Comunicação e Dinamização de Grupos
Comunicação e Dinamização de Grupos
Comunicação e Dinamização de Grupos
5
Mdulo
Comunicao e Dinamizao de
Grupos em Formao
ndice
Objetivos
Introduo
11
12
As funes da comunicao
14
Tipos de comunicao
Tipos de comunicao no contexto de formao profissional
Estilos pessoais de comunicao
Estilo passivo
Estilo agressivo
Estilo assertivo
15
18
19
20
20
20
21
21
22
22
23
Realizao de concluses
24
O feedback
24
Empatia
25
Escuta Ativa
26
29
29
29
29
30
A Descomunicao
Preconceitos, esteretipos e crenas
Em grande medida, ouvimos o que queremos ouvir
Barreiras comunicao eficaz
33
34
35
35
5
47
57
Atitudes positivas 58
PNL - Programao Neurolingustica 61
Introduo
63
O que PNL?
Nveis Lgicos
63
65
66
69
69
73
Tcnica de Ancoragem
74
77
78
O Rapport
Dicas de auxiliares Neurolingusticos
81
83
A Comunicao em PNL
87
89
91
92
Concluso
93
Bibliografia
94
OBJETIVOS
INTRODUO
11
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
CODIFICAO
RECETOR
EMISSOR
DESCODIFICAO
RESPOSTA
FEEDBACK
AS FUNES DA COMUNICAO
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
TIPOS DE COMUNICAO
ORAL
COMUNICAO
VERBAL
ESCRITA
15
Postura
Gestos
Expresses
faciais
Comunicao No-verbal
16
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
1.
2.
17
Comunicao no-verbal
No se devem cruzar braos ou
pernas.
Olhar sempre para os
formandos e no para um ponto
abstrato.
No se deve gesticular
demasiado, sempre o necessrio.
Deve evitar-se ficar encostado
a algum objeto, mas sim circular
pela sala.
No deve utilizar gestos que
demonstrem que se encontra
nervoso, deve exibir confiana.
No deve mastigar pastilha
elstica.
No se deve olhar para o
relgio excessivamente.
No se devem colocar as mos
nos bolsos.
18
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
Duas pessoas que querem dizer a mesma coisa podem faz-lo de modo
bastante distinto, sendo que os efeitos sobre os destinatrios podem ser
bastante diferenciados.
ESTILO PASSIVO
O indivduo:
Evita o conflito.
Desiste facilmente quando desafiado.
No sendo capaz de alcanar os seus objetivos, acaba por ficar
com sentimentos de culpa, ressentimentos e auto-imagem negativa.
A pessoa assim porque tem dificuldade em defender os seus interesses,
em comunicar o que pensa e em entrar em desacordo com os outros (mas
no porque no seja orgulhosa ou goste de ajudar).
Por vezes, a pessoa sente-se incompreendida e julga que os outros
que deveriam saber onde podem chegar.
ESTILO AGRESSIVO
O indivduo:
Tende a procurar alcanar os seus objetivos atacando os outros.
Faz ameaas, ataques pessoais, intimidaes. sarcstico.
Tem exploses emocionais. hostil. No coopera.
Tende a duvidar da sua capacidade de resolver
construtivamente os problemas, isto , atravs da confrontao
direta, responsvel e mtua.
ESTILO ASSERTIVO
O indivduo:
capaz de defender, construtivamente, os seus prprios
direitos mas tambm os dos outros.
franco e direto.
Acredita que a abertura e a transparncia prefervel ao secretismo.
firme na defesa dos seus ideais.
A assertividade consiste em defender a nossa esfera
individual, de forma direta, aberta e honesta, sem abusar da
esfera individual do nosso interlocutor.
Como postura tpica: Penso deste modo, sinto que isto
deve ser feito desta maneira, mas estou disponvel a ouvi-lo e a
conhecer a sua posio.
20
Formao
FIDELIDADE DA COMUNICAO
Tanto no emissor como no recetor existem alguns fatores capazes de
aumentar ou prejudicar a fidelidade da comunicao.
As habilidades de comunicao para traduzir as intenes
comunicativas so, por isso, fundamentais pois o emissor tem que utilizar
capacidades codificadoras que lhe permitam, por exemplo, dispor as
palavras de forma a expressar ideias com clareza, usar corretamente as
regras gramaticais, pronunciar claramente, conseguir utilizar os vrios
canais sua disposio, organizar o pensamento e as ideias claramente,
etc.
Atitudes
A predisposio ou tendncia do indivduo para se aproximar ou
associar a um objeto ou para se afastar, dissociar do objeto, reflete-se de
igual modo, na co-municao. A atitude que se tem para consigo prprio
pode afetar a forma da comunicao e a sua qualidade.
Se o formador no se sente vontade na matria, ou pensa que no
vai conseguir impressionar favoravelmente o grupo de formandos mais
velhos do que ele, ao dirigir-se ao grupo poder faz-lo de modo confuso,
"atrapalhando-se" na linha de raciocnio. Esta forma de comunicar
certamente causar uma impresso negativa junto dos recetores. Por sua
vez, a reteno da nova informao por parte do formando que confia
nas suas capacidades, ou que acredita ter experincias interessantes para
partilhar, , muito possivelmente, facilitada pela sua atitude.
A atitude perante o tema da comunicao , por isso, um
condicionamento a ter em conta. A simpatia ou averso aos contedos
pode afetar tanto a sua expresso, por parte do emissor, como a sua
captao e assimilao, por parte do recetor. Se o tema se enquadrar no
campo dos interesses e motivaes de ambos, a qualidade de comunicao
ser mais conseguida.
Regra geral, quando os temas so do agrado do grupo de participantes,
a motivao e a recetividade so beneficiadas partida.
Do mesmo modo, o entusiasmo do formador ao falar de
algo que lhe agrada tem um efeito contagiante junto dos
formandos. A atitude do emissor ou do recetor, para com
o outro interlocutor, sendo positiva ou negativa, afeta,
tambm, a trans-misso da mensagem ou a forma como
o recetor a ir receber.
Todos ns tendemos a avaliar a fonte de informao.
Se um formador ao apresentar-se no curso, diz ter uma formao
acadmica em matemtica, e que vai conduzir as sesses do mdulo
21
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
Criativa!
Sinttica!
Objetiva!
Multivariada: utilizao de transparncias, visionamento de
vdeos, gravaes udio, revistas, escrita no quadro, recortes de
jornais.
Atraente: cuidada ao nvel da composio grfica, da variedade e
conjugao de cores, do tempo de durao dos vdeos e do prprio
tratamento dos contedos, conter entusiasmo, a comunicao oral
deve ser estruturada e bem sequenciada.
23
REALIZAO DE CONCLUSES
O FEEDBACK
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
EMPATIA
ESCUTA ATIVA
26
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
() A escuta activa pela ateno que prestamos ao conjunto da expresso do outro, mas sobretudo pelo que captamos emocionalmente. A
empatia no consiste em pensar e sentir o mesmo que o outro, mas em
estar com ele, acompanh-lo com o corao, compreende-lo e aceitlo, em suma. Trata-se da aceitao dele como pessoa, para l das suas
convies ou condutas, com as quais podemos estar ou no de acordo.
Xavier Guix (2008)
Escuta ativa = Feedback, desempenho e reforo positivo
27
28
Formao
29
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
32
Formao
A DESCOMUNICAO
34
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
35
Tipo de informaes: as informaes que se identificam com o
nosso autoconceito tendem a ser melhor recebidas e aceites do que dados
que venham contradizer o que j sabemos. Em muitos casos negamos
aquelas que contrariam as nossas crenas e valores.
Fonte de informao: como algumas pessoas contam com mais
credibilidade do que outras (status), temos tendncia a acreditar nessas
pessoas e desconfiar de informaes recebidas de outras.
Localizao fsica: a localizao fsica e a proximidade entre
emissor e recetor tambm influenciam a eficcia da comunicao.
Atitude defensiva: uma das principais causas de muitas falhas de
comunicao ocorre quando um ou mais dos participantes assume uma
postura defensiva. Indivduos que se sintam ameaados ou sob ataque tendero
a reagir de forma a diminuir a probabilidade de entendimento mtuo.
36
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
A RETER
37
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS
1)
2)
38
Formao
DINMICA DE GRUPO
E ESTILOS DE LIDERANA
DEFINIO DE GRUPO
Enquanto ser socivel, o Homem vive em relao com os seus
semelhantes, relaes essas que podem ocorrer de vrias formas e em
diversos contextos. Em funo dessas relaes, os indivduos aglomeramse em grupos. Assim sendo podemos entender um grupo como um
conjunto de pessoas diferentes mas que, contudo, se identificam, pois
partilham, por exemplo, os mesmos objetivos e necessidades.
Os elementos do grupo regulam as suas interaes adotando as mesmas
cren-as, normas, regras e padres de comportamento. S assim possvel
existir interdependncia e cooperao, de modo a se atingir os objetivos
ou satisfazer as necessidades do grupo.
Todas as pessoas pertencem a um nmero considervel de grupos: o
departamento da empresa, a famlia, os amigos, os vizinhos, a equipa de
futebol, os escuteiros, o partido poltico, etc.
O indivduo comporta-se como membro de um grupo desde que
tenha conscincia que partilha dos mesmos valores, regras e objetivos,
caractersticos dos outros elementos que formam o grupo. No preciso
conhecer todos os adeptos do clube de futebol para sentirmos "que o
nosso clube", e comprar o respetivo emblema. Basta reconhecermo-nos
como adepto, como membro desse grupo.
39
O GRUPO NA FORMAO
O grupo uma realidade poderosa nas situaes formativas. O formador
necessita de saber lidar com essa realidade. As funes do formador so as
de regular as atividades do grupo, canalizar as suas energias, garantir um
clima propcio aprendizagem.
As tcnicas de trabalho em grupo permitem, ainda, desenvolver as
capacidades de comunicao dos formandos. No grupo desenvolve-se
um maior nmero de interaes verbais e so os formandos os atores
dessas interaes.
As atividades que um grupo de formao realiza contribuem para a
produo de novos saberes, para novas prticas e para o desenvolvimento
de cada elemento desse grupo.
O QUE SE SABE SOBRE OS GRUPOS
Na bibliografia cientfica existente sobre este tema encontramos
alguns indicadores que importa trazer para aqui. Passemos a refletir a
partir desta informao.
Um grupo de trabalho intelectual produz resultados superiores quando
comparado com apenas um elemento. O grupo tem ao dispor um maior
nmero de informaes, maior variedade de ideias, e a discusso dessas
ideias gera novas ideias.
Os indivduos que trabalham em grupo aprendem mais do que
sozinhos. Este facto deve-se sinergia, osmose social (tendncia para
aceitar as regras do grupo) e ao acrscimo de ideias a circular. Memoriza-se melhor o que se aprende em grupo.
As decises tomadas em grupo tendem a tornar-se comportamentos
estveis.
ATIVIDADES DE GRUPO
Existem vrias maneiras de organizar as atividades de formao em
grupo. Apresentam-se, a seguir, as mais habituais:
Grupo simples/mesma tarefa - todos os grupos realizam a mesma
proposta de trabalho. As diferentes abordagens vo enriquecer o trabalho final;
Grupo/multifuno - cada elemento do grupo realiza uma tarefa
que faz parte de uma atividade do grupo, mais complexa, articulada a
outras atividades de outros grupos;
Grupo/tarefas diferentes - num projeto, cada grupo realiza
atividades que vo ter significado, quer durante o processo, quer na fase
final do projeto.
Podem ainda utilizar-se as energias do grupo para aperfeioar atividades/solues para problemas.
Cada grupo vai, sucessivamente, experimentar melhorar as solues
propostas por um outro grupo.
40
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
ESTILOS DE LIDERANA
Efeitos no grupo
Produo elevada em quantidade.
Clima do Grupo negativo e nvel motivacional baixo.
No h expresso dos conflitos que permanecem latentes.
No h lugar para a criatividade e expresso individual.
42
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
ESTILO DEMOCRTICO
A RETER
Um grupo um conjunto de dois ou mais indivduos com um
objetivo comum; interdependentes; que adotam regras, normas e
sanes que regulam o seu comportamento no mbito do grupo; onde cada
um desempenha um papel; e coopera para que o grupo atinja o seu objetivo;
O formador ou animador gere a vida do grupo, assegurando que as
suas diferentes funes se realizam e que os objetivos so alcanados;
O formador pode adotar diferentes estilos de gesto do ambiente
pedaggico, autoritrio, liberal ou democrtico, com diferentes
consequncias na produtividade e no clima psicolgico do grupo;
Os lderes so peas fundamentais no desenvolvimento, caminho
escolhido e identidade de cada grupo.
43
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS
1)
44
Formao
Ideia
Decodificao
Compreenso
Feedback
Rudo
Receo
Codificao
Transmisso
Feedback
Rudo
Recetor
46
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
FATORES FISIOLGICOS
Nem todos os aspetos da fisiologia humana constituem barreiras
comunicao e nem todos os indivduos valorizam os mesmos fatores
como entraves interao. Todavia, h sujeitos que, portadores de
determinado handicap, ou tm eles mesmos dificuldade na interao
com os outros, ou so os outros que lhes provocam dificuldades. Estamos
perante situaes de dificuldade comunicacional com origem em
percees marcadamente pessoais ou com origem em padres cognitivos
resultantes de determinados meios sociais ou culturais. De qualquer forma,
interessa salientar a dificuldade que constitui para alguns interlocutores a
conversa sobre determinados assuntos que versem, de forma assumida ou
tangencial, a deficincia na sua comunicao.
FATORES DE PERSONALIDADE
A comunicao , com frequncia, complicada, seno mesmo
impossvel, quando esta procura ocorrer no seio das chamadas
personalidades difceis. H, neste campo, um conjunto de aspetos que
conviria referenciar como potenciadores de bloqueios comunicao
entre os indivduos. Um deles diz respeito conhecida auto-suficincia.
De facto, torna-se complicado interagir com sujeitos que presumem saber
tudo sobre determinado assunto.
Por outro lado, a ideia que alguns sujeitos tm de que uma palavra
aplicada por diferentes pessoas ter de ter, natural e forosamente, o
mesmo significado entre elas uma das barreiras comunicao, que
toma a designao de avaliaes congeladas.
A confuso que constantemente alguns sujeitos fazem entre aquilo
que do foro objetivo e aquilo que do subjetivo provoca no s
dificuldades de compreenso por parte dos outros membros do sistema
comunicacional como, no raras as vezes, conflitos. Esta confuso entre
51
FATORES DE LINGUAGEM
Para alm de tudo o que j foi dito sobre os diferentes fatores que
podem constituir dificuldades ao relacionamento humano, podemos
ainda equacionar os fatores de linguagem. O uso constante de palavras
abstratas por parte de determinados comunicadores motivo frequente
de desorientao e equvocos de compreenso entre os formandos.
No so tambm raras as vezes que a
confuso nos processos comunicacionais tem
origem no desencontro de sentidos que cada
um dos interlocutores atribui s palavras dos
outros e s suas prprias mensagens.
Quando os sujeitos em interao no
conseguem separar as coisas entre si ou aspetos
da realidade que s aparentemente so iguais,
estamos perante processos comunicacionais em
que predominam as chamadas indiscriminaes.
Mas as perturbaes nos processos de
comunicao tambm podem ter origem no
uso frequente de polarizaes por parte de um ou mais intervenientes.
Com efeito, o uso sistemtico de expresses extremas no discurso dos
indivduos pode levar desacreditao do emissor de tal discurso. Este
mecanismo discursivo uma espcie de tudo ou nada. Para tais emissores,
a realidade das situaes nunca tem um meio termo - tudo maximizado
na sua linguagem.
Como fatores de linguagem ainda considerada a falsa identidade
baseada nas palavras. Numa situao destas, o emissor est crente de que
resume numa palavra ou expresso as suas crenas, atitudes ou avaliaes.
como se um simples rtulo conseguisse identificar a complexidade dos
52
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
FATORES PSICOLGICOS
H nesta matria uma variedade de aspetos que podem concorrer para
o desenrolar dos padres de relacionamento. O chamado efeito de halo
um mecanismo que diz respeito ao recurso que determinados sujeitos
fazem quando se referem a outra pessoa. Do seu discurso emergem
palavras ou expresses que remetem para a generalizao de uma pessoa,
a partir de apenas uma das suas caractersticas. Claro est que, nestes
casos o que importa salientar o enviesamento da informao, o qual
pode distorcer a objetividade da comunicao.
Um outro mecanismo de dificuldade de relacionamento pode ser o
decorrente do designado efeito lgico. Neste caso, o problema centrase na tendncia que determinados sujeitos revelam em associar duas
caractersticas de um indivduo, como se houvesse uma relao causal
linear: se A, ento B. Ora, sabendo ns que a realidade nem sempre
se rege por esta simplicidade, muito mais prudncia dever haver no
estabelecimento desta relao quando se trata de fatores comportamentais.
Os processos de comunicao humana no esto imunes a esta dificuldade.
Quando determinados indivduos tendem a enquadrar os outros em
tipos sociais ou profissionais, estamos perante os chamados tipos prdeterminados. um mecanismo a que todos recorremos, por uma questo
de economia cognitiva ou percetiva, ou simplesmente como dimenso
ldica, em tentar adivinhar ou prever o outro. O problema no reside no
mecanismo de simplificao que este processo implica. Est, sobretudo, ao
nvel da estigmatizao, que por vezes se projeta no outro da nossa relao.
A tendncia, ou a dificuldade, que alguns sujeitos revelam em situar
os outros, objetos da sua apreciao, em valores diversificados, leva-os a
perspetiv-los em pontos centrais, medianos, que em nada corresponde,
por vezes, fidelidade de uma apreciao correta. Mais uma vez, o
problema maior no campo da interao dir respeito falta de objetividade
que acaba por marcar as relaes interpessoais. A este mecanismo d-se o
nome de efeito de tendncia central.
53
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
55
ORIGENS DO CONFLITO
Existem vrias fontes potenciais para o conflito numa situao de
ensino-aprendizagem.
Vamos analisar algumas delas, as internas ao grupo:
Heterogeneidade de idades, experincia ou escolaridade
As diferenas individuais acentuadas implicam maneiras diferentes de
compreender as realidades, motivaes e interesses muito diversificados e
progresses a ritmos variados no processo de aprendizagem. Constituem,
assim, circunstncias potencialmente desencadeadoras de atritos,
comunicaes distorcidas, desmotivao ou expresso de agressividade.
Luta pela liderana
Alguns dos formandos mais dominantes no grupo, ao disputar os papis
de liderana podem originar rivalidades e estimular oposies e competio.
Relao de competio ou de seduo
A natureza do relacionamento entre alguns formandos susceptvel de
comprometer a coeso e o clima positivo do grupo. Quando h sobreposio
de papis na estrutura do grupo fica difcil gerir as foras internas. o caso
da participao de irmos num mesmo grupo. frequente transporem
para a situao de ensino-aprendizagem a rivalidade ou esprito
competitivo da sua relao no grupo familiar. Nestes casos, o irmo mais
competitivo pode remeter o outro para uma posio desconfortvel, em
que o peso da estrutura familiar surge como um "olho" avaliador do seu
desempenho na Formao. Tambm as relaes de seduo entre gneros
podem conduzir o grupo fragmentao ou funcionarem como um rudo
de fundo prejudicial comunicao pedaggica.
Caractersticas internas de cada indivduo
Antes da nova identidade do grupo estar consolidada, o "historial" de cada
um emerge com maior ou menor intensidade, conduzindo a fenmenos de
transferncia que determinam o tipo de inter-relaes entre os formandos.
A experincia anterior de frustraes e sucessos, vivida em contextos
similares, transposta para a nova situao. Assim, o comportamento
dos formandos no momento presente pode estar a ser determinado por
experincias desagradveis que nada tm a ver com a situao de formao
em si. A transferncia de modos de relacionamento positivos ou negativos
pr-existentes (tipo de relao que se tem ou se teve com as figuras parentais,
com os chefes, amigos, professores) para o formador ou outro membro do
grupo que tenha desencadeado essa associao, pode condicionar o clima
motivacional na sala de formao. Este mecanismo , a maioria das vezes,
algo automtico, inconsciente, e por isso mesmo difcil de controlar.
56
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
57
ATITUDES POSITIVAS
A RETER
So vrias as origens dos conflitos nos grupos:
Heterogeneidade de idades, experincia ou escolaridade;
Luta pela liderana;
Relao de competio ou de seduo;
Caractersticas pessoais de cada Indivduo;
Relacionamento com a instituio organizadora;
Relao formador-grupo e caractersticas pessoais do formador.
Formas de lidar com o conflito:
Garantir a disposio da sala em U. Anula o aspeto de sala de aula;
Promover a apresentao dos diferentes elementos;
Discutir e esclarecer desde logo as regras de funcionamento do grupo;
Evitar as exposies tericas prolongadas;
Fomentar atitudes denominadas positivas;
No ignorar o saber de cada indivduo, dando espao a cada um;
Esclarecer dvidas aos formandos;
Estar atento como um sensor para detetar tenses e apreciar a sua
incidncia na progresso do grupo e intervir em conformidade;
Favorecer a expresso dos conflitos latentes. Pela expresso explcita das
tenses negativas possvel trabalh-las. Se no forem faladas continuaro
a crescer, ganhando fora por oposio s foras de progresso;
Nunca envolver-se emocionalmente nos conflitos;
Ser capaz de lidar com a agressividade e/ou hostilidade sem reagir
impulsivamente.
58
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS
59
INTRODUO
O QUE PNL?
Programao
Neuro
Programao
Neurolingustica
Lingustica
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
NVEIS LGICOS
Ambiente: Refere-se aos contextos externos a que as pessoas reagem.
Ex. Onde fazemos determinadas coisas.
Condutas: Refere-se ao que fazemos, ou seja, ao nosso comportamento.
Capacidade: Refere-se forma como realizamos algo, bem como as
estratgias que determinam determinados comportamentos.
Crenas e valores: Refere-se aos princpios que determinam a nossa
conduta. Neste nvel faz-se a pergunta do porqu e para qu.
Identidade: Refere-se ao conjunto de caractersticas prprias e
exclusivas com as quais nos diferenciamos.
Sistema: Refere-se nossa incluso em diferentes sistemas, como
famlia, o trabalho.
65
O mapa no o territrio.
Esta afirmao significa que somos capazes de perceber e vivenciar
apenas uma pequena parte da realidade como um todo, e que cada ser
humano o faz de uma maneira particular.
As experincias possuem uma estrutura.
Os nossos pensamentos e as nossas reflexes possuem uma estrutura.
Sempre que esta estrutura alterada, inevitavelmente os nossos
pensamentos e reflexes sero automaticamente alterados. Neste sentido
podem-se extinguir as lembranas desagradveis e engrandecer outras
que nos traro experincias mais agradveis.
Se uma pessoa pode fazer algo, todos podem aprender a faz-lo
tambm.
Deve-se tentar sempre realizar todas as coisas, independentemente se
partida nos paream inexequveis. Devemos estar predispostos a agir,
sempre com a linha de pensamento de que tudo possvel. Todos os seres
humanos possuem os mesmos tipos de recursos internos.
Corpo e mente so partes do mesmo sistema.
A informao contida no nosso sistema nervoso vai condicionar
outras partes do nosso corpo, nomeadamente a nossa respirao, os
nossos msculos e as nossas sensaes. Se aprendermos a modificar uma
das partes, possivelmente conseguiremos controlar a outra.
As pessoas j possuem todos os recursos de que necessitam.
As nossas representaes mentais, sensaes e sentimentos so os
pilares bsicos de construo de todos os recursos mentais e fsicos. Podem
ser utilizados para edificar pensamentos, sentimentos transpondo-os
posteriormente para as nossas vidas da forma que nos for mais conveniente.
impossvel no se comunicar.
Todos ns transpiramos comunicao. Em praticamente tudo o
que fazemos no nosso dia-a-dia estamos a dar formas de comunicar.
Comunicar muito mais do que falar, podemos comunicar atravs de um
gesto, de um sorriso, de um olhar.
O significado da sua comunicao a reao que se obtm.
Muitas vezes quando se est a comunicar algo com algum, a informao
recebida pelo nosso interlocutor no aquela que verdadeiramente se
pretendia transmitir. O recetor da mensagem vai receb-la atravs dos
66
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
A RETER
Neuro Processos neurolgicos;
Programao forma como organizamos os nossos
processos mentais, a fim de obtermos determinado resultado;
Lingustica Linguagem utilizada para comunicar-mos com as
outras pessoas;
Neuro + Programao + Lingustica = Programao NeuroLingustica
67
68
Formao
SISTEMAS REPRESENTACIONAIS, AS
NCORAS E A TCNICA DE ANCORAGEM
SISTEMAS REPRESENTACIONAIS
Diga-se que o ponto de partida da PNL tomar conhecimento da
realidade atravs dos nossos rgos sensoriais
A Perceo da realidade algo que consiste na interpretao e
organizao da informao que recebemos atravs dos nossos sentidos
(viso, olfato, paladar, tato, audio).
Esta informao por ns rececionada ser manipulada e descodificada
atravs de trs sistemas fundamentais:
Visual
Olhar, brilhante,
horizonte, perspetiva, cor
Auditivo
Harmonia, cantar,
ouvir, sintonia
Cinestsico
70
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
Auditivo
Ouvir
Som
Mencionar
Perguntar
Gritar
Entoar
Estridente
Harmonia
Estalo
Ritmo
Volume
Murmrio
Sintonia
Ecoar
Soar
Cantar
Alarme
Oral
Sou todo ouvidos
Escutar
Soa-me
Vocal
Advertir
Discutir
Articular
Falo contigo depois
Cinestsico
Suave
Sensao
Sentir
Firme
Presso
Reter
Mover
Fluir
Acentuar
Endurecer
Impluso
Quente/Frio
Doce/Salgado
Amargo
Vibrante
Tocar
Humidade
Bloqueio
Obstculo
Pegar
Saboroso
Sacar
Equilbrio
Adormecido
Emocional
Slido
Suave
71
INDICADORES NO VERBAIS
Visual
Auditivo
Cinestsico
Expressa-se muito com
Prolixo na fala
Fala consigo mesmo
o corpo
Observador
Gosta de msica
Memoriza a andar
Prefere dramatizar,
Move as mos
Fala ritmicamente
actuar
Aspeto cuidado
Repete o que ouviu Aprende fazendo
Memoriza
Boa ortografia
Move o corpo, toca
procedimentos
Memoriza imagens Aprende ouvindo
Toca-se, acaricia o corpo
Move os olhos/
Move os lbios/
Queixo e olhos para
plpebras
subvocaliza
baixo
Toca/aponta
Toca/aponta regio
Respirao baixa
regio dos olhos
dos ouvidos
Sussurra, tom baixo,
Queixo levantado Respirao mdia
lento
Recorda o que faz, sente,
Olhos para cima
Voz meldica
experimenta
Recorda o que
Respirao alta
Soletra com movimentos
escuta
Soletra
Voz alta e rpida
subvocalizando
Recorda o que v
Leitura rtmica
Fala enquanto
V e soletra
escreve
Leitura veloz
Olha enquanto
escreve
72
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
AS NCORAS
As ncoras esto intimamente ligadas aos nossos estados internos
(emoes) e influenciam fortemente a nossa
maneira de pensar e a nossa maneira de estar, bem
como os nossos comportamentos.
A PNL chama de ncoras aos estmulos que
se associam a estados fisiolgicos reveladores das
nossas emoes, estando intimamente ligados aos
sistemas representacionais.
Quando determinada msica nos desperta uma certa emoo, isso
quer dizer que esse estmulo est associado a essa emoo e para ns essa
msica uma ncora. Esta associao faz-se de uma forma espontnea e
inconsciente. Por Exemplo, imagine uma determinada altura da sua vida
vida, ou um momento em particular, como o primeiro beijo, o baile de
finalistas, o primeiro encontro, de certeza que se num desses momentos
particulares estava a tocar alguma msica, essa ficou ancorada, por tempo
indeterminado a essa emoo sentida/vivenciada durante esse momento.
De acordo com a PNL, as ncoras podem ser:
73
TCNICA DE ANCORAGEM
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
9)
10)
A RETER
Realidade Exterior
Visual
Representao
Interna
Auditivo
Cinestsico
Comportamentos
75
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS
1)
76
Formao
Respirao
Profunda ou
Superficial
Rpida ou Lenta
Msculos do Corpo
Soltos, Relaxados
Tensos
Visual
Pessoas com as costas apoiadas na cadeira, com a cabea e os ombros
erguidos. Os gestos so feitos acima da linha dos olhos.
77
Auditivo
Corpo inclinado para a frente, costa para trs e a cabea voltada para o
lado. Gestos muito prximos das orelhas.
Cinestsico
Cabea baixa e ombros curvados. Gestos realizados na linha da cintura.
semelhana das expresses corporais, os movimentos oculares tambm so
perfeitos espelhos para denunciar os pensamentos do nosso interlocutor.
MOVIMENTOS OCULARES
VC
VR
AC
AR
AK
Ai
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
79
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS
__________
___________
__________
___________
80
Formao
O RAPPORT
82
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
Retirado de www.institutodaat.com.br
A RETER
83
Sistema
Identidade
Comportamento
Comportamentos
Palavras
Ambiente
Pensamentos
Habilidades e capacidades
Crenas e Valores
84
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
TESTA OS TEUS
CONHECIMENTOS
Estudo de Caso
() Eu posso perceber o que est a dizer, mas no estou a conseguir
visualizar o que quer que eu faa. Quando eu olho para trs, para algumas
das decises que tommos em reunies anteriores, fico sem entender
aquilo que conseguimos.
Tudo muito bonito, quando se tenta pintar um quadro com os nossos
sucessos, mas parece que o Sr. no pra para pensar nas coisas que no
foram feitas.
Talvez o Sr. esteja empolgado com as propostas que apresentou, no
entanto, eu sinto-me meramente desiludido.
Do estudo de caso apresentado identifique:
85
A COMUNICAO EM PNL
90
Formao
Mdulo N 5
Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
91
1)
2)
3)
4)
5)
6)
92
Formao
CONCLUSO
Bibliografia
94
Formao