Aula 8 Fótons e Ondas de Matéria II. Física Geral F-428

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Aula 8

Ftons e ondas de matria II


Fsica Geral F-428

1
Resumo da aula anterior:
Planck e o espectro da radiao de um corpo negro: introduo
do conceito de estados quantizados de energia para os
osciladores nas paredes, e de emisso/absoro de quanta de luz
de energia E=h ;

Einstein e a explicao do efeito fotoeltrico: h = Ecin +


(conceitos de quantum de luz, frequncia/comprimento de onda
de corte, potencial de corte);

Compton e o espalhamento de raios-X em alvo de carbono:


- = = h/mc (1-cos). Os quanta de radiao tm
momento. Comprimento de onda Compton do eltron

O nome fton para o quantum de energia h s foi introduzido


por G. Lewis em 1926 . 2
A experincia de Young
A teoria ondulatria da radiao eletromagntica nos ensinou que,
depois de passar radiao eletromagntica de um dado por duas
fendas, ela apresenta uma figura de interferncia ao ser detectada
num anteparo.

3
A experincia de Young
Por outro lado, corpsculos clssicos apresentariam uma figura
da forma:

I=I1+I2

Como conciliar a teoria ondulatria com a corpuscular ?


4
A experincia de Young
1- feixe de luz intenso:
figura de interferncia na
medida de intensidade no
anteparo

5
A experincia de Young

2- feixe de luz intenso +


detector no anteparo:
figura de interferncia na
medida de intensidade no
anteparo, mas...
contagem discreta da
chegada dos ftons;
apesar de muitos por
segundo

detector 6
A experincia de Young
3- feixe de luz no intenso
+ detector no anteparo:
1 fton por segundo
atravessa uma das fendas
e 1 fton por segundo
registrado em algum ponto
do anteparo.

(Experincia de 1 fton)

detector 7
A experincia de Young
Mas, no decorrer de um
intervalo de tempo muito longo:
o histograma apresenta um
perfil de interferncia...

... compatvel com a sobreposio


dos resultados de N >>1
experincias envolvendo
apenas 1 fton!

8
A experincia de Young
Por onde passou o fton?

Bloqueador de
fenda

A informao (bloqueada) destri a figura de interferncia!


9
A teoria quntica
O objeto principal da teoria a funo de onda, ou amplitude

de probabilidade ( r , t ) , com as seguintes propriedades:

Princpio da superposio: ( r , t ) 1 ( r , t ) 2 ( r , t )
2
Interpretao probabilstica: ( r , t ) | ( r , t ) | a
densidade de probabilidade de se encontrar um fton (ou

partcula) no ponto r , de modo que:
(r , t ) d r 1
3

Ento, no caso de ftons, no podemos somar as probabilidades


dele ser oriundo de uma fenda ou outra. Devemos somar as
amplitudes de probabilidade (superposio) para depois tomar o
seu mdulo quadrado (intensidade) ! 10
A hiptese de de Broglie

Louis de Broglie (7. duque de Broglie, 1892 1987)

Baseado no fato da radiao eletromagntica propagar-se como


onda e, ao interagir com a matria, apresentar caractersticas
corpusculares, Louis de Broglie (em 1924) considerou a
possibilidade de partculas materiais tambm apresentarem, em
determinadas circunstncias, um comportamento ondulatrio.

11
A hiptese de de Broglie
Usando as relaes de Planck Einstein:

p k E

de Broglie associou um comprimento de onda e uma freqncia


a uma partcula de momento p e energia E, atravs das relaes:
h E

p h

Louis de Broglie recebeu o prmio Nobel em 1929

12
Difrao de eltrons
A confirmao da hiptese de de Broglie veio
em 1927, atravs das observaes de C. J.
Davisson e L. H. Germer; e de G. P. Thomson,
que fizeram experimentos com feixes de
eltrons incidindo sobre amostras cristalinas de
nquel (os dois primeiros) ou amostras
policristalinas de vrios materiais (o segundo). Davisson e Germer

Thomson 13
Difrao de eltrons
Experimento de Davisson-Germer

2
Difrao de Bragg: d sin
p h
E p 2mE
2m 2mE d 2 .15 A 50
1 .65 A

E 1.6 10 19
J 1 eV h2
(E ~ 54 eV)
2 m 2

m 9.1 10 31 kg
h 6.6 10 34 J.s

(1eV ) 12.2 A

14
Experimento
Difrao de eltrons de Thomson

Davisson e Thomson
receberam o prmio
Nobel em 1937

raios X eltrons

Os resultados aqui
apresentados para
eltrons so compatveis
com os dos ftons
atravs da fenda dupla
15
A experincia de Young
Os experimentos de difrao eletrnica indicam que, depois de
passar por duas fendas, partculas suficientemente pequenas (como
eltrons, por exemplo) apresentam uma figura de interferncia ao
serem detectadas num anteparo.

16
A experincia de Young
Mas corpsculos clssicos apresentariam uma figura da forma:

I1
I = I1+I2
I2

Como conciliar a teoria ondulatria com a corpuscular ?


17
A experincia de Young

1- feixe eletrnico intenso: figura


de interferncia na medida do
nmero de partculas que chegam
no anteparo

18
A experincia de Young

2- feixe eletrnico intenso +


detector no anteparo: figura de
interferncia na medida de
intensidade no anteparo,
mas...contagem discreta da
chegada dos eltrons, apesar de
muitos por segundo

detector

19
A experincia de Young

3- feixe eletrnico no intenso +


detector no anteparo: 1 eltron por
segundo atravessa uma das fendas
e 1 eltron por segundo
registrado em algum ponto do
anteparo.

detector

20
A experincia de Young
Mas, no decorrer de um intervalo de tempo muito longo:
o histograma apresenta um perfil de interferncia...

... compatvel com a sobreposio dos resultados de N >>1


experincias envolvendo apenas 1 eltron! 21
A experincia de Young

Intensidade do
feixe de
eltrons

wavemechanics-duality

22
A experincia de Young
Por onde passou o eltron?

Bloqueador de
fenda

Esta informao destri a figura de interferncia!


23
Interferncia de objetos complexos
Em 1999, foi mostrado que molculas
com um grande nmero de tomos
tambm podem apresentar uma figura
de interferncia.

24
Interferncia de objetos complexos

Nature 401 (1999) 1131

25
Em 2012 :
Interferncia, com molculas bem maiores !

26
27
PcH2 (58 atoms)

t=0 t = 2 min t = 90 min

t = 20 min t = 40 min

28
PcH2 (58 atoms) F24PcH2 (114 atoms)

29
Dualidade e complementaridade
Propriedades ondulatrias e corpusculares podem
coexistir. Esta a chamada dualidade partcula onda

Entretanto, no h nenhuma forma dessas duas


propriedades serem testadas simultaneamente.

Ou fazemos um esquema de medida onde o aspecto


corpuscular seja evidenciado, ou um que revele o carter
ondulatrio do sistema em questo.

Este o chamado princpio da complementaridade.

30
A teoria quntica
O objeto principal da teoria a funo de onda, ou amplitude

de probabilidade ( r , t ) , com as seguintes propriedades:

Princpio da superposio: ( r , t ) 1 ( r , t ) 2 ( r , t )
2
Interpretao probabilstica: ( r , t ) | ( r , t ) | a
densidade de probabilidade de se encontrar um fton (ou

partcula) no ponto r , de modo que:
(r , t ) d r 1
3

Ento, no caso de ftons, no podemos somar as probabilidades


dele ser oriundo de uma fenda ou outra. Devemos somar as
amplitudes de probabilidade (superposio) para depois tomar o
seu mdulo quadrado (intensidade) ! 31


E x, y, z,t E0 sin k .r t
Radiao Eletromagntica

E x, y, z,t E0 sinkx t

vetor de Poyting S , intensidade I

E h

pk
_____________________________________________________

Partculas ???????
E h

pk
32
Introduzindo a funo de onda

x, y, z,t ,

a qual uma soluo de uma equao diferencial,


a equao de Schrdinger.

33
A funo de onda
Em resumo, dada uma partcula atmica, este objeto pode ser
descrito pela chamada amplitude de probabilidade ( r , t ), ou
funo de onda, qual podemos aplicar:

Princpio da superposio: ( r , t ) 1 ( r , t ) 2 ( r , t )

2
Interpretao probabilstica: ( r , t ) | ( r , t ) | Max Born
(Max Born)


V
(r , t ) d 3r 1

A funo de onda carrega a informao mxima


que podemos ter sobre o sistema em questo.
34
35
http://www.youtube.com/watch?v=jvO0P5-SMxk
Fsicos mencionados no captulo que receberam o
Prmio Nobel de Fsica

1. Max Planck: 1918


2. Albert Einstein: 1921
3. Louis de Broglie: 1929
4. Erwin Schrdinger:1933
5. Arthur Compton: 1927
6. Werner Heisenberg: 1932
7. Clinton Davisson & George Thomson: 1937
8. Max Born: 1954

36
Prob. 11:
Uma lmpada de sdio de 100 W ( = 589 nm) irradia
energia uniformemente em todas as direes.
a) Quantos ftons por segundo (R) so emitidos pela
lmpada?
b) A que distncia da lmpada uma tela totalmente
absorvente absorve ftons razo de 1,00 fton/(cm2 s) ?
c) Qual o fluxo de ftons (nmero por unidade de rea
e de tempo) em uma pequena tela situada a 2,00 m da
lmpada?

37
Prob. 11:
Uma lmpada de sdio com potncia (P) de 100 W radia energia ( = 589 nm)
uniformemente em todas as direes.
a) Quantos ftons por segundo (R) so emitidos pela lmpada?
b) A que distncia da lmpada uma tela totalmente absorvente absorve ftons razo
(ou fluxo F) de 1,00 fton/(cm2 s) ?
c) Qual o fluxo de ftons, F (nmero por unidade de rea por unidade de tempo), em
uma pequena tela situada a 2 m da lmpada?

a)
c P (589 10 9 m ) (100 W )
P R E f R h R h R 2 ,96 10 20
ftons/s

hc ( 6,63 10 J s )( 3 10 m/s )
34 8

1/ 2 1/ 2
R R 2,96 10 20 ftons/s
b) F r 2
4,85 10 7 m
4 r 2 4 F 4 10 ftons/(m s)
4

onde: F = 1 fton/(cm2s) = 104 ftons/(m2s)


r

R 2,96 10 20 ftons/s
c) F 5,89 10 18 ftons/(m 2 s)
4 r 2 4 (2 m) 2 38
Prob. 22:

Numa experincia do efeito fotoeltrico, onde utilizamos


luz monocromtica e um fotocatodo de sdio, encontramos
um potencial de corte de 1,85 V para um comprimento de
onda de 3000 e de 0,82 V para um comprimento de onda
de 4000 . Destes dados determine:

a) O valor da constante de Planck.


b) A funo trabalho do sdio.
c) O comprimento de onda de corte do sdio.

39
Prob. 22:
Numa experincia do efeito fotoeltrico, onde utilizamos luz monocromtica e um fotocatodo
de sdio, encontramos um potencial de corte de 1,85 V para um comprimento de onda de 3000
e de 0,82 V para um comprimento de onda de 4000 . Destes dados determine:
a) O valor da constante de Planck.
V01 1,85 V 01 3 10 7 m
b) A funo trabalho do sdio.
c) O comprimento de onda de corte do sdio. V02 0,82 V 02 4 10 7 m

a) e b)
e (V01 V02 )
e (V01 V02 ) hc ( ) h
1 1

c ( 11 2 1 )
1 2
hc
eV01 0
1 1,85 eV 0,82 eV 1,03 eV 15
h 1 1
4 ,136 10 eV s
hc 3 10 ( 3 4 ) 10
8 7
3 10 ( 0,083)
15

eV02 0
2 hc 4,136 10 15 3 10 8
0 eV 01 1,85 eV 2,28 eV
1 3 10 7

c)
0 c hc 4,136 10 15 3 10 8
0 m ax 5,44 10 7 m 544 nm
h max 0 2,28
0 : frequncia de corte max : comprimento de onda de corte 40
Efeito Compton:

Considere um feixe de raios-X com comprimento de onda de


1,00 . Se a radiao espalhada pelos eltrons livres observada
a 90o do feixe incidente, determine:

a) O deslocamento Compton.
b) A energia cintica fornecida ao eltron.
c) A percentagem da energia do fton incidente que cedida ao
eltron.

41
Efeito Compton:
Considere um feixe de raios-X com comprimento de onda de 1,00 . Se a radiao espalhada
pelos eltrons livres observada a 90o do feixe incidente, determine:
a) O deslocamento Compton.
b) A energia cintica fornecida ao eltron.
c) A percentagem da energia do fton incidente que cedida ao eltron.

i 10 10 m ; 90 f i
a)
h h 6,63 10 34 Js
(1 cos 90 ) 31
2,43 10 12 m 2,43 pm
m0 c m0 c ( 9,11 10 kg )( 3 10 m/s )
8

b) E if E ei E ff E ef h i h f E cin ; E ei 0

E cin h
c


c

hc i1 i ( 6,63 10 34 )( 3 10 8 ) 1010 1010 1,0243
1 1

i f


E cin 1,989 10 15 2 ,37 10 2 4 , 72 10 17 J 2,95 10 2 eV 295 eV

E ff E if hc f 1 i
c) Variao da energia do fton: E f 1 1
Ei hc 1
f i f
10 10
E f (%) 100 10
1 100 0,976 1 2,4% (cedida ao eltron)
1, 0243 10
42
Prob. 42:

Se o comprimento de onda de de Broglie de um prton 100 fm,


a) qual a velocidade do prton?
b) A que diferena de potencial deve ser submetido o prton para chegar a esta
velocidade?
h h
a) p m p v v
m p

m pv2 m pv2
b) eV V
2 2e

43

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