Projecto-Venda de Pescado
Projecto-Venda de Pescado
Projecto-Venda de Pescado
CIDADE DA PRAIA
I.I.
AGRADECIMENTOS..iii
ii
III. ABREVIATURAS USADAS...iv
IV. NDICE DE TABELAS.v
V. RESUMO..vi
1. INTRODUO. 1
2. CAPITULO I - ENQUADRAMENTO .... 2
2.1. Metodologia .......................................................................................................................... 5
2.2. Justificativa do Projecto ......................................................................................................... 6
2.2.1. Politico Legal ............................................................................................................... 7
2.2.2. Cultural............................................................................................................................ 8
2.2.3. Socioeconmico .............................................................................................................. 8
2.2.4.Tecnolgico ...................................................................................................................... 9
2.3. Identificao da Empresa.10
2.3.1. Forma Jurdica ............................................................................................................... 11
2.3.2. Identificao da Promotora ........................................................................................... 11
3. CAPITULO II - PLANO ESTRATGICO..12
3.1. Viso .................................................................................................................................... 12
3.2. Misso .................................................................................................................................. 12
3.3. Pressupostos do Projecto ...................................................................................................... 12
3.4. Objectivos Globais .............................................................................................................. 13
3.5. Objectivos Especficos ........................................................................................................ 13
3.6. Resultados Esperados .......................................................................................................... 13
3.7. Impacto Econmico ............................................................................................................ 14
3.8. Impacto Ambiental.............................................................................................................. 15
4. CAPITULO III PLANO DE MARKETING16
4.1. Vantagens do Projecto ........................................................................................................ 16
4.2. Meio Envolvente ................................................................................................................. 17
4.3. Crescimento Econmico e Rendimento Disponvel............................................................. 17
4.4. Poltica Aduaneira ................................................................................................................ 17
4.5. Migraes Internas ............................................................................................................... 18
4.6. Produto ................................................................................................................................. 18
4.7. Preo..................................................................................................................................... 19
4.8. Comunicao ........................................................................................................................ 20
4.9. Distribuio .......................................................................................................................... 20
i
4.10. O Contexto Concorrencial.................................................................................................. 20
4.10.1. Breve referncia aos principais concorrentes .......................................................... 20
4.11. Breve referncia dos potenciais clientes ........................................................................... 21
4.12. Anlise SWOT .................................................................................................................. 22
4.12.1. Observaes sobre os pontos fortes......................................................................... 22
4.12.2. Observaes sobre os pontos fracos mais relevantes .............................................. 23
4.12.3. Observaes sobre as oportunidades mais relevantes ............................................. 24
4.12.4. Observaes sobre as ameaas mais relevantes ...................................................... 24
4.13. Objectivos de Marketing ................................................................................................... 25
4.13.1. Qualitativos ............................................................................................................. 25
4.13.2. Quantitativos ........................................................................................................... 26
4.14. Plano de Lanamento E Distribuio Do Produto ........................................................... 26
4.15. Estratgia de Comunicao ............................................................................................... 27
4.15.1. Elemento para a Comunicao ................................................................................ 27
4.16. Comunicao LIMAR S.A............................................................................................ 28
4.17. Implementao do Plano .................................................................................................. 28
4.18. Padres de Controlo / Motivao.................................................................................... 29
5. CAPITULO IV - PLANO DE NEGCIO ..29
5.1. Investimento Inicial............................................................................................................. 29
5.2. Previso de Gastos .............................................................................................................. 31
5.2.1. O Fornecimento e Servios Externos (FSE)............................................................ 33
5.2.2. Custos com Pessoal ................................................................................................. 33
5.3. Projees de Vendas ou Volume de Negcios ..................................................................... 34
5.4. Amortizaes ....................................................................................................................... 37
5.5. Financiamento ..................................................................................................................... 38
5.6. Demonstrao de Resultados Previsionais .......................................................................... 40
5.7. Avaliao Econmica e Financeira do Projecto ................................................................... 43
5.7.1. Cenrio Pessimista 44
6. CONCLUSO 45
7. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS 46
8. ANEXO ..48
ii
II. AGRADECIMENTOS
com imenso prazer que aps quatro anos de curso e, ao chegar ao culminar de um
trabalho final acadmico ter que manifestar gratido a algum.
Agradecemos aos nossos pais Lus Antnio da Costa e Isaura Correia da Costa, pessoas
que foram muito importante durante o nosso percurso como estudante, sempre
encorajaram-nos nesse quatro anos de lutas, desafio esse escolhido por ns.
nossa filha Eliane, de apenas doze anos, sempre soube compartilhar connosco o
escasso tempo que nos sobrava, conseguindo transmitir palavras de encorajamento.
nossa orientadora do Trabalho do Fim do Curso, Mestre Cludia Sofia Silva Abreu
Martins, pela dedicao, apoio e confiana a ns transmitida.
iii
III. ABREVIATURAS USADAS
CCC Climatic Changes Convention (Conveno das Naes Unidas sobre Mudanas
Climticas)
FAO Food and Agriculture Organization (Organizao das Naes Unidas para
Alimentao e Agricultura).
Global do Ambiente.
PF Pontos Focais.
DAS VENDAS)44
v
V. RESUMO
Com este trabalho de fim do curso, percorra-se todo um caminho para a idealizao de
um plano de negcio de um empreendimento de venda e conserva de peixe. De forma
objectiva conseguiu-se debruar sobre as questes do projecto relacionados com o seu
impacto para a sua promotora, para a sociedade em geral e para o ambiente. No decorrer
deste trabalho seria notrio todas as pesquisas feitas junto ao mercado.
vi
1. INTRODUO
Os dados foram colectados durante os meses de Abril e Maio de 2012, onde 51 pessoas foram
entrevistadas, entre os quais, consumidores, vendedeiras/peixeiras e armadores. A ideia do
Projecto Venda e Conservao de Peixe Fresco, denominado Peixe Fresco LIMAR,
apareceu por se ter constatado que na presente conjuntura a populao vem padecendo de
algumas enfermidades originadas pela deficincia da composio da dieta alimentar, feita
base de carne, com especial destaque frango.
O hbito alimentar uma questo que depende muito do estilo de vida adoptado por cada um
e que exige mudana de comportamentos e atitudes dos consumidores em relao
alimentao.
Nesta perspectiva, com vista contribuir eficazmente para a dieta alimentar dos potenciais
clientes, prope-se este projecto de investimento, denominado Peixe Fresco LIMAR, que
visa criar uma unidade empresarial de venda e conservao de peixe fresco de forma a
contribuir para a resoluo de um dos problemas alimentar da populao desta cidade.
Muito embora a pesca se faz, na sua maioria, no litoral, mas o comrcio de peixes e frutos do
mar faz-se na cidade, porque ali que se concentra os postos de venda dos mesmos, entre os
quais os supermercados e ou minimercados, restaurantes, mercados municipais.
1
2. CAPITULO I - ENQUADRAMENTO
O arquiplago de Cabo Verde constitudo por dez ilhas e treze ilhus, situados a cerca de
450 milhas do Senegal, com uma superfcie de 4033 km2 e uma zona exclusiva de 734.265
km2. Cabo Verde um pequeno estado insular em desenvolvimento, com aproximadamente
500.000 mil habitantes, com maior concentrao em trs ilhas, (Santiago, So Vicente e
Santo Anto). No obstante o PIB Real estar a 3.900 dlares per capita, o nvel de
desemprego de 13% (segundo os novos sistemas de clculos introduzidos este ano) onde
podemos ver que o nvel de pobreza de 30% (valores de 2009) apresentando
vulnerabilidades estruturais, nomeadamente nos domnios de produo agrcola, das
importaes, do ambiente natural, da insularidade e da ajuda externa. (Instituto Nacional de
Estatsticas de Cabo Verde - INECV)
Desde a independncia, Cabo Verde foi sustentado pela poltica pblica de desenvolvimento.
A partir da abertura poltica em 1992, foi adoptado uma nova poltica de economia assente no
princpio de mercado livre, tudo numa perspectiva de insero gradual de Cabo Verde no
processo da globalizao.
Afirmam ainda o relatrio do PANA II, que cerca de 10% da superfcie terrestre do pas
constituda por reas protegidas e Cabo Verde integra os primeiros pases na regio que
aderiram a criao de reas terrestres e marinhas protegidas. Foi o primeiro pas africano a
ratificar a Conveno das Naes Unidas sobre a Luta contra a Desertificao (CCD) em
2
1995, e na sequncia, foram ratificados a Conveno das Naes Unidas sobre a
Biodiversidade (CBD) a Conveno das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas (CCC).
Neste mbito foram elaborados as Estratgias e Planos de Aco para o Ambiente e para as
Convenes referidas (PANA Estratgico 1994-2004, PANA II 2004-2014, PAN/CCD,
EPAN/CBD, EPAN/CCC).
O pas executou diversos projectos relacionados na maior parte ao CBD e CCC. Tem um
registo contnuo no CBD, em especial nas reas protegidas e de conservao da
Biodiversidade num processo participativo envolvendo os Servios desconcentrados do
Estado, ONG's e Associaes Comunitrias. O pas implementou inmeros projectos no
mbito da CCD e foi considerado na dcada de 90 como uma locomotiva na sub-regio
saheliana. H uma conscincia razovel das questes ambientais e parte dos conhecimentos
difundidos de algumas Convenes. Diversas actividades foram bem-sucedidas no mbito
das diferentes Convenes por exemplo, reabilitao de alguns ecossistemas vulnerveis
(Bacias Hidrogrficas, AP), recuperao de espcies em vias de extino, implementao de
modelos de simulao e vigilncia climticas.
O peixe se encontra entre os primeiros alimentos utilizados pela humanidade e se prima por
ser uma fonte de protena de ptima qualidade e alto valor biolgico. Em todo o mundo
encontramos seus consumidores, sendo que ele representa a principal fonte alimentar para
muitas culturas (Filho, 2000). No entanto diversos autores apontam a necessidade de
3
incentivar o consumo do peixe, embora os resultados podem ser alcanados a longo prazo
como o ocorrido com o consumo do frango (Abdon-Silva & Silva, 2004).
Cabo Verde tem um grande potencial para o sector da pesca, possui uma vasta Zona
Econmica Exclusiva, que abarca o oceano circundante, de 734.265 km2, de uma plataforma
continental de 5.394 km2, com 2.000 km de costa e de um potencial de recursos marinhos
estimado em 45.000 toneladas/ano, fazendo assim, que o mar seja o maior recurso natural do
pas (FAO, 1997; INDP, 1999).
A mesma fonte (FAO, 1997) afirma ainda que a comercializao dos produtos da pesca
oriundos das capturas artesanais realizada quase exclusivamente no mercado interno,
enquanto as capturas industriais visam principalmente a transformao e exportao. No
mercado interno, o pescado normalmente vendido fresco, s uma parte reduzida (menos de
3%) comercializado seco, salgado ou em salmoura. A comercializao feita por peixeiras,
de porta em porta ou nos mercados municipais.
O consumo do peixe representa a principal protena animal mais consumida pela populao.
O peixe congelado, salgado e/ou seco tambm consumido. O consumo per cpita do peixe
vem aumentando nos ltimos anos, tendo atingido em 2000, 26,2 kg por habitante (Ministrio
do Ambiente, Agricultura e Pescas, 2003), segundo Neto (2010) a Organizao Mundial da
Sade recomenda que o consumo do pescado para cada pessoa seja de 12Kg/ano.
2.1. Metodologia
Para a consumao deste projecto, vrias foram as pesquisas feitas, com destaque:
- O desencadeamento de um inqurito junto dos consumidores deste produto, vendedores do
mesmo, uns nossos concorrentes directos, outros que manifestaram interesse em colaborar
com a LIMAR, fazendo parte da equipa de trabalho, com a finalidade de conhecer a
dimenso do mercado de consumo de peixe;
5
- Foi feita ainda, a recolha de dados para a definio da estratgia geral do Projecto, o
marketing, principalmente no que refere definio dos preos e poltica de distribuio;
Pesquisas realizadas pela Organizao das Naes Unidas Para a Agricultura e Alimentao
revelam que o consumo anual de pescados, por pessoa, aumentar em todo o mundo nos
prximos 15 anos, o que permite prever uma rpida expanso de negcios em toda a cadeia
produtiva desse ramo. Cada vez mais, empreendedores esto investindo nesse segmento,
atrados pelas excelentes margens de lucro.
Cabo Verde, devido a sua posio geogrfica privilegiada que ocupa, no meio do Oceano
Atlntico, tornou-se um ponto de parada estratgico para o abastecimento de gua e de
alimentos e num entreposto comercial, inclusive de escravos. Isso fez com que Cabo Verde
desempenhasse um papel importante para a navegao martima e area porque se situa no
cruzamento que liga os trs continentes banhados pelo Atlntico: Europa, frica e Amrica
este certamente uma fonte considervel de recursos ao nvel de bens e servios que a ele
podem ser associados.
6
visando a explorao sustentada dos recursos haliuticos. (Texto extrado do Programa do
Governo para a VII Legislatura).
Constatou-se que as condies higinico sanitrias dos locais de venda desse produto no
tem sido as melhores e, uma vez que os clientes valorizam este atributo no processamento de
compra, atributo confirmado a partir do inqurito realizado, a empresa LIMAR surgiu neste
contexto para responder s essas exigncias da clientela.
O peixe, pela sua composio de suma importncia na alimentao humana, sendo assim,
materializado esse projecto, seria vantajosa trabalhar a divulgao do mesmo atravs de
desdobrveis, difuso de informaes a respeito, na Rdio, na Televiso.
Cabo verde possui hoje um sistema poltico democrtico com certa estabilidade e a sua
adeso Organizao Mundial do Comrcio vem obrigando o pas a um esforo considervel
de reviso legislativa, com vista adequao das regras do comrcio interno e externo s
regras desta organizao planetria.
Cabo Verde continuar o processo de adequao e de modernizao da legislao comercial.
Tal processo ir no sentido de uma maior liberalizao, simplificao e facilitao, tanto das
actividades de comrcio interno como externo.
O desenvolvimento do sector das pescas pode ser um contributo importante para a reduo da
pobreza.
As linhas de poltica prioritria incluem:
7
importante lembrar que o pescado obedece a legislaes ambientais especficas de
sazonalidade (algumas espcies tm a pesca suspensa em determinado perodo do ano). Os
distribuidores e comerciantes so penalizados em caso de venda ilegal.
2.2.2. Cultural
2.2.3. Socioeconmico
Segundo dados extrados do documento: Plano de Gesto dos Recursos da Pesca, datado de
Setembro de 2003, embora as actividades da pesca vem prestando uma modesta contribuio
na formao do PIB (2% no incio dos anos 90 e apenas 1% em 2000), contribui para o
emprego (em 1999 a pesca artesanal empregava 4.283 pescadores); equilbrio da balana de
pagamentos (a exportao dos produtos da pesca representa uma fonte de divisas que
contribui para o equilbrio da balana de pagamentos. At 1999, os produtos da pesca
representavam uma parte considervel das poucas exportaes dos totais do pas- 63%) e
8
segurana alimentar (em 2001, a captura total da pescaria foi de 104 toneladas. Foram
realizadas 3868 viagens que proporcionaram uma mdia de 27 Kg por sada.
de realar o novo acordo de pesca de atum entre Cabo Verde e a Unio Europeia, entrado
em vigor a 11 de Novembro de 2011, com durao de trs anos, que autoriza navios do
espao europeu a pescar nas guas de Cabo Verde. A captura mxima autorizada de cinco
mil toneladas por ano.
Com a mudana do comportamento dos consumidores sobre o benefcio para a sade humana
dos produtos da pesca, essa envolvente vem favorecer o empreendimento neste sector de
atividades determinante na dieta alimentar.
2.2.4.Tecnolgico
9
2.3. Identificao da Empresa
LIMAR um projecto empresarial de venda e conservao de peixe fresco, que pretende ser
a maior empresa neste ramo de comrcio e que visa acuar na sociedade, mais concretamente
na Cidade da Praia, de forma a dar a sua contribuio para : i) a proteco do meio ambiente;
ii) a sade da cidade e da comunidade; iii) o reforo da economia do pais atravs desta grande
oportunidade de negcio.
O posto comercial ir localizar-se na zona Avenida Cidade de Lisboa, num lugar central, em
frente ao Centro Comercial de Sucupira, levando em considerao o fluxo de pessoas que
ali circulam e o acesso privilegiado tanto em relao empresa perto do fornecedor que se
trata dos armadores que operam no Cais de Pesca da Cidade da Praia, quanto em relao aos
potenciais clientes.
Os potenciais clientes estendem-se tanto aos consumidores no geral, quanto aos compradores,
tambm pode-se enquadrar outros Servios Estatais como compradores, que adquirem a
oferta com o objectivo de servir alimentao dos utentes de uma forma geral, como o caso
de hospitais.
10
Para o posto comercial sero adquiridos equipamentos automticos e semi-automticos. A
LIMAR ser equipada com os melhores equipamentos, bastante econmicos, tanto os que
interferem na produo de gelo para conservas, como os outros componentes ligados ao
tratamento de peixes.
A LIMAR uma sociedade constituda por um nico scio (a sua promotora). Est inserida
dentro da Classificao das Actividades Econmicas (CAE - CV) sob o n 5223 (Comrcio a
retalho de peixe, crustceos e moluscos), de conformidade com o Decreto Lei n 3/2008, de
21 de Janeiro, que estabelece um quadro normativo apropriado para a definio, aplicao e
gesto coerente da Classificao das Actividades Econmicas de Cabo Verde.
Promotora:
Contacto:
Mvel: 996 90 30
Fixo: 264 14 07
11
3. CAPITULO II - PLANO ESTRATGICO
3.1. Viso
A empresa LIMAR pretende ser lder no mercado de comercializao de peixes frescos e ser
reconhecida na Cidade da Praia pela sua qualidade de oferta que v de encontro com as
expectativas dos clientes/consumidores.
3.2. Misso
Na sequncia dos trabalhos realizados e pesquisas levadas a cabo pela promotora, aponta-se
como uma das possveis hipteses de soluo:
12
O aproveitamento da parte que no foi comercializada na totalidade, em estado fresco,
pode ser transformada em produtos aproveitadas, atravs do processo de secagem e
moagem farinha de peixe, alimentos para animais.
13
Gerao de receitas para a potencial investidora e amortizao da dvida num
horizonte temporal mdio ou longo prazo;
Segundo FAO (Organizao para a Agricultura e Alimentao das Naes Unidas), o pas
possui um potencial pesqueiro avaliado entre 33000 e 42000 toneladas por ano, sem contar
com o potencial desconhecido de algumas espcies, como a serra, o tubaro, outros pelgicos
ocenicos e demersais de fundos rochosos.
O peso da contribuio do sector da pesca no Produto interno Bruto (PIB) tem sido
relativamente baixo, apenas 1% em 2000. Apesar dos investimentos realizados em infra-
estruturas e apoios directos, ainda no conseguiu-se tirar partido do potencial dos recursos
naturais existentes, devido conjugao de vrios factores limitativos da sua capacidade de
desenvolvimento, nomeadamente:
14
A deficiente qualidade e baixo nmero de embarcaes disponveis;
A escassez de circuitos de comercializao que garantam o escoamento do
pescado;
A pouca qualificao do pessoal do sector que, por efeitos de limitaes
anteriormente citadas no encontram razes para investir em formaes
adequadas.
Para alm do consumo local, assegurado na sua maioria pela pesca artesanal que
essencialmente costeira, responsvel pela maior parte das capturas, o produto da pesca
destina-se tambm indstria transformadora e exportao.
De acordo com o documento Plano de Gesto dos Recursos da Pesca, elaborado pela Equipa
Tcnica da DGP e INDP, em Setembro de 2003, o peixe comercializado nos mercados
municipais ou pelo processo de comrcio porta a porta.
Medidas tem sido levadas a cabo para a proteco do ambiente marinho que consiste em
preservao de espcies quando estas se encontram em perodo de reproduo desova.
Pela primeira vez, aconteceu no incio do ms de Agosto a finais de Setembro do ano de 2008
a proibio da captura da cavala preta (decapterus mascarellus), espcie essa ameaada pela
extino.
Segundo palavras do Ministro Cabo - Verdiano do Ambiente e Recursos Marinhos, no
exerccio, em 2008, ser necessrio tomar algumas medidas, como a adopo de perodos de
defeso para a cavala preta e outro tipo de espcies, para que a pesca em Cabo Verde seja
sustentvel, durvel e no comprometa o futuro de outras geraes. (informaes do site
www.sapo.cv Agosto 2008).
15
4. CAPITULO III - PLANO DE MARKETING
16
4.2. Meio Envolvente
Por um lado o Relatrio de Poltica Monetria do Banco de Cabo Verde, de Maio de 2009,
declara que a nvel domstico, o ritmo de crescimento da actividade econmica continua
dando sinais de abrandamento, por outro o indicador de clima econmico elaborado pelo
INECV diz que o ritmo de crescimento econmico de Cabo Verde voltou a acelerar no
terceiro trimestre de 2011.
17
4.5. Migraes Internas
4.6. Produto
Embalagem;
A marca LIMAR;
Os servios de suporte:
A comodidade;
Informao sobre o produto;
Encomenda e reserva;
Entrega a domiclio;
Tratamento de reclamaes.
A marca LIMAR, sendo o nome da peixaria, curto, simples e de fcil pronncia, agrega
valor oferta, diferenciando-a dos concorrentes e constituindo notoriedade para a empresa.
LI expresso crioula que traduz ali na peixaria
18
MAR existe mar, reflexo do produto fresco, como que sasse da gua.
A oferta da LIMAR enquadra-se no produto aumentado, uma vez que inclui servios
complementares adicionados que o distingue da sua concorrncia.
Peixes brancos:
Badejo, garoupa, salmonete, linguado, etc.
Peixes azuis:
Cavala, chicharros, albacora, etc.
Tundeos
4.7. Preo
Sendo o Preo o elemento do marketing mix pelo qual os esforos da empresa se convertam
em receitas e lucros e as decises do mesmo so condicionadas por um conjunto muito amplo
e complexo de foras ambientais e concorrenciais.
Ter que fazer uma correcta definio de todos os custos na aquisio da oferta, custo de
compra, de transporte do cais de pesca at o estabelecimento comercial, de energia elctrica
consumida na conservao, de gua utilizada, de espao para acomodao do produto, entre
outros.
19
Concentrar-se no retorno ao investimento;
Maximizar lucro a mdio prazo.
O preo de peixe na nossa sociedade varia de acordo com a lei da oferta e da procura, sendo
geralmente mais elevado na capital, onde existe um maior poder de compra da populao, do
que nos outros mercados.
4.8. Comunicao
A comunicao da empresa LIMAR, S.A tem duplo objectivo, por um lado valorizar a
performance do produto e por outro lado o valor da Marca.
4.9. Distribuio
Dibelinha
20
Para alm de ser operador do comrcio de peixes, proprietrio de um barco de pesca
com o mesmo nome, portanto distribuidor directo do seu produto, no possui para
tal distribuidores.
Vende peixe fresco com pouca frequncia. No existe consistncia na oferta dos seus
produtos frescos.
Minimercado Timteo
Vende peixe fresco com pouca frequncia. No existe consistncia na oferta dos seus
produtos frescos.
Vendedores de peixes frescos nos mercados da Praia, Achada de Santo Antnio, Terra
branca, Achadinha e ainda no cais de pesca.
Restaurante O POETA
Restaurante PUNTENCONTRO
21
4.12. Anlise SWOT
Devido s formaes que as autoridades vem dando ao pessoal que lidam com este ramo de
actividade, h possibilidade de encontrar colaboradores que dominam a rea de tratamento de
conservao do pescado.
Pelo facto da loja Peixaria estar localizada num lugar central, possibilita um escoamento
bastante acentuado do produto oferecido.
22
4.12.2. Observaes sobre os pontos fracos mais relevantes
A LIMAR, por ser nova no mercado ter que enfrentar fortes desafios a fim de convencer o
consumidor que o produto por ela oferecido de qualidade, com preos competitivos, melhor
do que da concorrncia. Portanto tem que ter uma estratgia de divulgao de negcio -
comunicao adequada actividade exercida.
Por ser novo no mercado, na fase inicial ter que fazer avultados investimentos de modo a
responder os objectivos preconizados.
OPORTUNIDADES AMEAAS
23
4.12.3. Observaes sobre as oportunidades mais relevantes
Tendo um mar rico em peixes, a captura feita no territrio prprio d para abastecer
a populao, sem ter que recorrer ao exterior.
A procura do peixe vem aumentando nos ltimos anos, impulsionada principalmente pelo
crescimento da populao da Cidade da Praia, conforme dados do Censo 2010 e pela
tendncia desta na busca de alimentos saudveis e recomendados sade humana.
Neste sentido os restaurantes procuram cada vez mais o peixe para confeccionar os pratos.
Tem-se registado nos ltimos tempos doenas tanto das aves como do gado bovino, causando
na populao um certo receio de consumo de carnes destes animais. Em detrimento de
consumo de carne preferem peixe. Assim aumenta o consumo considervel de peixe.
O peixe, uma vez capturado, s vezes, antes de ser comercializado, leva horas, sendo que, o
nico meio de retardar a sua deteriorao a implantao da cadeia de frio de forma
adequada. Todo esse processo consegue-se por intermdio da utilizao do gelo, que dever
ser de ptima qualidade.
Uma falha na energia elctrica ir repercutir no produto oferecido e consequentemente
prejuzos avultados no negcio. Portanto contornar essa ameaa de suma importncia para o
sucesso da empresa do gnero.
24
poca de proibio de captura de alguma espcie marinha
vista como uma tarefa fcil de execuo e uma alternativa ao desemprego e muito banal,
levando com que a LIMAR tenha uma batalha forte na conquista e fidelizao de clientes
4.13.1. Qualitativos
Conquistar, a mdio prazo, por um perodo de dois (2) anos, todo o mercado de venda de
peixes da Cidade da Praia, atravs da combinao da oferta de um produto de qualidade e
performance e de um atendimento personalizado;
Posicionar-se como uma escolha acertada para os grandes e pequenos
compradores/consumidores de peixes frescos e conservados, atravs da oferta de um servio
de qualidade a um preo justo e acessvel aos bolsos de cada um.
25
4.13.2. Quantitativos
Horizontes:
Marca: LIMAR
26
4.15. Estratgia de Comunicao
Atributo Valores
27
4.16. Comunicao LIMAR S.A.
Finalmente na Cidade da Praia, o comrcio de peixe fresco e conservados que faltava para
trazer ao seu negcio uma mais-valia, onde a qualidade e a satisfao do cliente garantida.
LIMAR oferece uma ideia de produto da natureza marinha que ir fazer da imagem da sua
empresa, uma empresa responsvel e consciente das ameaas ambientais que o pas enfrenta
no que tange ao ambiente marinho. Todos podemos contribuir para a melhoria da nossa sade
com a compra de produtos da LIMAR.
28
4.18. Padres de Controlo / Motivao
29
Tabela I Investimento Detalhado
30
Na rubrica Imobilizado Tangvel, correspondente a 71% do total dos investimentos
efectuados, temos o Equipamento Bsico equivalente a 30%, o Equipamento de Transporte
com 58% e os Equipamentos Administrativo e Informtico com, respectivamente, 7% e 5%.
O total dos custos no primeiro ano ultrapassou as receitas, correspondendo 116% do valor das
mesmas, originadas pelo elevado valor do investimento, que influenciou o resultado do Cash
Flow acumulado, de forma negativa.
31
Tabela III Custo das Mercadorias Vendidas
Custo com o pessoal da loja que directamente esto ligados ao processo de venda.
Custo com pessoal da administrao que representa gastos indirectos para o processo de
venda.
32
5.2.1. O Fornecimento e Servios Externos (FSE)
A empresa dever arrancar com uma estrutura mnima de pessoal de forma a reduzir os
custos. Sendo assim, fez-se a projeco de que ter a seguinte estrutura de custos fixos com
mo-de-obra, incluindo encargos de segurana social e seguros.
Foi projectado a criao de 6 (seis) postos de trabalho, dos quais tm-se: 1 Gerente, 1
Assistente Administrativo e Financeiro, 1 Motorista, 2 Operrios e 1 Ajudante Servios
Gerais, como se pode confirmar na tabela a baixo:
33
Tabela V Custos com o Pessoal
34
Tabela VI Vendas de Mercadorias
As previses de vendas foram calculadas com base numa anlise de necessidade de mercado,
com maior incidncia nos grandes consumidores de peixe, conforme se pode constatar na
tabela que se segue:
35
Tabela VII- Previso da procura dos grandes consumidores
Tabela IX - Pressupostos
36
5.4. Amortizaes
Com base na Tabela de Amortizaes & Reintegraes dos Imobilizados, constante do anexo,
foi calculado o valor correspondente s amortizaes de cada imobilizado. O remanescente
do valor com respeito ao valor da compra dos imobilizados corresponde ao valor lquido
contabilstico dos mesmos, os quais podero ser considerados como valor de continuidade, de
acordo com a tabela que se segue:
Tabela X Amortizaes
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5.5. Financiamento
Tabela XI Financiamento
Para o emprstimo bancrio ser aplicado uma taxa de juros de 11% ao ano, com prazo de
reembolso de 5 anos, tendo sido beneficiado com um ano de perodo de carncia, nos termos
da tabela abaixo indicada:
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Tabela XII - Encargos de Financiamento
Custos Financeiros
Comisso de abertura de crdito 1,25% Sobre o montante do crdito
Despesas de expediente e porte 2.000 CVE
Abertura e gesto da conta 0,25% Sobre o montante do crdito
Registo de Hipoteca 3% sobre o montante do crdito
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Tabela XIV- Plano de Amortizao da Dvida.
Foi projectada a receita bruta de vendas no montante de 27.187.200 ECV (vinte e sete
milhes, cento e oitenta e sete mil e duzentos escudos) para o primeiro ano, sendo que houve
aumentos sucessivos de ano para ano, durante os seus exerccios, nas taxas de 10%, 8%, 5% e
3%, correspondente a 30.354.509 ECV, 33.110.694 ECV, 35.113.895ECV, respectivamente.
Os resultados lquidos dos anos zero e primeiro foram negativos mas j nos anos seguintes a
situao reverteu-se, tendo os mesmos, variados de forma positiva, devido ao aumento
considervel do volume de vendas, diminuio sucessivo dos custos financeiros e
amortizaes da dvida e dos equipamentos, de acordo com o mapa abaixo:
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Tabela XV Demonstrao de Resultado Previsional
O Free Cash flow no ano zero arranque do projecto tambm o Cash flow acumulado e
toma o valor negativo, correspondente ao valor do investimento em capital fixo activo
tangvel e intangvel, no montante de 3.962960 ECV (trs milhes, novecentos e sessenta e
dois mil, novecentos e sessenta escudos).
No ano seguinte, aps o exerccio da empresa, o projecto liberta meios (MLL) no valor de
185.346 ECV (cento e oitenta e cinco mil, trezentos e quarenta e seis escudos)
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correspondente ao Cash flow de explorao, influenciando o aumento de Cash flow
acumulado que, a partir do quarto ano apresentou-se positivo.
O Cash Flow de explorao gerado para alm de ser positivo em todos os anos, aumenta
numa proporo considervel anualmente.
Temos um cash flow de explorao positivo a partir das actividades operacionais da empresa
no primeiro ano, pelo facto destes esto a gerar meios financeiros que sero usados para
pagamentos de despesas previsveis: custos fixos como as rendas, salrios, juros de
emprstimos, etc, ou custos variveis como custo de mercadorias vendidas.
O Cash flow acumulado do quinto ano no valor de 3.134.994 ECV (trs milhes, cento e
trinta e quatro mil, novecentos e noventa e quatro escudos) correspondente a 88% da valor do
capital investido em activos tangvel e intangvel inicialmente, de acordo com a tabela
abaixo:
No que diz respeito aos indicadores financeiros, temos a autonomia financeira que no
primeiro ano corresponde ao 40% (capital prprio) do capital social investido, baixando no 2
ano para 30% e nos anos seguintes tiveram aumento considervel, respectivamente de,
37,1%; 52,3% e 85,6%.
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Tabela XVII - Indicadores
As projeces abaixo, quer do investimento inicial necessrio, quer dos potenciais volumes
de negcios, quer dos custos de funcionamento, quer ainda da estrutura de financiamento,
entre outros pressupostos, permitem-nos afirmar que o negcio concebido rentvel, com um
valor actualizado lquido (VAL) de 853.643ECV (oitocentos e cinquenta e trs mil,
seiscentos e quarenta e trs escudos), uma taxa interna de retorno (TIR) de 18%, superior
taxa de financiamento (11%), um prazo de recuperao do capital investido (PRI) de 4
(quatro) anos e 3 (trs) meses, de conformidade com a tabela seguinte:
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5.7.1. Cenrio Pessimista
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6. CONCLUSO
Podemos dizer que este projeto vivel, de acordo com as anlises econmico-financeira,
com recuperao integral do investimento inicial efetuado e um excedente financeiro para a
sua promotora. Existe realmente, das pesquisas feitas, mercado significativo que ira consumir
peixes, tanto na sua forma fresca como conservadas. Este projeto beneficiar inicialmente
seis famlias contribuindo para a diminuio da taxa de desemprego.
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7. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Abdon-Silva, L. M., & Silva, S. L. (2004). Factores de deciso de compra do pescado nas
feiras de Macap e Santana - Amap. Bol. Tc. Cient. CEPNOR, 4 (1), 89 - 98.
Cabo Verde. Portaria n 6/2001, de 01 de Fevereiro.
Arajo, A. C., Belmont, B. L., Oliveira, A. S., Santos, R. A., Marques, M. A. (2011).
Caracterizao do consumidor de peixe em Campina Grande/PB.
Costa, A. D., & Almeida, I. C. (2011). Mercado e perfil do consumidor de peixe no estado do
Par. Universidade Federal Rural da Amaznia. Brasil.
Lisboa, Trajectos.Carvalho das Neves, J., (2007), Anlise Financeira, Tcnicas Fundamentais,
Lisboa, Texto Editores.
Benzinho, J., e Rodrigues, M., (1995), Tcnicas de Gesto de Empresas, Analise Econmica
e Financeira, Lisboa, Escolar Editora.
Mota, A., Barroso, C., Nunes, J., Ferreira, M., (2006), Finanas Empresariais, Teoria e
Prtica, Lisboa, Publisher Team.
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Plano de Gesto dos Recursos da Pesca, Setembro de 2008 .
47
8. ANEXO
Cronograma
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