 66 95 86 165
7 83 27 147 47 172 67 88 87 171
8 85 28 150 48 172 68 84 88 175
9 88 29 148 49 174 69 84 89 177
10 89 30 145 50 175 70 87 90 182
11 91 31 140 51 172 71 89 91 193
12 99 32 134 52 172 72 88 92 204
13 104 33 131 53 174 73 85 93 208
14 112 34 131 54 174 74 86 94 210
15 126 35 129 55 169 75 89 95 215
16 138 36 126 56 165 76 91 96 222
17 146 37 126 57 156 77 91 97 228
18 151 38 132 58 142 78 94 98 226
19 150 39 137 59 131 79 101 99 222
20 148 40 140 60 121 80 110 100 220
43
250
200
Usurios
150
100
50
0
0 20 40 60 80 100 120
Minutos
O grfico da F.A.C. confirma a condio no-estacionria da srie, uma vez que seus
valores no tendem a zero rapidamente. Assim, necessrio fazer a diferenciao da srie
temporal, a fim de torn-la estacionria. O grfico da primeira diferenciao ( zt zt 1 ) est
representado na Figura 14.
44
FIGURA 14. Grfico e linha de mdia da srie temporal apresentada na Tabela 7, aps primeira diferenciao.
zt zt 1 = 1 ( zt 1 zt 2 ) + 2 ( zt 2 zt 3 ) + 3 ( zt 3 zt 4 ) + at .
45
A partir de regresso, estimam-se os parmetros do modelo: 1 = 1,1563 ,
2 = 0,6665 e 3 = 0,3346 ; o modelo resultante dado por:
FIGURA 16. F.A.C. dos resduos da srie representada pelos valores estimados
46
A decomposio pelo mtodo Census II envolve a aplicao de mdia mvel
ponderada aos dados, causando a perda de alguns valores no incio e no final da srie
temporal. A funo das variantes X-11 ARIMA e X-12 ARIMA fazer a previso destes
valores perdidos com o clculo das mdias, utilizando para isto, modelos de Box-Jenkins.
Esta metodologia tratada com maior profundidade em Findley et al. (1998).
Nos modelos usuais de regresso, uma varivel dependente estimada por intermdio
de uma ou mais variveis independentes, acrescidos de um termo de resduo. Supe-se, via de
regra, que esses resduos sejam normalmente distribudos, com mdia zero, varincia a2 e
componentes no-correlacionados.
Os modelos de Box-Jenkins em determinadas situaes no modelam de maneira
adequada uma srie temporal. Muitas vezes, resduos da modelagem Box-Jenkins possuem
componentes correlacionados. Assim, estes resduos podem ser utilizados como variveis
independentes em modelos de regresso (ver Makridakis et al., 1998). Desta forma, utilizam-
se as caractersticas dos modelos de Box-Jenkins para descrever, em conjunto com outras
variveis independentes, o comportamento da varivel dependente.
47
O tempo despendido na construo de um modelo satisfatrio costuma ser
grande. Existem situaes em que centenas, ou talvez milhares de sries temporais
esto em estudo, o que pode inviabilizar economicamente a realizao de melhorias
na acurcia das previses.
gerados por cada modelo (et = Yt Ft ) . Uma vez que o clculo dos erros pode resultar em
valores positivos ou negativos, o que pode, em algumas situaes, zerar o seu somatrio,
diferentes manipulaes da estatstica de erro ( et ) devem ser empregadas. Estas diferentes
48
1 n 2
Erro Quadrado Mdio (E.Q.M.) = et ,
n t =1
1 n
Erro Absoluto Mdio (E.A.M.) = et ,
n t =1
1 n et
Erro Percentual Absoluto Mdio (E.P.A.M.) = 100 . ,
n t =1 Yt
2.5.2 Comentrios
Nenhuma das medidas citadas anteriormente d uma boa base de comparao ordinal
quanto aos ganhos de acuracidade auferidas pelo uso de determinado mtodo de previso em
detrimento de outro. Por exemplo, ser que pelo fato de se observar um valor de cinco
unidades para a estatstica E.Q.M., ou um percentual de 3,2% para a estatstica E.P.A.M. j
permite dizer que um determinado mtodo um bom previsor para um processo qualquer?
Dentro deste contexto a estatstica U de Theil adequada, pois permite uma comparao
relativa entre mtodos de previso formais com o Mtodo Trivial de Previso.
Matematicamente, a estatstica U de Theil definida como:
F Yt + 1
2
n 1
t +1
U =
t =1
Yt
Yt + 1 Yt
2
n 1
t =1
Yt
49
A caracterstica positiva da utilizao da estatstica U de Theil, como medida de
acurcia, sua interpretao intuitiva:
se U < 1 a tcnica de previso testada mais acurada que o mtodo trivial, portanto,
vantajosa a utilizao do mtodo testado.
se U = 1 a tcnica de previso testada to acurada quanto as mtodo trivial de
previso. Logo, no existe diferena, no que tange qualidade de previso, se
for empregado tanto o modelo testado quanto o modelo trivial para a tarefa de
previso.
se U > 1 a tcnica de previso testada inferior (menos acurada), em relao ao
mtodo trivial. Sendo assim, vantajoso utilizar o mtodo trivial para prever
o processo em estudo.
50
CAPTULO 3
51
De forma geral, os critrios para a escolha de um sistema de previso compreendem as
etapas descritas a seguir.
52
Custo Custo total
Custo previso
Perdas causadas
pela incerteza
Acurcia na
previso
timo
FIGURA 17. Relao entre acurcia e custo de previso. (Adaptado de Montgomery et., 1990).
Fica claro, a partir da anlise do grfico na Figura 17, que aps um determinado ponto
o aumento dos recursos investidos no implica em aumento expressivo na acurcia. Sendo
assim, procura-se trabalhar dentro de uma faixa que possibilite a melhor previso a um menor
custo.
Uma segunda classe de decises envolve elementos temporais; mais
especificadamente, o perodo, o horizonte e o intervalo da previso requerida.
O perodo a unidade bsica de tempo em que a previso requerida. Geralmente, ele
expresso em meses ou semanas, dependendo do espao de tempo em que os dados de
demanda esto armazenados. Dentre os elementos temporais, a magnitude do perodo o fator
que mais influencia na escolha do modelo a ser utilizado.
O horizonte o nmero de perodos futuros cobertos pela previso, sendo expresso na
mesma unidade temporal do perodo. Est relacionado com a capacidade de resposta da
organizao em relao gerao de novas informaes. Sendo assim, quanto menos flexvel
for a organizao, isto , quanto menor for sua capacidade de atualizar e gerar novas
informaes, maior ser o horizonte de previso; por outro lado, quanto mais agilidade a
organizao possuir em atualizar e disponibilizar novas informaes, menor o horizonte de
tempo para a gerao de novas previses.
O intervalo a freqncia com a qual novas previses so preparadas. Na definio
desta freqncia, existe um trade-off entre o risco de no se identificar uma mudana na srie
53
temporal e os custos incorridos na reviso da previso. Assim, o intervalo depende da
estabilidade do processo, das conseqncias de se estar usando uma previso obsoleta, e dos
custos da previso e do replanejamento. Geralmente o intervalo igual ao perodo. Desta
maneira, os modelos so revistos a cada perodo, usando a demanda do perodo mais recente
(Montgomery et al., 1990).
Durante a etapa de definio do problema, o tcnico responsvel pela elaborao do
sistema de previso deve consultar todos aqueles envolvidos na coleta de dados, na
manuteno do banco de dados e no uso das previses para o planejamento futuro.
54
um cliente especfico, uma regio geogrfica ou um vendedor. Os filtros, no exemplo, so os
clientes, a regio geogrfica e os vendedores.
A atualizao do banco de dados deve ser feita a cada perodo, incorporando-se assim
as informaes mais recentes aos modelos de previso.
55
Esta caracterstica de suma importncia, quando se necessita de agilidade na anlise
de muitas sries.
Verifique a capacidade de processamento de dados do pacote. Alguns sistemas de
previso utilizam sries temporais bastante extensas, que podem facilmente ultrapassar
o limite de capacidade de processamento de alguns pacotes computacionais.
Verifique a acurcia das previses calculadas pelo pacote. Apesar de possurem
diferentes algoritmos, pacotes distintos devem apresentar resultados, no mnimo, bem
prximos. Assim, interessante fazer uma comparao entre eles, uma vez que alguns
podem conter erros.
Uma vez retirados os valores esprios, analisam-se fatores como padres, tendncias e
sazonalidades que podem estar presentes na srie temporal em estudo. A anlise grfica
preliminar fornece subsdios auxiliares na escolha dos modelos quantitativos a serem
utilizados na modelagem matemtica das diversas sries de dados. Outra ferramenta bastante
56
til, nesta fase do estudo, a anlise da funo auto-correlao das observaes da srie
temporal.
A escolha do modelo de previso apropriado a uma srie de dados temporais deve estar
baseada, alm da acurcia do modelo, nos seguintes fatores (Makridakis et al., 1998):
57
bons resultados. Porm, quando o componente cclico domina a tendncia, o modelo
de Holt pode gerar uma previso pouco acurada, uma vez que a tendncia linear no se
mantm constante.
58
CAPTULO 4
4. Estudo de Caso
59
o conjunto teste, compreendido entre Setembro/2002 e Agosto/2003, foi utilizado apenas
como um meio para que a estratgia de avaliao escolhida pudesse ser implementada. Esta
estratgia, por sua vez, serviu de subsdio para a escolha do modelo mais acurado para cada
um dos diferentes aeroportos. A maneira como foi dividida a srie de dados (proporo)
seguiu o seguinte procedimento: 81% dos dados disponibilizados foram alocados para o
conjunto inicializao enquanto que os 19% complementares foram alocados para o conjunto
teste.
As sries histricas referentes s demandas totais (conjunto inicializao + conjunto
teste) bem como os resultados de todos os modelos, para cada um dos aeroportos
mencionados, encontram-se no Anexo.
Nesta etapa, proceder-se-, uma anlise grfica das sries histricas disponibilizadas
para a modelagem. O objetivo desta anlise verificar se alguma das caractersticas possveis
a uma srie temporal (ex: tendncia, sazonalidade, horizontalidade, aleatoriedade ou conjunto
de ambas) direta e fortemente observada, facilitando assim, o processo de entendimento pelo
qual determinado modelo se mostra como o mais adequado para uma determinada situao.
No entanto, necessrio dizer que, neste trabalho, a idia perseguida na confeco do
mesmo foi a de experimentar todas as metodologias propostas para as diferentes sries de
dados e escolher dentre elas aquela com menor margem de erro para previso real. Ou seja,
mesmo que, na situao em que uma caracterstica presente srie j indique o modelo mais
adequado, outras modelagens foram normalmente realizadas e avaliadas.
Para que tal anlise possa ser realizada, os grficos referentes ao conjunto inicializao
das sries histricas, presentes no Anexo, so plotados a seguir:
60
Demanda Aeroporto de Araatuba
12000 12000
11000 11000
10000 10000
Volume de Passageiros
9000 9000
8000 8000
7000 7000
6000 6000
5000 5000
4000 4000
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
FIGURA 18 - Demanda aeroporto de Araatuba
6000 6000
5000 5000
Volume de Passageiros
4000 4000
3000 3000
2000 2000
1000 1000
0 0
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
FIGURA 19 - Demanda aeroporto de Assis
61
Demanda Aeroporto de Bauru
18000 18000
16000 16000
14000 14000
Volume de Passageiros
12000 12000
10000 10000
8000 8000
6000 6000
4000 4000
2000 2000
0 0
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
9000 9000
8000 8000
Volume de Passageiros
7000 7000
6000 6000
5000 5000
4000 4000
3000 3000
2000 2000
1000 1000
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
FIGURA 21 - Demanda aeroporto de Marlia
62
Demanda Aeroporto de Presidente Prudente
11000 11000
10000 10000
9000 9000
Volume de Passageiros
8000 8000
7000 7000
6000 6000
5000 5000
4000 4000
3000 3000
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
FIGURA 22 Demanda aeroporto de Presidente Prudente
70000 70000
65000 65000
60000 60000
Volume de Passageiros
55000 55000
50000 50000
45000 45000
40000 40000
35000 35000
30000 30000
25000 25000
20000 20000
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
63
Demanda Aeroporto de So Jos do Rio Preto
45000 45000
40000 40000
35000 35000
Volume de Passageiros
30000 30000
25000 25000
20000 20000
15000 15000
10000 10000
5000 5000
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
FIGURA 24 Demanda aeroporto de So Jos do Rio Preto
10000 10000
9000 9000
Volume de Passageiros
8000 8000
7000 7000
6000 6000
5000 5000
4000 4000
3000 3000
2000 2000
Jan-1997 Jan-1998 Jan-1999 Jan-2000 Jan-2001 Jan-2002
Perodo
64
Analisando individualmente o formato de cada um dos grficos plotados, a partir das
sries mostradas no Anexo, aparente a impresso de que os mesmos, a grosso modo, no
apresentam um comportamento bem definido (exceo feita ao grfico do aeroporto de
Sorocaba, onde, claramente, se observa um comportamento bem definido das componentes
tendncia e sazonalidade), quanto s caractersticas possveis a uma srie temporal como
mostrada na Figura 2 (pgina 11).
Por exemplo, ao analisar mais atentamente os grficos dos aeroportos de Marlia,
Presidente Prudente e Assis observa-se a predominncia da componente aleatoriedade em
relao s outras possveis caractersticas (tendncia, mdia, sazonalidade).
Enquanto que, analisando os grficos produzidos pelos dados dos aeroportos de
Araatuba, Bauru, Presidente Prudente, Ribeiro Preto e So Jos do Rio Preto, tambm
perceptvel a predominncia da componente aleatoriedade, entretanto, agora, acompanhada da
incidncia da componente tendncia.
Esta seo tem como objetivos: apresentar os valores dos coeficientes dos diferentes
modelos testados, bem como avaliar as medidas de acurcia, calculadas a partir das previses
estimadas para os dados do conjunto teste. A partir desta anlise, j ser possvel, ento,
indicar qual dentre os modelos propostos mais se ajusta ao padro dos dados observado para
cada um dos aeroportos estudados. Para tanto, experimentar-se- os modelos de suavizao
exponencial (suavizao constante, Holt, Holt-Winters aditivo e Holt-Winters multiplicativo),
os modelos de mdia mvel (seis e 12 meses) e os modelos de Box-Jenkins que venham a ser
identificados.
A ttulo de informao, necessrio mencionar que a instituio em estudo utiliza
como modelo para gerao de previses (para fins de planejamento) o modelo mdia mvel
de 12 meses. Neste sentido, consideraes e comparaes acerca do grau de acurcia
apresentados em relao a este, tambm sero apresentadas no decorrer das subsees.
Aeroporto de Araatuba
A fim de que se pudesse indicar qual dentre os modelos testados mais adequado ao
padro de dados exibido pela srie disponibilizada para estudo, referente ao respectivo
65
aeroporto, eis que na Tabela 8 so descritas as informaes que, efetivamente, basearam a
concluso do modelo mais acurado, que so elas: os valores dos coeficientes calibrados; as
medidas de acurcia E.A.M., E.Q.M. e E.P.A.M. e a Estatstica U de Theil.
Lembrando que a estimao dos coeficientes, bem como das previses foram
realizadas mediante a utilizao do conjunto inicializao. J o clculo das medidas de
acurcia e da Estatstica U de Theil, fator este preponderante para a escolha do modelo mais
apropriado, foi realizado mediante a utilizao do conjunto teste. As previses estimadas, por
cada um dos modelos testados, so apresentadas no Anexo.
TABELA 8: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 18
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
ARIMA
( 0,1,1)( 0,1,1) 12
2.001 4.312.624 72,46 5,17
Holt-Winters aditivo
( = 0, 57; = 0, 03; = 0, 79) 3.507 12.860.780 125,94 8,80
Holt-Winters multiplicativo
( = 0, 52; = 0, 02; = 0, 74) 3.821 15.065.992 137,31 9,59
( = 0, 38)
4.192 17.689.162 150,46 10,66
Onde:
( )
2
1 80
E.Q.M. (Erro Quadrado Mdio) = Yt Ft ,
12 t =69
1 80
E.A.M (Erro Absoluto Mdio) = Yt Ft ,
12 t =69
66
1 80 Yt Ft
E.P.A.M. (Erro Percentual Absoluto Mdio) = 100 .
12 t =69 Yt
F Yt +1
2
79
t +1
U= t = 69
Yt
Y t +1 Y t
2
79
t = 69
Yt
67
Comparao: Dados reais X Previses
12000
10000
Passageiros
8000
6000
4000
2000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 f ev-05
Perodo
atual - Mdia Mvel 12 meses - pelo modelo vencedor ARIMA 0,1,1 0,1,1 ( )( ) 12 para se
Aeroporto de Assis
Analogamente ao que foi feito para o aeroporto de Araatuba segue abaixo a tabela
contendo as informaes relevantes para que o processo de escolha de modelo para o
aeroporto de Assis seja realizado.
TABELA 9: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 19
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
Suavizao Exponencial Simples
( = 0, 62)
100 17.309 15,61 0,73
Holt
( = 0, 62; = 0, 04) 393 176.059 60,02 3,23
Holt-Winters multiplicativo
( = 0, 45; = 0, 01; = 1, 00) 369 187.147 60,37 3,29
68
Holt-Winters aditivo
( = 0, 45; = 0, 06; = 0,87 ) 817 971.590 150,35 7,61
Tendo como base o critrio anteriormente citado utilizado para a escolha, isto , o
valor da Estatstica U de Theil, verifica-se que o modelo com maior grau de acurcia dentre os
modelos propostos o modelo S.E.S. - Estatstica U de Theil = 0,73. Paralelamente, o mtodo
preditivo utilizado pelo DAESP (Mdia Mvel 12 meses) classificou-se apenas em 4 lugar
(Estatstica U de Theil = 0,75).
No grfico, plotado abaixo, poder-se- visualizar as diferenas entre os dados reais e
as previses proporcionadas pelo modelo vencedor S.E.S. e pelo modelo atualmente
utilizado Mdia Mvel de 12 meses.
6000
5000
Passageiros
4000
3000
2000
1000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 fev-05
Perodo
Por meio da anlise do grfico se pode concluir que, dada a suposio de continuidade
nos dados, existe um potencial de ganho em acurcia em substituir o modelo atual - Mdia
Mvel 12 meses - pelo modelo vencedor S.E.S. para se gerar previses de demanda por
passageiros para um horizonte de 12 meses.
69
Aeroporto de Bauru
Analogamente ao que foi feito para os aeroportos de Araatuba e Assis, segue abaixo a
tabela contendo as informaes relevantes ao processo de escolha do modelo de previso mais
acurado para o aeroporto de Bauru.
TABELA 10: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 20
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
ARIMA
( 2,1, 0)(1,1, 0) 12
1.616 3.200.786 22,02 2,13
( = 0, 72)
4.171 20.668.572 59,40 5,42
Holt-Winters aditivo
( = 0, 51; = 0, 00; = 0, 22) 3.901 19.520.911 56,05 5,44
Estatstica U de Theil, percebe-se que o modelo ARIMA 2,1, 0 1,1, 0 ( )( ) 12 o mais acurado
Estatstica U de Theil = 2,13. Enquanto que, o modelo utilizado pela Instituio estudada
(Mdia Mvel de 12 meses) se classificou em 2 lugar no ranking de acurcia (Estatstica U
de Theil = 5,21).
No grfico, plotado na pgina seguinte, poder-se- visualizar as diferenas entre os
dados reais e as previses proporcionadas pelo modelo vencedor ARIMA
70
Comparao: Dados reais X Previses
20000
Passageiros
15000
10000
5000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 f ev-05
Perodo
Por meio da anlise do grfico se pode concluir que, dada a suposio de continuidade
nos dados, existe um potencial considervel de ganho em acurcia em substituir o modelo
atual - Mdia Mvel 12 meses - pelo modelo vencedor ARIMA 2,1, 0 1,1, 0 ( )( ) 12 para se
Aeroporto de Marlia
TABELA 11: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 21
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
ARIMA
( 0,1,1) 1.205 1.921.339 27,82 2,00
Holt-Winters aditivo
( = 0, 35; = 0, 03; = 0, 79) 2.167 5.449.510 47,78 3,37
Holt-Winters multiplicativo
( = 0, 24; = 0, 02; = 0, 78) 2.459 6.713.081 53,66 3,68
71
Mdia Mvel 12 meses * 2.424 6.865.362 54,66 3,77
( = 0, 47 )
2.513 7.233.056 56,44 3,82
Estatstica U de Theil = 2,00. Enquanto que, o modelo utilizado pela Instituio estudada
(Mdia Mvel de 12 meses) se classificou em 4 lugar no ranking de acurcia (Estatstica U
de Theil = 3,77).
No grfico, plotado abaixo, poder-se- visualizar as diferenas entre os dados reais e
10000
8000
Passageiros
6000
4000
2000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 f ev-05
Perodo
Por meio da anlise do grfico se pode concluir que, dada a suposio de continuidade
nos dados, existe um potencial considervel de ganho em acurcia em substituir o modelo
72
atual, Mdia Mvel 12 meses, pelo modelo vencedor, ARIMA ( 0,1,1) , para se gerar
TABELA 12: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 22
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
Holt
( = 0, 67; = 0, 06) 1.787 3.717.253 50,65 3,74
Holt-Winters aditivo
( = 0, 44; = 0, 01; = 0, 58) 1.548 3.603.143 45,55 3,88
( = 0, 60)
2.049 4.915.988 58,37 4,35
Holt-Winters multiplicativo
( = 0, 48; = 0, 00; = 0, 71) 1.790 4.652.051 52,74 4,41
73
Comparao: Dados reais X Previses
12000
10000
Passageiros
8000
6000
4000
2000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 f ev-05
Perodos
TABELA 13: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 23
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
ARIMA
( 0,1,1)(1,1, 0) 12
6.364 51.287.103 23,28 1,52
Holt
( = 0, 66; = 0, 22) 16.781 307.495.782 61,35 3,94
74
Mdia Mvel 12 meses * 18.178 354.999.313 66,12 4,23
( = 0, 50)
17.971 353.292.010 65,72 4,24
Holt-Winters multiplicativo
( = 0, 68; = 0, 00; = 1, 00) 19.155 400.426.795 69,20 4,45
Holt-Winters aditivo
( = 0, 64; = 0, 00; = 1, 00) 18.792 392.894.975 68,39 4,48
Estatstica U de Theil, percebe-se que o modelo ARIMA 0,1,1 1,1, 0 ( )( ) 12 o mais acurado
Estatstica U de Theil = 1,52. Enquanto que, o modelo utilizado pela Instituio estudada
(Mdia Mvel de 12 meses) se classificou em 4 lugar no ranking de acurcia (Estatstica U
de Theil = 4,23).
No grfico, plotado abaixo, poder-se- visualizar as diferenas entre os dados reais e
80000
70000
Passageiros
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 f ev-05
Perodo
Por meio da anlise do grfico se pode concluir que, dada a suposio de continuidade
nos dados, existe um potencial considervel de ganho em acurcia em substituir o modelo
75
atual, Mdia Mvel 12 meses, pelo modelo vencedor, ARIMA ( 0,1,1)(1,1, 0) 12 , para se
TABELA 14: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 24
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
ARIMA
( 0,1,1)(1,1, 0) 12
3.713 16.940.377 19,00 2,24
Holt-Winters multiplicativo
( = 0, 67; = 0, 00; = 1, 00) 6.458 44.759.395 32,49 3,53
( = 0, 42)
8.560 77.309.879 43,67 4,58
Holt
( = 0, 48; = 0,15) 9.488 94.969.206 48,38 5,09
(
Estatstica U de Theil, percebe-se que o modelo ARIMA 0,1,1 1,1, 0 )( ) 12 o mais acurado
Estatstica U de Theil = 2,24. Enquanto que, o modelo utilizado pela Instituio estudada
(Mdia Mvel de 12 meses) se classificou em 6 lugar no ranking de acurcia (Estatstica U
de Theil = 4,51).
76
No grfico, plotado abaixo, poder-se- visualizar as diferenas entre os dados reais e
40000
35000
Passageiros
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 f ev-05
Perodo
Por meio da anlise do grfico se pode concluir que, dada a suposio de continuidade
nos dados, existe um potencial considervel de ganho em acurcia em substituir o modelo
atual, Mdia Mvel 12 meses, pelo modelo vencedor, ARIMA ( 0,1,1)(1,1, 0) 12 , para se
Aeroporto de Sorocaba
TABELA 15: Comparao entre os diferentes modelos propostos aplicados aos dados da Figura 25
Critrios
MODELOS
E.A.M. E.Q.M. E.P.A.M. U de Theil
Holt-Winters aditivo
( = 0,13; = 0, 03; = 0,80) 1.043 1.857.149 32,22 1,98
77
Holt
( = 0, 54; = 0, 02) 1.224 1.730.750 38,65 2,06
( = 0, 47 )
1.829 3.658.725 57,26 3,00
12000
10000
Passageiros
8000
6000
4000
2000
0
dez-96 abr-98 ago-99 jan-01 mai-02 out-03 f ev-05
Perodo
78
Por meio da anlise do grfico se pode concluir que, dada a suposio de continuidade
nos dados, existe um potencial considervel de ganho em acurcia em substituir o modelo
atual, Mdia Mvel 12 meses, pelo modelo vencedor, Holt-Winters Aditivo, para se gerar
previses de demanda por passageiros para um horizonte de 12 meses.
A tabela abaixo resume, para cada um dos oito aeroportos estudados, os modelos
atualmente utilizados e os modelos dentre os propostos, que apresentaram maior grau de
acurcia de acordo com a estratgia utilizada para avaliao e seleo dos modelos (Estatstica
U de Theil para os dados do conjunto teste).
Bauru ( )(
Mdia Mvel 12 meses ARIMA 2,1, 0 1,1, 0 ) 12
Ribeiro Preto ( )( )
Mdia Mvel 12 meses ARIMA 0,1,1 1,1, 0 12
79
CAPTULO 5
5.1 Concluses
80
peculiar no qual o interior paulista est inserido e isto, automaticamente, inclui os aeroportos
estudados acaba por derivar demandas com um comportamento bastante particular. Sendo
assim, na viso desta autoridade, uma estratgia vlida na tentativa de identificar os fatores,
realmente, determinantes demanda por transporte areo nestes aeroportos, os quais poderiam
se transformar em variveis explicativas, seria por meio de pesquisas individualizadas onde ao
passageiro usurio do aeroporto seria solicitado: as cidades origem-destino da viagem, a
freqncia com que viaja e o setor econmico no qual desenvolve suas atividades.
Consequentemente, s a partir da realizao de uma pesquisa desta natureza, seria possvel,
ento, a identificao das variveis explicativas e a correta utilizao de modelos
economtricos de regresso para prognosticar a demanda dos aeroportos administrados pelo
DAESP.
A segunda razo resulta da hiptese que a demanda por transporte areo dos
respectivos aeroportos seria determinada por variveis scio-econmicas de mbito local. No
entanto, em uma pesquisa realizada junto Fundao SEADE (www.seade.com.br) verificou-
se que as variveis tradicionalmente citadas na literatura como fatores determinantes para a
demanda por transporte areo: Renda (proxy: Renda per Capita) e Consumo (proxy: consumo
de energia eltrica) estavam disponveis somente em base anual. Dessa forma, a base de dados
que inicialmente somava 80 observaes seria reduzida para apenas seis. O que alm de no
propiciar a calibrao de regresses confiveis (do ponto de vista amostral) tambm no
possibilitaria o uso de metodologias inicialmente planejadas: Box-Jenkins (necessita de, no
mnimo, 50 observaes) e Suavizao Exponencial (necessita de ciclos sazonais completos).
Todas estas consideraes foram ponderadas e analisadas em relao proposta inicial
de estudo e decidiu-se, ento, pela no-incluso da referida metodologia no mbito deste
trabalho, mesmo sabendo de sua utilidade em estudos desta natureza.
Os resultados obtidos, mediante o critrio de deciso assumido (Estatstica U de
Theil), demonstraram a superioridade dos mtodos escolhidos em relao ao mtodo
atualmente utilizado, gerando previses mais acuradas para 8 (oito) dos 8 (oito) aeroportos
analisados. Este fato indica que qualquer um dos modelos estudados, uma vez utilizados,
poderia melhorar a qualidade das previses utilizadas.
Obviamente, no h um mtodo nico para se prognosticar a demanda por transporte
areo. Assim sendo, os diferentes mtodos pesquisados tendem a trabalhar melhor
dependendo das caractersticas (natureza) da demanda que se pretende prever.
Este breve estudo sobre a aplicao de modelos de sries temporais na previso de
demanda por transporte areo demonstra o fato de que a previso um campo amplo e
81
inspito da economia. As idiossincrasias e particularidades econmicas e operacionais de
cada aeroporto no podem ser representadas, de forma completa, em um simples estudo. Para
aqueles que lidam com transporte areo, o tpico de uma importncia crescente,
especialmente se contextualizado no mbito estratgico das empresas que dele fazem parte.
5.2 Extenses
Dentro deste contexto, abaixo, sugerida uma possvel extenso deste trabalho:
82
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ALTABET, R. The forecaster as a key member of the strategic planning team. The Journal of
Business Forecasting Methods & Systems, v. 17, n. 3, p. 3-6, Fall 1998.
BOX, G. & LUCEO, A. (1997). Statistical control by monitoring and feedback adjustment,
John Wiley, New York.
FINDLEY, D. F., MONSELL, B. C., BELL, W. R., et al. New capabilities and methods of
the X-12 ARIMA seasonal adjustment program. Journal of Business & Economic
Statistics. Alexandria, v. 16, n. 2, p. 127-177, apr. 1998.
FULLER, W. A. (1996). Introduction to statistical time series, 2 ed., John Wiley, New
York.
HILL, T. (1994). Manufacturing strategy: text and cases, 2 ed., Irwin Boston, MA.
83
KRAJEWSKI, L. J. & RITZMAN, L. P. (1999). Operations management, strategy and
analysis, 5 Ed., Addison-Wesley, Reading, MA.
MAGEE, J. F. Production planning and inventory control, New York: McGraw-Hill, 1958.
MAKRIDAKIS, S., ANDERSEN, A., CARBONE, R., et al. The accuracy of extrapolation
(time-series) methods results of a forecasting competition. Journal of Forecasting, v. 1,
n. 2, p. 111-153, mar. 1982.
ROSS, S. M. (1993). Introduction to probability models, 5 ed., Academic Press, San Diego.
SHUMWAY, R. H. (1988). Applied statistical time series analysis, Prentice Hall, New
Jersey.
TOMPKINS, J. A., BOZER, Y. A., FRAZELLE, E., et al. (1996). Facilities planning, 2 ed.,
John Wiley, New York.
84
ZHOU, W. Integration of different forecasting models. The Journal of Business Forecasting
Methods & Systems, v. 18, n. 3, p. 26 29, Fall 1999.
85
ANEXO
A-1
TABELA A.1. Demanda doy aeroporto de Araatuba
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 4587 Set/98 8753 Mai/00 8341 Jan/02 8356
Fev/97 4856 Out/98 7812 Jun/00 8270 Fev/02 6571
Mar/97 5898 Nov/98 8498 Jul/00 10354 Mar/02 7419
Abr/97 5666 Dez/98 8141 Ago/00 8108 Abr/02 7445
Mai/97 5040 Jan/99 8010 Set/00 7936 Mai/02 8194
Jun/97 5627 Fev/99 6247 Out/00 7956 Jun/02 7706
Jul/97 6702 Mar/99 7480 Nov/00 9251 Jul/02 8462
Ago/97 6453 Abr/99 6724 Dez/00 9447 Ago/02 5433
Set/97 6037 Mai/99 7207 Jan/01 8860 Set/02 3431
Out/97 6736 Jun/99 6438 Fev/01 6472 Out/02 3268
Nov/97 6421 Jul/99 8339 Mar/01 8321 Nov/02 3086
Dez/97 6004 Ago/99 7025 Abr/01 8399 Dez/02 2643
Jan/98 6670 Set/99 6698 Mai/01 8194 Jan/03 2063
Fev/98 5711 Out/99 7222 Jun/01 7996 Fev/03 2748
Mar/98 7088 Nov/99 7523 Jul/01 10980 Mar/03 2593
Abr/98 6382 Dez/99 7430 Ago/01 9289 Abr/03 2989
Mai/98 6382 Jan/00 7681 Set/01 9591 Mai/03 2733
Jun/98 5886 Fev/00 7406 Out/01 9545 Jun/03 2752
Jul/98 7876 Mar/00 7815 Nov/01 7541 Jul/03 3052
Ago/98 7303 Abr/00 7864 Dez/01 9282 Ago/03 2982
A-2
TABELA A.3. Demanda do aeroporto de Assis
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 687 Set/98 4564 Mai/00 2457 Jan/02 1012
Fev/97 815 Out/98 4949 Jun/00 2653 Fev/02 1139
Mar/97 931 Nov/98 5472 Jul/00 3466 Mar/02 1222
Abr/97 1057 Dez/98 4764 Ago/00 2822 Abr/02 907
Mai/97 1107 Jan/99 5614 Set/00 2565 Mai/02 727
Jun/97 4686 Fev/99 4286 Out/00 2648 Jun/02 635
Jul/97 1569 Mar/99 4124 Nov/00 2669 Jul/02 690
Ago/97 1457 Abr/99 4466 Dez/00 3146 Ago/02 710
Set/97 1481 Mai/99 4403 Jan/01 2231 Set/02 996
Out/97 1553 Jun/99 5164 Fev/01 2461 Out/02 791
Nov/97 1596 Jul/99 4188 Mar/01 2344 Nov/02 729
Dez/97 1366 Ago/99 4081 Abr/01 2334 Dez/02 722
Jan/98 857 Set/99 3010 Mai/01 2253 Jan/03 552
Fev/98 1585 Out/99 4048 Jun/01 1467 Fev/03 640
Mar/98 2413 Nov/99 4188 Jul/01 2736 Mar/03 635
Abr/98 2040 Dez/99 3109 Ago/01 2192 Abr/03 716
Mai/98 2040 Jan/00 2738 Set/01 2114 Mai/03 636
Jun/98 3507 Fev/00 2457 Out/01 1319 Jun/03 502
Jul/98 5499 Mar/00 2371 Nov/01 1169 Jul/03 730
Ago/98 5376 Abr/00 2776 Dez/01 1220 Ago/03 517
A-3
TABELA A.5. Demanda do aeroporto de Bauru
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 2514 Set/98 6118 Mai/00 12071 Jan/02 10017
Fev/97 3531 Out/98 6298 Jun/00 11825 Fev/02 8269
Mar/97 4612 Nov/98 6379 Jul/00 12762 Mar/02 11935
Abr/97 4784 Dez/98 5694 Ago/00 11028 Abr/02 12223
Mai/97 5468 Jan/99 5580 Set/00 11700 Mai/02 11927
Jun/97 4522 Fev/99 5807 Out/00 12307 Jun/02 12379
Jul/97 5117 Mar/99 8542 Nov/00 11372 Jul/02 11831
Ago/97 5696 Abr/99 8180 Dez/00 11896 Ago/02 12267
Set/97 5007 Mai/99 9623 Jan/01 10897 Set/02 10816
Out/97 5675 Jun/99 8374 Fev/01 9804 Out/02 10991
Nov/97 4736 Jul/99 10014 Mar/01 12179 Nov/02 10644
Dez/97 4556 Ago/99 9748 Abr/01 13063 Dez/02 8671
Jan/98 3871 Set/99 8841 Mai/01 13485 Jan/03 6844
Fev/98 3706 Out/99 9028 Jun/01 10566 Fev/03 6625
Mar/98 5331 Nov/99 9426 Jul/01 16274 Mar/03 7204
Abr/98 5259 Dez/99 9528 Ago/01 15920 Abr/03 8479
Mai/98 5259 Jan/00 8277 Set/01 14261 Mai/03 7416
Jun/98 5528 Fev/00 8969 Out/01 14566 Jun/03 6102
Jul/98 5720 Mar/00 10679 Nov/01 13123 Jul/03 6179
Ago/98 6867 Abr/00 10901 Dez/01 10957 Ago/03 6114
A-4
TABELA A.7. Demanda do aeroporto de Marlia
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 2562 Set/98 3786 Mai/00 7200 Jan/02 6373
Fev/97 2737 Out/98 3882 Jun/00 3516 Fev/02 5308
Mar/97 3381 Nov/98 3501 Jul/00 7456 Mar/02 7122
Abr/97 4090 Dez/98 3616 Ago/00 7220 Abr/02 8320
Mai/97 3686 Jan/99 4034 Set/00 6782 Mai/02 7500
Jun/97 4078 Fev/99 4155 Out/00 6674 Jun/02 7381
Jul/97 6997 Mar/99 5380 Nov/00 7227 Jul/02 7464
Ago/97 3597 Abr/99 5275 Dez/00 7062 Ago/02 7434
Set/97 4378 Mai/99 5477 Jan/01 6306 Set/02 6646
Out/97 3811 Jun/99 5305 Fev/01 5268 Out/02 6207
Nov/97 3397 Jul/99 5817 Mar/01 6727 Nov/02 6152
Dez/97 2914 Ago/99 6292 Abr/01 7477 Dez/02 5264
Jan/98 2611 Set/99 6234 Mai/01 7282 Jan/03 4253
Fev/98 2374 Out/99 5646 Jun/01 6514 Fev/03 3846
Mar/98 2996 Nov/99 5116 Jul/01 7874 Mar/03 3971
Abr/98 2859 Dez/99 5012 Ago/01 8888 Abr/03 5632
Mai/98 2859 Jan/00 4672 Set/01 7717 Mai/03 4580
Jun/98 3125 Fev/00 5777 Out/01 8216 Jun/03 4105
Jul/98 3268 Mar/00 6138 Nov/01 7634 Jul/03 4170
Ago/98 3710 Abr/00 6463 Dez/01 7430 Ago/03 4287
A-5
TABELA A.9. Demanda do aeroporto de Presidente Prudente
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 4936 Set/98 9228 Mai/00 6576 Jan/02 7444
Fev/97 5334 Out/98 9307 Jun/00 6332 Fev/02 5898
Mar/97 6591 Nov/98 7751 Jul/00 7319 Mar/02 5659
Abr/97 6304 Dez/98 7901 Ago/00 7423 Abr/02 5727
Mai/97 6320 Jan/99 7210 Set/00 8245 Mai/02 5932
Jun/97 6206 Fev/99 6498 Out/00 6554 Jun/02 5180
Jul/97 6404 Mar/99 6665 Nov/00 6244 Jul/02 5840
Ago/97 7080 Abr/99 6609 Dez/00 10280 Ago/02 6143
Set/97 7267 Mai/99 6865 Jan/01 6049 Set/02 7214
Out/97 6256 Jun/99 6402 Fev/01 5622 Out/02 5072
Nov/97 6366 Jul/99 7494 Mar/01 6464 Nov/02 5567
Dez/97 4707 Ago/99 6417 Abr/01 7156 Dez/02 4625
Jan/98 4487 Set/99 7342 Mai/01 7458 Jan/03 3534
Fev/98 4116 Out/99 6568 Jun/01 6860 Fev/03 3905
Mar/98 6142 Nov/99 6183 Jul/01 8974 Mar/03 3962
Abr/98 6411 Dez/99 6265 Ago/01 8671 Abr/03 3040
Mai/98 6411 Jan/00 6554 Set/01 8831 Mai/03 2978
Jun/98 6531 Fev/00 5977 Out/01 7956 Jun/03 3057
Jul/98 7288 Mar/00 6976 Nov/01 6945 Jul/03 3320
Ago/98 8153 Abr/00 7089 Dez/01 7407 Ago/03 3200
A-6
TABELA A.11. Demanda do aeroporto de Ribeiro Preto
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 34328 Set/98 40451 Mai/00 52173 Jan/02 52055
Fev/97 28050 Out/98 42475 Jun/00 46459 Fev/02 42257
Mar/97 33124 Nov/98 42250 Jul/00 54752 Mar/02 47520
Abr/97 30223 Dez/98 43249 Ago/00 48486 Abr/02 47974
Mai/97 27818 Jan/99 42643 Set/00 47308 Mai/02 48152
Jun/97 33833 Fev/99 32654 Out/00 54050 Jun/02 45364
Jul/97 31811 Mar/99 39161 Nov/00 49634 Jul/02 49070
Ago/97 33369 Abr/99 36894 Dez/00 55128 Ago/02 47690
Set/97 32782 Mai/99 35427 Jan/01 51672 Set/02 41142
Out/97 36797 Jun/99 31687 Fev/01 44147 Out/02 36630
Nov/97 36359 Jul/99 44093 Mar/01 49100 Nov/02 36303
Dez/97 34742 Ago/99 41462 Abr/01 51151 Dez/02 31493
Jan/98 35880 Set/99 41136 Mai/01 53360 Jan/03 29329
Fev/98 29231 Out/99 47969 Jun/01 49400 Fev/03 26497
Mar/98 30868 Nov/99 45639 Jul/01 67608 Mar/03 26974
Abr/98 28401 Dez/99 45562 Ago/01 58925 Abr/03 20438
Mai/98 28401 Jan/00 49712 Set/01 52979 Mai/03 29074
Jun/98 27205 Fev/00 42657 Out/01 56065 Jun/03 24878
Jul/98 38793 Mar/00 47247 Nov/01 50125 Jul/03 26822
Ago/98 43299 Abr/00 47893 Dez/01 53795 Ago/03 28068
A-7
TABELA A.13. Demanda do aeroporto de So Jos do Rio Preto
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 12288 Set/98 15469 Mai/00 25341 Jan/02 19925
Fev/97 10646 Out/98 16743 Jun/00 23896 Fev/02 25582
Mar/97 13891 Nov/98 14827 Jul/00 29715 Mar/02 29391
Abr/97 13517 Dez/98 16211 Ago/00 26148 Abr/02 27652
Mai/97 13689 Jan/99 17118 Set/00 23940 Mai/02 29355
Jun/97 13810 Fev/99 14207 Out/00 27400 Jun/02 28036
Jul/97 15294 Mar/99 17136 Nov/00 24789 Jul/02 33054
Ago/97 15427 Abr/99 15957 Dez/00 29544 Ago/02 26874
Set/97 13640 Mai/99 17268 Jan/01 28721 Set/02 23468
Out/97 14664 Jun/99 17079 Fev/01 23905 Out/02 23949
Nov/97 14081 Jul/99 20566 Mar/01 29565 Nov/02 20453
Dez/97 12878 Ago/99 19010 Abr/01 27980 Dez/02 21062
Jan/98 12685 Set/99 18528 Mai/01 27492 Jan/03 18985
Fev/98 10980 Out/99 21282 Jun/01 28061 Fev/03 17543
Mar/98 15310 Nov/99 19854 Jul/01 37797 Mar/03 18494
Abr/98 12122 Dez/99 20899 Ago/01 31309 Abr/03 20325
Mai/98 12122 Jan/00 21405 Set/01 29273 Mai/03 18224
Jun/98 12303 Fev/00 19806 Out/01 30143 Jun/03 18070
Jul/98 15379 Mar/00 23891 Nov/01 26541 Jul/03 21898
Ago/98 15669 Abr/00 24556 Dez/01 29324 Ago/03 20351
A-8
TABELA A.15. Demanda do aeroporto de Sorocaba
Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt Perodo (t) zt
Jan/97 6337 Set/98 7651 Mai/00 6005 Jan/02 4296
Fev/97 6133 Out/98 5554 Jun/00 7726 Fev/02 3929
Mar/97 7650 Nov/98 7407 Jul/00 5865 Mar/02 5557
Abr/97 7051 Dez/98 5734 Ago/00 5287 Abr/02 5981
Mai/97 7313 Jan/99 4790 Set/00 4834 Mai/02 5238
Jun/97 5967 Fev/99 5198 Out/00 4165 Jun/02 7538
Jul/97 10220 Mar/99 6713 Nov/00 4453 Jul/02 4902
Ago/97 8035 Abr/99 6744 Dez/00 3847 Ago/02 4787
Set/97 6302 Mai/99 7325 Jan/01 4213 Set/02 4501
Out/97 8823 Jun/99 8404 Fev/01 4907 Out/02 4230
Nov/97 9963 Jul/99 6251 Mar/01 7118 Nov/02 3433
Dez/97 5939 Ago/99 5643 Abr/01 5722 Dez/02 2822
Jan/98 4823 Set/99 6375 Mai/01 5627 Jan/03 2704
Fev/98 5435 Out/99 4800 Jun/01 8278 Fev/03 4018
Mar/98 6168 Nov/99 4406 Jul/01 5738 Mar/03 3298
Abr/98 4823 Dez/99 4804 Ago/01 6254 Abr/03 3151
Mai/98 4823 Jan/00 4952 Set/01 4896 Mai/03 3836
Jun/98 6599 Fev/00 4533 Out/01 5014 Jun/03 3115
Jul/98 6873 Mar/00 5058 Nov/01 4845 Jul/03 3186
Ago/98 7867 Abr/00 7784 Dez/01 3229 Ago/03 2855
A-9
FOLHA DE REGISTRO DO DOCUMENTO
1. 2. 3. 4.
CLASSIFICAO/TIPO DATA DOCUMENTO N N DE PGINAS
Anlise de sries temporais; Previso econmica; Transporte areo; Demanda (Economia); Estudo de
casos; Anlise estatstica; Modelos matemticos; Matemtica; Engenharia aeronutica
10.
APRESENTAO: X Nacional Internacional
ITA, So Jos dos Campos, 2005, 104 pginas
11.
RESUMO:
12.
GRAU DE SIGILO: