Organizaçao e Estatuto PJC MT Lei 407 2010 PDF
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Art. 7 So funes institucionais da Polcia Judiciria Civil, as de polcia judiciria, com exclusividade, de
apurao das infraes penais, o combate eficaz criminalidade, alm das seguintes:
I - cumprir e fazer cumprir, no mbito das suas funes, os direitos e as garantias constitucionais,
estabelecendo o respeito dignidade da pessoa humana e sua convivncia harmnica com a comunidade;
II - praticar, com exclusividade, todos os atos necessrios apurao das infraes penais no inqurito policial
e termo circunstanciado;
III - adotar as providncias destinadas a preservar as evidncias Criminais e as provas das infraes penais;
IV - requisitar percias em geral, para comprovao da infrao penal e de sua autoria;
V - guardar, nos atos investigatrios, o sigilo necessrio elucidao do fato;
VI - manter intercmbio operacional, judicial e cooperao tcnico-cientfica com outras instituies policiais;
VII - prestar informao, quando fundamentadamente requisitada pela autoridade competente, referente aos
procedimentos policiais;
VIII - organizar e manter cadastro atualizado de pessoas procuradas, suspeitas ou indiciadas pela prtica de
infraes penais e as que cumprem pena no sistema penitencirio estadual;
IX - organizar, fiscalizar e manter o cadastro e registro de armas, munies, da instituio e dos servidores da
Polcia Judiciria Civil, bem como dos explosivos e demais produtos controlados.
X - manter estatsticas de maneira a fornecer informaes precisas e atualizadas sobre os ndices de
criminalidade;
XI - exercer policiamento repressivo e especializado, mantendo equipes de policiais treinados, armamentos e
meios de transporte adequados para realizar o rastreamento investigatrio areo, terrestre e em guas
fluviais;
XII - realizar aes de inteligncia e contra-inteligncia policial, objetivando a preveno e a represso
criminal;
XIII - fiscalizar reas pblicas ou privadas sujeitas ao poder de polcia;
XIV - promover a participao, com reciprocidade, dos sistemas integrados de informaes relativas aos
bancos de dados disponveis nos rgos pblicos municipais, estaduais e federais, bem como naqueles
situados no mbito da iniciativa privada de interesse institucional;
XV - exercer outras funes que lhe sejam conferidas em lei.
Pargrafo nico Evidenciada, no curso do inqurito policial, a configurao de infrao penal militar prpria,
sero os autos remetidos autoridade competente.
TTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
CAPTULO I
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BSICA
Art. 8 A estrutura organizacional bsica e setorial da Polcia Judiciria Civil, compreende:
I - NVEL DE DIREO SUPERIOR
1. Diretoria Geral de Polcia Judiciria Civil
1.1. Diretoria Geral Adjunta de Polcia Judiciria Civil
II - NVEL DE DECISO COLEGIADA
1. Conselho Superior de Polcia Judiciria Civil
III - NVEL DE APOIO ESTRATGICO E ESPECIALIZADO
1. Corregedoria Geral de Polcia Judiciria Civil
1.1. Corregedoria Geral Adjunta de Policia Judiciria Civil
1.2. Corregedoria Auxiliar de Policia Judiciria Civil
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VII - autorizar o policial civil a ausentar-se do Estado, a servio ou para participar de cursos, especializaes e
seminrios relacionados atividade policial;
VIII - determinar s autoridades policiais a instaurao de inquritos policiais e demais procedimentos de
persecuo criminal e administrativo disciplinar;
IX - avocar, excepcional e fundamentadamente, inqurito policial e outros procedimentos, para redistribuio;
X - supervisionar, coordenar, controlar, fiscalizar, sistematizar e padronizar as funes e princpios
institucionais da Polcia Judiciria Civil;
XI - gerir as atividades referentes administrao de pessoal, patrimnio, oramento, finanas e servios
gerais;
XII - propor ao titular da Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pblica programao oramentria e
financeira da instituio;
XIII - enviar ao Secretrio de Estado de Justia e Segurana Pblica os atos de progresso dos servidores da
Polcia Judiciria Civil para validao do Governador do Estado;
XIV - suspender o direito de policial civil portar arma de fogo, por convenincia disciplinar, recomendao
mdica ou psicolgica;
XV - zelar pelo cumprimento do Estatuto da Policia Judiciria Civil;
XVI - empenhar, liquidar e pagar as despesas, alm de outras atribuies de ordenador de despesa de Unidade
Gestora;
XVII - proporcionar o equilbrio entre unidades, observada a lotao setorial ou regional e os requisitos de
provimento, nos termos da lei e regulamentos especficos;
XVIII - exercer os demais atos necessrios eficaz administrao da instituio policial.
Subseo I
Da Diretoria Geral Adjunta
Art. 13 A Diretoria Geral Adjunta, unidade de direo superior, tem a misso de assessorar a Diretoria Geral,
na definio, implementao e acompanhamento da gesto institucional.
Pargrafo nico A Diretoria Geral Adjunta, dirigida por delegado de polcia da ativa, classe Especial, portador
de Curso Superior de Polcia, denominado Delegado Geral Adjunto, compete:
I - substituir o Delegado Geral de Polcia, em suas ausncias e impedimentos, auxiliando-o na direo,
organizao, orientao, coordenao, controle e avaliao das atividades da Polcia Judiciria Civil;
II - desempenhar tarefas delegadas e determinadas pelo Delegado Geral;
III - dirigir, supervisionar e controlar as aes para integrao da comunidade e a Polcia Judiciria Civil,
visando consolidar a filosofi a da Polcia Comunitria;
IV - acompanhar e apoiar a Ouvidoria Especializada de Polcia Judiciria Civil;
V - acompanhar e apoiar as atividades administrativas e operacionais das unidades, diligenciando junto s
demais Diretorias, para a execuo dos servios de competncia da Polcia Judiciria Civil.
Seo II
Nvel de Deciso Colegiada
Art. 14 O Conselho Superior de Polcia Judiciria Civil, de natureza consultiva, opinativa, de deliberao
coletiva e de assessoramento, constitudo pelos seguintes membros natos:
I - Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, que o presidir;
II - Delegado Geral Adjunto de Polcia Judiciria Civil;
III - Corregedor Geral de Polcia Judiciria Civil;
IV - Diretores de Polcia Judiciria Civil.
Pargrafo nico Nas reunies ordinrias do Conselho Superior de Polcia, tambm tero assento, com direito
a voto, um representante do cargo de Escrivo e um de Investigador de Polcia, de Classe Especial e bacharel
em direito, quando se tratar de apreciao de recurso em Processo Administrativo Disciplinar, afeto
exclusivamente a estes cargo.
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2 A Corregedoria Geral de Polcia Judiciria Civil composta por policiais civis da ativa, nos termos desta lei
complementar.
Subseo I
Da Corregedoria Geral Adjunta
Art. 17 A Corregedoria Geral Adjunta tem por atribuio assessorar e apoiar administrativamente o
Corregedor Geral, substituindo em seus impedimentos, competindo-lhe:
I - coordenar os expedientes administrativos da Corregedoria Geral da Polcia Judiciria Civil;
II - manter atualizados os registros dos procedimentos administrativos disciplinares at o trnsito em julgado.
Pargrafo nico A Corregedoria Geral Adjunta dirigida por Delegado de Polcia, da ativa, classe Especial.
Subseo II
Da Gerncia Operacional
Art. 18 A Gerncia Operacional da Corregedoria Geral da Polcia Judiciria Civil tem a misso de proceder s
investigaes relacionadas aos assuntos internos, com o fim de subsidiar a elaborao dos procedimentos,
competindo-lhe:
I - receber sugestes, reclamaes e denncias, dando a elas o devido encaminhamento, inclusive,
instaurando os procedimentos com vista ao esclarecimento dos fatos;
II - propor retificao de erros, exigir providencias relativas a omisses e eliminao de abuso de poder;
III - gerir o Ncleo de Inteligncia da Corregedoria de Polcia.
Pargrafo nico A Gerncia Operacional dirigida por Delegado de Polcia Corregedor da ativa, Classe
Especial ou Classe C.
CAPTULO III
DA ACADEMIA DE POLICIA JUDICIRIA CIVIL
Art. 19 A Academia de Polcia Judiciria Civil de Mato Grosso ACADEPOL, rgo de apoio estratgico e
especializado, tem a misso de coordenar, desenvolver e executar atividades destinadas a formao,
especializao e aperfeioamento de policiais civis, competindo:
I - realizar cursos de Educao Superior, Profissional e Continuada, por intermdio de atividades de ensino
pesquisa e extenso, nos termos da legislao educacional vigente;
II - elaborar programas e projetos de formao inicial e continuada em todos os nveis e modalidades;
III - proporcionar atividade pedaggica para os policiais civis que esto afastados preventivamente;
IV - realizar cursos por meio de outras instituies pblicas ou privadas;
V - oferecer vagas em cursos desenvolvidos, a outras Instituies congneres, bem como cursos de interesse
do Estado a rgos e Instituies Pblicas e Privadas;
VI - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico As normas internas de funcionamento das unidades organizacionais especficas da ACADEPOL
sero previstas em instrumento regulamentar prprio.
Seo I
Da Direo
Art. 20 A Direo da ACADEPOL, unidade de apoio estratgico e especializado, tem a misso de planejar,
coordenar e executar as atividades de educao, ensino, pesquisa, seleo e recrutamento de recursos
humanos da Polcia Judiciria Civil, competindo:
I - compatibilizar a necessidade de capacitao das unidades setoriais da Polcia Judiciria Civil, objetivando
assegurar a unidade do modelo de gesto com a Secretaria Estadual de Justia e Segurana Pblica;
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Pargrafo nico A Seo de Documentao e Pesquisa composta por policial civil da ativa,
preferencialmente de Classe Especial ou C, possuidor de curso especfico na rea.
Seo de Gerenciamento de Acervo
Art. 27 A Seo de Gerenciamento de Acervo, tem a misso de a gesto dos bens museolgicos e das
atividades operacionais do museu, competindo:
I - planejar, organizar, administrar e supervisionar exposies de carter educativo e cultural, os servios
educativos e atividades culturais do Museu;
II - promover estudos e pesquisas sobre acervos museolgicos;
III - definir o espao museolgico adequado apresentao e guarda das colees;
IV - conservar, preservar e divulgar o acervo museolgico;
V - manter banco de dados do acervo museolgico.
Pargrafo nico A Seo de Gerenciamento de Acervo composta por policial civil da ativa,
preferencialmente de Classe Especial ou C, possuidor de curso especfi co na rea.
Subseo III
Da Coordenadoria de Biblioteca
Art. 28 A Coordenadoria de Biblioteca tem a misso de coordenar todos os trabalhos concernentes
biblioteca, competindo-lhe:
I - levantar a necessidade de aquisio de livros e peridicos de interesse da Polcia Judiciria Civil;
II - organizar e manter atualizado seu acervo, selecionados livros e outras publicaes que contenham matria
de interesse das atividades do ensino policial e controlar a carga, emprstimos e restituies de livros de seu
acervo;
III - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Coordenadoria de Biblioteca coordenada por policial civil da ativa, preferencialmente de
Classe Especial ou C, possuidor de curso especfico na rea de biblioteconomia ou secretariado executivo.
Seo de Gerenciamento de Acervo
Art. 29 A Seo de Gerenciamento de Acervo tem a misso de apoiar a coordenadoria de biblioteca,
competindo:
I - realizar servios de catalogao, classificao e indexao de documentos e materiais bibliogrficos;
II - selecionar e elaborar projeto para a aquisio da documentao e material bibliogrfico necessrio;
III - analisar e avaliar documentos e materiais bibliogrficos que iro compor o acervo;
IV - manter cadastro de editoras, livrarias e outras;
V - manter controle de publicaes adquiridas, bem como o descarte de ttulo inservvel;
VI - guardar, analisar, avaliar, conferir, controlar o acervo e inventrio.
VII - preservar por meio de encadernao, restaurao ou reparao o material bibliogrfico;
VIII - controlar emprstimos e uso adequado do acervo;
IX - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo de Gerenciamento de Acervo composta por servidor da ativa, preferencialmente
possuidor de curso especfico na rea.
Seo de Biblioteca Digital
Art. 30 A Seo de Biblioteca Digital tem a misso de a manuteno, controle e constituio dos acervos
fonotelemticos de interesse da biblioteca, competindo:
I - manter fitotecas, discotecas, programao de dados e de palavras;
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II - digitalizar documentos antigos e demais documentos que importem em sua disponibilizao por meio
digital;
III - manter acervo de fotos sobre atividades policiais;
IV - apoiar as atividades didtico-pedaggicas com elementos audiovisuais, bibliogrficos, artsticos e demais
recursos necessrios ao ensino;
V - produzir desenhos, mapas, lbuns, seriados, transparncias, fotografias, slides, cartazes, filmes,
gravaes e outros recursos plurissensoriais;
VI - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo de Gerenciamento de Acervo composta por servidor da ativa, preferencialmente
possuidor de curso especfico na rea.
Seo III
Do Conselho de Ensino
Art. 31 O Conselho de Ensino - CE, como rgo colegiado da ACADEPOL ser composto pelo Diretor da
Academia, membro nato, que o presidir, pelo Diretor Adjunto da Academia, por representante dos
Professores e Gerncia de Ensino da Academia, de onde sair o secretrio, competindo-lhe:
I - emitir parecer sobre:
a) assuntos determinados pela Diretoria da Academia;
b) mtodos e processos de ensino;
c) rendimento de ensino;
d) resultados de provas com ndices anormais, de acordo com os critrios de aceitao.
II - emitir pareceres sobre aptido profissional ou rendimento escolar do aluno sempre que necessrio;
III - tomar conhecimento, no mbito da ACADEPOL, dos casos de ordem moral, social, poltico ou disciplinar,
em que conduta o aluno indique a sua incompatibilidade com as graduaes, a que o curso se destina a
habilit-lo e tomar decises a esse respeito;
IV - apreciar outros assuntos indicados por autoridades superiores;
V - submeter dentro do prazo de 48 (quarenta e oito) horas, para homologao, o processo de desligamento
do aluno cuja conduta, conceito, ou aproveitamento seja incompatvel para o desempenho profissional do
curso em que est matriculado.
1 Ao Presidente do Conselho de Ensino compete:
I - convocar o Conselho para Sesses Ordinrias e extraordinrias;
II - nomear, atravs de portaria, os membros do Conselho;
III - encaminhar pareceres do Conselho instncia superior, quando necessrio;
IV - adotar procedimentos para a funcionalidade do Conselho.
2 Ao Secretrio do Conselho, compete:
I - lavrar a Ata de cada sesso;
II - divulgar quando autorizado, os pareceres do Conselho;
III - fornecer aos membros do Conselho informaes referentes aos casos em julgamentos;
IV - coletar e organizar dados de interesse do Conselho, com vistas elaborao do Relatrio Anual do
referido rgo.
3 O Conselho de Ensino se reunir ordinariamente no primeiro dia til de cada ms, e extraordinariamente,
em qualquer data, mediante convocao de seu Presidente.
4 Extraordinariamente poder o Conselho de Ensino ser convocado para emitir parecer sobre o
comportamento de aluno, considerado irregular, de acordo com informaes do Conselho Pedaggico,
inclusive quanto a convenincia de sua permanncia no Curso ou estgio.
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Subseo II
Seo de Pesquisas e Estatstica
Art. 34 A Seo de Pesquisas e Estatstica tem a misso de levantar os fatores e elementos de mensurao das
necessidades internas, mantendo o controle das demandas de capacitaes dos policiais civis, competindo:
I - elaborar proposta tcnica e executar projetos pertinentes ao seu negcio;
II - apontar os indicadores da ACADEPOL;
III - elaborar grficos estatsticos referentes avaliao do ensino e da aprendizagem;
IV - levantar dados estatsticos relacionados com a avaliao do desempenho do ensino e da aprendizagem na
Academia de Polcia Judiciria Civil;
V - acompanhar e avaliar as metas fsicas e de resultado, o ndice de realizao proposto no plano de trabalho
anual da unidade de ensino garantindo o alcance do resultado pretendido;
VI - garantir a eficincia, eficcia e efetividade na execuo das aes e na gerao e fornecimento de
produtos e servios da gerncia;
VII - promover condies para melhoria contnua e mensurvel da qualidade e produtividade do servio;
VIII - monitorar e controlar as fases de um projeto sob sua responsabilidade;
IX - gerenciar cronograma de execuo do projeto;
X - manter banco de dados de estatsticas sobre os crimes mais evidentes no Estado e as demandas de
capacitaes e treinamentos dos policiais necessrios a melhoria dos processos;
XI - formular indicadores que dem embasamento para elaborao e projetos;
XII - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo de Pesquisas e Estatstica composta por servidor da ativa,preferencialmente
possuidor de curso especfico na rea de estatstica ou anlise de sistema.
Subseo III
Seo de Informtica
Art. 35 A Seo de Informtica tem a misso de desenvolver e manter sistemas de banco de dados,
acompanhar o desenvolvimento tecnolgico, a aquisio e utilizao de equipamentos de apoio ao ensino
policial, competindo:
I - elaborar proposta tcnica e executar projetos pertinentes;
II - prover meios de gerenciamento da informao atravs de recursos tecnolgicos;
III - manter o website da unidade de ensino;
IV - verificar as necessidades, elaborar o pedido e acompanhar a instalao de aparelhos e equipamentos de
comunicao, softwares bsicos, sistemas e aplicativos, bem como as configuraes e atualizaes
necessrias que atendam s demandas da ACADEPOL;
V - elaborar vdeos educativos, instrucionais e institucionais a partir de filmagens das atividades policiais e de
ensino;
VI - realizar a manuteno preventiva e corretiva de equipamentos de informtica, incluindo os recursos
udios-visuais;
VII - fazer cumprir no mbito da ACADEPOL normas relativas segurana da informao;
VIII - gerir a rede de computadores e hot spots de rede sem fio da ACADEPOL;
IX - manter atualizado e em condies de funcionamento gateways, firewalls e Proxys nas ligaes da rede de
computadores com a internet, de modo a garantir um filtro seguro entre os ambientes;
X - prestar apoio especializado de informtica nas atividades dirias, bem como em eventos e cursos
promovidos pela Academia;
XI - desenvolver aplicativos e pequenos sistemas;
XII - manter o controle das licenas de software adquiridas;
XIII - propor a utilizao de softwares livres, bem como promover treinamentos no intuito de disseminar a
cultura de software livre;
XIV - exercer outras atividades correlatas.
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Pargrafo nico A Seo de Pesquisas e Estatstica composta por policial civil da ativa, preferencialmente de
Classe Especial ou C, possuidor de curso especfico na rea de anlise de sistema.
Seo V
Da Gerncia de Ensino
Art. 36 A Gerncia de Ensino tem a misso de planejar, acompanhar e avaliar as atividades de formao,
especializao e aperfeioamento dos policiais civis, competindo:
I - planejar as diretrizes bsicas das atividades didticas e pedaggicas da ACADEPOL;
II - elaborar planos, programas e projetos relativos formao e aperfeioamento do servidor policial civil;
III - planejar a realizao de pesquisas que visem atualizao e o aprimoramento da doutrina acadmica e
operacional da polcia civil;
IV - manter-se atualizado com relao legislao educacional;
V - elaborar normas especficas de ensino relativas aos cursos de formao e aperfeioamento;
VI - emitir parecer tcnico nos processos remetidos pela Diretoria da ACADEPOL a respeito de cursos
distncia, bem como cursos de formao continuada e especializaes realizados fora da Polcia Judiciria Civil
de Mato Grosso, com o fi m de serem reconhecidos e homologados;
VII - coordenar a elaborao dos projetos pedaggicos dos cursos, elaborao dos planos de ensino das
disciplinas que integram os currculos dos cursos, o planejamento do ensino das disciplinas;
VIII - identificar e propor atividades de orientao permanente dos docentes dos cursos;
IX - coordenar a elaborao de projetos de iniciao cientfica e projetos integrados ao ensino;
X - acompanhar o cronograma de execuo das disciplinas, nas turmas, no que se refere s dificuldades de
aprendizagem dos alunos, os aspectos que precisam ser revistos e as aes para a superao das dificuldades;
XI - providenciar o conhecimento e a divulgao da legislao educacional vigente;
XII - acompanhar e controlar a realizao de conferncias, seminrios, e outras atividades da rea de
aperfeioamento;
XIII - coordenar a realizao de eventos de integrao e outras solenidades desenvolvidas pela Academia de
Polcia Judiciria Civil;
XIV - emitir pareceres sobre a atuao dos corpos docente e discente da Academia de Polcia Judiciria Civil;
XV - proceder orientao educacional junto aos integrantes do corpo discente;
XVI - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Gerncia de Ensino gerida por policial civil da ativa, preferencialmente de Classe Especial
ou C, possuidor de curso especfico na rea de ensino.
Subseo I
Da Secretaria
Art. 37 A Secretaria tem a misso de auxiliar as atividades da Gerencia de Ensino GE, competindo:
I - emitir parecer tcnico nos processos remetidos pela Diretoria da ACADEPOL a respeito de cursos
distncia, bem como cursos de formao continuada e especializaes realizados fora da Polcia Judiciria Civil
de Mato Grosso, com o fi m de serem reconhecidos e homologados;
II - administrar as rotinas dos cursos, zelando pelo cumprimento dos prazos institucionais;
III - expedir atestados e certides relativas a alunos e ex-alunos da Academia de Polcia Judiciria Civil;
IV - manter a escriturao escolar e o arquivo de documentos organizados, assegurando a verificao dos
dados de cada aluno, a regularidade e a autenticao de todos os documentos;
V - catalogar a legislao educacional e legislao pertinente legalizao e funcionamento dos Cursos e da
Academia de Polcia Judiciria Civil, mantendo-as organizadas e de fcil acesso para subsidiar todos as
Diretorias;
VI - controlar o cumprimento da carga horria das disciplinas, da freqncia docente e discente e repassar as
informaes Gerncia de Ensino;
VII - registrar e arquivar todas as atividades administrativas dos cursos, para fins de emisso de documentos
referentes rea de administrao escolar; secretaria escolar e certificao;
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Subseo IV
Seo de Acompanhamento Controle e
Orientao Pedaggica
Art. 40 A Seo de Acompanhamento Controle e Orientao Pedaggica tem a misso de coordenar a
elaborao dos planos de ensino das disciplinas que integram os currculos dos cursos, tendo como referncia
o projeto pedaggico de cada curso, competindo:
I - elaborar normas especficas de ensino relativas aos cursos de formao e aperfeioamento;
II - definir, junto com os docentes, as metodologias a serem adotadas na turma, no perodo letivo, em
consonncia com a natureza das disciplinas e os objetivos estabelecidos;
III - identificar e propor atividades de orientao permanente dos docentes dos cursos;
IV - acompanhar o cronograma de execuo das disciplinas, nas turmas;
V - promover reunies dos professores por grupos de disciplinas ou por outras formas que favoream a
integrao horizontal e vertical do currculo;
VI - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo Disciplinar composta por servidores da ativa, preferencialmente possuidores de
curso especfico na rea de pedagogia.
Subseo V
Seo de Acompanhamento e Controle Discente
Art. 41 A Seo de Acompanhamento e Controle Discente tem a misso de controlar os alunos da Academia
de Polcia Judiciria Civil quanto presena, horrio de entrada e sada das salas de aula e auditrios,
competindo:
I - proceder orientao educacional junto aos integrantes do corpo discente;
II - analisar, com os docentes da turma, os resultados das avaliaes;
III - identificar, com os docentes, as dificuldades encontradas no que se refere ao relacionamento professor e
aluno;
IV - divulgar junto aos discentes, as normas institucionais referentes a procedimentos acadmicos e
administrativos, de forma a favorecer a comunicao e evitar os desvios, e;
V - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo Disciplinar composta por policial civil da ativa, preferencialmente possuidor de
curso especfico na rea de ensino.
Subseo VI
Seo de Curso de Formao Inicial e Continuada
Art. 42 A Seo de Curso de Formao Inicial e Continuada tem a misso de manter atualizados os projetos
pedaggicos dos cursos, para adequ-los demanda das Instituies e rgos Pblicos, competindo:
I - coordenar o planejamento do ensino das disciplinas do curso com os professores, compatibilizando as
atividades;
II - elaborar e acompanhar o cumprimento de calendrio de reposio de aulas;
III - acompanhar o cronograma de execuo das disciplinas, nas turmas;
IV - acompanhar e orientar as questes referentes a:
a) freqncia e a evaso discente;
b) assiduidade dos docentes;
c) ao cumprimento da carga horria e dos contedos, de cada disciplina, para garantir a integralizao dos
mesmos;
d) ao rendimento dos alunos no decorrer dos cursos;
e) ao atendimento dos prazos de entrega de notas, dirios e planilhas de notas, de acordo com o
desenvolvimento de cada curso;
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f) registrar e arquivar todas as atividades do curso que coordena, para fins de composio da memria do
curso, avaliaes internas e externas;
g) emitir parecer em processos de transferncias interna, de aproveitamento de estudos, de dispensa de
disciplinas e de outros processos, em conjunto com a Gerncia de Ensino, quando solicitado.
V - administrar as rotinas do curso, zelando pelo cumprimento dos prazos institucionais;
VI - cumprir e fazer cumprir todas as determinaes emanadas do Estatuto, do Regulamento Interno e das
normas acadmicas;
VII - acompanhar e controlar a realizao dos cursos de formao e de aperfeioamento, executados pela
Academia de Polcia Judiciria Civil;
VIII - elaborar relatrios e dossis dos cursos realizados;
IX - minutar editais, avisos e ordens de servios referentes execuo de cursos de formao e
aperfeioamento;
X - realizar treinamento de instrues para a rea de formao e aperfeioamento policial;
XI - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo Disciplinar composta por policial civil da ativa, preferencialmente possuidor de
curso especfico na rea de pedagogia.
Seo VI
Da Gerncia de Administrao e Apoio Logstico
Art. 43 A Gerncia de Administrao e Apoio Logstico tem a misso de supervisionar aes administrativas
visando celeridade e dinamismo da gesto ACADEPOL, competindo:
I - gerenciar as reas de acompanhamento das aes, registro de documentos e controle operacional,
recepo e planto, das equipes de apoio ao ensino, material, patrimnio e armamento, recursos udio
visuais e servios auxiliares;
II - planejar e elaborar a programao necessria s aquisio de bens e servios;
III - administrar recebimento e guarda do material e patrimnio;
IV - administrar os Recursos Auxiliares e Audiovisuais;
V - avaliar a qualidade e eficincia na prestao dos servios e produtos de suas equipes;
VI - identificar a necessidade e coordenar a reviso e atualizao de processos e procedimentos operacionais
de suas equipes;
VII - realizar o controle do lotacionograma e das alteraes do quadro de pessoal;
VIII - planejar, gerenciar e executar as atividades de apoio logstico ao ensino praticado na Academia de Polcia
Civil;
IX - controlar e manter atualizado o registro dos bens patrimoniais da Academia;
X - planejar, gerenciar, controlar e executar as atividades de apoio logstico inerente disciplina de armas e
munies de uso permitido, de acordo com a legislao em vigor;
XI - apoiar as atividades didtico-pedaggicas com elementos audiovisuais, bibliogrficos, artsticos e demais
recursos necessrios ao ensino;
XII - acompanhar os servios terceirizados no mbito da ACADEPOL, observando os prazos de vigncia e
renovao dos contratos, e dos seguros dos transportes coletivos;
XIII - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Gerncia de Ensino gerida por policial civil da ativa, de Classe Especial ou C,
preferencialmente possuidor de curso especfico na rea de administrao.
Subseo I
Seo do Complexo de Treinamento e Armamento
Art. 44 A Seo do Complexo de Treinamento e Armamento tem a misso de gerir o uso das instalaes do
Complexo de Treinamento da ACADEPOL, competindo:
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I - manter em condies de uso todas as instalaes, conservao e manuteno dos bens e equipamentos do
complexo de treinamento;
II - controlar, guardar, conservar e manter as armas, algemas, coletes e munies empregados no complexo
de treinamento;
III - planejar, gerenciar, controlar e executar as atividades de apoio logstico inerente s disciplinas de
planejamento operacional e de armas e munies de uso permitido, de acordo com a legislao em vigor;
IV - realizar a recarga e armazenamento de munies;
V - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo do Complexo de Treinamento e Armamento composta por policial civil da ativa,
preferencialmente possuidor de curso especfico de armeiro ou na rea de operaes especiais.
Subseo II
Seo de Planto e Segurana Patrimonial
Art. 45 A Seo de Planto e Segurana Patrimonial tem a misso de zelar pela segurana predial, patrimonial
e pessoal dentro da ACADEPOL, competindo:
I - controlar e auxiliar a entrada e sada do pblico interno e externo, dando assistncia no sentido de
transportar servidores no interesse da Instituio;
II - elaborar mapa de distribuio de plantes;
III - acompanhar a reviso peridica, manuteno preventiva e corretiva de veculos da ACADEPOL;
IV - elaborar documentao relativa ao adicional noturno;
V - efetuar o atendimento ao pblico, pessoal ou telefnico, registrando os eventos extraordinrios em livro
prprio e fazendo os encaminhamentos devidos;
VI - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo Planto e Segurana Patrimonial composta por policiais civis da ativa.
Subseo III
Seo de Carga
Art. 46 A Seo de Carga tem a misso de manter o controle geral de estoque do material, frota de veculos e
armamento sob sua guarda, o controle sobre os Termos de Transferncia e Responsabilidade de patrimnio
da ACADEPOL, competindo:
I - manter banco de dados de controle do patrimnio da ACADEPOL;
II - controlar os bens dispostos nos alojamentos;
III - administrar os Recursos Auxiliares e Audiovisuais;
IV - receber registrar, distribuir e/ou guardar os materiais adquiridos;
V - promover o recolhimento e encaminhamento para baixa dos Bens inservveis de acordo com as normas
vigentes;
VI - avaliar e propor a aquisio de bens necessrios as unidades da Academia, bem como a renovao da
frota de veculos;
VII - coordenar e fiscalizar a entrega, depsito e devoluo de objetos a outras unidades da PJC;
VIII - controlar e manter atualizado o registro dos bens patrimoniais da Academia;
IX - zelar pela conservao e preservao dos bens e instalaes disposio do curso;
X - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo de Carga composta por servidor da ativa.
Subseo IV
Seo de Planejamento e Aquisies
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Art. 47 A Seo de Planejamento e Aquisies tem a misso de planejar e elaborar a programao necessria
s compras de bens e servios da ACADEPOL, competindo:
I - projetar, elaborar, acompanhar e monitorar os processos de aquisio junto ao ncleo sistmico e projetos
de convnios;
II - elaborar e acompanhar o Plano de Trabalho Anual (PTA) e Plano Pluri Anual no mbito da ACADEPOL;
III - fiscalizar obras e servios realizados na Academia;
IV - acompanhar e fiscalizar contratos;
V - controlar o uso dos servios das concessionrias;
VI - gerenciar as reas de acompanhamento das aes, registro de documentos e controle operacional;
VII - avaliar a qualidade e efi cincia na prestao dos servios e produtos de suas equipes;
VIII - acompanhar o fornecimento de servios terceirizados, auxiliando quando for o caso, na elaborao do
projeto bsico para a contratao de servios;
IX - elaborar relatrio de Ao Governamental (RAG);
X - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo Planejamento e Aquisies so compostas por servidores da ativa,
preferencialmente possuidores de curso especfico na rea de administrao, gesto ou planejamento.
Subseo V
Seo de Reprografia
Art. 48 A Seo de Reprografia tem a misso de planejar, realizar e ou acompanhar a reproduo de
documentos necessrios s atividades administrativas e pedaggicas realizadas pela ACADEPOL, competindo:
I - reproduzir documentos e montar apostilas de cursos e prestar apoio em eventos da ACADEPOL;
II - fiscalizar o uso dos equipamentos sob sua responsabilidade, acompanhando e solicitando a manuteno;
III - evitar que estranhos ou nefitos operem as mquinas;
IV - controlar a entrada e sada dos insumos, mantendo planilha especfica, para evitar os desperdcios;
V - apresentar relatrio quando solicitado pela Gerncia respectiva ou Diretoria;
VI - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo Reprografia composta por servidor da ativa.
Subseo VI
Do Laboratrio de Informtica
Art. 49 O Laboratrio de Informtica tem a misso de viabilizar, garantir e propiciar a realizao de
capacitao, treinamento e incluso digital dos discentes, competindo:
I - manter os laboratrios de informtica em condies de uso;
II - manter os softwares de proteo, bem como os sistemas operativos atualizados;
III - controlar o uso e agendamento dos laboratrios;
IV - assessorar docentes nas atividades que importem no uso dos laboratrios;
V - controlar o acesso aos laboratrios;
VI - manter o controle dos bens e acessrios dos computadores dos laboratrios;
VII - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico O Laboratrio de Informtica composto por policial civil da ativa, preferencialmente de
Classe Especial ou C, possuidor de curso especfico na rea de anlise de sistema.
Subseo VII
Do Apoio
Art. 50 O Apoio tem a misso de viabilizar, garantir e propiciar a realizao eficiente das atividades
administrativas e pedaggicas exercidas por meio das Gerncias no mbito da ACADEPOL, competindo:
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Pargrafo nico A Seo de Ps Graduao e Extenso composta por servidores da ativa, preferencialmente
ps-graduados na rea de ensino.
Seo VIII
Da Gerncia do Centro de Educao Fsica
Art. 53 A Gerncia do Centro de Educao Fsica, constituda por profissionais da rea regularmente
registrados nos Conselhos Regionais, tem a misso de coordenar, desenvolver e executar atividades
destinadas recuperar fisicamente os policiais da Instituio para o desempenho de suas atividades
profissionais e promover qualidade de vida, compete:
I - elaborar informes tcnicos, cientficos e pedaggicos, nas reas de atividades fsicas e do desporto;
II - manter dados cientficos para criao de um padro de educao fsica para a atividade fim;
III - identificar fatores de risco sade e neles atuar beneficamente;
IV - organizar e fiscalizar as avaliaes fsicas de incluso na Instituio;
V - organizar e acompanhar Avaliaes fsicas peridicas;
VI - triar os possveis grupos de risco;
VII - conscientizar os policiais sobre o processo de adoecimento, sobre fatores agravantes e repercusso das
doenas em sua qualidade de vida;
VIII - avaliar individualmente cada policial com a utilizao de protocolos cientificamente comprovados;
IX - ministrar aulas de conhecimento bsico em Educao Fsica;
X - organizar e promover a integrao atravs de atividades esportivas e jogos interativos;
XI - orientar e preparar os Policiais para que tenham uma vida saudvel na aposentadoria;
XII - exercer outras atividades correlatas.
Subseo I
Seo de Defesa Pessoal
Art. 54 A Seo de Defesa Pessoal tem a misso de elaborar atividades de defesa pessoal para policiais que
desenvolvem suas atividades no mbito policial como forma de proteo sua integridade fsica, competindo:
I - promover atividades voltadas a orientao e desenvolvimento de tcnicas selecionadas e em tticas de
defesa pessoal de fcil aprendizado, memorizao e execuo, envolvendo prticas eficazes de vrias artes
marciais, e pronto emprego ao que se dedica a disciplina de defesa pessoal ou individual;
II - elaborar atividades voltadas ao desenvolvimento da coragem, equilbrio emocional e pacincia, qualidades
fundamentais no trabalho policial dirio;
III - manter em condies de uso reas reservadas para o treinamento de defesa pessoal, dentre eles o
tatame;
IV - planejar e executar programas de Defesa Pessoal melhorando a corporeidade e motricidade para
consolidar as habilidades motoras complexas e especficas para o trabalho policial;
V - exercer outras atividades correlatas.
Pargrafo nico A Seo de Defesa Pessoal composta por policial civil da ativa, possuidor de curso especfico
na rea de educao fsica, preferencialmente habilitado em artes marciais.
Subseo II
Seo de Treinamento Fsico Policial
Art. 55 A Seo de Treinamento Fsico Policial, composta por servidores pblicos, tem a misso de planejar e
executar programas de atividades de Educao Fsica para o trabalho policial, competindo:
I - elaborar atividades fsicas voltadas para a atividade policial.
II - planejar, coordenar, aplicar e avaliar programas de atividades fsicas, recreativas e esportivas para
melhoria de qualidade de vida dos policiais.
III - desenvolver jogos com carter competitivo, cooperativo, recreativo, atividades rtmicas/expressivas e
atividades para aprimorar as capacidades fsicas dos policiais;
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V - auxiliar a ouvidoria setorial de justia e segurana pblica na definio das diretrizes e na implantao de
aes da rea de competncia da ouvidoria.
Pargrafo nico A Ouvidoria Especializada dirigida por Delegado de Polcia da ativa e a Ouvidoria
Especializada Adjunta ser ocupada por policial civil.
CAPITULO V
NVEL DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR
Seo I
Do Gabinete de Direo
Art. 59 O Gabinete de Direo, nvel de assessoramento superior, tem a misso de auxiliar
administrativamente o Delegado Geral, competindo-lhe:
I - assistir ao Delegado Geral no desempenho das atividades administrativas;
II - prestar atendimento e informaes ao pblico interno e externo, orientando-o naquilo que for solicitado;
III - coordenar, controlar, analisar e oficializar os expedientes e os atos administrativos e normativos;
IV - analisar e controlar as despesas do gabinete;
V - organizar as reunies do Delegado Geral.
Pargrafo nico O Gabinete de Direo ser ocupado por Delegado de Polcia da ativa, Classe Especial ou
Classe C, indicado pelo Delegado Geral.
Seo II
Assessoria Jurdica
Art. 60 A Assessoria Jurdica, nvel de assessoramento superior, tem a misso de prestar assessoria tcnica e
jurdica Diretoria Geral, ao Conselho Superior de Polcia e s Diretorias, competindo-lhe:
I - emitir pareceres e manifestaes, bem como, responder consultas sobre assuntos tcnicos, na sua
respectiva rea de competncia;
II - analisar minutas de leis, contratos, convnios e seus aditivos, portarias ou atos administrativos e jurdicos
da Instituio, promovendo a sua publicao;
III - promover estudos tcnicos de legislao especfica que sejam submetidos a sua apreciao, visando
facilitar as atividades do rgo;
IV - consolidar, organizar e controlar as leis, decretos e demais atos normativos de competncia do rgo,
entidade ou unidade;
V - realizar outras atividades afins.
Pargrafo nico Assessoria Jurdica dirigida por advogado.
Seo III
Assessoria de Comunicao Social
Art. 61 A Assessoria de Comunicao Social, nvel de assessoramento superior, tem a misso de assessorar a
Diretoria Geral e as Diretorias, nos assuntos de comunicao social e divulgao Institucional, competindo-lhe:
I - estabelecer mecanismos de articulao e integrao entre as reas da Polcia Judiciria Civil para a
programao e execuo de seus projetos e atividades;
II - observar as diretrizes e normas da Secretaria de Comunicao Social do Estado;
III - manter estreito relacionamento com os meios de comunicao da imprensa;
IV - elaborar textos oficiais, notas e demais informaes relativas Polcia Judiciria Civil, concernente
comunicao;
V - promover a identidade da Polcia Judiciria Civil por meio de campanhas publicitrias, propagandas e
desenvolver o marketing e endomarketing institucional;
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Art. 67 A Gerncia de Programao Oramentria e Financeira tem a misso de monitorar, avaliar e dar
suporte integridade e qualidade da execuo das aes planejadas, conforme disponibilidade oramentria,
competindo-lhe:
I - supervisionar e orientar a execuo dos processos de consolidao do planejamento oramentrio;
II - acompanhar as informaes do oramento geral da Polcia Judiciria Civil, nos processos de pagamento,
manuteno e investimentos;
III - solicitar remanejamentos e suplementaes necessrias execuo das aes planejadas pela Polcia
Judiciria Civil;
IV - prestar suporte tcnico Instituio na elaborao do Plano Plurianual PPA e Plano Trabalho Anual
PTA;
V - acompanhar as auditorias internas e externas, quando se referir s contas e despesas da Polcia Judiciria
Civil;
VI - elaborar Relatrio de Ao Governamental RAG, com indicadores de resultado estabelecidos pelos
setores competentes;
VII - exercer outras funes afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Programao Oramentria e Financeira dirigida por servidor da ativa, de
nvel superior, com conhecimento especfico.
Subseo II
Coordenadoria de Apoio Logstico e Pessoal
Art. 68 A Coordenadoria de Apoio Logstico e Pessoal, unidade de execuo programtica, tem a misso de
orientar, acompanhar, avaliar e dar suporte para execuo das atividades logsticas e desenvolvimento de
pessoal, competindo-lhe:
I - planejar, monitorar e fiscalizar as atividades relacionadas com as polticas de controle de frota, pessoal,
qualidade de vida e outras aes de interesse da Instituio;
II - coordenar e orientar os processos de servios em geral e acompanhar o fornecimento dos servios
terceirizados especficos da Polcia Judiciria Civil;
III - controlar as informaes referentes a servios, contratos e tarifas da Instituio;
IV - coordenar os servios de cadastro e fiscalizao de armas, munies e explosivos;
V - acompanhar informaes de provimento, lotao e movimentao do quadro do pessoal;
VI - exercer outras funes afins.
Pargrafo nico A Coordenadoria de Apoio Logstico dirigida por servidor de nvel superior, com
conhecimento especifico.
Gerncia de Controle de Frota e Servios Gerais
Art. 69 A Gerncia de Controle de Frota e Servios Gerais tem a misso de administrar a utilizao dos
veculos oficiais e manuteno dos servios gerais da Polcia Judiciria Civil, competindo-lhe:
I - acompanhar o atendimento das necessidades de distribuio, uso e manuteno da frota de veculos;
II - manter atualizado o controle de informaes da frota de veculos;
III - prover meios adequados manuteno preventiva e corretiva dos veculos, bem como acompanhar o
monitoramento de abastecimento;
IV - gerenciar a prestao de servio de guincho dos veculos oficiais e apreendidos;
V - acompanhar o fornecimento de servios terceirizados especficos e consumo de tarifas da Polcia Judiciria
Civil;
VI - exercer outras atividades afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Controle de Frota e Servios Gerais dirigida por servidor da ativa, de nvel
superior, com conhecimento especfico.
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Pargrafo nico A Coordenadoria de Tecnologia da Informao dirigida por servidor da ativa, de nvel
superior, com conhecimento comprovado em gesto de informao ou estatstica.
Gerncia de Estatstica
Art. 73 A Gerncia de Estatstica tem a misso de garantir a qualidade, adequao, operacionalidade e
disponibilidade das informaes necessrias s atividades da Polcia Judiciria Civil, competindo-lhe:
I - analisar, conferir e alimentar sistema de processamento de dados com as informaes recebidas das
unidades policiais do Estado;
II - promover treinamentos dos funcionrios das unidades policiais para a coleta e registro adequado dos
dados estatsticos;
III - fornecer estatsticas das informaes no mbito do negcio da Polcia Judiciria Civil;
IV - disponibilizar os dados estatsticos sobre a produtividade das unidades policiais;
V - viabilizar a implementao de indicadores de eficincia, eficcia e efetividade dos produtos e servios no
mbito da Polcia Judiciria Civil;
VI - exercer outras funes afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Estatstica dirigida por servidor da ativa, de nvel superior, com
conhecimento especfico.
Gerncia de Suporte Tcnico
Art. 74 A Gerncia de Suporte Tcnico tem a misso de garantir a padronizao e suporte tcnico da infraestrutura e operacionalidade dos usurios, competindo-lhe:
I - elaborar projetos, implantar redes lgicas e fsicas, viabilizando a infra-estrutura tecnolgica;
II - administrar a operacionalidade dos sistemas de informaes corporativos e integrados;
III - executar atividades relacionadas ao controle e manuteno dos equipamentos de informtica e softwares;
IV - disponibilizar e garantir a operabilidade das redes de comunicao;
V - exercer outras funes afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Suporte Tcnico dirigida por servidor de nvel superior, com conhecimento
especfico.
Gerncia de Telecomunicaes
Art. 75 A Gerncia de Telecomunicaes tem a misso de garantir o funcionamento da rede de
telecomunicaes da Polcia Judiciria Civil, competindo-lhe:
I - executar atividades relacionadas ao controle e manuteno de aparelhos, torres repetidoras e
equipamentos de comunicao;
II - realizar instalaes de cabeamento telefnico e terminais de radiocomunicao;
III - auxiliar a Gerncia de Suporte Tcnico na instalao de links;
IV - garantir a disponibilidade e operabilidade da rede de telecomunicao, no mbito da Polcia Judiciria
Civil;
V - realizar outras atividades afins.
Seo II
Da Diretoria de Inteligncia
Art. 76 A Diretoria de Inteligncia, rgo de execuo programtica, tem a misso de planejar, coordenar,
supervisionar, controlar e executar a atividade de inteligncia no mbito da Polcia Judiciria Civil, em
consonncia aos princpios doutrinrios dos Sistemas de Inteligncia Federal e Estadual, competindo-lhe:
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Art. 79 A Gerncia de Inteligncia Estratgica tem a misso de produzir conhecimento por meio de relatrios
de inteligncia, com o objetivo de assessorar e antecipar a tomada de deciso das autoridades policiais no
exerccio das atividades administrativas, operacionais e investigativas, competindo-lhe:
I - difundir na Polcia Judiciria Civil os mtodos e tcnicas operacionais de inteligncia, proporcionando um
processo interativo entre policiais e profissionais de Inteligncia, para produzir efeitos cumulativos de
conhecimentos, no intuito de aumentar a eficincia e eficcia das unidades policiais;
II - desenvolver anlise criminal, por prospeco e avaliao de tendncias, por meio de Seo de Anlise
Criminal;
III - prestar apoio tcnico s unidades orgnicas da Polcia Judiciria Civil, na elaborao de relatrios
estatsticos de ndices criminais e levantamentos de reas crticas, por meio de Seo de Anlise Criminal;
IV - desenvolver diagnstico da criminalidade, propondo medidas proativas e de represso, para difuso no
mbito das unidades de Direo Superior;
V - executar outras atividades afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Inteligncia Estratgica dirigida por policial civil da ativa, Classe Especial ou
C, possuidor de curso de capacitao em inteligncia.
Da Gerncia de Operaes de Inteligncia
de Segurana Pblica
Art. 80 A Gerncia de Operaes de Inteligncia de Segurana Pblica tem a misso de auxiliar as unidades
policiais, na reunio de dados protegidos ou negados, em um universo antagnico, competindo-lhe:
I - realizar aes de coleta e busca, em apoio a unidades da Polcia Judiciria Civil, ou outras quando
devidamente autorizadas pela direo superior;
II - executar outras atividades afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Operaes de Inteligncia de Segurana Pblica dirigida por policial civil da
ativa, preferencialmente Classe Especial ou C, possuidor de curso de capacitao em operaes de
inteligncia de segurana pblica.
Da Gerncia de Contra Inteligncia
Art. 81 A Gerncia de Contra Inteligncia tem a misso de planejar, coordenar, supervisionar, controlar e
executar a atividade afeta ao ramo de contra-inteligncia no mbito da Polcia Judiciria Civil, competindo-lhe:
I - produzir e difundir conhecimento de contra-inteligncia que viabilizem a produo de conhecimento para
proteger a atividade de inteligncia e a instituio a que pertence, de modo a salvaguardar dados e
conhecimentos sigilosos e prevenir, identificar, obstruir e neutralizar aes adversas de qualquer natureza,
especialmente aquelas que atentem contra os valores institucionais;
II - assessorar os Ncleos de Inteligncia da Polcia Judiciria Civil, nos assuntos de seu interesse;
III - executar outras atividades afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Contra Inteligncia dirigida por Delegado de Polcia da ativa, Classe Especial
ou C, possuidor de capacitao em contra-inteligncia.
Da Seo de Segurana Orgnica
Art. 82 A Seo de Segurana Orgnica SEGOR tem a finalidade de executar o conjunto de medidas de
carter eminentemente defensivo, de modo a prevenir e obstruir as aes adversas de qualquer natureza,
bem como exercer outras atividades afins.
1 As medidas realizadas e conhecimentos produzidos pela Seo de Segurana Orgnica baseiam-se na
Doutrina Nacional de Inteligncia de Segurana Pblica.
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2 A Seo de Segurana Orgnica dirigida por policial civil da ativa, Classe Especial ou C, possuidor de
capacitao em contra-inteligncia.
Da Seo de Segurana Ativa
Art. 83 A Seo de Segurana Ativa SEGAT tem a finalidade de executar o conjunto de medidas de carter
eminentemente ofensivo, destinadas a detectar, identificar, avaliar, analisar e neutralizar as aes adversas
de qualquer natureza contra a Instituio, bem como exercer outras atividades afins.
1 As medidas realizadas e conhecimentos produzidos pela Seo de Segurana Ativa baseiam-se na
Doutrina Nacional de Inteligncia de Segurana Pblica.
2 A Seo de Segurana Ativa dirigida por policial civil da ativa, Classe Especial ou C, possuidor de
capacitao em contra-inteligncia.
Subseo II
Da Coordenadoria de Inteligncia Tecnolgica
Art. 84 A Coordenadoria de Inteligncia Tecnolgica, unidade de execuo programtica, tem a misso de
planejar, coordenar, supervisionar, controlar e executar as atividades que envolvam o emprego de inteligncia
tecnolgica e afins, no mbito da Polcia Judiciria Civil, competindo-lhe:
I - avaliar, propor, fomentar e implementar solues que objetivem a automao e otimizao das rotinas da
instituio;
II - prover suporte tecnolgico para a utilizao de ferramentas na rea de inteligncia;
III - exercer outras atividades afins.
Pargrafo nico A Coordenadoria de Inteligncia Tecnolgica dirigida por Delegado de Polcia da ativa,
Classe Especial ou C, possuidor de capacitao na rea de inteligncia e conhecimento na rea tecnolgica.
Da Gerncia Especializada em Crimes de Alta Tecnologia
Art. 85 A Gerncia Especializada em Crimes de Alta Tecnologia GECAT tem a misso de assessorar e prestar
apoio tcnico s unidades da Polcia Judiciria Civil, nas aes operacionais exploratrias e sistemticas, bem
como em investigao de infraes penais praticadas por meio de informtica, internet e outros recursos de
alta tecnologia, competindo-lhe:
I - produzir conhecimento sobre atividades criminosas com atuao em rede de computadores e outros meios
tecnolgicos;
II - articular com rgos congneres e entidades afins, para compartilhamento de informaes e apoio
operacional;
III - atuar em conjunto com a Gerncia de Apoio Tecnolgico, para implementar solues de comunicao e
segurana da rede corporativa, e possibilitar a proteo da informao;
IV - propor a contratao de cursos e treinamentos especficos, e aquisio de equipamentos e ferramentas
tecnolgicas;
V - promover orientao tcnica sobre preveno, preservao de evidncias e represso de crimes
cometidos com emprego de alta tecnologia;
VI - monitorar as fontes abertas com o objetivo de trazer conhecimento pertinente ao policial;
VII - exercer outras atividades afins.
Pargrafo nico A Gerncia Especializada em Crimes de Alta Tecnologia dirigida por Delegado de Polcia,
preferencialmente Classe C, com capacitao na rea de inteligncia e conhecimento na rea tecnolgica.
Da Gerncia de Apoio Tecnolgico
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Art. 86 A Gerncia de Apoio Tecnolgico tem a misso de gerir o desenvolvimento de sistemas de tecnologia
da informao da Polcia Judiciria Civil e garantir a operacionalidade dos usurios, no que pertine s
atividades de inteligncia tecnolgica, competindo-lhe:
I - prover o suporte tcnico na execuo de interceptaes de sinais e dados, para a produo de prova em
instruo criminal e processual penal;
II - assessorar a Polcia Judiciria Civil na pesquisa e avaliao referentes aquisio e utilizao de tecnologias
modernas na atividade de inteligncia policial e na investigao criminal;
III - desenvolver solues tecnolgicas, na busca de automao e padronizao de processos e procedimentos
administrativos e operacionais;
IV - exercer outras atividades afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Apoio Tecnolgico dirigida por policial civil, Classe Especial ou C, com
capacitao na rea de inteligncia e conhecimento na rea tecnolgica.
Seo III
Da Diretoria de Atividades Especiais
Art. 87 A Diretoria de Atividades Especiais, unidade de execuo programtica, tem a misso de planejar,
executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de combate ao crime organizado, operaes
especiais, delegacias especializadas de circunscrio estadual, operaes areas e polcia interestadual,
competindo-lhe:
I - dirigir, planejar, supervisionar e coordenar as atividades operacionais das unidades policiais de sua
competncia;
II - levantar necessidades de treinamento capacitao e atualizao dos servidores e procedimentos voltados
operacionalizao do conhecimento e trfego de informaes;
III - planejar e definir a lotao de pessoal nas unidades policiais sob sua direo;
IV - realizar correies anuais nas unidades subordinadas;
V - manifestar quanto necessidade de construo, reformas, adequaes ou ampliaes dos prdios que
abrigam as unidades policiais subordinadas;
VI - cumprir e fazer cumprir as leis, regimento interno, instrues normativas;
VII - exercer outras funes afins.
Pargrafo nico A Diretoria de Atividades Especiais dirigida por Delegado de Polcia, da ativa, Classe
Especial, possuidor de Curso Superior de Polcia.
Subseo I
Da Gerncia de Combate ao Crime Organizado
Art. 88 A Gerncia de Combate ao Crime Organizado tem a misso de gerenciar, supervisionar e executar as
atividades das Divises Anti-sequestro, Combate ao Crime Organizado, Investigaes Especiais, bem como
Ncleo de Inteligncia.
1 A Gerncia de Combate ao Crime Organizado dirigida por Delegado de Polcia da ativa,
preferencialmente possuidor de cursos de especializao em represso a sequestro ou gerenciamento de
crise.
2 As Divises dispostas neste artigo, diante das especificidades das atribuies, sero privativamente
dirigidas por Delegados de Polcia.
Art. 89 A Diviso Anti-sequestro tem como atribuio reprimir os crimes de extorso mediante seqestro e
fornecer apoio s investigaes quando houver restrio liberdade e/ou crcere privado.
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Art. 90 A Diviso de Combate ao Crime Organizado tem como atribuio combater as aes das organizaes
criminosas.
Art. 91 A Diviso de Investigaes Especiais tem como atribuio investigar as ocorrncias de furto ou roubo
direcionadas a bancos, caixas eletrnicos e defensivos agrcolas, bem como fornecer apoio s investigaes de
crimes em andamento em outras delegacias e as que expressamente forem determinadas.
Subseo II
Da Gerncia de Operaes Especiais
Art. 92 A Gerncia de Operaes Especiais tem a misso de supervisionar e gerenciar aes planejadas ou
emergenciais de natureza policial especial, por meio das Divises de Operaes Especiais e Anti-bombas, bem
como Ncleo de Inteligncia, competindo-lhe:
I - planejar as diretrizes bsicas de Operaes Especiais de Natureza Policial para as atividades operacionais da
Polcia Judiciria Civil;
II - fomentar e supervisionar a aplicao da doutrina de Operaes Especiais de Natureza Policial no mbito da
Polcia Judiciria Civil;
III - ministrar treinamento para as Gerncias de Investigaes Criminais GIG e instruir o efetivo operacional
regular da Polcia Judiciria Civil, bem como apoiar as unidades policiais da capital ou do interior do Estado,
dentre outras determinadas pela Diretoria de Atividades Especiais;
IV - ministrar treinamento nos cursos de formao na ACADEPOL;
V - desenvolver pesquisa, elaborar propostas que possibilitem a atualizao e o aperfeioamento das
atividades de Operaes Especiais de Natureza Policial no mbito da Polcia Judiciria Civil;
VI - exercer outras funes afins.
1 A Gerncia de Operaes Especiais dirigida por Delegado de Polcia da ativa, preferencialmente
possuidor de curso de capacitao em operaes especiais.
2 As Divises que integram a Gerncia de Operaes Especiais sero compostas por policiais civis,
preferencialmente possuidores de curso de operaes especiais.
Art. 93 A Diviso de Operaes Especiais, dirigida por policial civil, tem como atribuio executar as aes
especficas de operaes especiais de natureza policial no mbito da Polcia Judiciria Civil, agindo em eventos
crticos de natureza grave, segurana de dignitrios, escolta policial, policiamento repressivo especializado e
apoio em investigaes especiais.
Art. 94 A Diviso Anti-bombas dirigida por policial civil com qualificao especifica na rea, tem como
atribuio atuar em situaes que envolvam a utilizao, transporte ou desativao de artefatos explosivos ou
anlogos.
Subseo III
Da Gerncia de Operaes Areas
Art. 95 A Gerncia de Operaes Areas tem a misso de supervisionar e gerenciar aes areas planejadas
ou emergenciais de natureza policial especial, competindo-lhe:
I - exercer atividades especficas de operaes areas, de natureza policial, repressiva e preventiva
especializada, em apoio s demais unidades da Polcia Judiciria Civil;
II - atuar em situaes emergenciais e de calamidade pblica, na capital e no interior do Estado;
III - operar aeronaves de asas rotativas e de asas fi xas e integrar a Coordenadoria Integrada de Operaes
Areas CIOPAER, junto estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pblica;
IV - exercer outras funes afins.
Pargrafo nico A Gerncia de Operaes Areas dirigida por Delegado de Polcia da ativa,
preferencialmente possuidor de curso de capacitao e habilitado como piloto de aeronaves, devidamente
registrado na ANAC (Agncia Nacional de Aviao Civil).
Subseo IV
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Art. 107 A Polcia Judiciria Civil organizada em srie de classes, com nveis crescentes de atribuies e
responsabilidades funcionais.
Art. 108 A Carreira Policial Civil escalonada em cargos de natureza policial civil, de provimento efetivo e
exerccio privativo de seus titulares, constitudas em srie de classes, encimadas pela especial, assim
denominadas:
I - Classe Especial;
II - Classe C;
III - Classe B;
IV - Classe A.
Pargrafo nico O ingresso na carreira da Polcia Judiciria Civil far-se- na classe A, em estgio probatrio
de trs anos.
Art. 109 A Carreira Policial Civil estruturada conforme os seguintes cargos:
I - Autoridade Policial:
a) Delegado de Polcia;
II - Auxiliar da Autoridade Policial:
a) Escrivo de Polcia;
III - Agente da Autoridade Policial:
a) Investigador de Polcia.
Art. 110 A Autoridade Policial o Delegado de Polcia que, investido por lei, tem a seu cargo a direo das
atividades de Polcia Judiciria Civil.
Art. 111 Os Agentes e Auxiliares da Autoridade so, respectivamente, os policiais encarregados da prtica de
atos investigatrios e da formao de inquritos policiais e procedimentos administrativos, para prevenir ou
reprimir infraes penais, sob a direo da Autoridade Policial.
CAPTULO II
DO QUADRO ADMINISTRATIVO DA POLCIA JUDICIARIA CIVIL
Art. 112 As funes de atividade meio consistentes no apoio logstico e outras de natureza no policial sero
exercidas por servidores do quadro administrativo, de provimento efetivo.
Art. 113 O quadro administrativo da Polcia Judiciria Civil estruturado conforme os seguintes cargos:
I - Tcnico de Desenvolvimento Econmico e Social da Polcia Judiciria Civil;
II - Agente de Desenvolvimento Econmico e Social da Polcia Judiciria Civil;
III - Auxiliar de Desenvolvimento Econmico e Social da Polcia Judiciria Civil.
CAPITULO III
DAS ATRIBUIES DOS CARGOS
Art. 114 So atribuies privativas do cargo de Delegado de Polcia:
I - dirigir, coordenar, supervisionar, fi scalizar e controlar as atividades administrativas, logsticas e
operacionais da unidade de sua direo;
II - cumprir e fazer cumprir, no mbito de sua competncia, as funes institucionais de Polcia Judiciria Civil;
III - instaurar e presidir inquritos policiais, termos circunstanciados e outros procedimentos policiais,
administrativos e disciplinares, no mbito de sua competncia;
IV - planejar, dirigir e coordenar, com base na estatstica policial, as operaes no combate efetivo
criminalidade, na rea de sua competncia;
V - exercer os poderes discricionrios, afetos Polcia Judiciria Civil, que tenham como objetivo proteger os
direitos inerentes pessoa humana e resguardar a segurana pblica;
VI - praticar todos os atos de Polcia Judiciria Civil, na esfera de sua competncia, visando diminuio da
criminalidade e da violncia;
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VII - promover diligncias, requisitar informaes e documentos s entidades pblicas e privadas, necessrios
instruo do inqurito policial ou a outros procedimentos decorrentes das funes institucionais da Polcia
Judiciria Civil;
VIII - requisitar a realizao de exames periciais e complementares, destinados a colher e resguardar indcios
ou provas da ocorrncia de infraes penais;
IX - requisitar servios e tcnicos especializados de rgos pblicos, de concessionrias e permissionrias de
servio pblico;
X - representar autoridade judiciria competente pela decretao de priso e medidas cautelares e pela
concesso de mandados de busca e apreenso;
XI - exercer outras funes definidas em lei ou regulamento.
Art. 115 So atribuies privativas do Escrivo de Polcia:
I - proceder coleta e anlise de dados de interesse da investigao policial, em assessoria e sob designao
da autoridade policial;
II - proceder, na ausncia da autoridade policial, os devidos encaminhamentos aos procedimentos policiais
nas tarefas que no forem privativas da autoridade policial;
III - assinar, por ordem, documentos que no sejam privativos da autoridade policial, dispostos em instruo
normativa do Conselho Superior de Polcia;
IV - cumprir despachos e portarias exaradas pela autoridade, bem como lavrar os seguintes atos
procedimentais, dentre outros;
V - termos de declarao, assentada, depoimento, interrogatrio, auto de priso em flagrante delito,
reconhecimento de pessoas e objetos, acareao, carta precatria, mediante inquirio da autoridade policial
presente;
VI - certificar atos cartorrios e expedir intimaes e notificaes;
VII - lavrar termos circunstanciados de ocorrncia por determinao da autoridade policial;
VIII - controlar os prazos previstos no Cdigo de Processo Penal;
IX - assessorar estudos para a execuo de projetos de organizao e reorganizao da rea policial;
X - efetuar prises em flagrante e arrecadar instrumentos relacionados prtica de infraes penais;
XI - colaborar no cumprimento de mandados judiciais de priso, de busca e apreenso, de seqestro de bens
entre outros;
XII - prestar contas chefia imediata do valor das fianas recebidas, bem como do que constitui objeto de
apreenso, e de todo o patrimnio pblico que estiver sob sua responsabilidade;
XIII - ter sob sua guarda e controle os objetos apreendidos relacionados aos procedimentos policiais que lhe
forem distribudos, organizando-os e classificando-os;
XIV - efetuar o registro de ocorrncias policiais;
XV - tomar providncias preliminares sobre qualquer ocorrncia policial de que tiver conhecimento, dando
cincia imediata Autoridade Policial, mesmo que se trate de assunto alheio s atribuies da Delegacia ou
rgo policial em que estiver lotado, inclusive realizando medidas de isolamento dos locais de crime;
XVI - coletar dados e impresses digitais para fins de identificao civil e criminal, quando determinado pela
Autoridade Policial e nos casos previstos em lei;
XVII - colaborar nas investigaes dos atos infracionais, por fora do Estatuto da Criana e do Adolescente;
XVIII - prestar todas as informaes necessrias s chefias imediatas competentes da unidade policial;
XIX - participar de procedimentos disciplinares, conforme designao especfica;
XX - operar equipamentos de telecomunicaes;
XXI - escriturar e ter sob sua guarda e responsabilidade os livros cartorrios, procedimentos policiais e demais
documentos, que por fora do ofcio requerer;
XXII - classificar em ordem os procedimentos policiais, mandados, cartas precatrias e demais atos policias;
XXIII - elaborar os relatrios e boletins estatsticos do rgo policial, bem como atualizar e analisar os bancos
de dados de interesse da investigao policial;
XXIV - zelar pela segurana e preservao do patrimnio do Estado destinado Polcia Judiciria Civil, bem
como cuidar para que haja o uso correto dos mesmos;
XXV - receber, registrar e selecionar previamente o expediente da unidade policial, conforme designao
expressa e em assessoria a autoridade policial;
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XXVI - executar outras tarefas correlatas de natureza policial que lhe forem determinadas constantes do
Cdigo de Processo Penal, Cdigo Penal e legislao extravagante, observados os preceitos constitucionais;
XXVII - manter o controle de inventrio dos bens patrimoniais da unidade policial, promovendo carga e baixa
dos mesmos;
XXVIII - dirigir e coordenar os trabalhos cartorrios, bem como dos seus servidores, quando na condio de
Escrivo-Chefe, designado preferencialmente, entre os de Classe Especial;
XXIX - exercer a funo de lder de equipe e outras definidas em lei ou regulamento.
Art. 116 So atribuies privativas do Investigador de Polcia:
I - proceder coleta e anlise de dados, informaes e conhecimento de interesse da investigao policial, em
assessoria e sob designao da autoridade policial;
II - proceder, na ausncia da autoridade policial, os devidos encaminhamentos aos procedimentos policiais
nas tarefas que no forem privativas da autoridade policial;
III - assinar por ordem, documentos que no sejam privativos da autoridade policial, dispostos em instruo
normativa do Conselho Superior de Polcia;
IV - proceder, mediante determinao expressa da autoridade policial, s diligncias e investigaes policiais
com o fim de coletar provas para a elucidao de infraes penais e respectivas autorias, estabelecer causas e
circunstancias, visando instruo dos procedimentos legais, emitindo relatrio circunstanciado dos atos
realizados;
V - realizar intimaes e notificaes;
VI - assessorar estudos para a execuo de projetos de organizao e reorganizao na rea policial;
VII - efetuar prises em flagrante e arrecadar instrumentos relacionados prtica de infraes penais, de
acordo com as disposies legais;
VIII - cumprir mandados judiciais de priso, de busca e apreenso, de seqestro de bens entre outros;
IX - auxiliar na guarda e controle dos objetos apreendidos relacionados aos procedimentos policiais que lhe
forem distribudos, organizando-os e classificando-os;
X - efetuar o registro de ocorrncias policiais;
XI - tomar providncias preliminares sobre qualquer ocorrncia policial de que tiver conhecimento, dando
cincia imediata Autoridade Policial, ainda que o fato no seja afeto a unidade policial em que estiver
lotado, inclusive realizando medidas de isolamento dos locais de crime quando necessrio;
XII - coletar dados e impresses digitais para fins de identificao civil e criminal, quando determinado pela
Autoridade Policial e nos casos previstos em lei;
XIII - investigar atos infracionais, por fora do Estatuto da Criana e do Adolescente;
XIV - prestar todas as informaes necessrias s chefias imediatas competentes da unidade policial;
XV - conduzir viaturas policiais, embarcaes fluviais, martimas e pilotar aeronaves em razo de misses
policiais, observada a devida habilitao;
XVI - participar de procedimentos disciplinares, conforme designao especfica;
XVII - operar equipamentos de telecomunicaes;
XVIII - auxiliar na escriturao dos livros cartorrios, procedimentos policiais e demais documentos;
XIX - classificar em ordem os procedimentos policiais, mandados, cartas precatrias e demais atos policias;
XX - elaborar os relatrios e boletins estatsticos do rgo policial, bem como atualizar e analisar os bancos de
dados de interesse da investigao policial;
XXI - realizar a vigilncia, segurana e preservao do patrimnio do Estado destinado Polcia Judiciria Civil,
bem como cuidar para que haja o uso correto dos mesmos;
XXII - receber, registrar e selecionar previamente o expediente da unidade policial, conforme designao
expressa e em assessoria a autoridade policial;
XXIII - executar outras tarefas correlatas de natureza policial constantes do Cdigo de Processo Penal, Cdigo
Penal e legislaes extravagantes, observando os preceitos constitucionais;
XXIV - manter o controle de inventrio dos bens patrimoniais da unidade policial, promovendo carga e baixa
dos mesmos;
XXV - providenciar o recolhimento, a movimentao, a disciplina e a vigilncia, bem como a guarda de valores
e pertences do preso, procedendo escriturao no livro de registro, enquanto perdurar a custdia legal;
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XXVI - dirigir e coordenar os trabalhos de investigao, bem como dos servidores, quando na condio de
Investigador-Chefe, designado preferencialmente, entre os de Classe Especial;
XXVII - exercer a funo de lder de equipe e outras definidas em lei ou regulamento.
Art. 117 So atribuies do Tcnico de Desenvolvimento Econmico e Social:
I - administrar os recursos humanos, patrimoniais, financeiros, contbeis e oramentrios da instituio;
II - realizar pesquisas, planejamentos, organizao e mtodos, anlise de dados estatsticos, anlise
econmica, elaborao e acompanhamento de projetos e programas;
III - prestar assistncia social e psicossocial, entre outras que requeiram nvel superior completo;
IV - exercer outras atribuies conferidas por ato do superior imediato, salvo aquelas privativas dos cargos da
carreira policial civil.
Art. 118 So atribuies do Agente de Desenvolvimento Econmico e Social:
I - secretariar, digitar, arquivar, protocolar, coletar e manter dados, programar, aplicar tcnicas em
contabilidade e apoiar os demais trabalhos tcnicos que requeiram nvel mdio completo e profissionalizante;
II - exercer outras atribuies conferidas por ato do superior imediato, salvo aquelas privativas dos cargos da
carreira policial civil.
Art. 119 So atribuies dos Auxiliares de Desenvolvimento Econmico e Social:
I - atuar na limpeza, conservao, manuteno, transporte e vigilncia, e demais atividades que requeiram
escolaridade mnima no ensino fundamental completo;
II - exercer outras atribuies conferidas por ato do superior imediato, salvo aquelas privativas dos cargos da
carreira policial civil.
CAPITULO IV
DA HIERARQUIA E DISCIPLINA
Art. 120 A funo policial fundamenta-se na hierarquia e na disciplina, sendo incompatvel com qualquer
outra funo, exceto nos casos previstos em lei.
Pargrafo nico A funo policial sujeita-se prestao de servios em condies adversas de segurana, com
risco de vida, plantes noturnos e chamadas a qualquer hora, desde que justificada a necessidade, inclusive
com a realizao de diligncias policiais em todo Estado de Mato Grosso ou fora dele.
TTULO V
DO INGRESSO, DA POSSE, DO EXERCCIO E
DO ESTGIO PROBATRIO
CAPTULO I
DO INGRESSO NA CARREIRA POLICIAL
Art. 121 O ingresso na Polcia Judiciria Civil far-se- nas classes iniciais da carreira policial, mediante concurso
pblico de provas ou de provas e ttulos, realizado pela Academia de Polcia Judiciria Civil, em que se apurem
qualificaes e aptides especficas para o desempenho das atribuies dos cargos.
Pargrafo nico O policial civil ser lotado inicialmente em Delegacia do Interior do Estado, observada a
classificao da unidade policial definida em regimento interno.
Art. 122 O concurso pblico, de que trata o artigo anterior, ser realizado em duas etapas distintas:
I - primeira etapa, composta de seis fases eliminatrias e sucessivas, sendo a primeira e a segunda tambm
classificatrias:
a) 1 fase: prova escrita;
b) 2 fase: de provas e ttulos, com exame oral de carter pblico;
c) 3 fase: exame de sade;
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2 A apurao da conduta de que trata o inciso I abranger tambm o tempo anterior nomeao.
Art. 124 Ser eliminado o candidato que, durante o curso de formao:
I - revelar comportamento incompatvel com a funo policial dentro e fora da Academia de Polcia Judiciria
Civil;
II - houver omitido fato que teria impossibilitado sua inscrio;
III - cometer falta disciplinar considerada grave, na forma prevista no regulamento interno da Academia.
Art. 125 o candidato matriculado no Curso de Formao Inicial Tcnico-Profissional, receber uma bolsaformao, cujo valor corresponder a 50% (cinquenta por cento) do subsdio do cargo pretendido.
Art. 126 So requisitos para inscrio no concurso:
I - ser brasileiro;
II - ter no mnimo 21 (vinte e um) anos de idade completos, e 45 (quarenta e cinco) anos, no mximo, data
do encerramento das inscries.
III - no registrar antecedentes criminais;
IV - estar em gozo dos direitos polticos;
V - estar quite com o servio militar;
VI - para o Delegado de Polcia, ser portador de diploma de Bacharel em Direito, registrado no Ministrio da
Educao;
VII - para o escrivo de polcia, ser portador de certificado de concluso escolar do grau superior, registrado
no Ministrio da Educao;
VIII - para o investigador de polcia, ser portador de certificado de concluso escolar do grau superior,
registrado no Ministrio da Educao e de Carteira Nacional de Habilitao das categorias D, C ou B;
IX - prova de conduta ilibada na vida pblica e privada, passada por autoridade policial ou judiciria;
X - recolhimento de valor de inscrio em favor da Polcia Judiciria Civil, exclusivamente para custeio do
concurso pblico, conforme dispuser o edital.
Art. 127 Compete ao Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil homologar os concursos pblicos da carreira
policial civil.
1 Homologado o concurso, assegurar-se- ao candidato aprovado a nomeao na ordem de classificao.
2 Verificada a vacncia de cargo fixado em lei, para classe inicial de cada carreira, o Delegado Geral de
Polcia Judiciria Civil, aps ouvir o Conselho Superior de Polcia, encaminhar proposta ao Governador do
Estado, para que autorize o concurso nos termos desta lei complementar.
CAPTULO II
DA POSSE
Art. 128 Posse a investidura no cargo pblico mediante a aceitao expressa das atribuies, deveres e
responsabilidade do policial civil.
Art. 129 No ato da posse o policial civil apresentar, obrigatoriamente, declarao de no-exerccio de outro
cargo, emprego ou funo, se os tiver.
Art. 130 A posse do policial civil fica condicionada apresentao de declarao dos bens e valores que
compem o seu patrimnio privado.
1 A declarao compreender imveis, mveis, semoventes, dinheiro, ttulos, aes e qualquer outra
espcie de bens e valores patrimoniais, localizados no pas ou no exterior e, quando for o caso, abranger os
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bens e valores patrimoniais do cnjuge ou companheiro, dos fi lhos ou de outras pessoas que vivam sob a
dependncia econmica do declarante, excludos apenas os objetos e utenslios de uso domstico.
2 A declarao de bens ser atualizada anualmente e na data em que o policial civil deixar o exerccio do
cargo.
3 Ser exonerado ou demitido, tratando-se de servidor estvel, sem prejuzo de outras sanes cabveis, o
policial civil que se recusar a prestar declarao de bens dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
4 O declarante, a seu critrio, poder entregar cpia da declarao anual de bens apresentada Delegacia
da Receita Federal na conformidade da legislao do imposto de renda, e dos proventos de qualquer
natureza, com as necessrias atualizaes, para suprir a exigncia contida no caput e no 2 deste artigo.
Art. 131 So competentes para dar posse:
I - o Governador do Estado, ao Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil;
II - o Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, aos demais cargos constantes na estrutura organizacional da
Polcia Judiciria Civil.
Art. 132 A autoridade que der posse dever verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as
condies estabelecidas em lei e regulamentos para a investidura no cargo.
Art. 133 A posse verificar-se- mediante assinatura de termo em livro prprio, pelo empossado e pela
autoridade competente, aps o policial civil prestar solenemente o compromisso de, fielmente, zelar pela
instituio e observar as Constituies e as leis e desempenhar, com zelo e probidade, a funo do cargo.
Art. 134 A posse do policial civil ocorrer no prazo determinado pelo Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil.
Pargrafo nico Se a posse no se der no prazo deste artigo, ser tornado sem efeito o ato de provimento,
sendo nomeado o candidato seguinte na lista de classifi cao do concurso.
CAPTULO III
DO EXERCCIO
Art. 135 Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo.
Art. 136 O exerccio ter incio dentro de 15 (quinze) dias contados:
I - da data da posse;
II - da data da cincia do ato nos casos de remoo.
1 Ser exonerado o policial civil empossado que no entrar em exerccio no prazo previsto neste artigo.
2 Quando a remoo no implicar mudana de municpio, dever o policial civil entrar em exerccio no
prazo de 03 (trs) dias.
Art. 137 Nenhum policial civil exercer sua funo em unidade diversa daquela na qual foi lotado.
Art. 138 autoridade competente do rgo ou unidade para onde for designado o policial civil compete darlhe exerccio, comunicando o superior hierrquico.
Art. 139 O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento
individual do policial civil na Superintendncia de Gesto de Pessoas.
CAPTULO IV
DO ESTGIO PROBATRIO
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Art. 140 O policial civil em estgio probatrio no poder, em hiptese alguma, ser colocado disposio de
outros rgos, instituies ou Poderes, do Estado, da Unio ou de Unidades da Federao, nem exercer cargo
ou funo de confiana.
Art. 141 O Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil instituir comisso permanente composta de trs
Delegados de Polcia, preferencialmente tendo como Presidente Delegado de Polcia de classe Especial para,
durante todo o perodo do estgio probatrio, analisar os requisitos de idoneidade moral, aptido, disciplina,
assiduidade, dedicao ao servio, eficincia, responsabilidade e avaliao anual de desempenho para
aquisio da estabilidade:
I - na apurao dos quesitos e avaliao anual de desempenho, a Comisso tomar como base as anotaes
funcionais, investigaes regulares sobre a conduta e o desempenho do policial civil, mediante a
autuao individual de Procedimento de Avaliao do Estgio Probatrio;
II - a Comisso, alm das informaes lanadas na ficha de avaliao mensal de estgio probatrio, poder
valer-se de outras fontes para a concluso dos seus trabalhos;
III - ser assegurado ao avaliado o conhecimento dos conceitos lanados em sua ficha
de avaliao mensal de estgio probatrio, para exerccio da ampla defesa e do contraditrio;
IV - at o trigsimo dia antes de encerrar o prazo do estgio probatrio, dever a comisso emitir parecer
conclusivo e fundamentado, sobre a permanncia ou exonerao do policial civil.
1 Se a comisso opinar pela exonerao, dever basear-se em motivos e fatos reais, expressos em relatrio
circunstanciado, devendo o policial civil ser devidamente notificado, observado o princpio do contraditrio e
da ampla defesa, para que no prazo improrrogvel de 15 (quinze) dias contados da sua cincia apresente
defesa expressa, pessoalmente ou por intermdio de procurador habilitado.
2 Esgotado o prazo da defesa e produzidas as provas requeridas, a comisso decidir, mediante voto e pela
maioria simples de seus membros, sobre a convenincia ou no da permanncia do policial civil no
servio pblico.
3 A deciso da comisso ser formalizada ao Diretor-Geral de Polcia Judiciria Civil, que adotar as
providncias cabveis.
4 A apurao dos requisitos dever processar-se de modo que a exonerao do policial civil no aprovado
no estgio probatrio se faa antes de concludo o ltimo perodo de estgio, sob pena de responsabilidade.
5 Em sendo o estagirio Delegado de Polcia, o Presidente da Comisso dever ser Delegado de Polcia da
Classe Especial.
6 O trabalho da Comisso Permanente no exclui a competncia das autoridades mencionadas no Art. 236
desta lei complementar.
Art. 142 Ser exonerado por Ato Governamental o policial civil em estgio probatrio que no preencher os
requisitos estabelecidos nesta lei
Art. 143 O perodo de estgio probatrio em cargo policial civil considerado de efetivo exerccio para todos
os fins.
Art. 144 Aps cumprir com aproveitamento o estgio probatrio, o policial civil ser confirmado na classe A
da respectiva carreira.
TTULO VI
DA ASCENSO FUNCIONAL
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CAPTULO I
DA PROGRESSO
Art. 145 Progresso horizontal a elevao do policial civil classe imediatamente superior.
Art. 146 O processo de progresso horizontal do cargo do policial civil inicia-se com o seu requerimento
dirigido ao Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil responsvel pela homologao, e observar os seguintes
requisitos:
I - da Classe A para B - cursos que totalizem 200 (duzentas) horas, especficos na rea de atuao,
devidamente autorizados pelo Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil e homologados pela Academia de
Polcia;
II - da Classe B para C - ensino superior completo, mais outros cursos que totalizem 250 (duzentas e
cinquenta) horas, especficos na rea de atuao, devidamente autorizados pelo Delegado Geral de Polcia
Judiciria Civil e homologados pela Academia de Polcia;
III - da Classe C para Especial - ensino superior completo, mais ttulo de ps-graduao lato sensu; e,
exclusivamente para o Delegado de Polcia, Curso Superior de Polcia devidamente autorizado pelo Delegado
Geral de Polcia Judiciria Civil e homologado pela Academia de Polcia.
Art. 147 Os cursos utilizados para progresso s classes B e C devero ter carga horria igual ou superior a
quarenta horas, especficos na rea de atuao, devidamente autorizados pelo Delegado Geral de Polcia
Judiciria Civil e homologados pela Academia de Polcia Judiciria Civil.
Pargrafo nico A progresso horizontal obedecer titulao exigida, com interstcio de 03 (trs) anos da
Classe A para B, 03 (trs) anos da Classe B para C e 05 (cinco) anos da Classe C para Especial.
Art. 148 O policial civil apenado com sentena transitada em julgado somente poder requerer sua
progresso horizontal aps o cumprimento da respectiva pena.
Art. 149 A progresso do Delegado de Polcia para Classe Especial, alm dos requisitos do Art. 146, fica
condicionada compatibilizao de sua atuao em Unidade Policial, conforme a classificao prevista em
regulamento prprio.
Art. 150 Compete ao Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil o encaminhamento das listas de progresso ao
Governador do Estado, aps o parecer da Comisso Permanente de Progresso.
Pargrafo nico A Comisso Permanente de Progresso ser composta por 03 (trs), membros sendo seu
Presidente um Delegado de Polcia de Classe Especial.
Art. 151 O Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, por meio de portaria, regulamentar o Curso de
Aperfeioamento Funcional e o Curso Superior de Polcia, este, restrito carreira de Delegado de Polcia,
respeitados os seguintes princpios:
I - igualdade de condies, a todos os interessados, para matricular e participar do curso de aperfeioamento
funcional;
II - o policial civil indicado progresso horizontal adquire o direito de frequentar os cursos de
aperfeioamento ou especializao, podendo deles desistir desde que se manifeste por escrito ao Delegado
Geral de Polcia Judiciria Civil, que far a retirada de seu nome da lista, respeitado o direito a ser indicado nas
listas subseqentes;
III - a critrio do Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, o Curso Superior de Polcia poder ser realizado na
Academia de Polcia Judiciria Civil ou congnere, respeitada a igualdade de condies dos interessados
integrantes da Classe C.
Pargrafo nico Os cursos de que trata este artigo sero ministrados com ampla divulgao e seleo entre os
candidatos, nos critrios estabelecidos na Lei do Sistema de Ensino da Polcia Judiciria Civil.
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Art. 152 O policial civil inscrito em Curso de Aperfeioamento ou Especializao, promovido pela Academia de
Polcia Judiciria Civil, poder ser colocado disposio deste rgo, com prejuzo de suas funes, enquanto
durar o curso.
Pargrafo nico O policial civil ter direito a receber dirias correspondentes durao do curso, quando
realizado fora da sede de seu exerccio, salvo quando a instituio policial fornecer todos os meios.
Art. 153 Progresso vertical a passagem do Investigador de Polcia e do Escrivo de Polcia ao nvel
imediatamente superior.
Pargrafo nico Cada classe desdobra-se em 10 (dez) nveis, indicados por numerais arbicos que constituem
a linha vertical de progresso, que obedecer avaliao de desempenho anual e ao cumprimento do
interstcio de 03 (trs) anos.
Art. 154 Ser suspensa a contagem de tempo para cumprimento dos interstcios de classe e de nvel para o
policial civil que for condenado em processo administrativo disciplinar ou em sentena penal transitada em
julgado pelo perodo de:
I - 06 (seis) meses em caso de penas de advertncia e repreenso;
II - 01 (um) ano em caso de pena de multa e suspenso at 30 (trinta) dias;
III - 02 (dois) anos em caso de pena de suspenso superior a 30 (trinta) dias e em condenao penal.
CAPTULO II
DA AVALIAO DE DESEMPENHO
Art. 155 O policial civil estvel ser submetido avaliao peridica de desempenho, nos termos da lei, que
ser aferida mediante comisso interna, nomeada com objetivo de analisar o trabalho individual de cada
servidor e, no final, emitir parecer.
Pargrafo nico Havendo motivao, apontada pela comisso, para exonerao do policial
civil por insuficincia de desempenho, ser instaurado processo administrativo, assegurado o contraditrio e a
ampla defesa.
TTULO VII
DA REMOO, DA ESTABILIDADE E DAS SUBSTITUIES
CAPTULO I
DA REMOO
Art. 156 A remoo o deslocamento do policial civil de uma para outra unidade policial.
Art. 157 A remoo do policial civil somente dar-se- por necessidade do servio ou a pedido, desde que
atenda a convenincia do servio policial.
1 Durante o estgio probatrio, a remoo somente ocorrer de ofcio.
2 A remoo do policial civil para outro municpio ser apreciada pelo Conselho Superior de Polcia.
Art. 158 vedada a remoo de policial civil de um municpio para outro, quando em exerccio de mandato
eletivo na diretoria executiva de sua entidade de classe.
Pargrafo nico Aplica-se o disposto neste artigo a partir do registro da candidatura.
Art. 159 O policial civil, quando removido para municpio diverso do de seu cnjuge servidor pblico federal
ou municipal poder, sempre que possvel, ter compatibilizada esta situao.
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Pargrafo nico Em se tratando de policial civil, cujo cnjuge for servidor do Estado de Mato Grosso, dever
ser compatibilizada a situao do casal.
CAPTULO II
DA ESTABILIDADE
Art. 160 O policial civil, nomeado em virtude de concurso pblico, torna-se estvel aps 03 (trs) anos de
efetivo exerccio.
Art. 161 O policial civil estvel perder o cargo:
I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo, assegurados o contraditrio e a ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
CAPTULO III
DAS SUBSTITUIES
Art. 162 Nos casos de ausncia ou impedimento eventual do titular do cargo, a substituio ser automtica,
obedecendo seguinte hierarquia funcional:
I - o Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, pelo Delegado Geral Adjunto;
II - o Corregedor Geral de Polcia Judiciria Civil, pelo Corregedor Geral Adjunto;
III - o Diretor de Diretoria, pelo Delegado de Polcia mais antigo na classe dentre seus subordinados diretos;
IV - o Diretor da Academia de Polcia Judiciria Civil pelo Diretor Adjunto;
V - o Diretor de Polcia Judiciria Civil Metropolitano pelo Diretor Metropolitano Adjunto;
VI - o Delegado Regional, e titular de delegacias, pelo Delegado de Polcia mais antigo na classe dentre seus
subordinados diretos;
VII - o Titular da Delegacia Especializada, por seu respectivo adjunto, mais antigo na classe.
1 O membro do Conselho Superior de Polcia, quando houver fato que enseje seu impedimento,
manifestar expressamente e, deferido pelo conselho, ser substitudo nos termos deste artigo.
2 Os casos omissos de substituio sero resolvidos pelo Diretor-Geral de Polcia Judiciria Civil.
Art. 163 O substituto faz jus remunerao equivalente a do titular, independente de requerimento, desde
que o perodo de substituio ultrapasse 15 (quinze) dias.
Art. 164 Ao policial civil vedado acumular funes em mais de duas unidades policiais.
Pargrafo nico Ser paga a diria correspondente, se houver deslocamento para outro municpio.
TITULO VIII
DA REMUNERAO E VANTAGENS
CAPTULO I
DA REMUNERAO
Art. 165 O policial civil remunerado mediante subsdio fixado em parcela nica.
1 O servidor da Carreira Policial Civil, nomeado em cargo comissionado, perceber subsdio
correspondente ao cargo e classe que se acha posicionado, fazendo jus ao acrscimo de percentual definido
na forma de lei especfica.
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I - durao de trabalho normal no superior a 08 (oito) horas dirias ou 40 (quarenta) horas semanais;
II - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
III - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 (um tero) a mais do que o salrio normal.
Art. 174 Constituem vantagens ao policial civil:
I - 13 (dcimo terceiro) salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria;
II - remunerao do trabalho noturno superior ao diurno;
III - remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em 50% do normal;
IV - gratifi cao por participao em banca de concurso da Polcia Judiciria Civil;
V - prmio em concurso interno.
Art. 175 O servio noturno prestado em horrio compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 05
(cinco) horas do dia seguinte, ter o valor hora acrescido de mais 25% (vinte e cinco por cento), computandose cada hora com 52 (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
1 O adicional noturno no se incorpora ao subsdio ou provento do policial civil.
2 Compete ao Conselho Superior de Polcia Judiciria Civil regulamentar a forma de aferio do adicional
noturno.
CAPITULO III
DAS INDENIZAES
Art. 176 Constituem indenizaes ao policial civil:
I - ajuda de custo;
II - ajuda de custo para atividades em locais de difcil acesso;
III - dirias;
IV - indenizao por atividade em local de difcil acesso;
V - indenizao por atividades especiais;
Art. 177 A ajuda de custo a indenizao para custeio de despesas de viagem, mudana e instalao, paga
adiantadamente, ao policial civil, removido no interesse do servio policial de uma para outra unidade,
quando os motivos impliquem mudana de domiclio, exceto quando as cidades forem contguas.
Art. 178 O pagamento da ajuda de custo ao policial civil ter como base de clculo a menor remunerao
paga no Servio Pblico Estadual, levando-se em considerao a distncia do local do seu ltimo exerccio,
nos seguintes termos:
I - at 300km, o equivalente a 05 vezes;
II - at 600km, o equivalente a 10 vezes;
III - at 900km, o equivalente a 15 vezes;
IV - mais de 900km, o equivalente a 20 vezes.
Art. 179 No ter direito ajuda de custo o policial civil:
I - removido a pedido ou com seu consentimento por escrito;
II - quando da primeira lotao, aps concluso de Curso de Formao Inicial Tcnico-Profissional da
Academia de Polcia Judiciria Civil;
Art. 180 Restituir a ajuda de custo o policial civil que a houver recebido, nas formas e circunstncias abaixo:
I - integralmente, de uma s vez, quando a remoo no foi efetivada;
II - metade do valor recebido, de uma s vez, quando o servidor for removido a pedido
com menos de seis meses de sua efetiva lotao;
III - metade do valor recebido, de uma s vez, quando licenciado a pedido, com menos de 06 (seis) meses de
sua efetiva lotao;
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Art. 181 O policial civil que, a servio, se afastar da sede, em carter eventual ou transitrio, para outro ponto
do territrio mato-grossense ou de outras Unidades da Federao, far jus a passagens terrestres e/ou areas
e dirias para cobrir as despesas de hospedagem e alimentao.
Art. 182 A ajuda de custo para atividades em locais de difcil acesso ser devida ao policial civil removido no
interesse do servio policial, de uma para outra unidade, em reas de fronteira ou em localidades cujas
condies de difcil acesso se justifiquem, a serem regulamentadas por Decreto.
Art. 183 A ajuda de custo para atividades em locais de difcil acesso ser paga mensalmente, durante a
permanncia do policial civil em reas de fronteira ou em localidades cujas condies de difcil acesso se
justifiquem.
Art. 184. A ajuda de custo para atividades em locais de difcil acesso ser paga pelo perodo mximo de vinte e
quatro meses.
Art. 185 O pagamento da ajuda de custo para atividades em locais de difcil acesso ter como base de clculo
a menor remunerao paga no Servio Pblico Estadual, levando-se em considerao a distncia do local do
seu ltimo exerccio, nos seguintes termos:
I - em regio de fronteira, o equivalente a metade do estabelecido no caput;
II - em local de difcil acesso o equivalente a 2/3 (dois teros) do estabelecido no caput.
Art. 186 As indenizaes previstas nesta lei no excluem outros direitos e vantagens previstos em legislao
especfica.
TTULO IX
DAS GARANTIAS, PRERROGATIVAS E DIREITOS
CAPTULO I
DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS
Art. 187 Alm das garantias asseguradas pela Constituio da Repblica, o policial civil gozar das seguintes
prerrogativas:
I - receber tratamento compatvel com o nvel do cargo desempenhado;
II - exerccio privativo dos cargos e funes da organizao policial, observada a hierarquia;
III - irredutibilidade do subsdio.
1 Quando no curso de investigao houver indcio de prtica penal atribuda ao policial civil, a autoridade
competente remeter, imediatamente, cpia do procedimento ao Corregedor Geral de Polcia Judiciria Civil.
2 O Delegado de Polcia somente poder ser preso em caso de flagrante delito de crime inafianvel ou por
ordem escrita e fundamentada da autoridade competente, caso em que esta far, imediatamente, a
comunicao do fato e a apresentao do preso ao Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, sob pena de
responsabilidade.
Art. 188 Nos crimes de responsabilidade, quando o processo e o julgamento do policial civil competir ao Juzo
do primeiro grau, a queixa ou a denncia ser instruda com documentos ou justificao que faam presumir a
existncia do delito, ou com declarao fundamentada da impossibilidade da apresentao de quaisquer
dessas provas.
Art. 189 Alm dos direitos atribudos aos servidores pblicos no Art. 7 da Constituio Federal, so direitos
do policial civil, dentre outros estabelecidos em lei, e devero constar do oramento com dotao especfica:
I - traslado ou remoo, quando ferido, acidentado em servio;
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DAS LICENAS
Art. 201 Conceder-se- licena remunerada ao policial civil:
I - por motivo de doena do servidor;
II - por motivo de doena grave em pessoa da famlia, pelo perodo mximo de 02 (dois) anos;
III - para atividade poltica, desde que trs meses antes do pleito eleitoral;
IV - em caso de prmio por assiduidade, conforme regulamentao;
V - para desempenho de mandato em entidade representativa da respectiva categoria;
VI - licena maternidade;
VII - licena paternidade;
VIII - para capacitao, treinamento e aperfeioamento, compatibilizado o interesse pblico.
Art. 202 A licena ao policial civil no ser remunerada nos seguintes casos:
I - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro, no prazo mximo de dois anos;
II - para tratar de interesse particular, no prazo mximo de dois anos, compatibilizado o interesse do servio;
III - para atividade poltica, por mais de trs meses e no mximo de 06 (seis) meses.
CAPITULO IV
DOS AFASTAMENTOS
Art. 203 Conceder-se- ao policial civil afastamento para:
I - exerccio de mandato eletivo;
II - estudo ou misso no exterior.
Art. 204 vedado a cesso ou aproveitamento de policial civil em funes estranhas s de seu cargo, sob
pena de responsabilidade da autoridade que o permite.
CAPTULO V
DO ELOGIO
Art. 205 Entende-se por elogio a meno nominal ou coletiva que deve constar dos assentamentos funcionais
do policial civil por atos meritrios que haja praticado.
Art. 206 O elogio destina-se a ressaltar as ocorrncias de:
I - morte, invalidez ou leso corporal de natureza grave, no cumprimento do dever;
II - execuo de servio ou ato, que pela sua relevncia e pelo que representa para a Instituio Policial ou
para a coletividade, merea ser enaltecido como reconhecimento pela atividade desempenhada.
Art. 207 No constitui motivo para o elogio o regular cumprimento dos deveres do policial civil.
Art. 208 So competentes para determinar a inscrio de elogios nos assentamentos do policial civil, o
Governador, o Secretrio de Estado de Justia e Segurana Pblica, o Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil,
os Diretores e o Corregedor Geral, ressaltando-se que:
I - as demais autoridades que concederem elogios, devero encaminh-los via hierrquica autoridade
competente para que esta determine ou no sua inscrio;
II - os elogios nos casos do inciso II do Art. 204 sero obrigatoriamente considerados para efeito de avaliao
de desempenho.
CAPTULO VI
DA MEDALHA DO MRITO POLICIAL
Art. 209 Ser concedida ao policial civil, por tempo de servio prestado ao Estado, medalha de mrito policial
nas Categorias Bronze, Prata e Ouro, com a finalidade de distinguir os integrantes da Polcia Judiciria Civil de
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Mato Grosso que tenham prestado, respectivamente, 10, 20 e 30 anos de bons servios causa da ordem
pblica, ao organismo policial, em relevantes servios coletividade mato-grossense:
I - a medalha em qualquer de suas classes, ouro, prata e bronze, ser cunhada de forma elptica, tendo 35
milmetros (35mm) no seu eixo perpendicular e vinte e trs milmetros (23mm) no seu eixo horizontal,
encimada por uma estrela de cinco pontas, com garra, fi ta e argola e conter no verso, o Braso da Polcia
Judiciria Civil e no reverso os dizeres POLCIA JUDICIRIA CIVIL - MRITO POLICIAL;
II - a concesso da medalha, em qualquer classe, ser de competncia exclusiva do
Governador do Estado, por proposta fundamentada do Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, baseada em
deciso do Conselho Superior de Polcia;
III - a concesso a que se refere o inciso anterior ser feita mediante decreto do Poder Executivo, cabendo
Polcia Judiciria Civil a expedio do respectivo diploma, que ser assinado pelo Governador, pelo Secretrio
de Estado de Justia e Segurana Pblica e pelo Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil;
IV - a entrega da medalha ser feita em cerimnia pblica, preferencialmente no dia 21 de abril, ou em outra
data a critrio do Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil.
Art. 210 No sero concedidas medalhas de Mrito Policial aos policiais civis:
I - com perodo inferior a 05 (cinco) anos no cargo;
II - que esto cedidos ou disposio de outro rgo h mais de 02 (dois) anos;
III - punidos criminalmente por sentena transitada em julgado a menos de 03 (trs) anos.
Art. 211 A Medalha de Servio Relevantes Polcia Civil, ser concedida aos cidados que tenham prestado
servios relevantes Polcia Judiciria Civil ou no interesse desta, a critrio do Conselho Superior de Polcia.
Art. 212 A medalha de Mrito Especial, ser concedida aos policiais civis que, no exerccio da atividade
policial, em servio ou fora dele, praticarem atos de bravura ou excepcional relevncia para a organizao
policial:
I - ser considerado ato de bravura, aquele que levar o policial civil, no cumprimento de sua misso, leso de
natureza grave ou gravssima;
II - em caso de falecimento do policial civil, no cumprimento do dever, a medalha a que se refere o caput
deste artigo ser entregue sua famlia;
III - ser considerado servio de excepcional relevncia para o Organismo Policial, aquele que notria e
publicamente destacar o policial civil em ao a favor da causa pblica ou pela prtica de atos extraordinrios
acima do dever, aps anlise procedida pelo Conselho Superior de Polcia, que examinar com objetividade, a
excepcionalidade, relevncia e extraordinariedade do ato praticado pelo policial civil.
Art. 213 A concesso de medalha, em qualquer das modalidades, ser de competncia exclusiva do
Governador do Estado, por proposta fundamentada pelo Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, baseada na
deciso do Conselho Superior de Polcia.
1 A medalha em qualquer de suas modalidades, ser cunhada de forma elptica, tendo 35 mm (trinta e
cinco milmetros) no seu eixo perpendicular e 23mm (vinte e trs milmetros) no seu eixo horizontal,
encimada por uma estrela de cinco pontas, com garra, fi ta e argola e conter no verso, o Braso da Polcia
Judiciria Civil e no reverso os dizeres POLCIA JUDICIRIA CIVIL - MRITO POLICIAL; POLCIA JUDICIRIA
CIVIL MRITO ESPECIAL ou ainda POLCIA JUDICIRIA CIVIL SERVIOS RELEVANTES.
2 As medalhas nas modalidades Mrito Especial e Servios Relevantes sero cunhadas em metal
amarelo.
3 A concesso a que se refere o artigo ser feita mediante Decreto do Poder Executivo, cabendo Polcia
Judiciria Civil a expedio do respectivo diploma, que ser assinado pelo Governador, pelo Secretrio de
Estado de Justia e Segurana Pblica e pelo Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil.
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4 A entrega da medalha ser feita em cerimnia pblica, preferencialmente no dia 21 de abril, ou em outra
data a critrio do Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil.
Art. 214 Quando o nmero de medalhas for inferior ao nmero de indicaes possveis, para efeito de
desempate sero observados os elogios inscritos nos assentamentos do policial civil, persistindo o empate o
Conselho Superior de Polcia poder estabelecer outros critrios.
Art. 215 Ao Conselho Superior de Polcia, cujas decises sero tomadas por maioria de seus membros e para o
fim desta lei complementar, compete:
I - formular proposta para concesso do mrito policial, em qualquer classe, por
intermdio de seus membros;
II - examinar, julgar e aprovar todas as propostas formuladas para concesso, constando em ata a deciso;
III - instituir e manter sempre atualizado um livro de registro dos titulares do mrito policial, fazendo constar
do mesmo os dados biogrficos e demais anotaes referentes aos agraciados;
IV - fazer publicar as decises concessivas da medalha.
Art. 216 As reunies do Conselho Superior de Polcia tero carter sigiloso e as decises de concesso da
medalha sero reservadas, bem como as declaraes de voto.
Art. 217 Na proposta oramentria anual ser includa, no Quadro da Polcia Judiciria Civil, uma dotao
especfica para as despesas de cunhagem das medalhas e impresso de diplomas.
Pargrafo nico Iniciado os cursos de que trata este artigo, o policial civil s poder progredir na carreira se
possuir o respectivo certificado de concluso.
TTULO X
DO REGIME E PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
CAPTULO I
DOS DEVERES, DAS PROIBIES E DAS RESPONSABILIDADES
Art. 218 A disciplina policial fundamenta-se na subordinao hierrquica e funcional, no cumprimento das leis,
dos regulamentos, dos princpios institucionais e das normas de servio.
Seo I
Dos Deveres
Art. 219 So deveres do policial civil:
I - ser assduo, pontual, discreto e urbano;
II - cumprir as normas e os regulamentos desta lei complementar, do Regimento Interno da Polcia Judiciria
Civil e demais normatizaes expedidas pelas autoridades competentes;
III - zelar pela economia e conservao dos bens do Estado, especialmente daqueles que lhe sejam entregues
para guarda ou utilizao;
IV - informar, incontinenti, autoridade policial a que estiver subordinado, qualquer alterao de endereo
residencial, nmero de telefone, ainda que o servidor esteja em afastamento regulamentar;
V - prestar informao correta e de modo corts ou encaminhar o solicitante a quem saiba prest-la;
VI - portar cdula de identidade funcional e distintivo policial;
VII - participar da comemorao do Dia da Polcia, a 21 de abril, exaltando o vulto de Joaquim Jos da Silva
Xavier, o Tiradentes, Patrono da Polcia;
VIII - ser leal, cooperativo e solidrio com os companheiros de trabalho;
IX - manter-se atualizado em relao a leis, regulamentos e normas do interesse policial;
X - divulgar, para conhecimento dos subordinados, as normas citadas no inciso anterior;
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XI - frequentar, com assiduidade, cursos oferecidos pela Academia de Polcia Judiciria Civil ou por instituio
congnere;
XII - obedecer s ordens legais de superiores hierrquicos e promover sua fiel execuo, exceto quando
manifestamente ilegais;
XIII - zelar pela valorizao da funo policial e pelo respeito aos direitos e dignidade da pessoa humana;
XIV - proceder na vida pblica e particular de modo a dignificar a funo policial civil;
XV - adotar providncias cabveis, se competente, em face de irregularidade de que tenha conhecimento e
levar o fato autoridade superior;
XVI - guardar sigilo sobre os assuntos da administrao e das investigaes de que tenha conhecimento em
razo do cargo ou funo;
XVII - atender prontamente s determinaes superiores no tocante a trabalhos policiais desenvolvidos em
horrio que ultrapasse a jornada normal;
XVIII - comparecer unidade, rgo ou servio policial, independentemente de convocao, quando tiver
conhecimento de iminente perturbao da ordem ou em caso de calamidade pblica;
XIX - adotar providncias preliminares em torno de ocorrncia policial de que tenha conhecimento,
independente de horrio de servio;
XX - usar vesturio compatvel com a funo policial;
XXI - cuidar de sua higiene pessoal e de sua aparncia fsica;
XXII - proceder, no caso de investigador de polcia, relatrio circunstanciado de suas investigaes, com
clareza e objetividade;
XXIII - utilizar carimbo pessoal no recebimento de documentos de interesse da Instituio.
Seo II
Das Proibies
Art. 220 Ao policial civil proibido, caracterizando infrao administrativa:
1. do primeiro grau:
I - permutar horrio de servio ou executar tarefa sem expressa permisso da autoridade competente;
II - exibir desnecessariamente arma de fogo, distintivo ou algema;
III - deixar de usar distintivos, quando em servio;
IV - praticar atividade comercial de interesse particular na repartio;
V - atribuir-se de qualidade funcional diversa do cargo ou funo que exera;
VI - acionar desnecessariamente sirene de viatura policial;
VII - comparecer em visvel estado de embriaguez, ou ingerir bebidas alcolicas durante o servio;
VIII - no residir na sede do municpio onde exera a funo, salvo se for sede de municpio contguo;
IX - concorrer para erro de superior hierrquico, subordinado ou outro servidor;
X - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando solicitado;
XI - dar-se ao vcio de embriaguez ou de substncia que provoque dependncia fsica ou psquica;
XII - ofender, culposamente, a integridade corporal ou a sade de outrem, causando leso corporal;
XIII - revelar culposamente segredo de que tenha conhecimento em razo do cargo ou funo, com prejuzo
para o Estado ou para o particular;
XIV - ser reincidente em qualquer dos deveres dispostos no artigo anterior.
2. do segundo grau:
I - proporcionar a divulgao de assunto da repartio ou de fato ali relacionado, ou divulg-lo, por qualquer
meio, em desacordo com a legislao vigente;
II - manter relao de amizade ou exibir-se em pblico com pessoa de notrio e desabonador antecedente
criminal ou policial, salvo por motivo relevante ou de servio;
III - descumprir ordem superior, salvo quando manifestamente ilegal;
IV - no tomar as providncias, da sua alada, sobre falta ou irregularidade de que tenha conhecimento ou,
quando no for competente para reprimi-la, deixar de comunic-la imediatamente autoridade que o seja;
V - deixar de oficiar de forma tempestiva e justificada em expediente que lhe seja encaminhado;
VI - negligenciar na execuo de ordem legal;
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XXXVIII - divulgar, atravs dos meios de comunicao, fato ocorrido na repartio ou proporcionar-lhe
divulgao, sem prvia e expressa autorizao, salvo se for o titular do rgo ou unidade policial;
XXXIX - receber presentes ou vantagens de qualquer espcie, sob qualquer pretexto em razo das atribuies
que exera;
XL - exercer funo, atividade, direito, autoridade ou mnus, de que foi suspenso ou privado por deciso
judicial;
XLI - deixar de comunicar Corregedoria-Geral, at o primeiro dia til subsequente, sobre a cincia de fato
criminoso que envolva policial civil;
XLII - praticar qualquer outro fato definido como contraveno penal ou crime de menor potencial ofensivo.
3. Do terceiro grau:
I - expedir documento de identidade funcional ou qualquer tipo de credencial a quem no exera cargo ou
funo policial civil;
II - exercer presso ou influir junto a subordinados para forar soluo ou resultado ilegal ou imoral;
III - ausentar-se do servio por 45 (quarenta e cinco) dias ou mais, alternadamente, durante um (01) ano, sem
causa justificada;
IV - promover ou participar de jogo proibido;
V - solicitar ou aceitar emprstimo em dinheiro ou valor de pessoa que trate de interesse na repartio, ou
que esteja sujeita a sua fiscalizao;
VI - praticar qualquer ato que caracterize improbidade administrativa;
VII praticar qualquer outro fato definido como crime com pena prevista de deteno, isolada ou
cumulativamente com a pena de multa.
4. do quarto grau:
I - abandonar o cargo ou ausentar-se do servio por mais de trinta (30) dias consecutivos, sem justificativa;
II - revelar dolosamente segredo de que tenha conhecimento em razo do cargo ou funo, com prejuzo para
o Estado ou para o particular;
III - por contumcia superior a 02 (duas) punies de suspenso, por infrao contida no terceiro grau no
perodo de 01 (um) ano;
IV - praticar qualquer outro fato definido como crime, cuja pena prevista seja de recluso, isolada ou
cumulativamente com pena de multa.
Seo III
Das Responsabilidades
Art. 221 O policial civil responde penal, civil e administrativamente pelo exerccio irregular de suas
atribuies, fi cando sujeito, cumulativamente, s respectivas cominaes, independentes entre si.
Art. 222 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, de procedimento doloso ou culposo,
que importe em prejuzo ao errio ou a terceiros.
Pargrafo nico A importncia da indenizao ser descontada do subsdio do servidor e o desconto no
exceder dcima parte do valor deste.
TTULO XI
DAS PENALIDADES, DA EXTINO, PUNIBILIDADE,
REABILITAO E SUSPENSO PREVENTIVA
CAPTULO I
DAS PENALIDADES
Art. 223 So penas disciplinares:
I - advertncia;
58
II - repreenso;
III - multa;
IV - suspenso at 90 (noventa) dias;
V - demisso;
VI - cassao de aposentadoria.
CAPTULO II
DA EXECUO DAS PENALIDADES
Seo I
Da Advertncia
Art. 224 A pena de advertncia ser aplicada, no caso de falta de cumprimento do dever, ao infrator primrio,
por meio de portaria punitiva.
Seo II
Da Repreenso
Art. 225 Aplica-se a pena de repreenso no caso das proibies previstas do primeiro grau ou na reincidncia
de descumprimento do dever.
Seo III
Da Multa
Art. 226 Quando houver convenincia para o servio, poder ser aplicada a pena pecuniria de multa, na base
de 10% (dez por cento) do subsdio do ms correspondente sua remunerao.
Seo IV
Da Suspenso
Art. 227 A suspenso ser aplicada nos casos de reincidncia das faltas punidas com repreenso e nas
proibies previstas no segundo, terceiro e quarto graus, no podendo exceder a 90 (noventa) dias.
Seo V
Da Demisso
Art. 228 Poder ser aplicada a pena de demisso:
I - nas proibies do quarto grau;
II - por contumcia especfi ca, nas proibies do terceiro grau;
III - por contumcia genrica, por mais de trs punies, no prazo de dois anos, nas proibies do terceiro
grau.
Seo VI
Da Cassao de Aposentadoria
Art. 229 Ser cassada a aposentadoria do policial civil inativo que houver se aposentado irregularmente ou,
quando em atividade, cometer proibies do quarto grau.
CAPTULO III
DAS REGRAS PARA APLICAO DA PENALIDADE
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Art. 230 A natureza, a gravidade, os motivos determinantes e a repercusso da infrao, os danos por ela
causados, o comportamento e os antecedentes funcionais do servidor policial civil, a intensidade do dolo ou
grau de culpa devem ser considerados para a dosagem da sano administrativa.
Art. 231 So circunstncias que atenuam a pena:
I - haver o transgressor procurado diminuir as conseqncias da falta, ou haver, antes da aplicao da pena,
reparado o dano;
II - haver o transgressor confessado espontaneamente a falta perante a autoridade sindicante ou processante,
de modo a facilitar a apurao daquela.
Art. 232 So circunstncias que agravam a pena, quando no constituem ou qualificam outra infringncia
contida nas proibies:
I - reincidncia;
II - a prtica de infrao durante a execuo de servio policial;
III - coao, instigao ou determinao para que outro servidor policial civil, subordinado ou no, pratique
infrao ou dela participe;
IV - impedir ou dificultar, de qualquer maneira, a apurao de falta funcional cometida;
V - concurso de 02 (dois) ou mais agentes na prtica de infraes.
CAPTULO IV
DAS DISPOSIES GERAIS NA APLICAO DA PENALIDADE
Art. 233 O ato que cominar pena ao policial civil mencionar, sempre, a disposio legal em que se
fundamenta.
Art. 234 A aplicao de penalidades pelas proibies constantes desta lei complementar, no exime o policial
civil da obrigao de indenizar o Estado pelos prejuzos causados.
Art. 235 Verificada em processo administrativo disciplinar, acumulao proibida e provada a boa-f, o policial
civil optar por um dos cargos.
1 Provada a m-f, perder tambm o cargo que exercia h mais tempo e restituir o que tiver percebido
indevidamente.
2 Na hiptese do pargrafo anterior, sendo o cargo ou funo exercido em outro rgo ou entidade, a
demisso ser comunicada mediante ato prprio da autoridade competente.
CAPTULO V
DA COMPETNCIA DE JULGAMENTO E APLICAO DAS PENALIDADES
Art. 236 Para julgamento e aplicao das penas previstas nesta lei complementar, so competentes:
I - o Governador do Estado, para aplicao de demisso;
II - o Delegado Geral de Polcia Judiciria Civil, at a suspenso limitada a 90 (noventa) dias;
III - o Corregedor Geral, os Delegados Diretores, at a suspenso limitada a 60 (sessenta) dias;
IV - o Corregedor Geral Adjunto, at a suspenso limitada a 45 (quarenta e cinco) dias;
V - os Delegados Regionais e os Corregedores Auxiliares, at a suspenso limitada a 30 (trinta) dias;
VI - os Delegados de Polcia, at a suspenso limitada a 15 (quinze) dias.
CAPTULO VI
DA EXTINO DA PUNIBILIDADE
Art. 237 Extingue-se a punibilidade pela prescrio:
I - da falta sujeita pena de advertncia, em 01 (um) ano;
60
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Art. 240 A apurao de fatos atribudos ao policial civil ser feita mediante Verificao Preliminar, Sindicncia
Administrativa ou Processo Administrativo Disciplinar, sempre presididos por Delegado de Polcia.
Pargrafo nico A autoridade competente para instaurao de Sindicncia Administrativa ou Processo
Administrativo Disciplinar, se convencida da existncia de irregularidade funcional e de indcios de quem seja
o autor, dever proferir despacho fundamentado do seu convencimento e da gravidade dos fatos atribudos e,
neste caso, em havendo necessidade, afastar preventivamente o policial civil das suas funes e recolher
cdula funcional, arma e algemas cedidas mediante carga, bem como proibi-lo de dirigir ou utilizar viatura
oficial.
CAPTULO II
DA VERIFICAO PRELIMINAR
Art. 241 A verificao preliminar dever ser instaurada, quando forem atribudos ao policial civil, fatos que
possam suscitar dvidas quanto veracidade.
Pargrafo nico A verificao preliminar, de carter informal, ser iniciada de ofcio ou por determinao da
Corregedoria Geral da Polcia Judiciria Civil.
Art. 242 Instruda a denncia atribuda ao policial civil e no havendo tipificao do fato, a autoridade far
breve relatrio sugerindo o seu arquivamento.
Pargrafo nico Ao trmino de 90 (noventa) dias, a verificao preliminar no concluda, dever ser remetida
para anlise do superior imediato da autoridade que a presidir.
Art. 243 Concluda a verificao e tendo decidido pelo arquivamento, dever a autoridade encaminhar cpia
para a Corregedoria Geral.
CAPTULO III
DA SINDICNCIA
Art. 244 Instaurar-se- sindicncia:
I - como preliminar de Processo Administrativo Disciplinar, sempre que no estiver suficientemente
caracterizada a infrao ou definida sua autoria;
II - quando no for obrigatrio o Processo Administrativo Disciplinar, e para aplicao da penalidade de at
trinta dias de suspenso, assegurado o princpio do contraditrio e da ampla defesa.
Art. 245 So competentes para determinar a instaurao de sindicncia as autoridades mencionadas no Art.
236 desta lei complementar.
1 A sindicncia ser instaurada por portaria da autoridade competente.
2 O sindicado dever ser notificado por meio de cpia da portaria instauradora.
3 Se no curso da Sindicncia Administrativa, em qualquer hiptese, surgirem indcios de prtica de crime, a
autoridade sindicante encaminhar autoridade competente as peas necessrias instaurao de inqurito
policial, sem prejuzo da continuidade da apurao no mbito administrativo.
4 A autoridade competente para determinar a instaurao de sindicncia administrativa dever observar a
hierarquia, em toda a sua amplitude, para designar o delegado de polcia que ir presidi-la.
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Art. 246 Compete autoridade sindicante comunicar o incio do feito Corregedoria-Geral e rgo de
pessoal, devendo fornecer o nome do sindicado, sua individualizao funcional, o nmero do feito e a data da
autuao.
Art. 247 A sindicncia ser concluda dentro de 30 (trinta) dias, a contar da data da portaria inaugural,
prorrogvel por mais 30 (trinta) dias, mediante solicitao fundamentada ao superior imediato ou autoridade
que determinou sua instaurao.
Pargrafo nico Cabe autoridade hierarquicamente superior a concesso de eventual prazo complementar
que no exceder a 60 (sessenta) dias, desde que fundamentada a sua solicitao e necessria concluso do
feito, competindo somente ao Diretor-Geral de Polcia Judiciria Civil a concesso excepcional de prazo maior,
que no poder exceder a 90 (noventa) dias.
Art. 248 Instrudo o procedimento e colhidos os elementos necessrios comprovao do fato e da autoria, a
autoridade sindicante:
I - notificar o sindicado com antecedncia de 02 (dois) dias, do local, dia e hora designados para sua oitiva,
bem como do nome das testemunhas arroladas pela autoridade sindicante;
II - poder arrolar at 05 (cinco) testemunhas e a defesa igual nmero;
III - a inquirio de testemunha que esteja em localidade diversa daquela onde se processa a sindicncia,
poder ocorrer por meio de carta precatria em que constaro perguntas prvias e objetivamente
formuladas, devendo ser cumprida com a urgncia necessria e restituda origem;
IV - a sindicncia prosseguir revelia, se o sindicado, devidamente notificado, no comparecer para os atos
necessrios e no havendo advogado constitudo, dever a autoridade sindicante nomear defensor dativo;
V - procedida oitiva do sindicado, inicia-se o prazo de 03 (trs) dias para que este requeira a produo de
provas de seu interesse, que sero deferidas se pertinentes apurao dos fatos;
VI - havendo dois ou mais sindicados o prazo ser contado em dobro;
VII - a autoridade sindicante poder indeferir as diligncias consideradas procrastinatrias ou desnecessrias
apurao do fato, devendo neste caso fundamentar o despacho de indeferimento, dando cincia imediata ao
acusado ou a seu defensor;
VIII - quando o sindicado, devidamente notificado para a produo de provas, no as oferecer no prazo legal,
dever a autoridade sindicante, em despacho, consignar o fato, e aps determinar a notificao do
sindicado para as alegaes finais;
IX - o sindicado ou seu defensor ter vista dos autos na repartio, ou fora dela, mediante carga da segunda
via.
Pargrafo nico A autoridade sindicante poder determinar na portaria inaugural, a suspenso do gozo de
frias e de licena-prmio por parte do sindicado at a concluso do procedimento.
Art. 249 A autoridade sindicante juntar aos autos, cpia da ficha funcional do servidor sindicado.
Art. 250 Encerrada a fase probatria, aps a elaborao do despacho de indiciao, o acusado e seu defensor
sero notificados para apresentao das alegaes finais, no prazo de 03 (trs) dias a partir de sua cincia no
mandado.
1 O despacho de indiciao conter a tipificao, a especificao dos fatos imputados ao acusado e as
respectivas provas;
2 Havendo dois ou mais acusados o prazo ser comum e de 20 (vinte) dias.
3 Se requerida, pela parte ou defensor constitudo, ser concedida vista dos autos fora da repartio,
mediante carga, observado o prazo regimental a partir da cincia no mandado.
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4 Em casos especficos podero ser designadas autoridades policiais, para auxiliarem na conduo do
Processo Administrativo Disciplinar.
Art. 258 A autoridade processante e o secretrio so impedidos de atuar em processo administrativo
disciplinar, quando o denunciante ou acusado for parente consanguneo ou afim em linha reta ou colateral,
at o terceiro grau, cnjuge ou convivente.
Pargrafo nico O servidor comunicar seu impedimento autoridade competente.
Art. 259 O processo administrativo disciplinar ser iniciado pela autoridade processante dentro do prazo
improrrogvel de 10 (dez) dias, a contar da portaria que determinar sua instaurao.
1 O processo administrativo disciplinar ser concludo no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da citao
do acusado, admitida sua prorrogao por igual prazo, quando as circunstncias exigirem, mediante
solicitao destinada autoridade que determinou sua instaurao.
2 O incio do processo administrativo disciplinar ser informado, pela autoridade processante, ao Delegado
Geral de Polcia Judiciria Civil e Superintendncia de Gesto de Pessoas.
Art. 260 A portaria conter minuciosa descrio dos fatos atribudos, em tese, ao acusado, sua tipificao e
dever ser publicado seu extrato no Dirio Oficial do Estado.
Art. 261 A autoridade processante elaborar despacho de instalao respectiva, determinando sua autuao e
demais peas pr-existentes, designar dia e hora para a audincia inicial, determinar a notificao do
denunciante, se houver, a citao do acusado e das testemunhas e as demais providncias de modo a permitir
a completa elucidao dos fatos.
1 O acusado ser citado para interrogatrio:
I - pessoalmente, com antecedncia de dois dias, devendo ser enviada anexa citao, a cpia da portaria
respectiva e do despacho de instalao, que permitam ao acusado conhecer o motivo do procedimento
disciplinar e o enquadramento administrativo em seu desfavor;
II - se estiver em outro municpio deste Estado, pessoalmente, por intermdio do respectivo superior
hierrquico ou delegado de polcia local, a quem sero encaminhadas as cpias da citao e os outros
documentos mencionados no inciso anterior;
III - se estiver em lugar certo e conhecido em outro Estado, pela autoridade local e com as cautelas exigidas no
inciso anterior.
2 Achando-se o acusado em lugar incerto e no sabido, ser citado por edital, trs vezes seguidas,
publicado no Dirio Oficial do Estado e em jornal de grande circulao, com o prazo de 15 (quinze) dias, para
comparecimento a contar da data da ltima publicao, devendo o secretrio certificar no processo as datas
em que o edital for publicado.
3 autoridade processante facultado arrolar at oito testemunhas.
Art. 262 O denunciante, se existir, prestar, preferencialmente, suas declaraes antes do interrogatrio do
acusado.
Pargrafo nico No processo administrativo disciplinar o acusado assistir inquirio do denunciante, salvo
se este alegar constrangimento ou intimidao, porm tal proibio no se aplica ao defensor do acusado que
poder participar formulando perguntas ao denunciante.
Art. 263 No comparecendo o acusado regularmente citado, a revelia ser declarada, por termo, nos autos do
processo, nomeando a autoridade, se necessrio, um advogado para defend-lo.
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Art. 264 O acusado dever constituir advogado para todos os atos de termos do processo.
Pargrafo nico No tendo o acusado recursos financeiros ou negando-se a constituir advogado, nomear a
autoridade processante um advogado.
Art. 265 Aps o interrogatrio do acusado, ser notificado com cpia ao seu defensor, abrindo vistas dos
autos, no prazo de cinco dias para produo de provas e contra provas e para formular quesitos, quando se
tratar de prova pericial.
1 Ao acusado facultado arrolar at 08 (oito) testemunhas.
2 Se requerida, pela parte ou pelo defensor constitudo, ser concedida vista dos autos fora da repartio,
mediante carga, observado o prazo disposto no caput.
Art. 266 Findo o prazo referido no artigo anterior, a autoridade processante designar as audincias de
instruo, notificando o acusado e seu defensor, do dia, hora e local das audincias e das testemunhas
arroladas.
1 Sero ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pela autoridade processante e em seguida as
arroladas pelo acusado.
2 O denunciante, o acusado e as testemunhas, se necessrio, podero ser ouvidos, reinquiridos ou
acareados, em mais de uma audincia.
3 A notificao de servidor pblico ser feita pessoalmente e comunicada ao chefe imediato, com a
indicao do dia e hora marcados para sua inquirio.
4 O comparecimento de militar ser requisitado ao respectivo comandante, com os esclarecimentos
necessrios.
Art. 267 A testemunha arrolada no poder eximir-se de depor, salvo se for ascendente, descendente,
cnjuge ou convivente, ainda que separado legalmente, irmo, sogro, cunhado, pai, me ou filho adotivo do
acusado, exceto quando no for possvel, de outro modo, obter-se provas do fato e de suas circunstncias.
1 Os parentes do denunciante, nos mesmos graus, fi cam proibidos de depor, salvo a exceo prevista
neste artigo.
2 O policial civil que se recusar a depor sem motivo justo ser objeto de apurao em sindicncia
administrativa por meio da autoridade competente, devendo o resultado final ser comunicado autoridade
processante.
3 Na hiptese do policial civil ser ouvido fora da sede de seu exerccio, ter direito, exceto o acusado, a
transporte e diria, na forma da legislao.
Art. 268 So proibidas de depor as pessoas que, em razo de funo, ministrio e ofcio ou profisso, devam
guardar segredo, a menos que desobrigadas pela parte interessada, queiram dar seu testemunho.
Art. 269 A testemunha que residir em municpio diverso da sede da autoridade processante, sua inquirio
poder ser deprecada autoridade policial do local de sua residncia.
1 A autoridade processante certificar-se- da data e do horrio da realizao da audincia de inquirio
para dar cincia, com cinco dias de antecedncia, ao acusado e a seu defensor, em cumprimento ao direito
de ampla defesa e do contraditrio.
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2 A carta precatria conter a sntese da imputao, indicar sob a forma de quesitos os esclarecimentos
pretendidos e solicitar a comunicao tempestiva da data da audincia.
Art. 270 A autoridade processante, se entender conveniente, ouvir o denunciante e as testemunhas no
municpio de residncia.
Art. 271 As testemunhas arroladas pelo acusado devero ser notificadas a comparecer na audincia, salvo
quando o acusado se comprometer em apresent-las espontaneamente.
Pargrafo nico Ser notificada a testemunha que no comparecer espontaneamente.
Art. 272 A autoridade processante poder indeferir pergunta ou repergunta do mesmo gnero, devendo
neste caso constar do termo da audincia.
Art. 273 Em qualquer fase do processo poder a autoridade processante ordenar diligncia que entender
conveniente, de ofcio ou a requerimento do acusado.
Pargrafo nico Sendo necessrio o concurso de tcnicos ou peritos oficiais, a autoridade processante poder
requisit-los, observados os impedimentos de ordem legal.
Art. 274 A autoridade processante, em despacho fundamentado, poder denegar pedidos e indeferir as
diligncias requeridas com a finalidade manifestamente protelatria ou de nenhum interesse para
esclarecimento do fato.
Art. 275 No curso do processo, a autoridade processante, tendo conhecimento de novas imputaes em
desfavor do acusado, dever de imediato dar cincia autoridade que determinou a instaurao do
procedimento administrativo disciplinar.
1 Quando as novas imputaes forem pertinentes ao processo, delas ser citado o acusado, por meio de
cpia da portaria complementar, da autoridade competente, reabrindo-lhe o prazo para produo de provas.
2 Se as novas imputaes no tiverem ligaes com o processo, ser designada outra autoridade
processante ou autoridade policial para apurao dos fatos.
Art. 276 Encerrada a fase probatria, aps a elaborao do despacho de indiciao, o acusado e seu defensor
sero notificados para apresentao das alegaes finais, no prazo de 10 (dez) dias a partir de sua cincia no
mandado.
1 O despacho de indiciao conter a tipificao, a especificao dos fatos imputados ao acusado e as
respectivas provas;
2 Havendo dois ou mais acusados o prazo ser comum e de 20 (vinte) dias.
3 Se requerida, pela parte ou defensor constitudo, ser concedida vista dos autos fora da repartio,
mediante carga, observado o prazo regimental a partir da cincia no mandado.
4 No tendo sido apresentadas alegaes finais a autoridade processante designar, para oferec-las,
defensor dativo, abrindo-lhe novo prazo.
Art. 277 Findo o prazo das alegaes fi nais e saneado o processo, a autoridade processante apresentar seu
relatrio minucioso e conclusivo, dentro do prazo de 10 (dez) dias, do qual constar:
I - apreciao, separadamente em relao a cada acusado, das irregularidades que lhes foram imputadas, as
provas colhidas e as razes da defesa, propondo ao fi nal pela absolvio ou punio, meno das provas em
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que se baseou para formar sua convico, indicao dos dispositivos legais violados e as circunstncias
atenuantes ou agravantes;
II - sugesto de outras providncias relacionadas com o feito que lhe paream de interesse pblico.
Art. 278 O processo relatado ser encaminhado autoridade que determinou sua instaurao para
julgamento, no prazo de 20 (vinte) dias, de acordo com sua competncia.
1 Se a penalidade a ser aplicada exceder a competncia da autoridade processante, ser o processo
administrativo disciplinar encaminhado para a autoridade competente que decidir pela aplicao da pena
em igual prazo.
2 Havendo mais de um acusado e diversidade de sano, o julgamento caber autoridade competente
para imposio de pena mais grave.
3 Se a penalidade prevista for demisso ou cassao de aposentadoria, sua aplicao caber ao
Governador do Estado, amparado no julgamento proferido pela autoridade processante, observada a
manifestao do Conselho Superior de Polcia, quando houver recurso.
4 A autoridade instauradora, quando o relatrio da autoridade processante contrariar as provas dos autos,
poder motivadamente agravar a pena, dentro da sua competncia para aplicao desta, abrand-la ou
isentar o servidor da responsabilidade.
Art. 279 Recebido o processo, o Presidente do Conselho Superior de Polcia Judiciria Civil o distribuir dentro
de 05 (cinco) dias ao relator.
1 O relator, no prazo improrrogvel de 20 (vinte) dias, dever apresentar seu parecer e voto, ou
determinar a realizao de diligncia que entender necessria ao melhor esclarecimento dos fatos.
2 A autoridade processante ter 30 (trinta) dias de prazo para a realizao das diligncias determinadas
pelo relator.
3 Sobre as provas resultantes das diligncias, manifestar-se- o acusado no prazo de 05 (cinco) dias, e a
autoridade processante, em igual prazo, devolvendo o processo ao relator.
4 O relator devolver o processo secretaria do Conselho, com seu parecer e voto, dentro do prazo de 15
(quinze) dias, improrrogveis.
5 Se outro conselheiro pedir vistas dos autos, os receber na prpria reunio e dever devolv-lo na
secretaria, com seu voto, dentro de cinco dias, apreciando-se o processo na primeira sesso ordinria
posterior.
6 Aps apreciao pelos membros Conselho Superior de Polcia Judiciria Civil, o Presidente do Conselho
elaborar despacho fundamentado, acolhendo ou no a manifestao do Conselho, e se for o caso, aplicar a
penalidade ou encaminhar a autoridade competente para aplicao da pena.
Art. 280 O processo administrativo disciplinar ser sobrestado se o acusado for demitido por deciso
proferida em outro procedimento disciplinar.
Pargrafo nico O processo administrativo disciplinar sobrestado retomar andamento se o acusado for
reintegrado ao cargo que ocupava e no tiver ocorrido a prescrio.
Art. 281 defeso fornecer a qualquer meio de divulgao nota sobre o ato processual antes de seu
julgamento.
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Art. 282 O servidor que responder a processo administrativo disciplinar s poder ser exonerado a pedido, ou
aposentado voluntariamente, aps o julgamento do processo e o cumprimento da penalidade. Pargrafo
nico Havendo requerimento de exonerao a pedido, este deve ser juntado nos autos para apreciao ao
trmino do procedimento.
TTULO XIII
DA RECONSIDERAO, DO RECURSO E DA REVISO
Art. 283 assegurado ao servidor o direito de recorrer em defesa do direito ou interesse legtimo.
CAPTULO I
DA RECONSIDERAO
Art. 284 Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira
deciso, no podendo ser renovado.
Art. 285 O prazo para interposio de pedido de reconsiderao de 05 (cinco) dias, a contar da cincia do
servidor ou da publicao da deciso recorrida.
Art. 286 O requerimento do pedido de reconsiderao dever ser encaminhado por intermdio da autoridade
a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
1 O requerimento de reconsiderao deve ser imediatamente encaminhado pela autoridade que o recebeu
e decidido pela autoridade julgadora dentro de cinco dias.
2 O pedido de reconsiderao somente ser aceito nos casos em que a autoridade que proferiu o ato tiver
competncia para a aplicao da penalidade.
CAPTULO II
DO RECURSO
Art. 287 Caber recurso administrativo:
I - das decises administrativas e disciplinares.
II - do indeferimento do pedido de reconsiderao.
1 O recurso ser dirigido autoridade que proferiu a deciso, que verificar a tempestividade e
encaminhar a autoridade superior para anlise deste.
2 O prazo para interposio de recurso de 15 (quinze) dias, a contar da cincia da deciso administrativa
ou disciplinar.
Art. 288 O recurso ser recebido com efeito devolutivo, todavia, poder ser recebido com efeito suspensivo,
desde que fundamentado, para evitar possveis leses ao direito do recorrente ou para salvaguardar
interesses superiores da administrao.
CAPTULO III
DA REVISO
Art. 289 O processo disciplinar poder ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou de ofcio, quando:
I - a deciso houver sido proferida contra expressa disposio legal;
II - a deciso for contrria evidncia colhida nos autos;
III - a deciso se fundar em depoimentos, exames periciais, vistorias e documentos falsos;
IV - surgirem, aps a deciso, provas de inocncia do punido;
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Art. 301 O Estado fornecer aos policiais civis, armas, munio, algema, distintivo, colete balstico e carteira
funcional, necessrios ao exerccio da funo.
Pargrafo nico O policial civil obrigado a devolver, no dia da publicao do ato de aposentadoria,
exonerao ou demisso, os objetos recebidos na forma deste artigo.
Art. 302 Fica autorizado o custeio de despesas funerais quando o bito do policial civil ocorrer em servio,
consoante for regulamentado em Decreto.
Pargrafo nico As despesas decorrentes correro conta do Fundo Estadual de Segurana Pblica.
Art. 303 O quadro da Polcia Judiciria Civil ser fixado mediante lei ordinria, observados:
I - o crescimento populacional;
II - a criao de novos municpios;
III - o ndice de criminalidade e de violncia.
Art. 304 Fica a autoridade competente autorizada a fornecer 01 (uma) refeio ao policial civil, sujeito ao
cumprimento de escala de planto ou servio, para cada perodo que ultrapassar oito horas ininterruptas,
havendo justificado interesse do servio.
Art. 305 So vedados, ao ocupante do cargo de carreira policial civil, o afastamento, a disposio ou cesso
para outros rgos da Administrao Pblica direta ou indireta, de quaisquer dos Poderes Federal, Estadual
ou Municipal, com nus para o rgo de origem.
Art. 306 Aplicam-se subsidiariamente, aos policiais civis, nos casos omissos, as disposies do Estatuto dos
Servidores Pblicos do Estado de Mato Grosso.
Art. 307 Para efeito desta lei complementar considera-se policial civil o Delegado de Polcia, o Investigador de
Polcia e o Escrivo de Polcia.
Art. 308 As designaes para funes especializadas, nos termos desta lei complementar, devero recair
preferencialmente aos policiais civis.
Art. 309 Ficam criadas e transformadas as funes de direo na estrutura organizacional bsica e setorial da
Polcia Judiciria Civil, estabelecidas no Anexo nico desta lei complementar, com a denominao e
quantificao previstas.
Art. 310 Revogam-se as disposies em contrrio, em especial a Lei Complementar n 155, de 14 de
janeiro de 2004 e a Lei n 8.348, de 06 de julho de 2005.
Art. 311 Esta lei complementar e suas disposies transitrias entram em vigor na data da sua publicao.
CAPTULO I
DAS DISPOSIES TRANSITRIAS
Art. 312 Somente se aplicar esta lei complementar s infraes disciplinares praticadas na vigncia da lei
anterior quando:
I - o fato no for mais considerado infrao disciplinar;
I - de qualquer forma for mais branda a pena cominada.
Art. 313 Os processos e sindicncias em curso, quando da entrada em vigor desta lei complementar,
obedecero ao rito processual estabelecido pela legislao anterior.
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