LIVRO URBANIZACAO E MEIO AMBIENTE 2013 Baixa Resolucao PDF
LIVRO URBANIZACAO E MEIO AMBIENTE 2013 Baixa Resolucao PDF
LIVRO URBANIZACAO E MEIO AMBIENTE 2013 Baixa Resolucao PDF
Volume II
Volume II
2
MAISA SALES GAMA TOBIAS
ALBERTO CARLOS DE MELO LIMA
(Organizadores)
Volume 2
Belm
Unama
2013
URBANIZAO & MEIO AMBIENTE
c 2013, UNIVERSIDADE DA AMAZNIA
Reitora
Ana Clia Bahia Silva
Pr - Reitor de Ensino
Evaristo Clementino Rezende dos Santos
Pr - Reitora de Pesquisa, Ps- Graduao e Extenso
Nbia Maria de Vasconcelos Maciel
Criao de capa
Evaldo Arajo
Foto da capa
Helder Leite
Reviso
Mirna Lcia Arajo de Moraes
4 Normalizao
Maria Miranda
Produo
Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano
Distribuio /Assinaturas/ Intercmbio
Editora UNAMA - EDUNAMA
Av. Alcindo Cacela,287 CEP 66.060-902 Belm- Par
Telefone (91) 40093145 Fax: (91) 4009319
www.unama.br
[email protected]
530 p.
ISBN 978-85-769-151-7
1. Urbanizao. 2. Impactos ambientais - Amaznia. 3. Qualidade de vida. 4. Acessibilida-
de. I. Lima, Carlos Alberto de Melo. II. Ttulo.
CDD 307.76
5
F
azer pesquisas na Regio Amaznica sempre foi um desafio para
todos os que desejam fazer cincia, mas, o desafio torna-se maior
quando se procura compreender o desenvolvimento urbano nas
cidades Amaznicas, e suas relaes com o meio ambiente que a cer-
cam. O relacionamento das cidades com os rios que as cortam, nunca
foram dos melhores. As decises urbanas tm sido em transformar os
rios, em quase sua maioria, como locais fceis de despejo de lixo e es-
goto domstico e efluentes industriais, desprezando-os, e sujeitando-
-os degradao e no como potencial manancial e sim fonte de renda
e lazer, isto sem falar das perdas de diversidade da fauna e da flora.
O crescimento urbano e a falta de um planejamento eficiente
no uso e ocupao do solo, aliado destruio dos habitats naturais,
fazem com que o ambiente seja alterado de forma significativa e a qua-
lidade de vida das populaes que vivem s margens dos cursos dgua
da maior bacia hidrogrfica do mundo, no seja, ainda, a desejvel.
Buscar solues a partir dos problemas encontrados no planejamento
urbano, na gesto, no entendimento das culturas da regio, nos ecos-
11
sistemas e nas particularidades de cada bacia hidrogrfica fazem com
que, qualquer esforo, que venha a trazer luz soluo dos problemas
urbanos amaznicos sejam bem recebidos.
Neste cenrio, tenho a honra de apresentar a Coletnea Urba-
nizao e Meio Ambiente vol. 2, a qual foi construda com o trabalho
e a perseverana daqueles que fazem cincia, contribuindo com um
novo olhar na busca de solues para as questes das cidades e o am-
biente. A Coletnea traz diversas discusses nas reas de saneamento,
recursos hdricos, impactos ambientais, evoluo urbana, transporte,
violncia urbana, polticas pblicas e gesto. fruto de trabalhos de
alunos da iniciao cientfica, de dissertaes de mestrado e de diver-
sos pesquisadores da regio.
Constituiu-se, portanto, como mais uma contribuio aos estu-
dantes, em seus trabalhos sobre o meio ambiente urbano, aos pesqui-
sadores, como mais uma fonte de consulta, cincia, nas discusses
levantadas e, sobretudo Amaznia, nosso maior patrimnio natural.
N
o ano de 2007, foi inaugurado o hospital regional pblico do
Baixo Amazonas (HRBA), localizado no municpio de Santarm,
com a proposta de descentralizar os servios de sade do
Estado, levando para a regio oeste do Par um hospital de referncia
no atendimento especializado em mdia e alta complexidade. Embora
a regio do Baixo Amazonas tenha uma grande extenso territorial,
essa rea tem merecido poucos estudos relacionados temtica da
sade. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar a 13
acessibilidade do HRBA como centro polarizador regional, viabilizada
por meio de um georreferenciamento e de entrevistas com 381
usurios do HRBA, considerando nmero de confiana 95% e erro 5%,
utilizando questionrio composto por quatro partes: padro de viagem,
dados socioeconmicos, opinio sobre o servio e destinos-chave.
Verificou-se que a acessibilidade ao hospital foi considerada baixa.
Isso justifica a criao de um segundo hospital com alta complexidade
para minimizar as iniquidades existentes na sade pblica da regio do
Baixo Amazonas.
*
SILVA, Nathalia Fernandes. Mestra pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected].
**
TOBIAS, Maisa Sales Gama. Docente Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected]
***
RODRIGUES, Daniel Souto. Departamento de Engenharia Civil, Universidade do Minho, Cam-
pus de Azurm. 4800-058 Guimares Portugal. E-mail: [email protected]
ABSTRACT
14 1 INTRODUO
2 DESENVOLVIMENTO
15
Em uma de suas primeiras publicaes, Donabedian (1973)
definiu acessibilidade como um dos aspectos da oferta de servios
relativo capacidade de produzir servios e de responder s
necessidades de sade de uma determinada populao. Ou seja,
relaciona-se s caractersticas dos servios e dos recursos de sade
disponveis que facilitam ou limitam seu uso por potenciais usurios. A
acessibilidade , assim, fator importante para explicar as variaes no
uso de servios de sade de grupos populacionais, por isso contribui
nos estudos sobre a equidade nos sistemas de sade.
H duas dimenses da acessibilidade que se inter-relacionam: a
scio-organizacional e a geogrfica. Acessibilidade scio-organizacional
relaciona- se a todas as caractersticas da oferta de servios, por
exemplo: polticas formais ou informais que elegem os pacientes em
funo de sua condio social, situao econmica ou diagnstico. A
outra dimenso a acessibilidade geogrfica, que condiz com o uso do
espao que pode ser medido pela distncia linear, distncia e tempo de
locomoo, custo da viagem, entre outros. Apesar das caractersticas
dos indivduos (sociais, culturais, econmicos e psicolgicos) no
fazerem parte do conceito de acessibilidade de Donabedian, a relao
destas com o uso de servios mediada pelo conceito de acessibilidade,
a qual expressa s caractersticas da oferta que interferem na relao
entre caractersticas dos indivduos e o uso de servios (DONABEDIAN,
1973). O autor traa o delineamento do seu conceito de acessibilidade
ao excluir deste a percepo de problemas de sade (necessidades)
e o processo de tomada de deciso na procura de servios pelos
indivduos. Porm, avana na abrangncia do conceito de acesso para
alm da entrada nos servios, mostrando que a acessibilidade indica,
tambm, o grau de (des) ajuste entre as necessidades dos pacientes e
os servios e recursos utilizados. Assim, a acessibilidade no se limita
apenas ao uso ou no de servios de sade, mas abrange a adequao
dos profissionais e dos recursos tecnolgicos utilizados s necessidades
de sade dos pacientes (DONABEDIAN, 1973).
Pesquisas que avaliam o acesso de usurios aos servios de
sade mostram que a distribuio geogrfica pode facilitar ou impedir o
acesso da populao, mesmo nos sistemas que no cobram pelo uso do
servio, pois mesmo distncias muito pequenas provocam importantes
redues na probabilidade de atendimento e, em localidades mais
pobres, a expressividade das barreiras impostas pela distncia aponta o
impacto dos custos de transporte (OLIVEIRA et al. 2004).
16
Estas barreiras esto relacionadas com as necessidades de
circular e ao desejo de realizar as atividades sociais, econmicas
de trabalho etc., tambm se relacionam aos fatores individuais de
mobilidade e acessibilidade e dependem das condies fsicas, da
capacidade de pagamentos dos custos, do tempo e da oferta de meios
de transporte (BRASIL, 2004a). Por isso, o sistema de circulao
caracterizado por diferenas entre as pessoas, classes e grupos sociais
(VASCONCELLOS, E., 2005). O conceito da acessibilidade o nico
capaz de capturar o padro de deslocamento e da reproduo social
de forma convincente (VASCONCELLOS, E., 1996).
Pesquisas que relacionam o acesso com a excluso social mostram
que a excluso social no ocorre devido falta de oportunidades, mas
falta de acesso a essas oportunidades (PRESTON et al. 2006). Com
isso, o acesso da populao aos servios de sade um pr-requisito
importante para uma eficiente assistncia, sendo a localizao
geogrfica dos servios um dos fatores que interferem nessa
acessibilidade (UNGLERT et al. 1987).
As barreiras ao uso de servios de sade impostas pelo local
de residncia tambm esto relacionadas com as dimenses do
pas. Deste modo, a igualdade no acesso aos servios de sade para
necessidades iguais impraticvel do ponto de vista geogrfico, pois
os servios de sade esto concentrados em determinados espaos,
sendo mais acessveis s pessoas que deles esto mais prximas do
que quelas que esto mais distantes deles (CASTRO et al. 2011).
Estudos mostram que no Brasil h uma desigualdade no
acesso aos cuidados mdicos favorvel aos ricos (NORONHA et al.
2002; MOTTA et al. 2008) e que o consumo de servios de sade
em funo das necessidades e do comportamento dos indivduos
em relao a seus problemas de sade, bem como, das formas de
financiamento e dos servios e recursos disponveis para a populao.
Alm da localizao geogrfica, a dimenso dos servios de sade so
fatores que interferem em sua acessibilidade (TRAVASSOS et al. 2000).
Neste sentido, o acesso universal sade assegurado pelas
leis brasileiras e garantido pelo Estado implica, necessariamente,
a formulao de um modelo social tico e equnime norteado pela
incluso social, j que a sade um direito individual e coletivo que
deve ser fortalecido com o redimensionamento de uma nova prtica
construda a partir de uma gesto democrtica e participativa (ASSIS
et al. 2003).
Diante do exposto, nesta pesquisa, foi utilizado o conceito de
17
acessibilidade para fomentar as anlises, pois este foi capaz de explicar
as possibilidades de alcanar espaos e, como foi realizada uma anlise
regional da acessibilidade ao servio de sade, o conceito supriu as
expectativas desejadas.
3 METODOLOGIA
4 Resultados e discusses
20
21
5 CONCLUSES
REFERNCIAS
ASSIS, M. M. A.; VILLA, T. C. S. e NASCIMENTO, M. A. A. Acesso
aos servios de sade: uma possibilidade a ser construda na prtica.
Cincia & Sade Coletiva, 8(3), p.815-823, 2003.
26
C
O
Simulao hidrulica de rede de L
macrodrenagem na orla fluvial E
de Belm do Par com o uso do
programa SWMM T
VINAGRE, M.V.A.* N
LIMA, A. C. M.**
PIRES, A.M.***
E
MACEDO, A.L.**** A
MORAES, A.R.S.*****
RESUMO
O
comportamento hidrulico de uma rede urbana de
drenagem na orla fluvial de Belm-PA foi simulado com
o uso do cdigo computacional SWMM. A rede analisada
apresenta comportamento adequado finalidade projetual, pois
ao ser simulado seu comportamento sob o efeito de severa chuva
27
real, ocorrida em 09/05/11, com 61 mm de altura e durao de
quatro horas, no ocorreram pontos crticos ou alagamentos. O
SWMM mostrou ser uma importante ferramenta computacional
para anlise e simulao de sistemas de macrodrenagem,
extremamente adequada para simular o comportamento
hidrulico de redes de drenagem possibilitando prever possveis
problemas na implementao de projetos deste porte.
*
VINAGRE, Marco Valrio de Albuquerque. Docente do Programa de Ps-Graduao em De-
senvolvimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av.
Alcindo Cacela, 287. E-mail: [email protected].
**
LIMA, Alberto Carlos de Melo. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento
e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia, Av. Alcindo Cacela, 287. E-
-mail: [email protected].
***
PIRES, Aleksandra Madeira. Discente Lato Sensu, Universidade da Amaznia UNAMA, Av.
Alcindo Cacela, 287. E-mail: [email protected]
****
MACEDO, Aquilles Lima de. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade da Amaznia
UNAMA. E-mail: aquillesznrb@gmail.
****
MORAES, Ari Ricardo Sousa de. Graduando em Engenharia Civil pela Universidade da Amaz-
nia- UNAMA. E-mail:[email protected]
ABSTRACT
1 INTRODUO
2 MATERIAL E MTODOS
31
32
34
Fonte: Engesolo (2007).
35
Trechos
Canal
Incio Fim
Galeria na Rua
Caripunas Av. Bernardo Sayo 180 m
Caripunas
Rua Carlos de
Timbiras Av. Bernardo Sayo 716 m
Carvalho
1.000
Bernardo Sayo Rua Veiga Cabral Rua dos Caripunas
m
Fonte: Engesolo (2007).
37
A rede de drenagem projetada visa resolver o problema
das enchentes, com a construo de galerias pr-moldadas
em aduelas de concreto armado, na Av. Bernardo Sayo, com
as seguintes caractersticas: duto em galeria pr-moldada em
concreto armado, seo retangular, fechada, com extenso
de 1.000 metros e declividade de implantao do canal de
drenagem de 0,1% ou 0,001 m/m. O trecho desse canal entre a
Rua Veiga Cabral e a Rua dos Caripunas encontra-se assoreado
e obstrudo devido a palafitas edificadas sobre o seu curso, e ao
lanamento indevido de lixo em seu leito, conforme se v na
Figura 6 a seguir.
Figura 6 - Canal da Av. Bernardo Sayo.
39
Simulao
Mapa da rea
Fonte: Autores. 43
3 RESULTADOS E DISCUSSO 45
O modelo computacional SWMM foi utilizado para simular
o comportamento da rede de macrodrenagem da Av. Bernardo
Sayo em estudo. O resultado apresentado considerou, para
efeito da anlise, chuva severa ocorrida em 09/05/11, com a
obteno de resultados importantes para o entendimento da
dinmica das cheias na rede estudada.
Esta simulao considerou que a galeria projetada estava
em perfeitas condies de funcionamento, completamente
desobstruda e com declividade 0, 001 m/m.
possvel visualizar-se os resultados da simulao
atravs de diversos recursos disponveis no programa, tais
como: visualizao de mapas, grficos, tabelas, relatrios de
frequncia estatstica e de status.
A simulao do evento foi bem sucedida, apresentando
erros muito pequenos, de -0,00% para escoamento superficial
e -0,02% para roteamento. O programa tambm mostra de
forma muito interessante a animao do projeto simulado,
permitindo ver-se de forma clara e resumida o comportamento
do escoamento na rede, sendo possvel observar se algum
trecho de rede sofreu alagamento, e o momento em que ocorre.
O Grfico 2, a seguir, mostra a lmina mxima na galeria,
que ocorre quatro horas aps o incio da chuva.
4 CONCLUSES
REFERNCIAS
ARAJO, S.R.V., SANTOS, A.P.P.; REIS, J.S. & ROCHA, E.J.P. Precipitao
severa em Belm do Par: estudo de caso. 2011. Disponvel em: <http://
www.eventweb.com.br/cbmet2012/cbmet2012_12474_1344292018.
pdf>. Acesso em: 09 dez. 2012.
48
ENGESOLO - Elaborao de estudos e projetos bsicos necessrios
preparao do programa de macrodrenagem da bacia hidrogrfica
PROMABEN. Belo Horizonte, 2007.
GARCIA, J.I.B., PAIVA, E.M.C.D., BRITES, A.P.Z. & PAIVA, R.C.D. (2004)
Avaliao da discretizao em uma bacia hidrogrfica urbana,
atravs do modelo SWMM. In: CONGRESO LATINOAMERICANO DE
HIDRULICA. 21., So Pedro-SP, out. 2010. Disponvel em: <www.ufsm.
br/iurh>. Acesso em: 15 dez. 2012.
E
ste artigo tem como proposta apresentar um estudo sobre a
construo da UHE Belo Monte, analisando os impactos sociais e
ambientais gerados ao municpio de Altamira. Durante a dcada
de 70, a usina Hidreltrica de Belo Monte foi analisada pelos militares,
sendo que a mesma passou a ser estudada no ano 1975. O primeiro
nome sugerido para a Hidreltrica do Rio Xingu foi Karara em
homenagem aos povos indgenas que vivem naquela regio, que sero 51
os mais prejudicados com a implantao da usina, sua implantao
poder gerar grandes impactos ambientais e scias ao municpio de
Altamira, temos como exemplo o municpio de Tucuru que durante
a obra o municpio, sofreu imensos impactos sociais e ambientais. No
caso do municpio de Altamira os impactos sociais esto ocorrendo em
vrios aspectos, ocasionados pelo aumento da populao que chegam
ao municpio para trabalhar na construo da Hidreltrica. Em relao
aos impactos ambientais, teremos o aumento do desmatamento,
morte de vrias espcies de animais entre outros.
*
CARVALHO, Elaine Cristina Leo. Mestranda pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvol-
vimento e Meio Ambiente Urbano - PPDMU, Universidade da Amaznia UNAMA, Av. Alcindo
Cacela, 287, Umarizal Belm/Par. E-mail: [email protected]
**
VARELA, Luiz Benedito. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia, Av. Alcindo Cacela, 287, Uma-
rizal Belm/Par. E-mail: [email protected]
***
CAMPOS, Yarnel de Oliveira. Docente da Universidades Federal do Para- R. Cel. Jos Porfirio
s/n,Recreiro-Altamira -Par. Email: [email protected]
ABSTRACT
2 DESENVOLVIMENTO
57
4 RESULTADOS E DISCUSSES
61
4.1 A UHE Belo Monte: os impactos ao meio ambiente urbano de
Altamira
Populao Densiadade
Anos reas (Km)
(Hab.) (Hab./Km)
2009 2 0 0 0 3 70 75
2 0 0 0 17 93
2010 112
2011 2 0 0 0 59 124 185
2012 2 0 0 0 77 153 232
2009 21047
2010 23985
2011 28655
2012 34035
Fonte: Dados Denatran/PA
68
Tabela 7 - Proporo de Moradores por Tipo de
Abastecimento de gua
Abastecimento gua 1991 2000
Rede geral 31,9 19,7
Poo ou nascente (na propriedade) 51,1 74,9
Outra forma 17,0 5,4
Fonte: IBGE/Censos Demogrficos
5 CONCLUSO
REFERNCIAS
74
C
O
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA EDUCAO L
AMBIENTAL NO CONTEXTO DA URBANIZAO:
o caso da escola Ruy Paranatinga Barata E
- Paraso dos Pssaros, Belm/Par.
T
N
SILVA, E. A. C.*
PAIXO, C. J.**
RESUMO
E
A
E
ste artigo apresenta um estudo realizado para dissertao
de mestrado defendida em 2012, cujo trabalho procurou
conhecer a realidade do currculo escolar, e nos permitiu
a verificao do processo ensino-aprendizagem em relao s
questes e problemas ambientais na escola e no seu entorno.
Dessa forma, nos possibilitou discusses e anlises sobre as
prticas de educao ambiental no currculo da escola Ruy
Paranatinga Barata, em conformidade ao mtodo do estudo
de caso. O arcabouo terico da pesquisa foi delineado sob 75
as Literaturas da Urbanizao do Espao Urbano, Educao
Ambiental e Currculo Escolar. A metodologia utilizada no trabalho
obedeceu aos pressupostos do mtodo quali-quantitativo, e
possibilitou a obteno de dados particulares e interpretaes
individuais dos participantes da pesquisa.A tcnica de
coletas de dados foram entrevistas, observao participante e
questionrios. Os atores envolvidos fazem parte da comunidade
escolar (alunos, professores, pais e gestores), os quais
contriburam para o levantamento dos dados da pesquisa.Por
sua vez, conclumos que a escola e seus professores precisam
de infraestrutura e capacitao adequadas para que a Educao
Ambiental faa parte do currculo escolar. Apesar da existncia
de programas, como o Segundo Tempo, falta mobilizao e
suporte mais efetivos por parte do governo.
*
SILVA, Edila Araujo de Castro. Mestra pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano - PPDMU, Universidade da Amaznia, Av. Alcindo Cacela, 287. E-mail:
[email protected].
**
PAIXAO, Carlos Jorge. Docente da Universidade Federal do Par UFPA, Campus do Guam,
Rua Augusto Corra, 1, Belm Par. E-mail: [email protected]
Palavras-chave: Meio ambiente urbano. Educao ambiental.
Currculo escolar.
ABSTRACT
1 INTRODUO
2 METODOLOGIA
78
A metodologia foi desenvolvida em trs etapas: a
primeira etapa com levantamentos de dados tericos, que
deram subsdios para a realizao da pesquisa, mediante uma
bibliografia especializada, visitas rea de estudo e elaborao
dos instrumentos utilizados na pesquisa (questionrios, roteiro
de entrevista); a segunda etapa realizou pesquisas de campo
para coleta de dados, com a aplicao de instrumentos como
entrevistas no dirigidas e questionrios aos atores da pesquisa;
e a terceira etapa fez a sistematizao dos dados, com a anlise
e seleo dos dados coletados e elaborao de textos.
O mtodo utilizado foi qualitativo a fim de colher
particularidades e interpretaes individuais para se obter o
desenvolvimento e aperfeioamento de novas ideias. As tcnicas
adotadas de coletas de dados foram observao, observao
participante e entrevista semi-direta ou no estruturada.
Os sujeitos da pesquisa foram alunos, professores, pais
e coordenadores de 5 e 6 sries do Ensino Fundamental, cujas
entrevistas foram padronizadas. O motivo , segundo Lodi (apud
MARCONI, LAKATOS, 2002), obter, dos entrevistados, respostas s
mesmas perguntas, permitindo que todas elas sejam comparadas
com o mesmo conjunto de perguntas, e que as diferenas sejam
refletidas entre os respondentes e no nas perguntas.
O roteiro de entrevistas constou de 10 (dez) questes
abordando assuntos sobre meio ambiente, EA e currculo da
escola, realizadas com 6 professores, 3 coordenadores, 30 alunos
de 5 e 6 sries e 5 pais, totalizando, assim, 44 participantes.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 de setembro a
27 de outubro de 2011. Outro procedimento metodolgico foi o
levantamento quantitativo de dados.
Na pesquisa foram utilizados 4 (quatro) questionrios
diferentes para atender amostragem diferente de sujeitos
(professores, coordenadores, alunos, pais). Ressaltando que
os professores, coordenadores, alunos e pais foram os mesmos
das entrevistas. Sendo os questionrios de perguntas abertas,
fechadas e de mltiplas escolhas.
O local escolhido para a pesquisa foi a Escola Estadual
de Ensino Fundamental Ruy Paranatinga Barata, localizada no
conjunto Residencial Paraso dos Pssaros (CRPP) municpio
de Belm - PA, no bairro de Maracangalha (ver Figura 1). Esta
79
Escola nasceu do remanejamento dos habitantes das reas do
Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una (PMDBU).
Figura 1 - Escola Ruy Paranatinga Barata
Fonte: wikimapia.or
3 RESULTADOS E DISCUSSES
82
Foto: Edila Castro out/2011
4 CONCLUSES
REFERNCIAS
A
s pesquisas referentes s regies metropolitanas no Brasil
so bastante antigas, porm, a anlise sobre os critrios
utilizados para definir a participao de um municpio
numa regio metropolitana, para a delimitao desta regio,
assim como as motivaes que levam determinados municpios
a desejarem ganhar status metropolitano so pouco estudados.
De forma especial, a Regio Metropolitana de Belm vem, 95
sistematicamente, sofrendo a insero de novos municpios no
seu espao, como o caso de Castanhal que teve a sua incluso
na Regio Metropolitana de Belm feita com Lei Complementar
n 076 de 28 de dezembro de 2011, publicada no Dirio Oficial
do Estado n 32.066 de 29 de dezembro de 2011. Assim, o
presente trabalho objetiva analisar os critrios que so utilizados
para a participao de municpios em regies metropolitanas
brasileiras, as motivaes que as municipalidades tm de serem
includas e, de forma especial, estudar o processo que levou
insero de Castanhal na Regio Metropolitana de Belm.
*
COELHO, Helder Silva, Mestrando pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia-UNAMA, Av. Alcindo Cacela, 287.
E-mail: [email protected].
**
TOURINHO, Helena Lcia Zagury, Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimen-
to e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia-UNAMA, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected].
ABSTRACT
2 REGIES METROPOLITANAS
100
A oficializao das regies metropolitanas passa a
ser um fato no Brasil no incio da dcada de 1970, com a Lei
Complementar Federal 14/1973. Mediante esta Lei foram
criadas oito regies metropolitanas, sendo: So Paulo, Belo
Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Fortaleza
e Belm(BRASIL,1973). Mais tarde as regies metropolitanas
foram ampliadas para nove unidades, com a criao da Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro pela Lei Complementar 20 em
01 de julho de 1974.
Para Cruz (2008) a instituio das regies metropolitanas
foi um ato autoritrio, ainda que tenha referendado uma realidade
incontestvel: a metrpole, que de fato, precedeu a sua criao
de direito. Enquanto reas que experimentavam o fenmeno
metropolitano, como a regio de Santos, no estado de So Paulo,
no foram reconhecidas como metropolitanas, outras, como
Belm, onde a ocorrncia deste fenmeno era discutvel, o foram.
A Lei Complementar Federal 14/1973, no Art.5 relacionou
os seguintes servios comuns de interesse metropolitano:
I- Planejamento integrado do desenvolvimento
econmico e social;
II- Saneamento bsico, notadamente
abastecimento de gua e rede de esgotos e
servio de limpeza pblica;
III- Uso do solo metropolitano
IV- Transportes e sistema virio;
V- Produo e distribuio de gs combustvel
canalizado;
VI- Aproveitamento dos recursos hdricos e
controle da poluio ambiental, na forma que
dispuser a lei federal;
VII- Outros servios includos na rea de
competncia do Conselho Deliberativo por
lei federal.
106
Quadro 2 - Critrios de criao e de insero de municpios,
por regio metropolitana.
REGIES LEI CRITRIOS
Exige a aprovao das cmaras
de vereadores atravs da edio
de Lei Municipal para que os
municpios sejam includos na
Regio Metropolitana;
Agrupamento de municpios
limtrofes que apresentem a
ocorrncia e a tendncia de
continuidade da malha urbana
e de complementaridade
de funes urbanas, ncleo
constitudo pela capital estadual
ou metrpole regional e a
Lei
Regio populao urbana de 1.500.000
Complementar
Metropolitana de habitantes;
Estadual N
Porto Alegre (RS) O municpio que tem,
11.740/02
alternativamente: rea ocupada
com atividades urbanas,
efetivamente conurbada com
municpio integrante da RMPA;
Deslocamentos dirios de sua 107
populao para os demais
municpios da RMPA;
O municpio que tem,
cumulativamente, elementos
comuns fsico-territoriais,
sociais, econmicos, poltico-
administrativos e culturais.
Evidncia ou tendncia de
conurbao;
Necessidade de organizao,
planejamento e execuo de
funes pblicas de interesse
comum;
Lei
Regio Existncia de relao de
Complementar
Metropolitana de integrao funcional de
Estadual N
Recife (PE) natureza socioeconmica ou
10/94
de servios. Est firmado pela
mesma Lei que o territrio
RMR poder ser ampliado,
havendo remembramento, fuso
ou incorporao de qualquer
municpio desta regio.
Outros municpios podem vir
a integrar a regio devido
expanso urbana acelerada,
que demande servios e
Lei investimentos em parceria;
Regio
Complementar competncia: promover,
Metropolitana de
Estadual N integrar, conceder, fiscalizar,
Natal (RN)
152/97 estimular o planejamento, a
organizao e a execuo dos
servios pblicos de interesse
comum.
Evidncia ou tendncia de
conurbao;
Necessidade de organizao,
planejamento e execuo de
funes pblicas de interesse
Lei
Regio comum;
Complementar
Metropolitana de O territrio da RMF ser
(N.34, de
Fortaleza (CE) automaticamente ampliado,
21.05.03)
havendo absoro da rea
desmembrada, fuso ou
incorporao de qualquer dos
municpios integrantes da RMF.
109
Possuir 30% da sua rea urbana
Regio Lei
conurbada com a rea urbana
Metropolitana Complementar
de um ou mais municpios j
da Grande Estadual N
integrantes da RM da Grande
Vitria(ES) 204/2001)
Vitria.
Fonte: PAR (2004).
112
Fonte: http://www.wikimapia.org
Elaborao: Autores
The city is the place where more than 70% of the worlds population
has chosen to dwell in recent decades, so the search for spaces where there
is an environmental comfort for city-dwellers becomes indispensable to
obtain the right to a dignified life. Urban environmental comfort involves,
since thermal aspects, visual, acoustic, forestation, among other elements
that make the individual feels comfortable in the environment in which
it is, even with unfavorable elements of local climate. The well planned
urban space, should be comfortable in all respects. The present article
aims to analyze the urban environmental comfort in Park of the Residence,
a public open space located in the central area of the city of Belm-PA. The
research is exploratory, with deductive analysis method and techniques
involving bibliographical research, documental and field research. The
latter investigating local professionals, residents of the region and regulars
of space, beyond their physical features and project. Understanding the
dynamics and importance of the concept of urban environmental comfort,
the present research contributes to understanding of the role of the urban
space, be it public or private, as one of the elements for urbanites quality
of life and sustainability of the city.
120
Keywords: Urban environmental comfort. Quality of life. Park of the
Residence. Cities. Sustainability.
1 INTRODUO
130
131
Fonte: autor/Nov.2012 Fonte: autor/Nov.2012
132
RESUMO
A
O
presente artigo constitui parte da pesquisa que resultou na
dissertao de Mestrado intitulada Pobreza e violncia
urbana: um estudo de caso sobre as polticas sociais
e de segurana pblica de preveno e combate pobreza e
violncia, no bairro da Terra Firme em Belm-PA. A anlise
aqui apresentada destaca a opinio de 144 pessoas, homens e
mulheres, de diferentes faixas etrias, e moradores de diferentes
reas do bairro, acerca da criminalidade, e das iniciativas do 137
poder pblico para conter o avano da criminalidade atravs da
implementao de polticas pblicas de segurana, combinadas
com polticas sociais. Foram aplicados questionrios, contendo
perguntas abertas e fechadas, o que possibilitou um conjunto de
percepes quanto problemtica estudada.
ABSTRACT
1 INTRODUO
145
4 CONSIDERAES FINAIS
REFERNCIAS
150
C
O
CENTRO & PERIFERIA: L
uma anlise acerca das prticas e hbitos E
alimentares no municpio de Belm-PA
T
MOREIRA, J. K. R.*
MAIA, A. C. P.**
LIMA, A. C. M.*** N
VINAGRE, M. V.A.****
E
A
RESUMO
E
ste trabalho explora a dimenso da alimentao no
modo de vida urbano, tendo em vista as implicaes
que este modo de vida tem nos hbitos alimentares e
nas representaes simblicas envolvidas. Utilizou-se como
referencial terico os conceitos de representao social e de
habitus para abordar a experincia alimentar. A metodologia
utilizada foi a anlise qualitativa do discurso e a observao
de pessoas que frequentaram as feiras dos bairros da Batista 151
Campos e do Jurunas em Belm do Par. O estudo do
comportamento alimentar foi exposto em dois planos: a diferena
entre a compra e consumo em duas diferentes realidades sociais
e os valores sentimentais que representam as feiras no contexto
atual dos bairros. Por sua origem no universo das interaes
sociais secundrias mas, por maior proveito nas relaes sociais
primarias, os aspectos simblicos associados a alimentao tm
forte matriz afetiva.
Palavras-chave: Alimentao. Hbitos alimentares. Representao
*
MOREIRA, Josiana Kely Rodrigues. Mestranda pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvol-
vimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected].
**
MAIA, Antonio Carlos Pires. Mestrando pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimen-
to e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia, Av. Alcindo Cacela, 287.
E-mail: [email protected].
***
LIMA, Alberto Carlos de Melo. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento
e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia, Av. Alcindo Cacela, 287. E-
-mail: [email protected].
****
VINAGRE, Marco Valrio de Albuquerque. Docente do Programa de Ps-Graduao em De-
senvolvimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia, Av. Alcindo
Cacela, 287. E-mail: [email protected]
social.
ABSTRACT
1 INTRODUO
Artesanato So vendidos
com pouca
frequncia mais
Mveis 4 mais vendido
tem maior valor
agregado
continua...
continuao do Quadro 2
Est restrita Bebidas alcolicas,
Produtos a artesanato, carnes, CDs, DVDs,
ervas, frutas, eletroeletrnicos em geral,
verduras, ervas, frutas, verduras e
legumes e legumes.
mveis.
sexta a Todos os dias
Horrio de domingo 06 s 19h
Funcionamento 06 s 13h. Tendo algumas barracas
funcionando at s 14h.
2 vezes na
Coleta de lixo Sem regularidade
semana
Renda dos
consumidores At 2 salrios Mais de 2 salrios mnimos
entrevistados mnimos
3 CONSIDERAES FINAIS
REFERNCIAS
O
presente artigo aborda o crescimento urbano ocorrido nas
cidades da microrregio do Baixo Tocantins. Objetiva analisar
o crescimento urbano ocorrido nas cidades dessa microrregio,
tomando como ncleo de estudo a cidade de Mocajuba-Par, por ser
esta a mais urbanizada. O crescimento urbano analisado aqui visto
como resultado das aes dos vrios agentes produtores do espao,
por essa razo so demonstrados diversos padres intraurbano 163
de ordenamento scio espaciais: o ribeirinho, o espontneo ou
aleatrio, o pr-planejado ou pr-definido, planejado e o rodovirio.
Para a obteno dos resultados foram feitas pesquisa bibliogrficas,
de campo na qual utilizou-se o geoferrenciamento e mapeamento
do permetro urbano, levantamento de dados em documentos
oficiais. Os resultados demonstraram crescimento desordenado
da microrregio quanto ao planejamento urbano do uso do solo,
o que implicou em vrios problemas socioambientais atualmente
existentes, como: alagamentos, coleta e despejo irregular de lixo, risco
*
SOUSA, Ednaldo do Socorro Fernandes de. Mestre pelo Programa de Ps-Graduao em Desen-
volvimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo
Cacela, 287. Secretaria de Educao SEDUC. E-mail: [email protected]
**
LIMA, Alberto Carlos de Melo. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento
e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected]
***
FERNANDES, Lindemberg Lima. Universidade Federal do Par UFPA. ITEC, Faculdade de Enge-
nharia Sanitria e Ambiental FAESA, Rua Augusto Corra, 1, Guam. E-mail: [email protected]
****
BELLO, Leonardo Augusto Lobato. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo
Cacela, 287. E-mail: [email protected]
de desmoronamento por processo erosivo na orla da cidade, risco de
contaminao dos cursos dgua que cortam a cidade e, consequente,
perda de qualidade de vida da populao.
ABSTRACT
1 INTRODUO
165
3 ASPECTOS SOCIOECONMICOS
O municpio de Mocajuba possui uma base econmica
vinculada agricultura familiar (plantios de mandioca, pimenta do
reino, aa, cacau, maracuj, etc), ao comrcio, aos servios informais
e a benefcios sociais. Um recente dinamismo pode ser visto com a
instalao da empresa PETROBRS BIODIESEL no municpio. H
muito se tentou implantar no municpio projetos de desenvolvimento
agrcola, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte
FNO, contudo obteve-se pouco xito. (CARDOSO et al, 2006).
Com uma populao de 26.745 habitantes e um ndice de
68,38% de urbanizao, o municpio de Mocajuba possui um quadro
socioeconmico com alguns aspectos que demonstram a qualidade
de vida da populao, dentre os considerados importantes, como:
demografia e o IDH (ndices de Desenvolvimento Humano). O aspecto
demogrfico apresentou um crescimento populacional urbano com
elevao da densidade demogrfica de 8,01% em 1960 para 30,70 em
2010 e uma taxa de urbanizao de 17,79% em 1960 para 68,38% em
2010 (IBGE, 2010), Tabela 01.
Tabela 1 - Populao, rea e densidade demogrfica
medida em dcada.
Populao rea Densidade Taxa de
Ano
(Hab.) (Km) (Hab/Km) Urbanizao
1960 7.753 967,00 8,01 17,79%
1970 9.087 967,00 9,40 26,86%
1980 12.789 967,00 13,23 43,50%
1990 18.496 967,00 19,13 63,56%
2000 20.542 967,00 23,87 70,88%
2010 26.745 967,00 30,70 68,38%
Fonte: IDESP, 1974 E IBGE, 2010.
1
Doena que acomete a rvore da pimenta do reino (Piper Nigrum L.), provocada por
um fungo Fusarium solani f. sp. Piperis, causou ao longo de 30 anos, a reduo da vida
til dos pimentais na regio Amaznica, de 12 a 15 anos para menos de quatro anos.
http://www.scielo.br/pdf/pab/v35n7/1343.pdf. Acesso 18 de outu. 2012.
O padro espontneo ou aleatrio existente na estrutura
intraurbana na cidade de Mocajuba significativo, uma vez que abrange
um maior nmero de bairros formados em um mesmo perodo. A
expanso ocorrida nesses bairros caracteriza-se por no expressar
nenhum planejamento na apropriao e uso do solo e por concentrarem
o maior nmero de residncias, dessa forma as ocupaes atingiram a
margem do rio Tocantins (bairros Pedreira, Fazenda, Monte Alegre), os
igaraps Uxipucu (Monte Alegre), Pranchinha (bairro da Pranchinha),
Campina (bairros Pedreira e Campina). Nos quais graves impactos
socioambientais so encontrados.
6 CONSIDERAES FINAIS
REFERNCIAS
CARDOSO, A, C, D. (Org.). O Rural e o Urbano na Amaznia:
Diferentes Olhares em Perspectivas Belm: ADUFPA. 2006.
O
interesse em analisar a contribuio das prticas de
conhecimento popular sobre o meio-ambiente surgiu a
partir de estudos e debates na Disciplina de Educao
Ambiental no Meio Urbano. Faz-se uma abordagem sobre
o conhecimento popular praticado por pessoas da regio
amaznica, numa vivncia de respeito e conservao ao meio
ambiente. O objetivo deste estudo refletir sobre essas prticas,
pressupondo que, uma das questes de sada para o problema 183
do desrespeito e degradao da natureza valorizar as prticas
cotidianas de senso comum de homens, mulheres, comunidades
e povos. Todo o percurso de anlise tem como fundamento
terico os postulados de Bachelard, Waldman, Freire, Pena-Vega
e Gonzles. O estudo est assim constitudo: resgate de uma
lenda amaznica como redescoberta e apreciao da natureza;
a significncia da ao individual para ser compartilhada no
coletivo; a educao ambiental diz respeito a todos os cidados;
e, por fim, os princpios e prticas de conhecimento popular
sobre o meio ambiente. Deste modo, verifica-se a singularidade
dessas prticas que podem tornar-se indicadores sustentveis
num processo de educao ambiental e cidadania.
*
SILVA, Maria Goreti Costa Arapiraca da. Mestranda pelo Programa de Ps-Graduao em De-
senvolvimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av.
Alcindo Cacela, 287. E-mail: [email protected]
**
TOURINHO, Helena Lcia Zagury. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia-UNAMA, Av. Alcindo
Cacela, 287. E-mail: [email protected].
Palavras-chave: Vivncia. Conscientizao. Conhecimento
popular. Educao ambiental.
ABSTRACT
1 INTRODUO
188
Natural e mecanicamente usufrui-se, todos os dias, do
manancial de recursos da natureza. Da, de forma peremptria,
torna-se inadmissvel a desculpa de que no tenho culpa,
diante de problemas ambientais ocorridos em nosso entorno.
Isto porque, no possvel esquecer que o planeta terra a
nossa casa. Em contraposio a esse tipo de postura, Paulo
Freire (2001) assevera que, o sujeito deve se inserir no processo
histrico e, na condio sujeito transformador da sociedade,
cabe-lhe descruzar os braos e renunciar passividade de
mero expectador, o que implica na exigncia de interveno.
Referindo-se temtica, Waldman (2003) assinala
a necessidade de se proceder a uma reviso no tocante
ao entendimento tradicional da relao homem-natureza,
colocando-a, inclusive, como destaque numa escala de
prioridade para a construo da noo de cidadania ambiental.
Numa linguagem freireana, a re-descoberta da natureza
entendida como parte do processo incompletude de cada
sujeito em sua relao com a sociedade, com a natureza. Em
outras palavras, na condio de seres pensantes, estamos
nos completando permanentemente, portanto abertos e
preparados para os esforos de transformao da sociedade.
Mas, preciso sair do imobilismo! preciso vencer o estado de
intransitividade da conscincia e trabalhar com a conscincia
transitiva crtica que, em processo de articulao com a prxis
do sujeito, possa constituir-se em elemento fundamental na
construo das transformaes no rumo de uma nova sociedade
desejada (FREIRE, 1967).
Ainda segundo Freire, pela condio de ente dotado de
raciocnio, dentre os seres vivos o ser humano o nico que
pode afastar-se do mundo ou do objeto de estudo e admir-
lo para proceder as transformaes necessrias (ibidem).
Perscrutando o seu entorno, primeiramente, em sentimento de
admirao, desde o ato de parar para observar e se conectar
com a realidade circundante, percebendo o canto de um pssaro,
a correnteza de um rio, o verde da mata, os diferentes tipos de
folhas de cada rvore, at o tronco fino do aaizeiro que to
forte quanto qualquer outra palmeira, dentre outros aspectos.
Posteriormente, o re-conhecer um tornar a conhecer
aquilo que nos d prazer de estar e receber no ambiente natural,
tendo a sensao de pureza do ambiente. medida que o ser
189
humano toma para si o conhecer e re-conhecer de uma ao
ambiental, introjeta no seu eu o valor da natureza, educa-se e
educador ao mesmo tempo, pois pode contagiar aqueles que
esto sua volta.
Todo esse contexto, como pode ser percebido, resulta
num processo educativo e, neste sentido, necessrio buscar a
contribuio de Gonzles et al., (2005), quando diz que, educador
aquele que sendo mais presente, reparte, compartilha, alimenta
com a palavra e o exemplo, orienta e tem pacincia de esperar
para que o sujeito da educao chegue a ser o que deve.
Trabalhadores e
Roa sem queimar - so cultivos Trabalhadoras Rurais
temporrios e/ou permanentes (lavoura na regio de influncia
cacaueira em sistemas agroflorestais). da BR-230 (Rodovia
Transamaznica).
Utilizao de sementes naturais ao Lavouras em comunidades
invs de transgnicas nas lavouras. amaznicas.
Produtos existentes no
Alimentao alternativa, utilizao de prprio ambiente onde
produtos naturais. Como palmito de habitam: comunidades
aa, aa, miriti, pupunha, frutos de de cidades interioranas,
modo geral. Quilombolas e
Comunidades ribeirinhas.
Quintais e pomares
Produo artesanal de doces e agroflorestais: cidades
compotas com aproveitamento de e comunidades da
frutas tropicais. Transamaznica.
continua...
continuao Quadro 1
Quintais conservados
A conservao e arborizao de
s/ queima de lixo, s/
quintais urbanos em grandes, mdias
impermeabilizao de
e pequenas cidades. Aproveitamento
concreto para lazer e
de recuperao e replantio de rvores
conforto trmico em
frutferas.
cidade Belm.
Em grandes centros
Aproveitamento de lajes de casas e urbanos como Belm.
prdios como reas verdes. Para jardins, hortas e
pomares.
REFERNCIAS
BACHELARD, Gaston. A potica do espao. So Paulo: Martins
Fontes, 1996.
A
pesquisa teve como objetivo demonstrar como a qualidade de
vida pode ser identificada e compreendida por meio do nvel
de estresse, sendo este relacionado ao meio ambiente urbano,
especificamente na comparao entre duas reas do municpio de
Belm, o entorno da Unama Campus Alcindo Cacela e o entorno do
Igarap Mata Fome. Belm caracterizada por desigualdades sociais, 199
pois a maior parte de seus habitantes excluda dos servios pblicos e
vive em reas perifricas e imprprias, em que os conflitos ambientais
relacionados aos problemas de meio ambiente urbano interferem nas
perspectivas de qualidade de vida e no nvel de estresse dos moradores,
sobretudo quando relacionados aos impactos e influncia na sade
humana. Os dados foram coletados por meio de questionrios e
entrevistas estruturada e semiestruturada. Ambas as comunidades so
oriundas de um mesmo processo histrico, com crescimento a partir
de rea de invases e sem infraestrutura e servios urbanos bsicos.
Nesse sentido, foi evidenciado que em reas que possuem servios
urbanos implantados favorecem a melhoria da sade da populao,
bem como uma qualidade de vida satisfatria e um baixo nvel de
*
CARDOSO, Biatriz Arajo. Mestra pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected].
**
TEIXEIRA, Daniela Costa. Mestra pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cace-
la, 287. E-mail: [email protected]
***
RAVENA-CAETE, Voyner. Docente da Universidade Federal do Par - UFPA, Campus do Gua-
m, Rua Augusto Corra, 1, Belm Par. E-mail: [email protected].
estresse provocado principalmente pelo caos urbano, permitindo
afirmar a importncia de se perfilar polticas pblicas como estratgias
de novos modelos de desenvolvimento do Estado do Par.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Estresse. Servios Urbanos Bsicos.
ABSTRACT
1 INTRODUO
2 REFERENCIAL TERICO
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSO
Comunidade
Comunidade do
do entorno da
entorno do Igarap
Unama Campus p
Domnios Mata Fome
Alcindo Cacela
(mdiaDP)
(mdiaDP)
Entorno
Entorno
Unama
Igarap
Estado de Estresse Pontos Campus
Mata Fome
Alcindo
(%)
Cacela (%)
Indica positivo bem-estar 81 a 110 72 35
Baixa positividade 76 a 80 8 8
Marginal (no limite) 71 a 75 8 7
Indica problemas de
56 a 70 11 23
estresse
Indica sofrimento 41 a 55 1 12
Indica sofrimento srio 26 a 40 0 11
Indica sofrimento severo 0 a 25 0 4
p=p-valor
Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.
215
Nesse contexto, torna-se importante mencionar que Mello
Filho (1992) afirma que os agentes fsicos e psicolgicos, caracterizados
tambm na questo da qualidade de vida, atuam no estresse social
provenientes da falta de servios urbanos, aglomeraes urbanas
e isolamento social, contribuindo para uma condio de vida
desfavorvel.
Com a perspectiva de realizar uma mdia do nvel de estresse
para comparar as duas reas, observou-se que o entorno na Unama
Campus Alcindo Cacela indicou uma mdia de 87,0212,93 sendo
considerado positivo bem-estar; j do entorno do Igarap Mata
Fome a mdia foi de 68,8823,04, indicando problemas de estresse,
comprovando que h diferena com p-valor de 0,00 entre as duas
comunidades sendo estatisticamente significante.
Tabela 4 - Comparao das mdias do nvel de estresse entre o
entorno da Unama Campus Alcindo Cacela e o entorno do Igarap
Mata Fome.
Entorno da Entorno do
Unama Campus Igarap
Alcindo Cacela Mata Fome
p
(mdiaDP) (mdiaDP)
Nvel de
87,0212,93 68,8823,04 0,00
estresse
DP=desvio padro
p=p-valor
Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.
224
C
O
UNIDADES TERRITORIAIS E O ENFRENTAMENTO DA L
VIOLNCIA SEXUAL: a dinmica das polticas E
pblicas do municpio de Breves-PA.
T
GAMA, J.V.B.*
CORRA, R.S.S**
N
RESUMO E
A
E
ste estudo buscou conhecer a dinmica da implementao das
polticas pblicas de combate violncia sexual cometida contra
crianas e adolescentes, no municpio de Breves frente ao nmero
de casos registrados entre 2009 e 2012. Destaca que o primeiro e o ltimo
ano da srie temporal pesquisada apresentaram expressivos nmeros
de casos, mas a elaborao e a implementao das polticas pblicas de
combate a esse tipo de violncia no acompanhou este ritmo.
ABSTRACT
Mais
Violncia 01 a Mais de Mais de Mais de
de 06 Mais Total de
sexual/ 03 03 a 06 09 at 12 12 at
at 09 de 15 casos
Anos anos anos nos 15 nos
anos
2009 02 40 25 23 - - 90
2010 - 03 12 05 04 - 24
2011 - 03 - 07 04 - 14
2012 - 01 07 19 11 09 47
TOTAL 02 47 44 54 19 09 175
Fonte: Pesquisa de Campo/2012 (Conselho Tutelar dos municpios)
so conhecidas conforme a sua Declarao de Misso como mulheres cujos coraes so grandes
como o mundo, que fazem conhecida a bondade de Deus e seu amor pelos pobres por meio de
um modo de vida evanglico, pela comunidade e pela orao. Cada religiosa desta congregao
compromete sua nica vida a trabalhar com os outros e outras para criar justia e paz para todos.
No existe poltica pblica municipal para enfrentamento da
violncia sexual, os profissionais apenas desenvolvem campanhas de
preveno e sensibilizao em parceria com a secretaria de trabalho e
assistncia social. As escolas trabalham a violncia sexual apenas como
tema transversal, dentro do currculo escolar na temtica Orientaes.
A Secretaria Municipal de Educao reconhece a problemtica
da violncia sexual, e afirma que j foram identificados vrios casos
desse tipo de violncia contra crianas e adolescentes, em sua maioria
em escolas do meio rural
Vale esclarecer que todas as iniciativas implementadas, em
termos de educao so oriundas do Ministrio da Educao, nenhuma
pensada a partir das necessidades e das particularidades do municpio.
Por causa da incidncia e a proliferao das redes de explorao
sexual, muitas organizaes desenvolvem trabalhos para o enfrentamento
da violncia sexual, porm estes trabalhos no tm continuidade, pois o
poder pblico d pouca ateno a este problema social.
O Sistema de Sade funciona com srias limitaes e no atende
s necessidades locais, tanto pela demanda populacional, atingida por
vrios tipos de doenas que decorrem das prprias condies estruturais
do municpio, quanto pela precariedade dos servios.
235
Essa condio de sade do municpio est relacionada
falta de saneamento de qualidade, principalmente para as reas
perifricas. De acordo com Silva (2011), a distribuio percentual dos
domiclios particulares permanentes, por situao do domiclio e tipo
de esgotamento no ano de 2000, no municpio de Breves indicava que
o tipo de esgotamento sanitrio na rea urbana representava 0,2% em
rede geral; 6,6% em fossa sptica e 88,9% em fossa rudimentar, vala,
rio, lago ou mar e/ou outro escoadouro.
A proliferao de doenas tambm est relacionada ao consumo
de gua. O sistema de abastecimento de gua gerenciado pela
concessionria COSANPA, mas se mostra pouco eficiente. A gua que
a populao de Breves consome tem ocasionando inmeros casos de
infeces. De acordo com Pochmann et al (2005, apud SILVA, 2011, p. 98):
REFERNCIAS
E
ste artigo estuda as transformaes e permanncias na estrutura
intraurbana de uma cidade tradicional ribeirinha amaznica
que foi acessada por rodovia e, por esse meio, discute o papel
dos meios de acessibilidade regional na estruturao intraurbana.
Analisa o caso de Altamira, cidade paraense que, na dcada de 1970,
foi ligada Rodovia Transamaznica (BR-230) e que vem sendo
amplamente impactada pela construo da Hidreltrica de Belo
Monte. Em termos tericos procura contrapor e articular conceitos 239
de estrutura intraurbana oriundos de estudos de geografia urbana
com os procedentes da abordagem da Teoria da Lgica Social do
Espao (sintaxe espacial). Em termos empricos, usa dados dos
censos demogrficos, desagregados em nvel de setor censitrio, e
o mapa axial para caracterizar a estrutura intraurbana e relacion-la
com os meios de acessibilidade interurbana. Mostra que a insero
de rodovias, em cidades originariamente ribeirinhas da Amaznia,
contribui para alterar a distribuio espacial dos estratos de renda e
das densidades brutas, do sistema virio bsico, das centralidades e de
algumas propriedades topolgicas do espao da cidade, mas, ressalta,
tambm, que a fora da presena do rio ainda se faz notar em vrios
aspectos da estrutura intraurbana altamirense.
*
TOURINHO, Helena Lcia Zagury. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia-UNAMA, Av. Al-
cindo Cacela, 287. E-mail: [email protected]
**
LOBO, Marco Aurlio Arbage. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento
e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia-UNAMA, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected]
Palavras-chave: Estrutura urbana. Sintaxe espacial. Ascessibilidade.
Altamira.
ABSTRACT
This paper studies the transformations and continuities in the
intra-urban structure of a traditional riverside town in Amazon River
that was accessed by road and, thereby, discusses the role of the
regional transportation in structuring regional intra-urban accessibility.
Analyzes the case of Altamira, located in Par State (Northern Region
of Brazil), which was linked to the Transamaznica Highway (BR-
230) and has been widely impacted by the construction of the Belo
Monte Dam. Theoretically, seeks to counter and articulate concepts of
structure arising from intra-urban geography studies with the urban
approach coming from the Theory of Social Logic of Space (space
syntax). Empirically, uses data from censuses, disaggregated in census
tract level, and the axial map to characterize the intra-urban structure
and relate it with the means of regional transportation. It shows that
the insertion of highways in cities originally riverine in Amazon Region
modifies the spatial distribution of the income strata and gross densities,
240
the basic road system, the commercial and services concentrations and
some topological properties of urban space, but points out, also, the
strength of the presence of the river is still noticeable in various aspects
of intra-urban structure of Altamira.
Keywords: Urban structure. Space Syntax. Accessibility. Altamira.
1 INTRODUO
246
Fonte: http://www.socioambiental.org/esp/bm/loc.asp
247
249
250
251
252
Fonte: Costa (2013)
253
Fonte: Projectus (2003, p. 102).
254
Fonte: Tourinho et al. (2006).
256
257
Fonte: Autores.
259
Fonte: Autores.
6 CONCLUSES
REFERNCIAS
HILLIER, B. The theory of the city as an object or, how spatial laws
mediate the social construction of urban space. In: 3rd International
Space Syntax Symposium, Atlanta, EUA, 2001.
O
trabalho aborda o Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV) e
sua aplicao no Municpio de Belm, desenvolvendo para
tal, um breve resgate histrico dos estudos de impacto
ambiental em nvel internacional e sua insero no cenrio brasileiro
e local. Utiliza como referencial principal as legislaes ambientais
e urbansticas para traar a trajetria dos eventos que culminaram
com a instituio do EIV. Contextualiza a avaliao e os estudos de
impacto ambiental, com a legislao instituda nos Estados Unidos.
Destaca no Brasil a criao da Poltica Nacional de Meio Ambiente e 263
o importante papel da resoluo CONAMA no 1, ao tratar do Estudo
de Impacto Ambiental, como marco para a preveno de impactos
ambientais. Apresenta a definio de vizinhana, do direito de
propriedade e o direito de vizinhana como uma restrio ao uso
da propriedade urbana com o objetivo de promover o bem-estar
coletivo. Analisa o caso de Belm, fazendo uma leitura das questes
de impactos gerados pela instalao de empreendimentos no meio
urbano, com a Lei Orgnica Municipal em 1990, ganhando destaque
com a Poltica de Meio Ambiente no Plano Diretor do Municpio em
1993, mostra detalhamento e operacionalidade com a anlise de usos
na Lei Complementar de Controle Urbanstico, em 1999, culminando
com o novo Plano Diretor de Belm que instituiu o EIV no Municpio.
Finaliza o estudo mostrando a necessidade de regulamentar o EIV
*
LIMA, Davina Bernadete Oliveira. Mestranda pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvol-
vimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia-UNAMA, Av. Alcindo
Cacela 287, e-mail: [email protected].
**
TOURINHO, Helena Lcia Zagury. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia-UNAMA, Av. Al-
cindo Cacela 287, e-mail: [email protected].
para promover a adequada anlise do instrumento e, consequente
preveno dos impactos vizinhana gerados pela implantao de
determinados empreendimentos no Municpio.
Palavras-chave: Estudo de Impacto de Vizinhana. Plano Diretor.
Belm.
ABSTRACT
This paper addresses the Neighborhood Impact Study (EIV
in Portuguese) and its application in the Municipality of Belm,
for which a briefhistorical review of environmental impact studies
at the international level and their inclusion overall in Brazil and at
the local level isgiven. The main guidelines it uses are laws on the
environment andtown planning so as to follow the course of events
that culminated with setting up the EIV. It contextualizes evaluation
and environmental impact studies against legislation introduced
in the United States. What stands out in Brazil is the creation of
the National Policy for the Environment and the important role of
CONAMAResolution 1, when dealing with the Environmental Impact
264 Study as a mile-stone preventing adverse environmental impacts. It
presents the definition of neighborhood, of property rights and of the
right to aneighborhood as a restriction on the use of urban property
with the aim of promoting collective well-being. It analyzes the case
of Belmby making a reading of the issues of impacts generated by
setting upenterprises in urban areas, with the Municipal Organic Law
in 1990,and gained prominence with the Environmental Policy in the
Master Planof the Municipality
1 INTRODUO
267
No art. 2 a referida resoluo explicitou os empreendimentos
sujeitos realizao de EIA e estabeleceu parmetros para a elaborao
de tais estudos.
5 concluses
REFERNCIAS
BELM. Lei Complementar de Controle Urbanstico. Lei Complementar
no 2, de 19 de julho de 1999. Dispe sobre o parcelamento, ocupao
e uso do solo urbano do Municpio de. Belm e d outras providncias.
Disponvel em: <http://www.belem.pa.gov.br/planodiretor/pdfs_
legislacao/lccu.pdf?id_lei=724>. Acesso em: 10 jun. 2013.
284
C
O
TRAPICHE E A CIDADE: L
Expresso das Rurbanidades Marajoaras E
T
BAIA, H. P.*
LOPES, M. L. B.**
N
E
RESUMO A
E
sta pesquisa tem como objetivo identificar e entender as relaes
sociais, polticas, econmicas e culturais desenvolvidas entre
carreteiros, vendedores ambulantes, compradores de aa,
feirantes e ribeirinhos que cotidianamente chegam ao trapiche de
Melgao para comercializar frutas tpicas, caa, peixe, farinha e ao
mesmo tempo receber vencimentos como funcionrios pblicos,
prestador de servio como transportes escolares ou beneficirios 285
dos programas sociais do governo federal. O trabalho de campo foi
desenvolvido no trapiche municipal de Melgao Orestes Cirino Leo,
mas, denominado pela populao como trapicho. A etapa de
levantamento de dados foi desenvolvida por alunos da Escola Estadual
de Ensino Fundamental e Mdio Tancredo Neves da 7 e 8 sries e
2 srie do ensino mdio, todas do turno da manh. Durante duas
semanas as aulas de geografia e estudos amaznicos aconteceram no
trapicho. Os alunos realizaram entrevistas abertas e fechadas, alm
de vrias conversas espontneas. O registro foi feito de trs maneiras:
a primeira era gravar as entrevistas abertas; segundo, preenchimento
dos questionrios e, por ltimo, registro fotogrfico das principais
atividades realizadas no lugar. Outro momento da metodologia foi
a sistematizao das informaes e a produo do relatrio das
ABSTRACT
Keywords: The pier end the city. Urban and rural. Melgao-PA.
1 INTRODUO
2 DESENVOLVIMENTO
3 RESULTADOS E DISCUSSES
4 CONCLUSO
REFERNCIAS
300
BAIA, Hlio Pena. A cidade no tempo, o tempo da cidade: elementos
para a compreenso da formao histrica e geogrfica da cidade
de Melgao-Pa. Monografia de concluso do curso de Geografia
-Universidade Federal do Par, Campus de Breves. 2004.
RESUMO
O
presente artigo tem por objetivo caracterizar a infraestrutura e o
crescimento econmico apresentado pela regio de integrao
Carajs a partir das relaes estabelecidas pelo fluxo de
transportes de condutores e passageiros de veculos entre os municpios
de Marab e Parauapebas, bem como caracterizar esses deslocamentos
segundo os motivos de viagem. A metodologia utilizada partiu de uma 303
investigao emprica, atravs de uma pesquisa de campo do tipo
descritiva-quantitativa, que adotou a tcnica de coleta de dados em
questionrio semiestruturado. As abordagens partiram do pressuposto
de que a infraestrutura contribui para o crescimento setorial e social
de uma regio, uma vez que eleva a produtividade via ampliao
dos servios pblicos dos sistemas de energia eltrica, gua potvel,
comunicao e transporte, neste caso particular, a partir do modal
*
GOMES, Srgio Castro. Docente do Centro de Cincias Exatas e Tecnologia CCET, Universi-
dade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cacela, 287. E-mail: [email protected].
**
CARDOSO, Andreia do Socorro Condur de Sousa. Docente do Programa de Ps-Graduao
em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia -
UNAMA, Av. Alcindo Cacela, 287. E-mail: [email protected].
***
TOBIAS, Maisa Sales Gama. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento
e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cace-
la, 287. E-mail: [email protected]. Docente da Universidade Federal do Par - UFPA,
e-mail: [email protected].
****
NEGRO, Keila Regina Mota. Mestranda pelo Programa de Ps-Graduao em Administra-
o - PPAD, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cacela, 287. E-mail: keilane-
[email protected].
*****
MONTEIRO, Karina Barros da Silva. Mestranda pelo Programa de Ps-Graduao em Desen-
volvimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av.
Alcindo Cacela, 287. E-mail: [email protected].
rodovirio, com impactos sobre os custos de produo e transao,
assim como, contribui para a elevao da demanda dos produtos
da regio. Os resultados apontam que a maioria dos deslocamentos
identificados pela pesquisa foi de caminhes transportando cargas e
de passageiros em busca de servios de sade, educao e trabalho e
as maiores reclamaes esto atreladas qualidade da infraestrutura
do modal rodovirio, bem como a insegurana da via.
ABSTRACT
1 INTRODUO
Fonte: IDESP/IBGE,2012
319
321
322
323
325
REFERNCIAS
ASCHAUER, D. A. Is public expenditure productive?. Journal Monetary
Economics, v.23, p.177-200, 1989.
E
ste artigo apresenta resultados de uma investigao que considera
o processo acelerado de urbanizao na cidade de Belm, Par,
particularmente a construo concentrada de prdios verticais
de grande porte (verticalizao), como um dos fatores responsveis
por alteraes na qualidade de vida e sade de algumas classes de
trabalhadores da construo civil. O artigo avalia a interferncia do
processo de verticalizao intensa no adoecimento dos trabalhadores
submetidos excessiva carga de trabalho, em funo das demandas 329
de prazo cada vez mais intensas do mercado. O protocolo de pesquisa
envolveu aplicao de questionrio sobre qualidade de vida no trabalho,
bem como, avaliao do desconforto corporal, por meio de diagramas
de controle. O universo de pesquisa envolveu 22 operrios atuantes
na construo de edificao na Regio Metropolitana de Belm. Os
resultados apontaram que, de fato, as atividades laborais associadas
verticalizao colaboraram com o aumento dos indicadores de
adoecimento dos trabalhadores, podendo levar ao desenvolvimento
de leses osteo-mio-ligamento-articulares no futuro.
*
CRUZ, Daniel Augusto Nunes da. Mestre pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo
Cacela, 287. E-mail: [email protected].
**
BELLO, Leonardo Augusto Lobato. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo
Cacela, 287. E-mail: [email protected].
***
DE CAMPOS, Tacio Mauro Pereira, Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro_ PUC.
E-mail: tacio@puc-
****
LIMA, Alberto Carlos de Melo. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento
e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia - UNAMA, Av. Alcindo Cacela,
287. E-mail: [email protected].
Palavras-chave: verticalizao. urbanizao. qualidade de vida.
desconforto corporal. leses.
ABSTRACT
330 1 INTRODUO
2 REFERENCIAL TERICO
3 metodologia
339
Para cada sujeito investigado, foi solicitado avaliar
subjetivamente o grau de desconforto que sentem em cada um
dos segmentos indicados no diagrama durante o exerccio das suas
atividades laborais. O ndice de desconforto classificado em cinco
nveis (Tabela 2), que vai do nvel 1, correspondente a nenhum
desconforto/dor; nvel 2 - algum desconforto/dor; o nvel 3 - significa
moderado desconforto/dor; o nvel 4, bastante desconforto/dor; e,
por fim, o nvel 5, significando intolervel desconforto/dor (Ilda, 1998).
53 respostas positivas.
continuao Tabela 3
coluna 17 32,1
ombros 15 28,3
pernas 10 18,9
REGIO DE INCIDNCIA DA DOR1 pescoo 6 11,3
braos 4 7,5
punho e mos 1 1,9
sim 16 72,7
AUMENTO DA DOR POR MOVIMENTO
LABORAL no 6 27,3
levantamento 11 50,0
MOVIMENTO LABORAL de cargas
RESPONSVEL PELO AUMENTO DA agachamento 3 13,6
DOR Realiza fora 8 36,4
cansado e com 14 63,6
ESTADO FSICO AO FINAL DA dor
cansado 7 31,8
JORNADA
normal e sem dor 1 4,5
SEGMENTO - TRONCO
344
345
346
REFERNCIAS
ALBUQUERQUE, A. S., & TRCCOL, B. T. Desenvolvimento de uma
escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: teoria e pesquisa. 20 (2),
p.153-164, 2004.
RESUMO
A
E
ste artigo objetiva expor e analisar os resultados de uma
pesquisa realizada em 2009 na rea de Psicologia do Trnsito
em Belm-PA. O mtodo envolveu autorrelato, com a aplicao
de trs escalas - Escala de Violaes e Erros de Motorista, Escala de
Agressividade e Escala de Raiva na Direo - em uma amostra de
460 motoristas aleatrios. Foram realizadas anlises descritivas e
correlacionais (Pearson). Os resultados possibilitaram: identificar os
comportamentos inadequados mais frequentes dos motoristas e as 355
situaes que mais os irritam; caracterizar o seu envolvimento em
acidentes de trnsito; e inferir sete perfis desses motoristas. Concluiu-
se que o comportamento inadequado do motorista um fenmeno
complexo, com amplas possibilidades de explicao. E que no trnsito,
no h interveno puramente fsica, normativa ou educacional, e sim
em todas suas dimenses.
*
MONTEIRO, Cludia Aline Soares. Docente da Universidade Federal do Maranho - UFMA,
Centro de Cincias Humanas, Departamento de Psicologia, Endereo: Av. dos Portugueses,
s/n, Bacanga, So Lus MA. E-mail: [email protected]
**
PONTE-NETO, Luiz Roberto Seixas da Ponte Neto. Graduado em Psicologia pela Universidade
da Amaznia UNAMA, Av. Alcindo Cacela, 287, BelmPar. E-mail: robertoneto_335@hot-
mail.com
***
ROCHA, Flvia Moura. Graduada em Psicologia pela Universidade da Amaznia UNAMA, Av.
Alcindo Cacela, 287, BelmPar. E-mail: [email protected]
****
BRANDO, Fernanda de Lourdes. Graduada em Psicologia pela Universidade da Amaznia
UNAMA. Mestranda em Recursos Humanos y Gestin del Conocimiento na Universidad Eu-
ropea Miguel de Cervantes Espanha, Poniente 81, 23, depto 202. E-mail: fernandadlb@
hotmail.com
ABSTRACT
1 INTRODUO
356
Este texto objetiva expor e analisar os principais resultados de
uma pesquisa realizada em 2009 (MONTEIRO et al., 2009) na rea de
Psicologia do Trnsito em Belm-PA, cujo objetivo geral foi construir
perfis de motoristas, por meio da aplicao de escalas medindo o nvel
de agressividade geral, raiva na direo, erros, violaes, envolvimentos
em acidentes e algumas caractersticas demogrficas. Essa pesquisa foi
apoiada e financiada pela Universidade da Amaznia (UNAMA) e pela
Fundao Instituto para o Desenvolvimento da Amaznia (FIDESA),
sendo desenvolvida no Ncleo de Pesquisas em Qualidade de Vida
e Meio Ambiente da referida universidade, e pensada a partir da
perspectiva psicolgica.
Para a Psicologia, o trnsito mais um ambiente de interao
social, onde pessoas comportam-se o tempo todo, de forma direta
ou indireta (atravs de seus veculos), em relao umas s outras.
Todos querem chegar a algum lugar (acessibilidade), o mais rpido
possvel (fluidez) a suas prioridades, mantendo a sua integridade fsica
(segurana) e com o mnimo de estresse (qualidade de vida). Em funo
de todos terem as suas diferentes prioridades ocorrem conflitos de
interesses, que so fisicamente representados por conflitos de trfego
(quase acidentes) ou, quando esses conflitos no so resolvidos, por
acidentes de trnsito, muitas vezes fatais. Para Vasconcellos (1985),
esses conflitos, bem como a questo de como conciliar os objetivos
do trnsito (fluidez, acessibilidade, segurana e qualidade de vida), s
sero resolvidos com solues de equilbrio, ou seja, as partes sero
contempladas parcialmente. Condutores e pedestres comportando-se
adequadamente, com o mnimo de erros e violaes1, para que os dois
lados alcancem, pelo menos, em parte, os seus objetivos no trnsito.
O problema que pedestres e motoristas agem em causa prpria,
lembrando pouco de que o trnsito um ambiente de interao
social, multidimensional (fsico, normativo e social) e potencialmente
estressante, que pode, concordando com Groeger (1990), induzir ao
erro e violao.
2 MTODO
361
A pesquisa foi quantitativa e envolveu a aplicao de trs
instrumentos de autorrelato em 460 motoristas de Belm-PA,
abordados em diversos locais pblicos. A anlise dos dados foi feita
por meio do uso de tcnicas de estatstica descritiva (percentual) e
inferencial (correlao bivariada de Pearson).
2.1 Amostra
b) De anlise de dados
364
Aps a construo do banco de dados, em um software
especfico para anlises estatsticas, o SPSS (Statistical Package for
the Social Sciences, em sua verso 16.0), com as respostas dos 460
respondentes aos instrumentos de medida, a anlise dos dados
envolveu o uso de tcnicas de estatstica bsica (percentual) e
inferencial (correlao de Pearson, estabelecendo mnimo de 0,20).
Os resultados dessas anlises esto apresentados em tabelas no
prximo captulo.
3 RESULTADOS E DISCUSSO
3.2 As correlaes com raiva na direo: quem se irrita mais e com o qu?
380
C
O
GEOGRAFIA E TRANSPORTES: L
uma abordagem do transporte pblico E
a partir das linhas com conexes com a UFPA
T
CASTRO, C. J. N.* N
SILVA, C. N.**
LIMA, J. J. F.*** E
SOMBRA, D.**** A
RESUMO
O
espao urbano tem se tornado cada vez mais complexo medida
em que elementos novos se agregam em meio aos j existentes;
logo a intensidade de problemas, como: sade, educao,
segurana, moradia e transporte aumenta consideravelmente. 381
Neste sentido, o transporte ergue-se como problemtica de grande
impacto na mobilidade do espao urbano. Contudo, elevam-se os
estudos relacionados anlise de Sistemas de Transportes Urbanos,
estes requerem forte esforo cientfico para abarcar os elementos
constituintes na mobilidade de pessoas, principalmente no ambiente
urbano. Sob a luz dos conceitos de espao e de territrio este artigo
analisa as configuraes de empresas de nibus de Belm e Regio
Metropolitana, cujas linhas so regulamentadas pela Autarquia de
Mobilidade Urbana (AMUB1), e que realizam por meio de suas linhas
a integrao com os terminais de passageiros da Universidade Federal
*
CASTRO, Carlos Jorge Nogueira. Mestrando pelo Programa de Ps-graduao em Geografia
PPGEO, Universidade Federal do Par - UFPA, Rua Augusto Correa, 1. E-mail: carlosjorge319@
yahoo.com.br.
**
SILVA, Christian Nunes. Docente do Programa de Ps-Graduao em Geografia PPGEO,
Universidade Federal do Par UFPA, Rua Augusto Corra, 1. E-mail: [email protected].
***
LIMA, Jos Jlio Ferreira. Docente do Programa de Ps-Graduao em Geografia PPGEO,
Universidade Federal do Par UFPA, Rua Augusto Corra, 1, Guam. E-mail: jjlima@
ufpa.br.
****
SOMBRA, Daniel. Graduado em Geografia pela Universidade Federal do Par UFPA, Rua
Augusto Corra, 1, E-mail: [email protected].
1
- Em elevao da Companhia de Transportes do Municpio de Belm (CTBel) atravs da Lei n
8.951 de 30.08.2012.
do Par (UFPA). Em meio s suas disputas internas e aos dilogos
destas empresas com o Estado esto os reflexos na oferta do servio
de transporte pblico para a populao, com o forte adensamento de
veculos particulares e a gradativa diminuio da mobilidade urbana
por nibus.
ABSTRACT
The urban space has become increasingly complex as new
elements are added to the pre-existing elements, the problems
intensity, such as health, education, safety, housing and transportation,
increase considerably. In this sense, the studies regarding to the Urban
Transportation System are elevated to hold the elements whose took
part of the people mobility, mainly in the urban space. Using the focus
of the concepts of space and territory this paper analyzes the setting
of the Belem and Metropolitan Region bus companies, whose lines are
regulated by Urban Mobility Autarchy (AMUB), and though its lines
382 these companies make the integration with the passenger terminal
of Federal University of Par (UFPA). Within internal struggles, the
dialogue between these companies and the State, are the reflex in the
offer to the people with the strong densification of particular vehicles
and the gradual decrease of urban mobility by bus.
1 INTRODUO
386
A utilizao deste termo refere-se aos veculos que por qualquer natureza deixam de
2
locomover-se em faixas vias de fluxo, seja por motivos de panes, acidente, e outras naturezas.
Tabela 1 - Classificao para mensurao do grau de disponibilidade
entre nibus de mesma linha que atendem ao Subsistema de
Transporte Pblico de Passageiros.
TOTALIZANDO TOTALIZANDO
04 empresas 06 empresas
12 de operao nica
02 de operao compartilhada
03 de operao nica
03 de operao compartilhada
391
Percurso total: 325,835 Km. Percurso total: 257,542 Km.
A extino da linha deu-se atravs da alterao no trajeto a partir da Av. Joo Paulo II; ao fim
3
de 2008 esta linha operava com 05 veculos, ao mudar o ponto Inicial e Final de linha mudou-se
o nmero de ordem e o nome para 446 - Joo Paulo II Ver-o-Pso, ao fim de 2011 esta linha
j possua 12 veculos. Esta no ser considerada na mensurao do grau de disponibilidade
entre as demais linhas do Terminal Leste.
potencial em 500 metros cada margem, por constatar em campo
a mdia de deslocamento dos usurios para acessarem aos veculos
conforme Figuras 02A e 02B.
392
393
309 12 60 18,328 1,52 Alta disponibilidade
310 10 65 19,942 1,99 Alta disponibilidade
311 13 55 14,928 1,14 Alta disponibilidade
312 12 80 23,053 1,92 Alta disponibilidade
315 08 55 15,351 1,91 Alta disponibilidade
316 17 75 20,343 1,19 Alta disponibilidade
317 08 55 16,665 2,08 Alta disponibilidade
768 28 125 42,108 1,50 Alta disponibilidade
914 10 125 51,078 5,10 Mdia disponibilidade
REFERNCIAS
O
presente artigo analisa a territorializao das linhas de nibus
nos anos de 2000 e 2008 na Regio Metropolitana de Belm
(RMB). Nacionalmente, grandes grupos de transportadores de
passageiros incidem direta e indiretamente nas empresas de nibus da
RMB, intensificando o conflito entre estas na busca de assegurar suas
territorialidades e sua reproduo econmica. Confronta-se, com o
mtodo analtico, o conceito geogrfico de territrio e as modificaes
nas composies de capital das empresas no perodo estado
anteriormente. Os resultados do estudo indicam que h associaes 397
entre a configurao dos territrios criados pelos fluxos de linhas de
nibus e o movimento de fuso entre empresas, compartilhamento
de linhas como estratgia para manuteno das empresas, diminuio
dos efeitos de falncias de empresas para o sistema e entrada de novas
empresas na RMB no perodo.
Palavras-chave: Geografia. Cartografia. Geoprocessamento. Transporte
Urbano.
ABSTRACT
1 INTRODUO
4 CONSIDERAES
REFERNCIAS
A
questo das mudanas climticas e sua relao com os gases
do efeito estufa (GEE) assunto de debates desde os anos 70,
porm somente em 2005 medidas concretas foram tomadas,
com a entrada em vigor do protocolo de Kyoto, proposto em 1997.
O protocolo de Kyoto criou um mercado de comercializao de
carbono baseado na Implementao Conjunta (IC) e no Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL). O MDL auxilia os pases desenvolvidos
a atingirem suas metas de reduo de emisses atravs do investimento
em projetos voluntrios e adicionais implementados em pases em
desenvolvimento. A transferncia de recursos para esses projetos 415
realizada atravs da compra de crditos de carbono, obtidos com a
certificao da reduo de emisses segundo uma metodologia MDL,
especfica para cada tipo de projeto, reconhecida e aprovada pela
UNFCCC. Essas metodologias envolvem a definio de uma linha de
base ou referncia do nvel de emisses de GEE na rea do projeto a ser
implementado e num sistema de monitoramento ps-implementao,
a fim de mensurar sua contribuio para a reduo global de emisses
GEE. Atualmente, a Secretaria de Transportes Metropolitanos do
Estado de So Paulo busca uma metodologia MDL para certificar os
projetos ferro-metrovirios da Regio Metropolitana de So Paulo
(RMSP). Nesse trabalho iniciado um estudo para a formulao de
um mtodo de clculo de emisses de fontes mveis aplicvel em
municpios de pequeno e mdio porte a fim de estabelecer uma linha
*
DUARTE, Luis Henrique Kalil. CECS, Graduando do Bacharelado em Cincias e Tecnologia pela
Fundao Universidade Federal do ABC UFABC, Av. dos Estados, 5001. E-mail: luis.duarte@
aluno.ufabc.edu.br.
**
PAIVA JUNIOR, Humberto de. CECS, Docente do Curso de Engenharia Ambiental e Urbana,
Fundao Universidade Federal do ABC - UFABC, Av. dos Estados, 5001. E-mail: humberto.
[email protected].
de base. Os resultados preliminares aplicando duas metodologias
diferentes sugerem que as emisses no municpio de Santo Andr,
nos prximos anos sero reduzidas devido modernizao da frota
e, principalmente, pela reorganizao da circulao de caminhes no
municpio graas influncia do Rodoanel, porm o crescimento da
frota poder anular esses ganhos.
ABSTRACT
2 DESENVOLVIMENTO
421
A proposta do IPEA/ANTP (IPEA 1998) fornecer s
administraes municipais, uma metodologia acessvel para a
mensurao, monitoramento e monetarizao das externalidades
geradas pelos sistemas de transportes, pblicos ou privados urbanos.
O IPEA/ANTP permite que o corpo tcnico de qualquer cidade, no
apenas construa um indicador da eficcia e gesto de transportes de
seu municpio, mas tambm consiga considerar variveis importantes
para a tomada de deciso na gesto e operao dos sistemas de
transportes. Na Figura 2 apresentada a estrutura lgica de clculo
do mtodo IPE/ANTP. Na Tabela 1 so apresentadas as equaes que
relacionam velocidade de trfego com as taxas de emisses.
422
2.2 Metodologia
425
Figura 4 - Cenrio de alocao de automveis no horrio de pico da
manh para 2014 na RMSP (fonte: Modelo EMME-RMSP2007 CPTM)
429
A intensidade de viagens no municpio cresce em 14% entre
os cenrios 2010 e 2025 e apesar da relativa melhoria na velocidade
mdia de trfego, as emisses de dixido e monxido de carbono,
aumentam 21%. As demais emisses crescem proporcionalmente
intensidade do trfego.
430
3 CONCLUSO
Distncia
Quente
(km)
Fluxo
Quente Emisso
Tecnologia
(t)
Veicular
Quente
Fatores
Idade de
Emisso Emisso
Deteriorao
Quente (t)
Velocidade Fatores de
Emisso Emisso
Fria (t)
Declividade
Fria
Fluxo
Distncia
Fria
(km)
434
AGRADECIMENTOS
REFERNCIAS
ARIOTTI, P. Mtodo para aprimorar a estimativa de emisses
veiculares em reas urbanas atravs de modelagem hbrida em
redes. 2010. 172 f.. Tese (Doutorado em Engenharia de Produo)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2010.
E
ste artigo discute a questo de plos geradores de viagens, em
especial, a shopping centers, em Belm do Par. O mtodo foi A
de carter emprico-analtico, com entrevistas aos usurios
pedestres, sobre a percepo da acessibilidade e de avaliao tcnica
por urbanista, sobre elementos de projeto do espao de circulao.
Dentre os resultados constatou-se que a estrutura viria atual
apresenta diversos problemas tcnicos que comprometem a circulao
dos pedestres, como tambm, a percepo do pedestre de que o
espao de circulao bastante comprometido pelas condies de
pavimentao, poluio sonora e outros fatores.
Palavras-chave: Mobilidade. Acessibilidade. Infraestrutura Urbana. 437
Plo Gerador de Viagem.
ABSTRACT
*
GOMES, Francimrio Arcoverde. Mestre pelo Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimen-
to e Meio Ambiente Urbano PPDMU. Diretor de Mobilidade Urbana, Secretaria de Mobilida-
de Urbana SEMOB, Av. Jlio Csar, 1026, Belm-Pa. E-mail: [email protected].
1 INTRODUO
continua...
continuao da Tabela 1
A metodologia baseia-se na classificao dos
diferentes tipos de separao entre pedestres
e veculos, com base em seus atributos fsicos
e compara o desempenho dessas separaes
em termos de segurana, equidade, conforto
e convenincia para os diferentes usurios
Sarkar (1995) das vias. O mtodo divide-se em duas partes
distintas: macro-nvel e micro-nvel: no macro-
nvel emprega-se o nvel de servio (NS), que
varia de A at F, para avaliar o projeto e as
condies das caladas e intersees, com
base na qualidade da separao entre modos.
No micro-nvel, o nvel de qualidade do servio
(NQS) varia de A at F, para avaliar o projeto
e as condies das caladas e intersees.
Utiliza o conceito de Nvel de Servio (NS)
baseado em fatores quantitativos e qualitativos,
para avaliar projetos de espaos destinados aos
pedestres. Para tanto, o procedimento adotado
envolve o conceito de capacidade, oriundo dos
princpios bsicos empregados na Engenharia de
Fruin (1971) Trfego. A capacidade de um espao destinado
442 aos pedestres ocorre invariavelmente quando
existe alta concentrao de pessoas trafegando,
combinada com a restrio de velocidade da
caminhada. Esta condio no representativa
de um ambiente humano confortvel. Estes nveis
de servio fornecem um mtodo quantitativo
para se planejar um novo ambiente de uso de
pedestres ou avaliar um ambiente.
Apresenta uma metodologia para avaliao
do nvel de servio para pedestre a partir da
Highway anlise da infraestrutura viria. Nvel de Servio
Capacity (NS) uma medida qualitativa que descreve
Manual HCM as condies operacionais de uma corrente
(2000) de trfego, baseada em medidas tais como
a velocidade e tempo de viagem, a liberdade
para manobrar, as interrupes de fluxo virio,
o conforto e a convenincia. Uma importante
contribuio a possibilidade de determinao
da capacidade de trfego de uma via, baseada na
sua largura e na contagem de fluxo de pedestres.
Fonte: Ferreira e Sanches, 2001; Sarkar, 1995; Fruin, 1971; e HCM, 2000.
Os instrumentos de anlise que foram empregados permitiram
dois tipos de anlise:
i. Anlise Tcnica: com o uso de tcnicas e parmetros, advindos
de bibliografia existente e bastante difundida na rea. A
abordagem foi observacional, com atribuies de nveis de
servio a partir de parmetros de avaliao visualizados e
at mensurados quanto infraestrutura, o fluxo de trfego e
outras condies ambientais.
ii. Anlise de Percepo e Atratividade: nesta anlise houve
a participao ativa dos pedestres, atravs das entrevistas,
expressando opinies sobre as condies de acessibilidade e
elemento de atratividade dos shoppings, e ainda, questes
de carter socioeconmico e de padres de viagem. As
informaes foram processadas em um banco de dados para a
anlise a respeito da questo.
4 ESTUDO DE CASO
446
Os casos em estudo foram em trs shoppings de Belm do
Par, distribudos entre o centro de Belm e a periferia. A anlise
dos trs shoppings pareceu interessante em funo destes estarem
situados em reas completamente diferentes em uso do solo e sistema
virio, alm dos mesmos possurem estruturas de facilidades bastante
diversificadas. A localizao dos shoppings na Regio Metropolitana de
Belm est indicada na Figura 1.
Tabela 4 - Critrio de NS para Fluxos Mdios em Passeios e Caladas
NS Espao (m/p) Taxa de Fluxo (p/min/m) Velocidade (m/s)
Razo, v/c
A >5,6 <16 >1,3 <
0,21
B >3,7 5,6 >16 23 >1,27 1,30
>0,21 0,31
C >2,2 3,7 >23 33 >1,22 1,27
>0,31 0,44
D >1,4 2,2 >33 49 >1,14 1,22
>0,44 0,65
E >0,75 1,4 >49 75 >0,75 1,14
>0,65 1,0
F <0,75 Varivel <0,7
5 Varivel
Fonte: HCM, 2000 (adaptado).
Tabela 5 - Parmetros de Pontuao
NS A B C D E F
Conceito Excelente timo Bom Regular Ruim Pssimo
Pontos 5 4 3 2 1 0
4,0 a 3,0 a 2,0 a 1,0 a
Intervalos 5 0,0 a 0,99
4,99 3,99 2,99 1,99
Fonte: Delgado, Nascimento e Baggi, 2007
447
448
Fonte: patiobelem.blogspot, 2011 (1 foto), demais fotos do arquivo dos autores, 2012.
5 CONCLUSES
A
qualidade do ar em zonas urbanas tem impactos negativos
nas pessoas que utilizam os espaos ao ar livre. Para alm
das fontes existentes, a qualidade do ar em meio urbano
pode ser diretamente relacionada com a configurao dos espaos
livres definidos pela configurao das ruas, edificado, altura das
construes e os seus atributos. Assim, o papel de urbanistas/
457
planeadores pode ser crucial para a garantia da qualidade do ar em
espaos abertos. Este artigo apresenta as relaes fundamentadas
entre a morfologia urbana e a qualidade do ar observada no
centro de uma cidade. Um conjunto de dados de quatro estaes
de monitorizao na cidade de Braga foi utilizado e agrupado por
quantidade de poluentes no ar gerados pelo trfego rodovirio.
Para cada grupo, foi estabelecida a relao entre a configurao
dos espaos abertos, utilizando o fator de viso do cu (fvc), e a
concentrao mdia existente de pm10. Os resultados mostram o
impacto da geometria urbana na disperso de poluentes, o aumento
do fvc conduz diminuio da concentrao de pm10.
*
SILVA, Lgia Maria Marques de Oliveira Torres. Universidade do Minho, Departamento de En-
genharia Civil, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga. Portugal. E-mail: [email protected]
**
RODRIGUES, Daniel Souto. Universidade do Minho, Departamento de Engenharia Civil, Cam-
pus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal. E-mail: [email protected]
***
RAMOS, Rui Antnio Rodrigues. Universidade do Minho, Departamento de Engenharia Civil,
Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal. E-mail: [email protected]
ABSTRACT
Urban air quality can have severe impacts on people who use
outdoor spaces within a city. Besides the existing sources, urban air
quality can directly be linked to the configuration of the open spaces
defined by the configuration of street, building heights and their
attributes. Thus, the role of urban planners can be crucial in order
to ensure outdoor air quality in open spaces. This paper presents the
relations founded between urban morphology and changes in observed
air quality within a city center. A dataset from four monitoring stations
in the city of braga was collected and clustered by the amount of
traffic-generated air pollutants. For each cluster, it was established the
relationship between the configuration of the open spaces, using the
sky-view factor (svf), and the existing average pm10 concentration.
Results show the impact of urban geometry on the outcomes of
pollutant dispersion locations.
1 INTRODUO
458
O crescimento da populao nas ltimas dcadas conduziu a
um contnuo aumento da populao urbana. A expanso das cidades
foi mesmo um dos fenmenos mais marcantes do seculo XX, tanto
que atualmente legtimo afirmar que o sculo XXI urbano, pois
metade da populao mundial vive em reas urbanas e o nmero
tender a aumentar. Porm, este crescimento foi em muitos casos
descontrolado (Valente, 2004), acompanhado de um agravamento das
condies de vida urbana e conduzindo ao aparecimento de vrios
problemas que contriburam para a diminuio da qualidade de vida
dos seus habitantes.
A progressiva urbanizao do espao e a manifesta contradio
entre o papel historicamente desempenhado pelas cidades, enquanto
geradoras de bem-estar ao comum cidado, por um lado, mas
frequentemente com baixa qualidade ambiental por outro, tornou-se
fonte de algumas das maiores preocupaes em contexto urbano.
A urbanizao demasiado rpida e por vezes desordenada
das cidades e a consequente saturao do espao, do ecossistema, das
infraestruturas, tornaram a populao vulnervel exposio a poluentes
atmosfricos em nveis cada vez mais elevados (Silva et al., 2012).
Paralelamente a esta transformao das cidades, verificou-
se um crescimento desenfreado das suas periferias, gerando zonas
residenciais de baixa densidade populacional sem ligao entre si. Este
desenho urbano obriga a movimentos pendulares casa-trabalho e,
muitas vezes, a utilizao de transporte particular em detrimento do
transporte coletivo, colocando presses insustentveis na rede viria
e, no centro das cidades, tambm em nvel de estacionamento. Deste
modo, em oposio ao conforto que a mobilidade trouxe s populaes,
a poluio atmosfrica causada pelas emisses dos automveis tm
impactos graves no ambiente e na sade humana.
Em termos morfolgicos e segundo Tang e Wang (2007), a
influncia da forma urbana situa-se principalmente ao nvel da sua
localizao, topografia, exposio solar e elica, qualidade e aptido
do solo e subsolo e por fim, sua composio de paisagem. Estes
dados influenciam as grandes distribuies de cheios e vazios das
edificaes e sua tipologia, bem como o traado das infraestruturas,
sobretudo no caso da rede viria. O presente trabalho incide no
estudo da influncia da forma urbana na variao do teor em
partculas a uma escala urbana. A interao de formas urbanas e
teor de PM10 pretende ser monitorizada por um indicador de forma,
459
o Fator de Viso de Cu (FVC). No mbito do caso em estudo, as
concentraes de PM10 foram medidas durante um perodo de cinco
anos, em quatro pontos localizados no centro duma cidade de mdia
dimenso. O fator de viso do cu (FVC) foi determinado nos quatro
pontos de avaliao usando uma extenso, 3DSkyView, integrada a
um Sistema de Informao Geogrfica.
Com a avaliao dos diferentes cenrios, este estudo poder
permitir antever em fase de projeto as disposies urbansticas que
podero propiciar concentraes de partculas mais elevadas, em
virtude de uma maior ou menor disperso dos poluentes lanados pelos
veculos automveis. Assim, ser possvel ajustar a configurao e a
disposio da forma edificada de forma a minimizar antecipadamente
os efeitos da exposio a PM10 nas fachadas.
462
(Fonte: Souza et al., 2003)
2 METODOLOGIA
3 CASOS DE ESTUDO
466
5.3 Cartografia
a) b) c) d)
Posteriormente a esta fase de extrao, cada uma das reas de
referncia serviram para a determinao do fator de viso de cu (FVC).
6 DADOS OBTIDOS
Variante da
Circular Sul Maximinos Infias
Encosta
Perodo
[h] Ligeiros Pesados Ligeiros Pesados Ligeiros Pesados Ligeiros Pesados
467
[vec/h] [vec/h] [vec/h] [vec/h] [vec/h] [vec/h] [vec/h] [vec/h]
3 3
Data Hora PM 10 (g/m ) Data Hora PM 10 (g/m )
3 3
Data Hora PM 10 (g/m ) Data Hora PM 10 (g/m )
471
Figura 10 - Ponto de medio Infias
472
Variante da
Classes Circular Sul Infias Maximinos
Encosta
de trfego PM10 Trfego PM10 Trfego PM10 Trfego PM10 Trfego
200 - 400 19.70 300 40.82 300 27.98 357 26.12 391
400 - 600 20.30 500 49.8 500 28.87 541 28.60 507
600 - 800 20.90 700 58.8 700 29.18 664 29.15 746
476
8 CONCLUSES
REFERNCIAS
LEE, S., CHANG, S. e PARK, Y. (2008). Utilizing noise mapping for 479
environmental impact assessment in a downtown redevelopment area
of Seoul, Korea. Applied Acoustics, 69 (8), p.704-714, 2008. ISSN
0003-682X.
O
som um dos elementos mais importantes na composio
da paisagem e, portanto, necessita ser acompanhado pelos
usurios do ambiente onde se insere. Estudos sobre a
paisagem sonora da Praa Batista Campos (PBC) em Belm, na
Amaznia brasileira, demonstram que h uma relao direta entre o
uso dos parques pblicos e os sons produzidos dentro e fora destes.
Os 2,5ha de rea da ecltica PBC so constitudos por coretos, fonte
e crrego de guas artificiais, brinquedos infantis, aparelhos de
ginstica, barracas de venda de coco, em meio a rvores e gramados, 481
formando um conjunto arquitetnico protegido por leis federais e
municipais. Para avaliar a sua paisagem sonora, medies do nvel de
presso sonora equivalente (LAeq) foram realizadas, juntamente com
identificao da composio sonora e entrevistas aos seus usurios.
Aos domingos, em comparao aos outros dias de semana, a densidade
de frequentadores da PBC tal que eleva as leituras de LAeq a um nvel
superior queles recomendados pela norma de conforto ambiental
NBR 10151. Contrariando estes resultados, as entrevistas aos usurios
da PBC demonstraram que a percepo sonora destes positiva. Este
aparente antagonismo discutido neste trabalho.
1 INTRODUO
2 DESENVOLVIMENTO
Fonte: acervo Lobo Soares 2013. Fonte: acervo Lobo Soares, 2010.
487
Fonte: acervo Lobo Soares, 2010. Fonte: acervo Lobo Soares, 2010.
Fonte: acervo Lobo Soares, 2013. Fonte: acervo Lobo Soares, 2010.
Fonte: acervo Lobo Soares, 2013. Fonte: acervo Lobo Soares, 2013.
Embora na histria da PBC nunca existissem chafarizes, a
Prefeitura de Belm instalou, em 2009, dois deles na lateral de uma
das pontes suspensas, os quais so acionados automaticamente,
alternando momentos em que funcionam com oito jatos dgua cada;
momentos em que apenas um deles funciona; e momentos em que s
um deles funciona com menos jatos dgua. O som emitido por estes
influencia a paisagem na rea num raio de quinze a oitenta metros, de
acordo com os jatos em operao. A percepo deste som positiva,
por imitar um som agradvel da natureza (Figuras 12 e 13).
Figura 12 - Vistas do chafariz Figura 13 - Vista dos chafarizes,
com e sem os oito jatos em com dezesseis jatos dgua
funcionamento. funcionando.
489
Fonte: acervo Lobo Soares, 2013. Fonte: acervo Lobo Soares, 2010.
Fonte: acervo Lobo Soares, 2009. Fonte: acervo Lobo Soares, 2013.
Apesar de proibido por Lei Municipal afixada em local visvel
na PBC, notou-se a presena de ces soltos e acompanhados de seus
donos, no tendo sido expressiva a contribuio de seus latidos para
a paisagem sonora local, mais frequentes quando do encontro de
animais pertencentes a donos diferentes (Figuras 16 e 17).
Fonte: acervo Lobo Soares, 2013. Fonte: acervo Lobo Soares, 2009.
490
A PBC concentra um grande nmero de garas brancas
(Casmerodius albus, sin. Ardea alba) que nidificam em bando na copa
das rvores mais altas, cujos filhotes emitem um grunhido capaz de ser
percebido num raio de at oitenta metros (Figuras 18 e 19).
Figura 18 - Ninhal de Figura 19 - A presena de
garas brancas na copa da pessoas no inibe as garas
sumaumeira. de apanhar peixes nos lagos
artificiais da PBC.
Fonte: acervo Lobo Soares, 2009. Fonte: acervo Lobo Soares, 2009.
Dentre os elementos arquitetnicos que compem a paisagem
da PBC encontra-se o coreto no centro desta (Figura 20), o maior dos cinco
existentes no local. Aos domingos, so realizadas apresentaes musicais
nestes coretos; carrinhos eltricos de brinquedo so disponibilizados para
aluguel em sua volta; vendedores de guloseimas e brinquedos infantis
instalam-se na rea; transformando este em um dos locais de maior
concentrao de rudo, seja ele proveniente de caixas de som com musica,
da fala das pessoas ou mesmo dos motores desses carrinhos (Figura 21).
Figura 20 - Coreto central Figura 21 - Carrinhos eltricos
onde eventos musicais so dirigidos por crianas, circulando no
realizados. entorno do coreto aos domingos.
491
Fonte: acervo Lobo Soares, 2013 Fonte: acervo de Lobo Soares, 2009.
3 resultados e discusses
496
A maioria dos visitantes da PBC (71%) vm de bairros contguos
ou do mesmo em que a Praa se encontra, 63% esto na faixa acima de
30 anos, 43% a visita mais de trs vezes na semana e 40,55% respondeu
que a utiliza somente de passagem. Aos domingos, o tempo mdio de
permanncia na PBC subiu para 2horas para 62,5% dos entrevistados.
Quanto motivao em visitar a PBC, para a maioria dos usurios
(38,73%) a contemplao da paisagem o motivo da visita, seguida
da atividade comercial (8,9%) e (6,12%) o encontro com terceiros. A
natureza o aspecto mais agradvel para 58,9% dos visitantes, seguida
do clima, tranquilidade e os demais aspectos em conjunto.
Entre os sons mais percebidos e identificados durante os
dias da semana na PBC, o som do trfego rodovirio disputou com os
animais - destaque para as garas em ninhos nas sumaumeiras - em
percentuais que variaram entre 25% a 45%.
Na PBC 64% dos entrevistados consideraram os sons da
natureza como os mais agradveis, seguidos dos sons de atividades
humanas e, no domingo, devido a atividade cultural com msica
no centro da praa, as atividades musicais. Para 50,4% o trfego
rodovirio foi o som mais desagradvel identificado, contra 31,1% que
responderam no haver nenhum som desagradvel na PBC.
Para 87,1% dos entrevistados a qualidade sonora muda ao
entrar na PBC. Quanto ao nvel sonoro do ambiente, a maioria (57,8%)
o considerou normal, 12,1% o considerou alto durante a semana, e,
devido a evento musical no domingo, este percentual subiu para 50%.
Para 20,5% o nvel sonoro do ambiente foi considerado baixo.
Na PBC 74,8% responderam no se incomodar com o nvel sonoro,
16,7% incomodaram-se pouco, 8,4% mais ou menos e nenhum dos
entrevistados afirmou incomodar-se bastante com o nvel sonoro da PBC.
4 CONCLUSES
Poluio sonora, de acordo com a Lei n. 7.990 toda emisso de som, vibrao ou rudo que,
1
direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva sade fsica e mental, segurana e ao bem
estar do indivduo ou da coletividade, ou transgrida as disposies fixadas na lei.
No h pontos de nibus urbanos nas laterais da PBC, somente de
turismo, o que positivo, tendo em vista a contribuio da frenagem
destes ao aumento de rudo na rea local. Como Belm no possui
ferrovias e indstrias de grande porte no seu centro, no h emisso
de rudo ferrovirio ou de procedncia industrial no entorno da PBC.
Alm de possuir paisagem esteticamente muito bela, a PBC
serve de pouso e abrigo para diversos pssaros urbanos, que valorizam o
ambiente com seus cantos agradveis ao ouvido humano. Os grunhidos
das garas brancas nas rvores altas, para alguns considerados ruidosos,
contribuem para a composio da paisagem sonora da PBC.
A emisso de rudo areo foi pouco percebida pelos usurios,
tendo em vista que a PBC no est na rota de pouso ou decolagem das
aeronaves do aeroporto internacional de Val-de-cans, o que de acordo com
Lau (2009) ocorre a cerca de 2.000 metros da pista de pouso. Segundo este
autor, a emisso de rudo por aeronaves a jato vem reduzindo nas ltimas
dcadas, mais pela eficincia dos motores, cada vez mais silenciosos, do
que pela reduo do efeito aerodinmico do ar em seus corpos.
A PBC possui escolas em seu entorno que influenciam a gerao
de rudo, seja pela movimentao do trfego; parada de veculos; uso
abusivo de buzinas e aparelhos sonoros; ronco de motores com os veculos
498
parados; ou pela prpria aglomerao de estudantes. Alm destas, na la
teral da PBC pela Rua dos Mundurucus h um centro de hemodilise, cujo
funcionamento no interfere ou condiciona a paisagem sonora no local.
Tambm na PBC so realizadas apresentaes musicais e de
teatro que, embora aumentem a presso sonora no local, produzem
sons agradveis que mascaram os efeitos negativos do rudo rodovirio.
Segundo Ferreira (2009), h respostas negativas para a categoria
semntica msica se for mediada atravs de tecnologia (Alto-falantes,
rdio, etc.) e positiva se for direta e envolver intrpretes humanos ao
vivo. Como os eventos ocorrem aos finais de semana, quando reduz o
fluxo de veculos nos centros urbanos, os usurios da PBC agradecem.
Por outro lado, devido ao nmero alto de visitantes aos finais de
semana, no entorno da PBC circulam carros de campanhas publicitrias
(carros sons e trios eltricos), desfilam polticos em campanha e
ocorrem outras manifestaes ruidosas. Neste caso, a atenuao do
rido externo pela vegetao da PBC, pouco volumosa, no relevante,
devido os estudos cientficos aferirem uma atenuao de no mais que
3 dB por macissos de vegetao com menos de 100 metros.
A PBC um dos mais importantes e apreciados espaos de
lazer da cidade, devido aos seus atrativos j mencionados e facilidade
de acesso. Por isso, as espectativas de quem visita um espao de lazer,
incluem maior tolerncia aos sons de pessoas e de maior intensidade.
Registrou-se a presena na PBC, no domingo de uma minimotocicleta
circulando em alta velocidade em seu interior, pilotada por um menor
entre 10 e 12 anos, emitindo rudo em nveis perturbadores, sem
que nenhuma autoridade se manifestasse, fosse esta os Guardas
Municipais ou mesmo os Amigos da Praa Batista Campos.
A PBC tem sua paisagem sonora afetada pelo aumento do
nmero de visitantes aos domingos. Nestes dias, os carros eltricos
infantis no entorno do coreto central, espao que poderia ser o mais
tranquilo pela distncia do trfego rodovirio, so os mais ruidosos.
Os pontos de menores valores de Laeq foram queles localizados
prximos Rua dos Tamoios, onde a circulao de veculos reduzida
e seu rudo mascarado pelos sons agradveis da natureza, como os
passarinhos cantando e a gua dos chafarizes.
Observou-se que os nveis sonoros na PBC, apesar de estarem
em desacordo com os valores de conforto e sade ambientais
recomendados para parques pblicos, no foram considerados
desagradveis pela maioria dos usurios. Colabora para esta resposta
a relevncia dos elementos visuais da paisagem, como a vegetao,
499
a limpeza dos passeios e os elementos arquitetnicos presentes,
como pontes e coretos. Outra justificativa para estas respostas
fsica e subjetiva antagnicas a intensidade dos sons no ambiente,
considerada como componente caracterstica da PBC.
O usurio que utiliza a PBC para caminhadas em suas caladas
externas deve faz-lo durante a semana, logo ao amanhecer, quando o
trfego de veculos no intenso; os pssaros esto cantando nas rvores;
os aparelhos de televiso das barracas de coco ainda esto desligados; e
os vendedores ambulantes no chegaram. Os planejadores urbanos, por
sua vez, devem considerar todos os aspectos levantados nesta pesquisa,
que teve como referncia a PBC, para melhorar a qualidade de vida da
populao que frequenta os parques pblicos em Belm, no Par, Brasil.
REFERNCIAS
O
presente artigo busca analisar as conexes entre os elementos
que fazem parte da cultura como experincia vivida dos sujeitos
que habitam e convivem com o espao do Canal Urbano da Trs
de Maio e os aportes tericos contemporneos em torno da educao
ambiental, sinalizando que a composio de Programas e Projetos
que envolvam o meio ambiente urbano devem tomar como ponto de
partida o cotidiano dos sujeitos.
ABSTRACT
*
PAIXO, Carlos Jorge. Docente da Universidade Federal do Par - UFPA, Campus do Guam, Rua
Augusto Corra, 1, Belm Par. E-mail: [email protected]
**
LOBO, Marco Aurlio Arbage. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento e
Meio Ambiente Urbano - PPDMU, Universidade da Amaznia UNAMA, Av. Alcindo Cacela, 287.
E-mail: [email protected]
***
QUEMEL, Mrcia Chicre. Docente do Centro de Estudos Sociais Aplicados CESA, Universidade da
Universidade da Amaznia UNAMA, Av. Alcindo Cacela, 287. E-mail: [email protected]
1 INTRODUO
1
Medidas aproximadas, obtidas atravs do site Wikimapia.
Figura 1 - canais da Av. Visconde de Souza Franco e da Trav. Trs de
Maio (Objeto deste artigo).
Fonte: Wikimapia.
2 DESENVOLVIMENTO
Depoimento 1:
O canal um brao de rio. Mas, ningum respeita, jogam de
tudo nesse canal do cachorro morto a todo tipo de lixo, e olha que
o carro do lixo passa aqui todo dia. Quando chega o inverno, vem o
desespero enchente, doena, e o lixo que jogam no Canal volta
para a porta das casas, como mostra a Figura 2. (MORADORA, 2010).
508
3 CONSIDERAES FINAIS
513
514
C
O
ACESSIBILIDADE INTRA-REGIONAL: modos de vida, L
tradio e modernidade no transporte fluvial na E
Regio do Baixo Amazonas-PA
T
SOUZA, C.L.*
TOBIAS, M.G.S.** N
E
RESUMO A
A
caracterizao dos meios de transporte na Amaznia,
especialmente o fluvial, requer um olhar para alm do sistema
de transporte enquanto uma infraestrutura de prestao de
servio. Implica compreender quais prticas esto contidas no ir e
vir dos usurios. Este trabalho descreve a dimenso sociocultural
imbricada no uso de barcos e a insero de lanchas enquanto
processos de modernizao no sistema de transporte. O acesso s
cidades por meio fluvial, utilizando barcos e lanchas constituiu se no
trabalho de campo mais importante, onde foi possvel fazer uso da 515
observao participante e averiguar junto aos passageiros as condies
e motivaes quanto escolha por barcos ou lanchas. Resultados
demonstram que, as lanchas possibilitam o trnsito mais rpido e mais
eficiente para aqueles que trabalham formalmente, no so da regio
e, esto a passeio ou a trabalho. Por outro lado, os que j se adaptaram
aos barcos, resistem mudana e permanecem utilizando barco por
diversos motivos como, a afinidade com o proprietrio, a rotina de
viajar durante a noite, a possibilidade de ir dormindo, principalmente
em rede, dentre outras. Ou seja, no barco, as prticas socioculturais so
mantidas e no esto relacionadas ao tempo e nem sempre a conforto
*
SOUZA, Cleide Lima de. Mestre em desenvolvimento e meio Ambiente Urbano pelo Programa
de Ps-Graduao em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade
da Amaznia UNAMA. Doutoranda pelo Programa de Ps-Graduao em Ecologia Aqutica
e Pesca PPGEAP, Universidade Federal do Par UFPA, Campus do Guam, Rua Augusto
Corra, 1, Belm Par. E-mail: [email protected]
**
TOBIAS, Maisa Sales Gama Tobias. Docente do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente Urbano PPDMU, Universidade da Amaznia UNAMA, Av. Alcindo
Cacela, 287. E-mail: [email protected]. Docente da Universidade Federal do Par UFPA,
Campus do Guam, Rua Augusto Corra, 1, Belm Par. E-mail: [email protected]
para uma parcela da populao, mas, a um modo de sociabilidade.
Desse modo, este trabalho evidencia mudana e tradio coexistindo,
sem anulao de nenhuma.
ABSTRACT
1 INTRODUO
5 CONCLUSES
REFERNCIAS
BUBER, M. Eu e tu. Trad. de Lambert Schneider. So Paulo:
Centauro Editora, 1974.