Astm A106 Tubo
Astm A106 Tubo
Astm A106 Tubo
B PELO
PROCESSO A ARCO ELTRICO COM ARAME TUBULAR COM
ATMOSFERA PROTEGIDA (FCAW-G)
S586s
BCTG/2010-161
AGRADECIMENTOS
A minha me D. Lucila, pelo seu apoio, amor e dedicao.
A minha companheira Goretti Varella, pela compreenso da minha ausncia, por
seu amor, incentivo e amizade.
Ao meu filho Vincius, por sua compreenso pela minha ausncia, por seu amor,
incentivo e amizade.
Aos meus irmos, Sandra e Haroldo, Ana e Murilo, Luiza e Marcos, Marquinho e
ngela, pelo apoio e incentivo.
Ao meu amigo e irmo Jos Claudino, pelo apoio e incentivo cotidianos.
Ao meu tio Luiz Gonzaga, que sempre me estimulou profissionalmente.
Aos meus amigos Paulo Carvalho, Ricardo Guedes, Rosildo Rosa e Antonio
Almir, pelo apoio, colaborao e estmulo.
Aos meus amigos Mariza Varella, Reynaldo Rubem e Helena, Reynaldo Rubem
Filho e Joyce, Joo Barbalho, Geraldo Pinho, Elzia Varella, Pedro Neto, pelo
apoio e estmulo.
A minha amiga Clarisse Ferro, pelo seu apoio e incentivo.
A Camila e Luiza.
A todos os meus amigos que compem a Vrtice: Paulo e Pricles Macrio,
Mauro, Andr Lins, Eduardo Henrique, Eduardo Pontual, Leonardo Maia, Mrcio,
Ketoly, Jssica, Fbio, Sr. Artur, Marcos Silva, Paloma, Jonatas, Lucas,
Emmanuel, e aos que j compuseram, pelo apoio e incentivo.
Aos meus amigos Silas Ribeiro, Mrio Arago, Celso Mazolli, Wayne Guedes,
Mrcio Rollemberg, Joo Santos, Fbio Jazon.
Aos meus amigos de pedaladas Airton Jnior, Paulinho, Andr Bike, Gandhi e
Odilon pelo apoio e estmulo.
Ao meu orientador, Prof Dr. Severino Leopoldino Urtiga Filho, pela pacincia,
colaborao e dedicao.
Ao Prof Czar Gonzales, pelo apoio e estmulo.
A Orlando e ao Prof Carlos, pelo apoio e colaborao.
Aos Professores Eduardo, Jeorge por terem dado todo apoio na execuo das
soldagens na unidade do SENAI do Cabo de Santo Agostinho - PE.
ii
iii
DEDICATRIA
Dedico este trabalho a memria do meu Pai:
Mrio Lira da Silva,
Pelos exemplos de tica,
Competncia e Determinao,
oferecidos aos seus filhos,
netos e amigos, durante toda a sua vida.
iv
RESUMO
Nas indstrias de processo, os diversos equipamentos formam uma cadeia
contnua, atravs da qual circulam os fluidos, o meio de ligao entre os mesmo
se d atarvs de tubulaes que so consideradas como equipamentos de
processo. A falta ou paralisao de um nico equipamento, sem que tenha sido
programa, pode gerar perdas financeiras em grande escala. Neste ambiente, as
tubulaes so responsveis pela conduo dos fluidos, as quais operam em
muitos casos em severas condies de servio. Na ocasio da montagem, as
tubulaes passam por processos de soldagem nos seus diversos mtodos de
ligao, durante o processo de soldagem so geradas zonas de aquecimento
localizadas nas juntas onde o material do tubo fica sujeito a variaes na sua
microestrutura, o que gera mudanas nas suas propriedades. O processo de
soldagem mais utilizado na soldagem de tubulaes nas montagens industriais
o da soldagem a arco eltrico com eletrodo revestido. Este trabalho apresenta o
resultado do estudo das propriedades mecnicas e estruturais de juntas de tubos
soldadas com arame tubular. Para tanto, utilizou-se tubos confeccionados em ao
ASTM A106 Gr B, recomendado para o transporte de fluidos em alta temperatura,
soldado com o processo de soldagem por arco eltrico com Arame Tubular
Protegido. As soldas de raiz foram feitas com dois diferentes processos: TIG e
Arame Tubular, quando se utilizou arame tubular na raiz, este foi feito com o
mesmo material de enchimento e acabamento. As soldas de enchimento e
acabamento foram feitas com dois tipos de arame tubular, um rutlico e outro
metal cored. Foram realizados ensaios de microdureza e de trao, e anlise
microestrutural e macroestrutural das juntas soldadas para verificao das suas
possveis variaes. Os resultados evidenciaram variaes nas propriedades das
juntas soldadas quando se realiza a solda nas diferentes amperagens adotadas
neste trabalho, porm mostrou-se possvel a utilizao do processo estudado em
pequenas juntas de peas que possam vir a serem fabricadas em canteiros de
obra.
Palavras Chaves: ASTM A 106 Gr B, arame tubular, propriedades de juntas
soldadas.
v
ABSTRACT
vi
LISTA DE TABELAS
PAG.
23
23
25
25
25
25
26
26
34
34
35
Tabela 3.12 Condies de soldagem por passe entre as mostras com arame
tubular com enchimento metlico
36
37
Tabela 3.14 Condies de soldagem por passe entre as amostras com arame
tubular rutlico
38
47
48
50
vii
51
52
55
56
58
59
60
61
63
64
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 Tubulaes de uma indstria de processos, fonte Petrobras.
10
11
13
15
19
22
23
27
29
29
Figura 3.6 - Fotos do retificador Origo Arc 456 da ESAB, utilizado para
soldagem das razes das juntas com TIG.
30
31
31
ix
32
32
39
Figura 3.12 - Foto acoplamento das juntas feito por pontos de solda.
39
40
40
41
41
42
42
43
43
Figura 3.21 - Posio de retirada dos corpos de prova para ensaio de trao
(ASME Seo 9 Edio 2003) (ASME Seo 9 Edio 2003).
44
33
45
46
46
47
48
48
49
49
49
50
51
51
52
52
52
53
Figura 4.11 - Foto dos corpos de prova aps o ensaio de trao, agrupados
para anlise visual das fraturas e outros aspectos
55
56
56
66
xi
Figura 4.15 Macrografias dos corpos de prova soldados com: Raiz em TIG
e Acabamento com Arame Tubular com enchimento Metlico (2,2x).
66
67
Figura 4.17 Macrografias dos corpos de prova soldados com: Raiz em TIG
e Acabamento com Arame Tubular com enchimento Rutlico (2,2x).
67
68
68
69
69
70
70
71
71
xii
LISTA DE SIGLAS
ABNT
AISI
ASME
ASTM
API
AWS
ISO
IIW
NBR
SAE
m
mm
m
m3/h
m/s
C
%
Kg/h
kW
TIG
FCAW
MIG/MAG
SMAW
min
A
V
DC
W
Ar
CO2
xiii
SUMRIO
1.
INTRODUO E OBJETIVOS
1.1 Apresentao do problema e motivao
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
1.2.2 Objetivos especficos
1.3 Apresentao
1
2
4
4
4
4
2.
REVISO BIBLIOGRFICA
2.1 Soldagem como elemento de ligao entre tubos metlicos
2.2 Tubos de ao para altas temperaturas
2.2.1 Fabricao de tubos sem costura
2.3 Soldagem por fuso
2.4 Soldagem com arame tubular (FCAW - Flux Cored Arc Welding)
2.4.1 Soldagem com arame tubular protegido (FCAW-G)
2.4.2 Soldagem com arame tubular autoprotegido (FCAW-S)
2.5 Consumveis na soldagem FCAW
2.5.1 Eletrodos
2.5.2 Gases de proteo
2.6 Equipamentos
2.7 Parmetros de soldagem
2.8 Temperatura de preaquecimento
2.9 Carbono equivalente
2.10. Ensaios mecnicos
2.10.1 Ensaio de trao
2.11 Macro e microestrutura da regio soldada
2.12 Microdureza da regio soldada
5
5
6
6
7
8
10
11
12
12
14
15
15
16
16
17
17
18
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3.
21
21
22
22
24
24
24
25
26
26
27
28
28
29
29
30
33
34
xiv
35
4.
RESULTADOS E DISCUSSES
4.1 Parmetros de soldagem
4.2 Resultados dos ensaios de trao
4.2.1 Resultados do limite de resistncia LR
4.2.2 Resultados do limite de escoamento LE
4.2.3 Resultados do alongamento
4.3 Ensaios de microdureza
4.4 Caracterizao das macroestruturas
4.5 Caracterizao das microestruturas
48
48
54
57
60
62
64
65
67
5.
CONCLUSES
72
6.
73
7.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
74
37
39
40
41
41
42
42
43
43
44
45
46
47
48
xv
Captulo 1
INTRODUO E OBJETIVOS
1.1 Apresentao do Problema e Motivao
As indstrias em geral necessitam de fluidos (lquidos ou gasosos), quer
sejam utilizados como insumo (processo), quer sejam para operacionalizao dos
equipamentos
(movimentao,
aquecimento,
resfriamento,
limpeza,
instrumentao e etc.). Neste contexto, a tubulao torna-se um elemento
imprescindvel para o deslocamento dos fluidos.
Nas indstrias de processo, onde as tubulaes chagam a custar at 25%
do valor de empreendimento, destes, cerca de 50% so relativos a montagem,
tornando a soldagem um elemento significativo na composio desses custos
posto que um dos principais meios de ligao entre os tubos e acessrios.
Grande parte das tubulaes so compostas de aos e em menor
intensidade em polmeros, cermicas e outros materiais, normalmente utilizados
em vedaes e sedes de vlvulas.
Com a retomada do desenvolvimento industrial no Nordeste do Brasil com
a perspectiva de instalao de refinarias de petrleo em Pernambuco, Cear e
Maranho, haja vista que este tipo de indstria trs consigo uma outra srie de
empreendimentos tais como: indstrias petroqumicas e de processos, que de um
modo geral so grandes utilizadores de instalaes de tubulaes industriais.
A necessidade por maior produtividade tem levado empresas de montagem
a buscarem alternativas para soldagem de componentes em geral, sobretudo, de
tubulao e estruturas j que estes so, de modo geral, os principais
consumidores de solda nas montagens industriais.
A soldagem encontra-se presente em, basicamente, todos os meios de
ligao de tubos, exceto em tubulaes roscadas e/ou outros casos especficos
aqui no listados.
Atualmente, para a soldagem de tubulaes em campo, o processo de
soldagem com eletrodo revestido, ou combinao deste com outros processos,
sobretudo TIG, so os mais utilizados. Devido as suas caractersticas de
facilidade e operacionalidade, de fcil manuseio dos equipamentos e da facilidade
de controle das influncias do ambiente externo.
Dentro de uma viso de eficincia competitiva, apresenta-se como
alternativa a utilizao do processo de soldagem com Arame Tubular (FCAW ) na
soldagem de peas, fabricadas nos pipe shops instalados nos canteiros de obra
de montagem mecnicas, onde so fabricadas peas compostas de tubos e
acessrios de diversos tamanhos e geometrias. Nas figuras 1.1 e 1.2 observa-se
algumas exemplos de peas que so fabricadas nas condies citadas.
1
Figura 1.1 Tubulaes preparadas para solda num canteiro de obras (pipe
shop), fonte Vrtice Engenharia.
Figura 1.2 Pequenas peas tubulares spools soldas num canteiro de obras
(pipe shop), fonte Vrtice Engenharia.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Estudar a soldagem de tubos com o processo a arco eltrico com Arame
Tubular Protegido (FCAW-G) com arames com enchimentos rutlico e metlico na
soldagem em tubos de ao para altas temperaturas (ASTM A-106 Gr.B),
caracterizando as propriedades mecnicas e metalrgicas das juntas soldadas,
objetivando apresentar este processo como uma alternativa favorvel no tocante
a produtividade e a qualidade e, conseqentemente, a minimizao dos custos
em relao ao processo com eletrodo revestido na soldagem de tubos metlicos,
hoje utilizado nas montagens mecnicas dentro das indstrias.
1.3 Apresentao
Para atender aos objetivos propostos, esta dissertao foi estruturada por
captulos. No captulo 1 apresentada uma introduo ao trabalho, com a
motivao para sua realizao. O captulo 2 refere-se a reviso bibliogrfica com
a fundamentao terica necessria para suporte pesquisa realizada. No
captulo 3, so apresentados os equipamentos e o planejamento experimental
para realizao da pesquisa. J o captulo 4 aborda os resultados e as discusses
da pesquisa. O captulo 5 as concluses. No captulo 6 so apresentadas as
sugestes para trabalhos futuros. Ao final da dissertao, no captulo 7, so
relacionadas as referncias bibliogrficas consultadas.
4
Captulo 2
REVISO BIBLIOGRFICA
2.4 Soldagem com Arame Tubular (FCAW - Flux Cored Arc Welding)
A explorao comercial deste processo remonta 1920, sendo que antes
de 1930 vrias estruturas de grande porte foram construdas na Alemanha
atravs de sua utilizao. Porm, naquela poca ainda no era comum a
fabricao de arames com o dimetro reduzido para serem enrolados em
bobinas, sendo o consumvel fabricado, portanto, em pequenas extenses. A
maior dificuldade a ser contornada, se refere proteo que a escria lquida
deve fornecer ao metal, quando esse transferido desde o eletrodo para a poa
de fuso. Estes problemas impediram uma maior popularizao desse processo,
at que o advento do processo de proteo por gs inerte (MIG - Metal Inert Gas),
em torno de 1950, fez renascer o interesse pelo mesmo, alm do uso de
constituintes pr-fundidos e adio de compostos bsicos em fluxo rutlico [11].
Por volta da dcada de 1980, finalmente, alguns fabricantes resolveram os
inconvenientes existentes, tanto que este processo se apresenta atualmente
como una excelente alternativa para alta produtividade, com qualidade [21].
No processo de soldagem com Arame Tubular (FCAW - Flux Cored Arc
Welding), a coalescncia dos metais ocasionada por um arco eltrico que
estabelecido entre um eletrodo metlico tubular contnuo e a pea a ser soldada.
A proteo do arco feita pelo fluxo interno do arame, podendo ser
complementada por um gs de proteo. A escria formada, alm de atuar
metalurgicamente, protege a solda durante a solidificao.
A soldagem com Arame Tubular um processo que acumula as principais
vantagens da soldagem com arame slido e proteo gasosa (MIG-MAG), como
alto fator de trabalho do soldador, alta taxa de deposio e rendimento, resultando
em maior produtividade e qualidade da solda. Inclui tambm as vantagens da
soldagem manual a arco eltrico com eletrodo revestido (SMAW), como alta
versatilidade e facilidade de operao em ambientes abertos [2,17].
As duas variaes neste processo so: numa a proteo do arco e do
cordo de solda feita por um fluxo slido contnuo contido no interior do eletrodo
tubular complementado por um fluxo de gs fornecido por uma fonte externa
(FCAW-G); na outra a atmosfera protetora feita somente pelo fluxo interno do
arame que decomposto durante a fuso do mesmo, sem a necessidade de uma
fonte externa de gs (FCAW-S).
Alguns dos benefcios ocasionados na utilizao da soldagem com o
processo de Arame Tubular so [4,17]:
Figura 2.4 Esquema de soldagem com arame tubular pelo processo FCAW-G,
adaptado de Welding Handbook, 1995.
2.4.2 Soldagem com Arame Tubular Autoprotegido (FCAW-S)
10
Figura 2.5 Esquema de soldagem com arame tubular pelo processo FCAW-S,
adaptado de Welding Handbook, 1995.
Este processo de soldagem adequado para situaes de soldagem em
campo, onde a influncia de ventos brandos no afeta a qualidade do cordo de
solda.
11
2.5.1 Eletrodos
No processo de fabricao de arames tubulares uma fita ou fio mquina
passa por um conjunto de rolos de conformao at sua seco transversal
possuir o perfil "U", a seguir o fluxo interno alimentado e outro conjunto de rolos
de conformao fecha sua seco. Posteriormente, o arame tem seu dimetro
reduzido at atingir a dimenso desejada. Esta reduo pode ser atravs da
trefilao utilizando fieiras ou rolos (roller dies). Durante este processo, caso a
reduo da seco seja efetuada por trefilao, so utilizados lubrificantes que
sero posteriormente queimados em fornos para remoo do excesso [4].
Alm da funo de proteger o arco da contaminao pela atmosfera, o
fluxo interno do arame pode tambm atuar como desoxidante atravs da escria
formada, acrescentar elementos de liga ao metal de solda e ajudar a estabilizar o
arco.
So arames tubulares ocos com alma formada por um fluxo fusvel de
baixo teor de hidrognio. Quando o gs protetor for de natureza ativa, devem
estar presentes na composio qumica do eletrodo elementos desoxidantes, tais
como o Mn, e o Si. No caso dos arames autoprotegidos, existe na composio
qumica do fluxo a presena do Al [21].
As especificaes AWS A5. 20 e A5.29 classificam arames tubulares para
aos C-Mn e baixa liga respectivamente. Para aos inoxidveis so utilizados
arames classificados pela AWS A5.22.
Existem dois tipos de arames tubulares:
Autoprotegido onde a proteo do arco e da poa de fuso feita unicamente
pela queima do fluxo em p, contido no ncleo do arame. O arame tubular
autoprotegido possui no seu interior uma quantidade maior de fluxo, o que
proporciona durante a sua queima uma produo de gases e fumos suficiente
para atuar tanto nas caractersticas de fuso, quanto na proteo global da
poa de fuso durante a soldagem.
Com Proteo adicional de gs onde, alm dos gases gerados pelo fluxo,
utilizado um gs adicional para a proteo, que flui pelo mesmo bocal de onde
emerge o arame tubular.
Na soldagem por arame tubular com proteo gasosa, a queima e
vaporizao do revestimento proporcionam a estabilizao do arco eltrico, bem
12
Enchimento
13
14
15
Ceq = %C +
1
1
1
Mn + (Cr + Mo + V ) + ( Ni + Cu )(% )
6
5
15
(2.1)
16
(2.2)
(2.3)
17
18
20
Captulo 3
MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E PLANEJAMENTO
EXPERIMENTAL
3.1 Marcao das Juntas
Para controle da manipulao das juntas e extrao dos corpos de prova,
foi elaborado um procedimento para marcao das juntas conforme descrito a
seguir:
Juntas soldadas com Arame Tubular Metal Cored:
AB2
AB3
AR2
AR3
21
3.2 Material
Devido termos tido acesso e, ao alto custo da elaborao de uma EPS
(Especificao de Procedimento de Soldagem), decidimos estabelecer os
parmetros de soldagem a partir das recomendaes dos fabricantes e de
experimentos realizados na prtica. Para iniciarmos as atividades estabelecemos
alguns critrios que sero apresentados a seguir.
22
Tabela 3.1 Composio qumica do material (ASTM A-106 Gr.B Ed. 2008) % em
massa
Mn
Si
0,30
0,29-1,06
0,035
0,035
0,10
Cr
Cu
Mo
Ni
0,40
0,40
0,15
0,40
0,08
Tabela 3.2 - Propriedades mecnicas do material (ASTM A-106 Gr.B Ed. 2008)
Limite de
Escoamento LE
(MPa)
Limite de
Resistncia LR
(MPa)
Relao
LE/LR
Alongamento
(%)
240
415
0,58
33
23
3.2.3.1 Material utilizado para soldagem da raiz das juntas AR3 e AB3
Vareta TIG, cobreada, ligado ao cromo-molibidnio (1%Cr-0,5%Mo),
classificao AWS/ASME SFA-5.18, dimetro de 2,4 mm, destinado a soldagem
de vasos e tubulaes, as propriedades qumicas esto na tabela 3.3 e
mecnicas na tabela 3.4.
24
Mn
Si
Cr
Mo
Tigrod 13.12
ESAB
0,10
1,00
0,60
1,2
0,5
720
0,78
26%
Mn
Si
Cr
Ni
Cu
OK Tubrod WS
ESAB
0,03
1,10
0,55
0,50
0,45
0,55
Limite de
Resistncia LR
(MPa)
Relao
LE/LR
Alongamento
(%)
550
620
0,89
25
25
Mn
Si
OK Tubrod 71 Ultra
ESAB
0,055
1,50
0,60
Limite de
Resistncia LR
(MPa)
Relao
LE/LR
Alongamento
(%)
630
670
0,94
24
3.2.4 Gs de Proteo
Na soldagem por arame Tubular com proteo gasosa, a queima e
vaporizao do revestimento proporcionam a estabilizao do arco eltrico, bem
como a melhoria das caractersticas do metal depositado. No entanto, sendo
pouca a quantidade de revestimento, a sua queima no permite obter o volume
necessrio de gases para proteo global do banho de fuso, sendo necessrio
utilizar uma proteo adicional de gs.
Os gases utilizados para soldagem com arame Tubular so basicamente
os mesmos utilizados na soldagem MIG/MAG com arame slido, sendo os mais
utilizados o dixido de carbono como gs ativo e Argnio ou Hlio como gases
inertes, podendo tambm utilizar-se a mistura destes, de acordo com as
especificaes do fabricante do arame.
No nosso caso foi utilizado o gs Stargold TUB da White Martins, sendo
este uma mistura de gases Argnio e o Dixido de Carbono (Ar + 20-25% CO2),
com a vazo de 10 L/min. a presso de 150 kgf/mm para todos os passes.
26
27
3.3.1 Fonte
Para a execuo da soldagem foi utilizada a fonte Pro 3200 Evolution da
Kemppi com as seguintes caractersticas:
Faixa de corrente
Tenso
Ciclo de trabalho a 20C
Ciclo de trabalho a 40C
Voltagem de conexo 3~
Voltagem do circuito aberto
Grau de proteo
A
V
A
A
V
V
5-320
10-36
320 (100%)
320 (100%)
400
65
IP23C
V DC
W
50
100
A
A
520
440
4 roldanas
mm
mm
mm
mm / kg
m/min
0,6-2,4
0.8-2,4
1.0-2,4
300 / 20
0-18
28
A/V
KVA
A
A
60 / 23 e 425 / 37
37
300
230
29
Figura 3.6 - Fotos do retificador Origo Arc 456 da ESAB, utilizado para soldagem
das razes das juntas com TIG.
3.5 Girador do Tubo
Para execuo da experincia, foi desenvolvido o projeto e a fabricao de
um equipamento girador de tubos com acionamento eltrico com inversor de
freqncia, de modo a obter-se um controle total da velocidade perifrica da junta
a ser soldada, ver figuras 3.7 e 3.8.
O projeto levou em considerao aspectos tais como:
CONJUNTO
30
31
32
33
Material
de Base
Dimetro nominal
Espessura
Material
Quantidade de juntas
Processo de Soldagem
Posio de Soldagem
Direo de Soldagem da Raiz
Equipamento de Soldagem da Raiz
Gs de Proteo
Mtodo
Forma de acoplamento
Remoo do acoplamento
Mtodo de limpeza do passe da
Raiz
Mtodo de limpeza dos demais
Passes
4 (114,3 mm externo)
6,02 mm (SCH. 40)
ASTM A-106 Gr.B
2 (AB3 e AR3)
TIG
1G
Descendente
Origo Arc 456 ESAB
Argnio (100%) ONU
1006
Ponto de solda
No aplicvel
Escova manual
Escova manual
Parmetros
de
Soldagem
Especificao AWS/ASME
Marca comercial
Dimetro (mm)
Processo
Polaridade
Corrente de Base (A)
Tenso (V)
Passe de Raiz
SFA-5.28
Tigrod 13.12 ESAB
2,4
TIG
CC80
23-28
34
Material de
Base
Dimetro nominal
Espessura
Material
Quantidade de juntas
Processo de Soldagem
Posio de Soldagem
Direo de Soldagem da Raiz
Direo de Soldagem dos demais
Passes
Equipamento de Soldagem da Raiz
Mtodo
4 (114,3 mm externo)
6,02 mm (SCH40)
ASTM A-106 Gr.B sem
costura
2 (AB2 e AB3)
MAG CC+
5G
Ascendente
Ascendente
Kemppi Pro Evolutions
3200
Kemppi Pro Evolutions
3200
MB 36 KB
Ponto de solda
No aplicvel
Escova manual
Escova manual
35
Tabela 3.12 - Condies de soldagem por passe entre as mostras com Arame
Tubular com Enchimento Metlico
Descrio
Especificao AWS/ASME
Consumvel Marca comercial
Dimetro (mm)
Processo
Polaridade
Gs de Proteo
Parmetros Vazo do Gs (L/min.)
Presso do gs (kgf/cm)
de
Soldagem
Tenso (V)
Corrente (A)
Velocidade do Arame
(m/min.)
Taxa de Deposio (kg/h)
Distncia da Tocha ao
Tubo (mm)
Passe de
Passe de
Raiz
Acabamento
SFA-5.23
SFA-5.23
TUBROD
TUBROD
WS (ESAB) WS (ESAB)
1,2
1,2
FCAW
FCAW
CC+
CC+
Ar +
Ar +
20-25%
20-25% CO2
CO2
ONU 1956
ONU 1956
10
10
150
150
20
19
120
130
2,7
2,9
2,3
2,5
21
21
36
Material de
Base
Mtodo
Dimetro nominal
Espessura
Material
Quantidade de juntas
Processo de Soldagem
Posio de Soldagem
Direo de Soldagem da
Raiz
Direo de Soldagem dos
demais Passes
Equipamento de Soldagem
da Raiz
Equipamento de Soldagem
dos demais Passes
Tocha
Forma de acoplamento
Remoo do acoplamento
Mtodo de limpeza do
passe da Raiz
Mtodo de limpeza dos
demais Passes
4 (114,3 mm externo)
6,02 mm (SCH40)
ASTM A-106 Gr.B sem
costura
2 (AR2 e AR3)
MAG CC+
5G
Ascendente
Ascendente
Kemppi Pro Evolutions
3200
Kemppi Pro Evolutions
3200
MB 36 KB
Ponto de solda
No aplicvel
Escova manual
Escova manual
37
Tabela 3.14 - Condies de soldagem por passe entre as amostras com Arame
Tubular Rutlico
Descrio
Especificao AWS/ASME
Consumvel Marca comercial
Dimetro (mm)
Processo
Polaridade
Gs de Proteo
Parmetros Vazo do Gs (L/min.)
Presso do gs (kgf/cm)
de
Soldagem Velocidade do Arame
(m/min.)
Tenso (V)
Corrente (A)
Taxa de Deposio (kg/h)
Distncia da Tocha ao
Tubo (mm)
Passe de
Passe de
Raiz
Acabamento
SFA-5.20
SFA-5.20
TUBROD 71 TUBROD 71
ULTRA
ULTRA
(ESAB)
(ESAB)
1,2
1,2
FCAW
FCAW
CC+
CC+
Ar +
Ar +
20-25%
20-25% CO2
CO2
ONU 1956
ONU 1956
10
10
150
150
2,7
2,9
20
100
2,3
19
85
2,5
20
20
38
Figura 3.12 - Foto acoplamento das juntas feito por pontos de solda.
39
40
41
Figura 3.18 Desenho do Corpo de Prova para Ensaio de Trao com Seo
Reduzida (ASME Seo 9 Edio 2003)
42
43
Figura 3.21 Posio de retirada dos Corpos de Prova para Ensaio de Trao
(ASME Seo 9 Edio 2003)
B21T
R34M
44
45
3
5
B
M
4 A
T
Z
F
Z
A
T
2 Z
1
B
M
47
7
4
B
M
A
T
Z
A
T
Z
F6
Z
1M
48
Captulo 4
RESULTADOS E DISCUSSES
49
Figura 4.1 - Foto da junta onde observa-se a perfurao das bordas da junta.
Figura 4.3 - Foto da junta soldada, onde observa-se penetrao irregular da raiz.
50
Figura 4.4 - Foto da junta soldada, onde observa-se penetrao irregular da raiz.
Esto apresentadas nas figuras 4.5, 4.6 e 4.7 as juntas soldadas com o
Arame Tubular com enchimento Rutlico e nas figuras 4.8, 4.9 e 4.10 as juntas
soldadas com Arame Tubular Metlico, executadas a partir dos parmetros
estabelecidos nas tabelas 4.1 e 4.2.
JUNTA
AR11
AR12
AR13
AR14
PASSE
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
TIPO
ENCHIMENTO
ARAME
mm
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
Vel.
Vel.
Tubo Arame
m/min. m/min.
101,0
105,0
83,0
87,0
67,0
73,0
66,0
20,0
19,0
20,0
19,0
20,0
19,0
18,0
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
3,60
3,80
3,00
3,20
2,40
2,60
2,40
68,0
21,0
0,143
2,60
51
JUNTA
AB11
AB12
AB13
AB14
PASSE
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
TIPO
ENCHIMENTO
ARAME
mm
WS
METLICO
1,2
WS
METLICO
1,2
WS
METLICO
1,2
WS
METLICO
1,2
Vel.
Vel.
Tubo Arame
m/min. m/min.
146,0
151,0
147,0
128,0
98,0
107,0
106,0
20,0
19,0
20,0
19,0
20,0
19,0
18,0
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
3,60
3,80
3,00
3,20
2,40
2,60
2,40
106,0
21,0
0,143
2,60
Figura 4.5 - Foto da junta AR1, 2 quadrante, vista externa da raiz da solda
(Arame Rutlico).
Figura 4.6 - Foto da junta AR1, 2 quadrante, vista interna da raiz da solda (Arame
Metlico).
52
Figura 4.8 - Foto da junta AB1 2 quadrante, vista externa da raiz da solda
(Arame Metlico).
Figura 4.9 - Foto da junta AR1, 2 quadrante, vista interna da raiz da solda (Arame
Metlico).
53
JUNTA
AB21
AB22
AB23
AB24
AB31
AB32
AB33
AB34
PASSE
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
TIPO
ENCHIMENTO
ARAME
mm
WS
METLICO
1,2
WS
METLICO
1,2
WS
METLICO
1,2
WS
METLICO
1,2
13.12
WS
13.12
WS
13.12
WS
13.12
WS
VARETA
METLICO
VARETA
METLICO
VARETA
METLICO
VARETA
METLICO
2,4
1,2
2,4
1,2
2,4
1,2
2,4
1,2
Vel.
Vel.
Tubo Arame
m/min. m/min.
119,0
129,0
119,0
129,0
119,0
129,0
119,0
20,0
19,0
20,0
19,0
20,0
19,0
20,0
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
3,00
3,20
3,00
3,20
3,00
3,00
3,00
129,0
19,0
0,143
3,00
19,00
0,14
3,20
19,00
0,14
3,20
19,00
0,14
3,00
19,00
0,14
3,00
95,0
130,0
95,0
130,0
95,0
130,0
95,0
130,0
54
Tabela 4.4 - Parmetros utilizados na soldagem das juntas com Arame Tubular
com enchimento Rutlico AR2 e AR3
JUNTA
AR21
AR22
AR23
AR24
AR31
AR32
AR33
AR34
PASSE
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
TIPO
ENCHIMENTO
ARAME
mm
86,0
83,0
86,0
83,0
84,0
83,0
84,0
20,0
19,0
20,0
19,0
20,0
19,0
20,0
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
0,143
0,117
3,00
3,20
3,00
3,20
3,00
3,00
3,00
83,0
19,0
0,143
3,00
19,00
0,14
3,20
19,00
0,14
3,20
19,00
0,14
3,00
19,00
0,14
3,00
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
ENCH/ACAB
RAIZ
13.12
71 ULTRA
13.12
71 ULTRA
13.12
71 ULTRA
13.12
VARETA
RUTLICO
VARETA
RUTLICO
VARETA
RUTLICO
VARETA
2,4
1,2
2,4
1,2
2,4
1,2
2,4
90,0
88,0
90,0
88,0
90,0
85,0
90,0
ENCH/ACAB
71 ULTRA
RUTLICO
1,2
85,0
ENCH/ACAB
Vel.
Vel.
Tubo Arame
m/min. m/min.
55
Figura 4.11 - Foto dos corpos de prova aps o ensaio de trao, agrupados para
anlise visual das fraturas e outros aspectos
56
CP
N do Ensaio
CP
2
3
4
5
6
7
8
9
B33T
B34T
R31T
R24T
R23T
R21T
R32T
B21T
10
11
12
13
14
15
16
17
B24T
B22T
B23T
B31T
R34T
R33T
R22T
B32T
57
58
Tabela 4.6 - Mdia dos resultados do limite de resistncia do ensaio de trao das
juntas soldadas com Arame Tubular Metlico
CP
Limite de
Resistncia LR
(MPa)
B21T/B22T
474,31
B23T/B24T
470,57
B31T/B32T
464,61
B33T/B34T
473,48
MB
456,84
59
CP
Limite de
Resistncia LR
(MPa)
R21T/R22T
466,74
R23T/R24T
455,98
R31T/R32T
460,58
R33T/R34T
467,59
MB
456,83
60
CP
Limite de
Escoamento LE
(MPa)
B21T/B22T
315,25
B23T/B24T
310,79
B31T/B32T
312,16
B33T/B34T
317,64
MB
288,59
61
CP
Limite de
Escoamento LE
(MPa)
R21T/R22T
314,83
R23T/R24T
308,33
R31T/R32T
311,55
R33T/R34T
302,78
MB
288,59
62
CP
Alongamento
(%)
B21T/B22T
45,62
B23T/B24T
53,10
B31T/B32T
51,98
B33T/B34T
51,88
MB
66,32
63
CP
Alongamento
(%)
R21T/R22T
48,73
R23T/R24T
47,64
R31T/R32T
55,46
R33T/R34T
51,13
MB
66,32
64
Tabela 4.12 - Mdia dos resultados da microdureza Vickers das juntas soldadas
com Arame Tubular Metlico
CP
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 3
Ponto 4
Ponto 5
B21T/B22T
187,50
202,67
205,83
204,00
192,17
B23T/B24T
181,33
198,83
219,83
187,33
189.33
B31T/B32T
189,17
185,33
219,67
208,00
183,33
B33T/B34T
184,33
187,33
210,00
192,83
187,17
Grfico 4.8 - Mdia dos resultados da microdureza Vickers das juntas soldadas
com Arame Tubular Metlico
65
Tabela 4.13 - Mdia dos resultados dos ensaios da microdureza Vickers das
juntas soldadas com Arame Tubular Rutlico
CP
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 3
Ponto 4
Ponto 5
R21T/R22T
188,83
209,83
213,00
197,33
183,67
R23T/R24T
187,00
191,83
197,00
187,83
181,00
R31T/R32T
164,00
197,17
203,67
189,33
179,83
R33T/R34T
173,50
178,00
196,50
181,17
179,83
Grfico 4.9 - Mdia dos resultados dos ensaios da microdureza Vickers das juntas
soldadas com Arame Tubular Rutlico
66
B21M
B22M
B23M
B24M
B31M
B32M
B33M
B34M
Figura 4.15 Macrografias dos corpos de prova soldados com: Raiz em TIG e
Acabamento com Arame Tubular com enchimento Metlico (2,2x).
67
R21M
R22M
R23M
R24M
R31M
R32M
R33M
R34M
Figura 4.17 Macrografias dos corpos de prova soldados com: Raiz em TIG e
Acabamento com Arame Tubular com enchimento Rutlico (2,2x).
68
P1
P2
P1
P2
70
P2
P1
71
Apesar das
diferenas entre o material da
raiz e
do
enchimento/acabamento, a junta R34M (figura 4.24) apresenta uma excelente
geometria com uma boa definio diluio entre os materiais, esta junta foi
executada vareta TIG na raiz e arame tubular rutlico 1,2 mm no
enchimento/acabamento, na tabela 4.6 so apresentados os parmetros de
soldagem utilizados. Observa-se que a junta apresenta uma boa simetria,
percebe-se pouca penetrao do cordo da raiz, com um pequeno ressalto no
cordo de acabamento. Apresenta-se uma boa definio das zonas da solda ZF
(zona de fuso), ZTA (zona termicamente afetada) e MB (metal de base).
P1
P2
72
Captulo 5
CONCLUSES
5.1 Concluses
A partir dos resultados encontrados e das anlises realizadas, no presente
trabalho, podemos concluir que:
possvel a obteno de soldas com qualidade, utilizando arames tubulares
tanto rutlicos como metal cored com proteo auxiliar de gs, dentro dos
requisitos estabelecidos pelas normas ASTM para soldagem de tubos;
As no utilizao de pr e ps-aquecimento no influenciaram
significativamente nas propriedades mecnicas das juntas soldadas para este
caso, no entanto, a utilizao destes artifcios deve melhorar a qualidade das
juntas.
O uso de arames tubulares com enchimento metlico
mecanicamente apropriado para aplicao no tubo estudado.
mostrou-se
Com relao aos resultados dos ensaios mecnicos, podemos concluir que:
Em todos os casos, o metal de base apresentou uma menor dureza que as
outras regies das juntas soldadas, o que demonstra a formao de zonas
com alta dureza no cordo de solda e na zona termicamente afetada.
Em todos os casos, para o ensaio de trao, o desempenho do cordo de
solda e da zona termicamente afetada foram superiores ao metal de base,
comprovando a eficcia dos parmetros de soldagem utilizados.
73
Captulo 6
74
Captulo 7
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Test Methods for Notched Bar Impact Testing of Metallic Materials. Philadelphia.
[2] AMERICAN WELDING SOCIETY. Welding Handbook Welding Processes.
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Carbon Steel Electrodes for Flux Cored Arc Welding. Miami, 1995.
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[5] CALLISTER, WILLIAN D. JR. - Cincia e engenharia de materiais: Uma
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[6] CASTELLO BRANCO, J. F. et al. Soldagem circunferencial em tubos de ao
da classe API X80. In: RIO PIPELINE CONFERENCE & EXPOSITION, 2003, Rio
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Perspectiva, 2004.
[9] GARCIA, AMAURI. Solidificao: fundamentos e aplicaes.
Editora Unicamp, 2001.
So Paulo:
75
76