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FLORSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DA REA DE PROTEO AMBIENTAL MUNICIPAL DO

INHAMUM, CAXIAS, MARANHO, BRASIL

Leidiana Paiva NERES

Gonalo Mendes da CONCEIO

Acadmica do Curso de Cincias Biolgicas. Ncleo de Pesquisa dos Recursos Biolgicos dos Cerrados
Maranhenses, Centro de Estudos Superiores de Caxias, Universidade Estadual do Maranho RBCEM/CESC/UEMA.
E-mail: [email protected]
Bilogo. Professor, Laboratrio de Biologia Vegetal LABIVE, RBCEM/CESC/UEMA. E-mail: [email protected]

RESUMO. Atualmente o Cerrado compreende cerca de 200.000.000 hectares, o segundo maior Bioma do
pas, representando cerca de 23% do territrio brasileiro. A conservao da biodiversidade representa um
dos maiores desafios, em funo do elevado nvel de perturbao antrpica dos ecossistemas naturais. O
Estado do Maranho o segundo da Regio Nordeste com maior rea de Cerrado, aproximadamente
10.000.000 hectares, distribudos em mais de 38 municpios. Entretanto este Bioma encontra-se ameaado
e espcies nativas importante ecologicamente esto desaparecendo em funo da ocupao desordenada.
O objetivo do trabalho foi conhecer a flora arbustivo-arbrea e contribuir para o entendimento da dinmica
vegetacional, oferecendo subsdios para a elaborao de estratgias de preservao. Foram encontrados
na rea, 50 espcies distribudos em 39 gneros e 22 famlias. Para a fitossociologia, nos 30 pontos
alocados, foram amostrados 120 indivduos, 12 famlias, 22 espcies e 20 gneros sendo que as famlias
Apocynaceae, Fabaceae e Mimosaceae apresentaram 3 espcies.
Palavas-chave: Inhamum, Florstica e Fitossociologia, Caxias, Maranho.

ABSTRACT. Floristic and phytosociology of the municipal environmental protection area of

Inhamum, Caxias, Maranho State, Brazil. Currently the Cerrado covers approximately 200 million
hectares, the second largest biome in the country, representing about 23% of Brazilian territory. The
conservation of biodiversity represents a major challenge, due to the high level of human disturbance on
natural ecosystems. is the second state in the Northeast with the largest area of Savannah, about 10.000.00
hectares, distributed in over 38 cities, however this biome is threatened and ecologically important native
species are disappearing due to the occupation disorderly. The objective was to know the species of shrubs
and trees and contribute to the understanding of vegetation dynamics, offering subsidies for the development
of preservation strategies well meet in the area, 50 species distributed in 39 genera and 22 families. For
phytosociology the 30 points allocated, we sampled 120 individuals, 12 families, 22 genera and 20 species
being Apocynaceae families, Fabaceae and Mimosaceae were three species.
Keywords: Inhamum, Floristic and Phytosociology, Caxias, Maranho.

INTRODUO paisagens intensamente cultivadas, encontra-se

na forma de pequenos fragmentos, altamente
O Bioma Cerrado compreende cerca de perturbados, isolados, pouco conhecidos e
200.000.000 hectares, sendo o segundo maior do protegidos Viana (1995) segundo Viana e
pas, representando cerca de 23 % do territrio Pinheiro, 1998.
brasileiro e est situado entre 3 e 24 de Latitude Ao realizarem uma pesquisa sobre
Sul e entre 41 e 63 de Longitude Oeste (DIAS, conservao de biodiversidade em fragmentos
1996) distribudo em mais de uma provncia florestais, Viana e Pinheiro (1998) sustentaram
fitogeogrfica. que o desafio de conservar a biodiversidade
O Cerrado um dos hots pots para a regional em paisagem natural tem como principal
conservao da biodiversidade mundial. Nos fator limitante o processo de degradao de
ltimos 35 anos mais da metade dos seus dois fragmentos florestais, dizem ainda que o
2
milhes de km originais foram cultivados com tamanho, a forma, o grau de isolamento, o tipo de
pastagens plantadas e culturas anuais. vizinhana e histrico de perturbaes
Atualmente a conservao da biodiversidade apresentam relaes com fenmenos biolgicos,
representa um dos maiores desafios, em funo que afetam a dinmica dos fragmentos florestais.
do elevado nvel de perturbao antrpica dos Segundo Klink e Machado (2005) o Cerrado
ecossistemas naturais. Uma das principais possui a mais rica flora dentre as savanas do
conseqncias dessa perturbao a mundo (>7.000 espcies), com alto nvel de
fragmentao dos ecossistemas naturais. Na endemismo.
Mata Atlntica, por exemplo, a maior parte dos Segundo Brito (1979) o Nordeste possui uma
remanescentes florestais, especialmente em rea de 154.867.200 hectares, dos quais a maior

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parte corresponde regio semi-rida, com individualizao das unidades do mosaico

predominncia de vegetao de Caatinga. O vegetacional oferecendo assim subsdios para a
restante equivalente a 76.060.800 hectare elaborao de estratgias de gerenciamento que
corresponde ao Cerrado e outras formaes possam garantir a preservao da rea de
vegetais. Proteo Ambiental Municipal do Inhamum,
Uma das maiores concentraes dos cerrados Maranho, Brasil.
no Nordeste do Brasil encontra-se nos estados do
Piau e do Maranho, ocupando as pores
Sudoeste e Centro-Norte (Piau) e Centro-Sul e MATERIAL E MTODOS
Nordeste (Maranho), cobrindo uma rea
estimada de 21.656.866 hectares, o que rea de estudo
corresponde a cerca de 10% da rea total da Caxias a terceira maior cidade do Estado,
Regio Nordeste, ou a cerca de 10,8 % da rea apresentando as seguintes coordenadas
total do cerrado sensu lato brasileiro. geogrficas Latitude 04 5130 Sul e Longitude
Embora possuindo uma estimativa mnima, de 43,2122 a Oeste, altitude em torno de 66
para o Brasil, de 7.000 espcies lenhosas, a flora metros ao nvel do mar, com uma rea de 5224
dos cerrados pouco conhecida e apresenta km.
considerveis problemas taxonmicos. A rea de Proteo Ambiental Municipal do
Especificamente, para os cerrados do Nordeste, a Inhamum considerada Patrimnio Municipal de
base bibliogrfica ainda pequena, tanto para a Caxias. A rea est localizada entre as
flora, como para a fauna, como salientaram coordenadas 04 53 30 de Latitude S e 43 24
Castro (1996), Fernandes (1998), Fernandes e 53 de Longitude W, a margem da BR-316, a
Bezerra (1990); SEMATUR (1991) segundo aproximadamente 2 km do permetro urbano de
Castro et al. (2007). Caxias/MA (Figura 1). Foi criada pela Lei
O Estado do Maranho o segundo da Municipal 1.46/2001, do dia 04 de julho de 2001 e
Regio Nordeste com as maiores reas de possui uma rea de aproximadamente 4.500
Cerrado, com aproximadamente 10.000.000 hectares, (CAXIAS, 2001) tendo sua configurao
hectares, distribudos em mais de 38 municpios, paisagstica fisionomicamente o Cerrado, com
muitos dos quais com cobertura total desta dois estratos, um arbreo/arbustivo e outro
formao vegetal. Entretanto este Bioma graminoso em reas planas, enquanto que nas
encontra-se ameaado e espcies nativas depresses tm-se buritizais associadas aos
importantes, comercial e ecologicamente, esto cursos hdricos.
desaparecendo em funo da ocupao
desordenada, principalmente na regio sudoeste Levantamento Florstica
do Estado que atualmente est sob forte presso A coleta do material botnico referente
de desmatamento para fins agrcolas. florstica seguiu os padres usuais para este tipo
Conhecer a flora e a estrutura comunitria da de pesquisa, onde foram includas: ervas cips,
vegetao natural importante para o subarbustos e arbustos que foram coletados de
desenvolvimento de modelos de conservao, preferncia na fase reprodutiva (com botes
manejo de reas remanescentes e recuperao florais e/ou frutos), cinco ramos de cada
de reas perturbadas ou degradadas (SALIS et espcime com auxlio de tesoura de poda manual
al., 1994). Os levantamentos da composio e de uma tesoura de poda alta sendo estes
florstica e da estrutura comunitria geram acondicionados em sacos plsticos. Em caderno
informaes sobre a distribuio geogrfica das de campo, cada coleta recebeu um nmero
espcies, sua abundncia em diferentes locais e seqencial no qual foram anotadas todas as
fornecem bases consistentes para a criao de informaes relativas s caractersticas de cada
unidades de conservao (GOMES et al., 2004). espcime antes da herborizao, tais como:
Conhece-se pouco ou quase nada da altura, localizao, nome vulgar, hbito do
composio florstica e fitossociolgica da rea indivduo, colorao das flores e frutos.
de Proteo Ambiental Municipal do Inhamum, A Identificao prvia do material era feita no
(Caxias/MA), todavia tem havido aumento no campo, aps a coleta ocorreu o processo de
esforo de pesquisa realizada na rea herborizao do material botnico, que foi
proporcionando assim, dados bibliogrficos que prensado entre folhas de jornais e papelo
comprovem sua estrutura vegetacional e seja secando naturalmente em temperatura ambiente;
possvel uma maior preservao e manejo da aps terem secados os materiais botnicos foram
rea em estudo. Por isso o objetivo deste trabalho expostos em cartolina branca, de tamanho
foi conhecer a flora arbustivo-arbrea visando (28x42cm), recebendo etiquetas com dados
contribuir para o entendimento da dinmica informativos, constituindo assim a exsicata.
daquela vegetao e, por conseguinte, facilitar na

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Figura 1. Localizao da rea de Proteo Ambiental Municipal do Inhamum, Caxias, Maranho, Brasil, adaptado
(Decreto n 99.274/ Caxias, 2001).

A identificao definitiva do material botnico deu- quadrante, o nome vulgar, dimetro ao nvel do
se, por comparao com material j identificado e solo, altura total e distncia do indivduo a estaca.
depositado no Herbrio Aluzio Bittencourt A distncia do indivduo estaca e a medida
(HABIT), sendo posteriormente conferida por do dimetro ao nvel do solo foram obtidos com
especialistas, com duplicatas incorporadas ao uso de fita mtrica de 1.5 metros de comprimento.
Herbrio Aluzio Bittencourt (HABIT), que est A altura mdia foi estimada a partir da
localizado no Ncleo de Pesquisas dos Recursos comparao com uma vara de 4 metros de
Biolgicos dos Cerrados Maranhenses (RBCEM), comprimentos.
do Centro de Estudos Superiores de Caxias.

Levantamento fitossociolgico RESULTADOS E DISCUSSO

Para o levantamento dos dados quantitativos,
foi utilizado o mtodo de quadrante, no qual foram Para o levantamento florsticos foram
alocados 30 pontos, com um interdistanciamento encontrados na rea em estudo, um total de 50
de 10 metros de cada quadrante, os pontos foram espcies distribudos em 39 gneros e 22 famlias
alocados com auxlio de bussola, trena, e (Quadro 1). Dentre as famlias encontradas,
delimitados por estacas. Foram includos na Caesalpiniaceae com cinco taxa especficos,
amostragem todos os indivduos lenhosos mostrando maior riqueza florstica, seguida pelas
(arbustos e arbreos) com dimetro do caule ao famlias Dilleniaceae, Fabaceae, Rubiaceae e
nvel do solo (DNS) igual ou superior a 3 cm. Sapindaceae com quatro espcies cada,
Utilizando esse critrio de incluso h a Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae,
possibilidades de maiores comparaes, uma vez Melastomataceae e Mimosaceae apresentaram
que garante um recrutamento e uma riqueza trs espcies, Apocinaceae, Erythroxylaceae,
maior de espcies, incluindo tambm aquelas que Malpighiaceae, Turneraceae, Vochysiaceae com
usualmente so consideradas economicamente duas espcies respectivamente, as famlias
teis. Anacardiaceae, Annonaceae, Asteraceae,
Em uma ficha fitossociolgica foram anotados Bignoniaceae, Boraginaceae, Caryocareaceae,
dados dos espcimes amostrados tais como: o Cochlospermaceae, Combretaceae contriburam
nmero do ponto de amostragem, o nmero do com uma espcie cada.

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Quadro 1. Lista de Espcies Vegetais (Famlia, Espcies, Nome Vulgar e Voucher) coletados na rea de Proteo
Ambiental Municipal do Inhamum, Caxias, Maranho, Brasil.

Famlia / Espcies Nome Vulgar Voucher

1. Anacardiaceae
1. Anacardium occidentale L. Cajui Neres, Mesquita &Conceio, 001
2. Annonaceae
1. Annona dioica St. Hil. Bruto Neres, Mesquita &Conceio, 002
3. Apocynaceae Neres, Mesquita &Conceio, 003
1.Himatanthus obovatus (M.Arg) R. E. Woodson Pau-de-leite
2. Hancornia speciosa Gomez. Mangaba Neres, Mesquita &Conceio, 004
4. Asteraceae
1. Vernonia sp - Neres, Mesquita &Conceio, 005
5. Bignoniaceae
1. Zeyheria montana Mart. Bolsa-de-pastor Neres, Mesquita &Conceio, 006
6. Boraginaceae Neres, Mesquita &Conceio, 007
1. Cordia sp -
7. Caesalpiniaceae Neres, Mesquita &Conceio, 008
1. Bauhinia glabra Jack. Cip-de-escada
2. Copaifera langsdorffii Desf. Podoi Neres, Mesquita &Conceio, 009
3. Dimorphandra gardeneriana Tul. Fava-danta Neres, Mesquita &Conceio, 010
4. Senna sp - Neres, Mesquita &Conceio, 011
5. Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Jatob-de-vaqueiro
8. Caryocaraceae Neres, Mesquita &Conceio, 012
1. Caryocar coriaceum Wittm Pequi
9. Chrysobalanaceae Neres, Mesquita &Conceio, 013
1. Hirtella ciliata Mart. & Zucc. -
2. Hirtella glandulosa Spreng. -
3. Excellodendron cordatum (Hook.f.) Prance Pau-pombo Neres, Mesquita &Conceio, 014
10. Cochlospermaceae
1. Cochospermum regium Mart. ex Schrank. pilger. - Neres, Mesquita &Conceio, 015
11. Combretaceae
1. Combretum mellufluum Eichler - Neres, Mesquita &Conceio, 016
12. Dilleniaceae
1. Curatella americana L. Lixeira Neres, Mesquita &Conceio, 017
2. Davilla sp Sambaiba
3. Davilla sp Cip-de-fogo Neres, Mesquita &Conceio, 018
4. Davilla macrocarpa Moric. -
13. Erythroxylaceae Neres, Mesquita &Conceio, 019
1. Erythroxylum sp Pimentinha
2. Erythroxylum sp Conduru-de-sangue Neres, Mesquita &Conceio, 020
14. Euphorbiaceae
1. Mabea fistuligera Benth Mamoninha Neres, Mesquita &Conceio, 021
2. Jatropha sp - Neres, Mesquita &Conceio, 022
3. Manihot maracasensis Ule Maniva-de-veado Neres, Mesquita &Conceio, 023
15. Fabaceae
1. Bowdichia virgilloides H.B. & K. Sucupira-amarela Neres, Mesquita &Conceio, 024
2. harpalyce brasiliana Benth. - Neres, Mesquita &Conceio, 025
3. Pterodon emarginatus Voges Sucupira-preta Neres, Mesquita &Conceio, 026
4. Sclerolobium paniculatum Vogel. -
16. Malpighiaceae
1. Byrsonima crassifolia (L.) Humb., Bonpl & Kunth Murici Neres, Mesquita &Conceio, 027
2. Byrsonima cydoniaefolia Adr. Juss. Murici Neres, Mesquita &Conceio, 028
17. Melastomataceae Neres, Mesquita &Conceio, 029
1. Aciotis brachybatrya Naud - Neres, Mesquita &Conceio, 030
2. Miconia albicans (SW) -
3. Mouriri elliptica Mart. Pu-de-tampa Neres, Mesquita &Conceio, 031
18. Mimosaceae
1. Parkia platycephala Benth. Faveira Neres, Mesquita &Conceio, 032
2. Plathymenia reticulata Benth. Candeia Neres, Mesquita &Conceio, 033
3. Stryphnodendron coriaceum Benth. Barbatimo Neres, Mesquita &Conceio, 034

As famlias que apresentaram maior nmero na rea foram Davilla, Alibertia, Sapindus. Para
de gneros foram Caesalpiniaceae com cinco (GOODLAND 1970; HERINGER et al., 1977
gneros Fabaceae com quatro gneros, segundo BORGES, 2005) os gneros Annona,
Euphorbiaceae, Melastomataceae e Mimosaceae Alibertia, Byrsonima, Eugenia, Heteropteris e
com trs gneros respectivamente. Os gneros Quallea esto entre os que caracterizam melhor a
que mais contriburam para a riqueza especfica vegetao de Cerrado.

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Comparando o nmero de espcies famlias com maior nmero de espcies foram

encontradas no componente arbustivo-arbreo na Caesalpiniaceae, Fabaceae, Rubiaceae,
rea de Proteo Ambiental Municipal do Euphorbiaceae, Apocynaceae entre outras.
Inhamum, com outros trabalhos realizados no Silva Filho (2006) em estudo realizado na linha
Cerrado Maranhense, verifica-se que este estudo de florstica e fitossociologia para o municpio de
apresentou um nmero superior ao Cerrado do Caxias na rea de Proteo Ambiental Municipal
municpio de Santa Quitria (MA), realizado por do Inhamum, o estudo florstico apresentou 78
Imaa-Encinas e Paula (2003), que listou 41 espcies vegetais distribudas em 38 famlias e
espcies. Portando o presente trabalho obteve 69 gneros. As famlias com maior riqueza de
um maior nmero de espcies se comparado ao gneros foram Fabaceae, Rubiaceae,
trabalho citado acima. Caesalpiniaceae. Para os parmetros
fitossociolgicos foram utilizados o mtodo de
Fitossociologia quadrante. Foram alocados 60 pontos sendo
Nos 30 pontos amostrados, foram encontrados amostrados 240 indivduos que resultou na
120 indivduos distribudos em 20 espcies, 20 identificao de 33 espcies, 22 famlias e 31
gneros e 12 famlias. Neste estudo as famlias gneros.
que apresentaram maior nmero de indivduos Nos 30 pontos amostrados para rea de
foram: Fabaceae com 46, seguida da famlia Proteo Ambiental Municipal do Inhamum,
Mimosaceae com 26, Caesalpiniaceae com 9, possvel verificar uma homogeneidade quanto ao
Euphorbiaceae com 8, Apocynaceae e nmero de espcies e gneros amostrados, no
Chrysobalanaceae com 5 indivduos sendo, portanto, verificado o mesmo para o
respectivamente (Figura 2). verificado que as nmero de indivduos amostrados para cada
famlias Fabaceae, Mimosaceae e espcie (Quadro 2). As espcies com maior
Caesalpiniaceae apresentam maior riqueza nmero de indivduos foram Bowdichia virgilioides
florstica. A famlia que apresentou maior nmero H.B. &.K (famlia Fabaceae) com 39 indivduos,
de espcies foi Fabaceae, seguida pela famlia seguida pela espcie Parkia platycephala Benth
Caesalpiniaceae com 4 e 3 espcies (famlia Mimosaceae) com 12 indivduos.
respectivamente. Uma possvel razo para a boa A famlia fabaceae aparece em 22 dos 30
representatividade dessas famlias seria a pontos amostrados chegando a est presente
presena de ndulos radiculares presente na quatro vezes em um mesmo ponto,
maioria dos indivduos que poderiam atuar como demonstrando assim uma riqueza florstica e uma
mecanismo de reteno e transferncia de ampla distribuio na rea. Com relao aos
nitrognio, uma vez que solos arensos dimetros encontrados neste estudo os maiores
apresentam perda daquele nutriente (SOARES, foram de 26,8 cm pertencente a um indivduo da
1996). familia Mimosaceae, espcie Parkia platycephala
Em um estudo florstico e fitossociolgico Benth e 24,2cm famlia Chrysobalanaceae,
realizado por Texeira e Conceio (2001) nas espcie Excellodendron cordatum (Hook.f.)
reas de Cerrado dos municpios de Caxias e Prance, o dimetro mdio dos indivduos
Timon utilizando mtodo de quadrante, obtiveram amostrados nos diferentes pontos foram de 8 a
resultados qualitativos e mostraram que as 15 cm e o mnimo de 1 a 6 cm.

Figura 2. Distribuio do nmero de indivduos por famlia encontrados na rea de Proteo Ambiental Municipal do
Inhamum, Caxias, Maraho, Brasil.

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Quadro 2. Distribuio de indivduos quanto famlia, nome vulgar, nmeros de indivduos coletados nos pontos
alocados na rea de Preservao Ambiental Municipal do Inhamum, Caxias, Maranho, Brasil.

Famlia/Espcies Nome Vulgar N Indivduos

1. Annonaceae
Annona dioica St.Hil. Bruto 01
2. Apocynaceae
Aspidosperma spruceanum Benth.ex.Mull.Arg. Piti 01
Himatanthus obovatus (M.Arg) R. E. Woodson. Pau-de-leite 02
Hancornia speciosa Gomez. Mangaba 02
3. Caesalpiniaceae
Copaifera langsdorffii Desf. Podoi 02
Dimorphandra gardeneriana Tul. Fava-danta 04
Hymenaea stigonocarpa Mart.ex Hayne. Jatob 03
4. Caryocaraceae
Caryocar coriaceum Wittm Piqui 01
5. Chrysobalanaceae
Excellodendron cordatum (Hook.f.) Prance. Pau-pombo 05
6. Euphorbiaceae
Manihot maracasensis Ule. Manioba 08
7. Erythroxylaceae
Erythroxylum sp Conduru-de-sangue 02
8. Fabaceae
Bowdichia virgilioides H.B. & K. Sucupira-amarela 39
Pterodon emarginatus Voges Sucupira-preta 03
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke Amargoso 04
9. Melastomataceae
Mouriri elliptica Mart. Pua-de-tampa 01
10. Mimosaceae
Parkia platycephala Benth. Faveira 12
Plathymenia reticulata Benth. Candeia 06
Stryphnodendron coriaceum Benth. Barbatimo 08
11. Rubiaceae
Tocoyena formosa (Cham. & Scchltdl.) K.Schum. Jenipapo 04
12. Vochysiacae
Qualea grandiflora Mart. Pau-terra-da-folha-larga 01

Para os resultados obtidos nos pontos gneros, a famlia Fabaceae foi melhor
alocados foi constatado que a altura dos representada em nmero de indivduos. Enquanto
indivduos amostrados variam entre valores que, no estudo fitossociolgico, nos 30 pontos
mnimos que esto entre 70 cm a 6 metros e os alocados, foram amostrados 120 indivduos
valores mximos que vo de 7 a 16 metros distribudos em 12 famlias, 22 espcies e 20
dentro do critrio de incluso que foi de 3cm. Os gneros sendo que as famlias Apocnaceae,
seguintes dados nos permite inferir que nos Fabaceae e Mimosaceae apresentaram trs
quadrantes amostrados h uma grande variedade espcies respectivamente, sendo consideradas
de espcies que vai desde arbusto, subarbusto as famlias que tiveram maior nmero de
at rvores, tendo portanto, uma vegetao com espcies. No entanto, estes resultados no nos
individuos de pequeno, mdio e grande porte permitem dizer que este nmero seja nico ou
(Quadro 3). invarivel, pois ainda h muito para se conhecer
sobre a flora da rea em estudo.
CONCLUSO Os resultados aqui apresentados podero ser
incrementados com estudos mais aprofundados,
Diante dos resultados encontrados inferimos o que possibilitar um maior conhecimento da
que o estudo florstico da rea de Proteo estrutura fanerogmica para rea de Proteo
Ambiental Municipal do Inhamum, apresentou 22 Ambiental Municipal do Inhamum.
famlias distribudas em 50 espcies e 39

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Quadro 3. Distribuio quanto ao nmero de pontos alocados, quadrantes amostrados, famlia, dimetro, altura total dos
espcimes vegetais para rea de Proteo Ambiental Municipal do Inhamum, Caxias, Maranho, Brasil.
Ponto N Quadrante Nome Vulgar Famlia Dimetro A. Total
01 Pau-pombo Chrysobalanaceae 24,20 5,0 c m
01 02 Sucupira-amarela Fabaceae 13.7 4.0 cm
03 Manioba Euphorbiaceae 10.2 2,5 cm
04 Sucupira-amarela Fabaceae 10.2 2.5 cm
05 Sucupira-preta Fabaceae 15.9 5.5 cm
02 06 Sucupira-preta Fabaceae 12.7 5.5 cm
07 Candeia Mimosaceae 19.1 3.0 cm
08 Pau-pombo Chrysobalanaceae 5.4 9.75 m
09 Manioba Euphorbiaceae 6.4 3.5 cm
03 10 Fava-danta Caesalpiniaceae 6.4 1.60 cm
11 Pequi Caryocaraceae 21.3 9.75 cm
12 Barbatimo Mimosaceae 8.0 1.60 cm
13 Sucupira-amarela Fabaceae 12.7 5.5 cm
04 14 Pau-terra Vochysiaceae 9.6 1.60 cm
15 Faveira Mimosaceae 26.8 10 m
16 Candeia Mimosaceae 1.0 1.60 cm
17 Sucupira-amarela Fabaceae 15.3 5.0 m
05 18 Fava-danta Caesalpiniaceae 8.0 2.5 cm
19 Faveira Mimosaceae 5.7 1.60 cm
20 Faveira Mimosaceae 10.5 2.5 cm
21 Barbatimo Mimosaceae 8.0 2.5 cm
06 22 Mutamba - 8.0 3.0 m
23 Condur-de-sangue Erythroxylaceae 5.4 2.0 m
24 Faveira Mimosaceae 10.5 2.5m
25 Pau-pombo Chrysobalanaceae 24.2 5,0 c m
07 26 Sucupira-amarela Fabaceae 13.7 4.0 cm
27 Manioba Euphorbiaceae 10.3 2,5 cm
28 Sucupira-amarela Fabaceae 10.3 2.5 cm
29 Barbatimo Mimosaceae 11.8 5.0 m
08 30 Pitomba-de-leite - 19.1 7.5 cm
31 Sucupira-amarela Fabaceae 15.0 7.5 cm
32 Faveira Mimosaceae 14.6 3.5 cm
33 Mirim-brabo - 7.3 2.5 cm
09 34 Amargoso Fabaceae 15.0 5.0 m
35 Pitomba-de-leite - 4.5 2.0 m
36 Sucupira-amarela Fabaceae 3.2 2.0 m
37 Faveira Mimosaceae 6.4 1.5 cm
10 38 Faveira Mimosaceae 8.0 1.5 cm
39 Pau-bofe - 8.3 2.90 cm
40 Sucupira-amarela Fabaceae 4.5 2.90 cm
41 Faveira Mimosaceae 12.1 4.0 m
11 42 Sucupira-amarela Fabaceae 10.8 5.70 cm
43 Sucupira-amarela Fabaceae 3.5 1.70 cm
44 Sucupira-amarela Fabaceae 10.5 5.0
45 Sucupira-amarela Fabaceae 8.0 4.80 cm
12 46 Jatob Caesalpiniaceae 8.0 3.5 cm
47 Amargoso Fabaceae 6.4 2.73 cm
48 Sucupira-amarela Fabaceae 9.6 4.80 cm
49 Pau-pombo Chrysobalanaceae 24.2 5,0 c m
13 50 Sucupira-amarela Fabaceae 13.9 4 cm
51 Manioba Euphorbiaceae 10.2 2,5 cm
52 Sucupira-amarela Fabaceae 10.2 2.5 cm
53 Sucupira-amarela Fabaceae 4.1 1.80 cm
14 54 Manioba Euphorbiaceae 4.1 2.5 cm
55 Pau-de-leite - 8.3 3.80 cm
56 Sucupira-amarela Fabaceae 4.8 3.0 m
57 Sucupira-amarela Fabaceae 8.3 3.5 cm
15 58 Barbatimo Mimosaceae 10.2 3.5 cm
59 Barbatimo Mimosaceae 8.0 1.60 cm
60 Amargoso Fabaceae 4.8 2.0 m
61 Sucupira-amarela Fabaceae 4.8 1.60 cm
16 62 Jatob Caesalpiniacaeae 3.8 2.25 cm
63 Sucupira-amarela Fabaceae 5.7 3.0 m
64 Amargoso Fabaceae 9.6 4.0 m

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Quadro 3. continuao.
Ponto N Quadrante Nome Vulgar Famlia Dimetro A. Total
65 Candeia Mimosaceae 14.3 5.0 m
17 66 Jenipapo Rubiaceae 6.1 3.0 m
67 Candeia Mimosaceae 14.0 5.0 m
68 Barbatimo Mimosaceae 11.5 5.0 m
69 Bruto Annonaceae 3.2 1.5 cm
18 70 Faveira Mimosaceae 5.4 1.60 cm
71 Candeia Mimosaceae 4.5 70 cm
72 Jenipapo Rubiaceae 14.3 4.5 cm
73 Manioba Euphorbiaceae 3.2 1.60 cm
19 74 Sucupira-amarela Fabaceae 14.0 5.60 cm
75 Sucupira-amarela Fabaceae 12.7 5.0 m
76 Sucupira Fabaceae 17.2 6.0 m
77 Fava-danta Caesalpiniaceae 6.5 60 cm
20 78 Faveira Mimosaceae 15.3 3.5 cm
79 Candeia Mimosaceae 7.6 2.25 cm
80 Faveira Mimosaceae 22.3 7.0 m
81 Sucupira-preta Fabaceae 14.0 6.30 cm
21 82 Jenipapo Rubiaceae 6.4 2.50 cm
83 Barbatimo Mimosaceae 8.3 1.5 cm
84 Pau-de-leite - 10.5 6.30 cm
85 Sucupira-amarela Fabaceae 18.4 5.5 cm
22 86 Sucupira-amarela Fabaceae 15.9 5.5 cm
87 Pau-terra Vochysiaceae 4.1 2.0 m
88 Pu-de-tampa Melastomataceae 17.5 5.0 m
89 Sem nome - 5.8 1.5 cm
23 90 Jatob Caesalpiniaceae 14.0 7.0 m
91 Manioba Euphorbiaceae 4.8 3.5 cm
92 Manioba Euphorbiaceae 4.8 2. 4
93 Sucupira-amarela Fabaceae 9.6 2.75 cm
24 94 Sucupira-amarela Fabaceae 10.8 4.5 cm
95 Sucupira-amarela Fabaceae 14.0 8.0 m
96 Sucupira-amarela Fabaceae 13.4 4.5 cm
97 Sucupira-amarela Fabaceae 9.6 2.75 cm
25 98 Sucupira-amarela Fabaceae 10.3 4.5 cm
99 Sucupira-amarela Fabaceae 14.0 8.0 m
100 Sucupira-amarela Fabaceae 13.4 4.5 cm
101 Pitomba-de-leite - 8.6 4.0 m
26 102 Podi Caesalpiniaceae 12.7 2.70 cm
103 Ptia Apocynaceae 5.1 3.0 m
104 Podi Caesalpiniaceae 3.9 1.70 cm
105 Amargoso Fabaceae 5.1 7.0 m
27 106 Manioba Euphorbiaceae 10.7 4.0 m
107 Faveira Mimosaceae 5.7 1.80 cm
108 Fava-danta Caesalpiniaceae 4.5 2.5 cm
109 Caretinha - 8.0 1.80 cm
28 110 Caretinha - 3.2 1.60 cm
111 Barbatimo Mimosaceae 7.3 1.70 cm
112 Pau-pombo Chrysobalanaceae 15.3 7.70 cm
113 Mirim-brabo - 18.2 8.0 m
29 114 Sucupira-amarela Fabaceae 3.8 80 cm
115 Sucupira-amarela Fabaceae 11.3 2.80 cm
116 Sucupira-amarela Fabaceae 5.1 1.80 cm
117 Mirim-brabo - 11.3 3.5 cm
30 118 Sucupira-amarela Fabaceae 7.3 3.0 m
119 Faveira Mimosaceae 15.9 7.0 m
120 Condur-de-sangue Erythroxylaceae 4.1 3.0 m

AGRADECIMENTOS Universidade Estadual do Maranho /UEMA,

pela formao acadmica.
Fundao de Amparo a Pesquisa e ao Ao Laboratrio de Biologia Vegetal, do Centro
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico do de Estudos Superiores de Caxias, da
Estado do Maranho/FAPEMA, pela concesso Universidade Estadual do Maranho.
da Bolsa de Iniciao Cientfica do primeiro autor.

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