4 - Capítulo 4 - Primeira Lei Da Termodinâmica para Volumes de Controle PDF
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4 - Capítulo 4 - Primeira Lei Da Termodinâmica para Volumes de Controle PDF
controle
Primeira lei da
termodinmica
para volumes de
Este contedo digital destinado anlise final, sendo expressamente proibida a sua veiculao ou divulgao a terceiros por meio digital, o que pode acarretar na violao de seus direitos autorais mediante publicaes no autorizadas.
Este contedo digital destinado anlise final, sendo expressamente proibida a sua veiculao ou divulgao a terceiros por meio digital, o que pode acarretar na violao de seus direitos autorais mediante publicaes no autorizadas.
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Contedos do captulo:
Conservao de massa e energia em volumes de controle.
Balanos de massa e energia em sistemas abertos.
Regimes permanente e transiente.
Vazo volumtrica.
Sistemas adiabticos.
Equipamentos frequentemente usados na engenharia.
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
Este contedo digital destinado anlise final, sendo expressamente proibida a sua veiculao ou divulgao a terceiros por meio digital, o que pode acarretar na violao de seus direitos autorais mediante publicaes no autorizadas.
do volume de controle. Dessa Sistema Internacional de unidades (SI), m3 /s, embora outras uni-
forma, a massa e a energia dades possam existir, como l/s, m3 /min, m3 /h, l/h etc.
podem variar em um volume
3 (4.1)
= dV = A w m
de controle. dt s
No caso,
4.1 Definio A = rea [m 2]w = velocidade [m/s]v=volume [m 3] e
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4
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posterior t + t.
Figura 4.1
Quantidade fixa de massa em um volume de controle
Linha tracejada
define a fronteira do
volume
de controle
me ms
mvc (t) mvc (t t)
Regio de Regio de
entrada (e) sada (s)
Instante t Instante t + t
No tempo t, a massa total a soma m = mvc(t) + me, em que mvc(t) a massa contida dentro
do volume de controle no instante t, e me a massa contida na regio de entrada nesse mesmo
instante. Aps um intervalo de tempo t, a massa que estava na regio de entrada atravessa o
volume de controle, enquanto uma quantidade de matria, chamada de ms , que inicialmente
estava no interior do volume de controle, preenche a regio de sada e adjacente ao volume de
controle. Se for analisada a condio final, a massa total dada por m = mvc(t + t) + ms . Como no
sabemos o comportamento do volume de controle em reter massa ou no, a massa nas regies
e e s podem ser diferentes, assim como a massa no interior do volume de controle. Porm, uma
coisa no muda: a quantidade de matria estudada sempre a mesma, ou seja, a massa total
no alterada. Dessa forma,
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
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que qualquer sistema pode
a massa que entra menos a massa que sai. Porm, essa equa-
operar, conhecidos como regi-
o pode ser expressa em termos de taxa de transferncia.
me permanente e regime
Primeiramente, divide-se a equao 4.6 por t para obter:
transiente.
mvc ( t + t ( mvc ( t ( me ms (4.7) No regime permanente, as
=
t t t
propriedades do sistema no
variam com o tempo. Apesar
Aplicando o limite quando t tende a zero, temos:
de ser um processo chamado
mvc ( t + t ( mvc ( t ( m m (4.8)
lim = lim e lim s idealizado, ele existe com
t 0 t
t 0
t t 0
t
frequncia na natureza. Pela
equao da conservao da
Ao aplicarmos o conceito de derivada e de fluxo de massa,
massa, se a massa do volume
temos:
de controle no alterada com
dmvc e m
s (4.9) o tempo, ento o que entra de
=m
dt
massa igual ao que sai.
dmvc
Nesse caso, expressa a variao da massa no tempo
dt dmvc (4.11)
=0
para o volume de controle, m s expressam as vazes ms-
e em dt
sicas de entrada e sada, respectivamente.
J no regime transiente,
A expresso anterior valida apenas para uma entrada e
as propriedades do sistema
uma sada, mas o conceito pode ser estendido para mais de uma
variam com o tempo, razo
entrada ou sadas, ficando da seguinte forma:
pela qual a forma integral da
dmvc (4.10)
dt
= m m
e s
equao da conservao da
massa deve ser aplicada.
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4
4.2.2 Gases ideais como a energia transferida na forma de trabalho e calor nes-
bm se aplica para gases ideais. Existem diversas aplicaes que utilizam a primeira lei da
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motores (turbinas a gs, turbinas a vapor, motores de com-
=m
P R T (4.12)
busto etc.)
bombas, compressores, bocais, difusores etc.
tubos de vrtice.
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
Sabendo que:
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w2 (4.14)
Ee = me ee = me ue + e + g ze
2
Temos:
w2 (4.15)
E ( t ) = E VC ( t ) + me ue + e + g ze
2
Nesses casos, Evc(t) a energia contida no interior do volume de controle no instante t, enquanto
me a massa no interior da pequena regio designada por e adjacente ao volume de controle,
conforme voc pode observar na Figura 4.2.
Em um intervalo Dt, toda a massa na regio e cruza a fronteira do volume de controle.
Enquanto isso, certa poro de massa, designada por ms, inicialmente contida no interior do
volume de controle, escapa, de modo a preencher a regio designada por s, adjacente ao volume
de controle, com-o pode ser observado na Figura 4.2. Em um instante t + Dt, a quantidade de ener-
gia em anlise pode ser expressa por:
w2 (4.17)
Es = ms es = ms us + s + g z s
2
Ento:
w2 (4.18)
E(t + t) = E VC ( t + t ) + ms us + s + g z s
2
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4
E = Q W (4.19)
Ou
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E(t + Dt) E(t) = Q W (4.20)
w2 w2 (4.21)
E VC ( t + t ) + ms us + s + g z s E VC ( t ) me ue + e + g z e = Q W
2 2
w2 w2 (4.22)
E VC( t +t ) E VC( t ) = Q W + me ue + e + g ze ms us + s + g z s
2 2
Porm, o trabalho para um sistema aberto deve ser considerado como a soma dos diversos
trabalhos que interagem no volume de controle. Existem diversos tipos de trabalho, sendo eles:
trabalho de eixo (mecnico); trabalho do fluido (o trabalho necessrio para deslocar um fluido de
um ponto a outro de um sistema); trabalho devido a foras magnticas. Este ltimo exerce pouca
influncia em sistemas fluido dinmicos e pode ser descartado da deduo. Assim, o trabalho em
um volume de controle pode ser escrito do seguinte modo:
W = WVC + Wfluido = WVC + pdV = WVC + msps v s mepe v e (4.23)
w2 w2 (4.24)
E VC( t +t ) E VC( t ) = Q W + me ue + pe v e + e + g ze ms us + ps v s + s + g z s
2 2
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
h = u + pv (4.25)
Chegamos a:
w2 w2 (4.26)
E VC( t +t ) E VC( t ) = Q W + me he + e + g z e ms hs + s + g z s
2 2
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Dividindo tudo por t e aplicando o limite, quando tende a zero, utilizando as definies de
derivada e taxas temporais, temos que:
dE VC 2 2 (4.27)
e he + w e + g z e m
= Q W +m s hs + w s + g z s
dt 2 2
Em geral, podem existir vrios locais na fronteira por onde a massa e sua respectiva quantidade
de energia vinculada entram e saem. Isso pode ser representado por uma soma, conforme segue:
dE VC w e2 w s2 (4.28)
dt
= QW + m h
e e +
2
+ g ze
m h
s s +
2
+ g zs
Nessas expresses, m e em
s so, respectivamente, as vazes mssicas instantneas na
entrada e na sada; W, a potncia de eixo que cruza a fronteira; e Q, a taxa de transferncia de
calor que cruza a fronteira.
A equao 4.28 o balano de energia para volumes de controle com vrias entradas e sadas.
Em outras palavras, temos:
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4
dE VC (4.29)
= 0(Regime permanente)
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dt
= 0(Adiabtico)
Q (4. 30)
4.3.5 Bernoulli
Uma das formas de se obter a equao que rege o escoamento de um fluido, conhecida como
equao de Bernoulli, por meio da primeira lei da termodinmica. Partindo da equao da con-
servao da energia:
dE VC w2 w2 (4. 32)
dt
= QW + m e he + e + g z e
2
m
s hs + s + g z s
2
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
Sabendo que o fluido que escoa em uma maioria dos lquidos, e que tambm pode ser
tubulao est em regime permanente, fica- utilizado para escoamentos de ar a velocidades
mos com a seguinte expresso: menores de 100 m/s. Chegamos, portanto, a:
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w 2
=m s hs + s + g z s A equao 4. 37 conhecida como equao
2
de Bernoulli. Em outras palavras, essa equao
A considerao de regime permanente vale pode ser escrita como:
para o fluxo de massa, ento, a vazo mssica
p w2 (4. 38)
de entrada igual de sada. Considerando + + g z = constante
2
ainda que h = u + p v, temos:
Essa expresso s pode ser utilizada em
Q W w e2 (4. 34)
+ he + + g ze situaes nas quais o escoamento em regime
m m 2
w2 permanente, ou seja, quando apresenta uma
= hs + s + g z s
2 entrada e uma sada, quando no h trabalho
e, principalmente, quando os efeitos viscosos
Para um escoamento perfeito, no qual
de atrito so desprezveis. muito comum a
no existam irreversibilidades nem perdas por
utilizao da equao de Bernoulli quando se
atrito, utilizamos a seguinte equao:
pretende medir a vazo volumtrica de uma
Q
s s s
(4. 35) tubulao com base nos dados conhecidos de
= TdS = dh vdp
e
m e e altura, vazo de entrada e presses.
Para gases ideais, utilizamos as entalpias
Assim, substituindo a equao 4 . 35 na
em tabelas prprias.
equao 4. 34, temos:
s s w2 (4. 36)
e
dh vdp + he + e + g ze
2 4.3.6 Conservao da energia
e
w2
= hs + s + g z s
em regime transiente
2 Muitos dispositivos sofrem perodos de operao
A integral da entalpia se anula com as ental- transiente, nos quais as propriedades de entrada,
pias da equao da energia. Assim, utilizamos a de sada ou o calor e a potncia variam com o
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dm (4. 39)
0 de modo a elevar a presso.
dt
Nas bombas, o trabalho
E: usado para mudar o estado
(4.42) 4.3.7.2
Turbinas
Uma turbina um dispositivo
Note que j foi desconsiderada a variao de energia cintica
que produz trabalho em fun-
e potencial do volume de controle no lado esquerdo da equao
o da passagem de um gs
4.42.
ou de um lquido escoando
por meio de uma srie de ps
4.3.7 Equipamentos mais comuns na colocadas em um eixo que
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
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trabalho. presso atmosfrica e os gases de escape, aps
passarem pela turbina, so descarregados de
volta na atmosfera sem que retornem admis-
4.3.7.3
so (ao ciclo).
Turbinas a vapor
O ciclo se constitui de quatro etapas.
Nas turbinas a vapor, o fluido de trabalho a
Primeiramente, o ar em condio ambiente
gua, na sua forma de vapor e de condensado.
passa pelo compressor, onde ocorre compres-
Num sistema de potncia a vapor, uma caldeira
so adiabtica, com aumento de temperatura e
necessria para fornecer calor ao fluido de
consequente aumento de entalpia. Comprimido,
trabalho e lev-lo condio de vapor supera-
o ar direcionado s cmaras, onde se mistura
quecido, que se expande na turbina para pro-
com o combustvel, possibilitando sua queima
duzir trabalho mecnico, este normalmente
e aquecimento, presso constante. Ao sair da
ligado a um gerador para a produo de ener-
cmara de combusto, os gases, alta presso
gia eltrica. Uma turbina a vapor normalmente
e temperatura, expandem-se conforme passam
faz parte de um ciclo chamado de ciclo Rankine,
pela turbina. medida que o fluido exerce tra-
que consiste em uma caldeira, uma turbina, um
balho sobre as palhetas, reduzem-se a pres-
condensador e uma bomba de recirculao.
so e a temperatura dos gases, gerando-se
comum que a caldeira esteja ligada aos gases
potncia mecnica. A potncia extrada atra-
de combusto provenientes de uma turbina a
vs do eixo da turbina usada para acionar
gs, como na cogerao de energia eltrica.
o compressor e, eventualmente, para acionar
outra mquina. A quarta etapa no ocorre fisi-
4.3.7.4
camente, pois se trata de um ciclo termodin-
Turbinas a gs mico aberto.
A expresso turbina a gs mais comu- Turbinas a gs so amplamente empre-
mente empregada em referncia a um con- gadas na propulso de avies e outros tipos
junto de trs equipamentos: 1) o compressor; de aeronaves. Isso se deve principalmente
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aeronaves acarreta maior eficincia e capaci- que impem movimento ao fluxo de ar (energia
dade de carga. cintica), e uma fileira de palhetas estticas, que
Existem diferentes configuraes de turbina utilizam a energia cintica para compresso. O ar
aeronuticas. Por exemplo: em turbinas do tipo sai do compressor a uma temperatura que pode
turbojato, o eixo, movimentado pela turbina pro- variar entre 300 C e 450 C. Cerca de metade da
priamente dita, apenas aciona o compressor. Em potncia produzida pela turbina de potncia
ltima anlise, atravs do bocal, o restante da utilizada no acionamento do compressor e o res-
potncia til consumida na acelerao dos tante a potncia lquida gerada que movimenta
gases, responsvel pelo empuxo gerado. um gerador eltrico.
Outros tipos de propulsores (turbo-hlices
ou turbofans) tambm baseados em ciclos a 4.3.7.5
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
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comprime o ar da atmosfera e o envia para a de um outro fluido mediante o qual a energia
entrada de ar do motor. Dessa forma, o carro flui por conduo. Esses trocadores de calor,
no precisar mais aspirar o ar. Ao acelerar o conhecidos como recuperadores, apresentam
motor, a turbina gera presso, que entra nos as mais diversas formas.
cilindros, deixando-os mais cheios de ar/com- A nica interao em termos de trabalho
bustvel e aumentando a exploso e, conse- com a fronteira do volume de controle que cir-
quentemente, a potncia do motor. O aumento cunda um trocador de calor o trabalho de
da potncia est diretamente relacionada com escoamento nos locais onde a matria entra e
a presso que a turbina ir gerar. sai. Assim, o termo W, no balano de energia,
Turbinar um carro uma das formas mais pode ser anulado. Muito embora altas taxas de
baratas para a obteno de grandes potncias transferncia de energia possam ser obtidas
de motores originais, pois relativamente fcil entre as correntes, a transferncia de calor da
dobrar a potncia de um motor instalando um superfcie externa do trocador de calor para
conjunto de peas para turbin-lo. Nesse caso, suas vizinhanas (ambiente externo) usual-
as vantagens so ganho expressivo de potn- mente pequena o suficiente para ser abando-
cia e preo acessvel, enquanto as desvanta- nada. Alm disso, a energia cintica e potencial
gens so aumento de consumo proporcional na entrada e na sada das correntes pode ser
potncia e o desgaste precoce do motor. desprezada.
A forma de clculo que deve ser utilizada
fazer com que o calor que sai de uma corrente
4.3.7.7
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1. Considere um reservatrio ciln- dmvc
dt
= m m
e s
At
w s = 2 g h, determine o tempo hi 0
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em kW. Despreze efeitos de
4
2
D hi energia potencial.
t = 2
d 2g
3
2
1,5
Resoluo
t = 2
0,03 2 9,81 Avaliando as propriedades em
t == 55530,01
530,01 ss==11,53
,53 hh1h32min
1h32min cada ponto:
kJ m3
2. Considere uma turbina a vapor h1 = 3 545,3 & v 1 = 4,582 10 2
kg kg
que opera em regime perma- kJ
h2 = 2 920,4
nente, cuja entrada de vapor est kg
kJ
a 560 C e 80 bar de presso. A h3 = 417,46 + 0,9 ( 2 675,5 417,46 )
kg
vazo volumtrica na entrada da
kJ
h3 = 2 449,696
turbina de 5 m3 /s de vapor, com kg
velocidade na entrada na ordem
Fluxo de massa em cada ponto:
de 50 m/s. Uma sada intermedi-
5 kg
1 = 1 =
m = 109,12
ria, aps o primeiro estgio da v 1 0,04582 s
turbina, extrai 30% de vapor em 2 = 0,3 m
1 = 32,736 kg
m
s
massa a uma presso de 10 bar
1 = 76,384 kg
3 = 0,7 m
m
e temperatura de 200 C, com s
velocidade de 15 m/s. O restante Pelo conceito de transferncia de
expande pelo segundo estgio calor por conveco na superfcie
da turbina e deixa o equipamento da turbina:
a 1 bar e ttulo de 90 %, com = h A T
Q
velocidade de 50 m/s. A turbina, ( )
devido ao isolamento, apresenta = 7,8 kW
Q
uma temperatura superficial A potncia da turbina dada pelo
constante de 150 C e est em uso da equao da conservao
100
4
dE w e2 w s2
dt
= QW + m h
e e +
2
+ g ze
m h
s s +
2
+ g zs
2 2 2
1 h1 + w1 m
+m
=Q
W 2 h2 + w 2 m
3 h3 + w 3
2 2 2
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Devemos tomar cuidado com unidades. Utilizando a entalpia em kJ/kg, o termo
kg m J
de energia cintica, que sai em unidades m 2 = = W , deve ser dividido por
s s s
1000 para manter as unidades coerentes. Alm do mais, o calor perdido pela turbina,
Resoluo
Utilizando o balano de massa, temos:
dmvc s dmvc = m
dt
= me m
dt
s
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dUvc dQ dmvc
= + hs
dt dt dt
m3 0,85
v 1 = 0,02993 m1 = = m1 = 28,4 kg
kg v 1 0,02993
m3 0,85
v 2 = 0,04221 m2 = = m2 = 20,137 kg
kg v 2 0,04221
kJ kJ kJ
u1 = 2 157,82 u2 = 2 599,0 hs = 2 796,6
kg kg kg
Q = m2 (u2 hs ) m1 (u1 hs )
Q = 20,137 ( 2 599 2 796,6 ) 28,4 ( 2 157,85 2 796,6 )
Q = 14 161,43 kJ
Sntese
Neste captulo, elaboramos princpios de conservao da massa e da energia e os deduzimos
com base na primeira lei da termodinmica, aplicada a um sistema aberto. Explicitamos esses
princpios na forma transiente e completa, com simplificaes decorrentes de sistemas operando
em regime permanente ou, ainda, sem variaes de energia cintica ou potencial. o caso de
inmeras aplicaes na engenharia que devidamente abordamos no decorrer do captulo.
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345,7 K e a velocidade 330,2 m/s. O ar se de 101,3 kPa, temperatura de 27 C e uma
comporta como gs ideal. Para operao vazo volumtrica de 0,47 m 3 /s. O dime-
em regime permanente, determine: tro do tubo de sada de 1 e a presso
a) a vazo mssica, em kg/s. de sada de 690 kPa. O ar se comporta
b) a rea de seo da sada, em cm2. como gs ideal. Se cada unidade de massa
3. Uma substncia flui por uma tubulao que passa da entrada para a sada sofre um
de 1 de dimetro com uma velocidade de processo em que pv1,32=cte, determine a
10 m/s. Determine a vazo mssica, em kg/s, velocidade de sada em m/s e a tempera-
se a substncia : tura de sada, em K.
a) gua a 2 bar e 15 C. 7. Um duto que transporta um lquido incom-
b) ar como gs ideal a 5 bar e 50 C. pressvel contm uma cmara de expanso
4. Ar entra em um ventilador de 0,6m de di- conforme mostrado na figura indicada a
metro a 16 C, 101 kPa, e descarregado a seguir. Desenvolva uma expresso para a
18 C, 105 kPa, com uma vazo volumtrica taxa de variao da coluna de lquido (dL/dt)
de 0,35 m 3 /s. Assumindo comportamento em funo dos dimetros da tubulao e
de gs ideal e operao em regime perma- da cmara de expanso e das velocidades
nente, determine: v1 e v 2 .
a) a vazo mssica de ar, em kg/s. D
c) a velocidade do ar na entrada e na
sada, em m/s.
5. Vapor a 120 bar, 520 C, entra em um
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Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
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vazo volumtrica de 1,41 m 3 /s. Em razo permanente, com vapor entrando a 3MPa,
da evaporao de gua na torre, ar mido 400 C, com uma vazo volumtrica de
sai da parte superior da torre com uma 85m 3 /min. Uma parte do vapor extrada
vazo mssica de 1,764 kg/s. Lquido res- da turbina a uma presso de 0,5 MPa e a
friado coletado da parte inferior da torre temperatura de 180 C. O restante do vapor
para retornar ao chiller da unidade conden- expande at uma presso de 6 kPa e um
sadora do condicionador de ar. gua de ttulo de 90%. A potncia total desenvol-
reposio adicionada para suprir os efei- vida pela turbina de 11400 kW. Energia
tos da evaporao. Assinale a alternativa cintica e potencial podem ser desprezadas.
que representa o fluxo mssico de gua de Determine as vazes de sada e o dimetro
reposio, em g/s: da sada 2, se a velocidade nesse ponto for
a) 58,95 g/s. de 20 m/s.
b) 96,58 g/s. 12. 15 kg/s de gua entram em um resfriador
c) 70,8 g/s. adiabtico operando em regime perma-
d) 78,0 g/s. nente a 30 bar, 320 C, onde misturada
e) 7,08 g/s. com uma corrente de gua lquida a 25 bar
9. Um reservatrio de gua contm 400 m3 de e 200 C para produzir vapor saturado a
gua. A mdia de uso dirio de 40 m . Se 3
20 bar na sada 3. Energias cintica e poten-
a gua adicionada ao tanque a uma taxa cial podem ser desprezadas. Assinale a
mdia de 20e m por dia, em que t o
0,05t 3
alternativa que representa a vazo de gua
tempo em dias, por quanto tempo haver entrando pelo ponto 2:
gua no reservatrio, considerando que as a) 1,785 kg/s.
propriedades do fluido no se alteram na b) 17,85 kg/s.
104
4
13. Refrigerante R134a entra em um compressor 16. Um painel de coletor solar apresenta uma
de ar-condicionado a 3,2 bar, 10 C e com- rea superficial de 2,97m2 . O painel recebe
primido a 10 bar e 70 C. A vazo volumtrica energia proveniente do sol a uma taxa de
do refrigerante na entrada de 3 m /min.
3
1, 5 kW. Dessa energia, 36% est sendo
Este contedo digital destinado anlise final, sendo expressamente proibida a sua veiculao ou divulgao a terceiros por meio digital, o que pode acarretar na violao de seus direitos autorais mediante publicaes no autorizadas.
cintica, determine o calor dissipado, em kW. 40 C at 60 C, que passa pelo coletor com
Para avaliar a presso, determine a entalpia tentar suprir sua demanda de energia. Essa
turbina est acoplada a um compressor, que
de entrada e interpole nas tabelas (locali-
recebe ar com uma vazo volumtrica de
zadas no Apndice deste livro) para 360 C.
1,0 m3 /s a 300K e 1 bar. Descarrega-se esse
fluido a 8 bar e 500K para um regenerador
105
Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
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de eixo. O ar ento sai da turbina a 800K e
enviado para o regenerador, onde des-
Wliq
carregado novamente para a atmosfera a
Compressor Turbina
1
1 bar e a uma temperatura de 400K. O com-
Ventilador
Ventilador Vlv. expanso
106
4
a) a potncia do compressor.
b) o calor dissipado pelo condensador (total).
c) o calor retirado do ambiente interno pelo evaporador.
d) a eficincia trmica, sabendo que se trata do rendimento da mquina (COP = til/gasto).
e) a capacidade do equipamento, em TR (sabendo que a capacidade nominal da mquina
expressa em TR Toneladas de Refrigerao, e que 1 TR = 3,57 kW).
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f) as temperaturas do ar na sada do condensador (total).
g) as temperaturas do ar na sada do evaporador.
Condensador Compressor
P entrada/T entrada 2,83 MPa 75,65 C P sada/T sada 2,83 MPa 75,65 C
107
Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
20. A figura a seguir mostra uma planta de gerao de potncia a vapor operando em regime
permanente com gua circulando como fluido de trabalho. Os dados relevantes so fornecidos
com a figura. A vazo mssica de gua de 109 kg/s. Efeitos de energia cintica e potencial so
desprezveis, assim como a perda de calor para o ambiente. Determine a eficincia trmica
do ciclo e a vazo mssica de gua do condensador, em kg/s.
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Turbina
QCald
WT
Entrada a 20C
Caldeira
gua de
Condensador resfriamento
4 p4 = 100 bar
T4 = 43C Sada a 35C
Bomba
3 p3 = 8 kPa
WB x3 = 0 (Lquido saturado)
21. Considere um ciclo de potncia a vapor regenerativo operando em regime permanente, con-
forme mostrado na figura a seguir. Vapor entra com um fluxo de massa de 3,6 105 kg/h no
primeiro estgio da turbina a 8,0 MPa, 480 C e se expande at 0,7 MPa e 200 C. Ento, uma
frao desse fluxo de massa extrado e dirigido ao pr-aquecedor, que opera com a mesma
presso de 0,7 MPa. O restante do vapor se expande no segundo estgio da turbina at uma
presso de 0,008MPa e vapor saturado, em que permanece com essa presso enquanto passa
pelo condensador e sai deste na condio de lquido saturado a 0,008 MPa. Esse lquido satu-
rado entra na primeira bomba, que eleva a presso do fluido mantendo seu estado lquido e
aumenta sua temperatura para 60 C, quando, ento, enviado ao pr-aquecedor, mistura-se
com o vapor que sai do primeiro estgio da turbina e segue para uma segunda bomba, no
estado de lquido saturado a 0,7 MPa. Aps a segunda bomba, a presso elevada a 8MPa
108
4
(1 y)
(1)
T1 = 480 C
Caldeira p1 = 8,0 MPa
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W1
( y) 2
3
Lquido
saturado a (1 y)
0,7 MPa (1 y) Condensador
(1)
PCond.
0,008 MPa
7 6 5 4 lquido saturado
a 0,008 MPa
gado finalmente a 400K. Vapor entra em uma turbina a vapor a 8 MPa, 400 C e se expande
a uma presso de 8 kPa para entrar no condensador. Na sada do condensador, gua entra
na bomba como lquido saturado a 8 kPa. Com os dados fornecidos aps a figura, determine:
109
Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
Qco
T3 = 1400 K
p 3 = p 2 = 1200 kPa
2 3
Compressor Combustor
Turbina a gs
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Wgas
T1 = 300 K W1 We
Entrada
de ar 1 p1 = 100 kPa
4
Para chamin
T3 = 400 K 5
p 3 = p 4 =100 kPa
T7 = 400 C
7 p 7 = 8 MPa
9
Bomba
p 9 = p 8 = 8 kPa
ar / m
a) a razo entre o fluxo de massa de ar e de massa de vapor (m vapor ).
23. Uma turbina a gs regenerativa mostrada na figura a seguir. Ar (R = 0,287 kJ/kg K) entra no
compressor a 1 bar, 27 C com uma vazo mssica de 0,562 kg/s e comprimido a 4 bar. Toda
a potncia desenvolvida pela turbina de alta presso utilizada para acionar o compressor.
A turbina de baixa presso utilizada para prover a potncia lquida do sistema. A vazo
volumtrica no ponto 2 696,79 m 3 /h, a temperatura no ponto 3 850K, a temperatura na
entrada da turbina de alta presso no ponto 4 1200K e a temperatura no ponto 7 520K.
Com esses dados, determine:
110
4
1 bar
Regenerador
7
Q comb
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T4 = 1200 K
3
6
p 2 = 4 bar 2
4 Combustor
Compressor
Turbina de
alta presso
1
5
Whiq
1 bar, 27 C
Retorno de ar da casa
Ar aquecido para a casa
p5 = 1 bar 5 Condensador 5
T5 = 20C T6 = 50C
(AV)5 = 0,42 m3/s p2 = 14 bar
T2 = 75C
2
3
p3 = 14 bar Compressor
T3 = 28C
WC
Vlvula de
expanso
4
p4 = 14 bar Evaporador T1 = 5C
1 p1 = 3,5 bar
8 7
Ar externo sai a 12C Ar externo entra 0C
111
Primeira lei da termodinmica para volumes de controle
Refrigerante R134 a circula pelos componen- quando a demanda aumenta, sem o uso de
tes do sistema e as propriedades so mos- baterias, que apresentam materiais txicos
tradas em cada trecho deste. O compressor ao meio ambiente.
opera adiabaticamente, sendo as variaes 2. Realize uma pesquisa sobre os tipos de
de energia cintica e potencial desprezveis, ciclos de potncia que existem no mundo.
assim como a perda de carga nos trocado- Faa uma seleo com base no fluido de
Este contedo digital destinado anlise final, sendo expressamente proibida a sua veiculao ou divulgao a terceiros por meio digital, o que pode acarretar na violao de seus direitos autorais mediante publicaes no autorizadas.
res de calor e na tubulao. Assinale a alter- trabalho (ar, gua) e no tipo de meca-
nativa que representa a potncia requerida nismo de gerao de potncia (motor,
pelo compressor: turbina). Nessa pesquisa, tambm rea-
a) +18,31 kW. lize uma investigao sobre as principais
b) 28,31 kW. diferenas entre uma termeltrica a gs,
c) 13,81 kW. uma termeltrica com cogerao e uma
d) 18,31 kW. termeltrica nuclear.
e) +28,31 kW.
Para saber mais
Questes para reflexo Para saber mais sobre conservao da massa,
1. Usinas elicas geram eletricidade de forma acesse o seguinte vdeo, com legendas disponveis:
TOM TEACHES. Thermo Lesson 6: First Law for a Control
contnua, mas, em muitos locais, como na
Mass. Disponvel em: <https://www.youtube.
Regio Nordeste do Brasil, a intensidade do
com/watch?v=4IY6F 9 vDPh 0 >. Acesso em: 1o
vento aumenta no perodo noturno. Alm set. 2015.
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