Nosso Julgamento Pelo Tribunal Espiritual (Raimundo Nonato de Melo)

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NOSSO JULGAMENTO PELO

TRIBUNAL no plano
espiritual
FORTALEZA-CEAR

PREFCIO
Sinto-me honrado por apresentar esta nova obra do nosso irmo escritor
Raimundo Nonato Melo, o qual j se destacou no meio esprita dos estados do
Cear, Paraba Par e So Paulo, com suas publicaes anteriores.
Acatei a solicitao para afirmar a utilidade do presente trabalho ratificando
que as pesquisas realizadas so marcantes na atualidade, e nelas o esprita
dedicado ao profundo conhecimento da doutrina observar sua realidade.
Tda obra do autor tem como caracterstica a seriedade e esta no foge
regra, exige tambm um mergulho na essncia cientfica das leis de causa e efeito.
Desperta o leitor para o interesse dos julgamentos a fim de analisar as
consequncias sofridas em virtude de pertencermos a um planeta de provas e
expiao tendo meta principal a evoluo espiritual.
Vasculhando o caminho percorrido por nosso irmo temos a citar que natural
do Piau, desembarcou em terras cearenses em 1949 por meio de sua carreira
militar. Casado, pai de cinco filhos que geraram dezoito netos e uma bisneta.
Atentou para os estudos espritas nos idos de 1970 assumindo desde ento o
trabalho rduo e testemunho de f. Adquiriu diploma em tcnica de contabilidade
e conquistou anteriormente o ttulo de Mestre Maom. Atualmente militar da
reserva do Exrcito Brasileiro, no posto de Oficial.Procurou dedicar-se quase que
integralmente ao Espiritismo, sendcj hoje um dos dirigentes do Centro Esprita
Pedro o Apstolo, tendo ocupado vrias funes, sempre honrando o nome de
esprita com dignidade.
Publicou os seguintes livros:
a) Memrias de Raimundo Nonato Melo;
b) Verdade nua e crua;
c) O caminho espiritual pesquisado; e,
d) O homem predestinado - romance.
O livro 0 caminho espiritual pesquisado, contm 51 captulos e 192 pginas,
em que expressado um vasto contedo espiritual testemunhado por pessoas
idneas que conhecem o espiritismo. Aconselho a sua leitura especialmente para
aqueles que esto ingressando na doutrina esprita.
Caros espritas e diretores do CEPAJ, o nosso jbilo grande, em termos em
nossa casa de rao dois escritores: Raimundo Nonato Melo, nosso conhecido
diretor e amigo, o outro o ento Antnio Izaias de Jesus, jornalista e poeta,
grande defensor da doutrina que nos honrou como diretor em tempos idos e na
dcadas de 50 foi eleito presidente, porm no assumiu por motivos de sade.
Aproveito a crnica de nosso Jornal - O AMANHECER, ms de junho/95,
escrita por Lila, digo queira Deus que os livros citados acima se encontrem
situados e brilhando na Biblioteca Espiritual, como mrito pelo ideal e empenho
dispensado por ambos
Fortaleza, 29 de agosto de 1995-
Antnio Nunes

SUMRIO
- A doutrina Esprita prega que
Capitulo I somos
criaturas criadas por Deus 9
Captulo II - O primeiro expurgo da 13
humanidade
Captulo III - o terceiro expurgo da 19
humanidade
Captulo IV - Quando comea o 3o
22
expurgo?
Captulo V - O que anjo da guarda? 28
- Como se verifica nosso
Captulo VI julgamento
no Plano espiritual 31
- Como se verifica nosso
Captulo VII julgamento
no plano espiritual 39
- Como se verifica nosso
Captulo VIII julgamento
no plano espiritual 45
Captulo IX - Jesus conforta seus 49
discpulos
Captulo X - O que Religio? 56
- Reforma ntima para vida
61
Captulo XI futura
- O que o Espiritismo
Captulo XII codificado por
Alan Kardec? 68
- O que o Espiritismo
Captulo XIII codificado por
Alan Kardec? 73
Captulo XIV - Esperana e f oferecida 79
pelo
Espiritismo
Captulo XV - O Centro Esprita como 84
refgio
Captulo XVI Morte Provisria 87
Captulo XVII Como o Perisprito se liga ao corpo
humano 98
Captulo XVflI - As moradas na casa de meus Pai 105
Captulo XIX - O amor fraternal sem hipocrisia 112
Captulo XX A justia da Reencarnao 116
Captulo XXI 1 O profeta Joo Evangelista ainda
vive?... 122
Captulo XXII - Como surgiram o Planeta Terra e os
seus habitantes 128
Captulo XXIII - Transformao do Planeta Terra 135
Captulo XXIV - A vinda dos capelinos ao Planeta
Terra 144
Captulo XXV - Os quatro povos principais,
primitivos 151
Captulo XXVI Como foi profetizada a vinda do
Messias 157
Captulo XXVII Alguns acontecimentos na Palestina
por ocasio do nascimento de Jesus 162
Captulo
XXVIII - O encontro de Jesus com um
proeminente doutor da lei 168
Captulo XXIX - A paz e a graa de Jesus 174
Captulo XXX - Cristo a nossa meta 179
Captulo XXXI - Origem e natureza dos Espritos e
sua classificao 185
Captulo XXXII - O que renascimento 194
Captulo
XXXIII - O que a f e como deve ser
encarada 200
Captulo XXXIV - Formao do nosso perisprito 207
Captulo XXXV - A procura de Deus 211
Captulo XXXVI - Biografia de Raimundo Nonato Melo 219

APRESENTAO
Escrevendo mais esta obra, Nosso Julgamento pelo Tribunal no Plano
Espiritual, esperamos que os prezados leitores saibam compreender o alcance do
mesmo e a boa vontade que tivemos de demonstrar s pessoas espritas e no
espritas o que realmente foi profetizado por eminentes profetas, e que est
previsto para ocorrer no terceiro milnio, como tive o cuidado de y colocar no
rodap de cada pgina, onde foi colhida a informao, citando as obras que
publicaram referido assunto. Devo esclarecer que os assuntos aqui tratados no
foram psicografados ou psicofonizados diretamente de nenhum esprito, foram
assim pesquisados em vrias obras. Espero avaliar atravs deste humilde trabalho
at que ponto pode chegar a minha coragem para enfrentar ilustres crticos da
literatura brasileira. Em consequncia, a presente obra apenas modesta
contribuio ou plida homenagem e ao generoso labor de tantos homens, que se
consomem na exigncia humana, no sentido de divulgar os valores transcendentais
e morais da Doutrina Esprita. No alimentamos a presuno de transmitir-vos
novidades, alm do que foi dito, apenas tentamos relembrar rpidos assuntoS do
Espiritismo, esse fluxo gerador que me consola. Eu no tenho dvidas, porque
agrande sabedoria do Mestre Jesus sempre tem sido luz que me ilumina para
trilhar o Caminho da Verdade; como garantia de um ideal cristo, h de predominar
um dia na Terra. Embora saibamos por fonte fidedigna e demonstrada, que a poca
em que vivemos de violncia, pois ela campeia em quase todos os pases do mundo.
Segundo o que pregou o nosso insigne Mestre Jesus. Com
o advento do Consolador Prometido, o Espiritismo o complemento indiscutvel do
verdadeiro Cristianismo, cuja proclamao destituda de: dolos, Hierarquia
Sacerdotal; Liturgia ou Dogmas; e o seu xito inegvel e implacvel, porque a sua
atuao no mundo, alm do seu disciplinamento pelos seus adeptos encarnados
tambm, administrativa pelas organizaes avanadas de espritos desencarnados
que presidem ao evento esprita no vosso mundo sob a gide de Jesus, o
Governador Espiritual da Terra.
O AUTOR

CAPTULO I A Doutrina
Esprita prega que somos
criaturas criadas por Deus
E Deus no quer que nenhum de ns se perca, pois nos permitida a
reencarnao, como recurso para o nosso aperfeioamento; pois uma
oportunidade que nos oferecida, e ao mesm tempo, um meio de diminuirmos
nossos dbitos do pretrito, pois em cada encarnao vamos diminuindo nossas
dvidas, diante das provas que nos so apresentadas e a que somos submetidos.
Pois seria impossvel pagarmos todos os nossos dbitos do pretrito e do
presente numa s existncia, quando ns temos certeza, que durante uma
existncia, embora dure 100 anos impossvel pagarmos tudo, quando ns durante
este perodo contramos outros dbitos. E mesmo Jesus foi claro e preciso quando
disse, que ns no deixaramos o planeta Terra, enquanto no pagarmos o ltimo
cntil. Portanto ser de encarnao em encarnao que vamos amortizando nossas
faltas do pretrito e vamos procurando praticar no presente a caridade, que
base fundamental de nossa doutrina, porque devemos nos espelharmos no que diz a
Ia Epstola de So Paulo aos Corntios, para podermos chegar perfeio de que
ensina o Evangelho Segundo Espiritismo.
preciso que se diga que o Jesus que ns pregamos e seguimos, o que ele nos
ensinou o amor a tolerncia e a compassividade; e no m Deus austero,
temerrio e cheio de ira, como muitos pregam e lanam os seus pensamentos.
A reencarnao era pregada desde os primrdios da criao, e o cristianismo
continuou com a mesma pregao, somente por ocasio do Concuio de Nices no ano
325, da era Crist, quando o Imperador Cnstantino, rodeou o Conclio com seus
exrcitos e imps que o Bispo de Roma fosse considerado superior aos demais
bispos, inclusive ao de Jerusalm. Esse mesmo Congresso tambm decretou que, a
partir daquela data, no mais haveria reencarnao, e foi totalmente renegada. E
daquela data para c, o catolicismo e protestantismo, renegaram essa verdade. E
sem a reencarnao, toma-se muito difcil, se no impossvel, entendermos o
Evangelho.
Em 1518, o Papa Leo X, cuja vida mundana, impressionava desagradavelmente
os espritos sinceros religiosos, sob sua direo, criara-se o clebre LIVRO DAS
TAXAS SAGRADAS CHANCELARIA E DAS SAGRADAS PENITENCIRIA
APOSTLICA, onde se encontrava estipulado o preo de absolvio para todos os
pecados e para todos os adultrios, inclusive os crimes mais hediondos. Tal
rebaixamento da dignidade eclesistica, ambientaram as pregaes de Lutero e
seus companheiros de apostolado, e de nada valeram as perseguies e ameaas ao
eminente frade Agostiniano.
A,verdade, contudo, que o humilde filho de Eislebem tomara-se rgo de
repulsa geral, dos abusos da Igreja Catlica no captulo da Imposio dogmtica e
da extorso pecuniria o fato que no sculo XVI as figuras de Lutero fundou na
Alemanha a religio Luterana, ligo, Lutero, Calvino, Melanghto e outros vultos
notveis da reforma religiosa na* Europa Central e nos pases baixos, tanto isto
certo, que quando frade Lutero, no se conformando juntamente com seus
companheiros, com aquela imposio da Igreja Catlica, resolveram o seguinte:
Lutero fundou na Alemanha a religio Luterana; Calvino fundou na Esccia o
Calvinismo; Erasmo fundou na Frana a Presbiteriana e Melanchton, fundou na
Sua, a religio batista, e da foram surgindo com ramificaes, outra srie de
religies denominada de protestante, quer dizer, que as pessoas no se
conformando com certos dogmas impostos pela direo da seita, deixam aquela, e
fundam a sua prpria religio. Aqui em Fortaleza-CE ns temos um exemplo: o
Pastor da Religio de nome IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, cometeu
umas irregularidades, no aceitando a disciplina da igreja protestante resolveu
fundar a sua prpria religio com a denominao de Esprito Santo dos Nossos
Dias, com matriz em Fortaleza e ramificaes em outros Estados do Nordeste;
razo porque existe atualmente no mundo mais ou menos 700 religies oficiais, e
no oficiais 500 e tantas, e um total geral de 1.200 religies, e a maioria delas
diz-se basear-se no cristianismo, usando a Bblia como base fundamental de sua
doutrinao. E todos os seus seguidores acham que aquela religio, em que ele se
filiou, a nica certa, as demais esto erradas.
Os espritas afirmam que as pessoas que assim pensam esto completamente
equivocadas, assim pensando se tomam egostas, pois no uma religio, por mais
pura que seja, no salva ningum, apenas orienta e encaminha a pessoa para um
encontro com Deus, mas isto s acontecer se a criatura tiver convico religiosa
para integrar-se na mesma, caso contrrio servir apenas de um burilamento social
e nada mais.
Ns conhecemos muitas pessoas, que se dizem religiosas, mas infelizmente, a
religio que se filiou seguida apenas de fachada no entrou nele a criatura que
aceita com f e convico uma crena religiosa deve faz-la com f repito, pois s
assim poder produzir uma certa mudana, na sua vida, transformando para
melhor, os seus hbitos inconvenientes.
O apstolo So Paulo disse e demonstrou que fora da caridade no h salvao,
e no fora do Catolicismo, do Protestantismo, do Espiritismo, do Budismo, ou de
outra qualquer religio, etc. Pois a religio como j disse acima, um caminho
espiritual que serve para renovao da prpria criatura, do prprio crente, que
segue aquele caminho de retificao do prprio Ego da evoluo do prprio
esprito, para os altiplanos superiores.
Tendo pois o Cristianismo, no ano 325, negado 1 encamao, como j foi dito
acima, e todas as religies crists, so baseadas no cristianismo e s muito depois,
foi que comeou a surgir as religies protestantes e outras quando comeou a
proliferao religiosa. Portanto est claro e evidente que as religies que
apareceram depois do ano 325 da era crist, neguem a encamao e entre elas,
esto includas os protestantes. As religies que existiam antes da vinda de
Cristo, no neguem a encamao, como temos o Budismo e outras.

CAPTULO II O primeiro
expurgo da humanidade
Embora que o Espiritismo s tenha sido divulgado ou melhor desamordaado,
pelo nosso irmao Allan Kardec, no ano de 1857, ns os espritas temos provas
irrefutveis de sua existncia desde o comeo da criao da humanidade.
Podemos ver que quando se realizava a psicofonia usada por Moiss no comeo
da criao, quando conduzia o seu povo no deserto para terra prometida e no
momento de aflio, quando esse povo se revoltava, Moiss apelava usando a
psicofonia para falar com o esprito de Luz - cognominado de Deus Jeov. Moiss
usou tambm a psicografia, quando a mensagem feita por escrito, e no Monte
Sinai ele recebeu de Deus Jeov, o Esprito de Luz os 10 mandamentos, por
escrito.
Outros casos ns podemos observar, como por exemplo o caso do Patriarca
No, que recebeu a mensagem do Esprito de Luz Deus Jeov, conforme diz a
Bblia: Viu Deus a Terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente
havia corrompido o seu caminho na terra.
Ento disse o Esprito de Luz a No pela psicofonia: Resolvi dar cabo de toda
carne,* porque a terra est cheia de violncia dos homens e eis que o farei perecer
juntamente com a Terra. E disse: Faze uma arca de tbuas de cipreste, nela fars
compartimentos e a calafetars com betume por dentro e por fora. Continuo,
deste modo a fars; de trezentos cvados ser o seu comprimento, de cinquenta a
largura e a altura de trinta. Fars ao seu redor uma abertura de um cvado de alto;
a porta da arca colocars lateralmente; fars pavimento na arca; um em baixo, um
segundo e um terCeiro. Porque estou para derramar guas em dilvio sobre a
Terra, para consumir toda carne em que h flego de vida debaixo dos cus; tudo
que h na terra perecer.
Contigo porm estabelecerei a minha aliana; entrars na arca, tu e teus filhos,
a tua mulher, e as mulheres dos teus filhos.
D tudo o que vive, de toda. carne, dois de cada espcie, macho e fmea, fars
entrar na arca, para os conservares vivos contigo.
Das aves segundo a sua espcie, do gado segundo a sua espcie, de todo rptil
da terra segundo a sua espcie, dois de cada espcie, virao a ti, para os
conservares em vida. Leva contigo de tudo o que come, e junta-o contigo ser-te-a
para alimento, a ti e a eles.
Assim fez No, consoante a tudo que o Esprito de Luz Deus Jeov lhe
ordenara.
Temos o Dilvio.
Durou o dilvio quarenta dias sobre a terra; as guas levantaram a arca de
sobre a terra.
Predominaram as guas e cresceram sobremodo na terra; a arca porm vagava
sobre as guas, e cobriram todos altos montes que havia debaixo do cu.
Quinze .cvado acima deles prevaleceram as guas; e os montes foram
cobertos.
Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de aves como de animais
domsticos e animais selvticos, e de todos os enxames de criatura que povoam a
terra e todo homem.
Tido que tinha flego de vida em suas narinas, tudo que havia em terra seca
morreu. ,
Assim foram exterminados todos os seres que haviam sobre a face da terra, o
homem, o animal, e os rpteis, e as aves do cu, foram extintas da terra, ficou
apenas No e os que com ele estavam na arca.
E as guas, durante cento e cinquenta dias, predominaram sobre a terra.
Acabamos de transcrever, a destruio dos viventes da Terra, por intermdio
de um Dilvio, este foi o primeiro expurgo feito na Terra.
O segundo expurgo, foi com a destruio de Sodoma e Gomorra, e as sete
cidades da plancie.
Vamos informar como isto aconteceu: Ao anoitecer de um certo dia, vieram
dois anjos com a misso de destruir Sodoma e r Gomorra e outras cidades de
menor porte localizadas na plancie;
Sodoma cuja entrada, estava L assentado; este quando os viu, levantou-se e, indo
ao seu encontro, prostrou-se, rosto em terra.
E disse-lhes: Eis agora, meus senhores, vinde para a casa do vosso sen o,
pernoitai nela, e lavai os vossos ps; levantar-vos- eis de madrugada e seguires o
vosso caminho. Responderam eles: no, passaremos a noite na praa.
Instou-lhes muito, e foram e entraram em casa dele; deu- lhes um banquete,
fez assar uns pes asmos, e eles comeram.
Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os
homens de Sodoma, assim os moos como os velhos, sim, todo o povo de todos os
lados; e chamaram por L, e lhes disseram: onde esto os homens que noitinha,
entraram em tua casa? Traze-os fora a ns para que abusemos deles.
Saiu-lhes, ento L porta, fechou-a aps si, e lhes disse. Rogo-vos meus
irmos, que no faam mal; tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as
como vos parecer, porm nada faais a estes homens, porquanto se acham sob a
proteo de meu teto.
Eles, porm, disseram: Retira-te da. E acrescentaram: s eles estrangeiro
veio morar entre ns, e pretende ser juiz em tudo? A ti, pois faremos pior de que
a eles. E arremessaram-se contra o homem, contra L, e se chegaram para
arrombar a porta.
Porm os homens estendendo a mo fizeram entre L e fecharam a porta.
E feriram de cegueira aos que estavam fora, desde o menor at ao maior, de
modo que se cansaram procura da porta.
. Ento disseram os homens a L: Tens aqui algum mais dos teus? Genro, e
teus filhos, e tuas filhas, todos quanto tens na cidade, faze-os sair deste lugar.
Pois vamos destruir este lugar, porque o seu clamor se tem aumentado
chegando at presena do Senhor; e Senhor nos enviou a destru-lo.
Ento saiu L e falou a seus genros, aos quais estavam para casar com suas
filhas, e disse: levantai-vos, sa deste lugar, porque o SENHOR h e destruir a
cidade. Acharam, porm que ele gracejava com eles.
Ao amanhecer, apertaram os anjos com L, dizendo: Levanta-te, toma tua
mulher e tuas duas filhas, que aqui se encontram, para que no pereas no castigo
da cidade.
Como, porm, se demorasse, pegaram-no os homens pela mo, a ele, a sua
mulher e as duas filhas sendo-lhe o Senhor misericordioso, e o tiraram
corpuseram fora da cidade.
Havendo-os levado fora, disse um deles: Livra-te, salva a tua vida; no olhes
para trs, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para que no pereas.
Respondeu-lhes L: Assim no, Senhor meu!
Eis que o teu servo achou merc diante de ti e engrandeceste a sua
misericrdia que me mostra-te, salvando-me a vida; no posso escapar no monte,
pois receio que o mal me apanhe, e eu morra.Eis auma cidade perto para a qual eu
posso fugir, e pequena permite que eu fuja para l, e nela viver minha alma. A
cidade escapou da destruio, pois a mesma estava includa juntamente com as 7
da plancie, que foram destrudas.
Disse-lhe os homens: Quanto a isso estamos de acordo, para no subverter a
cidade que acaba de falar. Apresse-te, refugia- te nela; pois nada podemos fazer,
enquanto no tiveres chegado l. Por isso se chamou Zoar o nome da cidade. A
destruio de Sodoma e Gomorra e as 7 cidades da plancie.
Saia o sol sobre a terra, quando L entrou em Zoar.
Ento fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor sobre Sodoma
e Gomorra e as demais cidades. E subverteu aquelas cidades e toda campina, e
todos os moradores das cidades, e o que nascia na terra.
E a mulher de L olhou para trs e converteu-se numa esttua de sal.
Tendo-se levantado Abrao de madrugada, foi para o lugar onde estivera na
presena do Senhor. E olhou para Sodoma e Gomorra e as demais para toda terra
de campinas e viu que da terra saa fumaa, como a fumarada de uma fornalha.
Ao tempo que destrua as cidades de campina, lembrou-se Deus Jeov de
Abrao, tirou L do meio das runas, quando subverteu as cidades em que L
habitara.
. Transcrito da Bblia no livro Gnesis (Cap. 7 Vec. 11 a 22 e Cap. 19 Vesc. 29)-
Porque o. Esprito de Luz Deus Jeov resolveu destruir os habitantes da Terra,
cdm gua do dilvio e fogo e enxofre, as cidades de Sodoma e Gomorra e as 7
cidades da plancie? Io) porque os seus habitantes estavam muito violentos e muita
corrupo, tornaram-se muito insuportvel aos seus olhos; e mesmo porque quando
ele quer fazer um expurgo, teria que usar um mtodo de destruio mais rpido-
possvel.
Obs.: Deixamos de transcrever mais de 20 casos, de psicofonia e psicografia,
escrito na Bblia, quando o esprito de luz Deus Jeov, se comunicava com os
patriarcas e profetas, porque se tomava muito cansativo e enfadonho aos nossos
leitores.

CAPTULO III O terceiro


expurgo da Humanidade
O 3 caso de expurgo, aproxima-se s suas manifestaes; antes do 3 milnio,
aproximadamente 4 anos e poucos dias, como escreveu o grande escritor gacho
Dr. Paulo Sales, no seu livro Nostradamus o Juzo Final e o Espiritismo", ns
vemos ali, a expresso da verdade. O Dr. Sales publicou este livro no ms de
fevereiro de 1988, nesta poca, faltavam oito anos para alcanarmos o 3 milnio,
mas hoje faltam apenas quatro anos e poucos.

Os profetas
Os profetas de quem o Dr. Sales colheu informaes so os seguintes: Profeta
So Joo Evangelista, Nostradamus, Monge Beneditino, Ramatis, Santo Agostinho
e Humberto de Campos. Comea ele dizendo por anos e anos, sculos e sculos,
essas profecias vm se arrastando, e podemos perfeitamente afirmar que desde
os tempos de Moiss, antes mesmo da construo da grande Pirmide no Egito,
atualmente denominada de QUEPO", o juzo final se constitua uma preocupao,
para os destinos da humanidade se delineava nos horizontes do mundo, o alto
entrevinha, advertindo e esclarecendo, assim no Io expurgo do Dilvio. No passou
120 anos construindo uma arca, e todo este
19tempo ele no se cansou de avisar aos homens de sua poca, que Deus iria
destruir a humanidade e a terra com um Dilvio, mas ningum se preocupou com a
pregao de No, no acreditaram, at que veio o dilvio e matou todos que
estavm fora da arca. A mesma coisa est acontecendo nos dias atuais, ns
pregamos em nossos Centros Espritas, que vem um 3 expurgo antes do ano 2.000,
mas as pessoas que ouvem, no acreditam. Talvez quando chegar os seus
arrependimentos, seja muito tarde, como aconteceu por ocasio do 1 expurgo - o
Dilvio.
Essas intervenes, sempre se processam atravs dos esclarecimentos, dados
pelos espritos, atravs de profecias, aos homens encarnados.
O Espiritismo nos ensinam que a reencarnao a vida num corpo de carne
correspondente a um perodo de tempo muito pequeno, dentro da eternidade.
Somos espritos imortais. A morte do corpo, no destri o corpo espiritual. E
permanecemos o que somos aps o desaparecimento final do corpo carnal.
E assim, atravs dos sucessivos nascimentos e mortes, que o esprito vai
gradativamente adquirindo conhecimentos cientfico e moral, progredindo na
escala evolutiva.
CONHECIMENTO MORAL: - constitui-se na principal, seno nica nota pelo
qual o esprito consegue mritos para galgar esta escala. Liberto e evoluindo
sempre procura atingir o estgio de esprito puro numa escala infinita, cujo
alcance no vislumbramos. Desconhecemos toda extenso desses
engrandecimentos, que segundo Jesus, em determinada condio, poderemos
contemplar a face de Deus criador do Universo.
' O Apocalipse, que em grego significa REVELAO, constitui-se do ltimo
livro da Bblia; nele So Joo Evangelista relata todos os acontecimentos que
devero ocorrer nos ltimos 1.900 anos, quando do seu deportamento, para a ilha
de Ptamos, passado pelos nossos atuais dias, at o ano 2.000. O profeta Joo
Evangelista usou palavras simblicas e imagem, algumas das quais, no deixam
dvidas sobre os eventos finais deste fim de sculo.
Segundo a prpria revelao, um esprito enviado por Jesus, nome de Deus,
permitiu ao profeta Joao Evangelista, pela vidncia espiritual assistir o desenrolar
de todos os acontecimentos.
O Apocalipse de Jesus Cristo, que Deus deu a Joao Evangelista para descobrir
aos seus servos, as coisas que cedo devem acontecer e que ele enviou por meio de
seu anjo ao seu sen o Joao Evangelista (Cap.Vesc. 1).
O esprito do profeta Joao Evangelista, foi submetido deliberadamente, a uma
visao ideoplstica, diante do personagem global dos acontecimentos.

CAPTULO IV Quando
comea e 3o expurgo?
O apstolo Joo Evangelista, na sua viso, viu aproximao do Herclobu, o
Astro Intruso, como chamado, como se fosse uma tocha acesa; por no saber o
seu nome exato, denominou chamar de ABSINTO (Cap. 8 e Vesc. 10 e 11 do livro
chamado de Apocalipse), s muito mais tarde em outras aparies em profecias,
veio a chamar-se Herlobus. Naquela poca o apstolo Joo Evangelista, no
soube precisar que a inclinao do eixo da Terra, era de 23 graus e 27 minutos.
Ocorrer a verticalizao do eixo da Terra, e esta viso, apocalptica, foi
avaliada em um 1/3 ou seja 34 graus, que correspondente quela realidade.
O tamanho do planeta Herlobus, foi calculado de 33 vezes maior que a Terra,
seu disco luminoso, tem o tamanho e a superfcie de 11 luas. A forte presena do
magnetismo do Herlobus neutraliza parte da gravidade da Terra. A atmosfera
se expandir, grande parte da unidade disponvel, razo pela qual, os efeitos
abrasadores sero intensos, pela falta de chuva. Segundo Nostradamus, em uma
das suas centrias, declara por 40 anos o Herclobus, no ser visto, para ns,
posteriormente 40 anos, ser visto todos os dias por apareihos, lunetas e
telescpios. Quando ele for percebido, duas enormes dimenses e seu poderoso
magnetismo afetaro a atmosfera terrestre e, aridez e secura crestaro a Terra,
sendo acompanhado por grandes inundaes em muitas regies, consequncia do
descongelamento polar.
H outras previses coincidentes:
O planeta que est se aproximando da Terra possuidor de jm magnetismo
grosseiro, rido, agreste, e ao passar pela Terra, previsto profeticamente para o
ms de maro de 1999, atrair por afinidade, por sintonia vibratria, todos os
espritos afins, quele materialismo, quela vida primitiva dos instintos que ainda
no quiseram aceitar a orientao do mundo espiritual e que continuam
desprezando os conselhos do mestre e sublime Jesus.
Meus amigos leitores, a finalidade precpocua desse grande planeta que se
aproxima da Terra, trazer para seu bojo, todos os espritos em sintonia
vibratria do mal, que aqui se encontram, para promover paralelamente a
higienizao do planeta Terra.
A aura desse Astro, comeou a envolver a Terra desde 1950, como informou o
profeta Ramatis, desta data em diante, e a cada vez mais, como intensidade, irem
sentindo a ao, a influncia magntica desse planeta.
E como seu teor opressivo, denso, podemos sentir como o materialismo entre
ns est crescendo a sensualidade, a luxria caminham a passos largos, e hoje na
civilizao atual, um filme que no trate do sexo no tem sucesso. Um livro que. no
explore um tema de sexo, ou crime, no tem sada e vendagem; as revistas que no
explorem o nu, tambm no sero bem recebidas nem aceitas.
A influncia que estamos sentindo, como j foi dito acima da parte social
podemos observar tambm pela temperatura, pelos calores excessivos que agora
sentimos.
Lembro-me quando ramos crianas e o cu se toldava para chover, apenas
apareciam umas nuvens plmbeas. Hoje verificamos como o cu se enegrece, fica
um cu diferente escuro, atemorizante. Isto um prenncio, um aviso, os rios
saltando dos seus leitos e invadindo os campos, sepultando fazendas, destruindo
casas etc.
Teria Nostradamus previsto a aproximao do Herclobus, e vertical izao do
eixo da Terra?
Foi previsto por Nostradamus o chamado Juzo final, e a respectiva separao
de espritos com o banimento planetrio, conforme preconiza Jesus no Sermao
Proftico-Centuri 1-4.
Quando um defeito no sol ocorrer, o que poder ser um eclipse ou a
verticalizao do eixo da Terra, e nesta ocasio o Hercbolus ser visto a olho nu
em plena luz do dia.
Devido s diferentes interpretaes sobre seus efeitos ou atenes sobre a
Terra enorme carestia, pois no sero providenciado o armazenamento de
cereais;.indispensveis alimentao de grandes populaes.
O homem qual pigmeu num mundo imenso, abandonado sua prpria sorte sente
a alma enregelar-se diante do quadro desolador que suas vistas alcanam.
Em toda a destruio se far presente; por todos os lados as runas atestam a
violncia dos embates.
E no meio de tanta desolao, o homem curvado impotente, recolhe o fruto de
sua ambio e do seu egosmo.
No mais cidades florescente alegradas pelos apitos das fbricas, buzinas de
automveis, risos de crianas e jovens despreocupados. Tudo ser reduzido s
cinzas.
O egosmo chaga pustulenta de um corpo disforme destruir virilentamente as
clulas do organismo mundial. Os continentes se acharo arrasados, as cidades
destrudas e os povos dizimados.
Sofreremos a angustia de todas as dores desencadeada face do planeta e
nossos coraes se confrange.
Quantos dissabores ter-mos-amos poupado se ouvssemos a Voz do Cordeiro
aclamar no fundo de nossas conscincias.
Quantas desditas evitaramos se realizssemos o Evangelho em ns mesmos.
O irmao X, profetizou, que com o degelamento dos Plos, pela passagem do
Herclobus, haver uma grande inundao com o derretimento daquelas
montanhas de gelo l existentes; em consequncia, desapareceriam. A Inglaterra,
parte da Europa Atlntica. Centro da Amrica do Norte, Caribe e Amrica Central.
No Pacfico, Japo, Austrlia e Nova Zelndia, devastada e submersa daro lugar a
um novo Continente. Efetivamente, teremos um novo Cu e uma nova Terra.
Segundo o que aprendemos, neste estgio de Juzo Final, a Terra sofrer uma
transformao fsica, e os espritos que habitam sofrero uma seleo de acordo
com o seu estgio evolutivo. De acordo com o nosso conhecimento, esta separao
dos espritos resultar em dois grupos completamente distintos.
Um dos grupos, considerado os da direita do Cristo, constitudo pelos bons e
pacficos, sero os herdeiros da Nova Terra. Pois o planeta deixar de Expiao e
Provas, para transformar-se de Regenerao Espiritual, pois acabou de passar
pelo expurgo.
Os da esquerda do Cristo, constitudos pelos maus e desordeiros sero
banidos, atrados pelo pesado magnetismo do Herclobus, um planeta de vidas
primitivas, l passaro a ter suas novas encarnaes.
O Herclobus, ou astro intruso, ou Absntio, nico planeta que, no espao, se
nos aparecer como uma bola ardente de fogo, refletindo a luz solar numa
superfcie 11 vezes maior do que a lua o seu disco luminoso; pois o seu dimetro
trinta vezes maior do que a Terra.
Abrasar o planeta Terra e, sua passagem, se constituir mais uma vez entre
ns como o clarim definitivo o som da 3B trombeta, segundo profecia, est previsto
a sua passagem pela Terra no dia 23 de maro de 1999.
Os herdeiros da Nova Terra, aliviados em definitivamente da presena desses
irmos inferiores, na escala evolutiva, tero novas condies de vida: A Terra
apresenta por toda parte as cicatrizes da destruio sofrida no sculo que
termina.
Tambm nestas alturas, trata-se de uma humanidade que **er dividida, que
ser separada. No ser o fim fsico do mundo, ser o 3C expurgo como j disse
acima.
O nosso planeta prosseguir, vivendo ainda por milhares de anos. Ser o fim
apenas deste ciclo, desta gerao, desta humanidade de espritos rebeldes
purgados.
Mas aqueles que esto procurando seguir os ensinamentos de Jesus e
obedecendo suas determinaes, recebero na poca devida, o amparo
misericordioso da espiritualidade, envolvendo a cada seu amplexo carinho de
proteo e misericrdia.
Atualmente muitas criaturas riem em singeleza, da afirmativa de que o mundo
ir se melhorar, de que teremos uma civilizao fraterna, irm amiga, no terceiro
Milnio.
Vem a perguntacomo pode haver essa modificao? Se as criaturas hoje cada
uma delas, representa uma ilha de egosmo, vivendo num arquiplago de
egocentrismo, caminhando para o caos, e os humanos, prosseguem carregando um
vazio de si mesmo, num vcuo, amargurando seus coraes esquecendo
ompletamente de Deus? Uma civilizao que no tem Deus, que no tem f, a no
ser uma f de convenes.
Como pode haver fraternidade, amor, abnegao? - .respondo ! ...
Ns iremos verificar que essas modificaes, realmente ir processar, ir se
afetivar atravs das formas, que revelao nos explica; atravs de troves,
relmpagos, terremotos e maremotos e outros desastres.
Assim como aconteceu com os habitantes do Planeta Capela, antes da nossa
civilizao, que vieram melhorar a raa humana por determinao divina. Assim
tambm iro encarnar no bojo do planeta Herclobus, os missiQnrios de
Catequeses, para conseguir mudar os pensamentos da maldade daqueles espritos
rebeldes, que foram levados por aquele planeta, na poca da
verticalizao, pois eles ficaro presos milhares de anos, e s deixar aquele
planeta, para encarnar no mundo regenerado, quando realmente haverem se
convertido, depois de completamente testado e aprovados pelos plano superior
espiritual.
Portanto meus amigos leitores, no deve haver motivo para alarme, para
preocupao, ou para desnimos. Ns sabemos que a misericrdia do alto, a
bondade onisciente do Pai, vela incessantemente; e estes fatos s iro alcanar
aqueles que cometeram muitos delitos. Aqueles que quase nada devem; estaro
protegidos e amparados.
Portanto nessas alturas uma beno nascer no Brasil, Ptria do Evangelho e
corao do mundo.
Pois sabemos que por antecipao o Planeta Herclobus na passagem pela
Terra, j sugou para seu bojo, todos os espritos ndignos de continuar vivendo no
planeta Regenerao.
(Dados colhidos no livro - Nostradamus O Juzo Final e o Espiritismo) - De
autoria do escritor Paulo Sales.

CAPTULO V O que anjo da


guarda
Anjo da guarda, ou anjo guardio; um esprito protetor, familiar ou simptico,
que se liga a um indivduo em particular para proteger, ele um esprito protetor
de uma ordem elevada.
Quando ns nascemos, Deus concede a cada criatura, um anjo guardio, que se
liga ao indivduo depois do seu nascimento, at a morte. Com duas misses:
A primeira como um pai sobre seu filho; gui-lo seu protegido do bom caminho,
ajud-lo com seus conselhos; consolar suas aflies; sustentar sua coragem nas
provas da vida. Como explica o livro dos espritos no (cap. IX,) que diz tambm que
sua misso de proteger ou protetor pode ser voluntrio ou obrigatrio. Quando ele
aceita a misso de protetor, tanto faz como voluntrio ou obrigatrio, ele fica
obrigado a velar sobre aquela criatura, porque aceitou a tarefa; mas pode
escolher, as que so simptica. Para alguns anjos guardies um prazer, para
outros uma misso ou um dever. Como disse So Luiz e Santo Agostinho.
Quando o seu protegido rebelde, e no se submete aos seus conselhos;-, o
anjo guardio se afasta, porque v seus conselhos inteis, e que a vontade de
sofrer; a influncia dos espritos inferiores mais forte.
Todavia ele no o abandona completamente, e se faz sempre ouvir, sendo entao,
o homem quem fecha os ouvidos, e ele retoma, desde que chamado.
A segunda esses seres a estao por ordem de Deus. Ele as coloca junto vs por
seu amor, cumprindo uma bela, mas penosa missao. Sim, onde estejas ele estar
convosco anotando tudo que fazemos; nas prises, nos hospitais, nos lupanares nos
lugares de devastao, na solido, nada nos separa desse amigo que no podemos
ver, mas do qual nossas almas sentem os mais doces estmulos e ouvem os sbios
conselhos.
Quando ns morremos, ou melhor desencarnamos, as anotaes que os anjos
guardies fazem mentalmente, sero anotados por eles em forma de ficha
datiloscpia e entregue aos arquivos do Tribunal de Julgamento Espiritual,
localizado em um dos Ministrios, do nosso Lar, que ficar aguardando at o dia do
nosso julgamento a acepo justa do termo, mensageiro. Ora h mensageiro de
todas as condies, e de todas as procedncias e, por isso a antiguidade sempre
admitiu a existncia, de anjos bons. Anjo de Guarda desde as concepes
religiosas antigas uma expresso que define o Esprito Celeste, que vigia a
criatura em nome de Deus.
O anjo de guarda como uma pessoa que se devota infinitamente a outra,
ajudando, defendendo em qualquer regio e convive conosco como j dissemos
acima.
Temos constantemente anjo guardio que nos devotam estima e consagram ao
nosso bem. De todas as afeies terrestres, salientamos, para exemplificar a
devoo das mes.
O esprito maternal, uma espcie de anjo mensageiro, embora muitas vezes
circunscrito ao crcere de ferro egosmo, na custdia dos filhos.
Alm das mes, cujo amor padece muitas deficincias, quando confrontados
com os princpios essenciais da fraternidade e da justia.
No podemos olvidar, porm, que o admirvel altrusmo de todas as criaturas,
individualmente, contam com louvveis devotamentos de entidades afins que se
lhes afeioam. A orfandade real no existe. Em nome do amor, todas as almas
recebem assistncia onde quer que se encontrem. Os irmos mais velhos, sempre
ajudam os mais novos. O mestre inspira discpulos, pais socorrem os filhos. Amigos
ligam-se a amigos. Companheiros auxiliam companheiros. Isso ocorre em todos os
planos da natureza e, fatalmente, na Terra, entre os que ainda vivem na came e os
que j atravessaram o escuro passadio da morte.
Os romanos compreendiam essa verdade e cultuavam os nomes domsticos. O
gnio guardio ser sempre um Esprito Benfazejo para o protegido, mas
imperioso notar que os laos efetivos, em tomo de ns, ainda se encontram em
marcha ascendente, para mais nveis da vida. Com toda a' venerao que lhes
devemos, importa reconhecer, nos espritos familiares que nos protegem grandes
e respeitveis herais do bem, mas ainda singularmente distanciados da angelitude
etema. Naturalmente, avanam em linhas enobrecidas, em planos elevados,
todavia, inda surtem inclinaes e paixes particulares, no rumo da
universalizao de sentimentos. Por esse motivo, com muita propriedade, nas
diversas escalas religiosas, escutamos a intuio popular asseverando como nossos
anjos da guarda no combinam entre si, ou ainda, faamos uma orao aos anjos de
Guarda; reconhecendo-se, instintivamente, que os gnios familiares de nossa
intimidade ainda se encontram no campo de afinidade especficos, e precisam, por
vezes de apelos natureza superior para atenderem a esse ou quele de servio.
Como disse. Andr Luiz, em seu livro - Entre a Terra e o cu.

CAPTULO VI Como se
verifica nosso Julgamento no
Plano Espiritual
Andr Luiz, foi designado reprter espiritual e recebeu a misso; como cidado
do nosso Lar - promovido pelo Ministro Clarncio.
Da em diante comeou a sua misso, assessorado por Hilrio e outros irmos de
espiritualidade, que trabalhavam em nosso lar e na Manso.
O reprter Andr Luiz, prosseguindo na sua misso de esclarecer o mistrio,
da vida nas colnias - Nosso Lar e outras. Em cada viagem que empreendeu a uma
dessas colnias, quando retomava ao Nosso Lar, vinha imediatamente ao Planeta
Terra, e atravs da psicografia de Chico Xavier, psicografava um livro, hoje ns
temos 16 livros psicografados, que so: Nosso Lar, Os Mensageiros; Missionrios
da Luz; Obreiros de Vida Eterna; No Mundo Maior; Agenda Crist; Libertao;
Entre a Terra e o Cu; Nos Domnios da Mediunidade; Ao e Reao; Evoluo em
Dois Mundos; Mecanismo da Mediunidade; Conduta Esprita; Sexo e Destino;
Desobsessao e a Vida Continua.
Como Andr Luiz estava em um crculo de aprendizado, contou-nos atravs do
livro Ao e Reao, de que maneira se processa o nosso julgamento espiritual.
Quando o esprito levado do mundo de erraticidade, por um esprito chamado
Socorrista, para as sesses de desobsessao que se realizam, em determinado dia
da semana, em um dos nossos Centros Espritas, e aquele esprito ser doutrinado
e depois que ele se identifica, levado por um dos irmaos socorrista presente
reuniao, para uma das colnias existentes acima da crosta terrena, e de acordo
com o estudo e aprendizado que o esprito ser submetido, ele ser testado,
aqueles que ainda se recente um pouco, do seu estado doentio, em vez de ser
levado para uma colnia, ser levado para um hospital espiritual para ser curado
completamente.
Depois de passado pelas aulas de preparao ali existente; o irmao instrutor,
atesta o seu aproveitamento e declara que o mesmo est apto a receber o
veredicto do julgamento, entao ser transferido para a Manso, onde ser julgado
pelo Tribunal Espiritual. Andr Luiz, dando prosseguimento a sua narrativa que diz
"Quando adentramos quele sublime ambiente, a palavra do Administrador Druso,
se fez ouvida, concitando-nos necessria preparao.
Certamente ajuizado quanto faltas involuntrias em que poderamos incorrer,
pediu para ns outros os que partilhvamos prece ali, pela primeira vez,
guardssemos plena absteno de pensamentos menos dignos, abolindo quaisquer
recordaes desagradveis, para que no se verificasse interferncias na
Cerimonia Cristalina, nome pelo qual designou o grande espelho a nossa frente,
durante a manifestao do venervel mensageiro, cuja visita, era aguardada com
ansiedade.
Explicou que as foras associadas dos mdiuns presentes se caracterizariam
por estar em poder plstico e que uma simples ideia nossa, incompatvel com a
dignidade do recinto, poderia materializar-se, criando imagens imprprias, no
obstante temporrios, na face do aparelho sob nossas vidas.
. Convidados finalmente pelo generoso diretor a externar qualquer dvida ou
preocupao que nos assegurassem mente, perguntei se poderamos apresentar
uma ou outra indagao ao missionrio preste a chegar ao que ele assentiu
plenamente, recomendando-nos, porm, a conservar em qualquer assunto a
nobreza espiritual de quem se consagra ao bem de todos, sem se deter em
perquiries ociosas, alusivas s estreitas inquietaes, da esfera particular.
No crculo de oraes, na terceira noite permanecia na casa, o Instrutor Druso
convidou a todos para o crculo de oraes. Silas explicou generosamente, a que
eles teriam oportunidade para interessantes estudos.
Hilrio, algo preocupado, inquiriu se devamos obedecer a algum programa
especial, informando o assistente que nos cabia apenas manter o santurio
prximo o corao e a mente escoimadas de qualquer ideias ou sentimentos
indignos de referncia e da confiana que nos compete dedicar Providncia
Divina e incompatveis com a fraternidade que devemos sinceramente uns aos
outros.
Logo aps, seguindo o companheiro Hilrio e eu tivemos acesso a uma sala
simples, em que Druso nos recebeu, sorridente e bondoso; vasta mesa, ladeada de
poltronas modestas em que acomodavam dez (10) pessoas simpticas, sete
mulheres e trs homens, apresentava cabeceira ampla, pondo em destaque a
grande poltrona em que o diretor da casa se sentaria.
Do outro lado, nossa frente, surgia larga tela translcida, medindo
aproximadamente seis metros quadrados.
Fora dos crculos de pessoas que evidentemente emprestariam cooperao
mais ampla tarefa em perspectiva, achavam-se trs assistentes, cinco
enfermeiros, duas senhoras de aspecto humilde, Silas e ns.
Dispnhamos, ainda, de tempo para conversao edificante e
discreta.Aproveitei o ensejo para indagar do prestimoso amigo, quanto s funes
dos dez companheiros que se formalizavam em derredor do chefe da casa, como a
lhe robustecer o pensamento.
Silas no se fez de rogado e esclareceu de pronto. Sem se deter em
perquiries ociosas, alusivos s estreitas inquietaes de esfera particular.
Sao amigos nossos que aprimoraram condies medinicas favorveis
realizao dos servios a se desdobrarem aqui.
Colaboram com fludos e elementos radiantes sublimados, de que os nossos
instrutores se servem com eficincia para se manifestarem.
Admirado, meu colega considerou: Podemos interpret- lo como sendo santos
em atividade na Mansao? De modo algum - obtemperou Silas, bem-humorado, sao
trabalhadores prestimosos. Tanto quanto ns, padecem ainda a presso de
reminiscncias perturbadores do plano fsico, carregando consigo as razes dos
dbitos qu adquiriram no passado, para o justo resgate em porvir talvez prximo
na reencarnao.
Logo aps, avisam que, atravs de dispositivos especiais, todos os recursos dos
medianeiros presentes seriam concentrados na cmara que, daquele minuto em
diante, estaria sensibilizado para os misteres da hora em curso.
Brando silncio passou a reinar sobre ns. Em atitude e espectante, o diretor
d instituio erqueu-se e orou comovidamente.
Nas seguintes expresses:
Mestre Divino* digna-te abenoar-nos a reunio nesta casa de paz e servio.
Por tua bondade, em nome do infinito amor de nosso Pai Celestial, recebemos a
sublime ddiva do trabalho regenerador.
Somos, porm, nestas regies atormentadas, vastas falanges de espritos
extraviados no sofrimento expiatrio, depois os crimes impensados em qu
chafurdamos a nossa conscinc; apesar de prisioneiros, agrilhoados s penas que
geramos para no mesmos, saudamos-te a Glria Divina, tocados de reconfoitos.
:oncede-nos Senhor, a assistncia de teus abnegados e sublimes embaixadores, a
fim de que no" desfaleamos nos bons propsitos.
Sabemos que, sem o calor de tuas mos compassivas, nos fenece a esperana, a
maneira de planeta frgil sem a beno do sol.
Mestre, somos tambm tutelados teus, embora permaneamos no crcere de
clamorosas defeces, suportando as lamentveis consequncias de nossos crimes.
Destes lugares, tenebrosos partem angustiosos gemidos, em busca de tua
piedade incomensurvel ... Somos ns, os calcetas de penitncias que muitas vezes
soluamos desavorados, _uspirando pelo retomo paz ... Somos ns, os homicidas,
os ... aidores, os ingratos e perversos trnsfugos das Leis Divinas que corremos
tua intercesso, para que as nossas conscincias, em rgao dolorosa, se
depurem e reergam ao teu encontro ?
Compadece-te de ns, que merecemos as dores que os retalham os coraes.
Ajuda-nos para que a aflio nos sejr icmdio salutar e socorro aos nossos irmos
que, nas trevas destes stios, se entreguem irresponsabilidade e indisciplina,
dificultando sua prpria regenerao, por multiplicarem as lavras do desespero
que vertem, arredores, de suas almas ! ...
Neste ponto da rogativa, Druso fez longa pausa para ixugar as lgrimas que lhe
transbordavam dos olhos. A inflexo de suas palavras, repletas de dor, como se ele
prprio fosse ali um esprito recluso em padecimento amargos, impressionava-me .
a mente. No conseguia desviar dele a ateno. Incoercvel . notividade
constrangia-me o peito e o pranto jorrava-me, resistveis.
Confiaste-nos, Senhor prosseguiu ele, compungido, tarefa de examinar os
problemas dos irmos desventurados que nos batem porta ... Somos assim,
compelidos a somar-lhes o infortnio para, de algum modo, encaminha-los ao
reajuste. No permitas o Eterno Benfeitr, que nossas almas se enrijea, ainda
mesmo diante de suprema perversidade ! ... No- desconhecemos que as molstias
da alma so mais aflitivas e mais graves que as doenas da carne. Enche-nos desse
modo, de infatigvel compaixo para que sejamos fieis instrumentos de teu amor !
...
Permitas que teus prepostos nos amparem as decises nos compromissos por
assumir.
No nos relegues fraqueza que nos peculiar. D- nos, Cristo de Deus, a tua
inspirao de amor e Luz ! ... Neste instante, ainda mesmo de vez no anunciasse o
fim da orao, o generoso amigo no conseguiria continuar, porque a emoo lhe
estrangulava a prece na garganta.
Todos chorvamos, contagiados por suas lgrimas abundantes.
Quem era Durso, afinal, para entregar-se daquele modo orao. Como se ele
prprio fosse, entre ns o maior dos tortui idores; ? No tive tempo estender
qualquer considerao, porquanto, respondendo ao apelo ardente que ouvamos,
extensas massas de vaporosa neblina cobria a face do espelho prximo. Fixei-a
admirado, e pareceu-me identificar largo floco de nvoa primaveril a
destender-se, alva e mvel.
Extticos e felizes, vimos emergir da leitosa nuvem a figura respeitvel de um
homem aparentemente envelhecido na forma, revelando, porm, mais intensa
juvenilidade no olhar. Vasta aurola de safirino esplendor coroava-lhe os cabelos
que nos infundiam inexcedvel respeito, a derramar-se em sublime cintilaes na
tnica simples e acolhedora que lhes velava o corpo esguio. No semblante nobre
calmo, vagava um sorriso que no chegava a fixar-se.
Aps um minuto de silncio contemplao, levantou-se a destra, que despediu
grande jorro de luz sobre ns, e saudou :
A paz do Senhor seja convosco. Havia tanta doura e tanta energia, tanto
carinho e tanta autoridade naquela voz, que procurei manter o melhor governo das
emoes para no cair de joelhos.
Ministro Sanzio - exclamou Druso, reverente - e bendita seja a sua presena
entre ns.
A claridade a irradiar-se do Venervel visitante e a dignidade com que se nos
revelava impunham-nos fervorosos respeitos; entretanto, como querendo
desfazer a impresso de nossa inferioridade, o Ministro, surpreendentemente
materializado mantendo o campo vibratrio, em que nos encontrvamos, avanou
para ns. estendeu-nos as mos num gesto paternal e colocou-nos vontade.
No desejava cerimnias acrescentou, entre afetuoso e comovente. Em
seguida, demonstrando o valor das horas, recomendou ao Diretor apresentasse os
processos em estudo.
Com admirao, vi Druso exibir os documentos solicitados; vinte e duas fichas
de largo tamanho, cada qual condensados a sntese das informaes necessrias ao
socorro de vinte e duas entidades, recentemente internadas na instituio.
Naquele momento, no pude ensaiar qualquer pergunta direta; todavia mais
tarde, Silas me esclareceu que Snsio, investido nas elevadas funes de Ministro
da Regenerao, tinha grandes poderes, sobre aquela casa de reajuste, com o
direito de apoio ou determinar qualquer medida, referente obra assistencial, em
benefcio dos sofredores, podendo homologar e ordenar providncias de
segregao e justia, reencarnao ou banimento.
O emissrio, atento, examinou todos os autos ali expressos em rpidas smulas,
das quais transpareciam, no apenas informes escritos, mas tambm
microfotografias e recursos de identificao que lembram os elementos
dactiloscpicos da Terra, aceitando ou no as sugestes de Druso, depois de
ligeiras consideraes, em tomo de cada caso particular, apondo em cada ficha o
selo que lhes assinalava a responsabilidade das. decises, acrescentando - aqueles
informes escritos foram feitos pelos anjos guardies, de cada uma das entidades,
que foram julgados pelo Ministro Snsio ali presente, e de acordo com o resultado
os 21 internos na Manso foram todos absolvidos, e naturalmente escolheram as
funes de trabalhadores, com a misso de socorristas.
Adventcios no ambiente, sentimo-nos estranhos a todos os estudos e
deliberaes efetuadas, menos, porm, quanto ao derradeiro processo em lide, que
se reportava justamente a Antnio Olmpio, o internado de vspera e cujo
despertar assistiramos.
Estava entre os 22 internos na Manso, um interno de nome Antnio Olmpio,
ex-fazendeiro, que a sua ficha causou espanto.
(Dados pesquisados no Livro Ao e Reao de Andr
Luiz) .

CAPTULO VII Como se


verifica nosso Julgamento no
Plano Espiritual - continuao
-
O Ministro Snsio, convidou o instrutor Druso a compuls-los, porque percebia
ele a importncia de que o assunto se revestia para ns. Hilrio e eu conhecemo-lhe
o retrato e a legitimidade das declaraes que prestava sob influncia
magnetizada que fora submetido.
Interessando-nos vivamente pela soluo do problema, ouvimos a palavra do
Ministro, que concordava com o parecer da casa quanto convenincia de socorro
imediato ao irmo infeliz e breve reencarnao dele no crculo em que delinquires,
a fim de restituir aos irmos espoliados, os stios de que haviam sido expulsos.
Acentou, contudo, que o criminoso, conforme as alegaes dele mesmo, no
desfrutava qualquer atenuante das culpas que lhe eram imputadas.
Antnio Olmpio, concordou, o dirigente da casa - vivera para si entregar a
desvariada egolatria. No conhecera seno as suas convenincias.
Conservara no mundo o dinheiro e o tempo, sem benefcios para ningum que
no fosse ele prprio. Isolava-se em prazeres perniciosos e, por isso, no trouxera
ao campo espiritual a gratido alheia funcionando em seu favor, porquanto, em
matria de apoio afetivo, dispunha somente de simpatia a nascer no quadro
diminuto em que se lhes encerrava o estreito mundo familiar.
Era pois, um companheiro realmente complexo, com extremas dificuldades
para ser auxiliado no retomo a experincia fsica.
O magnnimo mensageiro, entretanto, recordou que a esposa e o filho lhe eram
devedores de insupervel carinho.
Esses dois coraes surgiam, ali, segundo a Lei, como valores benficos para o
delinquente, porque todo bem realizado, com quem foi e seja onde for, constitui
recurso vivo, atuando em favor de quem o pratica.
Resumindo as concluses suscitadas, notificou pequena assembleia que se
manifestasse com aluso s medidas em andamento, abstendo-se de qualquer apelo
imediato ao irmo Luiz, o filho favorecido pela fortuna indbita, por encontrar-se
mtemado no corpo fsico, apelo esse que somente se justificaria em condies
excepcionais.
Confiou-se o Ministro prece silenciosa, respondendo- lhe petio, notamos
que tenuse matria justaposta ao espelho se movimentou, de leve, dando
passagem agora a uma figura suave de linda mulher.
A irm Alzira revelava-se-nos ao olhar; parecia integrada na experincia da
hora em curso, porquanto no demonstrava qualquer surpresa.
Saudou-nos com graciosa gentileza e s primeiras interpelaes o Ministro
Zanzio, respondeu com humildade, Venervel Benfeitor, compreendo a difcil
posio de meu amigo companheiro nos compromissos assumidos e ofereo-me de
boa vontade para coadjuvar-lhe o servio restaurador.
Alis, venho suspirando essa possibilidade que significa para mim valiosa
bno. Antnio Olmpio ter sido um carrasco dos prprios irmos,
aniquilando-lhe o corpo para usurpar-lhe, os haveres, contudo, para meu filho e
para mim foi sempre um amigo e um protetor, abnegado e queridssimo.
Ajud-lo a reerguer-se, para a minha alma no apenas dever, mas tambm
inexprimvel felicidade.
O ministro fitou-os satisfeito, como se no lhe esperasse outra resposta, e
ponderou: Sabes, no entanto, que os irmos assassinados perseveram no dio e
perseguiram-no, at, agora, sem trguas.
Sim sei tudo isso - declarou a simptica senhora, conheo-lhe o poder
vingador... Arrebataram meu esposo da quietao do tmulo para se saciarem na
desfora terrvel e nunca me permitiram qualquer aproximao com ele no Vale das
Trevas em que se demoram por muitos anos. Alm disso, ressarcindo meus dbitos
do passado, sucumbi por minha vez s mos deles dois, em tremenda obsesso, no
mesmo lago em que perderam o corpo fsico.
Isso porm, no motivo para recuar. Estou pronto para o servio em que posso
ser til.
Meditou Snzio alguns instantes rpidos e aduziu: A recuperao de Olmpio,
para a reencarnao, exigir tempo. Contudo, podes, com o auxlio deste pouso,
iniciar obras socorristas...
E, a frente de atitude expectante da esposa abnegada,
continuou:
As vtimas de ontem, hoje transformadas em verdugos enrijecidos, moram na
herdade que lhe foram arrebatadas pelo irmo fratricida, alimentando o dio
contra os seus descendentes e conturbando-lhe a vida.
necessrio que vs em pessoas suplicas-lhe melhore disposies mentais para
que se habilitem ao amparo de nossa organizao preparando-se para o
renascimento fsico em poca oportuna.
Conseguida essa fase inicial de assistncia, colaborars na volta de Olmpio ao
lar do prprio filho, e, por tua vez, tomars a carne, logo aps, a fim de que de novo
te consorcias com ele, em abenoado futuro, para que recebas nos braos Clarindo
e Leonel, por filhos do corao, aos quais Olmpio restituir a assistncia
terrestre e os haveres...
Um sorriso de ventura brilhou no semblante de sublime mulher e talvez porque
anunciasse pensamentos de temor, Snzio acudiu, esclarecendo e exclamando,
No desfaleas. Sers sustentada por esta Manso, em todos os seus contatos
com os nossos amigos fixados na vingana e atenderemos pessoalmente a todos os
assuntos que se refiram transferncia de tuas atividades para este stio,
perante as autoridades a que te subordines. Nossos irmos infortunados no
estaro insensveis nos teus rogos... Sofreste-lhe impiedosos golpes nos
derradeiros dias de tua permanncia no mundo e a humildade dos que sofrem e
fator essencial na renovao dos que fazem sofrer.
A digna criatura, em lgrimas de jubiloso reconhecimento, osculou-lhe a destra
e afastou-se. A cena tocante e simples emocionara-nos fundamente.
Senti o incomensurvel amor de Deus, alicerando os fundamentos de sua
justia indefectveis, no imo dalma, bradei para que os meus prprios ouvidos: -
Louvado sejas tu, Pai de Infinita Bondade, que semeias a esperana e a alegria nos
enfermos do crime, como desabotas rosas de beleza e perfumes no seio das
Sarais.
Autorizadas por Durso, Madalena e Silvia esposas dos irmos que foram
assassinados por Antnio Olmpio, que estavam desencarnados por sofrimento
daquela tragdia j mencionada; aproximaram-se do Ministro, implorando-lhe a
intercesso para que as esposas atendidas naquele estabelecimento de paz e
fraternidades, para reconstruo do destino frente do porvir. Snzio acolhe-lhe
as splicas com benevolncia e carinho, determinando o recolhimento de ambas as
infelizes no clima do Instituto e prometendo facilitar-lhe a reencarnao para
breve.
Ligeiro sinal do diretor fez-nos sentir que o instante era agora livre para os
entendimentos educativos; assim impressionados com o que vira-mos e
observara-mos. Hilrio e eu acercamo-nos do venervel mensageiro, com o
propsito de ouvi- lo, a fim de aproveitar-mos aquela hora de conversao
preciosa, rara e bela. Facilitando-nos a tarefa, Durso aproveitou-nos, mais
intimamente, no Ministro Snzio, informando que estudvamos, em alguns
problemas da Manso, as leis de causalidade, anelando penetrar mais amplas
esferas de conhecimento, acerca do destino, indagvamos sobre a dor.
O grande mensageiro como que abdicou por momento a elevada posio
hierrquica que lhe guardava personalidade distinta e, tanto pelo olhar quanto
pela inflexo da voz, parecia agora mais particularmente associado a ns,
mostrando-se mais a vontade.
A dor, sim a dor... murmurou, compadecido, como se perscrutasse
transcendente questo nos escarninho da prpria alma.
E fitando-nos, o Hilrio e a mim, com inesperada ternura acentuou, quase doce.
Estudo-a, igualmente, filhos meus. Sou funcionrio humilde dos abismos. Trago
comigo a penria e a desolao de muitos. Conheo irmos nossos portadores do
estigma de padecimento atrozes, que se encontram animalizados, h sculos, nos
despenhadeiros infernais; entretanto, cruzando as trevas densas, embora o
enigma da dor me dilacera o corao, nunca surpreendi criatura alguma esquecida
pela Divina Bondade.
Enquanto Snzio falava, generosas cintilaes roxa- prateadas. nimbavam-lhe a
cabea, mas no a sua dignidade exterior que me fascinava. Era o curioso
magnetismo que ele sabia exteriorizar.
Sem que me fosse possvel governar o corao, lgrimas ardentes rolavam-me
pela face.
No pude saber se Hilrio estava preso no mesmo estado dalm, porque diante
de mim, passei a ver Snzio somente, dominado por sua grandeza e humildade.
De onde vinha senhor - perguntava sem palavras, nos refolhos do corao
aquele vultQ to ilustre, mas, apesar disso, to simples d*alma? Onde conhecera
eu aqueles olhos belos e lmpidos? Em que ligar lhe recebera, em dias ordo de amor
divino, assim como verme na caverna sente a bno do calor do Sol?
O Ministro percebeu-me a emotividade, como o professor assimila a
perturbao do aprendiz, e, qual quisesse advertir-me sobre o aproveitamento das
horas, avanou para mim e observou carinhosamente!
Pergunte, meu filho, sobre questes no pessoais e responderei quanto puder.
Percebi-lhe a nobre inteno e busquei dominar-me.
Grande Benfeitor - exclamei, comovido, buscando aliviar os meus prprios
sentimentos - poderemos ouvi-lo, de algum modo acerca do CARMA.
Luiz)
(dados pesquisados no livro Ao e Reao de Andr)
CAPTULO VIII Como se
verifica nosso Julgamento no
Plano Espiritual - continuao
-
Snsio retomou a posio que lhe era habitual, junto ao espelho cristalino e
obtemperou.
Sim, o Carma; expresso vulgarizada entre os Hindus, que em sancrito quer
dizer (ao), a rigor, designa (causa e efeito), de vez que toda ao ou movimento
deriva de causa ou impulsos anteriores. Para ns expressar a conta de cada um,
englobando os crditos e os dbitos que, em particular, nos ditam respeito. Por
isso mesmo, h conta dessa natureza, no apenas catalogando e defirindo
individualidades, mas tambm povos e raas, estado e instituies.
O Ministro fez uma pausa, como quem dava a perceber que o assunto era
complexo, e continuou.
Para melhor entender o (Carma) ou (conta do destino criado por ns mesmos),
convm lembrar que o governo da vida possui igualmente o seu sistema de
contabilidade, a se lhe expressar no mecanismo de justia inalienvel.
Se no currculo das atividades terrenas qualquer organizao precisa
estabelecer um regime de contas para basear as tarefas que lhe falem, a
responsabilidade, a cas de Deus, que todo o universo, no viveria igualmente sem
ordem. A administrao Divina, por isso mesmo,dispe de sbios
departamentos para. relacionar, conversar, comandar e
engrandecer, a Vida Csmica, tudo pautando sob a magnanimidade do meio amplo
amor da mais criteriosa justia. Nas sublimadas regies celeste de cada Orbe
entregue inteligncia e a razo, ao trabalho e ao progresso dos filhos d Deus,
fulguram os gnio. anglicos, encarregados do rendimento e da beleza, do
aprimoramento e da ascenso de Obra Excelsa, com o ministrio apropriado
concesso deemprstimo e moratrias,crditos
especiais e recursos extraordinrios a todos os espritos encarnados ou
desencarnados, que os meream, em funo dos servios referentes ao Bem
Eterno; e, nas regies atormentadas com esta varrida por ciclones de dor
negativas, temos ospodere
competentes para promover a cobrana e a fiscalizao, o -eajustamento e a
recuperao de quantos se fazem devedores complicados ante a Divina Justia,
poderes que tem a funo de purificar os caminhos evolutivos e circunscrever as
manifestaes do mal.
As religies da Terra, por esse motivo, procederam acertadamente,
localizando o Cu nas esferas superiores e situando o inferno nas zonas inferiores,
porquanto nas primeiras encontramos a crescente glorificao do Universo e, na
segunda aporgao a regenerao indispensveis vida, para que a vida se acrisole
e se eleve ao fulgor dos crimes.
E o Ministro continua explicando as indagaes feitas por ns e concluindo este
relato, relatou o Ministro, a maioria das presses encarnadas no mundo, ao
atingirem a idade provecta. habitualmente se confiam, nas ltimas da existncia,
ponderao e a meditao, serenidade e doura. As mentes infantis, ainda na
mesma na senectude das foras genuinamente materiais, continuam levianas e
irresponsveis, mas os coraes endurecidos no conhecimento se valem, por
intuio natural, da velhice ou da dor para raciocinar com maus segurana, seja
consagrando-se a f nos templos religiosos, como asseguram a si prprios mais
ampl. equilbrio ntimo, seja devotando-se caridade, com o que esbatei na
memria as recomendaes menos desejveis, preparando, assim, com. louvvel
acerto e admirvel sabedoria, a irrevogvel passagem para a Vida Maior.
Conclu, pelo olhar de Druso, que a nossa entrevista estava prestes a
encerrar-se. E por isso, aventurei ainda indagao.
Ministro amigo, compreendendo que h dvidas que, por sua natureza e
extenso, origem de ns vrias existncias ou romagem na carne terrestre para
respectivo resgate, como aprecia- lo do ponto de vista da memria? Sinto, por
exemplo, que tenho na retaguarda imensos dbitos para ressarcir, dos quais no
me lembro agora...
Sim, Sim... explicou ele a questo de tempo. A medida que ns demoramos aqui
na organizao perispritica, no fiel cumprimento de nossas obrigaes para com a
Lei, mais se nos dilata o poder mnemnes. Avanando em lucidez, abriremos mais
amplos domnios da memria. Assim que depois de longos anos em servio nas
zonas espirituais da terra, entremos espontaneamente na faixa de recordaes
menos felizes, identificando novas extenses de nosso (Carma) ou de nossa (conta)
e, embora sejamos reconhecidos as benevolncias dos instrutores e amigos que
nos perdoam o passado menos digno, jamais condescendemos com as nossas
prprias fraquezas e, por isso, vemo-nos impelidos das autoridades superiores
novas reencarnaes difceis e proveitosas, que nos reeduquem ou nos aproximem
da reduo necessria, compreenderam? Sim, havamos entendidos.
Snsio fitou o diretor da casa, como a dizer-lhe que o horrio se esgotara, e
Druso lembrou, com gentileza, que no devamos reter o instrutor atencioso e
complacente.
Agradecemos com humildade as lies recebidas, enquanto o Ministro voltava
cmara brilhante, onde a neblina mvel passou de novo a adensar-se, apagando-lhe
a figura venervel aos nossos olhos.
Em breve minutos, o ambiente retomou as caractersticas que lhe eram
habituais e a palavra comovedora de Druso, em prece, encerrou a inolvidvel
reunio.
(Dados pesquisados no livro Ao e Reao do irmo Andr Luiz).

CAPTULO IX Jesus conforta


seus discpulos
Quando Jesus desencarnou, seus discpulos ficaram desolados, muitos
chorosos e tristes, com o seu desaparecimento. Pois a convivncia com eles os
apstolos, foi de apenas (trs anos e trs meses) foi esta a durao do ministrio
de Jesus, que desencarnou com apenas 33 anos de idade, neste pequeno espao de
tempo, eles assistiam todos os dias, as curas, e as bnos que Jesus derramava,
sobre as pessoas que lhe procuravam, ele atendia, com a maior satisfao e com
uma palavra amiga; com este procedimento, criou um vnculo de grande amizade,
entre os apstolos e a grande multido que o seguia.
Com o seu desencarne, os discpulos resolveram se reunir todos os dias na Casa
do Caminho, lugar reservado para suas reunies dirias, era ali, que eles
planejavam suas excurses evanglicas, e tambm para relembrar os grandes
feitos do mestre Jesus.
Um certo dia, depois do desencarne, quando menos esperavam, eis que surgiu
Jesus, saudando a todos com aquela sua frase costumeira: A paz seja convosco,
depois da saudao, ele disse no me toquem, pois ainda no subi para meu pai. E
procurou consol-los com a seguinte mensagem!...
Que nossos coraes no se turbe. Crede em Deus, crede tambm em mim. H
muitas moradas na casa de meu Pai; se assim no fosse, eu j vos teria dito, porque
eu me vou para vos preparar o lugar e depois que eu tenha ido e que vos tenha
preparado o lugar, eu voltarei e vos tomarei para mim, a fim de que l onde eu
estiver a estejas tambm, (So Joo cap. XIV, vesc. 2 e 3).
A humanidade de hoje, difere muito da humanidade de ontem. Os raciocnios
passados no mais se ajustam, as nossas necessidades presentes.
E para uma demonstrao decisiva de que os conhecimentos antigos, no nos
podem mais servir. Passemos a palavra a alguns homens eminentes de um passado
longnquo, e que hoje contemplam do alto, estarrecidos, com suas velhas
concepes. Como por exemplo:
A mitologia Hindu ensinava que o Astro rei do dia, despejava a tarde a luz e
atravessava o Cu, durante a noite, com uma face escura.
Anaximando de Mileto sustentava segundo Pultarco, que o sol, era carro cheio
de fogo vivssimo, que se escapava por uma abertura circular.
Espicoro, segundo uns, sustentava a opinio de que o sol se escondia pela
tarde e se apagava, e na manh seguinte ressurgia das guas do oceano. Poderia
continuar em dezenas de opinies, de grandes sbios da poca, em todos eles, sem
nenhuma base fundamental de consistncia e de afirmao, o que o tomaria muito
enfadonho.
No 5a sculo, antes da era crist, a Grcia era bastante florescente, e as
primeiras ideias que os homens fizeram da Terr:-. dos movimentos dos astros e da
constituio do Universo; er muito restrita, e no nos podem mais servir;
motivado pcj ignorncia, das leis mais' elementares da fsica e da fora c.a
natureza, e s dispondo de vistas limitadas, como meio de observao, eles no
podiam julgar, se no pela aparncia.
Vendo o sol nascer pela manh, de um lado do horizonte e desaparecer a tarde
do lado oposto, calcularam, que ele girava ao redor da Terra, enquanto essa ficava
imvel.
Naquele tempo, se dissesse aos homens ao contrrio, que a Terra era quem
girava, eles responderiam que tal no poderia ser, porque vemos o sol mudar de
lugar, e no percebemos a Terra movimentar-se.
Somente em l6l0, da nossa era crist; quando pela primeira vez, o telescpio foi
dirigido para a lua, por Galileu; e da para c, if impossvel perante a cincia, nada
mais significava.
Ns sabemos que quando Jesus, esteve em misso aqui na Terra, ele declarou
que, na casa de seu Pai havia muitas moradas, como j explicamos acima.
Sabemos hoje, que Jesus se referia, que a casa de seu Pai, o Universo, e as
diferentes moradas* so os mundos que gravitam no espao infinito e oferece aos
seres encarnados, habitao adequada ao seu avano, independentemente da
diversidade de mundos.
No ensino da Doutrina Esprita, ela nos esclarece que os diversos mundos a que
se referiu Jesus, so bem diferentes uns dos outros, quanto as condies e o grau
de adiantamento, ou de inferioridade dos seus habitantes.
Embora no se possa fazer uma classificao absoluta- dos diversos planetas,
podemos todavia, em face dos estados e destinos, dividi-los de modo geral em
mundo primitivos, apropriados as primeiras encarnaes da alma humana. Como
classifica o Evangelho Segundo o Espiritismo, em mundo de expiao e provas onde
o mal predomina; ainda que tenham que encarnar, para expiar adquirem novas
foras, repousando das fadigas, das lutas. Mundo felizes, onde o bem supera o mal.
Mundos celeste ou Divino, moradas de Esprito Depurados, onde o bem impera
exclusivamente.
Os espritos encarnados num certo mundo, ou mesmo morada do Pai como
chamou Jesus, ou como queramos cham-lo, no esto a ligados definitivamente e
nem realizam neles todas as fases progressivas que devem percorrer para
alcanar a perfeio. Quando atingem num planeta, o grau de adiantamento por ele
comportado, passam para outro mais elevado, e assim por diante at chegarem ou
alcanarem ao Estado de Esprito Puro.
Sao estas portanto as variadas estaes, em cada uma das quais, eles acham
elementos de progresso compatvel com o seu adiantamento.
para eles uma recompensa, o passarem de um mundo de ordem mais elevada;
como castigo a estada num planeta, ou em mundo inferior, queles a que so
forados a deixar em virtude de sua obstinao no mal.
H quem se admire, de ver na Terra tantas perversidades, e infere da que bem
triste coisas a espcie humana.
Continua explicando o Evangelho - de fato, a espcie humana compreende de
todos os seres dotados de raciocnio, que povoam os numerveis planetas do
Universo.
Ora o que a populao da Terra, ao lado da populao dos mundos? E menos
que uma aldeia, em relao a de um grande pas.
Assim como, em uma cidade, nem toda a populao est nos hospitais, nem na
cadeia, tambm a humanidade se acha toda na Terra, e assim como se sa do
hospital quando curado, e da priso quando vencido o tempo de sentena, o homem
deixa a Terra por um mundo mais ditoso logo que curado das suas enfermidades
morais.
O esprito de Santo Agostinho, nas suas ltimas mensagens medinicas em
Paris, no ano de 1860, publicada no Evangelho Segundo o Espiritismo; nos d uma
ideia perfeita da vida dos habitantes dos mundos de Regenerao e mundo Felizes.
Comea ele dizendo em sua mensagem o seguinte:
Entre as estrelas que cintilam na abbada azulada, quantos mundos existem
como o vosso, designado pelo senhor para expiao e provas! Mas, h outros
tambm mais miserandos, ou melhores, como os h transitrios, chamados
regeneradores.
Cada turbilho planetrio, gravitando no espao, em tomo de um foco comum,
arrasta consigo mundos primitivos, de exlio, de provas, e regenerao e de
felicidade.
J vos falaram desses mundos, onde a alma nascente colocada ento
ignorante, ainda do bem e do mal; assim podemos caminhar para Deus; senhora de
si mesma, na posse do livre arbtrio.
J vos disseram de quantas faculdades de alma foi dotada para fazer bem;
entretanto, muitas so as que soeu bem. Deus porm, no os querendo destruir,
permite-lhes emigrarem nesses mundos, onde de encarnao em encarnao, se
depuram; se regeneraro e volvero a se tomarem digna da glria que lhes est
assinalada.
Os mundos Regeneradores, servem de transio entre os de expiao e os de
felicidades; a alma que l se arrepende, senta a calma e a tranquilidade, acabando
de se depurar.
Sem dvida alguma, nesses planetas, os seus habitantes, esto sujeitos ainda
as leis que regem a matria. A humanidade ali experimentam as sensaes e
desejos, mas vivem libertas das paixes desordenadas, que so ainda cativas.
L o orgulho no emudecem o corao, a inveja no o tortura, nem o dio o
atrofia, a palavra Amor - est insculpida em todas as frontes, as relaes sociais
so reguladas por uma perfeita equidade.
Todas conhecem Deus, e buscam dele aproximar-se, segundo as suas leis. No
entretanto, no existe l a felicidade perfeita, mas irradia a sua aurora. O homem
ainda de carne, e por isso mesmo sujeito s vicissitudes, das quais so isentas
apenas os seres desmaterializados.
A criatura ali encarnada, tem ainda provas a sofrer conquanto menos speras,
do que as angustias da expiao.
Comparada a Terra, tais mundo so muito felizes, e quanto de vs ficareis
satisfeitos por ali descansar, pr isso servo-ia a calmaria aps a borrasca; a
convalescena depois de cruel enfermidade.
Mas o homem, quando menos absorvido est pelas coisas materiais. Entrev o
seu futuro, como no fazeis o compreender que existem outras alegrias, que o
Senhor Deus promete aqueles que disso se tomarem dignos, quando a morte lhes
houver de novo destrudo o corpo para entrarem na vida verdadeira.
ento, que a alma libertada h de esvoaar por todos os horizontes,
emancipada dos sentidos materiais e grosseiros e levando um perisprito puro e
celeste, aspirando os eflvios de Deus, atravs do perfume de amor e caridade,
que lhes ressumbra do seio.
Santo Agostinho descreve com toda convico, como so os mundos Felizes, e
como se portam os seus habitantes; e tambm nos mundos chegados a um grau
superior, l as comunicaes de vida material e moral so muito outra-tal como na
Terra a forma do corpo sempre como em toda parte humana, mais embelezada,
aperfeioada e sobre tudo purificada. O corpo nada tem de materialidade
terrestre, e . no est, por conseguinte, sujeito nem as necessidades, nem as
molstias ou estragos gerados-pelo predomnio da matria. A leveza especfica
dos corpos toma a locomoo rpida, feliz e fcil. Em vez de se arrastar
penosamente sobre o solo, o homem desliza por assim dizer superfcie ou paira na
atmosfera, sem outro esforo alm de sua vontade, maneira como se
representam os anjos, ou como os antepassados figuravam os Manes nos Campos
Elsios. Os homens conservam sua vontade os traos das migraes passadas e
aparecem aos seus amigos tais como eram conhecidos, mas iluminados por uma luz
divina, transplidos semblantes, devastados pelos sofrimentos e paixes, a
inteligncia e a vida irradiam com esse fulgor que os pintores traduzem pelo
nimbo, ou aurola dos santos.
A vida, isenta de cuidados e angstias, relativamente mais longa que na Terra.
Como regra, a longevidade proporcional ao grau de adiantamento dos mundos. A
morte l no tem horrores da decomposio e, longe de ser motivo de temor,
considerada uma feliz transformao, porque l no existe dvidas sobre o futuro.
Durante a vida, a alma, no mais estando encarcerada na matria compacta, irradia
e goza de uma lucidez que deixa em um estado quase permanente de emancipao e
lhes permite a livre transmisso de pensamentos.
Nos mundos felizes, as relaes entre povos, sempre amistosas, nunca so
toldadas pela ambio de subjugar o vizinho, nem pela guerra, que lhe
consequente. A no h senhores nem escravos, nem privilegiados de nascimento.
S a superioridade moral e intelectiva estabelece as condies e confere a
supremacia. A autoridade sempre respeitada, porque s obtida pelo mrito, e
quem a exerce, usa sempre a justia. O homem nunca procura elevar-se acima dos
outros, mas acima de si mesmo, aperfeioando- se, seu anelo alcanar a
graduao dos puros espritos, e esse desejo no tormento, mas nobre ambio,
que faz estudar com ardor o modo de chegar a igual-los. Todos os sentimentos
afetivos e elevados da natureza humana a se acham engrandecidos e purificados.
Os dios, os cimes mesquinhos, as baixas cobias da inveja, so a desconhecidos.
Um forte lao de amor e fraternidade une todos os homens. Os mais fortes
ajudam os mais fracos. Possuem mais ou menos, consoante que adquiriram com
inteligncia, mas ningum padece a falta do necessrio, porque o ser ali no est
em expiao, em suma, o mal no existe, finalmente diz mais Santo Agostinho.
Na Terra temos necessidade do mal, para sentir o bem, da noite para admirar a
luz, da enfermidade para apreciar a sade. L nos mundos elevados e felizes esses
contrastes so desnecessrios.
(Dados colhidos no Evangelho segundo o Espiritismo pag. 48, 49 e 55).

CAPTULO X O que Religio


Religio um caminho espiritual, que serve para renovao da prpria criatura,
do prprio crente, que segue aquele caminho de retificao do prprio Ego, da
evoluo do esprito, para os altiplanos superiores.
Ns no temos atualmente um corpo Uno, perfeito, definido, circunscrito de
religio. Temos sim, um emaranhado de religies. Verificamos por exemplo; a
existncia de inmeros caminhos religiosos, de inmeros programas de vida, de
elevao do nosso esprito. Pois ns nos entusiasmamos muitas vezes com a
intrepidez de um profeta Daniel, com a pacincia de J, com a sabedoria de um
Buda, com a perseverana de um Jeremias ou com perspiccia de um Maom, enfim
teramos essa Gama de sbios e profetas, que poderamos atravs dessas
diversidades tocar as fmbrias de nossos coraes.
As facetas e variantes so inmeras, todas as religies desguam no mesmo
oceano comum do infinito Bem, pois todas elas convergem, para o nico pai
criador, para o mesmo Deus, embora os nomes, se diversifiquem, os ttulos sejam
diversos, mas a finalidade uma s Deus todo Poderoso.
Podemos verificar no Hindusmo, aqueles que seguem os "upanishade que
totaliza 108 escrituras sagradas, constituindo a parte filosfica das vidas, que a
origem das religies HINDUS" ou cultuando os 18 captulos do BRAGA VAD -
Gita de uma das grandes escrituras da ndia, rezando os gravatris" oraes ou
mantra dos Hindus. *
Encontramos os Bramanes, entusiasmados com as lies de seus instrutores
espirituais, procurando a integrao com IshWara; o Budismo, diversifica-se em
vrias correntes; ncleo da mais alta espiritualidade dos budistas e dos Lamas do
Tibre", naturalmente, temos o budismo que se modificou, do sascrito para a ndia,
para o Japo e para a China, em adaptaes locais, de acordo com os povos e
costumes auctctons.
Temos o Zorostrismo, temos o* Cristianismo, que ramificou-se entre; o
catolicismo Apostlico Romano e os Catolicismo Grego Ortodoxo; o
protestantismo, com suas dezenas de seitas e o Espiritismo codificado por "Allan
Kardec, considerado a terceira revelao; temos o "Judasmo", com o Islamismo e
ainda o Confucionismo, para os que servem os quatro livros, do filsofo chins,
encontramos ainda Umbanda, o Tavismo e a Teosofia, que atravs de Helena
Blavatshy, de Anie Besant e de outros, procura verificar os pontos de contato as
semelhanas, as coincidncias, as identidades que une todas as religies.
A maioria dos crentes atuais, limitam-se a cumprir apenas, aqueles ritos
exteriores; assistindo as missas aos domingos, com suas presenas, nos cultos
evanglicos, para ouvir a pregao, ou comparecer as reunies espritas
simplesmente, ou as presenas nos templos budistas, nas sinagogas israelitas, ou
nas mesquitas do Islamismo? Mas essas religies todas, com algumas excees de
seus membros, no conseguiram ainda fazer, com essas criaturas o interesse
exato pelo estudo profundo das religies. Se perguntamos o budista, o que
significa o catolicismo, o que a doutrina ensina, ele dificilmente nos pode explicar o
que consiste. Se perguntarmos a um protestante, o que nos conta o Tavismo, por
certo no saber responder; se perguntarmos tambm a um judeu, o que ele acha
do Espiritismo Cardecista, no saber responder. Mas todos eles, estaro prontos
para acusar, diminuir, para depreciar e denegrir; e se tratar de espiritismo,
respondero que uma religio que conversa com os espritos do mal. As acusaes
so fartas, inmeras , mas nenhum deles ou desta religio, se aprofundaram para
saber se realmente o que dizem est certo, so acusaes gratuitas porque cada
um ou melhor cada cente, na sua concepo, acha que fora daquela religio que ele
segue, onde se situa e se acomoda, todas as demais esto perdidas, esto erradas.
Mas graas a Deus, no bem assim, como as criaturas pensam; porque no
religio que nos salva. So os nossos prprios e bons atos. Porque Jesus no disse e
nem aconselhou, que era esta ou aquela religio quem salva.
Mas So Paulo, afirma na sua 1* Epstola aos Corntios, no Cap. 13 Vesc. 1 a 7 e
13, que fora da caridade no h salvao. Apesar da traduo bblica do ano de
1969, por Joo Ferreira de Almeida, haver modificado a palavra Caridade, pela
palavra Amor, mas ns encontramos na traduo do mesmo autor, Joo Ferreira
de Almeida, no Evangelho - Novo testamento; Portugus e Ingls, do ano de 1967,
vamos encontrar a palavra certa Caridade e no Amor, que analisando o
significado, conclumos que a caridade sem amor nada representa. Pois muitas
pessoas confundem caridade, como uma pequena ajuda material, como seja uma
modinha, um peda de po; e muitas vezes a pessoa atende o pedinte, para se ver
livre do mesmo; portanto ajuda que as menos esclarecidas consideram caridade,
deve ser prestada com amor e no com rancor nos sentimentos. A Doutrina
Esprita Kardecista, esclarece com detalhe o que realmente a caridade. Portanto
caros leitores a Doutrina bsica do Espiritismo, a caridade, explicada por So
Paulo, na sua primeira Epstola aos Corntios (cap. 13 v. 1 a 7 e 13), como j citamos
acima, pois So Paulo comea explicando, o que realmente vem a ser a Caridade.
Ouamos agora o que diz So Paulo: A caridade paciente; branda, bem
faseja; a caridade no invejosa, no temerria, nem precipitada. No-se enche
de orgulho, e nem de egosmo; no desdenhosa; no cuida dos seus interesses;
no se agasta, nem se irrita com cousa alguma; no suspeita mal; no folga com a
injustia, mas folga com a verdade, tudo cr, tudo espera, tudo sofre. So Paulo
compreendeu to lucidamente essa grande verdade, e acrescentou se eu falasse a
lngua dos anjos, tivesse o dom de profecia, se penetrasse todos os mistrios, se
tivesse a f, a ponto de transportar as montanhas, se distribusse todos os meus
bens com os pobres e desse meu corpo pra ser queimado e se no tivesse caridade
nada seria e de nada valeria.
So Francisco de Assis, nos ensinou que devemos caminhar na religio, com
alegria ntima e paz no corao, que naturalmente essa alegria se exteriorize nos
contatos pessoais, com aqueles que nos cercam. Porque uma religio, que na sua
aparncia vive exuberante, mas morte interiormehte, uma religio apenas de
convenes, de fachada, de protocolo para uso social, para etiqueta mundana; e
que a maioria de seus crentes no tem mais entusiasmo, no tem mais nimo, no
tem vida espiritual, no tem mais amor espiritual, no tem mais amor para com os
outros e, finalmente uma religio falida espiritualmente.
Realmente o plano espiritual, sabe tudo a nosso respeito; como disse Jesus,
conheo os teus menores pensamentos. Portanto no podemos ocultar nada do alto,
porque foi Jesus quem disse; nada h oculto, que no seja descoberto. Eu sei as
tuas obras, conheo as tuas aes, que tens um nome e de que vives.
Portanto caros leitores, Jesus recomenda que devemos vigiar e orar para que
atravs da orao, recebamos novas energias, para suportar as provas do caminho;
apesar de sermos peritos em vigiar o nosso prximo, aos nossos semelhantes;
exercemos uma vigilncia constante sobre tudo e sobre todos; mas, Jesus deseja
essa vigilncia, sobre ns mesmos; vigiar os nossos prximos pensamentos, policiar
nossas aes, fiscalizar as nossas tendncias inferiores, para que elas se
modifiquem, se renovem e evolucionem. Todos ns temos por obrigao de cultivar
a perseverana, e no podemos desanimar, devemos ser fiel e suportar por mais
dura que seja as provas; pois a prece um alimento para o esprito, assim como o
corpo necessita do alimento, o esprito necessita da prece para se alimentar e
adquirir vigor e novas foras.
Vejamos caros leitores, alguns exemplos de fidelidade, abnegao e amor para
com Deus: Galileu foi preso e humilhado, por desvendar aos homens, nova
contemplao do Universo.
Estevam: Morreu sobre pedrada, contudo fez-se o padro de herosmo e de
resistncia dos mrtires, que transformaram o mundo.
Joo Huss: queimado, vivo, mas imprimiu novos rumos a f. E para no tomar
muito espao, deixamos de citar dezenas de verdadeiros mrtires que foram fieis
at o fim.
Como disse Jesus, eis que venho sem demora, portanto j est muito prximo o
advento espiritual, Guarda o que tens, isto conserva a tua riqueza espiritual,
para que ningum roube o teu prmio, e ningum tome a tua coroa o teu esforo, o
teu trabalho, a tua dedicao e a tua abnegao.
E quem vencer; no uma religio que vence, no esta ou aquela etiqueta
religiosa, que nos confere salvo conduta, uma cadeira cativa no Cu.
E vencedor individual... , e quem vencer diz o senhor Jesus Cristo. Farei coluna
no templo do meu Deus, e dele nunca sair, escreverei sobre ele o nome do meu
Deus, o nosso Pai, e o nome da cidade do meu Deus, que a nova Jerusalm, que vem
da espiritualidade, atravs das reencarnaes j programadas, e muitos desses
espritos, j esto reencarnando-se para se desincumbir das tarefas que lhes
pesam sobre os ombros, no preparo da nova civilizao do terceiro milnio.
(Dados pesquisados no Evangelho Segundo o Espiritismo, e nos compndios
budistas chineses).

CAPTULO XI Reforma
ntima para vida ftitura
Jesus, entretanto, conformando o seu ensino ao estado dos homens da poca
evitar de lhes dar esclarecimento, que o deslumbraria em vez de iluminar. Ele se
limitou a colocar de certo modo, a vida futura como um princpio, uma lei da
natureza, a qual ningum pode escapar. Todo cristao portanto, cr forosamnte
na vida futura, mas a ideia que muitos fazem dela vaga, incompleta, e portanto
mesmo falsa em muitos pontos.
Para um grande nmero, apenas uma crena, sem nenhuma certeza decisiva, e
da as dvidas, at mesmo a incredulidade.
Foi a que o Espiritismo veio completar esse ponto, como em muitos outros, o
ensinamento do Cristo, quando os homens se mostrarem maduros para
compreender a verdade. Pois o Espiritismo veio dar a certeza aos homens que
realmente aceitaram essa verdade, esclarecendo de onde vieram, porque estao
aqui na Terra e para onde irao quando deixar a vida material.
Mas, adiante do exposto de onde veio- porque est aqui e para onde ir.
Para se cumprir este esclarecimento; temos forosamente, que fazer uma
mudana ntima e radical; pois um meio para que todos possam melhorar, corrigir
suas falhas e defeitos, resolver seus problemas emocionais e, gradativamente
desenvolverem-se no sentido do bem, da caridade e do amor ao prximo. Podendo
assim ir seguindo o caminho da verdadeira evangelizao que o desabrochar
efetivo do amor.
. Sabemos que difcil amar integralmente a todos, se h ressentimentos ,
mgoas, fraquezas e dios inquietados tais quais tumores malignos dilacerarem a
alma.
Mas para libertar-se disso uma meta que todos podem atingir, variando
apenas e to somente, o grau que vai ser conseguido de acordo com trabalho de
cada um, basta para isso esforo, dedicao e tempo. E importante que se comece
j, agora, que no deixe para amanh, o que pode ser feito hoje. Que cada um
compreenda melhor a si mesmo, e com isso compreenda melhor aos outros, que os
ame , respeite e ajude no que for possvel e preciso. Que possa agir no sentido
aliviar as dores e as aflies do prximo. Que goste bastante de si, e ame seu
semelhante, a natureza e a Deus.
Fala-se muito que as criaturas tem que mudar os seus modos de agir, seu
comportamento social, sua conduta moral, suas atitudes para com os outros, que
devemos ser mais tolerantes, justos e honestos, bondosos, calmos e sobretudo
caridosos. Porque tudo isto verdadeiro, proveitoso e muito bom.
E importante e necessrio que vejamos com clareza o nosso interior que
tenhamos uma viso bastante apurada de nossos sentimentos e atitudes.
As mudanas podero acontecer pela percepo e reflexo executada sobre
nossos atos, sentimentos, pensamentos e desejos pessoais, procurando descobrir
as suas origens e implicaes, e poder com isso encaminhar as solues para os
mesmos, que poder vir at pela anlise desapaixonado das crticas recebidas, pois
as mesmas, quando sinceras e verdadeiras, so como faris a iluminar as falhas
morais dos criticados. Por fim, as reflexes sobre a nossa existncia, poder at
nos conscientiza! Xs de sua verdadeira realidade e do significado transcedente do
existir; pois devemos estarmos todos empenhados nesta reformulao ntima que
por certo servir ao nosso adiantamento moral.
Embora nos achamos condicionados pelo bom e mau uso que tnhamos feito no
livre-arbtrio, suas mltiplas trajetrias reencarnacionistas. Para lanar-mos a
reforma ntima e ingressar na vida espiritual futura, cumpre-nos lutar sempre
contra as adversidades a fim de super-las, sem nunca entregar-nos passivamente
ao pessimismo derrotante, por mais difceis que sejam os obstculos.
O mesmo acontece no tocante s condenaes rigorosas contra as pessoas
apegadas hbitos comuns na sociedade, mas que o puritanismo esprita reprime e,
nome do bom conceito que os adebitos devem sustentar no meio social uma imagem
forada, artificial e quase sempre insustentvel.
Os espritos no constituem uma comunidade parte no meio social, no pode e
no deve isolar-se ou distinguir-se por atitude ou compartimento especial.
O Espiritismo no criou igrejas, no precisa de templos suntuosos e tribunas
luxuosas com pregadores enfatuados; no tem rituais, no dispensa bnos, no
promete lugar celeste a ningum, no confere honrarias nem. ttulos ou diplomas
especiais, no disputa regalias oficiais. Sua nica misso esclarecer, orientar
indicar o caminho da autenticidade humana e da verdade espiritual do homem. Se
no compreendermos isso, e nisso no nos integramos, estaremos sendo grande
obstculo para os que desejam evoluir espiritualmente.
As disposies internas do esprito, compreendem ao seu grau de evoluo, pois
o esprito vida, seu desenvolvimento depende da experincia, estudos, reflexo
com mente aberta para a realidade e.no fechada.
Ningum se reforma e nem pode reformar os outros poderemos sim, superar as
nossas condies atuais, romper o limites em que a mente se fechou, porque a
responsabilidade esprita individual, cada qual responde por si mesmo. Porque o
despertar da conscincia o seu caminho nico de progresso, porque o verdadeiro
esprita, no confia somente em palavras, mas nos fatos; no busca a iluso de
salvao confessional, mas procura aprofundar-se no conhecimento doutrinrio
para saber por si mesmo, onde pisa e para onde vai.
No Espiritismo no h rebanhos, nem pastores; h trabalho a fazer, afinidade a
estabelecer entre companheiros em p de igualdade, toda uma batalha a vencer,
h os pesados resduos teolgicos supersticiosas e obscurantistas que esmagam a
ingenuidade das massas. O Espiritismo uma tomada de conscincia da
responsabilidade do homem na existncia, da sua liberdade e da sua
transcendncia, os espritos nefitos precisam estudar e assistir assiduamente a
doutrinao, a fim de entender um pouco os conhecimentos da doutrina esprita.
Como disse o grande escritor esprita J. Herculano Pires, no seu livro - Curso
Dinmico de Espiritismo, o seguinte:
Ns sabemos muitas pessoas falam de Espiritismo, bem ou mal. Mas, poucos os
conhecem, geralmente o consideram como uma seita religiosa comum, carregada
de supersties. Muitos os vem como uma tentativa de sistematizao de
crendices populares, onde todos os absurdos podem ser encontrados. H at, os
que aceitam como nova magia negra da antiguidade disfarada de cristianismo
milagreiro. Outros entendem que podem encontrar nel a soluo para todos seus
problemas, conseguir filtros de amor, e at acertar na loteria.
E na verdade a maioria dos seus prprios adeptos no o conhecem. Quem se diz
esprita arrisca-se a ser procurado para fazer macumba, despacho contra
inimigos, ou curas milagreiras de doenas incurveis.
Grandes instituies espritas, geralmente fundada por pessoas srias
tomam-se as vezes verdadeiras fontes de confuso e respeito do sentido da
natureza da doutrina.
O Espiritismo nascido ontem, nos meados do sculo passado, hoje O grande
desconhecido dos que o aprovam e o louvam, e dos que atacam e criticam; motivo
por falta de conhecimento da doutrina esprita, que durante muitos anos foi
encarada com pavor pelos religiosos, que viam na doutrina uma criao diablica,
para perdio das almas.
Falar em fenmeno esprita era provocar votos de esconjuro. Ler um livro
esprita era pecado mortal, era comprar passagem direta para o caldeiro de
Belzebu. Mdicos ilustres chegaram a classificar o Espiritismo como fbrica de
loucos.
Quando comearam a surgir os hospitais espritas para doenas mentais
alegaram que os espritos procuravam curar loucos que eles mesmo faziam para
aliviar suas conscincias pesadas.
E quando viram que o Espiritismo realmente curava loucos incurveis, diziam
que os demnios se entendiam entre si para lograr o povo.
Hoje, graas a Deus, a situao mudou; existem sociedades de mdicos
espritas e as pesquisas de fenmenos medinicos invadiram as maiores
Universidades do Mundo.
No se pode negar que a coisa sria, mas definir o Espiritismo no fcil.
Porque ningum o conhece, ningum '.credita que se precisa estud-lo; pensam
quase todos que se aprende a Doutrina ouvindo espritos. Os intelectuais espritas
so confundidos com mdium. Quem escreve sobre Espiritismo, no escreve, faz
psicografia. Acham que para estudar a Doutrina preciso desenvolver a
mediunidade, e receber maravilhosas lies de Espritos Superiores.
No obstante, o Espiritismo uma Doutrina Moderna, perfeitamente
estruturada por um grande pensador, escritor e pedagogo francs, homem de
letra famoso por sua cultura e seus trabalhos cientficos, e que assina suas obras
com o pseudnimo de ALLAN KARDEC, saber isso, j saber alguma coisa a
respeito, mas est muito longe de ser tudo, Doutrina complexa, que abrange todo o
campo do conhecimento, apresentar-se enquadrada na sequncia epistolgica da
Cincia, Filosofia e Religio.
Vamos assim colocando o problema, a complexidade do Espiritismo e que se
toma facilmente compreensvel como disse J. Herculano Pires, no seu livro Curso
Dinmico de Espiritismo, o seguinte: - Tudo no Universo se processa mediante a
ao e o controle de lei. Toda realidade verificvel natural, de maneira que os
espritos e suas manifestaes no so sobrenaturais, mas fatos naturais
explicveis e resultante de leis, que a pesquisa cientfica esclareceu.
O sobrenatural s se refere a Deus, cuja natureza acessvel ao homem neste
estgio de sua evoluo, mas o ser possivelmente, quando o homem atingir os
graus superiores de sua evoluo. Todas as possibilidades esto abertas e
franqueadas aos homens de todo o Universo, desde que ele avance no
desenvolvimento de suas potencialidades espirituais, segundo as leis.da
transferncia.
Sem um esquematismo didtico, queremos com isto mostrar apenas que no se
trata de suposta atualizao tentado por autores que desconheceram as
dimenses do Espiritismo e no podem relacion-las com os avanos cientficos,
tecnolgicos, filosficos e religiosos da atualidade.
A atualizao no caso, de mtodo expositivo, que revela a plena atualidade da
doutrina e desenvolve alguns temas Krdequianos em forma de exposio mais
minuciosa, para melhor compreenso dos leitores.
A atualizao de linguagem e da terminologia doutrinria nas obras de Kardec,
uma pretenso descabida. Como acrescenta J. Herculano Pires o seguinte: cada
doutrina, cientfica bu filosfica, tem sua prpria terminologia que s transforma,
diante de novos fatos ocorridos na pesquisa. Por outro lado essas atualizaes,
geralmente se transformam diante de novos fatos ocorridos na pesquisa. Por outro
lado essas realizaes, geralmente se transformam em atentado doutrina, pela
falta do conhecimento dos que pretendem faz-la.
No existe no mundo atual nenhum centro de pesquisas e estudos espritas que
tem avanado legalmente, alm de Kardec, atravs da descoberta de novas leis da
realidade esprita.
O Espiritismo avana, pelos seus princpios e o seus conceitos, muito alm da
atualidade real. E mesmo que no avanasse, ningum teria o direito de interferir
na obra de qualquer outro cientista. livre o direito de contestar atravs de
outras obras, mas no h direito nenhum que a um pinta menos desfigurar as obras
clssicas de cultura mundial.
Finalizando a explicao sobre a reforma ntima para a vida futura; , queremos
esclarecer ainda, quanto mais ns aprofundamos no estudo da Codificao
Kardequiana, quanto mais assinalamos estes conhecimentos e o sentimos
repercutir em nosso ntimp, mais se avulta a nossa responsabilidade no nos
imposta de forma alguma, a prpria pessoa que entendendo o profundo alcance
dos ensinos e da codificao se sente responsvel tarefa de vivenci-la e de
trabalhar pe ela sem visar nenhum lucro material.
Por isso, todo o esprita verdadeiro, um esprita praticante aquele que
aceita a Doutrina que Allan Kardec instituiu, e por este motivo se esfora por
pratic-lo.
Na poca atual, tantas e constantes so as dificuldades e provaes,. mais se
acentua a responsabilidade de todos os espritas. H bastante trabalho a realizar;
a seara, sabemos, imensa e os trabalhadores continuam sendo muito poucos. Por
isto importante trabalharmos em paz, cada um fazendo a sua parte dando a sua
contribuio e valorizando o trabalho dos companheiros.
Cabe-nos portanto a responsabilidade de disseminar a Doutrina Esprita tal
como sentimos em nosso ntimo, unidos, com aqueles que mais se afenizam conosco
procurando conquista de maiores espaos para a Doutrina e consequente
ampliao de sua influncia nas massas.
(Dados pesquisados * no Evangelho Segundo Espiritismo, pginas: 34, 35 e 36 e
no livro - Curso Dinmico de Espiritismo de J. Herculano Pires).

CAPTULO XII O que o


Espiritismo Codificado por
Allan Kardec?
No Evangelho de Sao Joao (Cap. XIV Vesc. 15, 16, 17 e 26), ns encontramos
uma promessa de Jesus, que nos diz o seguinte: se me amais, guardai os meus
mandamentos; e eu rogarei a meu Pai, e ele enviar outro consolador, a fim que
fique etemamente convosco o Esprito da Verdade, que o mundo no pode receber
porque no v absolutamente no conhece. Mas quanto a vs conhec-lo eis porque
ficar convosco e estar em vs. Porm o Consolador, que o .Esprito Santo, que
meu Pai enviar em meu nome, vos ensinar todas as coisas e vos far recordar
tudo que vos tenho dito.
O grande escritor esprita e amigo; Heclio Maes, no seu livro missao do
Espiritismo, nos explica com detalhe o que o Espiritismo, ele nos diz, que o
Espiritismo a doutrina ma s prpria para o aprimoramento espiritual do cidado
moderno. Os ensinamentos sao compreensveis a todos os homens ajusta-se
perfeitamente s tendncias especulativas e ao progresso cientfico dos tempos
atuais.
o consolador da humanidade, que foi prometido por Jesus, quando estava em
assunto aos cus, e naquele momento explicava os discpulos desolados com o seu
desencarne, cumpre-lhe missao de incentivar e disciplinar o derramamento da
mediunidade, pela carne, estimulando pelas vozes do alm, as lutas pela evoluo
moral dos seres humanos. Assim, atravs de mdiuns, os espritos sbios,
benfeitores, e anglicos, ensinam as coisas sublimes do Esprito Santo, conforme a
predio evanglica.
O espiritismo uma doutrina facilmente assimilvel a qualquer criatura, a sua
mensagem ajusta-se mais a todos os homens, porque tambm estuda e disciplina os
fenmenos mediunicos que so Comuns a todas as raas terrcolas.
Atualmente manifestaes espirituais, por intermdios de mdiuns so to
diversificadas para provar aos incrdulos que h vida, aps vida, a realidade to
convincente, que s no acredita nestes fatos manifestado atravs dos mdiuns,
aquelas pessoas que duvidam at do poder Divino, e no acreditam na imortalidade
da alma.
Pois atualmente os espritos esto se manifestando de muitas maneiras seno
vejamos o que acontece atualmente; pela psicofonia, pela psicografia, pela
materializao, pela pintura, pela operao cirrgica em pessoa j desenganada
pela medicina moderna, e pela msica etc. etc. E estas manifestaes, esto sendo
comprovadas, no s nos meios espritas, como pela imprensa falada, escrita e
televisionada.
O mdium Francisco Cndido Xavier, j psicografou mais de .300 livros j
publicados e foram editados pelos espritos, acrescido de centenas de mensagens
publicadas atravs de boletins distribudos gratuitamente. No ms de setembro
de 1982, esteve em Fortaleza-Cear, o mdium Psicoctoriografo, Luiz Gaspareto,
que fez demonstrao no Ginsio Paulo Sarasate.
Em uma hora e trinta minutos, ele pintou 15 telas, usado pela anuncia de vrios
espritos j desencarnados, h vrios anos, como: Renoir, Degas, Tulouse,
Portinari, Picasso, Tissou e outros. H bem poucos dias .tambm tivemos ocasio
de assistir atravs do programa de televiso O Fantstico, exibido em So Paulo,
com cobertura para todo o Brasil, em que um garoto de apenas 9 anos de idade,
ministrou uma verdadeira aula para 6 juristas, que lhes fizeram- uma verdadeira
sabatina e ele demonstrou grande conhecimento da jurisprudncia, e talvez muitos
advogados tivessem dificuldade para interpretar as perguntas formuladas, e note
no ficou uma sequer sem resposta. Pela terceira vez, esteve entre ns o mdico
de Recife-Pemambuco, Dr. Edson Queiroz Cavalcante, j falecido, que por
intermdio de sua mediunidade, o esprito do Dr. Adolfo Fritz, vinha realizando
verdadeiras operaes cirrgicas; desnecessrio se toma maior comentrio a este
respeito pois, os principais jornais de todo Pas, estaes de rdios e televiso,
fizeram grandes reportagens, com as pessoas que foram atendidas e operadas
pelo esprito do Dr. Fritz, independentemente destas pessoas serem espritas.
Para os leitores terem uma ideia, do poder espiritual pelo esprito do Dr. Fritz,
atravs da mediunidade do Dr. Edson Queiroz Cavalcante; quando de sua Ia visita a
esta capital, o esprito do Dr. Fritz, operou 30 pessoas, afora um grande nmero
de receitas passadas; na 2a visita, ele operou umas 70 pessoas, tambm receitou
um grande nmero de pacientes, e pela 3a vez, ele fez 65 operaes, e tambm foi
expedido um grande nmero de consultas mdicas, e estas consultas todas que
seguiram o diagnstico do Dr. Fritz, ficaram completamente curados.
E preciso tambm esclarecer, que as operaes foram feitas em qualquer tipo
de enfermidade como: Cncer, corao, coluna, catarata, fgado, rins etc. E
preciso notar mais ainda o seguinte: Para o esprito do Dr. Fritz operar um destes
pacientes, o mdium para isso usado, o Dr. Edson Queiroz Cavalcante no era
necessrio anestesiar, e no se procedia nenhuma assepsia no doente.
E logo aps a operao, o doente saa andando para casa. Somente aps 48
horas que voltava para fazer curativo. E este curativo era feito por qualquer
enfermeiro, riao era necessrio cuidados especiais.
Tudo isto caros leitores,, a manifestao espiritual, para quem tem dvidas
sobre a doutrina esprita; e isto serve tambm, para dar aquela maior consistncia,
no cumprimento da verdadeira palavra de Jesus, que antes de partir para casa do
Pai, reuniu seus apstolos prometeu aos mesmos que enviaria o esprito de
verdade, para esclarecer as dvidas acaso ainda existissem naqueles que seguiam
esta doutrina sacrossanta.
Antigamente as iniciaes espirituais, eram secretas e exclusivamente das
confrarias isotricas, cujas provas simblicas e at sacrificiais serviam para
auferir o valor pessoal e o sentimento psquico dbs discpulos.
Mas, os candidatos j deviam possuir certo desenvolvimento isotrico e alguns
domnios da vontade do mundo profano, para ento graduarem-se nas cenas e
provas decisivas.
Deste modo o intercmbio como os espritos desencarnados s eram
permissvel aos poucos adeptos eletivos s iniciaes secretas.
O espiritismo veio abrir as portas dos templos secretos, eliminou a
terminologia complexa e o vocabulrio simblicos, das prticas iniciticas,
transferindo o conhecimento espiritual diretamente para o povo atravs de regra
e princpios sensatos para o progresso humano. Divulgando o conhecimento
milenrio sobre Lei do Carma e a encarnao.
O Espiritismo codificado por Allan Kardec, no admite, imagens, culto material,
simbolismo cabalsticos, insgnias, paramento ou organizao hierrquicas, e
evidente que sua imagem espiritual no ser vulgarizada por sectarismo religioso
ou desfigurados pelos efeitos e cerimonias mundano. No existe templo
apropriado para adorao estandardizada com a divindade mas admite a reunio
evanglica no prprio lar, ou abrigo a mo, sob recomendao do mestre Jesus, que
assim diz: Onde estiver duas ou mais pessoas reunidas, em meu nome, eu ali
tambm estarei em esprito.
Allan Kardec, adotou o mtodo indutivo nos seus experimentos; e sua doutrina
adotou diretamente da observao dos fatos.
Os seus postulados espritas no so frutos diretos das tradies de qualquer
escala espiritualista oriental, pois o codificador no aceitou nenhuma afirmao
aprioristica, mas partiu da prpria demonstrao positiva para definir seus
princpios doutrinrios.
O espiritismo, no trouxe revelaes inusitadas no campo da reencarnao e
da Lei do Carma, j exposto milenariamente pelas escolas orientais; mas Allan
Kardec s adotou tais ensinamentos ou postulados, depois de submetidos opiniao
saneadora e unanime dos espritos a servio da Doutrina.
CAPTULO XIII O que o
Espiritismo Codificado por
Allan Kardec? - continuao. -
O Espiritismo uma Doutrina universalista, porque tambm se colocou acima
dos conflitos e das tradies religiosas, julgando as atividades humanas de modo
global e benfeitor; expe tambm o conhecimento oculto de todos os povos, sem
atavios, em linguagem simples e sem enigmas alegricos; o seu contexto moral e
filsfico pode ser facilmente compreendido, por todos os seres e sem ferir os
postulados alheios, e comprova o seu sentido universalista a compreenso de todas
as criaturas em todas as latitudes geogrficas.
E o seu motivo fundamental a imortalidade indescritvel ao nosso
entendimento humano, mas sempre o elan de nossa conscincia como absoluto, e
alimentador da vida e do Universo.
Uma das misses precpocua do Espiritismo conjugar os valores inerentes a
imortalidade do esprito, e despertar nos homens a simpatia e o respeito para com
todas as crenas e instituies religiosas, do mundo, acendendo na alma dos seus
proslitos a chama ardente do desejo e da busca comum da verdade.
Alm de ser um sistema filosfico disciplinado e de experimento cientfico,
possui a garantia moral do evangelho de Jesus.
E logo, somente nos seus princpios; e em mais de cem anos de atividade
doutrinria, jamais causou prejuzo direto aos estudiosos e adeptos bem
intencionados, e o seus ensinamentos, sao docilmente compreensveis os seus
objetivos pessoais; sao corporificados para a emancipao espiritual da .
humanidade.
tambm a Teoria Revelao*', porque a sua mensagem medinica do alto,
embora com algumas semelhanas com outros procedimentos revelados por
outrost ^instrutores religiosos distingue-se excepcionalmente, pela incumbncia
de proceder a uma transformao radical, no esprito da humanidade; assim como
j aconteceu as duas anteriores revelaes de Moiss e Jesus.
A primeira revelao, promulgou os 'Dez Mandamentos atravs da
mediunidade falante de Moiss no Monte Sinai; a segunda revelao codificou o
evangelho pela sacrificial de Jesus. Em ambos os casos foram movimentados
recursos de elevado estripe espiritual, que alm de influrem decisivamente sobre
a raa hebraica, ainda foram extensivas a toda a humanidade.
Examinando as mensagens de outros instrutores, a fora as de Moiss e Jesus,
verificamos que eles foram algo pessoais e dirigiram-se mais intencionalmente
povos, raas e seres, cujos costumes e temperamento eram mais eletivos aos
ensinamentos da poca, seno vejamos: Antlio, o filsofo da paz, predicou entre
os Atlantas, Confcio pregou aos chineses; Orfeu particularizou-se nos ensinos do
alto aos gregos; Hermes, aos egpcios, Buda, aos zoroastros, aos persas; Crisna,
aos hindus. No entanto, as mensagens de Jesus a Kardec, transcenderam a
peculiaridade especfica das raas e foram divulgadas sob carter universalista,
porque se endereavam a toda humanidade.
Os dez mandamentos, o Evangelho e a. Codificao Esprita, ultrapassaram os
preconceitos e os costumes racistas de qualquer povo, pois servem de Orientao
espiritual a todos os homens.
evidente, que essas trs revelaes fundamentais ocorrem em pocas
diferentes, de acordo com os entendimentos intelectivos e psicolgicos dos povos.
Ns sabemos caros leitores que os preconceitos: No Matars e Honrar pai e
me, extrados dos dez mandamentos de Moiss; os conceitos de amars ao
prximo como a ti mesmo ou fazes aos outros o que queres que te faam, de
Jesus; e fora do amor a da caridade no h salvao, de Allan Kardec, so
realmente, ensinos de natureza universalista, porque alm de compreensveis a
todos os homens, doutrinam no mesmo sentido moral e independente de raas,
credo ou costumes.
O certo que aps a revelao dos dez mandamentos transmitidos por Moiss,
do evangelho vivido por Jesus, e da codificao dos livros espritas por Allan
Kardec, produziram-se considerveis transformaes da humanidade.
So realmente. trs revelaes que se destinguem fundamentalmente em Suas
pocas, modificando a moral dos homens pela libertao gradativa das paixes
inferiores e pelo conhecimento mais exato da Vida Imortal. ^
Sem dvida, cda revelao identifica-se num sentido educativo do esprito
humano, e no modo de conduzi-lo realidade da vida eterna.
A primeira revelao foi um imperativo para o cu, atravs do temor e da
ameaa; a segunda revelao, foi um convite celestial, sob a insgnia da renncia e
do amor; a terceira revelao, foi um despertamento mental para que o homem
alcance o Edem, na constituio do seu destino.
No entanto a segunda revelao, por intermdio de Jesus, comunicou a
humanidade nova expresso Divina, trazendo a promessa do reino de Deus, com as
presenas e os consolos para todos os homens sofredores.
Sua mensagem diz respeito s criaturas alcanadas pelas vicissitude e justia,
os infelizes deserdados de todos os bens do mundo.
Enfim, Moiss atemorizou a humanidade apontando pecados; e Jesus, consolou
valorizando as virtudes. No entanto, os espritos que admitiram a primeira
revelao dos dez mandamentos promulgados por Moiss, mais tarde, em novas
encarnaes, tambm vibraram intensamente com a mensagem divina e amorosa de
Jesus, no seu admirvel evangelho.
O Esprito tem sua base fundamental e principal, na comunicao dos espritos,
sabemos que, essas comunicaes sempre existiram e tao velha quanto ao mundo.
Se o prprio Moiss proibiu o intercmbio do povo hebreu com os mortos,
porque isto era razoavelmente possvel.
Mas s depois do advento do Espiritismo * que realmente surgiu um corpo
organizado, um sistema competente, filosfico, religioso e cientfico com o intuito
de disciplinar e controlar as experincias com os desencarnados.
Os espritos ento resolveram preencher as necessidades dos indagadores e,
alm de comprovarem a imortalidade da alma, ainda ofereceram diretrizes para o
melhor comportamento do homem no intercmbio com os j falecidos.
Os fenmenos espritas podem fundamentar os postulados de uma nova escala
espiritualista, porque est suficientemente comprovado, nas suas manifestaes
incomuns.
Os fenmenos de materializao e as diversas manifestaes medinicas de
comunicaes entre os vivos e mortos, j foram perquiridos, analisados, concludos
pelos mais avanados homens da cincia. Assim, mdicos, filsofos, qumicos,
esritores estudiosos, como:
Gabriel Delane, Leon Denis, Akaskeff, Willian Crookes, Lombroso, Bozzano, Car
Duprel, Gonzales Soriano, Oliver Ladge, Conan Doyle, Dennis Bradley e outros
recorreram nos mais avanados aparelhamentos de laboratrios e de
investigaes preciosas, concluindo pela realidade dos fenmenos medinicos, e
pela lgica dos postulados espritas. No importa se os adversrios do Espiritismo
alegam que, tais cientistas foram ingnuas cobaias, nas mos de hbeis
digitadores; os aparelhos de preciso e mquinas fotogrficas que registraram as
experincias, no mentem nem destroem os fenmenos.
Examinando-se as comunicaes dos espritos, verificamos um perfeito
entrosamento nas descries de Kardec e nos estado da alma, na vida no alm.
No h despautrio, desmentidos ou contradio entre o que tem dito os
espritos atravs de mdiuns ingleses, espanhis, portugueses, brasileiros ou
franceses.
Na essncia de todas as comunicaes, respeitando-se o temperamento, a
ndole e os costumes dos comunicantes, permanece o mesmo contedo de
revelaes e unidade de motivos, as emoes e sensaes ainda dominantes da vida
fsica que o homem sofre nas vidas sucessivas, na carne, os efeitos das causas que
gerou em existncias pregressas; que os espritos nascem simples e ignorantes, e
so lanados na senda evolutiva dos mundos planetrios, para adquirir a
conscincia de si mesmo e elevar-se at a angelitude.
Ainda proclamam a pluralidade dos mundos, pois H muitas moradas na casa de
meu Pai, declarou Jesus; a sobrevivncia de todos os homens e aventura de todos
os seres.
Ns sabemos que o homem terreno est longe de ser como supe o primeiro em
inteligncia, em bondade e em perfeio.
Sabemos tambm, que existem homens, de esprito muito forte e que chegam a
imaginar que s o nosso globo terrestre, tem o privilgio de conter seres racionais.
Se seu orgulho e vaidade, chega a um ponto de imaginao que Deus criou o
Universo s para eles.(Alguns dados foram pesquisados no livro Misso do
Espiritismo de Marclio Maes e do Evangelho segundo o Espiritismo).

CAPTULO XIV Esperana e


f oferecida pelo Espiritismo
Antes de Cristo Jesus, iniciar o seu ministrio que durou pouco mais de (3) trs
anos, Jesus Senhor da Luz e Glria; entrava e saa por entre homens e povo em
geral, sem ser notado, com a maior naturalidade, e assim ele viveu e permaneceu
at a idade de (30) trinta anos, e durante aquele perodo de trinta anos, ele viveu
junto aos seus pais: So Jos e Maria santssima.
Jesus ao completar 30 anos de idade, procurou Joo Batista, para ser batizado
por ele, no rio Jordo, o que foi efetuado; e logo depois do batismo em guas, foi
confirmado o seu Ministrio, com o batismo do Esprito Santo, que desceu do cu
em forma de uma pomba branca e pousou na cabea de Jesus. E logo depois, em
seguida, ouviu-se uma voz que dizia, este meu filho em quem me comprazo; ouviu.
Durante o seu ministrio, ele andou fazendo somente o bem; curando todos os
enfermos e oprimidos, aliviando os aquebrantados de corao, pondo em liberdade
os que se achavam presos aos vcios, restituindo vista aos cegos, fazendo andar
os coxos e aleijados e a ouvir os surdos, purificando os leprosos, ressuscitando os
mortos e pregando a boa nova aos necessitados.
E a todas estas classes e igualmente a outras, foi dirigido o gracioso convite -
Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados eu vos aliviarei
(Mat. c. 11 v. 28).
Ele viveu para ministrar o bem e abrandar as misrias humanas e insistir com os
homens a aceitarem o amor, o dom da vida; ele progrediu firme em sua misso
misericordiosa durante o perodo de seu ministrio, e at os nossos dias, ele
continua esperando a compreenso dos homens, para que aceitem a boa nova, em
que determina, que amemos uns aos outros; assim como ele nos amou, dando sua
vida por ns, e que perdoemos tambm aos que nos tem ofendido, assim como ele
perdoa todo aquele que se arrepende, e evita continuar praticando a iniquidade
Na poca do seu ministrio, Jerusalm atravessava um perodo muito difcil de
sua histria. Os seus habitantes e dirigentes eram corruptos e perseguidores de
sua prpria justia. Pretendendo embora observar rigidamente os preceitos da lei
de Deus; estavam sempre transgredindo todos estes princpios, odiavam a Cristo
Jesus, porque sua pureza e santidade lhes revelavam-no, por ser a causa de todas
as angstias, que lhes tinham sobrevindo em consequncia de suas transgresses.
Posto que soubessem, no ter Jesus nenhuma culpa, no entretanto declaram
que sua morte era necessria para segurana deles como Nao. Se o deixarmos
assim, disseram os chefes dos judeus, todos crero nele, viro os romanos, e
tirar-nos-o o nosso lugar e a Nao.
Diziam eles, se Cristo fosse sacrificado, eles poderiam uma vez mais se tomar
um povo forte, e assim, fascinavam e concordavam com a deciso, ser melhor
morrer um homem do que perecer toda Nao.
Os dirigentes judeus decidiram edificar a Siao com sangue, e a Jerusalm com
injustia. E alm disso, ao mesmo tempo, em que mataram a Jesus o salvador da
humanidade, por lhes reprovar e acusar os seus maus atos, que eram abominveis
aos olhos de Deus. Mas, eles achavam, que eles que eram os verdadeiros
representantes de Deus aqui na Terra.
Jesus, alm de reprovar as atitudes e atos indignos dos judeus mostrava-lhes
os seus erros.
E eles ento comearam a taxar Jesus, reformador das leis de Moiss: isto
somente porque Jesus, no guardava o dia de sbado, que era por eles Judeus o dia
santificado, como constava do declogo de Moiss, recebido no monte Sinai, Jesus
as vezes aos sbados, curava um doente que lhe procurava, e para os judeus, no
existia maior blasfmia do que desrespeitar a santificao do dia de sbado; pois
naquele dia, os judeus no andavam mil metros, no acendiam fogo e nem faziam
qualquer servio, nem eles, nem seus servos e nem seus animais; e porque Jesus,
no seguia aqueles preceitos eles o chamavam de reformador das leis moisacas.
No comeo da perseguio a Jesus, eles diziam, ora, ns o conhecemos
bastante, este moo, como sendo o filho de Jos o carpinteiro, quem foi que lhe
autorizou a fazer estas coisas? Se ns o sabemos, e conhecemos a sua origem,
como pobreto, e de onde vem essa sua autoridade e sabedoria para mudar as
normas e as leis de nossos ancestrais, pois sabemos tambm que nem sequer tem o
curso primrio? ...
Mas, por mais dura que fossem as perseguies, Jesus no se importava com as
acusaes e os insultos que lhes atiravam, e continuou dizendo estas palavras
profticas: Em verdade vos digo, que no ficar aqui* pedras sobre pedras que
no seja derrubada" (Mat. cap. 24 e Vesc. 2).
Jesus naquela ocasio se referia ao templo de Jerusalm, que era muito
suntuoso era o orgulho dos judeus.
Jesus viu atravs de Jerusalm o smbolo do mundo endurecido na
incredulidade e rebelio e apresentou diante dos seus discpulos, um esboo dos
acontecimentos preeminentes ocorrem antes do final do tempo. Suas palavras
no foram ento compreendidas mas, a significao ser-lhe-ia revelada, quando
seu povo necessitasse das instrues pelas datas.
Com a subverso de Jerusalm, os discpulos do mestre Jesus, associaram os
fatos da vinda pessoal de Cristo, em glria temporal a fim de assumir o trono do
imprio do Universo, castigar os judeus impenitentes e libertar a Nao do julgo
romano; porque ento o senhor lhe dissera que viria a segunda vez. Da, com a
manso dos juzes sobre Jerusalm, volveriam o pensamento para aquela vinda, e,
como estivessem reunidos em tomo do salvador sobre o Monte das Oliveiras
perguntaram; quando sero essas coisas? E que sinal haver da tua 2 vinda? E da
consumao dos sculos? ...
O futuro estava misericordiosamente revelado aos discpulos. Se houvessem
eles naquela ocasio, compreendido perfeitamente os dois terrveis fatos - Os
sofrimentos e morte do Redentor e a destruio de sua cidade o templo; se eles
tivessem realmente entendido, eles teriam sido dominados pelo terrvel terror;
porque suas palavras no foram completamente entendidas.
A profecia que Jesus proferiu, era dupla em seu sentido; ao mesmo tempo em
que figurava a destruio de sua cidade o templo e Jerusalm, por Nabucodonosor;
e a sua morte pelos judeus.
Mas, o Cristo prometeu naquela ocasio, um consolador aos que lhes amavam e
aos seus mandamentos, conforme suas prprias palavras, que est escrito no
evangelho de So Joo (Cap. XIV. Vesc. 15, 16, 17 e 26).
Jesus prometeu um outro consolador que o Esprito da Verdade, a quem o
mundo no conhece ainda, porque no est amadurecido para o compreender. Mas
que o Pai enviar para ensinar todas as coisas e lembrar o que ele havia dito. Se o
esprito da verdade deve vir mais tarde ensinar todas as coisas, que Jesus no
disse tudo; se vem recordar o que ele disse e o esqueceram ou compreenderam
mal. Por isso, o Espiritismo existe desde a fundao do mundo e estava
amordaado, pela igreja Catlica Apostlica Romana, na pessoa do Imperador
Constantino, que o fez calar, por ocasio do Concilio de Nicea, realizado no ano
325, da era crist. E somente no sculo passado, Allan Kardec, conseguiu
desamordaa4o, graas a Deus. A Doutrina sacrossanta chegou at ns. Ele veio
presidir no tempo determinado, a promessa do Cristo. O Esprito da Verdade veio
abrir os olhos e os ouvidos; porque fala sem figurao e sem alegoria, levantando o
verrio deixado propositadamente sobre certos mistrios e trazer uma suprema
consolao aos deserdados da Terra, e aos que sofrem, apontando para suas dores,
uma causa justa e o fim til. O Espiritismo caros leitores, realiza o que Jesus disse
do Consolador Prometido? o conhecimento das coisas que ensina aos homens que
sofrem, apontando para suas dores, uma causa justa e um fim til. O Espiritismo
meus caros leitores, realiza o que Jesus disse do Consolador Prometido; o
conhecimento das coisas que ensina aos homens. Donde ele veio para onde vai e
porque est na Terra, o convite prtica dos verdadeiros princpios da lei de
Deus; pela consolao pela f e a esperana.
CAPTULO XV O Centro
esprita como refugio
E como disse o grande escritor esprita J. Herculano Pires, no seu livro 0
Centro Esprita, quando se refere a fragilidade das almas, em que ele comenta
explicando, que o Centro Esprita o refgio das almas encarnadas e
desencarnadas.
Ele substituiu no presente os templos do passado, onde as pompas terrenas
estimulavam as almas frgeis, sugerindo-as o amparo das potncias celestes. Os
Centros Espritas nasceram com Jesus, sem os aparatos inteis de formalismo
religioso, estabelecendo nas almas a confiana em si mesmas, despertando- lhes
percepo de sua natureza divina. As almas frgeis tomaram- se fortes na
fraqueza da simplicidade. A manifestao medinica em local profano lhe ensinava
o que era o batismo do esprito santo que at ento eles no puderam
compreender.
Nascia ali, aos seus olhos, o primeiro Centro Esprita, numa casa de famlia. Mas
o tempo ainda haveria de fluir por quase dois milnios, at que a metamorfose
anmica e consciencial as definisse na misso der Kardec.
O Espiritismo abalou as estruturas do mundo artificial dos homens,
revelando-lhes assustadoras perspectivas de responsabilidade moral e espiritual.
Subverteu a ordem exttica das aparncias convencionais e saltou sobre as
igrejas, as academias, as Universidades, e toda estrutura vacilante das cincias os
seus fantasmas at ento considerados como simples fices literrias. Por toda
parte, em vo, os conservadores de um passado j morto embalsamadores de
mmias culturais se levantaram por todo o mundo tentando afugentar os
fantasmas invasores. De nada valeram os conluios secretos, as decises
arbitrrias de juzes sem toga, as maldies de prelados poderosos. Os fantasmas
no pediam licena para aparecer e tumultuarem o panorama cultural, solicitando
polmicas violentas entre figures mundiais do saber. E dessas reunies
domsticas como as do Cristianismo primitivo, as tertlias sombra das figuras de
Betnia, com as figuras simples e amorosa Lzaro, Maria e Marta ao redor do
Mestre, nasciam e se multiplicavam os Centros Espritas.
Essa geneologia milenar do Centro Esprita, ao mesmo tempo humilde e
grandioso, atesta a sua origem humana e divina, conferindo a Kardec o ttulo de
herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo, segundo a conhecida expresso rapaps
para nos conceder a sua proteo.
A promessa evanglica do Consolador se cumpre na Doutrina Esprita de
maneira positiva e no atravs de cantigas de ninar, de palavrrios anestesiantes.
A prpria dureza do mundo atual, com suas atrocidades, sua ganncia, sua
criminalidade aviltante, mostra-nos que a humanidade entrou em fase da madureza
e tem de aprender a enfrentar seus problemas por si mesma.
No que Deus nos tenha abandonado ou esquecido, ou que tenha falecido de um
enfarte divino - como querem os telogos do cristianismo ateu. Mas porque marcou
os limites da nossa iluso comodista, lanando-nos face a face com os resultados
do nosso comportamento no mundo.
Todas as dificuldades atuais so consequncias dos abusos que cometemos no
uso de nosso livre arbtrio, apesar de todo o auxilio e de todas as advertncias que
recebemos do alto nas etapas sucessivas da nossa evoluo, por falta de uma
tomada de conscincia do que somos e da finalidade superior da nossa prpria
existncia.
O consolo que o Espiritismo nos d, no a proteo fictcia da f cega, dos
sacramentos vazios de sentido, de socorro espiritual egosta, em forma de
privilgios injustificveis, do paternalismo, dos sacerdotes profissionais, dos
agrados interesseiros de mdiuns venais.
O Espiritismo consola como fez o Cristo, provando aos seus discpulos que cada
um de ns um ser imortal, de natureza divina, que nasce para morar pois a morte
fim do aprendizado terreno, de maneira que morremos para ressuscitar em plano
superior, a fim de prosseguirmos a nossa evoluo em condies mais favorveis. A
filosofia existencial do nosso tempo sanciona essa verdade esprita, sustentando
que o homem passa pela existncia terrena como viajante que atravessa uma
regio estranha, aprendendo a vencer por si mesmo as dificuldades, adquirindo
experincia para depois avanar em nova direo.
O Espiritismo esclarece essas teorias filosficas ainda confusas, mostrando
que a realidade existencial do homem, aqui e no alm, pode ser comprovado pelas
pesquisas cientficas, como na verdade j foi o dito. No centro esprita, as almas
frgeis dos rezadores lamuriantes encontram os elementos necessrios
recuperao de suas foras, e sua virilidade espiritual, para ressuscitarem-se a si
mesmas das cinzas do passado.
(Dados pesquisados da histria colhida do livro O Centro Esprita de J. Herculano
Pires pag. 44, 45 e 48).

CAPITULO XVI Morte


Provisria
Antes de professar a Doutrina Esprita, a minha maior, preocupao era o
destino que tomaria o meu esprito depois de minha morte, e por causa desta
preocupao do futuro teria o meu esprito, foi que me tomei protestante, Porque
me garantiram ali naquela Seita, que s iria para o cu, se me tomasse crente em
Jesus e se ingressasse na religio protestante; pois era a nica que prometia a
salvao da alma. E diante de tais afirmativas, aceitei como milhares o fazem, me
tomando crente em Jesus; e na qual militei por mais de 15 anos.
Mas, com o passar dos tempos, e com as decepes que fui passando, e com os
exemplos da vida pfegressa que levavam alguns dos seus dirigentes, e com o
contraste que fui encontrando na Bblia e em especial no Velho Testamento,
embora os membros daquela religio, afirmem categoricamente que a Bblia um
livro sagrado.
Diante dos acontecimentos que foram se desenrolando, foi arrefecendo o meu
entusiasmo a um ponto de me tomar um incrdulo de todas aquelas promessas; pois
segundo o- que l se ensinam, s existe dois caminhos a seguir: Um para o cu e um
outro para o infe,mo. E fazendo um retrospecto na minha vida religiosa e pelos
clculos do grande nmero de transgresses que vinha cometendo e de acordo com
qs ensinamentos daquela
doutrina, cheguei a triste concluso de que para o cu eu no iria, e o fim seria
mesmo o inferno. Depois destes considerando e achando que no havia mais sada,
resolvi levar uma vida muito irregular, sem mais nenhum temor a Deus, pois havia
me tomado um apstata.
E com o estado que me encontrei naquela poca, comecei a praticar atos
reprovveis, chegando a me envolver com pessoas inescrupulosas, a ponto de
pensar em desaparecer deste mundo pelo suicdio, pensando eu naquela poca ,
com este gesto impensado, seria a maneira fcil de me livrar das opresses que
estava vivendo; pois confesso que olhava para todos os lados e no via sada para o
meu caso.
Foi a ento, que fui trazido por um grande amigo, para a Doutrina Esprita.
No comeo antes de vir ao Centro Esprita, relutei muito em aceitar o convite
do amigo. Mas como ele conhecia o meu caso, que era um problema muito srio e
sabia de antemo que somente uma casa esprita, era onde eu encontraria o
recurso necessrio, e tanto insistiu que me convenceu a vir ao Centro Esprita
tomar um passe.
E todos ns, que professamos a Doutrina Esprita, sabemos que no momento que
penetramos numa casa esprita, que segue a orientao Kardecista, todos nossos
problemas desaparecem. E justamente foi o que aconteceu comigo.
Daquele momento em diante, de fato tudo mudou para melhor, todos os
problemas que me afligiam foram solucionados. Hoje graas a Deus, j completei
20 anos, que a luz de verdade espiritual penetrou no meu ser, e cada dia, me
conveno mais do real que existe na Doutrina Esprita; nunca encontrei por menos
que fosse, uma s contradio. O que se ensina na teoria, se confirma na prtica. E
as testemunhas dadas pelos espritos das pessoas que conheci em vida, tem ns
afirmado com convico e sgurana, atravs da psicofonia e psicografia, que h
vida aps a morte do corpo; e os fenmenos que ns espritas testemunhamos, traz
um verdadeiro convencimento em acreditarmos, na continuao da vida aps a
morte do corpo carnal, a Doutrina Esprita com muita clareza sem contestao: De
onde viemos, porque estamos aqui no planeta Terra e para onde iremos depois de
deixarmos a vida material.
H poucos dias, acabei de ler um Tratado, por Hermnio C. de Miranda extrado
do livro do Dr. Raymond A. Moody, um jovem mdico americano, altamente
qualificado, que fez uma grande pesquisa sobre a Morte Provisria, ocorrido com
mais de (300), trezentas pessoas, no mais variado sentido. Do qual eu peo
permisso aos estimados leitores para apresentar algumas declaraes colhidas
por aquele mdico; quando entrevistava as pessoas, nas suas pesquisas. (Antes de
apresentar as declaraes apresentadas pelo Dr. Raymond A . Moody, desejo
informar que nem o Dr. Raymond e as pessoas entrevistadas so espritas), quando
estas haviam ressuscitado, depois que morreram clinicamente por alguns minutos
ou segundos; a testemunharem ao mdico o que viram e sentiram do outro lado da
vida. Quando de sua morte provisria; devemos informar ao que tudo indica, uma
tentativa est sendo realizada, sendo que desta vez no so os espritos
desencarnados que falam atravs da psicofonia ou psicografi aos mdicos, com
referencia as suas aventuras e experincias ao longo do caminho que seguem alm
do porto conhecido, no mundo espiritual por UMBRAL, no so os que
morreram para sempre, mas os encarnados mesmo, ou melhor, aqueles que
tiveram a extraordinria oportunidade da Morte Provisria; dando clinicamente
como mortas por alguns segundos, sobre variadas condies. Essas pessoas
retomaram a vida, seja espontaneamente, seja graas ao mtodos da moderna
tcnica de ressuscitao, muitos so os que narraram suas fantsticas
experincias no mundo pstumo durante aqueles segundos, poucos em termos de
nosso pequeno relgio csmico, mas o bastante para uma completa reavaliao da
vida, uma total reavaliao de conceito, uma inesperada descoberta da paz, uma
surpreendente conversao da esperana em certeza, ou da descrena em
convico inabalvel.
Dia o Dr. Raymond A. Moody, que no comeo de suas pesquisas, tais relatos
eram espaos tmidos e at mesmo relutantes. As pessoas envolvidas nesses
episdios, usualmente tidos; como fantsticos, por mais jubilosos que se sentissem
aps a experincia, temia revel-la a terceiros. No apenas porque a narrativa
perdia muito do seu contedo e impacto, ante a possibilidade de transmiti-la
fielmente mas tambm porque a reao habitual imprevisvel. Tanto podia ficar
nos limites da aceitao tolerncia e educada, como ir aos extremos da
ridicularizao, ou da compaixo pelo amigo ou parente que subtamente declararia,
que a pessoa declarante tinha perdido o juzo.
Somente em 1969, para c, comearam a aparecer depoimentos mais
frequentes, at que em 1976, foi que o Dr. Raymond A. Moody, publicou o seu
primeiro estudo a respeito, sob o trulo Life After Life, ou seja A vida depois da
vida. A respeito das suas concluses, ainda preliminares e at mesmo algo tmidas
e obviamente incompletas, e do estilo quase frio de relato cientfico, o livro
encontrou inesperadas respostas no interesse pblico, transformando-se num
verdadeiro best-seller.
O Dr. Moody, para confeco do seu primeiro livro catalogou um acervo de
(150) cento e cinquenta casos, isto experincia de quase morte, o seu interesse
para o assunto foi solicitado uma referncia ocasional de at ter passado
desapercebido, mas posteriormente alimentado e estimulado por vrios outros
casos indiscutveis logo que ele se props mesmo a pesquisar verdadeiramente a
matria.
Somente nas vsperas, da publicao de sua primeira obra, foi que o Dr.
Raymond A. Moody descobriu que a sua colega, a Dra. Kubler-Rosso, tambm
pesquisara semelhante caso, com idnticos resultados a no menor interesse.
A Dra. Kubler-Rosso prefaciou o livro do Dr. Raymond A. Mody, louvando sua
coragem em proclamar ao mundo cptico seus achados, e advertindo o quanto
resistncia que encontraria em duas reas especficas: A dos seus colegas
mdicos e a dos sacerdotes e ministros religiosos das diversas crenas.
Mas o Dr. Moody, no era homem de se intimidar. Seguiu em frente com suas
pesquisas reveladoras e, em junho de 1977, achou que j era tempo de. publicar o
seu segundo livro sobre o assunto, j que a sua tarefa desdobrar-se rapidamente
em conotaes inesperadas, enquanto seus fichrios de pesquisas se enriqueciam
com novos depoimentos.
Quanto a matria de sua primeira obra era ferita quase em segredo e cheio de
ressalvas, intensificaram-se de tal forma que o Dr. Moody, j perdera foi a conta,
segundo ele confessa na sua introduo. Descobriu, mais que o fenmeno da morte
provisria to comum que dentro em breve, diz ele: o problema no ser a
realidade fenmeno pesquisadores srio suscitou a boa vontade em muita gente
disposta a contar suas experincias pessoais, sem o receio de serem tomados por
dbil mentais. Tanto isto verdade, que vrios livros sobre este assunto esto
sendo publicados ou em preparo.
Para mencionar somente uns poucos, basta lembrar o seguinte: The Vestibule.
Uma coletnea organizada por Jess E. Weiss - O Pecker Books, o livro da Dra.
Klube-Rosse e o do Dr. George Ritchie Jr. este sob o ttulo de Retuan Fran To
morro w retomo do amanh, que j est circulando nos Estados Unidos.
Vamos encontrar o primeiro aspecto escolhido pelo Dr. Moody, o que ele
chama de Viso do Conhecimento. Que as pessoas ressuscitadas aps
clinicamente mortas, com dificuldades conseguem descrever este estado de
percepo global onde tempo e espao se tomam inexplicavelmente inexistentes.
Por momento - informou um dos entrevistados. Diz ele, conheci todos os
segredos de todos os tempos, todo sentido do Universo, as estrelas, a lua - tudo. -
Pergunta o Dr. Moody - Quanto tempo durou isto? Respondeu o entrevistado, voc
poderia dizer foi um minuto, ou poderia dizer 10 mil anos - foi a resposta. Uma
declarao muito importante, no primeiro livro do Dr. Moody, o que lembra
quando escreveu, que seus depoentes, no encontram nada semelhante ao Cu e
muito menos ao inferno, do lado de l da vida.
J agora, muitb embora tais noes teolgicas permaneam inaceitveis que
reconhecer que existem condies defendidas de bem estar e euforia, que se
assemelha ao estado de beatitude. Mais do que isto porm, h religies
perfeitamente reais, onde tais sensaes so experimentadas. O autor reuniu
alguns depoimentos nesse sentido, num captulo intitulado CIDADE DE LUZ,
narra um dos depoentes: Havia luz por toda parte, era uma verdadeira beleza -
S que no podia descobrir nem atinar de onde vinha aquela luz. L estava ela por
toda parte, vinha de .todos os lados, parecia que eu estava no campo com os
crregos, a grama, as rvores, as montanhas. Havia muita gente tambm. uma
paz infinita, uma verdadeira sensao presente de amor.
Descreve tambm uma senhora - Eu vi uma cidade - Havia edifcios esparados;
um brilho enorme deles. As pessoas ali eram felizes. Havia nascente de gua
cristalinas. Creio que podemos dizer, que era uma cidade luz. Ali tambm havia
msica.
Outros ressuscitados- tambm falavam do reino dos espritos
desorientados que segundo depoimento dessas pessoas, aqueles seres pareciam
ter sido apanhados numa armadilha, aparentemente numa condio de existncia
das mais infelizes.
Entrevistei um homem e disse-me que os espritos que viu no podia progredir
do lado de l, porque o Deus que acreditava ainda vivia aqui, ou seja seus interesses
eram por demais grosseiros. Tais espritos pareciam algo aturdidos, mas estavam
ali somente at o momento em que resolvessem os problemas ou dificuldades que
retinham naquele estado de perplexidade. Eles pareciam estar sempre em
movimento, no se fixavam em um s lugar, mas sem nenhum sentido especial de
direo. Partiam em linha reta e frente e, de repente viravam a esquerda: davam
uns passos e se voltavam para a direita. E nada, absolutmente nada, para fazer.
Eles buscavam algo, mas no me pergunte o que buscavam.
como disse Allan Kardec, resumiu este estado numa expresso: espritos
errantes e chamou essa condio Estado de Erraticidade.
Alguns dos ressuscitados informaram que tais espritos tentavam as vezes
comunicar-se com pessoas encarnadas. Um deles viu na rua, um homem que tinha
um desses espritos a segui-lo. O contato parecia muito difcil, porque os
encarnados no tinham conscincia dessas presenas invisveis, a despeito dos
esforos que os espritos faziam por se fazerem notados.
Pergunta o Dr. Moody - que desejaria eles dizer aos encarnados? resposta - A
coisa mais importante que desejavam transmitir era no apenas a notcia da
sobrevivncia, mas particularmente a necessidade de moralizao.
Uma pessoa viu um esprito de uma mulher tentando desesperadamente
comunicar-se com seus filhos - Tentava dizer- lhe, ao que parece, deveriam de
outra maneira, mudar, e modificar o estilo de vida. E pouco diante, como que a
justificar-se, o depoente acrescentou ao Dr. Moody: no estou tentando
moralizar ou pregar sermo,, mas esta parecia ser a mensagem que ela estava
tentando transmitir. Parece que naquela casa no havia amor, se que voc deseja
dizer assim. Parece que ela estava tentando reparar algo que havia feito. uma
experincia de que jamais esquecerei.
Conforme tem procurado demonstrar o Dr. Raymond Moody, nas suas
pesquisas, em alguns casos, as pessoas que passaram pela experincia da Morte
Provisria, foram poupadas desencarnao graas a interferncia pessoal de
algum "Agente ou ser Espiritual.
Ouamos a declarao de um homem que foi gravemente ferido durante a II
Guerra Mundial. Diz ele, eu no via nada, mas sentia uma presena maravilhosa, ali
ao meu lado, e uma voz bondosamente e sem eu ver que me disse: Estou aqui com
voc Reid. Seu tempo e sua hora ainda no chegou, a sua misso ainda no
terminou.,
Eu me sentia to descontrado e confortve naquela presena. Desde aquele
dia, nunca mais tive o menor temor da morte. Naquele estado escreve o Dr. Moody,
ali naquele momento de verdade, compreendemos que a beleza do nosso corpo, ou a
cor da pele no sao mais motivo de orgulho. Na verdade, nem mais o corpo fsico se
tem ali. A nica beleza que prevalece a alma. No fundo dessas especulaes um
conceito fundamental emerge na opinio do Dr. Raymond A. Moody (e com ele
concordamos em grau, nmero e gnero). A importncia do amor do conhecimento,
o que fazemos aos outros o que importa; e para fazermos a coisa certa
precisamos saber. Podemos dizer com convico, que isto uma boa aproximao
do duplo conceito de moral e sabedoria que os Espritos Superiores deixaram
explcito na Doutrina confiada a Kardec.
O que me impressionou, disse o Dr. Moody, foi a declarao de um paciente,,
porque ele percebeu que nem mesmo os pensamentos se perdem, cada pensamento
estava ali. Seus pensamentos, sem nenhuma exceo.
Outro homem se confessa profundamente envergonhado das coisas que fez ou
deixou de fazer. Mal podia esperar a volta para realizar o que negligenciara, ou
fazer certo aquilo, que fizera errado, quanto ao inferno tpico das fbulas
fantsticas teolgicas, pregado pelas igrejas, onde o ser sofreria o tormento
eterno, pregados pela religio, ao cabo de uma nica existncia, sem outra chance
perante as leis do Pai no encontramos. No h dvida, porm, de que existem
regies espirituais, onde o sofrimento angustia mais terrveis parece
aterrorizarem-se intemporalidade. Sabemos que o Dr. Moody ainda apresenta
alguns condicionamentos dogmticos que oferece objeo a existncia do inferno.
E admite tambm possibilidade do Juzo Final; tal como concebe a teologia
tradicional. No esqueamos de que o jovem mdico est chegando a verdade por
aproximao sucessiva, destilando a pacincia dos depoimentos daqueles que
foram l e voltaram.
O Dr. Moody confessou positivamente. No, eu no farias isso novamnte, na
prxima vez morreria naturalmente, porque uma coisa que eu entendi naquela
ocasio que a vida aqui no planeta Terra muito curta de tempo e h muito que
fazer enquanto voc est aqui. E quando voc morre eternidade. Esta declarao
diz o Dr. Moody, foi de um caso de morte provisri, por uma tentativa de suicdio,
e ele permaneceu l do outro lado da vida, com o mesmo problema por que estava
tentando se livrar por meio do suicdio. No dizer do Dr. Moody, opinando do ponto
de vista da Doutrina Esprita, no teria dvida alguma de contar a verdade.
Trata-se aqui de mera opo, ante a qual no h como hesitar, ante a suspeita
perturbao ainda em vida, do que a tremenda decepo no mundo pstumo,
quando a pessoa verifica que a vida espiritual, no nada daquilo que lhe ensinam
sem sermes, predicas, conferncias, artigos em livros e cursos.
Por outro lado, observa o Dr. Moody - se esses so verdadeiros e no existe
vida aps a morte, no h prejuzos para algum.
Mas se so verdadeiras, melhor que as pessoas estejam preparadas para o
que os espera. Esta outra face do argumento.
O Dr. Raymond Moody, declara que os seus colegas mdicos em geral, embora
confrontando com o fenmeno narrado, pelos seus prprios pacientes, no lhe
atribuam valor significativo. Por simples cortesia Murmuravam uma expresso
qualquer", com interesse. E s.
Eu mesmo, diz o Dr. Moody, reagia desta maneira, antes dos meus clientes, que
relataram experincias pessoais de Morte Provisria, isto foi, antes que eu tivesse
meu interesse despertando para o fenmeno.
O Dr. Moody reconhece que tanto a palavra amor; so de significado
Altamente Ambguo"; segundo depreende ele do depoimento de seus pacientes,
caso do amor, trata-se de um sentimento de profunda e total doao, podendo ser
caracterizada - Diz ele - geralmente como uma espcie de amor transbordante
espontneo, sem necessidade de estmulos especiais que dado a outrem a
despeito de suas falhas.
Este elevado conceito de amor fraterno. As perguntas encontram
infalivelmente naquele luminoso que sempre vem ao encontro delas no mundo
pstumo.
O esprto-guia, no vem julgar, nem mesmo censurar oii repreender, vem
trazer o seu amor, e tal sentimento as vezes, de maneira to extensa que parece
iluminar tudo, toma-se quase palpvel. uma experincia indiscutvel.
Uma jovem senhora que havia tomado da Morte Provisria", me procurou e
disse-me: Quando eu estava considerada como morta, um
esprito de luz me mostrou tudo que eu havia feito. O tipo de conhecimento
pretendido era de natureza mais profunda, relacionada com a alma.
Eu diria que sabedoria. Respondeu entao do Dr. Moody, creio que aquela
senhora acertou em cheio, a despeito da evidente dificuldade em colocar em
palavra, toda carga emocional que experimentou por breves momentos daquele ser
superior. E a entidade superior me perguntou mais, se eu estava satisfeita com a
minha vida. Pois ele demonstrava bastante amor em suas palavras, amor mesmo. Ela
se referiu a espcie de amor, em me levar a procurar saber se o meu vizinho tem o
que comer e o que vestir e me leva a ajud-lo, se no o tem.
Para no me alongar mais nestes comentrios, basta neste ponto, lembrar os
conceitos doutrinrios do Espiritismo, que * nos asseguram que a evoluo dos
espritos se desenvolve ao longo da dicotomia: conhecimento e moral. essa
precisamente, aconvico que nos trazem aqueles que experimentaram a morte 7
provisria. Esperamos ter condies de aplicar alguma coisa queaprendemos deste
estudo.
Desejamos continuar evoluindo tanto quanto possvel, no sentido de amar o
nosso semelhante e adquirir conhecimentos e ' sabedoria.
Em nome daqueles que esperam no desalento e na fJ aridez da descrena
agradecemos ao Dr. Raymond A. Moody, pelos /-seus nobres e legtimos
propsitos.
importante a contribuio que ele tem a oferecer a este mundo atormentado,
porque desta vez no so os espritos e nem os Espritas, que esto tentando
convencer ao irmo que sofre, mas o prprio ser encarnado, praticamente sem
nenhuma experincia ou conhecimento prvio da realidade espiritual, que
atravessou o porto das sombras e voltou para dizer com viva voz, como o
caminho que nos aguarda.
(Dados pesquisados no artigo de Herminio C. Mirandsa, publicado no
reformador de julho de 1978, sob o ttulo Morte Provisria0 , /

CAPTULO CVII Como o


Perisprito se liga ao Corpo
Humano
O perisprito o responsvel pelo edifcio fsico, embora sob influncia e
orientao do esprito que lhe der exato direcionamento.
O perisprito representa a tela refletora das energias do Esprito, e por seu
intermdio que a matria se organiza buscando uma finalidade; assim no
perisprito estaria uma espcie de prvio modelo impondo as suas
pontencialidades na matria que tambm o sustenta pelo fornecimento das
experincias que ali se processam; a funo de um organismo, pertence a um
conjunto ' e no as unidades que o compe; as unidades celulares, em .'constantes
transmutaes, possuem tarefa especficas que se -completam.
O perisprito a servio do esprito, onde pequena parte das suas qualidades
refletida numa determinada jornada reencarnatria.
No livro A Mensagem do Apocalipse, do escritor esprito Dr. Nelson Lobo de
Barros, na parte quando ele interpretava o 10 captulo do Apocalipse citou o
seguinte: Nada se conhece, no plano da matria mais leve que o hidrognio; e
segundo declarou o grande historiador e escritor espiritualista Pietro Ubaldi, o
nosso perisprito constitudo de matria semi- material como seja: Oxignio,
Hidrognio, Carbono e Azoto, extrados do fluido universal de cada globo para
constituio do seu envoltrio. E no plano espiritual a medidas que os espritos vao
se elevando irao perdendo as matrias componentes, ficando somente com o
hidrognio; um corpo luminoso, fosforescente. E por isso que os videntes, quando
nos retratam, atravs de quadros cristalogrficos, a presena de Entidades
Anglicas, nos relatam essa tnica lucilante, fosforescente, luminosa, ou seja, esta
tnica de hidrognio, tnica levssima.
O livro dos espritos do nmero 344, quando relata a unio do esprito com o
corpo, comea dizendo o seguinte: A unio comea na concepo, mais s se
completa por ocasio do nascimento.
Desde o instante da concepo, o esprito designado para habitar certo corpo a
este se liga por um lao fludico, que cada vez mais se vai apertando at o instante
que a criana v a luz. O perisprito orientador da organizao fsica, cujas
clulas e- tecido esto em constante renovao - Como declarou G. Delanne - em
seu livro A revoluo Anmica o seguinte: O perisprito, por intermdio de suas
linhas de fora estar como que implantado na- matria, pois, em ltima anlise, a
matria traduz a condensao ; das energias perispirituais.
O perisprito apesar de coligado a matria, sofre afrouxamento nessas
ligaes, em estados especiais (transes) o mesmo durante o sono., :jl <1(, _
O afrouxamento dessa imantao, com as clulas fsics possibilitaria as
conhecidas projees (desdobramento), sada astral, traduzindo especficas
percepes.
Carrega o perisprito, em sua estrutura, um componente de centro de foras
bem especficas, conhecidos como centros vitais, descrito pelos antigos,
atravs de teosofia, como charcaras, segundo informaes espirituais, existe
sete centros principais; salientando-se o centro coronrio, correspondente ao alto
da cabea, como orientador dos demais, uma verdadeira cadeia de funcionalidade,
influenciando as zonas fsicas que lhes corresponde. Assim segue-se o centro
cerebral ao lado coronrio; o centro laringeo na altura do pescoo; o centro
cardaco corresponde a regiao do corao; o centro esplnico a altura do bao, o
centro gstrico na regiao estomacal e o centro gensico em correspondncia aos
rgaos sexuais.
Todos esses centros, pelas suas caractersticas de impulso, organizao e
direo de trabalho podem exteriorizar-se, contrair-se e expandir-se, a fim de
observar ou emitir energias com variada finalidade. A sua precpoca funo seria a
de canalizar as energias do esprito, aps campos de matria que melhor as
identificam com os chacaras so os plexos nervosos do neuro vegetativo, por onde
as sugestes espirituais seriam feitas sem interferncia da vontade consciente do
sistema nervoso crebro- espinhal.
No perisprito existiro os registros de todas v* experincias, atividades,
sensaes e emoes que se realizam no corpo fsico; todos esses registros so
trasladados para a zona espiritual aps as devidas e necessrias adaptaes, isto
porque o perisprito no o detentor definitivo das experincias, mas um corpo
intermedirio, embora com estruturas especficas que o r. qualificam em estgio
funcional mais avanado que a bioqumica de nosso corpo fsico.
Nessa conjuntura, quando o processo reencarnatrio,
- m boa nmero de casos, o esprito com aspecto ovide por ter . - cedido a
maioria do seu perisprito as foras da natureza, fica envolvido por tnue camada
do restante perispiritual e sustentado por capa vibratria bem definida e
acrescenta: o corpo mental, zona que o separa da regiao espiritual; medida em
que o desenvolvimento embrionrio se vai observando, o novo perisprito tambm
se vai ampliando, ou melhor, a zona fsica se vai avolumando pelo impulso do novo
perisprito em crescimento com caracterstica inspiradas pelos vrtices
energticos da zona espiritual.
Quando o esprito se apresenta sem o corpo fsico, portanto desencarnado, o
perisprito com o seu campoeletromagntico, continua mostrando-se com o
formato do corpo fsico, que impulsionava, porm com modificaes funcionais
ligadas, principalmente, ao campo dos aparelhos digestivos e gensico, em grau de
viabilidade dependentes da posio evolutiva do ser.
O perisprito pode e deve ser considerado como uma organizao fludica, onde
as estruturas fsicas se modelam em suas malhas por estarem submetidas sob sua
direta influncia.
Os seus campos energticos podem ser mais ou menos densos, na dependncia
da posio evolutiva em que se encontram determinado esprito.
Nos espritos mais atrasados o perisprito bastante denso e, como tal, bem
aderente aos campos materiais nos espritos mais evoludos apresenta-se tnue e
rarefeito, com possibilidade de mais fcil desligamento do campo material que
influencia.
Esta ltima qualidade pode propiciar ao encarnado, maiores expresses de
inteligncia e mesmo apresentar, de modo mais ostensivo, a fenomenologia
paranormal. Dessa forma, conclui- se que o perisprito possui "organizao
anlogas ao corpo fsico* porm muito mais expressivas e avanadas.
Allan Kardec, no livro dos espritos, procura explicar de! que maneira se d a
unio esprito (alma) com o corpo e que. nome ela toma quando deixa o corpo
material e explica tambm* atravs de quem ela presa ao corpo material. Diz ele
o seguinf:/-; Durante a vida, o esprito se acha preso pelo envoltrio semi-*
material ou perisprito. A morte a destruio do corpo, soment no a desse
outro envoltrio, que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgnica.
A observao demonstra que, no instante da morte da. corpo, o
desprendimento da perisprito no se completa subitamente; que, ao contrrio se
opera gradualmente e com uma lentido muito varivel conforme os indivduos. Em
uns bastante rpido, podendo dizer-se que o momento da morte (desencarna)
mais ou menos o da libertao. Em outros, naquelas sobretudo cuja vida foi toda
material e sensual, o desprendimento muito menos rpido, durante algumas
vezes, dias, semanas e at meses, o que no implica existir, no corpo a menor
vitalidade, nem a possibilidade de volver vida, mas uma simples afinidade com o
esprito, afinidade que guarda sempre proporo com a preponderncia que,
durante a vida, o esprito deu a matria.
O perisprito, como campo de energias mais amadurecidas, apresenta-se como
modelo organizador mais rico de qualidade, onde com efeito racional concebe-se
que, quanto mais o esprito se haja identificado com a matria, tanto mais penosa
lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevao
dos pensamentos operam um campo de desprendimento, mesmo durante a vida do
corpo, de modo que, em chegando a morte do corpo, ela quase instantaneamente
liberado. Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivduos que se tem
podido observar por ocasio da morte (desencarne).
Essas observaes ainda provam que a afinidade, persistente entre a alma e o
corpo, em certos indivduos, , as vezes muito penosa, porquanto o esprito pode
experimentar o horror da decomposio. Este caso, porm, excepcional e
peculiar a certo gneros de vida e a certo gneros de morte, verifica-se com
alguns suicidas.
Allan Kardec, atravs do livro dos mdiuns explica com muita preciso a funo
verdadeira do perisprito e comea dizendo o seguinte: Os espritos portanto, so
como se v, seres semelhantes a ns, constituindo ao nosso derredor, toda uma
populao invisvel no estado normal, porque conforme veremos . essa
invisibilidade nada tem de absoluto. A natureza do perisprito muito especial
para a explicao que temos de dar. Dizemos que, embora fludico, o perisprito
no deixa de ser uma especial da matria, o que decorre do fato das operaes
tangveis.
O esprito precisa pois de matria, para atuar sobre a matria. Tem por
instrumento direto de sua ao b perisprito, como o homem tem o corpo. Ora o
perisprito matria, serve-lhe de agente intermedirio, o fludo Universal,
espcie de veculo sobre que ele atua, como ns atuamos sobre o ar, para obter
determinados efeitos por meio da dilatao, a compresso, da propulso, ou das
vibraes.
Considerado desse modo, facilmente se concebe a ao do esprito sobre a
matria.
Compreende-se desde ento, que todos os efeitos que da resultam acabem na
ordem dos fatos naturais e nada tem de maravilhoso.
S aparecem sobrenaturais, porque se lhe no conhecia a causa. Conhecido
esta, desaparece o maravilhoso e essa causa se inclu todas nas propriedades
materiais do perisprito.
uma ordem nova de fatos, que uma nova lei vem explicar e dos quais dentro de
algum tempo, ningum mais se admirar, como ningum se admira hoje de se
corresponder com outras pessoas, grande distancia, em alguns minutos, por meio
da eletricidade.
No ato da concepo, feito a ligao inicial em sentido direto com a matria
orgnica, pois durante o perodo de gestao do seu futuro corpo.
O esprito durante a formao do corpo, quem d vida ao mesmo tanto isto
verdade que os laos que os prende ao corpo so muito frgeis, facilmente pode se
romper isto por vontade do esprito, se por um motivo qualquer, contra a sua
vontade e se recuar diante da prova que escolheu, em tal caso porm a criana no
vinga.
Uma pergunta que a maioria das pessoas desejariam saber; se o esprito sofre
alguma modificao no momento da reencarnao? Sofre uma verdadeira
modificao - Falamos de forma preexistente, nela significando o modelo de
configurao tpica ou, mais propriamente o uniforme humano*', os contornos as
mincias anatmicas vo desenvolver-se de acordo com os princpios de equilbrio e
com a lei de hereditariedade.
A forma fsica futura de um encarnante depender dos cromossomos paterno e
materno, adiciona-se a este fator '.limordial a influencia dos moldes mentais da
me, a atuao do prprio interessado, o concurso dos espritos construtores que
agirao como funcionrios da natureza divina, invisveis ao olhar terrestre, o auxlio
afetuoso das Entidades Amigas que visitaro constantemente o reencarnante, nos
meses de formao do novo corpo e poder fazer uma ideia do que vem a ser o
templo fsico que ele possuir por algum tempo, como ddiva da Superior
Autoridade de Deus, a fim que se valha da bendita oportunidade de redeno do
passado e iluminao para o futuro, no tempo e no espao. Alguns fisiologistas da
Crosta concordam em asseverar que a vida humana um resultado do conflito
biolgico, esquecidos de que, muitas vezes, o conflito aparente das foras
orgnicas no seno a prtica avanada da lei de cooperao espiritual.
E para concluirmos o assunto em tela - perguntar-se-, talvez como pode o
esprito com auxlio da matria to sutil atuar sobre corpos pesados e compactos.
Devemos esclarecer mais o seguinte: suspender at mesas etc. semelhante
objees certo que no ser formulada por um homem de cincia, visto que, sem
falar das propriedades desconhecidas que esse novo pode possuir, no temos
exemplos anlogos sob as vistas? No nos gazes mais refeitos, nos fludos
imponderveis que a indstria encontra os seus mais possantes motores? Quando
vemos o ar abater edifcios, o vapor deslocar enormes massas, a plvora
gaseificada levantar rochedo etc. Que dificuldade acharemos em admitir que o
esprito, 1 'com o auxlio do seu perisprito possa levantar o objeto pesado,
sobretudo sabendo que esse perisprito pode tomar-se visveis, tangveis e
comportar-se como um corpo slido?.
(Dados pesquisados no Livro dos Espritos, Livro Missionrio da Luz e Gnese
de ALLAN KARDEC).

CAPTULO XVIII As Moradas


na Casa de Meu Pai
A humanidade de hoje, difere muito da humanidade de ontem. Os raciocnios
passados no mais se ajustam as nossas necessidades presentes.
E para uma demonstrao decisiva de que os conhecimentos antigos, no nos
podem mais servir, passamos a palavra a alguns homens eminente de passado
longnquo, e que hoje contempla do alto estarrecidos com suas velhas concepes.
Como por exemplo:
"A mitologia Hindu", sustentava ou melhor, ensinava* que o astro do dia
despojava tarde a sua luz e atravessava o cu durante a noite com uma face
obscura.
Anaximando de Mileto sustentava segundo Plutarco, que o sol era um carro
cheio de fogo vivssimo que se escapava por uma abertura circular.
"Espicuro", segundo uns, sustentava a opinio de que o sol aparecia pela manh
e se apagava tarde nas guas do oceano. Podia continuar, enumerando dezenas de
opinies, de grandes sbios da poca, mas todas elas, sem nenhuma base
fundamental de consistncia e de afirmao o que o tomaria muito enfadonho.
No 5 sculo antes da era crista, a Grcia era bastante florescente e as
primeiras ideias que os homens fizeram da Tera, dos movimentos dos astros e da
constituio do Universo era muito restrita e no nos podem mais servir; motivo
pela ignorncia das leis mais elementares da fsica e da fora da natureza e s
dispondo de v istas limitadas como meio de observao, eles no podiam julgar,
seno pelas aparncias.
Vendo o sol aparecer pela manh de um lado do horizonte, e desaparecer
tarde do lado oposto, calcularam naturalmente, que a Terra era quem girava, eles
responderiam que tal no podia ser, porque vemos o sol mudar de lugar e no
percebemos que ele girava ao redor da Terra, enquanto essa ficasse imvel.
Se naquele tempo, se dissesse aos homens o contrrio que a Terra era quem
girava, eles responderiam que tal no poderia ser, porque vemos o sol mudar de
lugar, e no percebemos a Terra movimentar-se.
Somente em l6l0, da nossa era crist; quando pela primeira vez, o Telescpio
foi dirigido para a lua por Galileu. E da para c o impossvel' perante a cincia,
nada mais significava.
Ns sabemos que quando Jesus esteve em misso aqui na Terra, ele declarou
que, na casa de meu Pai, havia muitas moradas. Disse ento Jesus o seguinte: No
livro de So Joo (Cap. XIV, 1 , 2 e 3).
No se turbe o vosso corao. Credes em Deus, credes tambm em mim, na casa
de meu Pai, h muitas moradas, se assim no fosse eu v-lo teria dito pois vou
aparelhar-vos o lugar e virei outra vez e tomar-vos-hei para mim mesmo para que
onde eu estou estejas vs tambm.
Sabemos hoje, que Jesus se referia, que a casa de seu Pai Universo, as
diferentes moradas, so os mundo que gravitam no espao infinito e oferecem aos
seres encarnados, habitaes adequadas ao seu avano, mdependeniemente da
diversidade de mundos.
No ensino da Doutrina Esprita, ela nos esclarece que os diversos mundos, a que
se referiu Jesus, sao bem diferentes uns dos outros, quanto as condies e o grau
de adiantamento, ou de inferioridade dos seus habitantes.
Embora no possa fazer uma classificao absoluta dos outros mundos, quanto
as condies e o grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes.
Embora tambm no se possa fazer uma classificao dos outros planetas,
podemos todavia, em face do seu estado e destino dividi-lo de modo geral em
murtdos primitivos, apropriado s primeiras encarnaes da alma humana, como
classifica e define o Evangelho segundo o espiritismo, em mundo de expiao e de
provas, onde o mal predomina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda
tenham que encarnar para expiar, adquirem novas foras, repousando das fadigas,
das lutas; Mundos Felizes, onde o bem supera o mal: mundos celestes ou Divinos,
morada dos espritos puros, onde o bem impera exclusivamente.
Os espritos encarnados, num certo mundo, ou mesmo moradas do Pai conforme
chamou Jesus, ou como queramos cham-lo, no esto a ligados indefinidamente,
nem realizam nele todas as fases progressivas que devem percorrer para alcanar
a perfeio. Quando atingem num planeta, o grau de adiantamento por ele
comportado, passam a outro mais elevado, e assim por diante at chegarem ou
alcanarem ao estado de espritos puros.
Sao estas portanto as variadas estaes, em cada uma das quais, eles acham
elementos de progresso compatvel com o seu adiantamento.
E para eles uma recompensa, o passarem a um mundo de ordem mais elevada;
como castigo a estada num planeta, ou em um mundo inferior ou serem relegados,
para um outro mais inferior aqueles que sao forados a deixar; em virtude da sua
obstinao no mal.
H quem se admire, de ver na Terra tantas perversidades e paixes malvolas,
tantas e to variadas desditas e enfermidade e inferem da que bem triste coisa
a espcie humana.
Continua explicando o Evangelho - de fato a espcie humana compreende todos
os seres dotados de raciocnio, que povoam os numerveis planetas do Universo.
Ora, o que a populao da Terra, ao lado da populao total dos Mundos? -
Menos que uma aldeia, em relao a de um grande Pas.
Assim como, em uma cidade nem toda populao est no hospital, nem na cadeia,
tambm a humanidade no se acha na Terra; e assim como se sa do hospital curado
e da priso quando vencido o tempo de sentena, o homem deixa a Terra, por um
mundo mais ditoso logo que curado das suas enfermidades morais.
O esprito de Santo Agostinho, nas suas ltimas mensagens medinicas em
Paris, no ano de 1860, publicadas no Evangelho Segundo o Espiritismo nos dar uma
. ideia perfeita da vida dos habitantes dos mundos de regenerao e Mundo
Felizes.
Comea ele dizendo em sua mensagem o seguinte:
Entre as estrelas que cintilam na abbada azulada, quantos mundos existem
como o vosso, designado pelo Senhor para expiao e provas! Mas, h outros
tambm mais miserandos, ou melhores, como os h transitrios, chamados
regeneradores.
Cada turbilho planetrio, gravitando no espao, em ; tomo de um foco comum,
arrasta consigo mundos primitivos, de exlio, de provas, de regenerao e de
felicidade.
J vps falaram desses mundos, onde a alma nascente colocada ento
ignorante, ainda do bem e do mal; assim podemos caminhar para Deus senhora de si
mesma, na posse do livre arbtrio.
J vos disseram de quantas faculdades a alma foi dotada para fazer bem,
entretanto muitos so as que sucumbem.
Deus, porm, no os querendo destruir, permite-lhes emigrarem nesses
mundos onde de encarnao em encarnao, se depuram, se -regeneram e volvero
a se tomarem dignos da glria que lhe est assinalada.
O s mundos regeneradores, servem de transio entre os mundos de expiao e
os de felicidades; a alma que l se arrepende, sente a calma e a tranquilidade,
acabando de se depurar.
Sem dvida alguma, nesses planetas, os seus habitantes, esto sujeitos ainda
as leis que regem a matria.
A humanidade ali experimenta as sensaes e desejos, mas vivem liberto das
paixes desordenadas, de que so ainda cativos.
L o orgulho no emudece o corao, a inveja no o tortura, nem o dio o
atrofia. A palavra -'Amor- est insculpida em todas as frontes. As relaes
sociais so reguladas por uma perfeita equidade. Todos conhecem Deus, e buscam
dele aproximar-se segundo as suas leis. No entretanto no existe l a felicidade
perfeita, mas ircadia a sua aurora, o homem ainda de carne e por isso mesmo
sujeito as vicissitudes, das quais so isentos apenas os seres desmaterializados.
A criatura ali encarnada, tem ainda provas a sofrer, conquanto menos speras,
do que as angstias da expiao.
Comparadas Terra, tais mundos so muito felizes, e quanto de vs ficareis
satisfeitos por ali descansar, por isso a calmaria aps a borrasca; a convalescena
depois da cruel enfermidade.
Mas o homem, quando menos absorvido est pelas* coisas materiais entrev o
seu futuro, como no o fazeis vos compreender que existem outras alegrias que o
Senhor Deus promete aqueles que disso se tornarem dignos, quando a morte lhe
houver de novo destrudo o corpo para entrarem na vida verdadeira.
ento que a alma libertada h de esvoaar por todos horizontes, emancipada
dos sentimentos materiais e grosseiros, e levando consigo um perisprito puro
celeste, aspirando s eflvios de Deus, atravs do perfume de amor e caridade,
que lhes ressumbram do seio.
Santo Agostinho descreve com toda convico como so os mundos Felizes7 e
como se portam os seus habitantes; e tambm nos mundos chegado a um grau
superior, l as condies de vida material e moral, so muito outras tal como na
Terra a forma de corpo sempre como em toda parte, a humana , mais
embelezada, aperfeioada e sobre tudo purificada. O corpo nada tem de
materialidade, nem de molstias ou estrago gerado pelo predomnio da matria. A
leveza especfica dos corpos toma a locomoo rpida e fcil. Em vez de arrastar
penosamente sobre o solo, o homem desliza por assim dizer superfcie, ou paira
na atmosfera, sem outro esforo alm da sua vontade, maneira como se
representam os anjos, ou como os antepassados figuravam os manes nos Campos
Elsios. Os homens conservam a sua vontade os traos das migraes passadas e
aparece aos seus amigos como eram conhecidos, mas iluminados por uma luz divina,
transfigurados por impresses interiores, sempre elevadas.
Em lugar dos plidos semblantes, devastados pelo sofrimento e paixes e
inteligncia e a vida irradiam com esse fulgor que os pintores traduzem pelo
nimbo, ou aurola dos santos.
A vida isenta de cuidados e angstias, relativamente mais longa que .na
Terra. Com regra, a longevidade proporcional ao grau de adiantamento dos
mundos. A morte j tem os horrores da decomposio e, longe de ser motivo de
temor, considerada uma feliz transformao, porque l no existe dvida sobre o
futuro. Durante a vida, a alma, no mais estando encarcerada na matria compacta
irradia e goza de uma lucidez que a deixa em . um estado quase permanente de
emancipao e lhes permite a livre transmisso de pensamentos.
Nos mundos Felizes", as relaes entre os povos, sempre amistosas, nunca so
toldadas pela ambio de subjugar o vizinho, nem pela guerra, que lhe
consequente. A no h senhores nem escravos, nem privilegiados de nascimento.
S a superioridade moral e intelectiva estabelece as condies e confere a
supremacia. A autoridade sempre respeitada, porque s obtida pelo mrito, e
quem a exerce, usa sempre de justia. O homem nunca procura elevar-se acima dos
outros, mas acima de si mesmo, aperfeioando-se, seu anelo alcanar a graduao
dos puros espritos, e esse desejo no tormento, mas nobre ambio que o faz
estudar com ardor o molde de chegar a igual-los. Todos os sentimentos efetivos e
elevados da natureza humana a se acham engrandecidos e purificados. Os dios,
os cimes mesquinhos, as baixas cobias da inveja, so a desconhecidos.
Um forte lao de amor e fraternidade une todos os homens. Os mais fortes
ajudam os mais fracos. Possuem mais ou menos consoantes adquiriram com a
inteligncia, mas ningum padece a falta do necessrio, porque nenhum ser ali est
em expiao, em suma, o mal no existe. Finalmente diz mais Santo Agostinho. Na
Terra temos necessidade do mal, para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da
enfermidade para apreciar a sade. L nos mundos elevados e felizes esses
contrastes so desnecessrios.
(Dados colhidos no Evangelho Segundo Espiritismo - Pags. 48 e 49).

CAPTULO XIX O amor


fraternal sem hipocrisia
Nanca foi demais falar-mos do amor, j que o amor a mais alta expresso do
sentimento humano, o amor a fora que irradia, que espalha e converge, dar-se
numa constante e mtua vibrao.
O amor uma fora interior que liberamos a favor de nosso semelhante,
envolvendo a todos nesse alimento espiritual de primeira grandeza e que permite o
equilbrio de quem ama e de quem amada, clima de paz.
Apesar de falar-se de amor em prosa, em versos em pensamentos clebres
registrados na' literatura e nas melodias 5 imortais, o amor anda desgastado,
insuficiente para aquietar, apaziguar o homem de nossos dias.
Embora que haja algum que j ho acredita nessa poderosa fora, quando
chega a se desiludir com algum, quando v tanta desigualdade quando sofre
injustia, ou quando passa por uma incompreenso, e o pior, 'quando houve tanta
pregao sobre to sentimento e pouca vivncia de seus reflexos.
A prpria vida o amor e muitas vezes no esquecemos disso, da bno de
viver, de possuir um teto, de poder olhar o colorido matizado da natureza, de ficar
em silncio enquanto o sol se pe, deixando o horizonte com suas cores fortes que
se vao lentamente, enquanto a norte chega, e os pssaros fazendo coro nas
rvores, para vermos em seguida as noites estreladas que comprovam a imensido
enquanto somos muito pequenos. Por fim, nos esquecemos que a beleza e a
harmonia so manifestaes do amor na Terra.
E como nos diz o grande humanista Erich FromnT, o amor a nica resposta
sadia e satisfatria para o problema de existncia humana'. Porque jamais
poderemos restringir este sentimento como muitos fazem num ambiente de
romantismo e de falsas concepes e fantasias inteis.
O amor muito mais, e vive nos gestos mais simples e a evidncia nas horas
mais inspiradas.
Portanto caros leitores, com o amor nos olhos, saberemos descobrir os traos
de virtude ainda latente que se encontram na alma daqueles que nos cercam,
fazendo-nos cegos para suas paixes e para os seus defeitos auxiliando-os a
alcanar a sua cura espiritual aspirar pela reforma ntima.
Com o amor na nossa audio, receber por certo as confisses de ternura e os
desejos de aprimoramento timidamente em casa lbio e em cada crebro,
tomando-nos surdos para a maledicncia e para a calnia, para as insinuaes
venenosas.
Com o amor em nossa linguagem, as palavras se transformaro em blsamo para
as chagas morais que se abrem na alma de qualquer pessoa humana, deixando de
transformar no estilete ou num punhal para ferir dolorosamente as criaturas na
formao do dio e do rancor.
O amor sendo atravs das mos, movimentaremos os nossos membros
superiores no gesto de consolao e de ternura, na construo do bem; evitando
que jamais as mos se transformem num instrumento do mal porque muitos
seguiro os gestos e vero transformar-se em operosos trabalhadores do bem e
do amor.
Com o amor manifestado em nossos ps, poderemos conduzir o nosso templo
fsico para os ambientes humildes, respeitosos levando a tarefa prece e do
passe", como socorro domiciliar a todas as pessoas carentes evitando marchar-se
para antros de vcio e de paixes vis.
O amor uma arte; e como toda arte ela pode ser aprendida e despertada
quando abandonamos a rudeza do orgulho, nos curamos da chaga do egosmo e nos
despimos ds vestes inteis do amor-prprio e para vivenciar e pronunciar as
palavras bonitas atribudas a Sao Francisco de Assis amar e ser amado, pois
dando que se recebe.
Pois sabemos tambm, que o amor como um curso de um rio que desemboca e
desgua em um outro mais caudaloso, a criatura a quem amamos nos seguiro a
caminhada, iniciando-se na prtica da caridade, e o amor s cresce quando se
transforma ; .em mtuo bom.
Quando ns resolvemos a no esperar manifestaes de louvor, elogios ou
agradecimentos. Quando deixamos de -armazenar queixas e azedumes. Quando
deixamos de valorizar o mal e passamos a acreditar no bem, quando respeitamos a
todos indistintamente e nos colocamos surdos maledicncia e nos omitimos para
no evidenciarmos, estaremos ento aprendendo a difcil arte de amar,
principalmente nos dias turbulentos em que vivemos quando a violncia a tnica
de milhares de almas atormentadas que batem a nossa porta.
Devemos nos comportar e nos posicionar com lgrimas em prece, no suspiro, na
renncia, na viglia, nas palavras de silficio, na troca de olhares, nas mos que se
do por ideias que se elevam no trabalho de benefcio, na adoo de ns mesmos,
no -abro sem pressa, no saber ouvir, na falar sem ferir, encontramos iro: amor e
esses pequenos hiatos na vida sao poemas que no nscritos por no terem palavras
que se possa exprimir realidade.
O amor apoiando-se no apstolo Joo, era a essncia do Universo. Deus amor.
E disse mais, o amor doao, amor riegar-se, e doar-se ao semelhante. O amor
um sentimento procurado, cantado, louvado.
A palavra amor tem sentido amplo, que procura estabelecer, medir a
intensidade da relao entre duas ou mais pessoas.
Para o Espiritismo, o homem um esprito imortal, com uma histria pessoal,
desenrolada no longo do tempo, em vivncia e experincia. E um ser inteligente
em crescimento constante.
Quanto mais amplo se toma nosso amor, maior se faz a conscincia de nossa
profunda unidade amorosa com todos os seres, pois crescendo o nosso ser, cresce
igualmente nossa espcie de contato com o infinito e com o absoluto.
Finalmente diante do amor, no h discusses, polmicas e divergncias, pelo
amor descobrimos que somos com regatos, filho da mesma fonte.
como disse Emmanuel em Passes da Vida: O amor ' nos ensina que h
somertte uma famlia,'a perfeio; uma nica fora, o bem; um nico tribunal, a
conscincia; e um nico reino, o universo.
A ento seremos felizes, nos amamos sem falsa iluso e viveremos em paz.
(alguns dados pesquisados no livro Desenvolvimento Medinico", de Roque
Jacinto, pg. 113 114)

CAPTULO XX A Justia da
Reencarnao
O livro dos Espritos nos traz uma mensagem sobre a justia da reencarnao,
e que diz o seguinte:
Sobre a justia de Deus e a revelao, pois no nos cansamos de vos repetir,
um bom pai, deixa sempre aos seus filhos uma porta aberta ao arrependimento.
A razao no te diz que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna
todos aqueles cujo o melhoramento no depende deles mesmos? Todas as
criaturas, no sao filhas de Deus? . Somente entre os homens egostas, que se
encontra a iniquidade, o dio implacvel e os castigos sem remissao.
Todos os espritos tendem para a peifeio e Deus lhe faculta os meios de
alcana-lo, proporcionando-lhes as provaes da vida corporal. Sua justia porm,
lhes concede realizar, em novas existncias o que no puderam fazer ou concluir
numa primeira prova.
No obraria Deus com equidade, nem de acordo com sua bondade, se
condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundo do prprio meio
onde foram colocados e alheios vontade que os animava, obstculos ao seu
melhoramento.Se a sorte do homem se fixasse irrevogvel mente depois da morte,
no seria uma nica a balana em que Deus pesa as aes de todas as criaturas e
no havera imparcialidade no tratamento que a todos dispensa.
A Doutrina da Reencarnao, isto , a que consiste em admitir para o esprito
muitas existncias sucessivas, a nica que corresponde ideia que formamos da
justia de Deus para com os homens, que se acham em condies morais inferiores;
a nica que pode explicar o futuro a afirmar as nossas esperanas, pois que nos
oferea os meios de resgatar-nos os nossos erros, ;por nossas provaes. A razo
no-lo indica e os espritos a ensinam.
O homem que tem conscincia de sua inferioridade, haure consolao
esperana na Doutrina da Reencarnao.
Se cr na justia de Deus, no pode contar que venha a achar-se, para sempre
em p de igualdade com os que mais fizeram do que ele.
Sustem-no, porm, e lhe reanima a coragem a ideia de que aquela inferioridade,
no deserda etemamente do supremo bem e que, mediante novos esforos,'
dando-lhe ser conquist-lo. Quem que, ao cabo de sua carreira, no deplora
haver to tarde ganho uma experincia tardia no fica perdida: o Espiritismo a
utilizar em nova existncia.
Em geral, a reencarnao sistemtica sempre um curso laborioso de trabalho
contra os defeitos preexistentes nas lies e conflitos presentes.
Por isso o mapa de provas teis e organizado com*- antecedncia, como um
caderno de apontamentos dos aprendizes nas escolas comuns; levando-se em conta
a cooperao fisiolgica dos pais, personagem domstica, e o curso fraterno que
lhes ser prestado por inmeros amigos da espiritualidade, pois o encamante volta
a escola da Terra, para mais uma etapa.
Naturalmente a criatura renasce com independncia relativa e por vezes
subordinada a certas condies mais speras, em virtude das finalidades
educativas. Existe um programa de tarefas edificantes a serem cumpridas por
aquele que reencarna, onde os dirigentes da alma fixam a cota aproximada de
valores eternos que o reencarnante susceptvel de adquirir na existncia
transitria.
O esprito que toma esfera da carne, pode melhorar essa cota de valores,
ultrapassando a previso superior, pelo esforo prprio intensivo ou
distanciando-se dela enterrando-se ainda mais nos dbitos, menosprezando e
desfazendo as oportunidades que lhes foram conferidas.
Todavia, se a alma que regressa ao mundo permanece disposto ao servio de
auto-elevao sobrepairar a quaisquer exigncias menos nobres do corpo ou
ambiente, ^triunfando sobre as condies adversas e obtendo ttulos de vitria da
mais alta significao para a vida eterna.
Em s conscincia, portanto, ningum se pode queixar de foras destruidoras,
ou de circunstncias asfixiantes em se referindo ao crculo onde renasceu.
Haver sempre dentro de ns, a luz da liberdade ntima indicando-nos o
caminho que devemos trilhar, para lcanar a ascenso. Praticando a subida
espiritual, melhoraremos sempre.
Ningum ignora que o corpo humano. tem as suas atividades propriamente
vegetativas, mas talvez ainda no saibam, que o crpo perispiritual, morada da
alma encarnada, est totalmente ligado aos elementos celulares pelos liames.
Na organizao fetal, o patrimnio. sanguneo uma . ddiva do organismo
materno.
Diz mais o livro dos espritos, que a unio da alma com o corpo comea na
concepo, e o esprito designado para tomar determinado corpo, a ele se liga por
meio de um lao fludico que vai encurtando cada vez mais, at o instante em que a
criana vem a luz.
Durante o perodo de gestao, o esprito ligado com o corpo em formao pelo
lao fludico fica entregue a prpria gestante, atravs do seu perisprito, e a
permanece at o seu nascimento; o grito que ento se escapa de seus lbios
anuncia que a criana entrou para o mundo dos seres vivos e dos servos de Deus.
Diz mais, que a unio definitiva, no sentido de que outro esprito no poder
substituir o que foi designado para aquele corpo. Mas como os laos fludicos que
os prendem so muito frgeis, fcil de romper, podem ser rompidos pela vontade
do esprito que recusa ante a prova escolhida. Nesse caso a criana no vinga.
Se isto acontecer, o esprito escolher outro corpo para se reencarnar e
muitas vezes estas mortes prematuras acontecem por dois motivos: 1Q - pela
imperfeio da matria; 2a -uma prova para os pais.
Em geral, a reencarnao sistemtica sempre um curso laborioso de trabalho
contra os defeitos preexistentes nas lies e conflitos presentes. Por isso o mapa
de provas teis organizado com antecedncia, com um caderno de apontamento
de alunos escolares; levando-se em contra a operao fisiolgica dos pais,
personagem domstica, e o curso fraterno que lhe ser prestado, por inmeros
amigos da espiritualidade, pois o encamante volta a escola da* Terra.
Naturalmente a criatura renasce com independncia relativa e por vezes
subordinada certas condies speras, em virtude das finalidades educativas.
Existe um programa de tarefas edificantes a serem cumpridas por aquele que
reencarna, onde os dirigentes da alma fixam a cota aproximada de valores etemo
que o reencarnate - susceptvel de adquirir na existncia transitria.
O esprito que toma a esfera da carne, pode melhorar essa cota de valores,
ultrapassando a previso superior, pelo esforo prprio intensivo ou
distanciando-se dela, enterrando-se ainda mais nos dbitos; menosprezando e
desprezando as oportunidades que lhes foram conferidas.
Todavia, se a alma que regressa ao mundo, permanece disposta ao servio de
auto-elevao, sobrepairar a quaisquer exigncias menos nobre do corpo ou do
ambiente, triunfando sobre*as condies adversas, e obtendo ttulos de vitria da
mais alta significao para a vida eterna.
Em s conscincia, portanto, ningum se pode queixar de foras destruidora,
ou de circunstncia asfixiante, em se referindo ao crculo onde renasceu. Haver
sempre dentro de ns, a luz da liberdade ntima indicando-nos o caminho que
devemos trilhar, para alcanar a ascenso. Praticando a sua vida espiritual,
melhoraremos sempre.
Ningum ignora que o corpo humano tem as suas atividades puramente
vegetativas, mas talvez ainda no saibam, que o corpo perispiritual, morada da
alma encarnada, est fortemente ligado aos elementos celulares pelos liames. Na
organizao fetal, o patrimnio sanguneo uma ddiva do organismo materno.
Quando o corpo no vinga, no por deficincia da matria, mas - por provocao
de algum, cognominado de Aborto Delituoso.
Diz ento o livro dos espritos, que se assim praticando a me, ou outra
qualquer pessoa, cometer um crime ao -tirar a vida de um inocente, antes do seu
nascimento; porque isto os impede de passar pelas provas de que o corpo de via ser
o instrumento. E mesmo no existe o direito a ningum tirar -uma vida humana,
porque isto impedir a alma de passar pelas -provas de que o corpo deve ser o
instrumento.
Todos" os espritos tendem perfeio, a Deus lhes * proporciona os meios de
consegui-lo, com as provas da vida corporal.
Amigos leitores, a encarnao era pregada desde os primrdios da criao, e o
Cristianismo continua com a mesma ;' pregao. Nos lendo a Bblia, encontramos a
maneira, como o esprito de Luz, chamado Deus Jeov, determinava suas ordens,
ao Patriarca, pelo sistema psicofnico e psicogrfico.
Quando o Patriarca Moiss, conduzia o povo pelo deserto, a maneira dele se
comunicar com Deus Jeov, era pelo sistema psicofnico, somente uma vez ele
usou o sistema psicogrfico, foi por ocasio que ele recebeu no Monte Sinai os 10
mandamentos da Lei. Nas outras vezes, que Deus Jeov se dirigia aos seus
patriarcas, usando a psicofonia, como por exemplo: quando se dirigiu a No, para
determinar a construo de uma arca com 300 covados de comprimento, 50
covados de largura e 30 covados de altura, com diversos compartimentos, para
salvar das guas do dilvio, a famlia de No e um casal de cada animal. E por este
mesmo sistema ele falou com L, Abrao e muitos outros.
Existe muitas maneiras de nosso contato com os espritos, pelos sistemas
psicofnico e psicogrfico, pela materializao, pela pintura, pela msica, e isto se
dava at o ano 325 da era crist, foi quando o Imperador Constantino, por ocasio
do Conclio de Nicea, proibiu, e quem usasse desobedecer, seria considerado um
herege e era executado sumariamente, sem ao menos um gesto de defesa. Pela
histria ns vemos ali milhares de seguidores do cristianismo daquela poca,
serem rjogados vivos na arena, onde estavam os lees famintos, isto se dera at a
data de que Allan Kardec desamordaou o espiritismo, em abril de 1857, em que o
livro dos espritos completou o seu primeiro perodo decenal. E desta data em
diante, ns passamos a gozar de uma verdadeira liberdade graas a Deus.
Sem a reencarnao, tomara-se muito difcil, se no impossvel, de
entendermos o Evangelho. E para que possamos purificar os nossos espritos,
mister se faz que haja reencarnao, porque sem ela, impossvel libertarmos dos
nossos defeitos.
Por meio da encarnao, que voltamos ao planeta Tena, e damos continuidade
aos pagamentos de nossos dbitos; tanto os contrados nesta vida presente, como
em outras passadas. Por isso que Jesus foi muito bem claro e preciso quando
disse: enquanto no pagarmos o ltimo centil, no deixaremos a Terra, Em cada
nova existncia, o esprito d um passo para a frente na senda do progresso
espiritual. E desde que se ache limpo de todas as impurezas, no tem mais
necessidade das provas da ida corporal.
(alguma dessas verdades, foram transcritas com muita preciso do livro dos
espritos - pg. 122 e 199)

CAPTULO XXI O profeta


Joo Evangelista ainda vive?...
Podemos verificar que, sob a aparncia rstica de um simples pescador.
Sao Joao Evangelista, revelara-se um conhecedor profundo, um iniciado
magnfico, quando pelo amor do Evangelho e de Jesus, foi preso de deportado
como castigo para a ilha de JPtamos, revelando-se um dos maiores mdiuns de
vidncia, clarividncia e -transporte, que o mundo j conheceu e que aqui exps
atravs destas simbologias, os seus conhecimentos de vrias escalas do pretrito.
Portanto caros leitores, o profeta Joao Evangelista, foi o .apstolo amado de
Jesus, e o mdium usado para revelar humanidade os acontecimentos dos ltimos
tempos, dos tempos que esto chegados; ns sabemos que esse apstolo amado,
essa figura maiscula do Evangelho, aquele discpulo viril, resoluto, que foi o nico
que permaneceu junto a Jesus, quando ele estava sendo crucificado no glgota,
enquanto outros debandavam, lhes negavam, outros fugiam e outros j se dirigiam
a Emus.
O apstolo Joao Evangelista foi o nico que teve coragem de enfrentar o
Sindrio e a maldade do Hebraismo reinante; sendo uma das cusas de sua priso e
deportao como castigo para a ilha de Ptamos.
Ele foi assim um apstolo valoroso, destemido e de uma confiana em Deus sem
precedente, ele tanto tinha confiana, como tinha f em Deus e em Jesus .
Haja visto que, em outras encarnaes em vidas anteriores, ele foi o profeta
"Daniel", aquele mesmo Daniel, magnfico, que no temeu as ameaas que enfrentou
os lees em sua cova. e que enfrentou tambm o poder poltico real, mas no negou
a existncia de um Deus vivo. nico, e a sua f, o seu amor ao pai celestial.
E esse Daniel esplndido, volta sob a figura varonil de um Joo Evangelista.
Que depois retoma ainda a terra na figura encarnada, suave e meiga de Francisco
Bamardone o suavssimo Povello de Assis (So Francisco de Assis), ensinando
humildemenie o desapego ao fausto, pompa, ao esplendor do clero de ento, e
quem no nos dir que seja ele, esprito de esecol, de alta evoluo espiritual, um
desses pregoeiros, um desses missionrios^ que deve est encarnado em nossos
dias com vista ao prximo milnio, essa civilizao crist que permanecer na
Terra.
Por isso que insiste que profetizes outra vez, a muitos povos, naes,
lugares, lnguas e re*is, ou seja, aquela mesma significao, que nos explica, que no
planeta Terra, np somos apenas os territrios evoluindo com o mundo segundo' q
curso abenoado desta escola. Temos no s terrcolas, mas tambm Lunarianos,
Mercurianos, Marcianos, Capelinos, etc., isto ,. almas de vrias procedncias
planetrias, que esto aqui conosco em aprendizado em reexame, progredindo
conosco ou em misso transcendentes, em benefcios de nossa evoluo espiritual.
Ento aqui, Jesus nos confirma de certa maneira, que Joo Evangelista deveria
voltar, a ratificar aquilo que ele disse a Simao Pedro, quando convidara a Pedro a
acompanh-lo.
E Simao Pedro vendo que Joo lhe estava prximo, perguntou ao mestre: "
este?, Jesus respondeu, se eu quero que ele fique, at que volte, que ti imporia a
ti? "Segue-me tu*.
Cada um com sua tarefa, com sua missao, com seu dever. E esta frase do
Mestre, foi entendida naquela altura, que Joao no morreria nunca, pois Jesus
dissera que ele deveria ficar at que eu volte; at que eu retome em esprito no
segundo advento. No um advento fsico, no qual seria por certo de novo
crucificado. Mas um advento em esprito, quando o mestre entrar em sintonia
com todos os que habitarem aqui na terra.
Esta sintonia j se processou, com a vinda do Esprito de Verdade. Aquele que
Jesus anunciou aos seus discpulos, na casa do caminho, onde se reuniam, para
planejar os seus trabalhos. No segundo aparecimento, em que os apstolos,
estavam -muito tristes e chorosos, Jesus o confortou com a seguinte mensagem:
Se vs me amais, guardai meus mandamentos, e eu pedirei a meu Pai. e ele vos
enviar um outro consolador, a fim de que permanea ; 'convosco: O Esprito de
Verdade que o mundo no v e no o ". conhece. Mas quanto a voc, conhec-lo-eis
porque permanecer v. convosco e estar em vs.
Mas o consolador, que o Santo Esprito, que meu Pai enviar em meu nome, vos
ensinar todas as coisas e vos far relembrar de tudo aquilo que eu vos tenha dito
(Sao Joao cap. XIV v. 15, 16, 17 e 26):
Sabemos que o profeta Joao Evangelista, procurou deistacar atravs das suas
vidncias, quando esteve preso na linha de Ptamos, se referiu o seguinte;
Ento diz ele -E olhei e ouvi um anjo voar pelo meio do cu dizendo com grande
voz, Ai... Ai... dos que habitam sobre a Terra, por causa das outras vozes, das
trombetas dos trs anjos que hao ainda de tocar*, como que alertado, de que no
devemos esperar, nesses finais de ciclos, acontecimentos bons, agradveis porque
como j salientou agora a justia do alto.
Aparentemente pode parecer que uma punio do Plano Superior que poderia
ser suavizado e que poderia ser elevado; mas, como justo, que tudo que est
sujeito a lei da evoluo progrida, evolua.
A Terra tambm tem que evoluir; a sua vez de se manter com um plano de
retificao de reajuste, porque no momento em virtude de seu eixo inclinado, a
Terra uma grande escola, ou um grande hospital, e toda criatura que aqui
renasce, tem que sofrer, por se tratar de um planeta de expiao e provas.
Mas quando o eixo se verticalizar, ento teremos um plano em vertical para o
alto, e ser um mundo j mais evoludo espiritualmente, j mais adiantado, e no
teremos mais estes Carmas dolorosos para queimar", no teremos mais essas
vidas terrivelmente tristes de sofrimento, de angstia, de preocupaes, de
desencanto, que quase todas as criaturas tem que enfrentar nos seus testemunhos
dolorosos, porque atravs dessas dores, destes testemunhos que a criatura
atualmente evolui, convidado a se desapregar das iluses da matria e do mundo;
excursionar em esprito,, para os desotipianos maiores.
So os sofrimentos redentores, so dores que nos auxiliam, que nos
beneficiam, em ltima estncia, verificamos como afinal, aquilo que
aparentemente uma coisa desagradvel o sofrimento; a dor se transforma no
fundo e no fim, como beno de alto, porque atravs da dor que ns caminhamos.
Se no fosse a dor sacudir nossos espritos, permaneceramos adormecidos
sobre a Terra, envolvidos pela miragem do mundo, pelas nossas vaidades, pelas
iluses de riquezas, do comodismo satisfazendo o nosso orgulho, a nossa vaidade,
esquecendo completamente de que estamos aqui na terra,: para uma misso muito
grandiosa, por uma causa transcedente que. a evoluo dos nossos espritos, e
no apenas para beber, comer, e procriar; no apenas por causa da matria, mas
sim, por causas espirituais.
Se no fora a dor, no fora o sofrimento a visitar nossos coraes invigilantes,
permaneceramos ento adormecidos, acomodados com os prazeres deste mundo.
E tudo que ir se verificar, ser em benefcio da prpria terra, que tambm
tem o direito de progredir, substituindo esta civilizao espiritualizada, calma e
tranquila, porque nesta poca o Senhor Jesus entrar realmente em uma
verdadeira sintonia com todos os que aqui habitarem a terra, porque ele ser
realmente nosso Pastor, o nosso Senhor, orientando-nos, dirigindo-nos para a
fonte de gua viva que brotar de coraes maravilhosos.
A histria de nossa civilizao, observa-se apenas aquela sequncia
interminvel de guerras, desde a dos cem, de nmeros anos, e este instituto
blico acompanhando a criatura humana h milnios, porque no aprendemos ainda
que no atravs da violncia, da guerra, que se resolve questes.
Mas, o mundo, apesar das misrias e horrores que a guerra traz m seu bojo,
ainda prossegue preparando-se para novos conflitos, pois segundo previso do
Astrlogo Nostradamus", teremos algumas guerras de grandes propores at . o
final deste sculo.
Porm, atravs dessas catstrofes, no fundo e no fim, est a misericrdia do
alto promovendo o progresso, a assuno de um plano dos seus habitantes, ou seja,
daqueles que herdaro a Terra no terceiro milnio.
No ano de 1862, Santo Agostinho nos transmitiu a seguinte mensagem
medinica, atravs da psicografia de mdium psicgrafo, que foi publicada no
Evangelho Segundo o Espiritismo do seguinte teor:
A Terra, segundo essa lei, esteve material e moralmente pum estgio inferior
ao de hoje, e atingir sobre. este duplo aspecto, um grau mais avanado. Ela chegou
a um dos seus perodos de transformao em que, de um mundo expiatrio, se
tomar em um mundo regenerador. A ento os homens sero . felizes, porque nela
reinar a lei de Deus, a. alma que l se arrepende, sente a calma e a tranquilidade,
acabando de se depurar. Sem dvida que nesse planetas o homem ser sujeito
ainda as leis que regem a matria, pois a humanidade experimenta as nossas
sensaes e desejos, mas vive liberta das paixes desordenadas, de que somos
cativos. L o orgulho no emudece mais os coraes, a inveja no o tortura, nem o
dio o atrofia. Porque a palavra amor est insculpida em todas as frontes. As
relaes sociais so reguladas por uma perfeita equidade. Embora saibamos no
entretanto, que l no existe a felicidade perfeita, mas irradia a sua aurora. O
homem ainda de carne, por isso mesmo sujeito s vicissitudes, das quais sao
isentos apenas os seres desmaterializados. Tem ainda provas a sofrer, conquanto
menos speras do que as angstias da expiao. Comparados a Terra, tais mundos
sao muito felizes, e quanto de vs ficareis satisfeitos por ali descansar, por isso
servo-ia a calmaria aps a borrasca, a convalescena depois de cruel enfermidade.
Em tais mundos os homens compreendem que existe muitas alegrias que Senhor
Jesus prometeu queles que disso se tomarem dignos, quando a morte lhes de novo
destrudos o corpo para entrarem na vida verdadeira. entao que a alma libertada
h de esvoaar por todos horizontes.
Portanto amigos leitores, est a Santo Agostinho, atravs do Evangelho
Segundo o Espiritismo Kardecista, com essa mensagem que acabamos de
transcrever, e que veio confirmar o que outros espritos, j se manifestaram a
respeito da transformao do planeta Terra.
Ns no temos dvidas quanto a existncia entre ns do profeta Joao
Evangelista, e que o mesmo est vivo e encarnado em nossos dias, atravs da
importante misso.
(dados pesquisados no Evangelho Segundo oi Espiritismo de Allan Kardec)

CAPTULO XXII Como surgiu


o Planeta Terra e os seus
habitantes
Os povos tem formado, ideias muito divergentes, a cerca da criao do planeta
Terra e seus habitantes, isto de acordo com os conhecimentos que possuem.
Diz a Bblia Sagrada, que b mundo foi criado em seis dias, e pe a poca e data
de sua criao como sendo quatro mil anos, mais ou menos antes da era crist.
Ns sabemos atravs da1 cincia, que a histria da formao do' Globo
Terrqueo est escrita em caracteres irrecusveis no mundo fssil.
Isto no um sistema, uma doutrina, uma opinio insulada, um fato to certo,
como o do movimento da Terra.
A cincia escavando os arquivos da Terra, descobriu em que ordem os seres
vivos lhe apareceram na superfcie, ordem que est de acordo com o que diz a
Gnesis; havendo apenas a notar-se a diferena de que assim em vez de executada
milagrosamente por Deus em algumas horas, se realizou sempre pela sua vontade,
mas conformemente a lei das foras da natureza, em alguns milhes de anos.
Perguntamos aos leitores, ficou sendo Deus, por isso, menor e menos poderoso?
Perde em sublimidade a sua obra, por no ter o prestgio da instantaneidade?
Indubitavelmente, no.
A cincia longe est de desdenhar, ou apoucar a obra divina, nos mostra sob
aspecto mais grandioso e mais acorde, como as noes que temos o poder e da
majestade de Deus, pela razo mesma de ele se haver efetuado sem derrogao
das leis da natureza.
De acordo com o historiador e grande escritor esprita Edgard Armond, ele nos
conta em seu livro Os exilados da Capela*, o seguinte: que na realidade a cincia
ignora a data e o local do aparecimento, tambm ignora qual o primeiro a ser
considerado como tal.
Diz ele que existe at polmica com referncia ao surgimento da raa humana.
Da maneira como a Bblia explica, a cincia discorda: pois a Bblia diz que o planeta
e os astros foram feitos do nada, mas a raa humana, Deus tomou do barro, fez um
ttoneco e soprou em suas narinas e deu-lhe flego de vida, tudo bem. Agora o' que
os espritas no se conformam e no aceita que Deus, sendo a inteligncia
suprema, causa primria de todas as coisas, sendo tambm eterno - imutvel -
nico - onipotente- - unicente e soberanamente justo e bom. Sasse .de sua
plenitude Divina e viesse at o planeta Terra e construsse o homem em forma
artesanal - e declare tambm, que o homem sua imagem e semelhana. Quando
alguns historiadores chegaram at pensar que o homem descende do macaco, um
parente prximo da criatura humana; de to feio que era o homem no comeo da
criao; mas tudo isso so apenas conjecturas nada de positivo.
Ns sabemos que Deus tem seus limites, em que o homem pode penetrar at
certo ponto. Da para frente, no ser mais permitido a penetrao da fnente
humana. Mas, segundo as pesquisas sobre um assunto to delicado, podemos ouvir o
que nos disse o grande instrutor espiritual EMANUEL, em comunicao dada em
1937, pelo sistema psicogrfico do grande mdium Chico Xavier, que
transcreveremos a seguir, onde ele comea dizendo .o seguinte:
TAmigos, que a paz de Jesus descanse sobre vossos coraes. Segundo estudo
que pude afetivar, em companhia de elevados mentores da espiritualidade maior,
posso dizer-vos francamente que todas as formas vivas da natureza esto
possudas de princpios espirituais, e princpios que evoluem da alma fragmentria
at a racionalidade do homem. Continuando ele disse mais, que a razo, a
conscincia, a noo de si mesmo, constituem na individualidade a smula de muitas
lutas e de muitas dores, em favor da evoluo anmica .psquica dos seres. O
processo portanto da evoluo anmica, se verifica atravs de vidas cuja
multiplicidade no podemos imaginar, nas ^nossas condies de personalidade
relativas, vidas essas que no se circunscrevem ao reino hominal, mas que
representam o transunto das mais vrias atividades em todos os reinos da
natureza.
Todos aqueles que estudaram os princpios de inteligncia dos considerados
absolutamente irracionais, grandes benefcios produziram no objetivo de
esclarecer esses sublimes problemas do drama infinito do nosso progresso
pessoal.
O princpio inteligente, para alcanar as cumeadas da racionalidade teve
experimentar estgios outros, de existncia dos planos de vida. O homem para
atingir o complexo de suas perfeies biolgica na Terra, teve o concurso.de
espritos exilado de um mundo melhor, para o orbe terrqueo, espritos esses que
se convencionou chamar de componentes da raa adamica, e que foram em tempo
remotssimo desterrado para as sombras e para as regies selvagens da Terra,
porquanto a evoluo espiritual no mundo em que viviam, no mais a toleravam em
virtude de suas reincidncias no mal.
O vosso mundo era ento povoado pelo tipo primata Hominus, dentro das eras
da caverna e do silex essas regies de homens singulares, pelo seu assombroso e
incrvel aspecto se aproxima bastante do Pilheconlhrapus erectus, estudo pelas
vossas cincias modernas como um dos respeitveis ancestrais da humanidade.
Foram portanto as entidades espirituais a que me referi que, por misericrdia
divina em razo das novas necessidades evolutivas do planeta, impriram um novo
fator de organizao raa primognita, dotando-se de novas combinaes
biolgicas objetivando o aperfeioamento do organismo humano.
Portanto caros leitores, quando essa operao transformadora se consumou
fora da Terra, no astral planetrio, ou em algum mundo vizinho, estava ipso
facto, criada a raa .humana, com todas suas caractersticas e atributos iniciais -
a primeira raa me.
Mas segundo as pesquisas e concluses da cincia oficial, o Planeta Terra tem
2,1/2 bilhes de anos de existncia, tendo vivido 1 bilho de anos, em processo de
ebulio e resfriamento, aps o que somente ento surgiram os primeiros seres
dotados de vida.
O grandes esprita e historiador Edgard Armond, continua a sua narrativa,
dizendo-se que entidades realmente divinas, como intrprete, ou melhor,
executores dos pensamentos do criador, utilizaram-se do verbo que o
pensamento de Deus. E pelo verbo plasmam o pensamento na matria. A face do
verbo dentro das leis, age sobre esta condenando-o, e criando formas e
arcabouos para as manifestaes individuais da vida. .
O pensamento divino, s pode ser plasmado pela ao dinmica do verbo, e este
s pode ser emitido por entidades espirituais individualizadas possui fora e
poder,, para agir -no campo de criao invisvel, assim, quando o pensamento divino
manifestado pelo verbo, .ele se plasma na matria fundamental, pela fora da
anunciao mesma, dando nascimento a forma, a criao visvel aparencial.
O apstolo Paulo, em sua Epstola aos Efesios diz: Deus, por Jesus Cristo,
criou todas as coisas". E So Joo esclarece muito bem, diz ele o seguinte: No
princpio era o verbo, e o verbo estava com Deus, o verbo era Deus. Todas as coisas
foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez (So Joo, cao. 1 Vesc.
1 a 3).
E por isso, que o Divino Mestre Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a
vida, ningum vai ao pai, seno por mim.
Assim, pois, formou-se os mundos, seres e coisas, tudo pela fora do verbo que
traduz o pensamento criador segundo as leis que esse mesmo pensamento encerra.
- e outras palavras: O absoluto pelo pensamento, cria a vida e as leis e entidades
espirituais do plano divino, pela fora do verbo plasma a criao na matria, dao
forma e estrutura a todas as causas, e presidem sua evoluo na Eternidade.
Na Gnesis Csmica, no que se refere a Terra, a ao do verbo traduziu o
pensamento criador a seu tempo na constituio de uma forma global fludica,
emanada do sol central, que veio situar-se no devido ponto do sistema planetrio,
como novo recurso de manifestaes de vida para seres em evoluo.
. Ao seu redor e circundando-a, formou-se uma camada fludica de teor mais
elevado, destinada a servir-lhe de limitao e proteo bem de matriz - astral"
para a elaborao das formas vivas destinadas a evoluir nesse mundo em formao.
Nessa camada se continha os germes dos seres, conforme foram concebidas
pelo verbo, representando: tipos - .padres, fluidicamente plasmado para futuros
desenvolvimentos, como tambm espritos humanos, em condies evolutivas -
aptos . portanto para o incio de trabalhos na escalada evolutiva na matria.
Os gases internos, emanados do ncleo central, subia a periferia do conjunto,
onde eram contidas pela camada protetora, da condensado pelo resfriamento
natural, caam novamente sobre o ncleo em forma lquida, trazendo contudo em
suas malhas os germes da vida ali existente.
Esses germes assim veiculados, espalharam-se pela superfcie do globo em
formao, aguardando oportunidade de desenvolvimento; e quando aps inmeras
repeties desse processo de intercmbio, a periferia do globo ofereceu
finalmente, condies favorveis de consistncia, umidade e temperatura. Nela
surgiu a matria orgnica primordial -*o protoplasma", que permitiu a eclosao da
vida; com a proliferao dos germes j existentes, bem como de outros que
segundo a cronologia dos reinos, deveriam de futuro tambm manifestar-se. E
para concluir o assunto, de surgimento da Terra e os seus habitantes, diremos que
os seres vivos da Terra, com as formas atribudas pelo verbo e seus propostos;
apareceram no globo h centenas de milhes de anos, primeiro nas guas, depois na
Terra; primeiro os vegetais, depois os animais, todos evoluindo at seus tipos mais
aperfeioados.
Apesar de todos esses esclarecimentos - a tradio esotrica oriental definiu
o aparecimento do ser humano, como uma operao que se consumou fora da Terra,
no astral-planetrio, ou em algum mundo vizinho; porque ele aparecer com todas
as caractersticas e atributos iniciais, mas com espritos ainda inconscientes,
habitando corpo fludico de pouco raciocnio, quando cessou o trabalho de
integrao de espritos nesses corpos. O planeta se encontrava nos fins do seu
perodo geolgico, e j oferecia condies de vida favorvel para seres humanos
encarnados e j de h muito seus elementos o rei da criao".
E continuam informando que os homens primitivos, com espritos habitando
formas mais consistentes e j possuidores de mais lucidez, mas eram grotescos,
animalizados, inteiramente peludos, de enormes cabeas pendente para frente,
braos longos que quase tocava aos joelhos, era ferozes, de andar vacilante e em
cujo olhar inexpressivo e equvoco, predominava a desconfiana e. o medo.
Alimentavam-se de frutas e razes, viviam isolados e escondidos nas matas e nas
rochas, vendo nas feras que rodeavam por toda parte, seres semelhantes a eles, e
procriando instintivamente, sem preocupao de estabelecerem entre si laos de
afeto ou de intimidade permanente.
A proliferao era desordenada, os mpetos do sexo nasciam de forma
terrivelmente brbara, e os homens saiam furtivamente dos seus antes escuros
para se apoderarem pela fora de companheiras inconsciente e indefesas, com as
quais geravam filhos, que se criavam por si mesmo ao redor, no ncleo familiar,
como feras.
Seu comer era como devorar, bbiam abaixando a cabea e submergindo os
grossos lbios nas guas.
Falavam no como homens, emitiam sons suturais acompanhados de gestos
precisos para responder as suas necessidades mais urgentes, eram egostas e
solitrios, procuravam caa s para si.
Ele nunca ria e nem seus olhos derramaram lgrimas, o seu prazer era um grito,
a sua dor um gemido, e quem olhasse ento o mundo no diria que ele j era
habitado por seres humanos.
Eis a caros amigos leitores, o que a Doutrina Esprita tem procurado explicar,
com relao a formao do planeta terrqueo e o aparecimento do ser humano; e
que s posteriormente, com a vinda dos Capelinos, foi que trouxe o
aperfeioamento da raa humana e o seu desenvolvimento intelectual, espiritual,
moral e social. A doutrina esprita realmente uma fonte de ensinamentos, no s
no que respeita a imortalidade da alma e suas encarnaes .peridicas, as
condies de vida nos planos invisveis, que apresenta com detalhes jamais
revelados, ao conhecimento do EGO e das hierarquias espirituais; as sutilssimas
intercorrncias Karmicas, ao intercmbio dos seres habitantes dos diferentes
mundos e os processos mediante quais se opera; como tambm ao completo e
infinito panorama da vida csmica que, como uma imensa fonte escacha e
turbilhona no eterno transformismo que caracteriza e obriga a evoluo de seres e
de cousas.
Por outro lado, a cincia materialista estudando as clulas, comparando os
tipos, escavando a Terra e devassando os cus, tem conseguido apenas
estabelecer uma srie de concluses inteligeptes e justas, do seu ponto de vista,
para explicar as cousas, compreender a vida e definir o homem.
(dados pesquisados nos livros - Caminho de Luz de Emanuel e os exilados da
capela de Edgard Armond e o Evangelho Segundo o Espiritismo)

CAPTULO XXIII
Transformao do Planeta
Terra
No fim do ano de 1981, precisamente no ms de dezembro, no programa
Fantstico, exibido aos domingos pela TV-Globo e reproduzido pelo Canal 10" em
que se referia sobre as previses do mdico e astrlogo francs de nome
Nostradamus, referente ao que ir ocorrer nos fins deste sculo. Ns vimos e
ouvimos uma srie de profecias israelitas, acrescentando-lhes detalhes
impressionantes. To impressionantes que muitas pessoas de pouca f em Deus, j
mandaram construir no cume das montanhas verdadeiras fortalezas, como se tudo
isso pudesse evitar os cataclismas que irao advir. Outros mandaram construir
tambm edifcios subterrneos, com a mesma finalidade.
Atualmente muitas criaturas riem da singeleza, da afirmativa de que o planeta'
terra, ir melhorar, de que teremos uma civilizao fraterna, irm amiga no
terceiro milnio", como disse Santo Agostinho, atravs de uma mensagem
medinica em Paris, em 1862 o seguinte: A Terra, segundo esta lei, esteve
material e moralmente em um estado, inferior ao de hoje, e atingir sobre esses
dois aspectos, um grau elevado. J chegou a um dos perodos de transio, em que,
de mundo expiatrio, se tomar em mundo regenerador. A ento os homens sero
felizes, porque nele reinar a lei de Deus.
Mas... a, vem sempre a pergunta, como pode haver essa modificao? Se as
criaturas hoje, cada uma delas representa uma ilha de egosmo; vivemos num
arquiplago de egocentrismo, caminhando para o caos. E os homens prosseguem
carregando um vazio de si mesmo, num vcuo, amargurando seus coraes,
esquecendo completamente de Deus? Uma civilizao que no tem Deus, que no
tem f, a no ser .uma f de convenes.
Como pode haver fraternidade, amor, abnegao? Uma vez que a humanidade
continua no indiferantismo, como j foi dito acima, mas ns certamente iremos
verificar que essa modificao realmente ir se processar, ir se efetivar, atravs
dos fenmenos, das formas e das profecias aqui transcritas e explicadas. Ns
sabemos atravs da histria sagrada, que todas as vezes que o planeta Terra,'
passou por uma modificao com referncia aos seus habitantes, a sua populao
que viveu aquela poca, sofrei uma verdadeira expurgao.
Podemos citar como exemplo em confirmao do que dizemos, citaremos s
dois casos. O ! foi o dilvio universal, no cap. 6 e Vesc. 11 e 22, da Gnesis da
Bblia Sagrada, em que Deus comea dizendo, pois viu que a Terra estava
corrompida e cheia de violncia, como nos dias atuais, e ordenou a No, por uma
mensagem medinica; psicofnica, que fabricasse uma arca de madeira, com vrios
compartimentos. No obedeceu a ordem . espiritual e construiu uma arca
conforme determinao recebida. E juntamente com ele se salvaram das guas do
dilvio, somente sua esposa, os trs filhos - Sam, Co e Jaf, e suas respectivas
noras, e de cada animal um casal, o restante que tinha flego de vida pereceu. O 2D
caso, os das cidades de Sodoma e Gomorra, e as cinco vilas da plancie, * conforme
histria tambm da bblia, no livro de Gnesis (cap. 19 Vesc. 1 a 29), explica com
detalhes, como se deu as expurgaes acima, naquelas duas cidades, e que s
escapou com vida, L e suas 2 filhas, o restante da populao pereceu.Tudo isso
aconteceu porque os seus habitantes estavam cometendo crimes e violncias de
toda espcie e que se tomaram insuportvel aos olhos de Deus, igual aos nossos
dias atuais. Ou as pessoas julgam que o nosso Deus no o mesmo que governou na
poca de No ou L, com o mesmo sentimento de amor? Os que assim pensam,
esto enganados.
Portanto caros leitores, no novidade para ns os espritas, a expurgao que
se aproxima.
Comeando por Ramatis, que comentou a respeito do eixo da Terra, que est
inclinado, e dever se verticalizar, e mudar o seu eixo em uma verticalizao de
aproximadamente em 23 e 28, e esta revelao foi a ratificao do que j havia
sido profetizado pelo Grande Vidente da ilha de Ptamos, So Joo Evangelista,
quando l esteve preso.
Tambm na profecia do astrlogo Nostradamus, tem uma parte que se refere
sobre aproximao da Terra, por um astro, de nome Hercolobus, que possuidor
de um magnetismo capaz de atrair para o seu bojo, todos os espritos que
estiverem na crosta terrestre, no umbral, etc., e que afine com eles atravs da
sintonia vibratria.
Amigos leitores, a finalidade recproca desse grande astro que se aproxima da
Terra, trazer para seu bojo como j dissemos, todos os espritos em sintonia
vibratria no mal, que aqui se encontram para promover paralelamente a
higienizao do planeta Terra.
Ns sabemos que existe legies de espritos eminentemente sbios e
altamente poderosos, e que so auxiliares dos Senhores dos Mundos, que
planejam as formas de causas e seres, e outros ainda, que focalizam esses
funcionamentos, fazendo com que as leis divinas se cumpram inexoravelmente.
H um esmerado detalhamento, tanto no trabalho da criao como no
funcionamento dos sistemas e dos orbes.
No que respeita aos astros individualmente, e aos sistemas e superviso destes
trabalhos compete a espritos da esfera crtica, que na hierarquia celestial se
conhecem como Senhores dos Mundos.
Enquanto a cincia terrestre se ocupa unicamente de fatos referentes aos
limitados horizontes que lhe sao marcados, a cincia dos espaos, opera na base
das galaxias, abrangendo vastos e incomensurveis horizontes no tempo e no
espao.
O grande escritor esprita Edgard Armond, no seu livro Os exilados da
Capela, nos conta com detalhe, de que maneira ser a expurgao que ir
acontecer, no fim dos tempos, e cujo relato passaremos a transcrever: - Diz ele,
fazendo a transcrio de uma profecia nas'pginas nus 163 e 167 o seguinte: Os
perodos de expurgo-esto tambm previstos nesse planejamento imenso.
Quando os orbes se aproximarem desses perodos, entraro em uma fase de
transio, durante a qual aumentar enormemente a intensidade fsica emocional
da vida dos espritos encarnados, quase sempre de baixo teor vibratrio, vibrao
essa que se processa, que se projeta maleficamente na urea prpria do orbe, e
nos planos espirituais que lhe sao adjacentes; produza-se a uma onda de
magnetismo deletrio, que exige um processo quase sempre violento e drstico, de
purificao geral.
Estamos agora em pleno regime dum perodo destes. O expurgo que se
aproxima ser feito em grande parte com o auxlio de um astro, 33 vezes maior
que a Terra, e que para aqui se movimenta rapidamente, j alguns anos, desde 10 de
janeiro de 1950. A sua rbita to grande que para .percorr-la em uma
velocidade bastante razovel, gastaramos 6,666 dias. A sua influncia j comeou
a se exercer sobre a terra, de forma decisiva; essa influncia ir aumentar
progressivamente, at o ano de 1992, e comear a decrescer at o ano de 1999,
ano este que ser para todos os efeitos, o momento crucial desta dolorosa
transio. E est previsto que a passagem deste Herclobus pela Terra, ser no
dia 23 de maro de 1999-
Caros leitores, o dia de juzo, juzo final, ou mesmo fim do mundo que as
religies Catlica, Protestante e outras pregam, nada mais , do que esta
transformao que est prevista
profeticamente no Apocalipse, ratificadas por outras profecias de grande
crdito.
Porque a transformao do planeta Terra, e de que maneira acontecer
conforme j vimos mostrando, devemos informar ainda que a rbita do astro que
se aproxima da Terra oblqua em relao ao eixo da Terra, quando se aproximar
mais perto, e pela fora magntica de sua capacidade de atrao de massas,
promover a verticalizao do eixo da Terra, com todas as terrveis consequncias
que este fenmeno produzir.
Por outro lado, quando o astro se aproximar, tambm sugar da aura terrestre
todas as almas ou espritos que se afinem com ele no mesmo teor vibratrio de
baixa tenso; ningum resistir a fora tremenda de sua vitalidade magntica. Da
crosta, do umbral e das trevas, nenhum esprito se salvar dessa tremenda
atrao e ser arrastado para o bojo incomensurvel do passageiro descomunal.
Com a vertical izao do eixo da Terra, profundas mudanas ocorrero:
Maremotos, Terremotos, Afundamentos de Terra, elevao de outras, Erupo
vulcnica, degelos e inundaes de vastos territrios planetrios, profundas
alteraes atmosfricas e climticas, fogo, cinzas, terror e morte por toda parte.
A aura desse Astro", j comeou a envolver a Terra desde 1" de janeiro de
1950, e desta data em diante, e a cada vez mais e com maior intensidade, iremos
sentindo a ao, a influencia magntica desse planeta.
E como seu teor opressivo, denso, podemos constatar, como o materialismo
est crescendo como nunca se viu, a sensualidade, luxria caminham a passos
largos, e hoje na civilizao atual; um filme que no trate do sexo, no tem sucesso,
um livro que no explore um tema do sexo; quase no tem sada e no tem
vendagem; as revistas que no explorem o Nu", tambm no sero bem recebidas
nem aceitas.
Verificamos que a sexualidade est crescendo em todas as direes. Por toda
parte do mundo a paz, a serenidade, a confiana, a segurana desapareceram,
substitudas pela angstia,
pelo temor, pelo dio e haver dias muito prximos, que verdadeiros pnicos
tomar coqta das multides, como epidemias contagiantes e velozes.
A mensagem esclarece ainda , que a partir de agora, a populao do orbe
tender a diminuir com os cataclisma da natureza e com as destruies
inconcebveis provocadas pelos prprios homens. No momento final da expurgao
somente uma tera parte da humanidade se encontrar encarnada.
A influncia que estamos sentindo, como foi dito acima na parte social podemos
observar tambm, pelas temperaturas, pelos calores excessivos que agora
sentimos.
Lembrando ainda Ramatis, qu com muita f, focalizou estes temas que
estamos comentando. Ele fez uma pergunta da seguinte forma: Em vossas
comunicaes tendes descrito o magnetismo deste Astro intruso, esse a que nos
referimos como primitivo, agressivo; super-excitante das paixes inferiores? a
resposta dever ser a seguinte: Teor opressivo adstringente que liberaria o
magnetismo de um fel esterizado, prprio do planeta purificador que se aproxima
da Terra; porque tambm foi profetizado e assinalado pelo profeta Joo
Evangelista, o nome da estrela era absntio, que mais tarde foi ratificado, pelo
Astrlogo e mdico francs Nostradamus. Ns sabemos tambm pela histria
bblica que o profeta Joo Evangelista, foi preso e deportado para a ilha de
Potamus pelo amor que dedicou a Cristo, pois foi o nico apstolo, que teve a
coragem de enfrentar os guardas que montavam sentinela durante a crucificao
de Jesus, e pelo tempo que passou na cruz; ele nunca o abandonou e tambm nunca
negou a sua qualidade de discpulo. E somente por este motivo, ele foi preso e
deportado para aquela ilha a fim de se submeter trabalhos forados e l falecer.
Foi l tambm que ele recebeu a revelao e as mensagens apocalpticas, por
intermdio de suas vidncias, pois ele era um mdium por excelncia.
Realmente, o campo magntico do astro intruso, um profundo excitador das
paixes animais, porque; sendo seu magnetismo de natureza primria de um orbe
de energia superativada, tomando-se um multiplicador de frequncia lasciva e
egocntrica nas criaturas invigilantes; conforme temos explicado alhures; a
presena do planeta, produzir em determinadas latitudes geogrficas, um clima
excessivamente equatorial, vivendo o flagelo das secas e perturbando o
mecanismo da produo normal.
Diz tambm Nostradamus: Quando o sol se eclipsar completamente passar
em nosso cu, o novo corpo celeste colossal que ser visto a olho nu, mas, os
astrnomos no daro crdito aos seus efeitos, porque os interpretaro de outro
modo, ento no haver previso:
Ia) - Porque a cincia material no pode prever um fato ou efeito espiritual;
2a) Porque esse astro intruso, foi profetizado sua vinda, por previso proftica
de clarividncia, e mesmo porque este corpo, de efeito abrasador.
Essa indubitvel modificao do eixo terrqueo est assinalado principalmente,
onde se diz, ou melhor quando o profeta Joo Evangelista, prever no (cap. 8 Vesc.
12 do apocalipse).
Caros leitores, enquanto nossos olhos conturbados, prescutam os cus,
seguindo aflitos, ressoa em nossos ouvidos, e vindo das profundezas do tempo, as
palavras comovedoras do profeta Joo Evangelista nos repetindo. I
Ele era a luz dos homens, a luz resplandeceu nas trevas e as trevas no o
recebeu. E s ento, penitentes e contritos, nos medimos na trgica e tremenda
lio, a enormidade dos nossos erros, e a extenso imensa de nossa obstinada
cegueira. Porque fomos daqueles, para os quais naquele tempo, a luz resplandeceu e
foi desprezada.
Somos daqueles, que repudiamos a Salvao. Somos os proscritos que ainda se
realizaram e que vo ser novamente julgados, passados e medidos no tribunal do
divino poder.
Por isso que permanecemos ainda neste vale expiatrio de sombra e de morte,
a entoar lamentavelmente, a ninia melanclica de arrependimento.
Portanto voltemo-nos, pois, para o Cristo enquanto tempo; filiemo-nos entre
os que o servem, com humildade e amor, servindo ao prximo e abramo-nos nossos
coraes, amplamente, amorosamente, para o sofrimento do mundo, do nosso
mundo.
Assim pois, estamos vivendo no princpio das dores e um pouco mais os sinais
dos grandes tormentos estaro visveis no cu e na Terra no havendo mais tempo
para tardio arrependimento.
Nesse dia diz o profeta: -Quem estiver trabalhando, no desa casa e quem
estiver no campo no volte atrs. Porque haver grandes atribulaes e cada
homem e cada,mulher, estaro entregues a si mesmos.
Ningum poder interceder pelo prximo; haver um to grande desalento, que
somente a morte ser o desejo dos coraes; at o Sol se esconder, porque a
atmosfera se cobrir de sombras; e nenhuma Prece mais ser ouvida e nenhum
lamento mais comover as "Potestade ou desviar o curso dos acontecimentos.
Como est escrito.
E nesse dia haver uma grande aflio como nunca houve, nem mesmo por
ocasio do dilvio universal. Porque o mestre o senhor, e se passam a Terra e o
Cu, mas suas palavras no passaro.
Mas passados os tormentosos dias, os poios se tomaro novamente habitveis e
a Terra se renovar em todos os sentidos, reflorescendo a vida humana em
condies mais perfeita e mais feliz.
A humanidade que vir habit-la, ser formada de espritos mais evoludos, j
filiados s hostes de Cristo, amanhadores de sua seara de amor e de luz,
evangelizados, que j desenvolveram em aprecavel grau as formosas virtudes da
alma que so atributos de DISCPULOS.
E disse mais; estas palavras so fieis e verdadeiras, e o Senhor o Deus dos
profetas - O Pai enviou o seu anjo - enviou o seu mensageiro para mostrar aos seus
servos as coisas que em breve ho de acontecer.
Por isso que este Apocalipse, no entendido; muitas pessoas o consideram
um livro difcil, complexo, contraditrio, porque, ele foi destinado apenas aos
servos do Senhor. Foi endereado a uma pequena parte, e s esta tera parte o
entender, ele veio avisando-nos as coisas que iro acontecer.
Pois disse o Senhor: Eis que presto venho, rapidamente - Bem aventurado
aquele que guarda as palavras da profecia deste livro. No aquele que as l, ou que
as ouve apenas, mas aquele que guarda, que grava em seu corao estes avisos,
d*ele toma conhecimento e o auxiliam na modificao do seu interior, na renovao
do seu esprito, para que tenha direito a entrar na Terra do Terceiro Milnio,
pela reencarnao oficial, normalmente , com aprovao do alto.
(Dados pesquisados nos livros exilados da Capela, de Edgard rmond e evangelho
Segundo o Espiritismo).

CAPTULO XXIV A vinda dos


Capelinos ao Planeta Terra
No captulo seis (6) e Vesc. 2 a 4 do livro de Gnesis da Bblia Sagrada, ela se
refere a outros seres existentes na Terra, justamente na poca em que sua
histria falava da criao e da descendncia de Ado.
Esses homens que a Bblia chamava de .filhos de Deus, e que eram de
constituio agigantados; so justamente, alguns dos prescritos, que por castigo
foram transferidos do Planeta Capela*, para o planeta Terra, a fim de melhorar a
raa humana, que no comeo de sua histria, ou melhor, no comeo de sua criao,
parecia mais com animal irracional, do qu com ser humano.
Quando o planeta Terra se encontrava nos fins do seu terceiro perodo
geolgico, oferecendo condies de vida favorveis para os seres humanos
encarnados, a Terra foi julgada apta a receber a criao.
A tradio isotrica oriental, define o aparecimento do ser humano, da
seguinte maneira: Eles eram grotescos, animalizados, inteiramente peludos,
enormes cabeas pendentes para frente, braos longos que quase tocava aos
joelhos; eram ferozes e andar trpego e vacilante, em cujo inexpressivo e esquivo
predominava a desconfiana e o medo; como j expliquei em outra parte
anteriormente.
Eles se alimentavam de frutas e razes; viviam isolados, escondidos nas matas e
rochas, vendo nas feras que rodeavam por toda parte serem semelhantes a eles
mesmos e procriando-se instintivamente, sem preocupao de estabelecerem
entre si, laos de afeto ou de intimidade permanente.
A proliferao era desordenada, os mpetos do sexo nasciam de forma
terrivelmente brbara, e os homens saam furtivamente dos antros escuros, para
se apoderarem pela fora de companheiras inconscientes e indefesas e com as
quais geravam filhos, que se criavam por si mesmos ao redor, do ncleo familiar,
como verdadeiras feras.
A histria nos conta tambm, que os habitantes do Planeta Capela", foram
expulsos daquele orbe, por terem se tomado incompatveis com o resto de sua
populao.
Tentaremos explicar agora como se deu a transferncia de alguns daqueles
habitantes do Planeta Capela, para o planeta Terra, e o porque dessa
transferncia, conforme historiou Edgard Armond", no seu livro Os exilados da
Capela".
Nos explica Edgard Armond, que Emamnuelv o esprito de superior hierarquia,
to estritamente vinculado agora do movimento espiritual da Ptria do Evangelho e
Corao do Mundo.
Inicia sua narrativa desse impressionante acontecimento, da seguinte maneira:
H muitos milnios, um dos Orbes do Cocheiro", que guarda muita afinidade
com o globo terrqueo, atingira a culminncia de um dos seus extraordinrios
crculos evolutivos l existentes no caminho da evoluo geral, dificultando as
condies das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e de virtude.
E aps outras consideraes acrescenta: As grandes comunidades espirituais
eiretas do Cosmo", deliberaram localizar aquelas entidades pertinazes no crime
aqui na Terra longnqua.
Eles deviam dali ser expurgados por terem se tomado incompatveis com os
altos padres da vida moral, j atingidos pela evoluo da humanidade daquele
Orbe.
Resolvido pois a transferncia, os olhares de espritos atingido pela
inrrecorrvel deciso, foram notificados do seu novo destino e da necessidade de
sua reencarnao em planeta inferior.
Eles foram todos reunidos no plano etreo do planeta Capela, na presena do
Divino Mestre Jesus, para receberem o estmulo da esperana e a palavra da
promessa que lhes serviam de consolao e de amparo nas trevas dos sofrimentos
fsicos e morais, que lhes estavam reservado da teria justia por diversos
sculos.
Grandioso e comovedor foi ento o espetculo daquelas tribos de condenados
que colhiam os frutos dolorosos de seus desvarios segundo a lei imutvel da Divina
Justia.
Eis como Emmanuel, no seu estilo severo e eloquente, descreve a cena.
Foi assim que Jesus recebeu a luz do seu reino de amor e de justia, aquela
turba de seres sofredores e infelizes.
Com sua palavra sbia e compassiva, exortou aquelas almas desventuradas a
edificao da conscincia pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de
amor, no esforo regenerador de si mesmos.
Abeno-lhes as lgrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados
triunfos do futuro, e prometendo-lhes a sua colaborao cotidiana, e a sua vinda
no porvir, Jesus cumpriu a sua promessa, aqueles seres desolados; pois veio
rstaurar o mundo, habitados por eles. Algum poder, duvidar, dizer ou pensar,
que a vida de Jesus se limitou somente o perodo que esteve aqui encarnado no
planeta Terra como homem.
Eu vos afirmo de acordo com a histria, que Jesus, representou aqui na Terra-..
Pai, filho e Esprito Santo. Concluindo, afirmo tambm que o mestre Jesus, antes
mesmo, que o planeta Terra existisse, ele j era Deus, como tal vivia na glria
espiritual; razao porque ele consolou aqueles seres que breve viria ao encontro
deles, e estaria protegendo, com sua colaborao.
Assim como Jesus prometeu aqueles desolados e aflitos seres, que deixaram
atrs de si, todo um mundo de afetos.
Ele tambm, prometeu aos seus discpulos, t depois de crucificado e
ressuscitado, na sua segunda apario aos apstolos, quando todos estavam
reunidos na Casa do Caminho; e estavam chorosos e tristes, conforme explica o
Evangelho de So Joo (Cap.l4 Vesc, 15, 17 e 26), com a seguinte promessa de
consolao aos apstolos, assim como quando ele consolou os Capelinos.
Nos seguintes termos: Se vs me amais, guardai meus mandamentos; e eu
pedirei a meu Pai, e ele vos enviar um outro consolador, a fim de que permanea
etemamente convosco: O Esprito de Verdade que o mundo no pode receber,
porque no v e no conhece. Mas quanto a vs, conhec-lo-eis porque
permanecer convosco e estar em vs. Mas o consolador, que Santo Esprito,
que meu Pai enviar em meu nome vos ensinar todas as coisas e vos far
relembrar de tudo aquilo que vos tenha dito.
Jesus prometeu um outro consolador: O Esprito de Verdade, que o mundo no
conhece ainda, porque no ser maduro para compreend-lo, que o Pai enviar para
ensinar todas as coisas, e para fazer recordar aquilo que Cristo disse. Se -pois, o
Esprito de Verdade deve vir mais tarde ensinar todas as coisas; que Cristo no
disse tudo; se ele vem fazer recordar aquilo que o Cristo disse, porque isso no
foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo veio, no tempo marcado, cumprir a promessa do Cristo; o Esprito
de Verdade preside sua instituio, chama os homens observncia da lei e
ensina todas as coisas em fazendo compreender o que Cristo no disse seno
parbola. O Espiritismo veio abrir olhos e os ouvidos, porque fala sem figuras e
sem alegorias; ele ergue o vu deixado propositadamente sobre certos mistrios,
vem enfim, trazer uma suprema consolao aos deserdados da Terra e a todos
aqueles que sofrem dando uma causa justa e um fim til a todas as dores.
Ns sabemos, que desde a mais remota antiguidade, o Planeta gasoso, segundo
afirma o clebre astrnomo Eddingtn e que a sua cor amarela, o que demonstra
ser, um sol em plena juventude e como um sol deve ser habitado por uma
humanidade bastante evoluda; e maior do que o nosso 5.800 vezes; e dista da
Terra (4.275-000.000.000) quatro milhes duzentos e setenta e
cinco trilhes de quilmetros, o que corresponde a 45 anos luz.
Por milhares de sculos no viriam a suave lei da Capela, mas trabalhariam na
Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericrdia.
E assim a deciso irrevogvel se cumpriu, e os exilados, fechados seus olhos
para os esplendores da vida feliz no seu mundo, foram arrojados na queda
tormentuosa, para de novo somente abri-los nas sombras escuras do sofrimento e
de morte, no habitat planetrio.
Aps a queda, conduzidos por entidades amorosas, auxiliares do Divino Pastor,
foram os degredados reunidos no etreo terrestre e agasalhados em uma colonia
espiritual, acima da crosta terrestre, onde e durante algum tempo, permaneceria
em trabalhos de depresso e de adaptao para a futura vida a iniciar- se no novo
ambiente planetrio.
A esse tempo, os prepostos do Senhor, haviam conseguido selecionar no seio de
vrios povos que o habitavam, ncleos distintos e apurados de homens primitivos
em cujo corpo j biologicamente .aperfeioado, deviam iniciar-se no novo ambiente
planetrio.
Esses ncleos, estavam localizados, no Oriente, no Planalto do Pamir, no
centro norte da sia, entre os chineses e na Lamria e no ocidente entre os
primitivos Atlantas, sendo que entre todos os chineses eram os mais adiantados
como confirma Emmanuel, quando diz:
Quando chegou as almas prescritas da Capela em poca remotssima, verificou-se
que, a existncia chinesa com uma organizao regular oferecia os tipos mais
homogneos e mais selecionados do planeta, em face dos remanescentes
humanosprimitivos. E acrescenta: Inegavelmente o mais prestimoso foco de todos
os surtos evolutivos do Globo, a China milenria.
Nessa transferncia dos Capelinos para o planeta Terra, continuaremos
dizendo que eles j estavam reunidos no etreo terrestre, aguardando o momento
propcio para comear entao a reencarnar-se nos grupos selecionados a que j nos
referimos, predominantemente nos do planalto do Pamir, que apresentavam as
mais aperfeioadas condies biolgicas e etnogrficas, como sejam: Pele mais
clara, cabelos mais lisos, rosto de traos mais regulares, porte fsico mais
desempenado e elegante.
A respeito dessa miscigenao a narrativa de Emmanuel, se bem que do ponto
de vista mais geral no deixa, contudo, de ser esclarecedora.
Diz ele o seguinte:
Aquelas almas aflitas e atormentadas, reencarnaram-se proporcionalmente nas
regies mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famlias
primitivas, descendentes dos primatas. E como a sua reencarnao no mundo
terreno estabeleciam-se fatores definitivos na histria etnolgica dos seres.
Dessa forma, pois, que se formaram nessas regies os primeiros ncleos
raciais da nova civilizao em perspectivas que dali, foram se espalhando
sucessivos cruzamentos por todo o Globo, mxime no Oriente, onde habitavam a
terceira raa, em seus mais condensados agrupamentos.
A tradio Esotrica que explica a descida dos Capelinos, diz que nada existe,
que saibamos, nos arquivos do conhecimento humano que nos d, desse ftejj
remotssimo de to visceral interesse a saber: O da miscigenao de raas
pertencentes a Orbes siderais diferentes revelao assim to clara e
transcedente como essa que nos vem pelos porta-vozes da Doutrina Esprita, tanto
como consta em seus primeiros anncios da Codificao Kardequiana e das
comunicaes subsequentes de espritos autorizados, como agora essa narrativa
impressionante de Emmanuel, que estamos a cada passo citando.
Edgard Armond continua explicando que realmente, perlustrando os anais da
histria, das Cincias, das Religies e das Filosofias vem-las lanadas de relatos,
enunciados e afirmativas emitidas por indivduos inspirados que impulsionaram ou
deram rumo ao pensamento humano, desde os albores do tempo e em todas as
partes do mundo, conceitos e concepes que representam um colossal acervo de
conhecimentos de toda espcie e natureza.
Mas em nenhum desses textos a cortina foi jamais levantada to alto pra
deixar ver como esta humanidade se formou, no ^nascedouro segundo as linhas
espirituais da questo; e o esprito humano, por isso mesmo, e por fora dessa
ignorncia primria, foi deixando desviar por alegorias, absorver e fascinar por
dogmas inaceitveis,' teorias e idealizaes de toda sorte, muitas realmente no
passando de fantasias extravagantes ou ecolubraes cerebrais alucinadas.
Todavia neste particular que nos interessa agora, nem tudo se perdeu da
realidade e buscando-se no fundo da trama, muitas vezes inextricvel e quase
sempre alegrica dessas tradies milenrias, descobrem-se aqui e ali files
reveladores das mais puras gemas que demonstram no s a autenticidade como
tambm, a exatido dos detalhes desses empolgantes acontecimentos histricos,
que esto sendo trazidos a lume pelos mensageiros do Senhor nos dias que
ocorrem.
Assim, compulsando-se a traies religiosas dos hebreus, verifica-se que o
livro Apcrifo de Henoch, diz em certo trecho, Cap. 2-12.
Hoje anjos, chamados veladores, que se deixam cair do cu para amar as filhas
da Terra.
(Dados pesquisados nos livros: Os exilados da Capela pg. 41 a 42, e Caminho da
Luz).
CAPTULO XXV Os Quatro
Povos Principais Primitivos
Quando se deu a transferencia dos Capelinos do Planalto Capela, para o Planeta
Terra, houve naquela poca uma verdadeira diviso de raas, ou melhor, foram
divididas em (04) quatro raas.
O escritor e historiador Edgard Armond no relato do seu livro Os Exilados da
Capela, como se deu a impressionante depurao referente aos remanescentes
humanos agrupados, cruzados e selecionados aqui e ali, por vrios processos, em
cujas veias j corria dominadoramente o sangue e a chama espiritual dos exilados
da Capela, que passaram a formar quatro povos principais saber: Os rias na
Europa; os Hindus na sia; os egpcios na frica; e os israelitas na Palestina.
Aps a invaso da ndia para onde se deslocaram os rias, sob a chefia de
RAMA, a se estabeleceram, expulsando os habitantes primitivos, descendentes
dos Rutas da terceira raa; e ali organizando uma civilizao poderosa
predominantemente espiritual que em seguida, se derramou por todo um mundo.
Deles foram descendentes todos os povos de pele branca que um pouco mais tarde,
conquistaram e dominaram a Europa at o Mediterrneo.
Os Hindus, se formaram de cruzamentos sucessivos entre os primitivos
habitantes da regiao, e que fecundante proliferaram aps as remetidas dos ries
para o ocidente e para o sul, e dos quais herdaram conhecimentos espirituais
avanados e outros elementos civilizadores.
Os Egpcios os da primeira civilizao - Detentores da mais dinmica sabedoria,
povo que, como diz EMMANUEL - aps deixar o- testemunho de sua existncia
gravadas nos ^monumentos imperecveis das Pirmides, regressaram ao paraso da
Capela.
E finalmente os Israelitas, povo tenaz, orgulhoso, fantico e inamovvel nas
suas crenas; povo herico no sofrimento e na fidelidade religiosa, da qual disse o
apstolo dos gentis. Todos estes morreram na f, sem terem recebido as
promessas, porm vendo-as de longe e abraando-as confessaram que eram
estrangeiros e peregrinos na Terra. Povo que at hoje padece, como nenhum
outros dos exilados, por haverem desprezado a luz quando ela no seu seio
privilegiados brilhou, segundo a promessa, na pessoa do Divino Senhor o Messias.
Como disse o apstolo Joao - Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens;
e a luz resplandeceu nas trevas e as trevas no o receberam.
Voltando porm queles recuados tempos remotssimo da pr-histria, vamos
descrever o que sucedeu com os quatros grandes povos citados, sobreviventes dos
expurgos saneadores, povos esses cuja histria constituiu o pano de fundo do
panorama espiritual do mundo, at o advento da histria contempornea como
tambm o relato do segundo crculo da nossa diviso e vai centralizar a figura
sublime e consoladora do Messias de Deus, que nascendo na semente de Abrao e
no meio do povo de Israel, devia legar ao mundo um estatuto de vida moral
maravilhosa, capaz de levantar os homens aos mais altos cumes da evoluo
planetria em todos os tempos.
E continua Edgard Armond, dizendo que a vida da humanidade mesma,
conforme conhecemos, na trama aparentemente inextricvel de suas relaes
sociais tumulturias.
O tempo valendo sculos; a partir da, transcorreu e as geraes se foram
sucedendo umas as outras, acumulando e se beneficiando do esforo, dos
sofrimentos e das experincias coletivas da raa.
Na poca em que se deu a transferncia dos Capelinos para o planeta Terra, o
panorama terrestre sofreu modificaes extraordinrias, com a aplicao da
inteligncia na conquista da Terra e seu cultivo; desenvolvimento progressivo da
indstria que passou ento a se utilizar amplamente dos metais e demais
elementos da natureza.
Na construo de cidades cada vez melhores e mais confortveis; na formao
de sociedades cada vez melhor constitudas e mais complexa; de Naes cada vez
mais poderosas nas lutas da cincia e sabedoria.
A medida que a razo humana se consolidava; lutas essas que, por fim
acumularam na aquisio de um cabedal sempre mais amplo e mais rico de
conhecimento obtido custa de esforos tremendos e sacrifcios sem conta.
Experincias em fim, rduas e complexas, mas todas indispensveis e que
caracterizavam a evoluo dos homens em todas as esferas e planos da divina
criao.
E como natural que sucedesse em todas essas incessantes atividades. Os
exilados foram seus lderes os pioneiros, os guias e condutores do rebanho imenso.
E verdade que no foi, nem tem sido possvel at hoje, obter-se a fuso de
todas as raas numa s, de caractersticas uniformes e harmnicas que respeita
principalmente condio moral o que d margem a que no planeta subsistam,
coexistindo, tipos humanos de mais extravagante disparidade: antropfagos ao
lado de santos, silvcolas ao lado de super-civilizados; isto todavia, se compreende
e justifica ao considerar que a Terra um Orbe de expiao onde foras diversas
e todas de natureza inferior se entrechocam, rumo a uma homogeneidade que s
futuramente poder ser conseguida.
Mas por outro lado, tambm certo que, se no fora a benfica enxertia
representada pela imigrao dos Capelinos, muito mais retardada ainda seria a
situao da Terra no conjunto dos mundos que compem o seu sistema sideral
mormente no campo intelectual.
Sempre lhes fulgurou na alma sofredora a intuio da origem superior dos
erros do .pretrito e, sobretudo, das promessas de regresso, algum dia, as regies
mais felizes do Cosmo.
Por onde quer que seus passos os levassem, nos lamentos peregrinar; onde quer
que levantassem, naqueles tempos, suas tendas rsticas ou acendessem seus fogos
familiares sempre no ntimo dos coraes, lhes falava a voz acariciadora da
esperana, rememorando as palavras daquela entidade divina, senhora de todo os
reuniu e confortou, antes do exlio, prometendo-lhes auxlio e salvao.
COMO NARRA EMMANUEL:
Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre, antes se estabeleceram no mundo, as
raas adamicas, mas seus grupos isolados guardaram as reminiscncias das
promessas do Cristo que, por sua vz, aS fortaleceu no seio das massas,
enviando-lhe periodicamente seus emissrios e mensageiros.
O escritor Edgard Armond, no se livro Os exilados da Capela na sua histria,
ele nos conta que antes dos Capelinos se estabelecerem no planeta Terra ouviram
dos lbios do prprio Cristo, quando estavam prestes a serem degredados a
promessa de enviar-lhe periodicamente seus emissrios e mensageiros, com o fim
de orient-los aqui na Terra. Por isso que Emmanuel narrou da seguinte maneira a
vinda dos emissrios ou avantares cristcos!
Como Rama - Fo-hi Zoroastro - Hermes - Orfeu- Moiss - Pitgoras-
Scrates- Confcio- Plato (para ns nos referirmos aos mais conhecidos na
histria do mundo ocidental) ou o prprio planetrio em suas diferentes
representaes como: Numu, Juno, Antlio, Kisna, Buda e finalmente Jesus, esses
emissrios ou avatares crticos, em vrios pontos da Terra e em pocas
diferentes, realmente vieram numa sequncia harmnica e uniforme, trazer aos
homens sofredores os ensinamentos necessrios ao aprimoramento dos seus
espritos, ao alargamento da compreenso e ao abrasamento dos seus resgates,
todos falando a mesma lngua de edeno, segundo a poca em que viveram e a
mentalidade dos povos em cujo seio habitarem.
Assim, pois, a lembrana do paraso perdido e a mstica da salvao pelo
regresso, tomou-se comum a todos os povos e influiu poderosamente no
estabelecimento dos cultos religiosos e das doutrinas filosficas do mundo; e
ainda mais se fortificou e tomou corpo, mormente no que se refere aos
descendentes de Abrao, quando Moiss a isso se referiu, de forma clara e
evidente na sua Gnesis, ao revelar a queda do primeiro homem e a maldio que
ficou pesando sobre toda sua decadncia.
Ora, essa queda e essa maldio, que os fatos da prpria vida em geral
confirmavam e, de outro lado, o peso sempre crescentes dos sofrimentos
coletivos, deram motivos a que os degredados se convencessem de que o remdio
para tal situao estava acima de suas foras alm do seu do seu alcance e que
somente por uma ajuda sobrenatural, apaziguadora da clera celeste, poderiam
libertar-se deste mundo amargurado e voltar a claridade dos mundos felizes.
Mas, por outro lado... isso tambm deu margem a que a maioria desses povos se
deixassem dominar por uma Egolatria, considerando-se no gozo de privilgios que
no atingiam a seus irmos inferiores os filhos da Terra.
Criaram assim cultos religiosos exclusivistas, inados de processos
expiatrios, ritos evocativos e, quanto aos hebreus, adotaram mesmo de uma
forma ainda mais radical e particularidade, o estigma da circunciso para se
marcarem em separado como um povo eleito, predileto de Deus, destinado bem
aventurana na Terra e no Cu.
No compreendiam, no seu limitado entendimento, que essa desejada
reabilitao dependia unicamente deles prprio; do prprio aperfeioamento
espiritual, da conquista de virtudes enobrecedoras dos sentimentos de renncia e
humildade que demostrasse nas provas porque estavam passando.
No sabiam porque, infelizmente para eles, no soara no mundo a palavra
esclarecedora do Divino Mestre- o que com ele se passava no constitua um
acontecimento isolado, nico em si mesmo, mas sim uma alternativa da lei de
prprias obras.
Por isso a crena em um salvador divino foi se propagando no tempo e no espao,
atravessando milnios, e a voz sugestiva e infinita dos profetas de as partes, mas
notadamente os de Israel, nada mais fazia que difundi-la tomando-a , por fim
Universal.
por essa razao, diz EMMANUEL, que as epopeias do Evangelho foram
previstas e cantadas alguns milnios antes da vinda do Sublime Emissrio.
(dados pesquisados nos livros A caminho, da Luz* e os Exilados da Capela de
Emmanuel e Edgard Armond, respectivamente).

CAPITULO XXVI Como foi


profetizada a vinda do Messias
Prezados leitores, desejam eles fazer um pequeno relato de algumas das
profecias que se referiram sobre a vinda do Messias.
Sabemos que na ndia, toda a literatura sagrada dos templos estavam cheias de
profecias a respeito da vinda do Messias. Por exemplo:
O Agni-Pouruna assinalava -Que um poderoso esprito de retido e de justia
apareceria em dado tempo nascendo de uma virgem'.
Na Persis - O primeiro Zoroastro, (3) trs milnios antes do divino nascimento
de Jesus, j o anunciava aos seus discpulos; da seguinte forma:
Oh vos meus filhos, que j estais avisados do seu nascimento antes de
qualquer outro povo; assim que vide a estrela, tomai-a por guia e ela vos conduzir
ao lugar onde ele o Redentor nasceu.
Adorai-o e ofertai-lhe presentes porque ele a palavra - o verbo que formou
cus.
Na Grcia - L est ele o Messias simbolizado no prometeu de Eschlo, uma
das mais poderosas criaes do intelecto humano. E ele disse Platao - o iluminado,
- virtuoso at a morte; ele passar por injusto e perverso e como tal, ser
flagelado, atormentado e por fim, posto na cruz.
E a essa corrente sublime de vozes inspiradas que o anunciavam em todas as
partes do mundo, h milnios antes do nascimento de Cristo, vem entao, juntar-se
de forma mais objetiva e impressionante, a- palavra proftica do povo hebreu. Por
intermdio de vrios profetas a comear pelo profeta Isaas.
De Isaas-. Eis que uma virgem, conceber e gerar um filho e chamar seu
nome Emmanuel.
Continua, e a Terra que foi angustiada no ser entenebrecida; envelheceu nos
primeiros tempos, a terra de Zebulon, e a terra de Nephatali; mas nos ltimos
momentos se enobreceu junto ao caminho do mar; de alm Jordo, na Galileia dos
gentis.
E o povo que andava nas trevas, viu uma grande luz_e sobre os que habitavam a
terra de sombra e de morte resplandeceu uma luz. E acrescenta mais,
referindo-se em outro captulo. Com relao aos fins da tragdia dolorosa ou
melhor aos fins dos tempos, que o mestre permaneceria na Terra.
Como pasmaram muitos vista de ti, de que o teu parecer estava to
desfigurado, mais do que outro qualquer e a tua figura mais do que a dos outros
filhos dos homens.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas
dores, levou sobre si, e ns o reputvamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
Todos ns andvamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu
caminho porque o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos ns.
Ele foi oprimido porm no abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao
matadouro e xomo a ovelha muda, perante seus tosquiadores, assim no abriu a sua
boca. E continua Isaas na sua profecia; da nsia e do juzo foi tirado e quem
contar o tempo de sua vinda? E puseram sua sepultura, com os mpios e com o rico
estava sua morte, porquanto nunca fez e nem praticou injustia, nem houve engano
nos seus lbios. E encerrando Isaas a sua profecia, diz ainda mais; sobre a
grandeza moral do sacrifcio do mestre Jesus, porque derramou sua alma na
morte, levou sobre si o pecado de muitos e intercedeu pelos transgressores".
De Jeremias:
Eis que vem dias - Diz o Senhor - em que se lamentar, um novo justo; sendo
rei, reinar e prosperar e praticar o juzo e a justia na Terra.
Nos seus dias Judah ser salva e Israel habitar seguro, e este ser o seu
nome, com que o nomearo O Senhor justia nossa.
Zacarias:
Alegra-te muito oh filho de Jerusalm; eis que teu rei ir a ti, justo e
salvador, pobre e montado sobre um jumento. Ele falar as naes e o seu domnio
se estender de um mar a outro mar desde o rio at as extremidades da Terra. E
acrescenta mais... Trs dias antes que aparea - O Messias, Elias, vir .colocar-se
nas montanhas. H de chocar e se lamentar dizendo - Montanhas da Terra de
Israel, quanto tempo quereis permanecer em sequidao, aridez e solido?
Ouvir-se- a sua voz de uma extremidade da Terra a outra. Depois ele dir: A paz
veio ao mundo.
De Daniel:
Disse o anjo: Setenta semanas estaro determinadas sobre o teu povo para
consumir a transgresso, para acabar os pecados, para expiar a iniquidade, para
trazer a justia etema e para ungir o santo ds santos; desde a sada da palavra
fazer tomar at o Messias o prncipe.
De Malaquias:
Eis que envio o meu anjo, que aparelhar o caminho diante de mim. E de repente
virar ao seu tempo o Senhor que vs buscais e o anjo do concreto a quem vs
desejais.
Mas quem suportar o dia da sua vinda? E quem subsistir quando ele
aparecer?
Porque ele ser como o fogo do ourives e como o sabo da lavadeira.
Estas foram portanto algumas das profecias, anunciando a vinda do nosso
ensigne benfeitor o Senhor Jesus Cristo.
Ns sabemos que antes de Cristo vir para este planeta terrqueo, fazer a
nossa remisso; aqui estiveram outros doutrinadores de renome, e que a histria
registrou.
Mas segundo nos conta Divaldo Pereira Franco, atravs do seu livro Primcias
do Reino, a histria da presena de Jesus, que chegou em silncio e reuniu a malta
dos aflitos e os agasalhou no prprio peito. Nada solicitou, coisa alguma exigiu.
Porque Jesus o grande libertador por excelncia, canta o hino da verdadeira
liberdade, ensinando a destruio dos elos da inferioridade que imana o homem s
mais crueis cadeias. Embosca-se na carne, mas o sol de incomparvel luz, clareando
o fulcro dos milnios suave balido de sua mansa voz, acordam as esperanas e se
levantam os ideais esquecidos.
Ao forte clamor do seu verbo, erguem-se os dias, e as horas do futuro vibram,
aprofundando no cerne do mundo os alicerces da humanidade feliz do provir.
Admoesta e ajuda.
Verbera, rigoroso e socorre.
Aceita a oferenda do amor, mas no enclausura a verdade nas paredes do
suborno.
Rei celeste, comparte das necessidades dos pecadores e vive entre eles.
Permite o contato dos anjos, pela comunho do populacho da verdejante e
calma trocando os esplendores da Via- Lctea pelas madrugadas rubras do lago
pscaso.
Preferes os entardecerem ardentes de Jeric epopeia clico dos astros em
infinito meio dia.
Aceita o p das estradas ermas e calcinadas de Cana. Magdala, Dalmanuta, e
as suas fronteiras que se perdem no sistema solar; ele as estreita entre o mar e o
Hebron, entre a Sria e o pas de Moab.
Senhor do mundo, causa anterior existente, deixa-se confundir na turba, na
multido esfarrapada, que em fria busca o amor sem saber indica-o, na multido,
sim, na qual sofrendo encontra a razo do seu glorioso mistrio.
Entre os sofredores, conta as mais eloquentes expresses que o homem jamais
ouviu.
As suas obras novas so orquestradas pela musicalidade espontnea da
natureza no cenrio das primaveras e dos veres, entre as aldeias e o lago no
corao exuberante da Terra em crescimento.
E trado, magoado, encarcerado, vencido numa cruz, elege uma tranquilidade e
luminosa manh para ressurgir, buscando uma antiga obsidiada para dizer-lhe que
a vida no cessa. E nesse clima de dios de toda a espcie, entre os sofrimentos
mais diversos, Jesus, disseminou o amor, a liberdade, a paz, conclamando ao Reino
de Deus e pregando a no violncia", at o prprio sacrifcio.
Sinretizando os objetivos da vida no amor de Deus sobre todas as coisas e ao
prximo como a si mesmo, fez esse legado de amor, em torrentes luminosas e
soberanas. E que o reino de Deus est dentro do corao, reafirmando,
insofismvel ficar "conosco todos os dias at o .fim do mundo, retomando assim
ao Pai, onde nos espera, vencido as refregas libertadores da ascenso em que hoje
nos empenhamos com sofreguido.
(Dados pesquisados na Bblia Sagrada, no Evangelho e livro Premicia do Reino de
Divaldo Pereira Franco).

CAPTULO XXVII Alguns


acontecimentos na Palestina
por ocasio do nascimento de
Jesus
Quando Jesus Cristo veio a este mundo, a Palestina estava vivendo m drama
angustiante, e mais crtico da sua histria; vamos procurar citar por alto, alguns
dos problemas em que ela estava vivendo naquela poca.
O palestino, um povo sofredor e sempre viveu em lutas angustiantes pela
sobrevivncia e paz. Foi sempre escravo dos egpcios, babilnios e outros povos.
Quando conseguia se libertar, era por pouco tempo. Sempre procurou fazer a
defesa da f espiritual, a sua poltica e a religio so os alicerces da vida nacional;
e procurou viver sempre em comunidade fechada sob a inspirao do monotesmo,
qual ilha inominvel, num oceano politesta.
Aproximadamente 143 anos, antes da vinda de Cristo; ela experimentava o
julgo do Imprio Selncida, vindo de uma dinastia por Selenco I, na Prsia, 512
anos antes de Cristo. O que mais tarde foi totalmente dominada pelos Salencidas.
Com isto, o povo egpcio sofreu algumas perdas, tanto pessoal como material; e
que s mais tarde 78 anos antes da era crist, foram conquistados e adicionados
Jud, Samaria, a Galileia, Idumeia e Transjordania e outras terras, recuperando
assim a Palestina, os seus primitivos limites.
Mas a medida que, aumentava as dimenses territoriais, diminua o fervor
religioso, enquanto o progresso grego era absorvido pela casa Asmoniana que
ento, passou a sofrer a mais severa restrio e desprezo da classe dos fariseus.
H 63 anos antes de Cristo - Pompeu se encontrava vitorioso as partes de
Damasco, e foi convidado pelos israelitas para o arbitramento entre Hiscano II, e
Aristobolo II, que disputavam a coroa.
Mas Aristlo II, no se conformou com o resultado do arbitramento e resolveu
enfrentar Pompeu. Mas Pompeu saiu vitorioso, s que esta vitria lhe custou o
sacrifcio de 1.200 judeus e todas as ten-as dos macabeus, que passaram a
pertencer ao Imprio Romano.
Ao mesmo tempo em Roma, o 2 Triunvirando se estabelecia, e Marcus Antnio e
Otvio, tendo nas mos o destino do Imprio, nomearam Herdes, filho de
Antipater, para cingir ento a coroa de. David.
Herdes, com mo de ferro, expulsou os partos, aprisionou Antigano e o
entregou a Marcus Antnio, para ser executado.
Logo depois, para fazer-se temido e respeitado, mandou matar todos os
judeus, que haviam apoiado os invasores.
Herdes afogou em sangue, quantas conspiraes foram ensaiadas, e o cerco
de espies se fez ento severo, que certo dia, desfaado no meio do povo, teria
inquirido a um homem sobre o que pensava do Herdes, a que esta respondera - Em
Jerusalm at os corvos so da polcia.
No ano 4 da nossa era Crist, vitimado por hipropisia, febre e lcera
desencarnou Herdes, ficando a casa de Israel, por testemunho dividida entre os
3 filhos: Herdes - Felipe II, Herdes- Antipas e Arquelau.
Jesus viveu a sua infncia, como sdito de Herdes Antipas, ao incio do seu
ministrio, a Palestina se encontrava sob a fiscalizao da Sria, cujo legado era
Pompnio - Flaco, e procurador romano da Judeia em Pilatos, o quinto na srie de
sucesso.
Sobre a opresso, Israel apresentava trs classes sociais distintas, que as
diferenciavam social, poltica e religiosamente, admitindo diversas seitas outras,
entre as quais distingue-se pela austeridade dos costumes dos seus membros,
cordura e felicidade, a a dos Essenios, que tinham por norma o preceito: O que
teu teu.
Governado por 70 membros, entre os quais o sumq- sacerdote, legislava sobre a
vida e a morte dos sditos.
Os saduceus nome derivado de Zodok, seu lder e fundador da classe
constituam a aristocracia feudal, encarregada dos ministrios religiosos, e
zelosos observadores da aplicao rigorosa dos cdigos da Torah ou Lei.
Invariavelmente ricos, fluam de considerao e destaque.
Os fariseus eram considerados independentes econmicos, constituindo a
classe mdia; criam-se mais judeus que os saduceus, sendo os continuadores da
severa exigncia ortodoxa, na prtica religiosa. Inicialmente instituda pelos
macabeus.
O povo resultado da fuso entre mendigos, teceles, trabalhadores, braais
artesos de todas as procedncias e pequenos agricultores, reduzido a extrema
misria pelos impostos exagerados, constituam o domnio - "proletariado*5.
Este povo, era odiado pelas outras classes, sendo que o Am-Haaretz, detestado
era mesmo perseguido e desdenhado.
Esta classe de gente que enchiam os campos e as cidade, se uniam num partido,
e dos fanticos, que mais tarde se dividiu em "Zelote e Sicrio*5 que insurretos,
perseguiam os prprios judeus simpatizantes dos romanos, aos quais apunhalavam,
as vezes, na praa pblica. Espalhando o terror,
conclamavam rebelio, destruindo em consequncia, aldeias e povoados que se
negavam segu-los.
Os fariseus, por comodidade, procuravam unir-se aparentemente aos romanos,
embora os detestassem, e por sua vez fossem detestados.
Roma, atravs dos seus diversos procuradores, insistia em colonizar o Templo
de Jerusalm, os smbolos do seu poder; guia dominadora1'- ou a "esttua do
Imperador, motivando reaes sangrentas.
Nesse nterim, as lutas perderam a aparncia poltica e assumiram carter
religioso, quando "Tendas, uma mista de "Messias o liberador conduziu o povo
ao Jordo e procurou repetir a faanha do Moiss no mar vermelho, gerando uma
chacina violenta por parte dos opressores que inclusive, mataram o pseudo
Messias.
Com este ocorrido irrompeu nova onda de libertao, poucos resultados a paz
foi comprada pelo rabino fariseu Jochanan ben Sakkoi" ensejando a muitos ricos
a salvao.
Cada dia que passava os acontecimentos aumentavam em grandes propores;
chegando ao cmulo de at pequenos comerciantes, artesos e "homem da terra,
grandemente inconformados, refugiaram-se no palcio real, que foi saqueado, e
lutaram at a destruio total do Templo. Quando ento Tito mandou matar mais
de 600.000 rebeldes em toda a Palestina.
Pelos fins do ano 132, da nossa era, sob o comando de Simiao Bar Cocheba, que
se dizia "Redentor', os judeus tentaram novo levante e foram definitivamente
destrudos, morrendo inclusive Cocheba, em Bithar.
Os romanos nesta operao, mataram mais de 500.000 judeus, destruindo mais
de 900 aldeias, descendo o preo de um Israelita, como escravo, a menos do valor
de um cavalo.
Adriano, em todo o Imprio, proibiu qualquer ato religioso ou civil judeu, e o
povo eleito sofreu a disperso dolorosa, passando sculos sem poder recuperar-se
do desastre de Bar Cocheba.
Nos stios de Jerusalm, foi levantada a cidade pag de Alia-Capitolina, onde
predominavam os hbitos e costumes romanos.
Jamais um povo sofreu to longo e cruel exlio. Nesse clima d dio de toda
espcie, entre sofrimentos mais diversos, Jesus disseminou o amor, liberdade, e a
paz; conclamando ao Reino de Deus e pregando a no-violncia at o prprio
sacrifcio.
Sintetizando os objetivos da vida no Amor a Deus sobre todas as coisas e ao
prximo como a si mesmo, fez esse legado de amor, em torrentes luminosas e
soberanas.
O mergulho de Jesus nos fludos grosseiros o Orbe terrqueo a histria da
redeno da prpria humanidade, que sa das fumas do eu para os altos pncaros
da liberdade.
Vivendo nos reinados de Augusto e Tibrio, cujas vidas assinalarem com vigor
inusitado a histria, e seu bero e o seu tmulo, marcam indelevelmente os tempos
constituindo sinal divisrio da civilizao, acontecimentos predominantes nos
fatos da vida humana.
Aceitando como bero o reduto humlimo de uma estribaria, no momento
significativo de um censo, elaborado desde o primeiro momento, a profunda lio
da humanidade para inaugurar um REINADO DIFERENTE entre as criaturas, no
justo momento em que a supremacia da fora entronizava o Gldio e prpura
atapetava o solo, alcatifando o piso onde passava os triunfadores. Acompanhando a
marcha tresloucada do esprito humano que se encntrava aos sucessivos ciclos
dos nascimentos inferiores, na roda das paixes escravizantes, fez que pioneiros e
embaixadores da sua Morada o procedessem cantando as glrias superiores da
vida e do belo, para propiciar aos sonhos de elevao e as nsias
sublimentes.(Dados pesquisados em Caminho da Luz de Emmanuel e a Bblia dos
nossos dias de Mrio Cavalcante de Melo e Primcias do Reino, de Divaldo Pereira
Franco pgs. 19, 20, 21 e 22) .
CAPTULO XXVIII O
Encontro de Jesus com um
proeminente doutor da lei
Sabemos atravs da histria que Jerusalm naquela poca, era um verdadeiro
antro de perdio e corrupo, e a espionagem campeava por todos os recantos: e
Jesus comeou o seu ministrio, justamente naquela poca difcil para aquele povo.
Nicodemos sendo um doutor da Lei e Chefe dos Judeus, o que mais lhe
amargurava cruelmente - embora sequioso . da verdade, no se contentava com as
velhas frmulas de exegese religiosa e sentia, depois daqueles tormentosos
'sculos em que Israel se viria privada de revelaes, que algo de estranho e
grandioso pairava no ar.
E sendo conhecedor como era, que Ans e Caifs, sogro e genro
respectivamente digladiavam-se quase publicamente; pois eles disputavam o
poder; a rede de intrigas espalhavam suas malhas quase em toda parte.
E Herdes aliciava milicianos, que se misturavam ao povo completamente
disfarados em todos os recintos.
Dos 70 doutores da Lei, escolhido em Israel, entre os mais letrados e
assedncia nobre, Nicodemos era o mais jovem entre os respectivos mestres, que
desfrutavam o privilgio de ocuparem a alta Corte do Sindrio.
Era severo na interpretao da Lei e zeloso cumpridor dos deveres e sentia que
havia em todos os lugares uma nsia incontida de renovaes.
Pois desejava a verdade a todo custo, no ao ponto de prejudicar-se na posio
que desfrutava.
E sempre receoso e temeroso de ser visto por um dos espies, quando fosse ao
encontro de Jesus, mas sempre desejoso de ter um contato com ele; pois o
Messias de quem tanto ouvira falar, parecia atra-lo vigorosamente.
Nicodemos, tivera contato com muitos daqueles que o conheciam, e foram
beneficiados pelo seu socorro.
Era informado do contedo novo e revigorador de alguns dos seus discursos; e
Nicodemos ficou impressionado, pela coragem e equilbrio, destemor e
discernimento do Messias.
Foi a que ele resolveu em secreto mandar marcar uma entrevista com Jesus,
pois soubera atravs de amigos, que o mestre Jesus estava em Jerusalm e alta
hora da noite, fora levado, por um amigo, onde Jesus pernoitava, no vale do
Cdron, alm dos muros da cidade.
Quando chegou a casa, conduzido por devotado discpulo, e o viu o mestre, no
pode dominar a emoo que o assaltou de chofre.
Ele experimentou a impresso de j conhec-lo.
Num timo de minuto, procurou recordar no corao, quando j ouvira ou
encontrara, mas foi intil, no se lembrava.
Recompe-se, ligeiro, dominando as emoes e predisps-se a entrevista. A
sala era iluminada por lmpadas de leo crepitante, agasalhava os dois hspedes a
se defrontarem, silenciosos.
Em Nicodemos a expectativa imensurvel. De espritos' arrebatado, conhecia
as glrias mendanas e saturara-se da bajulao.
E representava naquele instante a humanidade inquieta, instvel e ansiosa.
Naquele encontro, com o proeminente Doutor da Lei, Jesus, personificava a
paz. Sereno auscultava o amigo que fora interrog-lo, ali estavam dois mundos bem
diferentes e distintos.
Sem mais poder dominar as suas emoes desordenadas o Doutor da Lei
indagou.
Rabi, bem sabemos que esse mestre vindo de Deus; porque ningum pode fazer
esses sinais que tu fazes, se Deus no est com ele.
E Jesus diante daquela indagao, embora tenha sentido a curiosidade do
indagador em saber a verdade que aguardava a resposta e que comearia a viver o
sentido daquele homem de esprito nobre, perdido nos ddalos das convenes,
asfixiado pelas exterioridades enganosas respondeu.
Na verdade, na verdade te digo, que aquele que no nascer de novo, no pode
ver o reino de Deus...
E Nicodemos vendo que a resposta era complexa e profunda interroga. Que
ser nascer de novo? pensou e sem cobrar flego, interveio.
Como pode um homem nascer sendo velho? Por ventura pode tomar a entrar.no
ventre de sua me e nascer*?...
Jesus ento fitou-o demoradamente, e Nicodemos sentiu-se embaraado.
E Jesus acrescenta quando me referi a nascer de novo, desejo elucidar
quanto a necessidade de nascer de gua e do esprito. O que nascido da carne
carne, e o que nascido do esprito esprito.
No te maravilhas de ter dito: Necessrio vos nascer de novo. O vento soprar
onde quer, e ouves a sua voz, mas nosabes donde vem, nem para onde vai; assim
todo aquele que nascido do esprito.
Nicodemos pensa; ento os Esseus estavam informados quanto ao reino de
Deus? Tambm eles falavam, como os antigos e . a tradio, a respeito dos
nascimentos.
Sabia que, nos Ministrios Egpcios, alm de metempsicose com que se
ameaavam os maus; os sacerdotes falavam aos iniciados sobre os diversos
Avatares" do esprito, para se despojarem dos crimes e imperfeies.
Pensou tambm, seria, ento, esse nascer de novo, igua ao da doutrina das
vidas sucessivas a que se reportavam os Hindus e os Gregos?.
Embora lhe parecer-se lgica, a necessidade de renascer. Pagar numa vida os
dbitos angariado em outra. Refazer o caminho percorrido, retificando erros,
corrigindo por completo o seu modo de agir.
No podia, no entanto, perdeu-se em cismas. Como se fosse despertado pelo
ensinamento, indagou com nfase - Como pode ser isso. Retorquiu Jesus, s
mestre em Israel e no sabes isto?...
Pois todos os que compulsavam os velhos pergaminhos conhecem a trilha da
evoluo.
Dizemos o que sabemos e tristificamos o que vimos; e no aceita o nosso
testemunho.
O esprito imperecvel, e na sua jornada infinita estaciona para refletir e
comear para ascender, os compromissos so regularizados ou complicados, hoje,
amanh sero ressarcidos a emoo vibrava nos lbios de Jesus.
E naquele encontro de Jesus, com o proeminente doutor da lei Nicodemos; era
quase um monlogo.
Talvez naquele momento, Jesus estivesse falando para a humanidade inteira.
Desejando imprimir no ouvinte perplexo e atento a diretriz de segurana e
identificando-se como o Enviado de Deus prosseguiu:
Ningum da Terra subiu ao cu, seno o que desceu do cu o filho do homem
que est no cu.
E como Moiss levantou a serpente no deserto, assim que o filho do homem seja
levantado para que todo aquele que nele cr tenha vida futura.
Pensou entao Nicodemos, o que deseja ele dizer com a serpente? Salomo ela
se referiu como smbolo de sacrifcio.
Ser necessrio o seu sacrifcio, para que .a verdade se espalhe nos coraes
dos homens e possam identificar? Foi quando Nicodemos percebeu intimamente
que j o amor, e a surda preocupao comeam a assomar-lhe mente.
Naquele instante Nicodemos tinha os olhos nublados!...
E Jesus estava de p. A sala ampla mergulhou em silncio.
Os astros fulguravam ao longe; a entrevista estava concluda. E naquele
instante Nicodemos, fitou o mestre Jesus, que naquele momento estava banhado
em prata, e o seu rosto resplandecia e brilhava.
Despediu-se Nicodemos e desapareceu na noite, rumando para Jerusalm.
A verdade ficar abrindo rastros nas mentes. A Doutrina das vidas sucessivas
fora ensinada por Jesus. E a encarnao decifrava os enigmas da vida pelos tempos
porvir.
Pela histria, ficamos sabendo que Jesus, sempre esteve na defensiva, em
favor das causas sagradas e no cumprimento da sua misso.
Depois de cumprido sua misso aqui na Terra, Jesus retomou ao Pai; e os seus
discpulos continuaram at os nossos dias, pregando a sua mensagem a todas as
criaturas, que a boa nova do Evangelho.Com a presena do nosso Senhor Jesus
Cristo aqui na Terra, teve incio a preparao espiritual da humanidade, para os
jubilosos dias do futuro.
Era os discpulos naquela poca, os percursores, os pioneiros da civilizao do
Terceiro Milnio, eis que insofismavelmente, a base, o alcance, o fundamento, a
verdadeira pedra angular dessa civilizao, o amor que o mundo conhecer.
No bastqu, todavia, pregassem a boa nova da imortalidade da alma. durante o
cristianismo nascente. Nem que derramasse o sangue generoso nos grandes circos
romanos, embora tivessem os corpos dilacerados por lees, em holocausto o
sublime ideal do cristianismo; esse ideal sublime, contagiante. irresistvel,
envolvente. Com o tempo, cessaram todos os martrios fsicos e as cervicais, o
ultraje; e at os circos converteram-se em p, e os tiranos foram esquecidos.
O servio de expanso evanglico prosseguiu a sculos fora, edificando as
bases do mundo diferente de mundos melhores que desejamos, pelo qual lutamos e
cremos.
(Dados pesquisados no livro Primcias do Reino, de Divaldo P. Franco pgs. 60, 62,
63 e 64).

CAPTULO XXIX A paz e a


graa de Jesus
Quando Jesus despediu-se de seus discpulos, reuniu o seu apostolado, e em
seu testemunho magnfico de amor e fraternidade, ele disse o seguinte: A minha
paz vos deixo e a minha paz eu vos dou.
A paz assim em estado de esprito". E Jesus deseja que consigamos manter
esta harmonia interior, e que seja de forma permannte.
Ns sabemos que no temos mrito e nem merecimento algum; ou estado de
graa para receber essa bnos. Mas confiando na bondade magnfica de Jesus,
ele se compadece de ns, porque ele tem um corao sensvel, concede-nos muitas
vezes essas bnos maravilhosas.
Sabemos e sentimos que esta civilizao atual, agnstica, aflita e desordenada,
esta humanidade profundamente materialista e que se classifica em dois grandes
grupos, e que tem por vivncia, o lema do egosmo. Cada um cuidando somente de si;
num egocentrismo feroz; lembrando-se apenas e ligeiramente de um Deus
distante, indiferente.
E o outro grupo, dos descrentes, filiados bandeira Salve-se quem puder.
Esta humanidade que se agrupa nestes dois ncleos, caminha para o caos. isto
porque o egosmo e o orgulho, so os sentimentos mais dissolventes da civilizao,
e nada se constri com esses dois sentimentos.
Sabemos tambm que a Paz e Graa, que as vezes a ns endereada, vem da
parte do Pai celestial, dos espritos superiores e de seus Ministros, desses
espritos planetrios, da parte de Jesus o nosso mestre, que fiel testemunha.
Realmente Jesus, foi uma testemunha fiel em sua mensagem terrena, na sua
misso de renncia e de amor. Comparando as variadas correntes de pensamentos
religiosos, iremos observar que o maior instrutor espiritual que o mundo
conheceu.
Fazendo uma comparao de vida que tiveram alguns cheis supremos de outras
consentes religiosas, vamos encontrar quais foram eles comeando por - Confcio,
que teve honras de Ministro da China, e recebeu o apreo de seus concidados;
Leo- Tes, foi aclamado como um dos grandes filsofos dos seu tempo, e por todos
respeitado: Buda, teve inmeros seguidores, nasceu prncipe, conheceu as alegrias
do lar e depois morreu rodeado de discpulos e amigos; Brahma, tambm
transmitiu aos seus adeptos, ao crculo fechado e restrito de seus iniciados, as
suas noes espirituais e morreu tambm recebendo a considerao de seus
contemporneos; Moiss, era conhecido como sendo um profeta, um enviado e
morreu tambm em meio a considerao do povo judeu; Maom, o criador do
Islamismo atravs das peripcias de sua vida tumultuada, tambm morreu cercado
dos seus familiares e amigos.
Mas quanto a Jesus Cristo, ele recebeu a morte infamante em uma cruz, morte
que se reserva aos piores criminosos e quando no calvrio, sendo pregado na cruz,
naquela agonia desesperadora; os seus apstolos, aqueles que se diziam seus
grandes amigos lhe desprezaram, ficaram dispersos, atnitos, temerosos, e
quando no Glgota, um s apstolo permaneceu junto, foi So Joo Evangelista,
embora que sua atitude tenha lhe custado um grande castigo, pois ele foi preso e
deportado para a ilha de Ptamos, para trabalhar em servios forados e braais,
e l durante a prisao, ele teve vrias vidncias e chegou a escrever o Apocalipse, o
livro que traz grandes revelaes, do fim dos tempos.
Permaneceram junto a Cristo, tambm durante sua crucificao, os seguintes
personagens: Joo Evangelista, Maria me de Jesus, Mirian e Magdala, Joana de
Kuza e algumas outras mulheres.
E nos conta ainda a histria a, que enquanto os demais instrutores espirituais
voltaram aos seus planos de luz; o mestre Jesus, permaneceu conosco, para
impedir as deseres oriundas da incompreenso, a fim de que aqueles que j se
desanimavam devido a grande perseguio imposta pelos principados da poca e
todos desavorados e fugindo nas estradas de EMAUS e outras, voltasse e
procurassem enfrentar com f e confiana; e Jesus permaneceu por mais de 40
dias a fim de consolidar a confiana daqueles apstolos e alguns dos seus
seguidores; procurando neste curto espao de 40 dias, diversas aparies
espirituais atravs de sua materializao, como ele fez na presena de Thom,
mostrando-lhes inclusive as suas prprias chagas das mos e dos ps, para que
Thom realmente acreditasse, pois o mesmo era descrente,, e que s a partir
daquele momento em diante, foi que realmente passou a acreditar na apario
verdadeira de Jesus, na sua espiritualidade, e que no mesmo tinha sido enviado
para remisso da humanidade.
Aps decorrido aquele prazo de 40 dias, foi que Jesus retomou ao plano
espiritual, deixando uma lacuna impreenchvel entre os seus discpulos.
De todos os instrutores religiosos da histria, foi o nico que teve a vida mais
difcil, e a tarefa mais rdua; e podemos afirmar com toda convico que o mestre
Jesus o maior instrutor e guia que o mundo j conheceu. Portanto a Jesus
devemos ama-lo de todo corao e com todos os nossos sentimentos, porque s a
ele devemos render glrias e louvores; porque somente a ele fra concedido pelo
Pai, toda honra e poder, como governador permanente de todos os mundos.Ns
sabemos que de acordo com o Evangelho, o planeta em que habitamos atualmente,
de expiao e de provas, e que cada criatura que aqui nasce, ou melhor renasce,
tem que apresentar o seu testemunho redentor, com exceo aos que aqui se
acham em misso, uma grande escola onde quase todos somos alunos repetentes,
que no aprendemos devidamente nossas lies de amor, ou um grande hospital,
onde todos ns somos doentes desta ou daquela natureza, e mais carente de ajuda.
Portanto mister se faz, que ns procuremos corrigir, ou que aprendamos aquilo que
ainda foi possvel aprender-mos bem. O plano terrqueo no permite atualmente,
felicidade absoluta; por isso que nenhum de ns feliz.
Qualquer criatura que aqui renasce, tem que enfrentar o seu mapa de
provaes, de testemunha, de dores, de aflio e amarguras, portanto neste
planeta em que nos encontramos, um mundo de reajuste, de retificaes de
aprendizado e de pagamentos de dbito. E mesmo porque Jesus, foi bem claro
quando disse: A felicidade no deste mundo.
Portanto caros leitores, ns aqui temos apenas satisfaes passageiras, por
mais rica ou abastarda que a pessoa seja, sempre existe um problema srio nas
suas vidas ou de um dos seus familiares, que atrapalha a felicidade completa ou
perfeita. Porque no planeta onde realmente existe a felicidade perfeita e
permanente, os seus habitantes tem as seguintes caractersticas, como nos
mostra o Evangelho Segundo o Espiritismo- que diz o seguinte:
"Nos mundos felizes, as relaes entre os povos, sempre amistosas, nunca so
toldadas pela ambio de subjugar o vizinho, nem pela guerra que lhe
consequente. A no h senhores, nem escravos, nem privilegiados de nascimento.
S a superioridade moral e intelectiva estabelece as condies e confere a
supremacia.
A autoridade sempre respeitada, porque s obtida pelo mrito, e quem a
exerce usa sempre de justia.
O homem nunca procura elevar-se acima dos outros, mas acima de si mesmo,
aperfeioando-se.
seu anelo, alcanar a graduao dos puros espritos, e esse desejo no
tormento, mas nobre ambio, que o faz estudar com ardor o modo de chegar a
igual-los.
Todos os sentimentos efetivos e elevados da natureza humana a se acham
engrandecidos e purificados.
Os dios, os cimes mesquinhos, as baixeza de inveja, sao a desconhecidos.
Embora sabamos, que os mundos foitunosos no sao privilegiados, pois Deus
no parcial com qualquer dos seus filhos. A todos outorga os mesmos direitos e
felicidades para l chegar. F-los partir a todos do mesmo ponto, e a nenhum dota
mais que os outros. A todos sao acessveis os primeiros graus; cabe-lhe adquiri-los
pelo trabalho, isso mais cedo possvel, ou viver enlaquecidos durante sculos nos
planos inferiores da humanidade.
Ns j nos referimos que o profeta Sao Joao , Evangelista, foi preso e
deportado para a ilha que se chama de Ptamos, como castigo, para l falecer, e ao
tempo do Imperador Domiciano; isto por causa de sua fidelidade a Jesus e ao seu
Evangelho, porque ele dava testemunho de Cristo. E ali ele escreveu, e ali ele
recebeu as profecias e as vidncias, que foram transcritas no seu livro chamado
de Apocalipse, no ano 76 da era rist.
(Dados pesquisados no Evangelho Segundo o Espiritismo pg. 80 e no livro
Primcias do Reino, de Dival P. ' Franco).

CAPTULO XXX Cristo a


nossa Meta
Prezados leitores, ns sabemos que da vinda de Cristo Jesus, a este planeta;
aqui estiveram muitos outros doutrinadores, histo ri adores, cujos nomes ficaram
na histria dos povos. Uns serviram de base doutrinria, apenas uma pequena
minoria deles.
A histria de suas vidas, e os seus feitos, no se tomaram universalmente
conhecidos; como conhecido universal mente se tomou a histria e a vida de Cristo
Jesus. Que atualmente tem milhes de seguidores, que procuram orientar seus
credos, tomando Jesus como centro e fundamento dogmtico de suas religies.
Quanto a esses personagens que iremos nos referir, que foram precursores
de Jesus, podemos comear descrevendo os feitos de cada um deles:
HAMURBI - Que ampliou os limites de seu pais, em guerras crueis, e escreve
em estrelas de pedra um cdigo, que o primeiro que se tem notcia, que serviu de
orientao a humanidade.
KRISHNArenovou a doutrina do vedas, doutrina esta cuja origem se perde no
ignoto dos sculos e-prega a imortalidade dos espritos e as vidas sucessivas.
AKNATON - Introduziu reformas expressivas na idolatria egpcia, inspirado
por excelsos pensamentos.
ABRAO - Ligado psicamente ao mundo espiritual, deixa a cidade Ur e se toma
pai de um povo.
MOISSEm comunho com os espritos superiores, liberta os hebreus do
cativeiro, recebe o Declogo e traz ao mundo o conhecimento de um Deus nico.
SIDDHARTHA GAUTAMA - Se prope a conquista do paraso e ilumina-se,
clareando a Terra com as incomparveis lies de renncias a si mesmo, da paz e
da concrdia.
KUNG-FU-TSEU (Confcio) - Legisla a moral, fidelidade a famlia e renova os
conceitos sobre a vida.
LO-TSEU - Compe com a experincia e as renncias, atravs de meditaes
profundas o LIVRO DA VIDA E DA VIRTUDE.
PITGORAS - Na sua admirvel academia de Cretona, aps iniciao complexa,
preconiza moral elevada, austeridade, pregando a Doutrina dos renascimentos.
SCRATES - Sintetiza os ideais do oriente e inicia o perodo da filosofia
nobre, alicerada na mais elevada moral e na imortalidade da alma. E outros
biotipos desfilam triunfantes, uns e aniquilados mritos, ampliando os horizontes
da Terra para a 'chegada do Messias.
ALCIBADES - Canta as musas e fomenta a Guerra.
PERIANDRO Se eleva categoria de um dos sete . /sbios da Grcia
e cote Urorcdio ignominio.
JLIO CZAR -Atrela aos pulsos o carro da destruio e 3 se ala condio
de divindade.
ALEXANDRE MAGNO -Conquistou o mundo, sem conseguir no entanto intimidar os
Gim-nossofistas, que habitavam as margens do Indo. Apaixonado por Homero,
dizia encontrar na Ilada inspirao ao amor e guerra que lhe dava glrias. Logo
passou aos 33 anos sucumbiu, depois de ter vivido o correspondente a vrias vidas.
Desejamos informar tambm que os direitos dos povos naquela poca,
pertenciam aos dominadores, e o homem no passava de um animal de carga, nas
garras da fora. Depois de Alexandre Magno, vem Marcos Aurlio, registra os
pensamentos que fluem da mente privilegiada, sob elevada inspirao de
Emissrios sbios, enquanto peleja nos campos juncados de cadveres; as hortes
selvagens em nome da hegemonia poltica de vndalos elevados ao poder, irrompem
voluptuosas, quais lavardes humanas crepitantes e carbonizadoras, e atrs de suas
legies ficam os destroos, as cinzas, as dores agudssimas das cidades vencidas e
enlutadas.
Os triunfadores de um dia, erigem monumentos prpria insnia, que a soberba
qualifica de glria, mas que ruem quando os construtores se consomem.
Tudo passa! A grande Esfinge, tudo devora! Tronos refulgantes, slidos
esplendidos, cortes brilhantes ao sol, conquistas grandiosas, civilizaes douradas
e impiedosas, os tempos vencem.
Mas, Jesus chega silencioso, sem nenhum alarde e fica. Rene em tomo de si, a
malta dos aflitos e os agasalha no seu prprio seio. Nada solicitando de ns e coisa
alguma exigindo. No. entretanto, foi trado, magoado, encarcerado, aoitado e
vencido numa cruz; mas, elege uma tranquila e luminosa manh; para ressurgir
triunfante e dizer-nos tambm que a vida no cessa, e qu o Reino de Deus est
dentro dos coraes, e reafirma insofismavelmente em ficar conosco todos os
dias, at o fim e a consumao dos sculos.
Ns sabemos que so ocorridos aps o sublime avatar^ aproximadamente dois
mil anos, no entretanto, eis que a humanidade vive agora um novo perodo de
ansiosa e dolorosa ' expectativa, mas que nunca e justamente porque, seu
entendimento se alargou, crescendo sua responsabilidade, necessita ela de um
redentor. Porque os ensinos maravilhosos do Cristo, foram grande parte,
desprezados ou deturpados.
O rumo tomado pelas sociedades humanas, no aquele que o Divino Mestre
nos ensinou.
Os homens se desviaram por maus caminhos, e se perderam nas sombras da
maldade e do crime.
Sua inteligncia grandemente desenvolvida no transcorrer dos sculos, foi
aplicada na conquista de bens perecveis.
Mas Cristo esta luz sublime e maravilhosa, sempre nos dando oportunidade
para o arrependimento, poder ainda nos levantar, porque ainda tempo para
novas lutas, novas tentativas, novos esforos redentores, mediante nosso
arrependimento.
Mas Cristo, essa luz sublime e maravilhosa, estar sempre junto a ns para
proteger porque foi ele mesmo quem declarou aos discpulos, quando estava em
assunto as moradas de seu Pai.
Disse-lhes o seguinte:
Quando se encontrar duas ou mais pessoas reunidas e preocupadas, com
sinceridade em meu nome, estarei em esprito entre elas. Portanto ns sabemos
que Jesus Cristo, a luz que ainda no conquistamos, motivado pelo nosso
indiferentismo. aos seus santos conselhos, mas que representa para nossos
espritos retardado, um ideal humano a atingir, um arquiteto de sublime expresso
espiritual, e seu evangelho de beleza mpar e de sabedoria incomparvel, uma
meta a alcanar algum dia.
Ns sabemos que Jesus, nos deixou o seguinte legado: "u venho como outrora
entre os filhos desgarrados de Israel,
* trazes a verdade e extinguir as trevas. Como outrora a minha palavra h de
lembrar aos incrdulos, que acima deles reina a imutvel verdade. Embora saibam
tambm os ingratos, que ' , desviaram-se da estrada direita e conducente ao reino
de meu Pai, e extraviaram-se pelos espremidos caminhos da impiedade. Mas com
tudo isso meu Pai no quer destruir a raa humana; deseja que vos ajudei uns aos
outros, mortos e vivos, isto , mortos segundo a carne, pois a morte no existe.
Ns espritas, sabemos qu Jesus nos ensinou e intruiu- nos, que todas as
verdades se encontram no Cristianismo, embora saibamos que os erros que nele se
arraigaram, sao de origem humana, porque eis que do alm - tmulo, que
supunha-mos o nada, nos surgem vozes clamando - Irmos, nada se perd; Jesus
o vencedor do mal, portanto sejamos ns os vencedores da impiedade.
Acrescentou Jesus, nos dando a grande consolao, quando declarou. Vinde a
mim, todos vs que sofreis e estais sobrecarregados, e sereis aliviados e
consolados*.
Por isso caros leitores, o Evangelho Segundo o Espiritsmo, em um dos seus
trechos no sub-ttulo, Esprito da Verdade', nos esclarece da seguinte maneira.
Deus consola os humildes e concede foras aos aflitos que os pedem. Seu
poder, se estende pela terra, em toda parte, ao lado de uma lgrima, derrama o
blsamo consolatro. O devotamento e a abnegao representam uma prece e
envolvem um profundo ensinamento*'.
A sabedoria humana reside nestas duas palavras; pudessem todos os seres
sofredores compreender essa verdade, em lugar de se insurgirem contra as dores
e padecimentos morais, que so a o vosso patrimnio. Adotaria por divisa estas
duas virtudes, DEVOTAMENTO E ABNEGAO*'; e sereis fortes, porque elas
resumem todos os deveres impostos pela Caridade e Humildade*'. O efeito do
cumprimento desse dever, vos facilitar a tranquilidade do esprito e a resignao;
porque o corao vibrar melhor e a alma se acalmar, e o corpo no ter mais
desfalecimento, pois quanto mais o esprito sofre, tanto mais sofrimento reage
sobre o . corpo.
Como poderia deixar de sofrer o homem que tem o corao vazio? Se a
mensagem de Jesus de amor!...
Mas como seu amor imensurvel, ele est sempre presente, a porta dos
coraes humanos, espera do momento oportuno para nele penetrar.
Na maioria das vezes, ou seja 90% pelo sofrimento que Jesus consegue
estabelecer seu templo em nossos coraes. Porque o homem egosta, somente
quando a dor bate a sua porta, que ele sente possuir um corao e clama pelo
Divino Mestre; que amando a todos igualmente, socorre incontinente.
Quando o auxilia. Fara-lhe que a dor no privilgio seu, e que ele no deve
apenas procurar libertar-se da sua dor, mas auxiliar os outros a se libertarem das
suas.
S entao que atingiremos os conhecimentos reais da vida espiritual, no
apenas pela leitura dos livros elucidativos, mas pela aquisio de uma certeza da
existncia das leis universais, procurando .viver de acordo com ela, que nos1
libertamos do sofrimento e conquistaremos a paz descrita pelos doutrinadores
Portanto caros amigos leitores, chegar o momento em que o corao dir ao
crebro, basta; e o homem com base nas . palavras de Cristo, provar que somente
o amor redime para a eternidade.
(Dados pesquisados no Evangelho Segundo o Espiritsmo de Allan Kardec, a Bblia
dos nossos dias, de Mrio Cavalcante de Melo e Primcias do Reino, de Divaldo
Pereira Franco pgs. 28 a 31).

CAPTULO XXXI Origem e


Natureza dos Espritos e sua
Classificao
O livro dos Espritos, nos mostra e define o que vem a ser um esprito como
tambm faz uma classificao perfeita das suas caractersticas.
Ele comea respondendo as perguntas de nQs 76, 78, 80 e 82, que Allan Kardec,
faz ao mundo espiritual, atravs de mdiuns, no seguinte teor.
Pergunta de nQ 76 - Que definio se pode dar dos espritos?
Resposta: - Pode dizer-se que os espritos, so seres inteligentes da criao
eles povoam o Universo, alm do mundo material.
Pergunta nQ 78: - Os espritos tiveram princpios, ou existem de toda a
eternidade?
Resposta: - Se os espritos no tivessem tido princpios, seriam iguais a Deus,
quando pelo contrrio, so sua criao submetidos a sua vontade. Deus existe de
toda a eternidade, isto incontestvel; mas quando e como ele criou, no sabemos.
Podes dizer que tivemos princpios, -se com isto entendes que Deus, sendo eterno,
deve ter criado sem cessar; mas como e quando um de ns foi feito, ningum sabe;
isso mistrio.
Pergunta de nQ 80: - A criao dos espritos, permanente, ou verifica-se
apenas na origem dos tempos?
Resposta: 1 permannte , o que quer dizer que Deus, jamais cessou de criar.
Pergunta de nQ 82: - certo dizer que os espritos sao
imaterial?
Resposta: - Como se pode definir uma coisa, quando no se dispem de termos
de comparao e se usa uma linguagem insuficiente?
Um cego de nascena, pode definir a luz? Imaterial no _o termo apropriado;
incorpreo, seria mais exato;- pois deve compreender o que, sendo uma criao o
esprito deve ser alguma coisa. uma matria "quintessenciada, mas para qual no
dispe de analogia, tao eternizada, que no pode ser percebida pelos vossos
sentidos.
Dizemos que ns os espritos somos imateriais, porque a nossa essncia difere
de tudo que conheceis pelo nome de matria. O cego de nascena, julga ter todas
as percepes pelo ouvido, o olfato, o paladar e o tato; no compreende que lhes
seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante a essncia
dos seres super-humanos, somos como verdadeiros cegos. Defini-los a no ser,
por meio de comparaes sempre imperfeitas, ou por um esforo de imaginao.
H muitas coisas que no compreendeis, porque a vossa inteligncia limitada,
mas no isso a razo para as repelirdes.
O filho no compreendeu tudo que os pais compreende, nem o ignorante, tudo o
que o sbio compreende.
Ns te dizemos, que a existncia dos espritos no tem fim; tudo quanto
podemos dizer por enquanto.
A classificao dos espritos, se baseia no seu grau de desenvolvimento, nas
qualidades por eles adquiridas e nas imperfeies de que ainda no se livraram.
Esta classificao de resto, nada tem de absoluto; nenhuma categoria
apresenta um carter bem definido, a no ser no seu conjunto; de um grau a outro,
a transio insensvel, pois nos limites, as diferenas se apagam, como no reino
da natureza.
Pode-se portanto, formar um nmero maior ou menor de classes, de acordo com
a maneira, porque se considera o assunto. Acontece nisto como em todos os
sistemas de classificao cientfica, os sistemas podem ser mais ou menos
completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cmodos para a inteligncia mas
seja como forem, nada alteram quanto a substncia da cincia. Os espritos
interpelados sobre isto, puderam pois variar quanto ao nmero das categorias, sem
maiores consequncias. Houve quem se apagasse a esta contradio aparente, sem
refletir que eles no do nenhuma importncia ao que puramente convencional.
Para os espritos, o pensamento tudo; deixam-nos os problemas da forma, da
escolha, dos termos, das classificaes, em uma palavra, dos sistemas; ajuntemos
ainda esta considerao que jamais se deve perder de vista; entre os espritos,
como entre os homens, h os que so muito ignorantes e nunca ser demais
estarmos prevenidos contra a tendncia a cr que eles tudo sabem, por serem
espritos.
Toda classificao exige mtodo, anlise e conhecimento profundo do assunto.
Ora, no mundo dos espritos, os que tem conhecimentos limitados, so como os
ignorantes deste mundo, incapazes de aprender um conjunto e formular um
sistema; eles no conhecem ou no compreendem seno imperfeitamente qualquer
classificao. Para eles todos os espritos que lhe sejam superiores, so de
primeira ordem, pois no podem apreciar as suas diferenas de saber, e de
capacidade e de moralidade, como entre ns faria um homem rude, em relao aos
homens ilustrados.
E aqueles mesmo que sejam capazes, podem variar nos detalhes, segundo os
seus pontos de vista, sobre tudo quando uma diviso nada tem de absoluto.
Ns sabemos que Linneu, Jussieu* e Toumefort; cada um deles, teve os seus
mtodos e nem por isso, a botnica se alterou. Eles no inventaram as plantas, nem
os seus caracteres, apenas observaram as analogias, segundo as quais foram os
grupos e as classes.
Allan Kardec, esclarece tambm, que no inventou e nem criou os espritos;
apenas foi observando os seus atos, e julgando pelas suas palavras e respostas
psicografadas e ouvindo os sbios conselhos fez a classificao das semelhanas,
baseando- se nos dados que lhes forneceram. Sabemos que foram admitidos de
acordo com o livro dos espritos, (3) trs categorias principais, ou melhor (3) trs
grandes divises, assim especificadas:
Comeando pela 3a- categoria ou diviso - temos aquela que se encontra na base
da escala, onde esto os espritos imperfeitos. Os da 2a diviso so os que se
caracterizam pela predominncia da matria sobre o esprito e pela propenso
normal. E a Ia diviso, se caracteriza pela predominncia do esprito sobre a
matria, pelo desejo de praticar o bem; so os espritos bons; que compreendem
tambm, os espritos puros, que atingiram o supremo grau da perfeio.
Esta diviso nos parece perfeitamente racional e apresenta caractersticas
bem definidas.
No restou seno destacar, por um nmero suficiente de subdiviso, as
anuanas principais do conjunto que fizera Kardec, com ajuda e concurso dos bons
espritos, cuja benevolncia e instruo jamais lhe faltou. Com ajuda deste quadro
ser fcil determinar a ordem, e o grau de superioridade, ou inferioridade dos
espritos, com os quais podemos entrar em relao , e, por conseguinte o grau de
confiana de que eles merecem.Est de alguma maneira, a chave da cincia
esprita, pois s ela pode explicar-nos sobre as irregularidades intelectuais e
morais dos espritos.
Observamos entretanto, que os espritos, no pertencem para sempre e
exclusivamente a esta ou aquela classe; o seu progresso no se realiza seno
gradualmente e como muitas vezes se efetua mais num sentido que outro, eles
podem reunir as cactersticas de vrias categorias, o que fcil apreciar, por sua
linguagem e seus atos.
Sabemos que a diviso dos espritos, so feitas por ordem da classificao-
Pois temos, os de Ia" ordem; 2a ordem e os de 3a ordem. E suas classes so
subdivididas em (10) dez categorias discriminativas a saber.
Comearemos fazendo sua classificao pela ordem regressiva. Pois a 3a
ordem, engloba cinco classes de espritos - Da 6a a 10a classe so os espritos
impuros, e so inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupaes.
Como espritos do conselhos perfdios, sopram a discrdia e a desconfiana e se
mascaram de todas as maneiras para melhor enganar. Ligam-se aos homens de
carter bastante fraco, para cederem suas sugestes, a fim de induzi-los
perdio, satisfeitos em conseguirem retarda- lhes o adiantamento, fazendo-os
sucumbir nas provas que passam.
Nas modificaes do-se a conhecer pela linguagem, a trivialidade *e grosseria
das expresses, nos espritos como nos homens, sempre indcio de inferioridade
moral, seno tambem intelectual. Suas comunicaes exprime a baixeza de sues
pendores. Eles vem a felicidade dos bons, e esse espetculo lhes constituem
incessante tormento, porque os faz experimentar todas as angstias que a inveja e
o cime podem causar.
Conservam a lembrana e a percepo dos sofrimentos da vida corprea e essa
impresso muitas vezes mais penosa do que as realidades.
Sofrem pois, verdadeiramente pelos males de que padecem e pelos que
acarretaram aos outros. E como sofrem por longo tempo, julgam que sofrero para
sempre.
Quando encarnados, os seres vivos que eles constituem, e mostram propensos a
todos os vcios gerados das paixes vis e degradantes; a sensualidade a crueldade,
a felonia, a hipocrisia, a cupidez, a avareza srdida, so flagelos para a
humanidade; pouco importando a categoria social a que pertenam, e o verniz da
civilizao no os forra ao oprbrio e a ignominia.
Nona Classe- Espritos levianos* quando encarnados, so ignorantes,
maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, respondem sem se
incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras
alegrias, de intrigas, de induzir maldosamente em en*os, por meio de mistificaes
e de espertezas.
Oitava Classe*- Quando desencarnados, suas ^ comunicaes com os homens,
por meio da psicografia ou psicofonia, a linguagem que se servem , amide
espirituosa cheia de facetas, mas quase sempre sem profundezas de ideias.
Aproveitam-se das esquisitices e dos ridculos humanos e os apreciam
mordazes e sacrifcios. S tomam nomes supostos, ; mais por malcia do que por
maldade. Dispem de conhecimentos bastante amplos, porm crem saber mais do
que realmente abem; a linguagem deles apresenta um cunho de seriedade, de
'natureza a iludir, com respeito as suas capacidades de luzes. Mas S ern geral,
isso no passa de reflexos, dos preconceitos e ideais "sistemticos que nutrem na
vida. E uma mistura de algumas ' verdades com erros mais polpudos atravs dos
quais penetram a pesuno, o orgulho, o cime e a obstinao de que puderam '*'
dspir-se.
Stima Classe*- espritos neutros:
Nem bastante bons para fazer o bem, nem bastante ; maus para fazerem o mal.
Pendem tanto para um como para o ^ outro e no ultrapassam a condio comum da
humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca inteligncia.
Apegam-se s coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem
saudades.
Sexta Classe9-. Espritos batedores e perturbadores- Estes espritos,
propriamente falando, no formam uma dasse distinta pela suas qualidades
pessoais. Podem caber em todas as classes de terceira ordem. Manifestam
geralmente sua presena por efeitos sensveis e fsicos, como pancadas,
movimentos e deslocamento normal de corpos slidos, agitao do ar, etc.
Afiguram-se mais do que outros presos a matria. Parecem ser os agentes
principais das vicissitudes do globo, que atuam sobre o ar, a gua, o fogo, os corpos
duros, quer nas entranhas da Terra. Reconhece-se que esses fenmenos no
derivam de sua causa frututa ou fsica, quando denotam carter intencional e
inteligente. Todos os espritos podem produzir tais fenmenos, mas os de ordem
elevada os deixam de ordinrio, como atribuies, dos subalternos, mais aptos
para as coisas materiais do que para as coisas da inteligncia; quando julgam teis
as manifestaes desse gnero, lanam mao destes ltimos como seus auxiliares.
SEGUNDA ORDEM - Bons espritos
Caracteres gerais - Predominncia do esprito sabre a matria, desejo do bem.
Suas qualidades e poderes para o bem estao em relao com o grau de
adiantamento que haja alcanado; uns tem a cincia, outros a sabedoria e a
bondade. Os mais. adiantados renem o saber s qualidades morais.
Compreendem Deus e o infinito e j gozam dagf felicidade dos bons. Sao
felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os unem lhes
feito de nefvel ventura, que no tem a pertura-la nem a inveja, nem os remorsos,
nem nenhuma das ms paixes que constituem o tormento dos espritos. Todos
entretanto, ainda tem que passar por provas, at que atinja a perfeio.
Como espritos, suscitam bons pensamentos, desviam l os homens da senda do
mal, protegem na vida os que se lhesmostram dignos de proteo e neutralizam a
influncia dos espritos imperfeitos sobre aqueles a quem no grato sofr-la.
Quando encarnam, se tomam bondosos e benevolentes com seus semelhantes.
No os movem o orgulho, nem o egosmo, ou ambio. No experimentam dio,
rancor, inveja ou cime e fazem o bem pelo bem, esta ordem pertence aos
espritos designados, nas crenas vulgares pelos nomes de bons gnios protetores,
Esprito do Bem.
Podem ser divididos em quatro grupos principais - ordem decrescente.:
Quita classe - Espritos Benvolos - A bondade neles a qualidade dominante.
Apraz-lhes prestar servios aos homens e proteg-los, limitado porm, so os seus
conhecimentos. So protegidos mais no sentido moral do que no sentido
intelectual.
Quarta classe - Espritos Sbios - Distingue-se pela amplitude de seus
conhecimentos. Preocupam-se menos com as questes morais, do que com as
natureza cientfica, para as quais tem maior aptido. Entretanto, .s encaram a
cincia do ponlo de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixes
prpria dos Espritos Perfeitos.
Terceira classe - Esprito de Sabedoria - As qualidades morais da ordem mais
elevada so o que os caracterizam; sem possurem ilimitados conhecimentos, so
dotado de uma capacidade intelectual que lhes faculta juzo reto sobre os homens
e as coisas.
Segunda classe - Espritos Superiores -Esses em si renem a cincia, a
sabedoria e a bondade. Sua linguagem que empregam se exala sempre a
benevolncia; uma linguagem , ; invariavelmente digna, elevada e muitas vezes
sublime. Sua ; "superioridade ps toma -mais do que os outros a nos darem noes .
sobre as coisas do mundo incorpreo, dentro dos limites do que permitido ao
homem saber, comunicam-se completamente com os que procuram de boa f a
verdade cuja alma j est bastante desprendida das ligaes terrenas para
compreend-la. Afastam-se ' . porm , daqueles a quem s a curiosidade impele, ou
que por influncia da matria, fogem prtica do bem.
Quando por exceo encarnam na Terra, para cumprir misso de progresso e
ento nos oferecem o tipo da perfeio a que a humanidade pode aspirar neste
mundo. Vejamos agora - Primeira Ordem - espritos puros.
Caracteres Gerais - Nenhuma influncia da matria. Superioridade intelectual
e moral absoluta, com relao aos espritos das outras classes u melhor das
outras ordens.
Primeira classe - Classe nica - Os espritos que a compem percorreram todos
os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matria. Tendo
alcanado a soma de perfeio de que susceptvel a criatura, no tem mais que
sofrer provas nem expiraes. No estando mais sujeitos reencarnao em
corpos perecveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de inaltervel felicidade, porque no se acham submetidos as
necessidades, nem s vicissitudes da vida material. Essa felicidade porm, no
de ociosidade monotena, 3 transcorrer em perptua contemplao. Eles so os
mensageiros e- os ministros de Deus, cujas ordens executam para manuteno
da harmonia Universal. Comandam a todos os espritos que so - inferiores,
auxiliam-nos na obra de seu aperfeioamento e lhes designam as suas misses.
Assistir os homens nas suas aflies concit-los ao bem ou expiao das faltas
que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui para eles
ocupao gratssima. So designados s vezes pelos nomes de anjos, arcanjos^, ou
serafins.
(Os dados pesquisados neste captulo, foram colhidos^ do livro dos espritos de
Allan Kardec).

CAPTULO XXXII O que


renascimento?
Considerando a doutrina do renascimento como um postulado, e um lento
desenvolvimento efetuado persistentemente por meio de repetidas
reencarnaes, em forma de crescente eficincia, por cujo intermdio chegar um
tempo em que todos alcanaro o cume do esplendor espiritual, inconcebvel pe no
presente.
No h nada de razovel, nem difcil de aceitar em tal teoria, olhando em redor
de ns, observamos na natureza a perfeio.
No encontramos nenhum processo, de criao sbita, ou de destruio, tal
omo afirmam os telogos, mas encontramos por toda parte a evoluo.
A evoluo a histria do progresso do esprito no tempo, e em toda parte ao
observar os fenmenos do Universo.
A mesma lei que desperta a vida no planeta, para crescer de novo, trar
tambm ao homem a nova existncia, par que adquira novas experincias e
progrida mais no caminho em busca da perfeio.
A teoria do renascimento, que afirma a encarnao repetida em veculo de
crescente perfeio, est de inteiro acordo com as palavras de Jesus, quando
respondia a uma pergunta de Nicodemos, um dos prncipes dos Judeus; pois
encontramos no livr de So Joo (Cap. 3 Vesc. de 1 a 12) - que diz o seguinte: E
havia um homem dentre os fariseus, por nome Nicodemos, senhor entre os
judeus. Esta noite, veio buscar Jesus e disse-lhe: Rabi, sabemos que s mestre,
vindo da parte de Deus, porque ningum pode fazer estes milagres que tu fazes se
Deus no estiver com ele - Jesus respondeu: Na verdade te digo que no pode ver
o reino de Deus, seno aquele que nascer de novo; Nicodemos lhe disse; como pode
um homem nascer sendo velho, por ventura pode tomar a entrar no ventre de sua
me e nascer outra vez? - Respondeu-lhe Jesus. Em verdade, em verdade te digo,
que quem no nascer de gua e do esprito, no pode entrar no reino de Deus. O que
nascido da carne carne, e que nascido do esprito esprito. - No te
maravilhes de eu te dizer: Importa-vos nascer outra vez.
Observando a vida sob um ponto de vista tico, encontramos que a lei do
renascimento, a nica teoria que satisfaz a justia e est em harmonia com os
fatos da vida.
Sabemos que no fcil par a mente humana, compreender imediatamente a
justia de Deus, neste ponto de vista, isto , ele s ir entender com o decorrer de
um espao de tempo, depois de haver analisado em profundidade, que ento ir
compreender o porque acontece com milhares de seres que Deus colocou debaixo
de diferentes circunstncias, permitindo que um viva em opulncias e o outro em
misria; um possui boa educao moral e um ambiente de elevadas ideias, e o outro
seja - colocado, num ambiente mesquinho e lhe seja ensinados a mentir e a enganar
etc. E justo exigir de ambos o mesmo? justo *; recompensar um por viver
honestamente, q ando foi colocado - num ambiente onde lhe honestamente
difcil )ecar, ou castigar ooutro que se encontra to limitado que nem pode ter
ideia do que constitui a verdadeira moralidade? Certamente no.
Mas as desigualdades de vida pode ser explicada satisfatoriamente pelas leis
do renascimento que se harmoniza com a concepo de um Deus justo e amante. O
que somos, e o que temos, todas as nossas boas qualidades o resultado de nossas
prprias aes.
A guisa de esclarecimento, aos nossos estimados leitores, desejamos explicar o
que acontecia com diferentes povos a respeito do que eles consideram o
renascimento ou . reencarnao.
No Oriente Asitico, a crena da reencarnao comum, principal mente entre
os Hindus e os Budistas; como tambm constitua um dogma fundamental do
sistema religioso, entre os antigos Egpcios e os Druidas.
Nos dogmas judaicos, a reencarnao fazia parte com o nome de ressurreio;
e s no acreditava nela os Saduceus, que pensavam que tudo acabava-se com a
morte. E os judeus sobre este ponto de vista, como muitos outros, no deferiam
claramente porque eles s tinham vaga e incompleta noo.
Eles supunham que um homem que j tivesse vivido, s poderia voltar a reviver
se tivesse predicados bons, pois era assim o que eles chamavam de ressurreio.
Ns sabemos que a reencarnao fora produzida pelo imperador Constantino, no
ano 325 da era crist por ocasio do Conclio de Nicea- De efeito a ressurreio
implica a volta da vida ao corpo j morto, o que a cincia nega ser materialidade
impossvel.
Mas a reencarnao a volta da alma corporal, mas l em outro corpo
novamente formado por ela, e que nada tem de .. comum com o corpo antigo, pois o
fenmeno acontece no ato do -^nascimento do ser humano.
Nos pases Ocidentais, alguns filsofos e poetas * notveis, publicamente
professaram esta crena.
O insigne filsofo e matemtico grego Pitgoras, seis sculos antes de Cristo,
dizia com muita propriedade que lembrava-se de ter sido hemotino, por ocasio
da guerra de Tria. O clebre e grande poeta Ovdio tambm afirmava ter
assistido em uma encarnao anterior, ao cerco de Tria, e relatava em seus
versos, vrios acontecimentos em diferente existncia porque havia passado.
Tambm o imperados Romano Juliano, cognominado O apstata, afirmava com
toda convico, que recordava-se perfeitamente de ter sido em encarnao
anterior o rei Alexandre" da Macedonia.
O clebre escritor e poltico francs Lamartine", no seu livro "Viagem ao
Oriente, diz ter reconhecido o Vale de Terebento", e o campo de batalha de
Sal, como o tmulo dos Macabeus, por ocasio de sua outra encarnao.
Deixamos de citar de outras testemunhas de grande celebridade, que afirmam
a veracidade da reencarnao. baseados em recordaes ntimas, c verdadeiras,
relativas as suas vidas passadas.
O esprito depois de haver deixado o corpo material cm que representou uma
personal idade, adquire a conscincia de sua individualidade permanente o seu
estado no alm. e lembra-se perfeitamente das vidas passadas, como um ator
teatral se lembra dos papeis que representou.
Existe uma percentagem muito pequena de pessoas que realmente se lembram
do que foram em outras encarnaes; como estes clebres filsofos e poetas que
acabamos de citar, o. que eles foram realmente em out ms vidas.
Conforme nos explica o livro dos espritos, no ttulo "Da volta dos Espritos a
vida corporal" - Que dizia o seguinte:
Gravssimos inconvenientes teria se nos lembrasse-mos das nossas
individualidades, em certos casos humilhar-nos-ia sobre maneira. I* cm outros,
nos exaltaria o orgulho, peando-nos em consequncia o livre arbtrio.
Para melhorar-nos, d-nos Deus exatamente o que necessrio e basta: A voz
da conscincia e os pendores instintivos.
Priva-nos de que nos prejudicaria. Acrescentemos que, se ns recordssemos
dos nossos precedentes atos pessoais, igualmente nos recordaramos dos outros
homens, do que resultaria talvez os mais desastrosos efeitos para as relaes
sociais.
Nem sempre podemos honrar-nos do nosso passado, melhor que sobre ele um
vu seja lanado.
Isto concorda perfeitamente com a Doutrina dos Espritos e a cerca dos
mundos superiores Terra.
Nesses mundos, onde s reina o bem, a reminiscncia do passado nada tem de
dolorosa. Tal razao porque neles as criaturas de lmbran do que fizeram na
vspera.
Quanto estada em mundo inferior, no passa entao, como j dissemos de um
sonho.
Quando se deixa a Terra o corpo carnal do qual foi separado pela morte,
reveste-se o esprito do seu corpo perispiritual, o qual se d o nome de perisprilo,
que formado de fludo universal de cada globo, razao porque idntico em lodos
os mundos.
Passando de um mundo a outro, o esprito muda de envoltrio. Este envoltrio
chamado perisprito. o mesmo corpo usado pela alma quando se acha encarnada
ao corpo material; da qual liga ao corpo por meio de liames, no ato do nascimento,
ou melhor no momento em que se d a encarnao pois a uniao propriamente dita,
comea na concepo, mas s se completa por ocasiao do nascimento.
O esprito designado para habitar a um certo corpo, a este se liga por laos
ludicos, que cada vez mais se vai encurtando at o instante em que a criana v a
luz.
Durante a vida material, o esprito tem o nome de alma, pois o mesmo se acha
incorporado ao coipo material desde o momento do nascimento, e s se desligam no
ato da morte: quando entao se d o desligamento do corpo perispiritual ao do coipo
carnal.
O corpo carnal estar em decomposio e o esprito passar a usar o corpo
perispiritual, porque da em diante ele retornar ao mundo dos espritos, portanto
caros leitores a alma nada mais que um esprito encarnado.
Sao dois os objetivos principais da encamao: O primeiro mais comum, se
refere a expiao, e para isso que lemos que sofrer todas as vicissitude das
existncias corporais, nisso est a expiao, e o esprito deve suportar com
resignao.
O segundo - o esprito encarna em misso; e em cada mundo, toma-se o esprito
um instrumento de harmonia com a matria essencial desses mundos a fim de
cumprir a sua misso daquele ponto de vista as ordens de Deus; e assim fazendo
ele est concorrendo para a obra geral do criador, e ao mesmo tempo ele est
adquirindo adiantamento espiritual. Em cada nova existncia, o esprito d um
passo para frente na senda do progresso; tanto os espritos que esto em
expiao, como os que esto em misso. E quando o esprito que se encarna como
expiao, se acha limpo de todas as impurezas, no tem mais necessidade de novas
provas da vida material, ou melhor incorporai; e da eles passaro para a categoria
de espritos benvolos, bem aventurados puros espritos.
(Dados pesquisados no Evangelho Segundo o Espiritismo c livro dos espritos
ambos de Allan Kardec).

CAPTULO XXXIII O que a


f e como deve ser encarada
A f deve ser inabalvel e somente aquela que pode encarar a razao face a
face, em todas as pocas da humanidade.
E a esta que damos o nome de f raciocinada, a nica que no tolhe o nosso livre
arbtrio e se opera nos fatos e na lgica fazendo desaparecer a dvida e
trazendo-nos a certeza pela compreenso daquilo que estudamos ou observamos.
O apstolo Paulo, nos ensina a adquirir a f pelo desenvolvimento das
faculdades intelectuais - diz ele. Que a vossa caridade deve abundar em cincia e
em lodo conhecimento para que aproveis o melhor e no tenhais tropeo no dia de
Cristo. Diz mais que a f, desperta todos os nobres sentimentos que conduzem o
homem ao bem, mas preciso que a ao desse sentimento se faa sentir e
necessrio que o esprito agindo de acordo com lei do amor e da caridade
ponha-se em prtica, e mostre os frutos da frondosa rvore, por ele implantada.
Por isso que dissemos que a nica e verdadeira f que deve envolver a nossa alma
a que resulta de um exame ntido sincero de uma observao minuciosa e de um
estudo apurado, e no uma f sem um exame, pois sem estas caractersticas pode
se tomar obcecada, filha da cegueira.
Para aqueles que lem a f sem as boas obras, se conclui que nada representa no
grande Cdigo da Legislao Divina. Pois a sua f se tornou vacilante que gera a
incerteza, a hesitao do que se aproveitam aqueles contra quem se deseja kitail?
da resultando que o homem no insiste nos meios de vencer, porque no cr podr
alcn-Io.
Em outra acepo se diz que a f a confiana que se tem na realizao de
grandes coisas. A f quando sincera e verdadeira, traz sempre a calma e a
pacincia a quem sabe esperar, e que apoiada na inteligncia e compreenso das
coisas, tem certeza de chegar ao real objetivo. E nunca se deve confundir a f
como presuno visto que a f se alia a humanidade.
O poder da f. participa da ao direta e especial do magnetismo cujo fludo
como agente universal o homem age modificando as suas propriedades.
Por. isso quem reunir a f ardente uma grande potncia lludica normal, pode
pela simples vontade dirigir para o bem, operar extraordinrio fenmeno de cura e
outros. Outrora considerados prodgios e que so apenas consequentes de uma lei
natural, tal o motivo porque Jesus disse aos seus discpulos que no podem curar
porque no tinham f.
Jesus seinpre nos ensinou que a f sem as obras morta, cham-lo de Senhor e
no seguir os seus ensinamentos para nada servem.
Expelir demnios, profetizar, fazer uma srie de maravilhas c no ser cristo;
mas sim praticar a verdadeira caridade.
E para que servir louvar o Senhor com os lbios quando damos lugar ao nosso
orgulho, egosmo, cupidez e todas as paixes? Sero cristos os que assim se
dizem, sem se tomarem melhores mais caridosos e indulgentes para com o nosso
prximo?
Devemos portanto no esquecer-mos das palavras de Sao Paulo na sua primeira
Epstola aos Corntios, que disse Ainda mesmo que tivesse o dom da profecia, se
no tivesse caridade de nada serviria; e disse mais, se eu distribusse os meus
bens com os pobres e desse o meu corpo para ser queimado e no tivesse caridade
tambm de nada adiantaria (1Q Corntios cap. 13/3)
Ns sabemos que as escrituras sagradas, se compem do Antigo e Novo
Testamento; toda lei deve estar de acordo com a elevao intelectual do povo que
a recebe.
Para os homens da poca de Moiss, as suas leis eram muito boas. Mas
atualmente sabemos ns, que a lei mosaica a lei da dureza e muito difcil de ser
cumprida, e muito atemorizante porque assim o requeria o instinto perverso do
povo que debaixo dessa lei se achavam.
Mas veio Cristo, numa poca mais adiantada, e trouxe a lei do amor e do perdo
que se no foi aceita pela totalidade dos homens de seu tempo, entretanto o foi
por muitos espritos que a puseram ao servio da mesma lei.
Jesus no pde explicar com mais detalhes aos homens do seu tempo porque
eles no compreenderiam, e isso ele declarou categoricamente, no livro de Sao
Joao (Cap. 16 e Vesc. 12 e 13) Quando disse*.
Ainda tenho muitas coisas para vos dizer, mas vs no podeis suportar agora;
porm quando vier o (Esprito da Verdade) ele vos guiar em toda verdade, porque
no falar de si mesmo, mas falar de tudo o que tiver ouvido e vos anunciara as
coisas que hao de vir*.
A lei esprita nascer, renascer e progredir sempre. Esta lei encara o princpio
do aperfeioamento moral indefinido do homem, no tempo e no espao.
A Doutrina Esprita, no admitindo a perdio, ou queda do gnero humano,
repele a ideia de salvao ou condenao ao inferno como pregam a maioria das
religies.
Segundo essa filosofia, s existe a evoluo, o progresso como diieito de todos.
E esse progresso assim deve efetuar-se pela explicao e provaes, que marcham
juntos para a purificao do esprito.
Note-se no Evangelho que Jesus conhecedor de todas as leis da natureza, e
conhece a manipulao de fludos, conforme se observa pelas suas curas, quando
aqui esteve em misso, deu provas desses conhecimentos como por exemplo, na
multiplicao dos pes. dos peixes e a transformao da gua em vinho, etc.
Assim o fundador do cristianismo, que o modelo do "Homem Perfeito" no
podia deixar de ter preparado para sua ao, um organismo que correspondesse as
suas aspiraes, mas que entretanto, no deixasse de estar submetido as leis
fsicas do nosso mundo.
E a perfeio do corpo carnal de Jesus, se evidncia perfeitamente pela
discrio que dela fazem os escritos antigos que afirmam ter sido o Nazareno, um
homem de beleza extraordinria.
Entretanto essa beleza e essa perfeio, sempre material e embora no
deixe de realar, no pode absolutamente ser comparada a perfeio e a beleza
cio "corpo espiritual".
Ns sabemos que no bastante dizer-se esprita, ou fazer sesso; ou
professar-se adepto de qualquer religio, seguindo todas suas pegadas; sem ter
caridade, de nada serve o seu sacrifcio de ser um verdadeiro religioso.
preciso que antes de qualquer declarao da sua profisso de "F"; deve
mostrar que pratica a caridade.
preciso tambm mostrar em primeiro lugar, que a caridade seja o nosso lema
porque havendo caridade; a f e esperana se completam formando o "verdadeiro
trio da virtude que base fundamental da Doutrina Esprita.
Todos os espritos que encarnam neste mundo, precisam participar destas duas
naturezas - a material e a espiritual; porque sem o corpo animal no poderia
manifestao exterior. Podemos ver o que o Apstolo Paulo nos disse e foi
bastante claro e explcito quando nos diz, que h corpo animal e coipo espiritual.
E segundo os Evangelhos se nota na manifestao "Esprita", de Jesus no "Monte
Tabor onde mostrou-se em coipo ESPIRITUAL (Perisprito), aos seus discpulos:-
Seu rosto resplandeceu como o sol e as suas vestes tomaram-se brancas como a
luz. Porque Jesus foi transfigurado diante dos apstolos e naquele momento eis
que apareceram aos seus discpulos os espritos de Moiss e Elias falando com ele
Jesus:
Senhor, bom estarmos aqui; se queres, farei aqui trs tendas; uma ser tua.
outra para Moiss, e outra para Elias - onde ficou patenteado que os espritos tem
condies de conversar com as criaturas encarnadas, dependendo dos meios que
se deram no momento. Tanto pelo sistema psicofonico. psicogrfico, ou ento pela
materializao dos espritos atravs do hectoplasma do mdio (.aquela
manifestao se deu no Evangelho de So Mateus cap. 17 Vesc. 2 e 4). No momento
daquela transfigurao de Jesus em que mostrou aos seus discpulos no Monte
Tabor, a materializao dos espritos de Moiss e de Elias. O que pode se dar com
os espritos em qualquer momento dependendo do grau de espiritualidade da
pessoa.
Ns julgamos mesmo que Jesus fazendo aluso a sua morte, e depois as suas
aspiraes salientou a existncia de seu corpo material (.carnal), quando disse: Se
a semente no morrer, no pode produzir.
A Doutrina Esprita, no uma religio dogmtica, que quer impor aos demais
urna credulidade passiva. Muito ao contrrio, ela convida ao estudo, provoca o
livre-exame, estabelecendo a pesquisa, como meio de chegar a verdade.
Ela no quer os seus crentes como se as demais seitas que so freios sectrio
de dogma, que pensam com as cabeas dos dirigentes.
O Espiritismo Kadercista. deseja que os seus seguidores, sejam homens livres,
e repete sempre a sentena de Jesusque diz: Se fordes verdadeiramente meus
discpulos, buscarei a verdade, e a verdade vos libertar. E para demonstrar esta
afirmao, basta examinar ligeiramente a FENOMENOLOGIA ESPRITA; cujos
fatos vieram despertar homens de todas as escalas e especial mente os
materialistas, na constatao da verdade. Inmeras materializaes de espritos,
fazem emudecer diariamente os materialistas na contestao da verdade, atravs
da cincia ficial. com aquele seu mtodo de negao.
Imaginem os leitores, que s em uma Associao de Londres foram
constatados mais de mil e seiscentos casos, mesmo para fazer ver aos sbios, aos
mestres e aos doutores - e aos guias de todas doutrinas cientficas ou religiosas
que as leis que regem o Universo, no so s as conhecidas pelo homem e que o
esprito em condies mais lcidas se acha de posse do conhecimento de leis que o
homem terrestre ignora.
tambm para demonstrar aos religiosos que a Religio Esprita, digo melhor
Religio do Esprito, comea demonstrando a todos a imortalidade e a
sobrevivncia humana; e que so as prprias (Alma dos Homens que vivem na
terra), produzem esses fenmenos de natureza espiritual.
Ns sabemos que no bastante dizer-se esprita ou fazer sesso; ou professar
adepto de qualquer religio, seguindo todas as suas pegadas; sem ter caridade, de
nada serve o seu sacrifcio de ser um verdadeiro religioso.
preciso que antes de qualquer declarao da sua profisso de f" deve
mostrar que realmente pratica a caridade.
preciso mostrar tambm em primeiro lugar, que a caridade seja o nosso lema,
porque havendo caridade, a f e a esperana se completam formando o
verdadeiro trio de virtude, que a base fundamental da Doutrina Esprita.
Todos os espritos que encarnam neste mundo, precisam participar destas duas
naturezas - a material e a espiritual; porque sem o corpo animal no poderia haver
manifestao exterior. Podemos ver o que o apstolo Paulo nos diz; que h corpo
animal e h corpo espiritual. E segundo os Evangelhos se nota manifestao
"esprita de Jesus no Monte Tabor, onde mostrou-se em corpo ESPIRITUAL
(Periaprito) , aos seus discpulos: Como j dissemos em outros captulos, que o
rosto de Jesus resplandeceu como o sol e as suas vestes tomaram-se brancas
como a luz. Porque Jesus foi transfigurado diante dos apstolos e naquele
momento eis que apareceram aos seus discpulos os espritos de Moiss e Elias
falando com ele Jesus. Ento disse Pedro a Jesus: Senhor bom estarmos aqui, se
queres, farei aqui trs tendas, uma ser tua, outra para Moiss, e outra para Elias
(Mat. cap. 17 Vesc. 2 a 4) . No momento daquela transfigurao de Jesus em que
mostrou aos seus discpulos* no Monte Tabor, a materializao dos espritos de
Moiss e de Elias onde ficou patenteado que os espritos tem condies de
conversar com as criaturas encarnadas, dependendo dos meios em que se deram no
momento. Tanto pelo sistema psicofonico ou psicogrfico, como tambm pela
materializao dos espritos atravs do hectoplasma dos mdiuns.
Ns julgamos mesmo que Jesus fazendo aluso a sua morte, e depois das suas
aparies salientou a existncia de seu corpo material (carnal) , quando disse: "Se
a semente no morrer, no pode produzir.

CAPTULO XXXIV Formao


do nosso perisprito
Foi preciso que a cincia implodisse as velhas crenas e que o Consolador
editado por Jesus, reformulasse a visao da Lei Maior.
A pouco mais de um sculo para c, se ajustassem as naes que equilibraram a
justia com a bondade.
Ns sabemos, que desde o ano 325 da era crista, por ocasiao do Conclio
Nicea, o Imperador Constantino amordaou a Doutrina Esprita, proibindo e as
orientaes da nossa Doutrina; quem o tentasse desobedecer esta ordem seria
considerado Herege e como tal era executado sumariamente.
Foi preciso que o Consolador prometido por Jesus aos seus apstolos, viessem
imediatamente, ao encontro do nosso insigne Allan Kardec, para desamorda-lo.
Muito pouco se. h feito ainda assim, quando se percebe dura situao e bem
srias. De certo modo, de fato, na prtica o homem viu o seu dia a dia de puro
materialismo e de velado temor do inferno que ele no sabe muito bem onde se
situa. Do outro lado; e de todas as crenas a inslita suspirao, do privilgio e do
fantasma, acham todos que a sua religio os salva, que por seguir-lhes as
tradies, a vida eterna os espera para as delcias da contemplao divina. Plcida
e motiva, inrcia contemplativa lhe desse um prmio por acaso? Quando ns os
espritos sabemos que as religies no salvam ningum; serve apenas para burilar o
homem para Deus.
Em nenhum momento, creia o esprita em privilgios de crena, por conta
prpria crena com alhures acontece.
A assistncia que pede e que efetivamente no lhe
falta, motivada pela sua f, que implora e que percebe que lhe chega de forma
clara, no por milagre na estrita acepo da palavra percebe o porque conhece o
mecanismo atravs de cujos fatos, ao benfazeja se verifica, como se desenvolve
dentro dos conceitos da presena divina e dos mentores do Amor Infinito.
Na verdade Deus no escolhe crena, tal ou qual para que o socorro chegue na
hora certa, nem oferece a uns em detrimento de outros, as benesses do paraso,
aos que fazem por merecer a melhora lhes acontecer.
v Nossas intenes como vimos explicando contribuir na sistematizao das
informaes a respeito dessa fenomenologia visando a compreenso dos estimados
leitores.
Nesse complexo de interaes, a mente desempenha um papel superior,
norteando as funes do cosmo orgnico e perispitural. Esclarece o esprito
Andr Luiz. A clula nervosa entidade eltrica que diariamente se nutre de
combustvel adequado.
H neurnios sensitivos, motores intermedirios e reflexes.
Existem os que percebem as sensaes exteriores e os que recolhem as
imposies da conscincia.
m todo o cosmo celular agitando-se interceptores e condutores, elementos de
emisso e de recepo. A mente a orientadora desse universo microscpico em
que bilhes de corpsculos e energia multiformes se consagrou a seu servio. O
perisprito ainda mais suscetvel que sofre as impresses da conscincia, pela
natureza dos seus tecidos, da sua organizao, dito extremamente plstica de
sofre plasticidade sob o comando da mente. Ainda lcido Andr Luiz diz que o
perisprito para mente uma cpsula mais delicada, mais suscetvel de refletir-lhe
a glria e viciao em virtude dos tecidos de que se constitui. Em razao disso as
almas decadas num impulso de revolta contra os deveres que nos compete a cada
um, nos servios de sublimao, aliam-se umas as outras atravs das organizaes
em que se exteriorizam, tanto quanto possvel. Os lamentveis pendores que lhes
so peculiares agrilhoes das inteligncias vigorosas e crueis.
Antes cumpre fazermos algumas consideraes a cerca do perisprito. Este tao
discutido assunto.
Existe. uma polmica quanto a constituio do perisprito. corpo astral, ou
corpo fludico psicossomo. Alguns estudiosos da Doutrina Esprira informam que o
perisprito formado por trs tipos de fludos: - Fludo eltrico, fludo magntico
e fludo csmico universal, sendo de natureza dita semi- material no percebido
por nossos sentidos, cabendo este prazer a alguns mdiuns videntes.
O grande escritor Pietro Ubalde, em um dos seus livros, declara que o nosso
perisprito constitudo de quatro fludos universais a saber: Oxignio,
hidrognio, carbono e azoto, e na proporo que o esprito vai se depurando, vai
perdendo os fludos: carbono, oxignio, azoto, ficando somente o fludo
hidrognio, um corpo luminoso, fosforescente. E por isso que os videntes, quando
nos retram, atravs de quadros Cristologrficos, presena de Entidades
Anglicas, nos retratam essa tnica lucilante, fosforescente, luminosa, ou seja,
esta tnica do hidrognio, tnica levssima.
O casal Snior e Valentina Kirlian, ambos russos, que conseguiram registrar
atravs de fotografia as auras que so emanaes do perisprito.
Essa aura toma uma forma ovalide em tomo do corpo fsico e fortemente
influenciado pelos pensamentos individuais.
O aparelho capaz de registrar as emanaes do perisprito conhecido por
cmara Kirlian. O perisprito como mediador entre o coipo fsico e o esprito
desempenha uma importante funo, tanto fisiolgicas, quanto espirituais, visto
que Wm: ligado ao esprito e ao corpo fsico por meio de fludo vital e do sistema
nervoso e que de certa fornia lhe um transmissor. Em conformidade com as
informaes obtidas por vias medinicas e pela observao criteriosa podemos
destacar trs funes bsicas no perisprito: Ia experincia vivida em existncias
anteriores, encarnaes passadas; 2a chamada memria extra-cerebral: 3a. E
todas essas aquisies e experincia e conhecimentos sao arquivados no
perisprito. que lhe confere o ttulo de "arquivo da Alma". O esprito atua como
cstruturador de forma, orientando a iomiao do corpo fsico, desde o momento da
concepo at o reencarne; no momento da concepo ligado ao corpo fsico em
iomiao por meio de um lao iludico, como j explicamos. Que durante a fomiao
do corpo fsico esse lao Iludico. at o nascimento ou encarnao, pois ele exerce
papel de suma importncia nos processos fisiolgicos da organizao somtica,
especial mente pela presena dos chamados centro de fora que tem
coirespondncia com os plexos nervosos, ele tem a responsabilidade de manter
perfeito o funcionamento do corpo fsico, pelo trnsito de energia entre as duas
esferas.
Notemos que sao duas as condies essenciais: A mentalizao que atuar
sobre a organizao perispritea e a atividade indutora dos mentores que auxiliam
por meio de magnetizao o que caracteriza.
Finalizando, a mente culpada ou maligna por sua vontade ou induzida por mentes
mais desajustadas, incorpora as sugestes que sao impostas, pela afirmao
reiterada de que um animal.
Tanto isto verdade, que a mente viciada entregue por exemplo as ideias de
vingana, presa angustiante, no consegue manter a forma humana do perisprito,
adquirindo, por su reduo a fornia ovide que a rcencamao far aos poucos
desaparecer.
(Dados pesquisados nos livros de Andr Luiz. com a sua orientao transcritas).

CAPTULO XXXV A procura


de Deus
Sabemos de anic mao que todas as religies com algumas excees procuram
nos seus ensinamentos encontrar Deus cm sua plenitude.
No se trata apenas de mais um advento, quando se comemora segundo a
mensagem crisi, a chegada do representante de Deus, o seu insigne filho Jesus
Cristo.
Todos os anos no ms de dezembro, nos traz uma alegria contagiante pois
lembra a data magna que os cristos comemoram o nascimento de Jesus.
Nascer fenmeno biolgico; diz respeito a vida numa das mais estupenda e
maravilhosa manifestao.
Assim pois. o Natal de Jesus, h de ser para os verdadeiros cristaos, um
acontecimento positivo de cuja realidade. Cada um de ns devemos dar, o seu
inconfundvel testemunho.
O planeta Terra, na poca da comemorao pela efemride data do nascimento
de Jesus, se engalana para esperar as nossas oraes abatidos pelas decepes e
frustraes de metas inalcanadas.
A Terra se carrega de um magnetismo diferente criador de novas emoes; o
homem sai de uma concha de egosmo em busca do ignoto, no anseio de elevao
dos seus sentimentos. Tudo se passa to normal, que quase no nos damos conta
diante desse fenmeno.
O natal, festividade que eleva nossos ideais, revigora nossos nimos, um
refrigrio para nossas dores, lgrimas e sofrimentos, como um verdadeiro banho
lustral, tudo se renova, para comear um novo ano feliz e promissor; homem
rejuvenescido espiritualmente, parte para as refregas da vida com todo seu
entusiasmo e pujana.
Esta grande lesta tem o condo de dotar a humanidade, nesses dias de atitude
amenas e agradveis, e nunca se vem durante o ano, tantas trocas de carinho,
mesuras e ilanesas no trato pessoal.
O homem se satura por um curto perodo de tempo de mais amor, maior
capacidade de compreenso, toma-se mais nobre e reflexivo.
No se trata apenas d mais um advento quando se comemora segundo a
mensagem crist, a chegada do filho de Deus Terra, embora as- celebraes
religiosas se confundam com um frenesi. Alguma coisa parece superar a
comercializao de f e amor, boa vontade e a doao de bens e alimentos para um
"Natal sem fome.
Na expectativa tambm de que a paz supere a violncia
e o medo.
Talvez o momento ainda estimule a reflexo sobre a experincia religiosa, o
significado de transcendncia da vida, o mistrio da Encarnao, a -realidade de
um Ser que as muitas filosofias e culturas tem manifestado atravs da histria da
humanidade.
A conceituada autoridade inglesa em religio a ex- freira, de nome Karin
Armstrong, professora de literatura, declara que estas manifestaes foram
tranquilas. Exemplo - Ela escreveu uma histria com referencia a Deus. A autora
analisa com profundidade a excepcional documentao, quatro milnios sob a busca
de Deus, no judasmo, cristianismo e Islamismo.
Diz ela que a mesma tensao que hoje atormenta tantos seres humanos, entre
descrena e f, desespero e esperana, amor e dio e acompanha a trajetria
dessa complexa multiplicidade de representao de Deus, nas religies
monotestas principal campo de pesquisa de Arrnstrong. Complementado por uma
visao histrica sobre Deus dos filsofos, ela destaca em um dos captulos, a
concepo de um Deus na era do Iluminismo.
Ela prope tambm uma viagem pelo pensamento autnomo daqueles que se
preocuparam em afirmar ou negar a existncia de Deus; ou uma seleo das
sentenas dos lderes das grandes religies, que eme sbitas vises ou num
processo de meditafio, codificarem o sagrado e substiturem o Deus, por vezes,
como disse tambm, o telogo Paul Tclich. pela criao de uma imagem, por uma
posse de Deus, impossibilitando assim a espere absoluta radical de um Deus
infinitamente oculto, livre imprevisvel. Se bem que esta criao do telogo
luterano no prece na obre. (h outras referencias a Tilich). Arrnstrong caminha
por a, na tenso milenar entre cr e no cr, rebelar-se ou entregar-se, possuir ou
esperar ou ainda caminhar com indiferena pelas veredas do atesmo. De toda
maneira, trata-se de um srio esforo intelectual pare procurei* entender o
mysterium terubl et faSCinaus, de Rudalph Otto. Na medida em que se avana
nessa histria de Deus, sente-se uma espcie de nostalgia da prpria autora, mas
que tambm pode ser nossa, de algo que se perdeu, na histria e nas relaes
pessoais. Mas no de todo, o que parece ficar mais claro justamente no final do
ltimo captulo do intitulado livro - Deus ter futuro? Quando ela se expressa
falando da possibilidade de se criar uma nova f vibrante para o sculo 21.
Para que isso acontea, completamente, devemos estudar a histria de Deus,
em busca de algumas lies e advertncias, estas ltimas palavras, verdade, so
antecipadas por consideraes pessimistas sobre a sociedade norte-americana e
Europeia. Nos Estados Unidos, onde 99% da populao diz acreditar em Deus,
predominam o fundamentalismo religioso e formas carismticas de uma
religiosidade instantnea, paralelamente escaladas da criminalidade, da
violncia e do vcio de drogas, indicando tratar-se de uma sociedade
espiritualmente enferma. Na Europa prevalece um crescente vazio onde antes
existia Deus na conscincia humana" - transcreve tambm um poema Thoms
Hardy, escrito na virada do sculo 19, no qual ele expressava a morte do esprito e
a incapacidade de uma f no sentido da vida.
Como superar essa poltica sentimental entre a desolao do vazio e esperana
de uma nova f? Para as religies organizadas e para os religiosos em gerei, o
roteiro seguido de umas histrias de Deus, oferece um campo imenso pare
reilexao, inclusive como paradigma, se assim se pode dizer de uma busca pessoal.
A histria de Karen Armstrog, indica tambm a trajetria de uma busca
particular. Depois de viver vrias crenas religiosas entretanto pare um convento
catlico dedicando-se a estudar a vida dos santos e msticos, aprofundar-se na
epolgica. na teologia e na histria da igreja. Ao deifcar a vida como religiosa
mergulha na histria das religies e, convencida de que o homem um ser
espiritual, decide escrever no uma histria da inefvel realidade de Deus", mas
uma histria de como homens e mulheres o tem percebido desde Abrao at os
nossos dias. Algo parece mudar de um Deus distante, severo, muitas vezes
odiento, surge a sua nova imagem, a face humana de Deus atravs do Messias
encarnado em Jesus que apontava pare uma nova humanidade.
E embora as razes da nova religio pertencessem absolutamente mesma
tradio, a ideia do reino messinico provoca reaes e divises que permanecem
at hoje.
Os debates sobre o papel de Cristo sua divindade a humanidade recordam as
grandes e inconfundveis polmicas da histria da igreja. As heresias e as lutas
religiosas de vrios sculos, de toda foima, talvez predominasse a ideia de que
embora Deus permanecesse invisvel possvel sentir a sua presena.
Nesse conceito de orquestre divina, cantam-se louvores ao filho dileto de
Deus, como o grande "Arquiteto do Universo" tidas as glrias e ateno esto
voltadas pare ele, o Meigo reb da Galileia. A figure exponencial de Jesus, deve ser
relembrada com venerao e respeito, vendo nele o Cristo Vitorioso, que derrotou
o Prncipe deste mundo. Ele viveu na maior simplicidade, e que jamais pactuou com
a mentira e com os preconceitos, e muito menos, com os poderes transitrios do
mundo. Devemos ver nele, o Mestre Incomparvel, vibrante, incisivo, que
transfigurou no cimo do "Monte Tabor, a fim de propiciar humanidade a mais viva
e insofismvel demonstrao da imortalidade da alma e da comunicabilidade entre
os espritos desencarnados.
Os evangelhos silenciam quase que totalmente, sobre muitas figuras
exponenciais que marcaram o advento de Jesus Cristo na face da Terra.
E indubitvel, entretanto, que todos os que tiveram atuao de destaque no
quadro do Missiado de Jesus, foram espritos de ordem elevada, que encarnaram
em nosso planeta, h cerca de vinte sculos com objetivo de participarem de uma
missao realmcnte transcendental. -
Aqui cumpre destacar duas figuras de projeo, sobre as quais, os evangelhos
discorrem de forma bastante lacnica: "Maria e Jos, me e pai carnal de Jesus.
Maria de Nazar, uma mulher simples e da mais humilde condio social, foi
uma das figuras mais salientes no processo de revelao do cristianismo. E
inegvel, que a sua missao teve cunho relevante alcanando tal magnitude que ainda
agora, decorrido quase dois mil anos. a sua figura excelsa se impe a venerao de
toda a humanidade, motivo pela qual, muitas religies da terra passaram a
denomin-la: 'Rainha do Cu; "Me Santssima*'; Virgem Maria; "Nossa
Senhora, alm de toda uma gama de qualificativo.
Servindo de dcil instrumento de vontade de Deus, ela contribuiu, como
esprito no grandioso quadro de revelao de uma doutrina altamente consoladora
humanidade sofredora, fato que representou uma das sublimes ddivas vindas
dos cus
Ela foi instrumento de uma das mais retumbantes manifestaes de que se tem
reconhecimento.
Visitada por um esprito de elevada hierarquia, este lhe anunciou que ela teria
um filho, em quem deveria por o nome de JESUS, acrescentando que ele seria
chamado filho do altssimo; a que Deus lhe daria o trono de David. Conforme se l
no Evangelho de Sao Lucas Cap. 1 Vesc. 28 a 35 e 46) , nos seguintes termos; a
mensagem: E eis que, em teu ventre concebers e dars luz a um filho, e
porlhe-s o nome de Jesus. E este ser grande e ser chamado filho do altssimo;
e o Senhor Deus lhe dar o trono de David seu pai. Digno de registro foi o fato de
Maria, ao visitar a sua prima Isabel, que viria a ser me de Joao Batista.
No recenseamento decretado pelo Imperador Romano, exigia que todas as
pessoas se cadastrassem em sua cidade de origem. Pois Maria e Jos se dirigiram
aquela cidade; a fim de dar cumprimento quela ordem do Imperador.
Cumpriram-se os dias em que Maria havia de dar luz, e Jesus nasceu, e como
no havia lugar para eles na estalagem, ela envolveu-o em panos e deitou-o'numa
manjedoura.
Depois da apresentao de Jesus no templo de Jerusalm para ser consagrado
ao Senhor, segundo as leis vigentes, pelo anciao ali residente, de nome SIMIAO. E
este, fez uma grande revelao Maria, nos seguintes termos: Eis que, este
posto, para quedas e elevao de muitos em Israel, e para sinal que contraditado.
E uma espada traspassar tambm a tua prpria alma, para que se manifeste os
pensamentos de muitos coraes.
Desta fornia, o Velho mdium, profetizou as angstias que assolariam o corao
de Maria, e quando 33 anos mais tarde, aconteceria o episdio hediondo do
calvrio, como de fato aconteceu.
Jesus era o primognito da famlia, porm, Maria teve outros filhos e filhas. Os
evangelhos registram que Jesus Cristo teve irmaos e irms. E a fim de alucidar
melhor uma vez por todo este assunto, vamos transcrever alguns trechos
evanglicos importantes que alucidam perfeitamente este assunto; porque muitas
pessoas, at mesmo no meio esprita, tem dvidas quanto aos irmaos carnais de
Jesus, se no vejamos o que diz o Evangelho de Sao Joao (Cap. 2 Vesc. 2 e 12) que
assim se expressa.
Depois de trs dias houve um casamento e Jesus tambm foi convidado com
seus discpulos para o casamento. Depois do casamento, desceu Jesus para
Cafamaum, com sua me, seus irmos e seus discpulos; e ficaram, ali no muitos
dias.
No Evangelho de So Mateus (Cap. 13 e Vesc. 55) . Diz o seguinte: r No este
o filho do carpinteiro? E no se chama sua me Maria, e seus irmos Tiago, Simo,
Jos e Judas? No vivem entre ns aqui seus irmos? E escandalizavam-se nele -
Donde vem a este, estas sabedorias, se ns o conhecemos a sua prpria origem? E
finalmente em atos dos Apstolos (Cap. 1 e Vesc. 14) diz tambm o seguinte: Todos
estes perseveraram unnimes em orao com as mulheres, estando entre eles
Maria, me de Jesus e dois irmos dele.
Portanto meus caros leitores, as dvidas que as pessoas tinham neste sentido,
acaba de ser esclarecidas, conforme explicao nos versculos do Evangelho.
Discorrendo sobre nascimento e vida de Jesus. Tambm no podemos silenciar
sobre a personalidade de Jos, pai carnal de Jesus. Evidentemente, tratava-se de
um jovem humilde, que exercia o ofcio de carpinteiro.
Os Evangelhos discorrem muito ligeiramente sobre a personalidade de Jos,
cumprindo aqui ressaltar, que a sua tarefa na Terra, foi verdadeiramente
missionria.
Deduz-se dos registros evanglicos, que ele no possua a acuidade medinica
de Maria, por isso as revelaes ou avisos que recebia dos espritos, foram dados
atravs de sonhos.
Deve-se ver nele, um homem sempre disposto a obedecer, por isso, aps
receber advertncias oriundas do plano maior ministrada atravs de sonhos
reveladores, no hesitou em levar o menino Jesus e sua me para o Egito, a fim de
fugir da sanha feroz de Herodes, e regressar somente aps a desencarnao
desse "Dspota, o qual, temendo o cumprimento das profecias, julgava que mais
tarde Jesus, viria a exercer um poder de cunho terrestre; quando na realidade, o
predomnio que o mestre viria a exercer entre os homens, seria de cunho
estritamente espiritual.
Rogando a Deus, criador do Universo e da Vida, que propicie aos homens a
oportunidade mpar de implantares em seus coraes, os rutilantes ensinamentos
que o mestre Nazareno revelou a Terra, os quais estao contidos na mensagem
alvissareira dos evangelhos.
O ttulo do captulo em tela se referia a pergunta (A PROCURA DE DEUS?).
Graas a luz da sabedoria Divina, encontramos Deus, atravs do dileto filho nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Por tudo isso, devemos render graas agradecendo, e dando Glria a Deus nas
alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade.
(Alguns dados foram pesquisados no Evangelho Segundo o Espiritismo).

CAPTULO XXXVI Biografia


de Raimundo Nonato de Melo
Tomo a liberdade para pedir permisso aos prezados leitores, a fim de
transcrever, a minha Biografia, e ao mesmo tempo esclarecer; como me tomei
Esprita, e os motivos que me levaram a isso.
Pois 90% dos espritas atuais, aceitam esta Sacrossanta Doutrina, pela dor,
que naquele momento estao vivendo; foi este o meu caso.
No ano de 1913, nascia na cidade de Piripiri - Piau, uma criana do sexo
masculino, que tomou na pia batismal, o nome de RAIMUNDO NONATO DE MELO,
os meus pais, Joao Canuto de Melo e Maria Rosa de Sampaio. Eram muito pobres
sua renda familiar para sua subsistncia, era muito reduzida. Em vista de ser
produzida pelo frete de carga oriunda de um cortejo de 10 jericos que possuamos.
Os fretes naquela poca eram muito baratos e raros. A sua renda mal dava para
atender suas despesas mais prementes.
A cidade de Piripiri onde nasci era muito pequena e atrasada; possua apenas uns
oito mil e poucos habitantes, tinha somente um grupo escolar, de nome. - Grupo
Escolar Padre Freitas,possua duas farmcias. Mdico, os habitantes s conheciam
de passagem. Os dois farmacuticos, um de nome Baurlio, formado em farmcia,
e outro leigo, de nome Licnio que aplicava injees, fazia curativos e extraa
dentes; sendo somente aprendiz enfermeiro.
Dentro desta minha biografia existem dois casos pitorescos!... que se passaram
comigo: o 1) quando tinha 10 anos de idade e o 2a) quando servia o Exrcito, na
cidade de Belm- Par.
Quando eu tinha 10 anos de idade, cujo caso se dera, com o aparecimento de
uma dor de dente, provocada por uma crie em um dos queixais, inferiores, eu
vinha sofrendo muito e o interessante; durante o dia o dente no apresentava
dores. Somente a noite; eram dores incomodativas, que perturbavam o sono de
alguns dos familiares. Decorrido o perodo de 15 dias a minha irm mais velha, de
nome Filomena; resolveu procurar o nosso Enfermeiro 1 dentista; para extrair o
dente.
O enfermeiro Licnio, possua somente um boticao j muito velho, que no tinha
mais as estrias, tomando-se muito difcil a operao de uma extrao de dente,
mas assim mesmo, atendeu a solicitao de minha irm, O farmacutico Licnio me
deixou impressionado pela maneira brutal que usou para extrair o dente; fazendo
lembrar quelas caricaturas pregadas nas paredes dos consultrios dentrios, que
os dentistas colocam muitas vezes como crticas., Como j disse acima o dente era
um queixai e possua uma crie muito grande o que passo a nanar a extrao; o
boticao alm de muito velho no era esterilizado, e que metia medo nas pessoas;
pois estava um pouco enfenujado. Alm de tudo, naquela poca em que se realizou a
extrao no havia por aquelas bandas injeo para anestesiar. Eram elas feitas
com dor, e como eu no dormia h vrias noites, devido as dores incomodativas,
resolvi enfrentar quela situao no por coragem; mas, por no me governar, em
vista de ter 10 anos e ser criana.
O farmacutico-dentista, mandou que eu sentasse em uma cadeira coberta com
sola e com um encosto de madeira. O dentista muito gordo, escanchou-se sobre
minhas pernas e mandou que sua esposa ali presente, segurasse minha cabea. A
senhora Filomena minha irm segurou em um dos meus braos e seu filho ali
presente Tnio, segurou-me o outro brao, o dentista dizia a seguinte' frase, abra
a boca e no me morda. Cada vez que o dentista improvisado fazia fora para
extrair o dente, o tal botico escapulia e provocava-me uma dor terrvel ao que no
s gemia; mas gritava pedindo socorros. Isto quando o boticao deslizava no dente.
A farmcia ficou cheia de curiosos que correram ao local paia ver o que estava
acontecendo. Depois de uns 15 minutos, finalmente o dente foi extrado. Imaginem
amigos leitores, a gritaria escandalosa que eu provoquei naquele ambiente. Foi um
verdadeiro sofrimento quela extrao. Eu passei sem nenhum exagero 8 dias me
alimentando somente de lquidos atravs de canudinhos, por no aguentar mover a
arcada dentria inferior. Quando me faz lembrar tal cena, ainda hoje decorridos
muitos anos, ainda sinto um calafrio na espinha.
As diverses daquela cidade, naquela poca, quase no existiam a no ser um
cinema mudo e uma banda de msica particular, que tocava nas datas festivas e por
ocasio dos festejos da padroeira da cidade. Esta banda de msica pertencia e era
comandada pelo maestro Francisco ngelo, j falecido. A cidade de Piripiri, fica
localizada ao, norte do estado. Gastava-se naquela poca para ir Teresina capital
do estado, a cerca de dois dias a cavalo, porque era o nico meio de transporte.
Hoje, est tudo mudado; a cidade de Piripiri cresceu muito, possuindo mais de 250
mil habitantes; diversos ginsios; bem servida de energia eltrica da Boa
Esperana e possui telefone microondas; gua encanada; quase todas as ruas sao
caladas e algumas asfaltadas.
Os meus pais, tiveram (6) seis filhos, e criaram, um casal de filhos rfos. Os
filhos do casal chamam-se: o mais velho Joaquim Canuto de Melo, o segundo
Filomena Amlia de Sampaio,
o terceiro Antnio Canuto de Melo, o quarto Joao Evangelista de Melo, o quinto
Maria Sampaio de Melo e o sexto Raimundo Nonato de Melo. O casal de filhos
rfos - Chama-se Anizia Sampaio do Amaral e Francisco Canuto. O seu filho
Antnio Canuto de Melo, eia encarregado do cortejo de jericos, e os seus Hlhos
Joaquim e Evangelista, trabalhavam no comrcio como balconistas e as mulheres
ajudavam nos afazeres domsticos. Eu abastecia a casa com gua e lenha, pois
naquela poca no existia gs butano; cozinhava-se na base da lenha.
O sustento da casa dependia exclusivamente do rendimento dos fretes,
produzidos pelo cortejo dos jericos. Os empregados do comrcio, em nada podiam
ajudar, pois ganhavam pouco, mal dava para atender suas despesas particulares,
colgio, vesturio etc.
Em virtude da renda familiar ser muito reduzida; eu filho caula, desde cedo,
passei a enfrentar o trabalho braal, pois alm de abastecer a casa com lenha e
gua e outros afazeres, tinha que trabalhar para me calar e vestir: 1) pela manh
frequentava a escola e na parte da tarde, abastecia a casa com gua e lenha,
quando lenhava, trazia dois fechinhos de lenha sobre-postos e os vendia por mil
reis, e juntamente com outros trabalhos manuais, ou seja, confeco de vassouras
de palha de carnaba, corda e peias para animais feitas de enviras de tucum a
renda era juntada em y
pequeno cofre de madeira improvisado e no fim de alguns meses, comprava roupa
ou calado, de acordo com a necessidade mais premente. Comecei a enfrentar esta
dureza de 10 para 11 anos.
Quando cheguei aos 15 anos mais ou menos, procurei trabalhar em outras
atividades mais lucrativas; como por exemplo: Cobrador de companhia de
capitalizao e que mais tarde me tornei seu agente, at o dia em fui sorteado
para prestar servio militar, isto , j com 21 anos de idade.
Aos 16 anos, passei tambm a trabalhar como funcionrio aprendiz na estrada
de ferro central do Piau, depois fui designado, para trabalhar como
porta-instrumento do engenheiro Dr. Ciridiao, no estudo e levantamento de trecho
de uma ferrovia, que estavam querendo implantar entre duas cidades no estado do
Piau. Terminado aquele servio, fui dispensado, pois era apenas contratado e
voltei entao para as minhas antigas funes, ou seja; agente da Companhia
Internacional de Capitalizao.
No ano de 1926, eu tinha apenas 8 anos de idade, data que fui matriculado no
curso de alfabetizao no Grupo Escolar Padre Freitas. Naquela poca no se
falava em jardim da infncia. Daquela data em diante fui tomando conhecimento de
algumas coisas; como prestar ajuda nos afazeres domsticos; tudo era difcil para
meus familiares, mas a vida se desenvolvia normalmente, sem nenhuma alterao.
Quando foi pelos idos de 1932, ainda estava matriculado e frequentava o o ano
primrio. Naquela poca, eu e meus familiares rmos muito pobres, mas eu
sempre fui um pouco aiTogante e muito temperamental, pois no gostava de ouvir
insultos, e no levava desaforo para casa.
Quase todos os alunos daquele grupo escolar Padre Freitas, tinham um apelido.
O meu por exemplo, era de "pivdia, o que significava doena que atacava
galinheiros, e eu no gostava nem pouco do apelido.
Quando era chamado, esporadicamente, no respondia, procurava me afastar
do local. Quando chamado em tom de deboche, ou seguidamente, ou por
provocao; sempre revidava com insulto ou palavras obscenas.
Certa manh, antes do incio das aulas uma turma de alunos se reuniu para me
provocar com o tal apelido repetidas vezes. Foi entao, que enfurecido comecei a
revidar com palavras de baixo calao, pois meu repertrio era muito grande.
Mas um dos meus colegas, no gostou de minhas palavras de revide, a coisa
tomou um aspecto diferente, pois fugia do tom de brincadeira, para um problema
srio. E naquelas alturas dos acontecimentos um dos alunos de nome Aitino
Andrade, resolveu me atacar com uma srie de socos e pontaps, sendo em um
pouco menor e franzino, e ele mais velho e mais forte; estava levando vantagens, e
naquele instante olhei para um canto da sala, e ali estava uma velha tranca de
carteira; imediatamente me apossei da mesma e desferi vrias bordoadas no
antonista e uma delas acertou a cabea dele que quase o prostrei ao solo. O mesmo
ficou meio grogue e sangrando bastante.
Separados da briga pela zeladora da escola, que nos levou a presena da diretora
da escola. Dona Nenm Cavalcante, que ouvindo as partes que estiveram em atrito,
resolveu suspender por trinta dias, por haver feito sangue no meu colega.
Quando meu pai tomou conhecimento entendeu tratar- se de injustia, ao
tempo que desejou ir escola tomar satisfao com a diretora. Havia chegado a
concluso que seu filho tinha sido suspenso por 30 dias e seu colega que havia
provocado, somente 10 dias. Conclura ser uma tremenda injustia, porque seu
filho era pobre e o outro; filho de pais ricos. Mas, devido alguns conselhos de
pessoas da famlia; demoveu a ideia de tomar satisfao; resolveu seu genitor n
mais permitir sua volta s aulas, depois do castigo. Eu naquela poca achava que
meu pai tinha razo e estava certo.
Somente no ano seguinte voltei a estudar em escola particular de Cota
Sampaio.
Os leitores devero achar que eu era muito rude, ou um aluno muito relapso,
pois fui matriculado no grupo escolar no ano de 1926 e em 1932, ainda estava
cursando o 3 ano primrio; mas explicando o que realmente ocorreu neste
perodo; que, nos anos de 1928 a 1930 o meu pai tomou-se arrendatrio de um
grande stio, pelo prazo de 3 anos, e tivemos que nos transferir para quela
propriedade e como no existia escola nas redondezas, e o stio distava da cidade
uns quarenta quilmetros; fui obrigado a interromper as minhas aulas particulares,
at certo ponto; pois eu era menor e tive que acompanhar meus pais naquela
misso. A partir de 1931 foi que retomei aos meus estudos, creio que j justificado
o meu atraso no meu currculo escolar.
Eu vos afirmo, pelo desenrolar da minha histria que eu, nunca tive realmente
uma infncia; pois desde cedo, tenho enfrentado um trabalho duro; e de acordo
com que pretendo mostrar, atravs de minha histria, eu sempre procurei
demonstrar na mesma que tenho sempre procurado me aperfeioar em tudo que
me proponho a fazer: primeiro porque tenho sempre pensado no meu futuro. Para
no terminar meus dias de vida, como meu pai, coitado no chegou a esmolar, na sua
velhice, porque seus filhos no permitiram e mantinham as suas despesas; alm de
tudo, ele nunca procurou se aposentar, no sei se por falta de oportunidade, ou
mesmo por negligncia, se no me falha a memria, antigamente a aposentadoria
era muito difcil.
Quando eu tomei conhecimento que estava sorteado, para prestar, o servio
militar; pensei logo em servir em um centro mais adiantado, onde as possibilidades
so maiores; requeri imediatamente, para que minha incorporao se desse no 26a
BC, com sede em Belm do Par, aleg*ando que j conhecia Teresina capital do meu
estado, onde se achava sediado o vigsimo quinto Batalho de Caadores, e deveria
ser incorporado l, pois eu pretendia servir apenas um ano, e conquistar, o meu
certificado de reservista, e depois procurar uma definio em minha vida em
outras atividades.
Em agosto de 1940, foi deferido o meu requerimento, concedendo a minha
incorporao no 26a BC em Belm, no estado do Par quando em novembro daquele
mesmo ano, me apresentei em Teresina, sede do 25 B. C. , onde fui submetido a
inspeo de sade e na qual fui julgado apto a ingressar no servio militar. Mas a
minha incorporao s deveria se dar na sua Unidade de destino, ou seja no 26
B.C. , embora tenha deixado minha me muito chorosa pela minha ausncia,
pensando em que tudo seria um mar de rosas. A minha primeira decepo, foi no
quartel do 25a B.C.* / pensava que no quartel teria uma boa alimentao, como na
minha residncia, embora humilde. No estava apto aquele tipo de alimentao e
no suportava as refeies que me eram oferecidas 'e como tive que ficar
aguardando 15 dias, a ordem do meu embarque paia So Luiz do Maranho e de l
tomaria navio para Belm; fiquei hospedado em um hotel e o dinheiro que trazia
comigo, mal deu para pagar a minha hospedagem. Quando embarquei para So Luiz,
de trem me encontrava sem recursos e chegando quela cidade fiquei novamente
aquartelado, aguardando o navio, que deveria passar por quela cidade. Ainda
passei 4 dias de espera, continuando a no tolerar a alimentao oferecida pelo
quartel. Desta vez, tive que suportar, pois estava sem recursos para pagar
hospedagem em hotel, como fiz em Teresina. Imaginava eu que ao ingressar no
navio, descontaria os dias que passei mal% alimentado. Mas, francamente; a
alimentao do navio era muito inferior a que foi servida no quartel. Durante o
percurso de 72 horas de Sao Luiz a Belm, eu no soube o que foi quela
alimentao, s conseguia ingerir, o pao. o caf, e uma banana, que distribuam por
ocasiao das refeies. E mesmo o enjo provocado pelo navio, contribuiu para o
mal-estar que sentia.
Chegando a Belm, como no tinha ningum para me receber e me orientar,
resolvi deixar a minha mala que era muito grande e de madeira, no posto martimo,
pois tomava-se muito difcil a sua remoo, e resolvi levar comigo, somente um
saco, que continha a minha rede, e dirigi-me a procura do Quartel General, isto
depois de procurar o seu endereo, com diversas pessoas que ia encontrando pelo
caminho, pois naquela cidade eu estava passando pela primeira vez, at que enfim
mais ou menos s 20 horas, consegui alcanar o referido QG, pensando eu que. era
provido de meio de hospedagem, ou requisito para incorporao, pois at ento, eu
s conhecia os quarteis do 25 e 24 BC.
Chegando aquele quartel, me apresentei ao comandante da Guarda, e o sargento
adjunto, que l estavam de servio, e as acomodaes, eram no corpo da guarda e
se destinava apenas para o pessoal de servio; o sargento em questo, me fez ver,
que l no dispunham de acomodaes para hospedar pessoas estranhas ao servio
e at aquele momento, eu era estranho, pois ainda no tinha sido incorporado.
Como eu no tinha para onde ir, o sargento permitiu que eu ficasse acomodado nas
baias, que ficava no fundo do muro do quartel e assim procedi armando minha rede
que trazia comigo. Desde j fiquei sabendo, que naquele quartel serviam refeies
somente para o pessoal de servio, que era trazido em marmita com as etapas j
contadas, e no sobrava nada para ningum.
O dia seguinte era domingo e eu sabendo que naquela cidade, residiam dois
parentes meus resolvi procur-los. No os conhecia pessoalmente, somente
atravs de anotaes dos seus endereos e no sabia como chegar at eles; mas
corno existe um provrbio popular, quem tem boca vai a Roma, resolvi enfrentar
aquela situao e cair em campo a procura dos parentes; embora sem dinheiro para
o transporte do bonde, que naquela poca era apenas 200 reis o passe, e por
incrvel que parea, no dispunha naquele momento daquela quantia, resolvi
enfrentar a p, antes de iniciar a procura dos meus parentes, decidi voltar ao
posto da Polcia Martima onde se enconti*ava o resto de minha bagagem, deixada
na noite anterior, a fim de trocar de roupa, porquanto, a que vestia encontrava-se
suja e era desaconselhvel apresentar-me aos meus parentes naquelas condies.
Chegando naquele posto onde estava a minha bagagem, a guarnio de servio
j havia sido substituda e a que havia assumido aquele servio desconhecia a
minha situao no permitindo que eu trocasse de roupa, alegando com muita
razao quela guarda que no me conhecia, e, ali no era vesturio mas, por
felicidade, ainda se encontrava no local um dos guardas que lora substitudo, e que
conhecia o meu caso. Imediatamente veio ao meu encontro e explicou ao colega de
que se tratava, conseguindo assim trocar-me e sair a p a procura do primeiro
parente, que por sinal era tambm militar, Ia sargento do exrcito Manoel Mendes
do Amaral, residindo no largo de Nazar, ali chegando a casa se encontrava
fechada e resolvi entao bater e depois de muita insistncia de minha parte a janela
da casa vizinha foi aberta e uma senhora que ali se encontrava me informou, que o
senhor Manoel Mendes, juntamente com a famlia haviam viajado ao interior, em
gozo de frias. Resolvi entao, procurar outro parente de nome Aurlio Freitas, que
em gerente do Banco do Brasil naquela cidade. O percurso que iria enfrentar a p,
de onde me encontrava mais ou menos uns quilmetros. Como me encontrava sem
recursos, para pagar a simples passagem do bonde, que custava naquela poca
apenas 200 reis teria que enfrentar novamente a p. Quando cheguei a casa de
Aurlio, j passava das 11 horas da manh, e por felicidade encontrei-o. Da. Carola
(sua me), minha tia e me de Aurlio, que por coincidncia residia na minha cidade
de origem e que estava de frias passando uns dias com o filho; fui muito bem
recebido pelo primo.naquela ocasiao me serviram um cafezinho, pois at aquela
hora me encontrava completamente em jejum, fora o que j vinha passando nos
dias anteriores, em um perodo superior a 78 horas, pois minha alimentao no
perodo acima, era apenas de caf, pao e banana, pelos motivos j expostos.
Depois de muita conversa, informei a eles que estava hospedado no quartel
general, e como eles ignoravam sobre a realidade, de minha hospedagem e mesmo
na casa do citado parente, os almoos s eram servidos muito tarde, l pelas 2
horas da tarde, ou mais, no s por ser domingo, como tambm, depois que os seus
familiares retomam das praias e piscinas nos clubes etc. e mesmo se tratava de
pessoas de uma certa cerimnia, e me faltou coragem para confessar a situao
que me encontrava; pois eu tenho certeza, se o Aurlio tivesse tomado
conhecimento da realidade, ele teria procurado me ajudar naquele instante, pois
tratava-se de uma tima pessoa, como no me convidaram para almoar, e no . me
fiz de convidado, resolvi me despedir e voltar ao quartel general, e l armar a
minha rede e dormir, e esperar o dia seguinte, 2a feira, quando me apresentaria no
26a Batalho de Caadores, onde deveria ficar encostado, aguardando
incorporao.
No dia seguinte, fui encaminhado para o 26a B.C.,
onde fui incorporado no dia 25 de novembro de 1940.
O mais pitoresco de tudo isto, o que aconteceu comigo, no momento da minha
incorporao ao QG. O sargento ajudante do Batalho, no conhecendo a minha
verdadeira situao, mandou que eu fosse para casa e voltasse somente na 4a feira,
para ficar adido ao BC, foi a ento, que o sargento em questo, ficou sabendo da
minha verdadeira situao que eu me encontrava, lhe fiz ver ento que fazia
precisamente 6 dias que eu no me alimentava verdadeiramente, e to somente
alguns bebericados, como se diz na gria; e mesmo eu no tinha para onde ir, foi a
ento que o sargento ajudante, tomou conhecimento da minha situao, e
providenciou para que eu fosse apresentado a Ia companhia, e ficasse encostado
para efeito de alimentao e disciplina. E quando o corneteiro, deu o toque do
rancho, fui um dos primeiros a entrar em forma; a refeio por ser dia de 2a feira,
seria servido peixe pirarucu, e de acordo com as informaes dos companheiros de
formatura era uma refeio muito ruim, intragvel mesmo; mais para mim foi o
contrrio, cheguei a declarar, que nunca na minha vida havia saboreado uma comida
to gostosa igual aquela; como diz o velho ditado ou provrbio, o melhor tempero
da comida a fome, e justamente foi o que aconteceu comigo, no dia seguinte em
diante comecei a tomar parte, nas instrues, e decorrido mais alguns dias recebi
fardamento e da pra frente a minha vida continuou normal, porque realmente
ingressei definitivamente na vida militar.
Eu falei no comeo da minha biografia, que existiram dois casos pitorescos que
foram:
O primeiro foi contado, quando eu completava 10 anos de idade por ocasio de
uma extrao de um dente; o segundo caso se deu comigo, quando eu j era 3
sargento e servia no 34a BC. em Belm; quando chegar na parte contarei.
No ano seguinte, ou seja, o ano.de 1941. Eu tinha a pretenso de servir somente
um ano, como j me referi acima, tanto isto verdade, que no ms de novembro de
4l, quando estava completando um ano de incorporao, no quis fazer nenhum
curso, para no me prender na vida militar, eu havia conseguido uma despensa de
10 dias, para procurar emprego, pois era praxe naquela Unidade, essas dispensas
de 10 dias, a todas as praas residentes na capital, e as que residem no interior
com seus familiares, o quartel fornecia passagem de retomo ao seu interior, o meu
caso foi diferente do pessoal do interior; por intermdio do Aurlio Freitas, que
era meu primo de que me referi acima arranjou um bom emprego na SNAPP -
Servio de Navegao do Estado do Par, a documentao, j estava pronta, e eu
j tinha dado entrada dos papeis naquela empresa; mas quando j havia decorrido
4 dias, que me encontrava no gozo de tal licena, recebi um chamado para retomar
imediatamente ao quartel, pois havia sido suspenso todas as dispensas, licena,
frias etc. motivo, o Brasil entrava naquela poca, em um estado de beligerncia
isto significava estado de alerta, eminncia do estado de guerra, e dentro de
poucos meses, o Brasil estava enviando o seu primeiro contigente de tropas, para o
teatro de operaes de guerra na Itlia.
Obs: - a minha vida militar, durou 25 anos, e fui aposentado no posto de Ia
tenente R/l. Durante a minha vida militar, fui condecorado com duas medalhas, a
de prata e a de Guerra, e fui elogiado cinquenta e cinco vezes, conforme consta
das minhas relaes de alteraes.
Em virtude do Brasil ter entrado no estado de Guerra, e ter sido suspenso os
licenciamentos, resolvi fazer os cursos de Cabo e sargento. E conclui ambos com
aproveitamento.
Fui promovido a Cabo no dia 17 de junho de 1942. e no dia 9 de setembro do
mesmo ano, fui promovido a graduao de 3 sargento, de acordo com a
autorizao ministerial, contida em radiograma nQ 1S6-N de 2-1X-42. E
classificado no 34 BC. com sede em Belm-Par.
Vou passar a narrar agora, o segundo caso pitoresco a que me referi no comeo
de minha biografia: Era 3a sargento servindo no 34a BC. em Belm .
Comandava o batalho naquela poca o Tenente Coronel Pinho Jnior, o mesmo
era hspede do Hotel Avenida, e aos domingos, depois da missa havia uma
frequncia muito grande da fina flor de Belm, que se reuniam no grande terrao
que era em frente ao hotel, (por sinal era muito luxuoso) digo, na prpria calada, e
em um desses domingos me encontrava escalado de Cmt. da guarda do quartel. O
coronel Pinho, telefonou do seu apartamento, para o quartel pedindo ao Oficial de
dia para mandar um praa da guarda falar com ele. O oficial de servio, no
entendeu a solicitao do coronel, determinou para mim comparecer quele local,
com a guarda do quartel, pois o oficial supunha tratar-se de alguma agresso ao
coronel. Imediatamente cumpri a ordem, determinei que os praas da guarda
embarcasse cm um caminho ali existente. Chegando aquele local determinei e
mandei que os soldados escalassem baioneta, e de ombro arma. subi a escadaria do
hotel, e o povo que estava no terrao foi abrindo caminho para passagem da tropa.
Chegando em frente ao apartamento do coronel, dei a voa de comando, arma
suspenso e direita volver apresentei-me ao coronel. Este por sua vez ficou
escandalizado, e mandou que voltasse para o quartel imediatamente, antes
disse-me, que havia telefonado para o oficial determinando a ida de um praa da
guarda a sua presena para apanhar a chave de sua gaveta a fim de levar seus
culos que l se encontravam; isto custou ao oficial uma punio, por determinar
uma ordem errada.
Dando continuao na minha biografia. A 17 de maio de 1956, conforme
publicou o Boi. Int. fui promovido a graduao de 2 sargento, e na mesma data, fui
classificado por necessidade do servio no estabelecimento Regional de Finanas
da 10a Regio Militar, como contador auxiliar da Tesouraria.
A 26 de julho de 1960, foi pblico haver apresentado o Certificado fornecido
pela escola Tcnica de Comrcio Fnix Caxerar, referente a concluso do "Curso
de Tcnico de Comrcio "Fcnix Caxerar, referente a concluso de Tcnico em
Contabilidade, datado de 31.12.57, assinado pelo professor e diretor de escola
Sr. Esmerindo Pinto.
A 22 de junho de 1961, foi mandado averbar nos meus assentamentos, como
tempo de efetivo servio, de acordo com o 2 do Art. 1Q da Lei nQ 2.751 de 4 de
abril de 1961 - (um ano e oito meses e dezesseis dias), correspondente ao tempo
de efetivo servio prestado no servio pblico federal, na Estrada de feiro
Central do Piau, de 13 de junho de 1936 a 17 de maro de 1940, e conforme BI. nQ
132 de 9 de junho de 1961, do DGP (Not. do exrcito nQ 962 de 17 de junho de
1961).
A 11 de setembro de 1964, foi publicado haver sido promovido a graduao de
Q
1 Sargento, a contar de 31 de julho de 1964.
A 30 de dezembro de 1964, de acordo com o pargrafo 1 e art. 51 da lei 2.370,
de 9 de dezembro de 1964, fui promovido ao posto de 2 Tenente, nos termos do
artigo lc da lei 1156, de 12 de julho de 1950, combinado com o art. 1Q da lei 616, de
2 de fevereiro de 1949, e ao posto de 1Q Tenente e transferido para a Reserva de
Ia classe, neste ltimo posto na forma do art. 12 "letra a e 13/ da lei nQ 2370
citada, com os agravantes de 1Q Tenente art. 137 e 140 a letra "A, e art. 156 da
lei 4328 de 30 de abril de 1954. "CARTA PATENTE - A secretaria do Ministrio
da Guerra expediu a seguinte carta patente:
231
Fao saber que Raimundo Nonato de Melo, o oficial do Exrcito Nacional no
Posto de 2a Tenente, a referida Carta Patente, foi registrada, as folhas 74, do
livro n 42. Em 6 de agosto de 1965.
CARTA PATENTE CQNFIRMTQRIA.
Em virtude do Decreto de 24 de novembro de 1964, publicado no Dirio Oficial
da Unio, de 25 de novembro de 1964, por isso que lhe confere por delegao do
Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, de acordo com o Decreto nQ
52711, de 21 de outubro de 1963- A presente Carta Patente Confirmtoria do
Gozo, das honrarias, direito, regalias e vantagens inerente ao posto de 2a Tenente
nos termos da Lei Braslia, as General Ramiro, Secretrio Geral. Registrado no
livro de Registro de Carta Patente, nQ 111, fls. 109-SMG, de 8 de junho de 1965.
as) Alberto Lcio de Paula Lage, chefe da seco.
Folha de Apostilha - Secretaria do Ministrio da Guerra.
Por decreto de 24 de novembro de 1964 o Excelentssimo Senhor Presidente
da Repblica, resolveu de acordo com o pargrafo primeiro do art. 51 da lei nQ
2.370 de 9 de dezembro de 1964, promover ao posto de 2a Tenente nos termos do
art. 1Q da Lei 1.156 de 12 de julho de 1950 combinado com o art. Ia da lei nQ 616 de
2 de fevereiro de 1949, e ao de 1~ Tenente, o 2a Tenente Raimundo Nonato de
Melo e transferi-lo para a reserva de Ia classe, neste ltimo posto, na forma do
art. 12, letra a de 13 da lei nQ 2.270, com os proventos de que trata os arts. n05
137 e 140 e letra a e 156 da Lei 4.328, de 30 de abril de 1964 - Contando vinte e
cinco anos, oito meses e dezoito dias de servio pblico federal. Rio de Janeiro, 9
de junho de 1965 as) General chefe da Ia Diviso, Capito chefe da Seco.
A minha aposentadoria foi efetuada, no ms de dezembro de 1964, como ficou
demonstrado acima, no posto de 1Q Tenente e na reserva de Ia classe; com os
vencimentos e regalias deste posto.
Naquela poca, eu contava apenas com 46 anos de idade e ainda com muita
disposio para o trabalho, embora viesse exercendo cumulativamente, as de
Tcnico em contabilidade, com minha profisso de militar, mas eu achava que era
insuficiente a minha profisso de contador, muito pouco rendosa, apesar de fazer
(10) dez escritas comerciais avulsas, sem vnculo empregatcio, e o meu trabalho
era grande, para manter as escritas das referidas firmas em dia, sem um auxiliar.
Pois naquela poca existia uma concorrncia muito grande e desleal. No era como
hoje, que existe um Conselho Regional, de apoio a classe.
O meu desejo maior era me expandir em outras atividades, como o de
vendedor, pois tinha certeza, que me adaptaria facilmente quele setor, haja
visto, que antes de ingressar no servio militar, a minha profisso era de pracista
e trabalhava como vendedor de seguro de vida e capitalizao, a mesma muito
tentadora, devido a facilidade na base de comisso.
Em janeiro de 1965, ms seguinte a minha aposentadoria do Exrcito e tendo
sido apresentado aos componentes de uma firma de nome Cotec-Comercial e
Tcnica de Comunicao Ltda. Fui convidado pela sua diretoria, para trabalhar
como vendedor, e seu ramo de negcio, era venda e instalao de companhia
telefnica no interior, e eu estava perfeitamente integrado, com quele ramo de
negcio, e modstia a parte, e eu dizia que conhecia perfeitamente o ramo, pois
durante as licenas prmio que havia gozado, quando ainda estava incorporado no
Exrcito, fora empregado aqueles perodos justamente naquele ramo de negcio,
em outras companhias; e imediatamente aceitei o convite, e assumi o cargo de
vendedor da referida firma. Pois era o que eu mais desejava, um trabalho daquele
estilo; e naquele ms de janeiro, partira para o interior do Estado . Levando na
minha bagagem, um vasto conhecimento tcnico ao ramo e um entusiasmo
contagiante da profisso que acabava de assumir. Minha primeira viagem, foi
coroada de xito total e depois fiz mais duas viagens com muito xito, ganhando
bastante dinheiro, o que fui imediatamente convidado para um cargo, para
gerenciar a firma, no comeo hesitei um pouco, mas depois de estudar
detalhadamente a proposta aceitei e cheguei a concluso que se tratava de um bom
negcio, porque o campo era muito grande e se apresentava muito promissor,
apesar de conhecer superficialmente a maioria dos seus componentes, o que me
pareciam que eram timos colegas; aos quais vou citar os seus nomes com suas
funes dentro da firma: Franclio Azevedo Pinto, Diretor Administrativo; Cludio
Bezerra. Diretor Comercial; Francisco Carneiro de Menezes, Diretor Tcnico;
Francisco Ricardo da Silva, Diretor Tcnico e Raimundo Nonato de Melo, Diretor
gerente; o convite que me foi, se prendeu pela minha eficincia demonstrada, em
apenas cinco meses de trabalho, produzi em vendas em um ano de vivncia, o que
eles no haviam produzido em trs anos. Tanto assim que no ano seguinte assumi
a gerncia da firma, podendo continuar como vendedor, s que deixou de ser na
base de comisses, e sim com participao dos lucros apresentado em cada
exerccio que se findasse.
Durante o perodo de (5) cinco anos. a firma viveu bons dias; pois cada scio
cooperava decididamente, obedecendo um calendrio, conforme aquele provrbio,
que diz um por todos e todos por um, a firma sempre em dia com seus pagamentos,
e em cada exerccio que se findava, os lucros apresentados eram revertidos no
aumento de capital.
Mas quando foi no sexto ano, ou melhor no ano de 1970, os olhos grandes dos
scios desonestos, comearam a crescer, e a ideia de maldade comeou a
proliferar na mente dos trs scios, Franclio, Cludio e Ricardo, foi a ento que
eles propuseram a abertura de uma filial em Salvador, capital da Bahia, alegando
eles que os negcios estavam se expandindo muito naquele estado, e era
anti-comercial, comprarmos matria prima no Ceara e transportar para a Bahia,
quando l existia tambm os mesmos fornecedores, com vendas em melhores
condies.
No comeo da ideia, eu e Francisco Carneiro, fomos contra, mas a maioria era
quem mandava, pois tinha certeza, que sem um controle rgido eles podiam cometer
talvez erros desastrosos, pois conheciam a falta de amadurecimento deles, porque
no dizer desonestidade, com especialidade do scio Cludio Bezerra, pois com
todo controle aqui, ele chegou a cometer vrios negcios desastrosos, dando
grandes prejuzos a firma. Foi a que os trs arquitetaram um plano fatdico e
diablico e que eu s tomei conhecimento muitos dias depois. Eles fingiram a
formao de uma briga com o gerente, da empresa fornecedora, romperam com o
gerente local. E o cabea do tal plano foi o Franclio, Diretor Administrativo. Com
a briga do Franclio, coadjuvado pelo Cludio e endossado pelo Ricardo. Embora eu
procurasse contornar a desavena existente, foram em vao os meus esforos, pois
o Sr. Gerente da fornecedora Ericson, estava realmente magoado, com a atitude
do Franclio, e foram em vao os meus esforos; foi ento que resolvi apoi-los, pois
no era possvel ficar diferente e me solidarizei com eles, embora contra a
vontade do scio Carneiro, na abertura da filial; mas depois de uma explicao
convincente ele concordou, no comeo alegava que a abertura desta filial, no
daria certo, pois ele via como seus scios, gastavam bastante dinheiro, eles
ficando sem um controle, seria muito difcil dar certo, chegou ao ponto de pedir
demissao, pois no concordava com a abertura da filial. Mas como o Carneiro era
um elemento indispensvel, ele era tcnico em telefonia muito competente.
Dificilmente iramos encontrar um substituto, fizemos cntao uma reunio e
expomos ao Carneiro, que sem uma filial em Salvador, era impossvel continuar
comprando material naquela cidade, foi a entao que ele exps que s continuava na
firma, se todas as receitas e despesas, em balancete mensal fossem enviadas a
matriz, para nosso controle, depois de sua exposio os trs scios no quiseram
concordar, mas nestas condies o scio Carneiro concordou em ficar, e eles
resolveriam aceitar, e a foi aberto a filial. Nos primeiros meses, os balancetes
eram remetidos periodicamente, em dia certinho, mas decorrido alguns meses
comearam a ser remetidos com bastante atraso e com irregularidade na
documentao e quando eu fazia reclamao, eles alegavam falta de tempo. Mais
tarde eu vim saber, que estas irregularidades eram feitas a propsito. Devido a
minha insistncia e reclamao feitas insistentemente, um dos scios, o Franclio,
que ns estvamos duvidando da sua honestidade, resolveu pedir demissao da
firma carter irrevogvel. Convoquei uma reuniao, e fiz uma exposio de motivos,
a respeito do que estava acontecendo, e os demais concordaram, na retirada do
scio Franclio. Mas as irregularidades continuaram, embora sem a presena do
Franclio. Imediatamente convoquei uma outra reunio, para tratar de vrios
assuntos em pauta, inclusive o fechamento da filial, chegamos a um ponto que no
era possvel pedir dissoluo da sociedade; pois haviam muitos servios iniciadas.
A firma encontrava-se devendo bastante na praa; se concludo os trabalhos
iniciados, a sua receita no dava para pagar a metade dos dbitos, tive que tomar
uma srie de providncias e atender a alegativa por eles apresentadas, sob pena
de eu sofrer alguns vexames (ameaa).
No ano seguinte ou seja 1971, a situao da firma ficou insustentvel, no s
pelo falecimento de um dos scios, o tcnico Francisco Carneiro diga-se de
passagem, no foi porque tivesse morrido em desastre automobilstico, mas
porque era uma pessoa honesta e no aceitava uma srie de irregularidades, e
jeito que tive, foi tolerar, embora fizesse ver aos scios, que no era possvel
aqueia situao continuar, mas eles alegavam no ser verdade, o que estava se
comentando, e eles chegaram a ameaar, lembrando o caso Franclio, que por
conversas infundadas, ele pediu para sair, eles tambm chegaram a declarar, se eu
continuasse a reclamar irregularidades, tambm deixariam a firma, e o jeito que
eu tive, foi ficar calado e engolir aquelas ameaas.
E como a firma estava devendo bastante na praa, e eu estava lutando
desesperadamente para salv-la, e a situao cada dia piorava. Nestas alturas, s
restavam trs scios, eu Cludio e Ricardo; a situao ficou to insustentvel. Os
dois scios Cludio e Ricardo, resolveram abandonar tudo e fugir para lugar
ignorado e deixaram a bomba explodir nas minhas mos.
A firma se encontrava devendo na praa de Fortaleza- Cear, quase
(200.000.00) duzentos mil cruzeiros, e os bens da firma, no chegavam a trinta mil
cruzeiros (Cr$ 30.000,00). Eu no sabia o que fazer, no tinha para quem apelar,
por um lado eram os bancos dando preos reduzidssimos, para liquidarmos os
dbitos, por outro lado eram as firmas credoras que tambm davam os seus
veredictos e prazos reduzidssimos, para que liquidassem nossos dbitos. Cheguei
a ter a triste ideia de suicdio, mas graas a Deus, consegui superar a fatdica
ideia; logo em seguida tive a felicidade de me converter a Doutrina Sagrada o
Espiritismo Kardecista. Levado por um amigo; os sofrimentos morais, que estavam
me envolvendo; mas graas a Deus, hoje me sinto feliz em ser um dos membros
desta sacrossanta Doutrina. Tenho certeza absoluta, que s poderia aceitar como
aceitei o Espiritismo; me encontrando no estado que me encontrava sofrendo. Pois
quando me entendi neste mundo, os meus pais, eram protestantes, nasci e me criei
dentro daquela religio, o que me obrigou a me tomar membro daquela religio.
Pra os protestantes, a doutrina esprita negativa; pois somente doutrina certa
a protestante, os seus seguidores so os nicos que se salvam, ou melhor vo para
o cu.
E para contestar o que declaro, se perguntarmos a um protestante, o que o
Espiritismo, ele no saber responder, mas estar pronto para acusar, para
diminuir, para depreciar, denegrir e responder o Espiritismo uma religio que
cuida dos diabos, que conversa com os espritos do mal.
(Alguns captulos do livro Verdade Nua e Crua, por haver sido publicado com
incorrees, naquele livro de autoria de Raimundo Nonato de Melo, foi reproduzido
somente neste livro.
O autor.

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