Acupuntura e Crochetagem No Tratamento Da Fasceite Plantar

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

1

Acupuntura e Crochetagem no tratamento da fascete plantar.


Kellen de Souza Feij1
DayanaPriscila Maia Mejia2
e-mail: [email protected]
Ps-graduao em Acupuntura Faculdade vila

Resumo
A fascete plantar refere-se a uma dor plantar, no ponto de origem da fscia plantar, na
tuberosidade medial do calcneo. Caracteriza-se por uma inflamao ocasionada por
microtraumatismos de repetio na origem da tuberosidade medial do calcneo. As foras de
trao durante o apoio levam ao processo inflamatrio, que resulta em fibrose e degenerao
das fibras fasciais que se originam no osso Visando o tratamento mais rpido e eficaz ,sugeri a
acupuntura e crochetagem no tratamento da fascte plantar, com o objetivo de identificar a
eficcia do tratamento e com uma metodologia de reviso bibiogrfica . Os resultados na
utilizao da acupuntura e crochetagem no tratamento da fascte plantar esto de acordo com
o objetivo geral do tratamento desta patologia, por demonstrarem diminuio da tenso da
musculatura posterior da perna e do tendo calcneo, bem como a diminuio do processo
inflamatrio na fscia plantar e analgesia alm de acupuntura favorecer para um melhora na
dor e no estado emocional.
Palavras-chave: Fascete plantar; Acupuntura; Crochetagem.
1. Introduo
O p contribui significamente para a funo de todo o membro inferior, assim como membro
inferior contribui para a funo do p. O p precisa ser adaptador malevel para superfcies de
contato irregulares. Tambm no contato com o solo, ele serve como absorvedor de choque,
atenuando as altas foras provenientes do solo (HAMILL E KNUTZEN,1999).
Segundo Thompson (2002) a fscia composta por tecido conjuntivo e consiste de duas
camadas: superficial e profunda. Superficial: um tecido fibroareolar que consta de feixes de
fibras colgenas brancas com curtas fibras elsticas amarelas. Ela contm fluido tissular,
clulas de tecido conjuntivo e tecido adiposo, em quantidades variveis. Profunda: consta de
laminas duras e bem definidas de tecido fibroso branco, que formam bainhas de ajuste os une
e mantm no lugar proporcionando meios adicionais de insero. Ela proporciona apoio
inelstico para veias e vasos linfticos.
Segundo Baumgarth (2004) A fascete plantar refere-se a uma dor plantar, no ponto de origem
da fscia plantar, na tuberosidade medial do calcneo. Caracteriza-se por uma inflamao
ocasionada por microtraumatismo da repetio na origem da tuberosidade medial do calcneo.
As foras de trao durante o apoio levam ao processo inflamatrio, que resulta em fibrose e
degenerao das fibras fasciais que se originam no osso.
Para Cyriax e Ekman (1970) a crochetagem um mtodo de tratamento das algias mecnicas
do aparelho locomotor, pela destruio das aderncias e dos corpsculos irritativos interaponeurticos ou mio-aponeurticos atravs de ganchos colocados mobilizados sobre a pele.
O fundador desta tcnica o fisioterapeuta sueco Kurt Ekman. Ele trabalhou na Inglaterra ao
lado d Dr. James CYriax durante os anos ps-segunda guerra mundial. Frustrado por causa
1

Ps Graduanda em Acupuntuura
Orientadora, Fisioterapeuta Especialista em metodologia do Ensino Superior. Mestranda em biotica e Direito
em Sude.
2

dos limites palpatrio das tcnicas convencionais, inclusive a massagem transversa profunda
de Cyriax, ele elaborou progressivamente uma srie de ganchos e uma tcnica de trabalho
(BAUMGARTH, 2004).

A acupuntura [ Acu = (Latin) agulha, puntura = ( Latin) furar] uma tcnica milenar
desenvolvida na china que utiliza da introduo de agulhas metlicas em pontos especficos
do corpo para harmoniz-los e preservar ou desenvolver a sade. Quando utilizado em
doenas j existentes, um poderoso ativador das funes de cura do prprio organismo.
A moxabusto caracteriza-se pela queima de uma erva chamada Artemsia para aliviar dores
agudas. No tratamento utilizada sobre a fscia plantar e sobre determinados pontos de
acupuntura. A Acupuntura,trata dores crnicas e agudas, alm de promover bem-estar geral
do organismo na busca do reequilbrio de todas as estruturas, promovendo o relaxamento
fsico e mental(MOREIRA,2008).
A sade significava mente s em corpo so e s podia ser mantida se a pessoa seguisse um
estilo de vida consonante com as leis naturais.S assim seria possvel assegurar um equilbrio
entre as foras do organismo e as do seu ambiente.Estas asseres representam um princpio
bsico da medicina hipocrtica: a natureza tem papel formativo, construtivo e curativo
(NULAND,1998).O Corpo humano tende a cura-se a si prprio.Apenas sob circunstncias muito
especiais, as causa mrbidas podem sobrepor-se tendncia natural de restabelecer os ritmos
e equilbrios prprios da sade(NOACK,1987).
A teoria chinesa dos 5 movimentos e sua classificao em 5 elementos submetidos s leis de
transformao, dominao, agresso, ultraje, explica concretamente a fisiologia humana, os
fenmenos patolgicos e constitui um guia para a elaborao do diagnstico do tratamento
(NAVAILH, 1992).

As teorias do yin-yang e dos cincos elementos representam um salto histrico na


medicina,que deixou de ver a doena como sendo causada por espritos perversos e passou a
ter uma viso naturalista da doena como sendo causada pelo estilo de vida. A essncia das
relaes dos cincos elementos est equilibrada:as sequncias da gerao de controle mantm
um equilibrio dinmico entre os elementos.Quando tal equilibrio for afetado por um periodo
prolongado de tempo ,podem ocorrer doenas (MACIOCIA,2007).
Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre a acupuntura e crochetagem no
tratamento da fascte plantar, reunindo maiores informaes para a melhor da abordagem
teraputica, a pesquisa foi desenvolvida no perodo de dezembro de 2012 julhode 2013.
2. Desenvolvimento
Para Moore (2001) a fascete plantar uma leso por esforo e inflamao da aponeurose
plantar, podem resultar da prtica de correr e de aerbica de alto impacto, especialmente
quando so usados calados inadequados como, por exemplo, sapatos gastos. A fascete
plantar causa dor na face plantar do calcanhar e na face medial do p. O ponto de
sensibilidade est localizado na fixao proximal da aponeurose at o tubrculo medial do
calcneo e na face medial do osso, a dor aumenta com a dorsiflexo passiva do hlux, se um
esporo calcneo (processo sseo) se protrai do tubrculo medial do calcneo, a fscite
plantar pode produzir a sndrome do esporo do calcneo. Normalmente ima bolsa se
desenvolve na extremidade do esporo, que tambm pode se tornar inflamado e sensvel.
Segundo Cyriax (2002) a sobrecarga crnica uma causa comum de dor, originada na fscia
plantar. Inicia-se com um esforo prolongado durante a posio ortosttica em pacientes com
ps com elevao do arco (p cavo) ou encurtamento da musculatura da panturrilha.
Segundo Xhardez (2001) as Talalgias plantares que podero ser de origem esttica e
microtraumaticas esporo ou talalgia plantar comum. Encontramos ai as rupturas ou
inflamaes de aponecrose plantar (fascete plantar) entre os calcneos e o ante-p a
compresso do nervo interior do calcanhar, a inflamao do cossinete adiposo do calcanhar.

A epidemiologia mostra que a maior incidncia da doena se d entre as mulheres, em sua


maioria obesa e na faixa etria do climatrio. Em homens, a prevalncia maior nos
praticantes de esportes, especialmente os que envolvem corridas (HEBERT et. al. 2003;
SNIDER, 2000).
A etiologia da fascete plantar permanece controversa, mas provvel que envolva um
desequilbrio biomecnico embora manifesta-se com freqncia com o esporo do calcneo,
no parecem estar relacionados, pode tambm estar associado a atletas mas especificamente
em corredores, uso incorreto de calados, microtraumas repetitivos.
Segundo Baumgarth (2004) suas manifestaes caracterizam-se pela dor local e ao redor da
base do calcneo e no arco plantar, principalmente ao levantar da cama, ou aps um perodo
de repouso, a pronao excessiva do p, apresenta maior probabilidade no desenvolvimento
desta doena, em virtude do aumento da resultante de fora na aponeurose, em conseqncia
do alongamento do arco e expanso dos dedos.O diagnstico feito atravs de uma
anamnese, exame fsico e exames complementares, na anamnese coleta-se histrias de
doenas pregressas, atual, familiar e profissional. O exame fsico apresenta dor e edema na
regio da tuberosidade calcnea.
Segundo Saraiva (2003) a crochetagem uma terapia manual concebida como um
complemento para as diversas terapias utilizadas na Fisioterapia. Consiste em um tratamento
externo e indolor, praticado atravs de instrumentos a agulhas de crochet, os chamados
crochet, que visa quebrar aderncias e fibroses do sistema msculo esqueltico.A
crochetagem Mio-Aponeurotica, tambm conhecida como Diafibrlise Percutnea (significa
rotura sem inciso aberta). Para isso utilizam-se ganchos especiais desenhados para este fim
teraputico .
A reputao de Ekman com a crochetagem se desenvolveu depois do tratamento com sucesso
em algias occipitais do nervo Arnold, de epicondilites e de tendinite de Aquiles. Durante os
anos 70, ele ensinou seu mtodo para vrios colegas, como P. Duby e J. Burnotte. Estes
perpetuaram o ensino de Ekman lhe dando uma abordagem menos sintomtica da patologia
(BAUMGARTH, 2004).
Para Lucena (2004) a crochetagem trabalham a quebra de aderncias e fibroses entre os
diferentes planos de deslizamento dos msculos, tendes, ligamentos e nervos, devolvendo a
mobilidade e funo normais. Atravs do conhecimento fino em anatomia palpatria e a
aplicao dos crochets sobre a pele, o profissional poder obter os melhores resultados.
Liberar atravs de um gancho as diferentes capas musculares para deslizamento normal,
dissolver os cristais de oxalatoclcico que pegam em diferentes pontos estas estruturas entre
si, melhorar os movimentos de deslizamento entre as fscias. Separa bem as estruturas
anatmicas para, desta forma, liberar as artrias, veias, nervos, e gnglios que passam entre
elas e ento tratar os fenmenos inflamatrios. Relaxar o msculo por meio dos feixes
neuromusculares, inibindo a hiperatividade gama. Tratar os pontos de tenso ou pontos trigger
e preparar uma zona anatmica para receber um tratamento manipulativo ou de outra ndole.
A crohetagem tem efeito mecnico,circulatrio e reflexo, indicado para qualquer patologia
que leve a uma retrao ou fibrose das fscias aponeurticas e contra indicado em pacientes
com lcera e dermatoses.
Segundo Ekmam (1970) Depois de ter testado vrios materiais tal a madeira, osso, e outros,
K.Ekmam criou uma srie de ganchos de ao para atender s exigncias do seu mtodo.
Para Cyriax (1970) Cada gancho apresenta uma curvatura diferente permitindo o contato com
os mltiplos acidentes anatmicos que se interpem entre a pele e as estruturas a serem
tratadas.

Fonte: Baumgarth (2004).


Figura 1: Ganchos de ao.

Segundo Baumgarth (2004) A tcnica da diafrlise percutnea comporta trs fases sucessivas:
palpao digital, palpao instrumental, e fibrlise,o tratamento da fscite plantar pela tcnica
da crochetagem no voltado somente para o p ou fscia plantar em si, importante que
atue tambm na parte posterior da perna (msculos do trceps-sural), pois estes esto ligados
diretamente a fscite plantar.
3.1 Etapas do procedimento
1. Em decbito ventral com o gancho maior gancha-se a musculatura do gastrocnmio e
raspa-se as duas pores no sentido perpendicular at onde a musculatura for palpvel, em
seguida drena-se o msculo gastrocnmio.
2. Em decbito ventral raspa-se o tendo de Aquiles e as trs pores do calcanhar.

Fonte: Baumgarth (2004).


Figura 2: Fibrlise da musculatura da panturrilha.

3. Em decbito dorsal raspa-se os lumbricais, a aponeurose plantar, o calcanhar .

Fonte: Baumgarth (2004).


Figura 3: Fibrlise da aponeurose plantar.

4. Em decbito dorsal o paciente faz uma dorsiflexo e flexo dos dedos, com o gancho maior
drena-se a fscia plantar.

Fonte: Baumgarth (2004)


Figura 4: Fscia plantar.

5. O tratamento pode ser complementado com a raspagem dos intersseos e retinculos tendo
cuidados com as bursas para no inflamar.

Fonte: Baugarth (2004).


Figura 5: Bainhas tendneas do tornozelo.

O Chen-Chui ou a Acupuntura como conhecido no ocidente um antigo mtodo


teraputico chins que se baseia na estimulao de determinados pontos do corpo com
agulha(Chen) ou com fogo(Chun) a fim de restaurar e manter a sude (YAMAMURA,2008).
A acupuntura uma terapia milenar chinesa que consiste na aplicao de agulhas em pontos
especficos do corpo. Estas agulhas so aplicadas pelo acupunturista no local correspondente
situao a ser tratada, no prprio local e/ou no meridiano correspondente doena a ser
tratada. A acupuntura serve para distrbios hormonais, insnia, asma, sinusite, distrbios
menstruais, doenas auto-imune, doenas crnicas ,disfunes estticas ,doenas de pele
,doenas ortopdicas. Alm de muitas outras, pois a acupuntura pode ser realizada como
forma complementar de tratamento para todas as doenas e distrbios emocionais. Esta
terapia alternativa faz parte da medicina tradicional chinesa e tem mais de mil anos de
existncia, sendo eficaz para todos os tipos de doena, trazendo mais equilbrio para o
indivduo (REICHMANN,2002).
A acupuntura visa restabelecer a circulao as energia (Qi) nos meridianos e nos rgos
(Zang) e nas vsceras (Fu) e, com isso levar o corpo na uma harmonia de energia e matria. A
energia precede a forma fsica; por conseguinte as estruturas fsicas teciduais, responsveis
pelo controle do dinamismo e nutrio do corpo, mantm uma ntida relao com os
meridianos, que si sobrepem rede nervosa central e perifrica e a distribuio dos vasos

sanguneos. Por isso as variaes intrnsecas ou extrnsecas de energia dos meridianos


repercutem sobre esses tecidos de modo local e /ou sistmico (YAMAMURA, 2008).
A medicina tradicional Chinesa se baseia em conceitos Taostas e energticos , os quais
enfocam o indivduo como um todo e como parte integrante do universo.Para Ela, o indivduo
constitudo por um conjunto de energias, provenientes do cu a da terra , que fluem por todo
corpo, e que devem estar em constante equilbrio; quando isso no ocorre, temos ento uma
manifestao de patologias(BLOELD, 1979).
Doena o estado resultante da conscincia da perda da homeostase de um organismo vivo,
total ou parcial, estado este que pode causar, devido a infeces, inflamaes, isquemias,
estado este que pode causar, devido a infeces, inflamaes, isquemias, modificaes
genticas, sequelas de trauma, hemorragias,neoplasias ou disfunes orgnicas.Distingue-se
da enfermidade, que a alterao danosa do organismo.O dano patolgico pode ser estrutural
ou funcional (PINHEIRO JNIOR, 2010).
A doena resultante da incapacidade orgnica de impedir que se manifeste materialmente o
que chamamos de desastre entrpico humano, ou seja, o agente do estresse seria to grande e
poderoso que impossibilita a eventualidade do aparecimento da neguentropia, ou seja, o
enriquecimento em entropia negativa.As respostas inadequadas ou no enquadradas dentro do
mecanismo de adaptao ao ambiente estresse, mobilizam todo um esforo orgnico de
readaptao global com inegvel tendncia catablica e tanatolgica (SEYLE,1956).
1.0 YIN E YANG
Chama-se de Yin Yang, a reunio das duas partes opostas que existem em todos os
fenmenos e objetos em relao recproca no meio natural.Os mecanismos de reunio e de
oposio podem se produzir tanto entre dois fenmenos que se deparam como mago de dois
aspectos antitticos coexistindo no mesmo fenmeno.A teoria enuncia que a atividade
fisiolgica do corpo humano o resultado da manuteno de uma relao harmoniosa da
unidade dos contrrios dos princpios,a teoria do yin yang explica o aparecimento das doenas
por um desequilbrio relativo de uma subida grande demais e um declnio grande demais do
yin ou do yang (NAVAILH, 1992).
O TAO a realidade e a energia primordial do universo, o fundamento do ser e do no ser.
Conforme escreveu Chuang ts .O Tao possui realidade e clareza ,mas nenhuma ao ou
forma.Pode ser transmitido, mas no recebido.Pode ser atingido, mas no visto.Existe por si e
atravs de si.Existia antes do cu e da terra ,na verdade ,por toda a eternidade .Ele a razo da
divindade dos Deuses e da criao do mundo.Est acima do znite , mas no lhe
inferior.Embora mais velho do que o mais idoso, no velho.Os chineses acreditavam na
existncia de uma realidade ltima que subjacente e que unifica todas as coisas e fatos que
observamos,denominado de Tao.O tao o processo csmico no qual se achavam envolvidas
todas as coisas; o mundo visto como um fluxo continuo, uma mudana contnua.Opostos e
complementares. preciso ficar atento conjuno de ligao e ; que fornece o aspecto
ligamentar das duas energias.Se apenas opostas ,yin e yang poderiam ensejar uma
irreconcilivel separao de foras,antitticas e oponentes entre si;quando, em realidade,alm
de uma dinmica centrpeta conforma tambm elas um ilame integrativo centrifugo;um no
subsiste sem o outro(BLOFELD,1979).
Quando o Yin e Yang esto em desequilbrio h um ajuste para a volta ao equilbrio. A
tendncia sempre o equilbrio, da movimento constante.quando falamos em desequilbrio
yin e yang estamos falamos de quatro tipos de desequilbrios:preponderncia de
yin;preponderncia de yang;debilidade de yin e yang (AUTEROCHE,1992).
Mais fundamentada na racionalidade taosta/confucionista onde existem duas foras
interdependentes e contrrias denominadas Yin e Yang, a fitoterapia chinesa aplicada de

acordo com os princpios bsicos de 5 elementos, de teorias do Qi, Xu, Jing Ye, Zang Fu,
dentre outras (KIKUCH,1982).
2.0 Os Cinco Elementos
A teoria dos cinco elementos forma amplamente usadas na sade, economia, poltica, artes,
na guerra entre outras h mais de 2.000 anos. Movimento dos cinco elementos a lei do
universo, o princpio e o guia de todas as coisas, a fonte das inmeras mudanas, a base do
crescimento e do prejuzo, a sede suprema das atividades espirituais Os princpios da
Medicina Tradicional Chinesa foram forjados na observao da natureza, dos fenmenos
naturais, dos princpios do cotidiano. Os elementos madeira, fogo, terra, metal e gua
compem os 5 elementos, e com eles os movimentos de gerao, inibio, dominncia e
contra-dominncia (KIKUCH,1982).
Os cincos elementos como qualidades bsicas importante estender a passagem do Shang
Shu: Os cincos elementos so gua,Fogo,Madeira,Metal e Terra.A gua umedece em descida,
o fogo inflama em subida, a madeira pode ser dobrada esticada, o Metal pode ser moldado e
endurecido,a terra permite a disseminao, o crescimento e a colheita.Aquilo que absorve e
desce(gua) salgado, o que inflama em subida(fogo) amargo, o que pode ser dobrado e
esticado(madeira) azedo ,o que pode ser moldado e enrijecido(metal) picante o que
permite disseminar ,crescer e colher(terra) doce (MACIOCIA, 2007).
Necessariamente os rgos e vsceras esto em consonncia com o estado de sade ou doena,
sendo meramente ilustrados ou nomeados por uma conveno antiga. Meridianos seriam
canais por onde circulariam as matrias animadas e inanimadas chamadas Xu e Qi,
O livre fluxo dessas substncias explicava a fisiologia do corpo, no seu estado de homeostase.
Sua obstruo ou o fluxo lentificado gerariam doenas (dentre elas mais freqentemente,
patologias dolorosas Sndromes Bi). O termo sabor refere-se no necessariamente
sensao no paladar causada por uma substncia, nesse contexto, mas sim uma propriedade
da substncia que determinada de acordo com seus efeitos no organismo (em termos
fisiolgicos). Como normalmente os sabores doce e ausente coexistem, e azedo e adstringente
tm os mesmos efeitos, usa-se habitualmente a expresso cinco sabores (KIKUCH,1982).
Picante: tem efeitos de dispersar o agente patognico exgeno do exterior do corpo e de
promover a circulao do [qi] e do sangue. So normalmente usadas para tratar condies
leves e do exterior devido agentes patognicos exgenos, estagnao de [qi] e/ou de sangue.
Doce: tm os efeitos de nutrir, repor, tonificar ou enriquecer diferentes partes ou rgos do
corpo, normalizando a funo do estmago e do bao, harmonizando os efeitos de drogas
diferentes, e aliviando o espasmo e a dor. Azedo: tm os efeitos de induzir a adstringncia e
parar as perdas (de substncias do corpo). Amargo: tm os efeitos de dispersar o calor,
eliminar o fogo, dominar a rebelio do [qi] ascendente enviando-o para baixo (para tratar
tosse e vmitos), relaxar as vsceras, e eliminar a umidade(KIKUCH,1982).
Salgado: tm efeitos de aliviar constipao por purgao, e dissolver e amaciar massas duras.
Embora o sabor salgado seja mais frequente encontrado na Matria Mdica Chinesa como
percevejos, tamandu, urina humana, sanguessugas, casco de tartaruga.
So usadas para tratar fezes secas e constipao, escrfula, gota, massas abdominais e outros
problemas. Adstringente: tem aes similares s drogas de sabor azedo. Elas retem e
restringem. So usados numa conformao solta (fezes, seminais, urina, suor, prolapso
uterino...), que indicam uma leso do Qi original (aps uma doena crnica por exemplo).
Essa propriedade se d geralmente por causa do tanino muitas das vezes o constituinte
predominante. Duas substncias podem ter o mesmo sabor e propriedades trmicas diferentes,
ou vice-versa. Menta e ephedra, por exemplo, tm ambos o sabor picante, mas a menta tem
propriedade fria e a ephedra quente. Assim, a menta pode ser usada para tratar invaso por

vento-calor e a ephedra invaso por vento-frio. Isto ilustra como pode-se escolher uma
substncia com base no seu sabor e na sua propriedade trmica(KIKUCH,1982).
3.0 Zang Fu
O termo Zang Fu no abarca unicamente as estruturas anatmicas da medicina hipocrtica
,uma vez que tambm pretende traduzir,filosoficamente ,as funes fisiolgicas do
organismo.Se no se compreender e interpretar corretamente o conceito Zang Fu , qualquer
tentativa teraputica com os mtodos tradicionais- qi cong, acupuntura e moxabusto ter
grandes probabilidades de fracassar.
O termo genrico de Zang Fu designa o conjunto das vsceras do corpo humano e abrange na
realidade trs categorias de vsceras bem distintas:As zangs que chamamos de rgos ,as Fu
que podem se dividir em vsceras e vsceras de comportamento particular,os 5 Zangs so:o
Corao,Fgado,Bao , o Rim , o Pulmo.O Su Wen diz:os 5 armazns so assim chamados
porque armazenam a essncia e no tem eliminao:Cheios,no podem ser enchidos. Os 6 Fu
so: o intestino delgado, o estomago, o intestino grosso, a bexiga, a vescula biliar, o triplo
aquecedor (NAVAILH, 1992).
3.1Os rgos Zang:
Segundo Mao-Liang (2001) o Corao controla a lngua, o paladar; vasos sanguneos e
manifesta-se aspecto da face, influenciado pelo calor.Governa o sangue, controla a mente.
-Fgado controla os olhos, a viso, tendes e manifesta-se nas unhas, influenciado pelo vento,
armazena o sangue.
- Pulmo controla o nariz, o olfato, pele e manifesta-se nos plos do corpo, influenciado pela
sequido, governa o Qi e influencia os lquidos orgnicos.
-Bao controla a boca o paladar, msculos e manifesta-se nos lbios,influenciado pela
umidade ,governa ,transforma,transporta energia em sangue e influencia lquidos orgnicos.
-Rim controla o ouvido, audio, armazena a essncia,controla a reproduo
humana,crescimento,desenvolvimento,controla os ossos e influencia o brilho nos cabelos.
3.1As vsceras Fu
Segundo Mao-Liang (2001) o Triplo Aquecedor :Aquecedor superior (cardio
respiratria),aquecedor mdio(digestiva- E,B,Be),aquecedor inferior(geniturinria).Circula as
trs Zon Qi ,Yin Qi e Wei Qi.
-Estmago:Processo de digesto dos alimentos associando-se ao bao e a funo
complementar deles e recolher a essncia dos alimentos.
-Intestino delgado: Separar o claro turvo , separando as essncias dos resduos .
-Intestino grosso: por onde transita o produto da digesto ,assim recebe os resduos
alimentares provenientes do ID e aps absorver a gua excedente os expulsa.
-Bexiga:reter lquidos e expuls-los , o metabolismo da gua ocorre graas ao pulmo
,TA,rim e bao.
-Vescula biliar:vscera extraordinria, comanda o esprito de deciso e coragem .A bile e
formada pelo excedente de Qi do fgado sendo liberada no intestino para a digesto.
3.3 Vsceras acessrias
Segundo Kikuchi (1982) Crebro e medula:so um s, comandada pelo corao, o rim
organiza, dispe arranja a formao.
-tero :Guardio do feto , controlada bpelo rim e pelo figado .
-Mai:conjunto dos 12 meridianos.meridianos secundarios ,pulso pela associao dos vasos e
meridianos pulmo.

4.0 Padres de circulao de energia atravs dos meridianos.


Em 1963, Niboyet em sua tese de cincias, demonstrou que a resistncia eltrica do acuponto
sempre inferior quela da pele circunvizinha.A anlise comparativa dos cortes histolgicos
feitos na pele de humanos, nos acupontos, aps pesquisa bioeltrica mostrou duas vezes mais
papilas drmicas na regio do ponto de acupuntura em relao a outras reas. Ao utilizar os
pontos deve-se conhecer o princpio e o fim dos doze canais, dos ramos extras dos colaterais e
o local onde terminamos cinco tipos de pontos (Tsing, Yong, Iu, King eProf. Msc. Ho), as
relaes correspondentes dos cinco rgos slidos e dos seis ocos, as idas e vindas das
energias yin e yang nas diversas estaes, as circulaes das energias nas cinco vsceras e
a largura e profundidade dos canais e colaterais. (LIMEHOUSE, J.B; LIMEHOUSE,
P.A.T,2006).
Os pontos Ting (Jing) so a nascente (ou poo) e a partir deles que a energia inicia em seu
canal ou transportada ao prximo canal da grande circulao de energia.
Prof. Msc. _ A energia perversa (xie) penetra por esses pontos, pontos. Nei Ching Ling Shu
recomenda a sua utilizao nostratamentos de psiquismo. Os pontos Iong, Yong (Ying) so o
riacho (ou jorro) por onde a energia perversa (xie) tenta penetrar no corpo. Prof. Msc. _ So
utilizados principalmente para tratar doenas febris. Os pontos Iu (Shu) so o rio (transporte)
e transportam a energia para dentro dos canais. Eles tambm aumentam ou diminuem o fluxo
do Chi no canal. Tambm podem transportar o Prof. Msc. Chi Xie (perverso). _ So indicados
principalmente para os tratamentos de dores reumticas. embora possamos expuls-la atravs
deles; tambm captamos e emitimos energia por esses . Os pontos King (Jing) so o lago e
aprofundam a energia e tambm podem conduzir o Chi Xie (perverso) para dentro do corpo.
Prof. Msc. _ So indicados principalmente para o tratamento da tosse e da dispnia.Os pontos
Ho (He) so o mar e se conectam diretamente aos rgos e vsceras correspondentes, tratandoos( KIKUCHI, 1982).
Segundo a MTC a energia circula, em seu padro normal, atravs dos meridianos, a uma
velocidade relativa de 1(um) palmo por ciclo respiratrio; Estudos comprovam que dentro
desses canais imaginrios, existe um certo tipo de corrente eltrica, que circula, por todo o
corpo atravs de uma espcie de campo vibracional junes gap; so as responsveis por
esse padro vibracional. A agulha de acupuntura energizada quando introduzida nos
pontos de acupuntura e tem o poder de alterar a polaridade dos canais de Energia, iniciando
assim o processo de estimulao do canal de Energia atravs das mudanas de polaridade que
ocorrem entre as faces externa e interna do canal de Energia (LIMEHOUSE, J.B;
LIMEHOUSE, P.A.T,2006).
Mecanismo de atuao: Mecanismo Humoral Liberao e produo de sustncias: neurohormnios, neurotrasmissores e hormnios. Mecanismo Neural :Condutibilidade eltrica da
pele nos pontos de acupuntura (DDP), Terminaes e receptores nervosos. Mecasimo
energtico :Distribuio do Qi no corpo, Equilbrio do Zang F, Efeitos:A acupuntura gera
impulsos eltricos levados pelos nervos at os sistema nervoso central,o corpo mantm
equilibrada a serotonina, substncia envolvida na dor, depresso e ansiedade,h um aumento
de substncias antiiflamatrias ,analgsicas. Sensaes do agulhamento: Peso, Presso, Vazio,
Dormncia, Distenso, Frio / calor Cimbra muscular, dor ,Tremores musculares rpidos
,Sensao de Qi eltrico. Origem das doenas segundo a medicina tradicional chinesa:
Energias Perversas, Elementos Psquicos, alimentao e fadiga, Relaes Sexuais em
Excesso, Traumatismos, Vermes e micrbios, Intoxicaes, Hereditariedade (RISTOL,
1997).
A dor pode ser causada pelas condies de excesso e deficincia. O carter de excesso ou
deficincia da dor sempre deveria ser averiguado, especialmente em relao a dor
experimentada na cabea, no abdmen, no trax , como regra segura, a dor de uma condio

10

de excesso mais intensa e mais aguda que a condio de deficincia , a qual tende ser surda
e muito menos intensa.A dor pode ser decorrente das seguintes condies de excesso: invaso
patognicos exteriores, frio ou calor interior, estagnao de Qi ou sangue, reteno de
alimentos,obstruo pela fleuma, a dor pode ser decorrente pelas seguintes condies de
deficincia : deficincia de Qi e sangue, consumo dos fluidos corpreos decorrentes de
deficincia de Yin (MACIOCIA, 2007).
A acupuntura atua sobre a dor na regio da fascia plantar e plo plantar de calcneo de forma
satisfatria, redimindo a dor e facilitando o retorno dos pacientes s atividades normais,
inclusive esportivas como treinos e competies em nveis anteriores leso.

Fonte: Godoy(2008).
Figura 6: Acupuntura no calcneo.

Observou-se tambm um quadro de equilbrio emocional que pde ser notado em outras
dimenses da vida cotidiana como a melhora do sono, ampliao da capacidade de
concentrao e sensao de bem estar geral, o que nos leva a afirmar que a acupuntura um
suporte efetivo para o bem estar fsico e mental. A aplicao deste procedimento favoreceu o
recrudescimento da dor e proporcionou um estado de bem estar dos pacientes, no obtido
anteriormente com outros tratamentos (MAUAD ,2010).
Os acupontos foram empiricamente determinados no transcorrer de milhares de anos de
prtica mdica (RISTOL, 1997). Acuponto uma regio da pele em que grande a
concentrao de terminaes nervosas sensoriais, Essa regio est em relao ntima com
nervos, vasos sanguneos, tendes, peristeos e cpsulas articulares (WU,1990). Sua
estimulao possibilita acesso direto ao SNC (FARBER & TIMO-IARIA, 1994). Estudos
morfofuncionais identificaram plexos nervosos, elementos vasculares e feixes musculares
como sendo os mais provveis stios receptores dos acupontos. Outros receptores
encapsulados, principalmente rgo de Golgi do tendo e bulbos terminais de Krause tambm
podem ser observados (HWANG, 1992).
Muitas teorias recentes assumem que a sensao da dor uma experincia multidimensional,
cuja origem o fato de impulsos nervosos criarem padres identificveis por meio de uma
rede neuronal significativa a neuromatriz. Portanto, a rede neuronal forma uma imagem do
corpo. As assinaturas neuronais para a sensao da dor so tipicamente induzidas pelo aporte
sensonal, mas tambm podem ser ativadas sem esse deflagrador. Os efeitos da acupuntura
podem ser divididos em vrios grupos: demora do diagnstico da doena, agravamento da
doena como resultado do tratamento, reaes autnomas, infeces, leso acidental em
rgos e tecidos,outros efeitos colaterais.A primeira etapa diagnostica consiste em determinar
o complexo de sintomas e a condio do paciente para o princpio de excesso e deficincia,
por condio de dizer o verdadeiro estado de sade do paciente.
5.0 Energias

11

Segundo Maciocia (2007) QI presente em toda parte. formada por partculas YIN e YANG
que compem os COSMOS. Diferentemente da medicina aloptica ocidental, a MTC no v o
organismo vivo como um mecanismo. Essa viso ocidental s comeou a ser divulgada no
sculo XVII, por Isaac Newton, a partir das idias de Rene Descartes. A MTC v o ser
humano como corpo-mente, como um crculo de energia e substncias vitais interagindo para
formar o organismo.Essas Substncias so: Qi; Sangue (Xue);Jing (Essncia); Jin Ye (Fluidos
Corpreos). Os mestres definiam o estudo do QI no homem como a compreenso dos trs
tesouros: Essncia, Energia Corporal e Esprito, Qi Original (Yuan Qi); Qi dos Alimentos (Gu
Qi); Qi Torcico (Zong Qi); Qi Verdadeiro (Zhen Qi);Qi Nutritivo (Ying Qi); Qi Defensivo
(Wei Qi).
Segundo Auteroche(1992) A essncia seria a energia vital necessria para a existncia do
homem, a maioria dos estudos traduz esta essncia como Jing. Mas na verdade o Jing
apenas uma parte desta essncia vital. Quando estudamos o Nei Ching Sou Wen entendemos
que o homem a representao do cosmos, portanto tudo que h no cosmos h no homem.
Jing uma espcie de Essncia destilada a partir de uma base mais dura. Jing uma
substncia muito refinada e, portanto, muito preciosa que precisa ser muito bem guardada e
cuidada. Assim sendo a essncia vital do homem so assim compostas Yuan qi: o qi fonte,
isto , a partcula do Sopro Primordial que surgiu logo aps a imploso do Wu qi.
Este QI pr-natal, ele existe antes da concepo do homem, esta relacionada com o mundo
invisvel , ele necessrio para que uma vida se materialize. Aps a materializao do homem
ele se situa entre os rins, no centro do corpo e circula nos vasos maravilhosos. Jing Qi
Ancestral: seria o formador da essncia vital, a energia da concepo relacionada com a
energia yang do homem (espermatozide) e a energia yin da mulher (vulo). Seria a nossa
energia ancestral, isto , todo o conhecimento do homem transmitido em pequenas partculas
(cdigo gentico) para que a cada gerao do homem evolua. Jing Qi Adquirido: O homem
tem a capacidade de adquirir Qi yin atravs dos alimentos (Gu Qi), Qi yang atravs do ar
(Kou Qi). Transformaes de Chi no Homem: Nos Tratados de MTC, geralmente, o Jing
aparece em trs contextos sutilmente diversos: Jing Pr-Celestial;Jing Ps-Celestial.
3. Metodologia
Este trabalho consiste em uma reviso bibliogrfica, cuja estratgia de busca inclui
acupuntura e crochetagem como tratamento de fascte plantar,as consultas de bases de dados,
bem como em livros, internet,revistas. e artigos cientficos.. A seleo bibliogrfica
apresentou citaes dos ltimos anos (1979-2010). Os dados foram utilizados para inferir
correlao com o tema, contribuindo para o melhor esclarecimento sobre o assunto.
4.Resultados e Discusso
A acupuntura pode ajudar a relaxar os msculos e tecido conectivo do p, diminuir a
inflamao e estimular o corpo a libertar endorfinas. Isto modera a resposta da dor medida
que a cura acelera. importante reconhecer e ajustar qualquer fator no estilo de vida que possa
contribuir para a dor no calcanhar. Muitas vezes ajuda diminuir a actividade fsica, limitar o
tempo que se permanece de p, ou ter em ateno o excesso de peso. Adicionalmente, esticar
os msculos dos ps regularmente e mudar o calado tambm muito til.Combinar a
acupuntura, ajustes no estilo de vida e limitar o tempo de permanncia de p, pode
providenciar a dor de calcanhar e p de longa durao. Contudo, muitas pessoas compensam a
dor de p, mudando a sua maneira de andar e a sua postura. Isto conduz a dores nas outras
partes do corpo, como dores lombares. A acupuntura pode ajudar a reequilibrar o corpo,
libertando tenses em todas as partes do corpo relacionadas, enquanto se est a focar na raiz
do problema o p.

12

Na prtica clnica o tratamento com acupuntura utilizando agulhas e moxabusto (agulhas de


Fogo) * em pontos fora de meridianos principais, localizados no calcneo. Os resultados so
altamente satisfatrios com melhora acentuada da DOR (acima de 80%) percebida pelo
paciente j na primeira sesso. O curso de tratamento curto (2 a 3 sesses).
Moxa um material com folha de artemsia moda e preparada sob a forma de bala de
algodo; ela utilizada para queimar sobre o ponto de aplicao ,visa-se com isso provocar
atravs de calor a estimulao do local.Este mtodo denominado moxisbusto. A
distribuio dos meridianos nos membros inferiores,os meridianos yin ,o bao-pancreas ,o do
figado e o dos rins percorrem o lado medial dos ossos do fmur e tibia.O trs meridianos do
yang.o do estmago, o da vescicula biliar e o da bexiga ,distribuem pela borda lateral e dorsal
do p (Wen,2006).
A acupuntura atuou na dor sobre a regio da fascia plantar e plo plantar de calcneo de
forma satisfatria, diminuindo a dor e facilitando o retorno as atividades esportivas como
treinos e competies em nveis anteriores leso. Apesar de no poder provar a eficcia
isolada da acupuntura, por no ser realizado um grupo sem o tratamento com acupuntura,
pode-se afirmar que a Acupuntura favoreceu para um melhora na dor e no estado emocional
dos pacientes no obtidos com os tratamentos (Moreira ,2008).
O resultado dessa relao patolgica entre ns seres vivos e o meio ambiente gera
estressamento para ambos os sistemas.O corre- corre do dia a dia, a luta para melhores
condies, as imposies de crenas,regras sociaso e dogmas incontestveis, frutos de
verdadades alheiasinverificveis,aliado a falta de discernimento e acuidades,,causa para o
individuo uma presso de estimulos que exige uma resposta adequada baseada principalmente
em aspectos relacionados a propria sobrevivncia .Quando resposta no vem ou vem de
forma distorcida,temos um quadro de estresse, que j considerado(PINHEIRO JNIOR,
2010).
O tratamento fisioteraputico da fascite plantar consiste na utilizao de rteses, compradas
prontas, para amortecimento do calcanhar, acompanhado de recursos de analgesia e combate
ao processo inflamatrio, e exerccios que promovam a diminuio da tenso no tendo
calcneo e na fascia plantar, sendo o alongamento, o exerccio mais comumente utilizado
(SNIDER, 2000).
Na analise e classificao das doenas ,levam-se em considerao os fatores etiologico, a
intensidade da reao do organismo a localizao das alteraes dos sintomas , alterao de
pulso,a variao na morfologia da lngua etc.Em relaao a diagnose e ao tratamento ,h
muitos conceitos e principios na .medicina chinesa que so semelhantes da medicina
moderna;outros no entanto so muito diferentes (Wen,2006).
A acupuntura aborda no somente os aspectos funcionais dos pontos de acupuntura, mas
tambm as diferentes funes dos meridianos (Jing Luo), que representam o importante
sistema de consolidao e de comunicao dos Zang Fu com a parte somtica ,
condicionando na sua trajetria , a forma fsica do ser humano .Relacionar as alteraes
produzidas na estrutura fsica dos meridianos reconhecer o estado energetico dos rgos e
das vsceras e representa um recurso adequado para o tratamento (Yamamura 2008).
Aps a aplicao de acupuntura, dependendo da maneira como se faz o estmulo da
profundidade e tambem do ngulo de insero da agulha e do sentido do ponto, possivel
direcionar o estmulo para uma ou outra via nervosa .A Medicina tradicional chinesa tem o
importante merito de haver conseguido identificar onde e como fazer a estimulao na parte
somtica para obter resultados especficos sobre os orgos internos e as vrias estruturas do
corpo humano (Yamamura, 2008).

5.Concluso

13

A dor em geral provoca diversos desiquilibrio em um individuo, a acupuntura vem crescendo


em conhecimentos especficos para se tratar e ate mesmo previnir futuras patologias, junto
com essa tcnica a crochetagem vem a somar contribuindo na melhora articular quanto
muscular nos sintomas das patologias.
A Medicina Tradicional Chinesa, assim como outras racionalidades mdicas orientais, tem
uma viso marcante na ateno primria (preventiva) e individualizante, no s na secundria
(curativa), onde tambm desempenha uma importante funo, assim como na terciria
(reabilitadora). portanto, uma prtica mdica milenar completa, abrangente. A sua
abordagem marcada pela integrao da pessoa com o meio ambiente e vice-versa, assim
como a caracterizao do universo pessoal no seu prprio contexto (emoes, valores
pessoais, reaes individuais, alm da infinita busca pela longevidade (PINHEIRO JNIOR,
2010).
O conceito de sinais e sintomas da Medicina Chinesa mais amplo que na Medicina
Ocidental; enquanto na Medicina Ocidental levam-se em conta, na maior parte das vezes, os
sinais e sintomas, como manifestaes subjetivas ou objetivas da doena, a Medicina Chinesa
considera muitas manifestaes diferentes, muita das quais no esto relacionadas a um
processo patolgico real (MACIOCIA, 2007).
Dentro do amplo ambiente da MTC, existem diferentes formas de se realizar diagnstico e
tratamento. Os trs mtodos mais comuns so: a teoria dos Cinco Elementos (Wu Xing), Oito
Princpios (Ba Gang) e Sndromes dos Zang-Fu (LIMEHOUSE, J.B; LIMEHOUSE,
P.A.T,2006).
O mdico praticante da Medicina Chinesa deve preparar um plano de ao coerente e racional
sobre o qual dever ser tratado primeiro o que primrio e secundrio na condio do
paciente, qual a importncia relativa da condio aguda ou crnica, e qual mtodo de
tratamento dever ser utilizado (MACIOCIA, 2007).
Feitos os diagnsticos baseados na medicina ocidental e na MTC, o acupunturista deve
selecionar os pontos de acupuntura apropriados para tratar o paciente. Alguns pontos so
poderosos o suficiente para serem usados isoladamente; certos pontos so at mais poderosos
quando combinados com outros (GLINSK, 2006).
A cura, baseada no reequilbrio com o ambiente, na realidade uma observao minuciosa de
como o universo funciona de forma dinmica e organizada, assemelhando-se muito com a
teoria dos sistemas. Os chineses identificaram essa relao harmoniosa entre estruturas e
desenvolveram mecanismos de cura para o enquadramento individual na natureza das
coisas(PINHEIRO JNIOR, 2010).
Concluo que muito importante a competncia do acupunturista quanto do profissional
especializado em crochetagem de conhecer a suma anamnese com as histrias pregressas
quanto atuais para se obtiver diagnstico corretos e firmes tratamentos, a unio da acupuntura
e crochetagem tem um timo benefcio ao indivduo melhorando tanta sua integridade fsica e
mental.
Referncias
AUTEROCHE, B.; Navailh, P. O Diagnstico na Medicina Chinesa Organizao Andrei. .Editora LTDA
Caixa Postal 4989-So Paulo:, 1992
BAUGARTH, H. Tratamento da Fascite Plantar segundo a Crochetagem. Rio de Janeiro, 2004. Entrevista
concedida Rodrigo Baptista de SantAnna em 04 de novembro de 2004.
BAUMGARTH, H. Crochetagem. Material didtico do VI Curso de Crochetagem, Rio de Janeiro, 2003
CYRIAX , J. H. ; CYRIAX, P.J. Manual Ilustrado de Medicina Ortopdica de Cyriax. 2. ed. So Paulo:
Manole, 2002
DNGELO, J.G. ; FATTINI,C.A. Anatomia Humana sistmica e Segmentar. 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu,
2001

14

GLINSK, M. H., Seleo de pontos. In: SCHOEN, A. M. Acupuntura Veterinria da arte antiga a
medicina moderna, So Paulo, Roca, 2006, P.109.
HAMIL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen. (1999) Bases Biomecnicas do Movimento Humano. So Paulo: Ed.
Manole.
HEBERT, S.; XAVIER, R.; PARDINI JR.; BARROS FILHO, T.E.P; ARLINDO GOMES Ortopedia e
traumatologia: Princpios e Prtica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
HUANG, Y.C.; WANG, L.Y.; WANG, H.C; CHANG, K.L.; LEONG, C. P. The relationship between the
flexible flatfoot and plantar fascitis: ultrasonographic evaluation. China, Chang Gung Med J; 27 (6): 443-8,
2004 jun
KIKUCHI, Tomio. Moxabusto, filosofia da medicina oriental, tratamento aplicado. SP, Musso publicaes,
1982
LIMEHOUSE, J.B; LIMEHOUSE, P.A.T, Conceitos orientais da Acupuntura. In: SCHOEN, A. M.
Acupuntura Veterinria: da arte antiga a medicina moderna, So Paulo, Roca, 2006, P.76-905.
MACIOCIA, G. A Pratica da Medicina Chinesa. Tratamento de Doenas com acupuntura e Ervas
Chinesas, 2. Ed, So Paulo: Roca, 2007.
Mao-Liang, Qiu (Org). Acupuntura chinesa e moxabusto. SP, roca, 2001
MOORE, K. L. Anatomia Orientada para a Clnica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
SNIDER,R.K.Tratamento das Doenas do Sistema Musculo esqueltico. 1.ed. So Paulo: Manole, 2000.
NATIVIDADE, R. Tratamento da fascite plantar pela Crochetagem. Rio de Janeiro, 2004. Entrevista
concedida a Rodrigo Baptista de SantAnna em 06 de agosto de 2004
PINHEIRO Jnior,Ismael.O Paracrebro: novos horizontes para a medicina/Ismael Pinheriro Jnior.-Goinia:ed
. da UC Gois,2010.
REICHMANN, B. T. Auriculoterapia Fundamentos de Acupuntura Auricular. 4 edio. Curitiba:
Tecnodata, 2002
RISTOL,E.G-A.Acupuntura y neurologia.Revista de Neurologia (Barcelona),v25 , n142, p.894-898, 1997.
SARAIVA, D.S; LUCENA, S.P.; BARROS, T.S. Crochetagem Mio-aponeurtica. Fisioweb, Rio de Janeiro.
Disponvel em: http://www.wgate.com.br/fisioweb . Acesso em 20 jan. 2004.
THOMPSON, J. S. et al. Thompson & Thompson. Gentica Mdica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2002.
WEN, TOM SINTAN. Acupuntura Clssica Chinesa. So Paulo: Cultrix, 2006.
XHARDEZ, Y. Vade-Mcum de Cinesioterapia. Andrei, 2001
YAMAMURA, Y. Acupuntura Tradicional: A Arte de Inserir .2 ed. So Paulo: Roca, 2001.

Você também pode gostar