A Humanização No Tratamento Do Paciente Oncológico
A Humanização No Tratamento Do Paciente Oncológico
A Humanização No Tratamento Do Paciente Oncológico
SO PAULO
2016
SUMRIO
O QUE CNCER ....................................................................................................... 1
COMO ELE PODE AFETAR A VIDA DO PACIENTE ................................................... 2
COMO DAR O DIAGNSTICO DE CNCER ............................................................... 3
O TRATAMENTO HUMANIZADO DO PACIENTE COM CNCER ............................... 5
A CIRURGIA ONCOLGICA E A OPO DE NO MUTILAO ............................... 6
A QUIMIOTERAPIA ...................................................................................................... 8
A RADIOTERAPIA ...................................................................................................... 11
O PAPEL DA FAMLIA E DO ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL ...................... 12
A ESPIRITUALIDADE................................................................................................. 14
CUIDADOS PALIATIVOS ........................................................................................... 15
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 17
O QUE CNCER
A palavra cncer derivada do grego karkinos, nome dado a um gigantesco caranguejo pertencente mitologia grega. Segundo o Instituto Nacional de
Cncer (INCA), a palavra cncer o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenas que tm em comum o crescimento desordenado (maligno) de clulas
que invadem os tecidos e rgos, podendo espalhar-se (metstase) para outras
regies do corpo. Hipcrates, considerado o pai da medicina, utilizou o termo
cncer pela primeira vez ao descrever neoplasias que pareciam invadir tecidos
vizinhos de forma semelhante s patas de um caranguejo.
Desde os tempos mais remotos, a forma de lidar com o cncer tem sido
associada com receio, preconceito e superstio devido relao de sua imagem atrelada com a inevitabilidade da morte e com a falta de clareza ligada
sua etiologia. Antigamente, devido ao fato de o cncer estar relacionado com
a morte iminente, o diagnstico era dado apenas aos familiares do doente e este,
alienado aos acontecimentos, era afastado das decises relacionadas s condutas que seriam tomadas. A verdade que o cncer sempre foi tratado de forma
velada. Este fato trazia consequncias ruins ao paciente, que percebia as mudanas de comportamento, sendo isolado e infantilizado pela famlia. Hoje, sabese que, alm do corpo, o estado mental tambm apresenta papel fundamental
para o tratamento. Em outros momentos da histria, o cncer passou tambm a
representar emoes recalcadas, atrelando a figura do doente incapacidade
de luta, gerando mais estigmas.
Ao perceber-se que a adeso ao tratamento estava diretamente ligada ao
estado emocional do paciente, abrangendo, portanto, fatores sociais, psicolgicos e comportamentais, tornou-se necessrio desenvolver tcnicas de abordagem psicolgica na rea da sade que pudessem melhorar a qualidade de vida
do paciente e dos familiares.
Atravs dessas consideraes, a necessidade pelo esclarecimento e auxlio aos profissionais de sade para uma comunicao segura e clara, adaptando a informao s necessidades especficas do paciente dentro de sua realidade de vida cultura, crenas e concepes de sade e doena - e de como
o indivduo enfrenta os problemas, mostra-se como uma questo que precisa ser
discutida, a fim de que o profissional de sade esteja preparado para abranger,
no apenas a doena em si, mas tambm todas as outras variveis que concerne
ao indivduo com cncer.
Algumas condies so de extrema importncia na hora de comunicar o
diagnstico do paciente como o ambiente, a durao, a linguagem a ser utilizada
e o volume de informaes, respeitando a vontade do paciente sobre estar ciente
ou no de toda a situao. Segundo (STUART TP. 2001), o ambiente, como
evidenciado em alguns estudos, deve ser um local tranquilo, com conforto e privacidade. A durao tambm tem importncia. Deve-se ter tempo o suficiente
para que haja o esclarecimento de dvidas e o alento por parte do mdico, visto
que o momento pelo qual o paciente est passando dramtico e inesperado. A
linguagem outro fator preponderante pois o excesso de termos mdicos na
hora de se revelar o diagnstico pode causar srios problemas de interpretao.
Tendo em vista isso, necessrio que o mdico tenha certeza de que h compreenso da ocorrncia por parte do paciente e de seus familiares e, para isto,
deve-se levar em conta as suas caractersticas culturais e sociais. Em relao
ao volume de informaes, h muita discusso sobre o quanto necessrio comunicar ao paciente em um primeiro momento. Conforme (NPOLES, BM. 2000)
preciso considerar caractersticas subjetivas como a tolerncia psicolgica, as
condies de vida e o nvel cultural do paciente; o estgio do prognstico da
doena, bem como a possibilidade de colaborao familiar, alm de determinar
o quanto o paciente quer saber. indicado que todos os detalhes do diagnstico
no sejam dados em um nico momento, mas que sejam fornecidos pouco a
pouco a cada consulta, e repetidas sempre que necessrio.
Neste cenrio, a psico-oncologia, rea de interconexo entre a psicologia
e a oncologia, tem, como funo, o foco nos aspectos psicossociais do paciente
oncolgico, estudando o impacto do diagnstico no psiquismo do paciente e em
toda a sua famlia. Como consequncia, esse novo campo de estudo traz, segundo (VEIT, MT. 2008), resultados relacionados incidncia, recuperao e
ao tempo de sobrevida aps o diagnstico de cncer.
De acordo com (BIFULCO, Vera Anita. 2010), trs aspectos so importantes para se estabelecer um vnculo entre o mdico e o paciente na primeira
consulta a fim de cultivar um vnculo de confiana entre o mdico e o doente que
poder levar o paciente a uma adeso maior de tratamento. importante que o
paciente se sinta confortvel para falar sobre si. Tanto fatos significativos da sua
vida, quanto o seu grau de ansiedade e temor pelo que est por vir, a fim de
deixar transparecer seus aspectos psicolgicos, que sero essenciais para que
o mdico seja capaz de aliviar o sofrimento do doente. A informao extremamente teraputica, pois permite maior segurana em relao aos aspectos que
norteiam o tratamento, diminuindo assim, emoes como ansiedade e medo. A
famlia tambm deve estar atualizada sobre o estado atual do paciente e os procedimentos teraputicos, pois so estes que daro o prosseguimento aos cuidados a partir do momento em que o doente sai do consultrio.
propostas, como a realizao ou no da cirurgia, os cuidados pr e ps-operatrios, alm das variantes relacionadas sobrevida global e a sobrevida livre de
progresso, que interferem de forma decisiva na qualidade de vida do paciente,
so fatores no qual o cirurgio, alm de toda a equipe responsvel pelo cuidado
com o paciente com neoplasias, como o oncologista e o radioterapeuta, lida todos os dias.
Ao basear-se, tambm, no fato de que variveis como a experincia do
cirurgio oncolgico, a disponibilidade de recursos e de assistncia multiprofissional, alm do interesse que o profissional desenvolve em relao patologia
e pesquisa acadmica bem como a relao entre o mdico, o paciente e os
familiares, sob um aspecto humanizado, fazem com que a cirurgia passe de uma
simples forma de tratamento para uma complexa rede de variveis. Atualmente,
comum a viso do cirurgio como um profissional extremamente objetivo e
tecnicista que faz, muitas vezes, com que a face clnica e a valorizao humana
fiquem em segundo plano:
[...] A natureza da relao mdico-paciente requer profunda reflexo, pois se encontra cada vez mais distante do contato humano.
Dizer que, hoje, o cirurgio pouco inspeciona, raramente ausculta e
apalpa quando indispensvel no soa mais exagerado. O fetichismo
pela tecnologia e o endeusamento dos mtodos diagnsticos complementares desumanizaram os laos necessrios com o paciente e a famlia. Esses avanos tecnolgicos devem ser louvados, porm, preciso estar ciente de que, da propedutica teraputica, cada vez mais
equipamentos ou instrumentos interpem-se entre as mos do seu
operador e o paciente. importante lembrar que a medicina est atualmente nos umbrais da cirurgia robtica, mas que a despeito de todas
as vantagens que dela adviro, o paciente ir, ainda mais, sentir necessidade do conforto da presena humana e do apoio dedicado da
figura do cirurgio. [...] (ANTUNES, Ricardo Csar Pinto. 2010)
a medicina paliativa, a psiquiatria, entre outras especialidades, auxiliam, portanto, na busca pelo melhor tratamento de acordo com as limitaes de conhecimento e tcnicas atuais. O paciente, ao ter sua disposio a cobertura, de
forma integral, de todas as suas possveis comorbidades, tem uma qualidade de
vida superior, aumentando sua autoestima, melhorando a viso de si mesmo e,
tambm, de seu estado atual, constituindo um importante aspecto da vida humana que otimiza o tratamento do cncer.
relevante mencionar, tambm, o quanto a cirurgia mutiladora foi, conforme o tempo, perdendo gradativamente seu espao no tratamento oncolgico,
tendo em vista a precocidade do diagnstico graas ao estadiamento dos cnceres mais prevalentes na populao, como cncer de mama e, em contrapartida, surgiram meios mais conservadores e menos agressivos, como as resseces segmentares seguidas de radioterapia e mltiplas reconstrues mamrias,
que obtiveram bons resultados relacionados ausncia de recidiva local e, tambm, de metstases, alm de influenciar diretamente em uma melhora na condio psicossocial das pacientes. Partindo desse paradigma, as intervenes cirrgicas vo se aperfeioando e atuando com outras formas de tratamento, a fim
de diminuir resultantes prejudiciais relacionadas mtodos muito invasivos.
A QUIMIOTERAPIA
A palavra quimioterapia foi utilizada pela primeira vez por 1909, por Paul
Erlich, com o objetivo de descrever o uso de um composto de arsnico para tratar
sfilis. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi utilizada como arma, atravs da
descoberta do gs mostarda. Na Segunda Guerra Mundial seus efeitos foram
estudados, percebido por pesquisadores da poca seus efeitos na reduo das
sries linfoide e mieloide da medula ssea.
Atualmente, entende-se por quimioterapia o tratamento que consiste na
administrao de drogas que tem como finalidade controlar sistemicamente o
cncer, diferente da radioterapia e cirurgia que promovem um tratamento de
forma regionalizada. Ela pode ser empregada de forma adjuvante ou neo-adjuvante.
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O ponto mais crtico do tratamento est relacionado com as doses de quimioterapia. Quando muito baixas, podem ser ineficazes contra o tumor, ao passo
que, se em excesso, podem causar efeitos adversos graves e at intolerveis
aos pacientes.
Os principais efeitos causados pela quimioterapia so: alopcia, nuseas
e vmitos, mielotoxicidade, mucosite, neurotoxicidade, diarreia e aparecimento
de segunda neoplasia.
A queda de cabelo um ponto muito importante a ser considerado no
incio do tratamento quimioterpico, descrita pelos pacientes como um dos efeitos colaterais mais devastadores. Pode ocorrer duas ou trs semanas aps a
aplicao do medicamento. Como o cabelo considerado parte fundamental da
aparncia fsica, principalmente para mulheres, sua queda considerada um
efeito assustador, na medida em que sua perda afeta a autoimagem e prejudica
as relaes sociais.
Como os quimioterpicos so substncias txicas, quando o organismo
percebe sua administrao, mecanismos de defesa so ativados para expulsar
essas substncias, impedindo sua absoro, caracterizando as nuseas, vmitos, e, com a descamao da mucosa epitelial do tubo digestrio, surge a diarreia.
Outros efeitos como mielotoxicidade caracterizado pela queda brusca
da contagem de glbulos brancos, vermelhos e plaquetas podem ocorrer; e neurotoxicidade, visto que alguns medicamentos podem atravessar a barreira hematoenceflica, causando confuso mental, demncia e convulses.
importante ressaltar que o paciente deve se sentir acolhido para que se
sinta seguro durante o tratamento. O fornecimento de perucas para pacientes
que sofreram com a queda de cabelo um fator simples e ao mesmo tempo
essencial, pois tem como finalidade resgatar a autoestima e fazendo com que se
sintam bem consigo mesmas. ONGs como Rapunzel Solidria e Cabelegria
tem como funo arrecadar cabelos, confeccionar perucas e fornecer gratuitamente para pacientes adultos e crianas, vtimas dos efeitos colaterais da quimioterapia. Alguns hospitais de So Paulo possuem salas exclusivas com perucas
para que as pacientes possam escolh-las assim que iniciarem a quimioterapia.
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A RADIOTERAPIA
O uso da radioterapia iniciou-se aps a descoberta dos raiosX, em 1895,
por Rntgen. O primeiro relato de uso foi em uma paciente portadora de cncer
de mama, em 1896. A radioterapia uma modalidade de tratamento que consiste
no uso de radiaes ionizantes. Os tipos mais comuns de radiao so as eletromagnticas, como os raios X, partculas e gama.
A radioterapia possui diferentes formas de aplicaes, como radioterapia
externa (teleterapia) e radioterapia interna (braquiterapia). Ela empregada no
tratamento de neoplasias malignas, e, em alguns casos, em tumores benignos.
A radiao externa assim denominada quando os raios so depositados nos
tecidos a partir de uma fonte produtora distante do paciente. Quando a fonte est
em contato direto com o tumor, chamada de braquiterapia.
A finalidade de seu tratamento permitir que uma determinada dose de
radiao atinja o tecido alvo com o mnimo de dano possvel, resultando na
eliminao do tumor, aumentando as taxas de sobrevida e qualidade de vida ao
paciente.
O planejamento do tratamento fundamental para definir o local, dose,
avaliao de outras comorbidades, alm do intervalo de tempo adequado para
cada paciente. Sua indicao pode ser curativa ou paliativa.
O tratamento curativo tem como objetivo administrar a maior dose possvel, resultando em uma maior erradicao e controle da doena sem que haja
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danos orgnicos ao paciente. Seu uso pode ser prescrito antes ou aps o tratamento cirrgico, bem como em associao com a quimioterapia para potencializar o efeito antitumoral.
Como forma paliativa, seu uso pode ser recomendado mesmo quando
no h uma expectativa de sobrevida por grandes perodos e so levados em
conta os sintomas que causam desconforto e diminuem a qualidade de vida do
paciente, e, por isso, requerem tratamento.
Como efeitos colaterais, a radioterapia pode causar danos aos tecidos
saudveis de acordo com a regio a ser irradiada, como danos na tireoide, sistema nervoso central, pulmo e fgado, alm de prejudicar a cicatrizao de tecidos normais.
Na questo da humanizao, os pacientes devem se sentir seguros em
como enfrentar o tratamento, alm de serem instrudos sobre o objetivo do tratamento de possveis efeitos colaterais. Uma das formas de amenizar ou reduzir
os efeitos colaterais da radioterapia a orientao dos pacientes quanto ao uso
de cremes, leos e protetores para cuidado da pele. Se o indivduo socioeconomicamente fragilizado, importante que os servios pblicos e demais ONGs
possam fornecer e ampar-lo neste quesito.
No caso do tratamento infantil, a adeso ao tratamento pode ser um empecilho por conta do medo que algumas crianas possuem ao entrarem na mquina. Um caso recente foi descrito em que uma criana, com medo de realizar
seu tratamento, relutava em deitar para entrar na mquina. O tcnico radioterapeuta, ao saber que a criana tinha como super-heri preferido o homem aranha, confeccionou uma mscara indicada para radioterapia semelhante a de um
super-heri. A criana, ao colocar a mscara, sentiu-se feliz e segura e isso influenciou-a a entrar na mquina e iniciar o tratamento.
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A ESPIRITUALIDADE
No Brasil, uma grande parte da populao possui crenas religiosas/espirituais, principalmente entre os idosos, que acreditam em Deus e consideram a
religio importante. De acordo com alguns estudos realizados, como em pacientes internados, 77% informou que gostaria que seus valores fossem considerados pelos seus mdicos. Outros estudos indicam que o equilbrio espiritual est
associado com uma vida saudvel, alm de um sistema imune mais competente.
O indivduo recm diagnosticado com cncer experimenta um grande sofrimento pelo abalo em seu estilo de vida. Nessa hora, necessrio que o mdico
leve em conta a dimenso espiritual/religiosa do paciente. Essa perspectiva
fundamental pois muitas pessoas baseiam sua vida em valores religiosos.
No cuidado ao paciente, fala-se muito sobre cincia e suas questes fsicas, no entanto, questes como qual o sentido da vida, o lugar de onde viemos
e se existe outro mundo alm desse so desconsideradas.
As respostas para essas perguntas ainda permanecem no desconhecido,
por isso, a espiritualidade busca responder essas e outras perguntas.
Uma viso espiritualizada da realidade permite ao indivduo uma amplitude de significados para o cotidiano, reorganizando e transcendendo experincias. Embora a anlise cientfica deva ser independente de dogmas religiosos,
importante que o mdico respeite as crenas de seu paciente, caso ele as tenha.
Isso necessrio para garantir ao paciente conforto durante o tratamento, permitindo um tratamento mais humanizado. Ignorar a perspectiva religiosa do paciente pode criar constrangimentos e situaes desagradveis que podem at
prejudicar o tratamento. Por exemplo: um paciente muulmano que no possa
realizar suas oraes nos horrios que determina a sua religio ir ter um sofrimento adicional, alm do prprio estresse causado pelo tratamento do cncer.
Nesse caso, a equipe multiprofissional deve saber remanejar os horrios para
permitir que o paciente exera suas atividades religiosas e possa expressar sua
f.
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CUIDADOS PALIATIVOS
O termo paliativo, aceito universalmente para caracterizar a assistncia
multiprofissional a pacientes que j no possuem perspectivas de cura, no Brasil
o termo ainda tem uma perspectiva negativa.
Alm da preveno, diagnstico e tratamento, os cuidados paliativos
constituem a quarta diretriz determinada pela (OMS) Organizao Mundial da
Sade para o tratamento do paciente com cncer. Sua funo promover o tratamento da dor, alm de aspectos fsicos, psicossociais e espirituais, atravs da
deteco e avaliao precoce do paciente.
A OMS estabeleceu em 1986 e complementou em 2002 os princpios que
devem ser seguidos pela equipe de cuidados paliativos, so eles:
- promover alvio da dor e de outros sintomas angustiantes;
- afirmar a vida e considerar que a morte um processo natural;
- no abreviar ou prorrogar a morte;
- integrar os aspectos psicolgicos e espirituais de assistncia ao paciente;
- oferecer um sistema de apoio para ajudar os pacientes a viverem to
ativamente quanto possvel at a morte;
- oferecer um sistema de apoio para ajudar a famlia a lidar com a doena
do paciente e com seu prprio luto e
- melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doena.
Existem vrias formas de prticas paliativas, a escolha de uma ou mais
formas geralmente depende das caractersticas do indivduo. Esses cuidados
podem ser promovidos em domiclios, hospitais e clnicas, desde que a devida
assistncia seja fornecida.
Como parte da assistncia, deve ser observada a dor do paciente, suas
necessidades em relao aos alimentos que deseja consumir, as visitas que deseja receber e at mesmo quando quer ver seu animal de estimao no leito.
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Por isso, importante pensar que paliar confortar, aliviar sintomas, ouvir, respeitar, compartilhar, acolher e acompanhar at o fim da vida.
O tratamento do cncer e outras doenas crnicas exige a intensa necessidade de uma melhor promoo de cuidados paliativos. Atualmente, inmeros
congressos e reunies de profissionais oncolgicos esto trabalhando no tema.
Propostas como a criao de uma disciplina de cuidados paliativos se faz necessria, para que, deste modo, universidades e hospitais formem profissionais requeridos para esta prtica.
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