Jenny Von Westphalen PDF
Jenny Von Westphalen PDF
Jenny Von Westphalen PDF
IDEO
graphos
ISSN 2175-4519
www.mouro.com.br
[email protected]
Conselho Editorial
Comit Editorial
Marisa Yamashiro, Lgia Yamasato, Ciro Yoshiyasse
ilustraes
projeto grfico
Labor Design Editorial
diagramao
Lgia Yamasato
Janeiro de 2011
SUMRIO
Editorial ...........................................................5
MARXISMO
Carta de Jenny a Marx..............................................7
Jenny von Westphalen
Karl Marx por Eleanor Marx.....................................11
Eleanor Marx
socialismo e educao
Educao Militante.................................................21
Zillah Murgel Branco
La Isla educa sus hijos: Educao infantil por vias
no-formais em Cuba..............................................35
Valria Aroeira Garcia
A educao infantil:Suas modalidades em Cuba..........55
Olga Franco Garca
POLTICA
A ordem do regresso: sexo, profisso e poltica............67
Lidiane Soares Rodrigues
As Relaes entre o Ir e o Ocidente.......................83
Arlene Elizabeth Clemesha
Reforma Agrria e subdesenvolvimento:
a experincia revolucionria de Cuba.......................93
Joana Salm Vasconcelos
Notas sobre a origem das FARC-EP..........................105
Ana Carolina Ramos e Silva
Quando as mulheres invadiram as
oficinas tipogrficas...................................................123
Marisa Midori Deaecto
Resenha
Acumulao do Capital: militarismo e colapso..........131
Rosa Rosa Souza Rosa Gomes
fico e crtica
Crtica literria: O caso da vara...........................147
Marisa Yamashiro
O desafio de ter a liberdade de pensar as coisas em si..155
Maria Viana
poema
Mulher Feita........................................................163
Ana Lcia Reboledo Sanches
Editorial
Nunca antes neste pas uma revista marxista foi
produzida inteiramente por mulheres. As mulheres no
aparecem aqui como tema ou objeto de estudo, mas como
produtoras da revista.
Nota bene: no se trata de um nmero sobre mulheres,
mas feito por mulheres. A comear pelas ilustraes (a maioria
produzida por meninas adolescentes e j to talentosas).
Dessa forma, a revista mantm uma de suas peculiaridades:
ela totalmente ilustrada por obras inditas realizadas por
pessoas que, voluntariamente, colaboram com o nosso esforo
de difundir os ideais socialistas.
Apesar da inovao formal, este nmero tambm rico
no seu contedo. Entre tantas autoras competentes, algumas
iniciantes, outras reconhecidas em seus campos de pesquisa,
cabe destacar a primeira seo, na qual se publicam dois textos
inditos de Jenny von Westphalen (depois, Jenny Marx) e de
sua filha Eleanor (traduzidos por Ligia Yamasato).
Nossa homenageada Zillah Murgel Branco.
Lutadora, me, sociloga, revolucionria, marxista e muito
mais. Ela nasceu em 1936 na cidade de So Paulo e cursou
Cincias Sociais na velha Rua Maria Antnia, na USP;
trabalhou desde os 19 anos no Brasil, Chile, Portugal e em
Cabo Verde; participou do Processo Revolucionrio em Curso
em Portugal, aps a Revoluo de 25 de abril de 1974. Mouro
publica um indito artigo autobiogrfico desta lutadora de
toda uma vida.
Coerentemente, este nmero de Mouro no ter o
velho Marx na capa, mas a Jenny .
MARXISMO
Estou to feliz por voc estar feliz e por saber que minha
carta te alegra, que est torcendo por mim, que est morando em
quartos de papel de parede, que bebeu champanhe em Colnia,
que existem sociedades de Hegel a, que voc vem sonhando e que,
resumindo, voc meu, meu amor, meu querido negro selvagem.
Mas apesar de tudo isso, de uma coisa eu senti falta: voc poderia
ter elogiado um pouco o meu grego e dedicado um pequeno artigo
louvando a minha erudio. Mas vocs so assim mesmo, vocs,
cavalheiros hegelianos, no reconhecem coisa alguma, o cmulo da
superioridade, tudo tem de ser exatamente como vocs pensam, e por
isso mesmo eu devo ser modesta e descansar sobre meus prprios
louros. Sim, querido, eu ainda tenho de repousar, infelizmente, e na
verdade em uma cama com travesseiros de plumas, e at mesmo esta
pequena carta ser enviada ao mundo da minha pequena cama.
No domingo, aventurei-me em uma audaciosa excurso nos
quartos da frente, mas isso no me fez bem e agora tenho de fazer
nova penitncia por isso. Schleicher disse-me h pouco que vem se
correspondendo com um jovem revolucionrio, mas o jovem est
muito enganado a respeito de seus compatriotas. Ele no acredita que
possa conseguir um quinho ou qualquer outra coisa. Ah, querido,
meu querido amor, voc agora tambm est envolvido com poltica.
Realmente essa a atividade mais arriscada de todas. Querido Karl,
lembre-se sempre que aqui voc tem uma namorada que o espera e
Jenny
Eleanor Marx
MARXISMO
Eleanor Marx - 17
obra, ser editado pelo seu mais velho, mais verdadeiro e mais
querido amigo, Frederick Engels. H outros volumes dO Capital
que tambm podero ser publicados.
Retorno a
Gramsci
Srie Economia
de Bolso
Lincoln Secco
Zillah Branco
SOCIALISMO E EDUCAO
Educao militante
Zillah Murgel Branco
Bacharel em Cincias Sociais pela USP
Experincia chilena
Depois de cinco anos militando clandestinamente e
arriscando os empregos que conseguia ter, tornou-se aconselhvel
sair do Brasil com meus filhos. Fui para o Chile onde havia um
governo democrata-cristo que permitia alguma liberdade a vrios
brasileiros exilados. Seis meses depois de chegar, fomos premiados
com a eleio de Allende. A sensao de liberdade abriu-nos a vida,
e a militncia tornou-se possvel mesmo para uma estrangeira pelo
engajamento com a Unidade Popular.
Foi no trabalho organizado pela FAO, de apoio reforma
agrria na empresa governamental ICIRA, em Santiago, que
encontrei o meu verdadeiro amadurecimento no conhecimento da
realidade social. Distanciei-me da vida acadmica e mergulhei na
vida campesina chilena com toda a complexidade que integrava
a histria dos ndios mapuches como fundamento cultural. Na
organizao promovida pela FAO, com os conceitos cooperativos
adequados ao sistema capitalista e ao pensamento democrata-cristo
implantado pelo governo Frei, fora orientado o projeto de reforma
agrria. Junto aos companheiros da UP encontrei estudiosos do
marxismo com quem podia dialogar e procurar fundamentao
terica para os temas que dinamizavam o processo de transformao
social e poltica.
Notas
1.
Trata-se do engenheiro Catullo Branco que, por um ano, foi deputado constituinte
e Secretrio da Assembleia Legislativa de So Paulo (Nota dos Editores).
32 - Educao Militante
Juventude Metalrgica e
Sindicato
ABC Paulista
1999-2001
SOCIALISMO E EDUCAO
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
16.
17.
19.
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Valria Aroeira Garcia - 51
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The International Encyclopedia of Education. Research and studies. Vol. 6; M O, p.
3536 - 3558. Editors-in-chef: Torsten Husen University of Stockolm, Sweden; T. Neville
Postlethwaite University of Hamburg, FRG. Oxford, New York, Toronto, Sydney, Paris,
Frankfurt: Ed. Pergamon Press Ltd, 1985.
Videografia
Cinematografa educativa. EDUCA A TU HIJO, un programa para a famllia. La
Habana: CINED, s. d., color, 13 min.
Palavras-chave em
EDUCAO
NO-FORMAL
Organizadores
Margareth Brandini Park
Renata Sieiro Fernandes
Amarildo Carnicel
Finalmente, chega ao leitor
a possibilidade de manusear
um livro de palavras-chave em
educao no formal, primeiro
e indito no pas. Trabalho
meticulosamente
elaborado,
envolvendo pesquisadores de
renome nacional, bem como
educadores que atuam neste
campo. Contm um conjunto de
verbetes de fcil compreenso
que ser de grande utilidade
para todos aqueles interessados
em enveredar pelos meandros
de um campo da educao to
vivenciado e pouco conhecido.
Esta obra original esclarece
conceitos, oferece noes/
vises e problematiza aes
SOCIALISMO E EDUCAO
A Educao Infantil:
A importncia para o desenvolvimento
dos meninos e meninas desde o
nascimento at os seis anos.
Suas modalidades em Cuba
Professora, Educadora
Ministrio da Educao de Cuba
Traduo: Fernando Sarti Ferreira
Cacto
POLTICA
A ordem do regresso:
sexo, profisso e poltica
Lidiane Soares Rodrigues
Doutoranda do Departamento de Histria-USP
pequena, ela mais macho que ele. Imbrglio curioso que em alguns
momentos significou colocar em confronto atributos de covardia e
coragem num e noutro ele se refugiou em 1964/covardia; ela ficou e
foi torturada/coragem. Ainda que essa invertida jogasse contra Serra,
estava coerente no conjunto da construo social de sua figura, a
respeito do que, vale assinalar: a associao a Cristo/fragilidade fsica
em santinhos distribudos na campanha no encerra apenas o
apelo religiosidade popular, mas inverso homem-frgil, mulherforte, anti-Cristo/demonaca.
Sendo cria de dois homens, ela incapaz de pensar por si
prpria, mas pretende ser presidente: m filha que se desprende do
pai. Descuidada da casa civil da qual era chefe ao colocar Erenice
Guerra, Dilma de Dilma, onde no deveria no deve sair
rua. Retomando o mote do aborto: tambm m me. Em suma:
deslocando-a do lugar masculino, colocando-a no lugar feminino, ela
o desempenha mal quem no governa a casa incompetente para
o governo do Estado, no dizer da campanha adversria: Ela no
vai dar conta; O Brasil pode mais. Seria preciso ignorar o bvio
para no atinar o nexo: patriarcalismo, patrimonialismo e privatismo
apostam na indiferenciao entre administrao da vida privada e da
vida pblica. Em xeque, mais uma vez, a famigerada modernidade.
Como no poderia deixar de ser, a centralidade da diviso
sexual do trabalho tambm se manifestou em programas humorsticos
destinados a grande pblico e relativamente descompromissados de
vnculos partidrios. Ao acompanharem as celebridades da poltica
no dia de votao para o primeiro turno, um programa humorstico
perguntou para Fernando Henrique Cardoso: nestas eleies, qual
o seu homem, Serra ou Dilma?. Ele riu e disse: mas s h um
homem [CQC, ao ar em 03 de outubro de 2010]. Na cobertura
humorstica aps um dos debates, Sabrina Sato indagou Dilma:
esto dizendo que vai se sentir falta de uma primeira dama, voc
vai arranjar um namorado. E obteve a resposta: Eu no acho
imprescindvel uma primeira dama quando ns tivermos uma
primeira presidente [Pnico, ao ar em 24 de outubro de 2010].
Os indicadores que confirmam a centralidade da diviso
sexual do trabalho nesta campanha poderiam ser multiplicados. Em
entrevista a jornal televisivo, questionado a respeito da educao em
So Paulo, Jos Serra defendeu a presena de duas professoras nas
salas de aula, evidenciando sua ateno para o setor e ressaltando a
relevncia da alfabetizao, em suas palavras, a segunda professora
76 - A Ordem do Regresso
sua ironia com relao aos que almejam poupar casta Clio contatos
demasiado ardentes: o erudito que no tem gosto por olhar em
torno de si, nem os homens, nem as coisas, nem os acontecimentos
(...) agiria sensatamente se renunciasse ao ttulo de historiador.
CANDIDO, A. Os parceiros do Rio Bonito. So Paulo: Duas Cidades, 1975, 3ed. [1954].
80 - A Ordem do Regresso
FLORESTAN FERNANDES
Interldio
(1969-1983)
Mulheres iranianas
POLTICA
As Relaes entre o Ir e o
Ocidente
Sob o Vu Mistificador da
Doutrina do Choque de
Civilizaes
Arlene Elizabeth Clemesha1
No entanto, os inspetores da AIEA, que monitoram intensamente toda atividade nuclear iraniana desde 2002, no encontraram
at a presente data evidncia da capacidade iminente de produo de
armas nucleares no Ir. Em 2003, para tentar reverter o crescimento
de um consenso mundial contrrio ao programa de enriquecimento
de urnio no Ir, o governo desse pas empreendeu um dilogo com a
Frana, Alemanha e Gr-Bretanha, para construir confiana baseada
na transparncia e no acesso s plantas nucleares. Ao mesmo tempo,
assinou e implementou o Protocolo Adicional ao TNP, e abriu as portas
a uma das inspees mais rigorosas e completas na histria da AIEA.
84 - As relaes entre o Ir e o Ocidente
Ao no se dar voz aos que lutam por mudanas no Ir, transmitese a concepo segundo a qual a soluo passaria por algum tipo de
interveno, presso ou castigo da comunidade internacional. Por trs
disso est a noo enraizada (por sculos de colonialismo e o discurso
etnocntrico que sempre o acompanhou) de que os iranianos precisam
do Ocidente para avanar, para seu bem e proteo contra suas prprias
crueldades. Nesse contexto, a propaganda gerada em torno ao caso
Sakineh ganha uma importncia estratgica mundial, ajudando a criar
uma opinio pblica que poder ver com olhos favorveis um ataque ao
Ir e, eventualmente, uma interveno para a mudana de regime.
88 - As relaes entre o Ir e o Ocidente
2.
Bibliografia
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ZARIF, Mohammad Javad. Tackling the Iran-US Crisis. Journal of International
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Cana-de-acar
POLTICA
Reforma Agrria e
subdesenvolvimento: a
experincia revolucionria
de Cuba
Joana Salm Vasconcelos
Bibliografia
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www.mouro.com.br
IDEO
graphos
Manoel Marulanda
poltica
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
Como descreve Gallego (2008: 55): Eles foram encontrando, com o tempo,
nos argumentos dos comandantes comunistas, uma nova concepo da luta
armada e um novo partido para militar.
Se no definirmos esta situao anormal no menor tempo possvel,
Marquetalia se converter em uma nova Sierra Maestra. (Palavras do
general Manuel Prada Fonseca publicadas no jornal El Siglo, 16 de abril
de 1964, apud Guzmn, 1968: 419).
Bibliografia
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Comunista. Revista terica e informativa de la actualidad internacional, Bogot, a. 6,
n. 4, p. 7-18, abr. 1963.
Capitalismo Globalizado e
recursos territoriais
Alfredo de Almeida
Andra Zhouri
Antonio Ioris
Carlos Brando
Francisco Hernndez
Gustavo Bezerra
Luis Henrique Cunha
entre outros
POLTICA
Quando as mulheres
invadiram as oficinas
tipogrficas: sindicalismo
e feminismo na Frana
(Sec. XIX-XX)
Marisa Midori Deaecto
Notas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Armand Lvy, Memoires pour les typographes, 1862. Apud Paul Chauvet, op.
Cit., pp.590-591.
Paula Brito
Editor, Poeta e
Artfice das Letras
Organizadores
Jos de Paula Ramos Jr.
Marisa Midori Deaecto
Plnio Martins Filho
Este livro trata das mltiplas faces
de um personagem singular de
nossa histria: Francisco de
Paula Brito (1809-1861).
Paula Brito-Editor de Machado
de Assis, Casimiro de Abreu,
Jos de Alencar, Gonalves Dias,
Baslio da Gama, Gonalves de
Magalhes, Teixeira de Souza,
Martins Pena... e de outros tantos
literatos menos afortunados pela
crtica. Na livraria da Praa da
Constituio, Paula Brito fundou a
Sociedade Petalgica, registrando
de forma bem-humorada e criativa
sua presena na cartografia
cultural da Corte.
Paula Brito-Poeta registrou em
seus versos e nas modinhas
que comps traos da cultura
fluminense de se tempo. Se o
Talento lhe faltou nessa arte em
que o engenho no tudo,
Rosa Luxemburg
resenha
Acumulao do Capital:
militarismo e colapso
No segundo caso, dos camponeses, temos um grupo nocapitalista, que faz parte das reas de expanso da acumulao do
capital; eles so um mercado externo. Deste modo, a tributao
indireta recebida dos camponeses abre uma fonte inteiramente nova,
pois essa soma se insere no modo de produo capitalista no exato
momento em que passa s mos do estado. Por esse motivo, esses
impostos tero um papel muito mais importante na formao da
indstria blica e ainda serviro como forma de presso para que
os camponeses passem a vender todo o seu produto e consumam
mercadorias produzidas dentro do modo de produo capitalista.
138 - Acumulao do Copital: militarismo e colapso
Ela [a revoluo proletria] est garantida somente metodicamente pelo mtodo dialtico. E essa garantia tambm s
pode ser provada e adquirida pela ao, pela prpria revoluo,
pela vida e pela morte para a revoluo. Um marxista que cultive
a objetividade do estudo acadmico to repreensvel quanto
algum que acredite que a vitria da revoluo mundial pode ser
garantida pelas leis da natureza.25
... a transformao socialista deixa de ser pensada exclusivamente como o dia decisivo, e passa ser pensada como processo
que pode comear, aqui e agora, pela mudana da correlao de
foras, das estruturas de poder e de propriedade, da inovao
institucional. Nem toda reforma social ou democrtica rejeita
o capitalismo, mas h reformas que tm por natureza um
potencial transformador, revolucionrio.28
2.
3.
4.
A mais-valia tem sua forma natural como mais-produto, ela precisa ser trocada
por dinheiro, adquirindo sua forma pura de valor para ser capitalizada e reinserida
na produo, para virar capital ativo. Esse processo de transformao da maisvalia, de mais-produto em dinheiro a realizao.
Isso nos permite pensar num sistema total e fazer uma anlise global, no apenas
dos capitalistas individualmente; constitui-se um sistema.
5.
6.
7.
Apresenta um debate sobre esse ponto argumentando sua escolha pela definio
de Marx e demonstrando o erro na teoria da reproduo ampliada dos
economistas clssicos a partir de sua definio equivocada de valor, como sendo a
soma de mais-valia e capital varivel.
De fato, para Rosa, esses termos no coincidem seno no capitalismo, pois outros
modos de produo tm a reproduo ampliada, mas s com o capital ela adquire
a forma da acumulao.
LUXEMBURG, Rosa. A Acumulao do Capital. Nova Cultural, 1985. pg. 18
Neste ponto, a autora faz uma anlise confusa da proposta marxista e parece
no apresentar nenhuma soluo efetiva para o problema da produo do
Rosa Rosa Souza Rosa Gomes - 143
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
Essa resoluo sobre a fora de trabalho e os meios materiais pode parecer colocada
a partir do nada nesse final, pois Rosa passa a maior parte do livro falando sobre
a questo da realizao. No entanto, ela aparece indicada nos primeiros captulos,
quando ela pontua:
Esse um dos pontos de forte crtica obra de Rosa Luxemburg. Muitos autores
criticam seu fatalismo deixando de lado sua grande contribuio a teoria e histria
econmicas: a formulao do problema da realizao e sua perspectiva totalizante
de anlise e soluo dessa questo.
21.
23.
22.
24.
25.
26.
27.
28.
Machado de Assis
fico e crtica
Notas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Comrcio e vida
urbana na
cidade de
So Paulo
(1889-1930)
Marisa Midori Deaecto
fico e crtica
O desafio de ter a
liberdade de pensar as
coisas em si
Maria Viana
WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985,
p. 52.
Ibidem, p. 71.
Ibidem, p. 72.
Ibidem, p. 119.
WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985,
p. 82.
YOURCENAR, Marguerite. Peregrina e estrangeira. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1989, p. 96.
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WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
GALEY, Matthieu. Entrevistas como Marguerite Yourcenar. Rio de Janeiro: Nova
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YOURCENAR, Marguerite. Peregrina e estrangeira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
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________. A obra em negro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
________. Memrias de Adriano. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
poema
Mulher feita
Ana Lcia Reboledo Sanches
Salsa
Alho
Cozinha
Quarto
Trabalho Creche
Roupa Aula
Parto Faxina
Hospital
Padaria
Certo Mercado
Inseguro Paracetamol
Comea
Termina
Claro gua
Escuro Ch
Fluoxetina Caf
Semente
Coberta
Janela Carinho
Sol Bolo quente
Cortina
Voal
Rosa Suspira
Vaso Evoca
Mesa central Reza
Sonha
Noite
Dentro Dia
Fora Ave Maria
Casa
Rua
Luta
Dela
Tua
IDEO
graphos