Modelo Laudo Adolescente PDF

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Relatrio Psicolgico

1. Identificao:
Autor: XXXXXX (Matrcula 2011XXXXXXXXX), sob a superviso da

Professora Ms Otlia Loth (CRP 09/006958);

Solicitante Sr. XXXXXX e a Sr. WWWW.

Assunto/Finalidade Avaliar necessidade de acompanhamento psicolgico e

levantar os principais aspectos a serem trabalhados em psicoterapia.

2. Descrio da demanda
O Sr. XXXXXX e a Sr. WWWW, procuraram atendimento junto ao servio

de Psicologia na Clnica Escola Vida em 2013 para sua filha YYYYYYY, pois esta

se queixava de dificuldades de relacionamentos interpessoais e relatava ser alvo de

bullying na escola por conta de seu sobrepeso. No primeiro contato com a estagiria

YYYYYY confirmou a existncia dos problemas relatados pelos pais, mas afirmou

que a fase-drama j havia passado e que compareceu entrevista porque seu pai

havia pedido. Diante do caso, faz-se necessria uma avaliao psicolgica para

melhor compreenso dos problemas relatados, bem como para o delineamento do

tratamento, caso este se faa necessrio.

3. Procedimento

Foram realizadas 08 sesses nos dias 02, 06, 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de

outubro na CLNICA ESCOLA VIDA/PUC Gois, com durao de,

aproximadamente, uma hora cada sesso. A primeira sesso foi destinada

entrevista inicial com os pais da paciente, pois esta menor de idade. A segunda

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sesso foi destinada entrevista com a paciente e as 06 sesses seguintes foram

destinadas aplicao dos seguintes instrumentos: Inventrio de Habilidades Sociais

para Adolescentes (IHSA), Inventrio de Estilos Parentais (Materno e Paterno),

Inventrio de Percepo de Suporte Familiar (IPSF), R 1e HTP. O pai respondeu ao

Inventrio de Estilos Parentais (IEP).

4. Anlise

4.1. Entrevista com os pais

Os pais de YYYYYYYYY chegaram na hora marcada e apresentavam

boa aparncia. Com discurso coerente, mostraram-se preocupados com a filha e

colaboraram respondendo prontamente s perguntas feitas pela estagiria. O pai

mostrou-se mais atento quanto s datas de desenvolvimento da filha e tambm

mais aflito com o comportamento introspectivo e arrogante de

YYYYYYYYY. Segundo os pais, a filha no dorme e no se alimenta bem (a

famlia nunca teve o costume de se reunir mesa durante as refeies, cada um

se senta onde quiser: em frente TV ou qualquer outro lugar da casa), costuma

ir ao banheiro e demorar bastante antes de sair de casa, seja para qualquer lugar.

Os professores dizem que YYYYYYYYY arrogante e os colegas a chamam de

gorda. Os pais relatam que ela no se arruma, no tem vontade de comprar

roupas e que se compara irm que magra. Segundo os pais, a nica amiga

que YYYYYYYYY tem de So Paulo e se comunicam pelo computador.

4.2.Entrevista Inicial

YYYYYYYYY chegou Clnica Escola Vida no horrio marcado

levada pelo pai. Estava bem vestida e limpa. Aps o Rapport, a estagiria

perguntou o motivo de sua ida clnica. YYYYYYYYY respondeu que no

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sabia, mas confirmou que sofreu bullyng na escola. A estagiria disse que na

ficha de triagem feita em 2013 a paciente mostrava interesse em ser atendida por

um profissional de psicologia. YYYYYYYYY respondeu que a fase-drama j

havia passado e que s compareceu porque seu pai havia pedido. A estagiria

esclareceu os termos do contrato no que diz respeito ao sigilo do contedo das

entrevistas e tambm sobre as duas faltas consecutivas sem justificativa que

resultaria na perda da vaga. Perguntada se estava interessada em continuar,

respondeu: ... Vamos ver no que vai dar.

Durante a entrevista YYYYYYYYY relatou que a gravidez da me no

foi planejada e que esta fumou e bebeu durante toda a gestao. Relatou tambm

que a me tem Sndrome do Pnico e que viu suas crises desde muito cedo em

sua infncia. Foi criada pelos pais com quem mora at hoje. Sobre sua vida

escolar, o primeiro relato foi que por volta dos 6/7 anos comeou a sofrer

bullying por parte dos colegas que a chamavam de gorda.

Sobre o relacionamento familiar, disse ser tranquilo, mas que briga muito

com o pai por qualquer motivo. Disse que acha ruim, mas sabe que o pai pede

desculpas e depois fica tudo bem.

Em relao sua sade disse ter refluxo, gastrite e lcera e que a

alimentao normal, mas gosta muito de besteiras (guloseimas). Disse

tambm sofrer com rinite e sinusite o que resultava em idas freqentes ao

hospital. Atualmente pensa estar doente, porm no busca atendimento mdico,

costuma fazer uso de medicamentos que a prpria me lhe administra. Relatou

ter o sono tranquilo, porm disse ter insnia, terror noturno, fcil despertar (o

que frequente), pesadelos e sonolncia durante o dia.

Sobre manias, disse ter o costume de manipular o cabelo, morder os

lbios, arrancar o cabelo, devanear, roer unhas, estalar os dedos e puxar a orelha.
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Contou que desde a infncia sente medo ou angstia sem motivo

aparente, apresenta sintomas de ansiedade e que j teve sintomas depressivos aos

13 anos. Disse que era muito fechada, se sentia sozinha, chegou a praticar

automutilao e quando contou ao pai, pressionada pela me que descobriu,

houve muita briga entre pai e filha.

Sobre sua rotina, respondeu que se restringe a casa-escola e escola-casa,

de segunda a segunda. Nem igreja tem ido mais. Quando algum colega a

convida para sair responde que a me no deixou, mas mentira, ela quem no

quer ir. Quando algum mais prximo a convida responde que no quer ir. Alega

no ter vontade de sair de casa. Quando questionada se tem ou teve namorado

respondeu que nunca namorou.

Disse que sua qualidade ser verdadeira e que seu defeito ser muito

verdadeira. Tem dificuldades de se relacionar com as pessoas, mal-humorada

com todos, principalmente no colgio. arrogante com os professores e no

muito ligada aos familiares. No soube dizer os nomes dos avs nem dos tios

paternos.

De acordo com as caractersticas pessoais, se descreve como sendo

desleixada, desinteressada, desorganizada, inteligente, esforada, acomodada,

corajosa, desobediente, sincera, independente, egosta, seca, curiosa, discreta,

agitada, calada, agressiva, alegre e tmida dependendo da situao e da pessoa.

No tem perspectivas para o futuro. Est estudando ingls porque quer ir

ao Rio de Janeiro em 2015 para ver seus dolos (atores de uma srie americana:

The Vampires Diaries). Gosta muito de escutar msica. Sempre tiveram

cachorro em casa, mas disse que no se d bem com eles, somente quando so

filhotes.

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4.3. R-1 - Teste No Verbal de Inteligncia: Tem a finalidade de avaliar os
aspectos cognitivos como percepo e raciocnio lgico, classificando a
pessoa quanto ao seu nvel de inteligncia geral no verbal.

YYYYYYYYY apresentou desempenho superior ao que esperado para

o seu nvel de escolaridade (Pontos: 31, percentil: 90), mostrando capacidade de

raciocinar de forma lgica, observar e analisar as situaes de forma mais

precisa e adequada do que a maioria das pessoas com a mesma escolaridade que

a sua.

4.4. Inventrio de Percepo de Suporte Familiar (IPSF): tem por finalidade


avaliar a percepo das relaes familiares em termos de afetividade,
autonomia e adaptao entre os membros.

Afetivo- Adaptao Autonomia


consistente familiar familiar
Pontos 13 11 13
Percentil <10 <10 50

Esses dados devem ser vistos com muita cautela, sobretudo os resultados

referentes sua autonomia, pois suas respostas foram baseadas em suposies

sobre possveis reaes dos pais, j que a situao no aconteceu de fato. Os

dados demonstram que YYYYYYYYY percebe sua famlia como pouco afetiva

para com ela, pouco interessada em suas atividades e distante, com problemas

nas regras e na comunicao familiares, entre outras caractersticas. Tambm se

percebe como incompreendida.

4.5. Inventrio de Estilos Parentais (IEP) PATERNO: objetiva avaliar as


relaes entre pais e filhos a fim de verificar quais prticas educacionais
parentais tm sido utilizadas.
Prticas Educativas Paternas e Maternas - respondido pelo pai
Monitoria Comportamento Punio Disciplina Monitoria Abuso
IEP Positiva Moral inconsistente Negligncia Relaxada Negativa Fsico
Pontos 1 8 8 3 6 4 5 1
PERCENTIL 35 40 45 55 15 25 45 5
5
Os dados mostram que o pai apresenta prticas parentais positivas um

pouco abaixo do esperado, havendo em seu repertrio o uso de algumas prticas

parentais negativas. H indcios de que o pai no d a ateno e afeto suficientes

para a filha. Alm disso, em momentos posteriores s brigas sempre ele quem

procura restabelecer o dilogo, mesmo estando com a razo, fazendo com que a

filha no reflita sobre sua postura.

PRTICAS PARENTAIS PATERNAS RESPONDIDO PELA ADOLESCENTE


Monitoria Comportamento Punio Disciplina Monitoria Abuso
IEP Positiva Moral Inconsistente Negligncia Relaxada Negativa Fsico
Pontos -9 7 6 7 8 1 4 2
PERCENTIL 15 30 25 5 5 80 65 25

Estilo parental de risco. Predomnio de prticas parentais negativas.

YYYYYYYYY sente que seu pai no lhe d ateno e afeto necessrios. Apesar

de o pai ter sido mais atento s fases de desenvolvimento da filha, no dia-a-dia

no consegue demonstrar o carinho que sente por ela. Alm disso, a examinanda

acredita que seu pai no lhe fornece informaes importantes sobre valores

morais e condutas adequadas, relacionadas ao uso de drogas, o comportamento

sexual, por exemplo, tanto quanto deveria. Os dados demonstram, ainda, que a

adolescente sente que seu pai a monitora excessivamente, fornecendo e

repetindo constantemente informaes sobre regras, contribuindo para um

ambiente tenso e uma convivncia mais hostil.

IEP MATERNO

PRTICAS PARENTAIS MATERNAS - RESPONDIDO PELA ADOLESCENTE


Monitoria Comportamento Punio Disciplina Monitoria Abuso
IEP Positiva Moral Inconsistente Negligncia Relaxada Negativa Fsico
Pontos 11 12 8 1 2 3 1 0
PERCENTIL 80 99 35 90 55 55 99 99

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Estilo parental timo, com presena marcante das prticas parentais

positivas e ausncia das prticas negativas. Apesar dos bons resultados

apresentados, a me apresenta uma postura de muita neutralidade em relao aos

conflitos entre pai e filha, no contribuindo para a soluo dos mesmos.

4.6. Inventrio de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA): tem por


finalidade avaliar o repertrio de Habilidades Sociais em Adolescentes em
diferentes situaes de interao social

ET - Escore Total:

YYYYYYYYY apresentou repertrio abaixo da mdia inferior de

Habilidades Sociais (Percentil = 25), indicando que a adolescente no apresenta

comportamentos socialmente competentes esperados para sua faixa etria, o que

pode gerar desconforto nas relaes interpessoais. Alm disso, h indcios de

que a examinanda apresenta um nvel de ansiedade alto quando se encontra em

situaes sociais (Percentil = 65).

F1 - Empatia:

O repertrio da examinanda em comportamentos relacionados empatia

mostrou-se abaixo da mdia, indicando dificuldades em pedir desculpas,

negociar solues em situao de conflito de interesses, fazer elogios e novas

amizades (Percentil= 10). Alta dificuldade de resposta ou ansiedade na emisso

das habilidades sociais relacionadas empatia (Percentil = 85).

F2 - Autocontrole:

Os dados de YYYYYYYYY apontam para um repertrio altamente

elaborado no que se refere ao autocontrole, demonstrando habilidades em

situaes que envolvem reagir com calma a situaes aversivas em geral, tais

como as que produzem sentimento de frustrao, desconforto, raiva,

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humilhao. Essas situaes podem ser de crticas de pais e amigos, ofensas de

vrios tipos, gozaes, derrotas em jogos, tentativas malsucedidas, etc. No

significa deixar de expressar desagrado ou raiva, mas faz-lo de forma

socialmente competente, pelo menos em termos de controle sobre os prprios

sentimentos negativos. Indicativo de recursos interpessoais altamente

satisfatrios nesse fator (Percentil= 95). Entretanto, h indcio de mdia

dificuldade na emisso das habilidades relacionadas ao autocontrole (Percentil=

55).

F3 - Civilidade:

YYYYYYYYY apresenta repertrio abaixo da mdia nas habilidades de

traquejo social (Percentil= 03), tais como despedir-se, agradecer favores ou

elogios, cumprimentar as pessoas, fazer elogios e pequenas gentilezas,

demonstrando muita dificuldade ou ansiedade na emisso das habilidades sociais

relacionadas civilidade (Percentil = 85).

F4 - Assertividade:

Verificou-se, ainda, que a adolescente apresenta repertrio altamente

elaborado mediano que se refere capacidade de lidar com situaes

interpessoais que demandam a afirmao e defesa de direitos e autoestima, com

risco potencial de reao indesejvel por parte do interlocutor (possibilidade de

rejeio, de rplica ou de oposio). Apresenta habilidades de recusar pedidos

abusivos, e no abusivos, resistir presso de grupo, demonstrar desagrado,

encerrar uma conversa e conversar com pessoas de autoridade (Percentil= 90).

Demonstra pouca dificuldade ou ansiedade na aquisio e emisso de

habilidades relacionadas assertividade (Percentil = 15).

F5 - Abordagem afetiva:

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No que se refere s habilidades de estabelecer contato e conversao para

relaes de amizade e entrar em grupos da escola ou expressar satisfao a

diferentes formas de carinho, a adolescente apresentou um repertrio abaixo da

mdia (Percentil = 10), demonstrando mdia dificuldade na aquisio e emisso

das habilidades relacionadas abordagem afetiva (Percentil = 55).

F6 - Desenvoltura social:

A examinanda demonstrou repertrio dentro do esperado nas habilidades

requeridas em situaes de exposio social e conversao, como apresentao

de trabalhos em grupo, conversar sobre sexo com os pais, pedir informaes,

explicar tarefas a colegas, conversar com pessoas de autoridade (Percentil = 40).

Apresenta dificuldade dentro do esperado na aquisio e emisso das habilidades

relacionadas desenvoltura social (Percentil = 65).

4.7. Escala de Auto Conceito Infanto-Juvenil (EAC-IJ): o instrumento avalia a


maneira como a criana ou adolescente se percebem em diferentes aspectos
e ambientes.
No autoconceito pessoal, YYYYYYYYY se percebe como uma pessoa

preocupada e nervosa (Percentil=50). No social, demonstra tendncia a se isolar

(Percentil=25). Quanto ao conceito escolar, YYYYYYYYY acredita ser vista

como boa e divertida pelos colegas (Percentil=25). No que diz respeito ao

conceito familiar, YYYYYYYYY percebe um relacionamento de lealdade e

confiana com seus pais (Percentil=25).

4.8. Tcnica do Desenho Projetivo Casa-rvore-Pessoa (HTP): propicia dados


sobre o funcionamento psicolgico do sujeito, bem como, a maneira como a
pessoa experiencia sua individualidade em relao aos outros e ao ambiente
do lar.

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Casa: YYYYYYYYY demonstra timidez, reserva, inadequao, indeciso,

introverso e tendncia fantasia. Traos de hostilidade e evaso. Personalidade

estvel e bom ajustamento. Relutncia em estabelecer contato com o ambiente e

afastamento das trocas interpessoais, com tendncia ao isolamento. Boa

capacidade para enfrentar problemas.

rvore: Apresenta traos de tenso, rigidez, retraimento, hesitao, medo,

insegurana e sentimento de inadequao. Presena de presses ambientais e

ambiente restritivo. Maturidade, inteligncia, e altivez. Boa capacidade de

organizao e equilbrio. Arrogncia, orgulho e ansiedade. Dificuldade em obter

satisfao do meio e realizar-se na interao com as pessoas. Tendncia a

expandir-se na rea da fantasia em busca de satisfao. Indicao de dificuldade

de base afetiva.

Pessoa e Pessoa do Sexo Oposto: Aceitao do desenvolvimento. Bom nvel de

maturidade scio-cultural. Boa energia e vitalidade. Frieza e distanciamento

emocional. Bom ajustamento. Mostra-se inteligente. Autoconceito positivo.

Apresenta traos de incerteza, conflito, indeciso, autocrtica, ansiedade, rigidez,

fragilidade, hostilidade, agresso e necessidade de realizao.

Famlia: Apresenta coerncia com seu relato quando diz ser a pessoa menos

feliz no desenho, como mostra a ausncia do sorriso aberto nela enquanto nos

outros membros este visvel. Indicao de afastamento emocional: nenhum

contato fsico entre os membros da famlia. Traos de inadequao,

YYYYYYYYY desenha a irm com um vestido e no seu relato diz que seus

pais implicam com ela porque visto roupas muito doidas (cor preta e uso de

acessrios com caveiras).

Desenho livre: o desenho do pentagrama, feito por YYYYYYYYY, refora os

traos de tendncia fantasia.


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5. Concluso

YYYYYYYYY apresenta bom nvel de desenvolvimento intelectual,

porm tem forte tendncia a se isolar e visvel tendncia fantasia, mas com

nvel elevado de inteligncia para a sua escolaridade, o que sugere dificuldades

emocionais e no cognitivas. A adolescente apresenta dficits em habilidades

sociais, o que resulta em comportamentos pouco ajustados nas relaes

interpessoais, alm disso, demonstra muitos traos de ansiedade, acarretando

dificuldades em estabelecer relaes interpessoais gratificantes e satisfatrias.

Tais dificuldades somadas insegurana de YYYYYYYYY a predispe a se

manter isolada e no se engajar em relaes mais prximas. Percebe-se que a

famlia no tem o hbito de se reunir para momentos de descontrao e

afetividade. Quando executam suas tarefas domsticas como cozinhar ou

arrumar a cozinha, cada um o faz mecnica e solitariamente, no h um trabalho

em equipe. No h um momento para todos se encontrarem para falar sobre as

atividades dirias, no se renem nem mesmo para fazerem alguma refeio,

dificultando relaes prximas mesmo entre a famlia.

Os pais de YYYYYYYYY apresentam dificuldades em estabelecer

regras e comunicao adequadas. Demonstram incompreenso e distanciamento

em relao filha.

Prognstico

Aconselha-se a participao de YYYYYYYYY em psicoterapia

individual para que possa desenvolver mais habilidades sociais e ser mais

assertiva.

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Aconselha-se a participao dos pais em programas de interveno

teraputica, em grupo, de casal ou individualmente, especialmente

desenvolvidos para pais com dificuldades em prticas educativas nas quais

possam ser enfocadas as consequncias do uso de prticas negativas em

detrimento das positivas com objetivo de discutir sua relao com a filha ou

criar espaos de discusso e/ou aconselhamento. Importante a participao da

me, mesmo esta j adotando prticas positivas, pois a linguagem dos pais deve

ser na mesma direo. A me pode auxiliar o pai nessa trajetria, pois segundo

os relatos tanto de YYYYYYYYY quanto aos pais, a me sempre fica neutra,

no intervm nas situaes entre pai e filha.

Encaminhamentos

Aconselha-se a participao de YYYYYYYYY em psicoterapia

individual de longo prazo para desenvolvimento de habilidades sociais.

Aconselha-se a participao dos pais em psicoterapia voltada para

aconselhamento/educao em prticas parentais positivas.

Goinia, 26 de Novembro de 2014.

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Assinatura

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