Psicologia Da Engenharia de Segurança Do Trabalho
Psicologia Da Engenharia de Segurança Do Trabalho
Psicologia Da Engenharia de Segurança Do Trabalho
Segurana do Trabalho
Braslia-DF.
Elaborao
Katia Cristina Tarouquella R. Brasil
Produo
Equipe Tcnica de Avaliao, Reviso Lingustica e Editorao
Sumrio
Apresentao................................................................................................................................... 4
Organizao do Caderno de Estudos e Pesquisa...................................................................... 5
Introduo...................................................................................................................................... 7
Unidade i
aspectos psicolgicos e psicodinmicos do trabalho.............................................................. 9
CAPTULO 1
Psicologia, senso comum e personalidade .................................................................... 9
captulo 2
Psicodinmica do Trabalho, Relaes humanas e dinmica de grupo: trabalhos
integrados e multidisciplinares........................................................................................ 17
captulo 3
Aspectos psicolgicos na seleo de pessoal e no treinamento.............................. 22
Unidade iI
SADE E SEGURANA NO TRABALHO: ASPECTOS EDUCATIVOS, TCNICOS E PREVENTIVOS..................... 24
captulo 1
A educao prevencionista............................................................................................. 24
Captulo 2
Aspectos estratgicos na utilizao de E.P.I................................................................... 30
captulo 3
Elaborao de relatrios tcnicos em sade e segurana do trabalho................. 32
Referncias .................................................................................................................................... 40
Apresentao
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa rene elementos que se entendem
necessrios para o desenvolvimento do estudo com segurana e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinmica e pertinncia de seu contedo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas metodologia da Educao a Distncia EaD.
Pretende-se, com este material, lev-lo reflexo e compreenso da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos especficos da rea e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convm ao profissional que busca a formao continuada para
vencer os desafios que a evoluo cientfico-tecnolgica impe ao mundo contemporneo.
Elaborou-se a presente publicao com a inteno de torn-la subsdio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetria a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
organizao do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os contedos so organizados em unidades, subdivididas em captulos, de
forma didtica, objetiva e coerente. Eles sero abordados por meio de textos bsicos, com questes
para reflexo, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradvel. Ao
final, sero indicadas, tambm, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrio dos cones utilizados na organizao dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocao
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou aps algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questes inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faa uma pausa e reflita
sobre o contedo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocnio. importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experincias e seus sentimentos. As
reflexes so o ponto de partida para a construo de suas concluses.
Praticando
Sugesto de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didtico de fortalecer
o processo de aprendizagem do aluno.
Ateno
Chamadas para alertar detalhes/tpicos importantes que contribuam para a
sntese/concluso do assunto abordado.
Saiba mais
Informaes complementares para elucidar a construo das snteses/concluses
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informaes relevantes do contedo, facilitando o
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exerccio de fixao
Atividades que buscam reforar a assimilao e fixao dos perodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relao a aprendizagem de seu mdulo (no
h registro de meno).
Avaliao Final
Questionrio com 10 questes objetivas, baseadas nos objetivos do curso,
que visam verificar a aprendizagem do curso (h registro de meno). a nica
atividade do curso que vale nota, ou seja, a atividade que o aluno far para saber
se pode ou no receber a certificao.
Para (no) finalizar
Texto integrador, ao final do mdulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem
ou estimula ponderaes complementares sobre o mdulo estudado.
Introduo
Inserir introduo
Objetivos
Analisar o trabalho na perspectiva da psicodinmica do trabalho.
Compreender os aspectos psicolgicos na seleo e no treinamento de pessoal
Promover a qualidade das relaes humanas no trabalho, identificando a funo do
grupo para o bem-estar no trabalho.
Promover a educao prevencionista.
aspectos
psicolgicos e
psicodinmicos
do trabalho
Unidade i
CAPTULO 1
Psicologia, senso comum e personalidade
.
letra, (psi), o
smbolo
A definio de psicologia poderia ser dada por sua origem grega: = Psyche + logia.
Logia vem de logos, que quer dizer: discurso, conhecimento, cincia. Deste modo Psicologia a
cincia da alma e da mente. a cincia que estuda a mente e o comportamento.
A Psicologia faz parte do cotidiano e, em certa medida, do senso comum, mas apesar disso, ela
uma disciplina cientfica e possui seus objetos de estudo, que pode ser o comportamento humano, o
inconsciente e a personalidade.
Os autores Bock et al., no livro Psicologias: uma introduo ao estudo de Psicologia (2002), abordam
a relao entre o modo como o senso comum se apropria da Psicologia e o que faz da Psicologia uma
disciplina cientfica.
preciso no esquecer de que o senso comum um tipo de conhecimento acumulado no
cotidiano; conhecimento intuitivo, necessrio para a conduo da vida no dia a dia e este
certamente impregnado pela difuso da cincia inclusive da psicologia.
Bock et al. (2002) apontam que existem muitos conhecimentos da Psicologia que foram
sendo apropriados pelo senso comum. Podemos citar como exemplo de apropriao: rapaz
complexado; menina histrica; ficar neurtico. Mesmo sem sabermos definir cientificamente
os termos citados, no deixamos de ser entendidos, pois estas palavras j tem seu significado no
senso comum.
Amplie seus conhecimentos. Acesse:
<http://www.youtube.com/watch?v=AAJPwZ0Csr0>
10
UNIDADE I
11
A personalidade
Antes de qualquer coisa, importante nos perguntarmos o que nos torna
nicos? Quais so as caractersticas que so identificveis nos indivduos? e
porque importante sabermos um pouco sobre essas caractersticas? Essas
questes iro nortear nossa reflexo nessa primeira etapa desse captulo.
Um dos elementos que nos torna nicos nossa personalidade, mas o que
personalidade? Personalidade vem do grego persona (mscara)
O conceito de personalidade tambm faz parte do vocabulrio do senso comum. Muitas vezes,
ouvimos algum descrever uma pessoa como tendo personalidade, como se isto significasse que
estamos lidando com uma pessoa segura, firme e decidida. Outras referncias personalidade no
senso comum podem ser identificadas, tambm, quando uma pessoa descreve outra como tendo
uma personalidade difcil, o que pode significar algum hostil, agressivo e mesmo indiferente.
Personalidade na psicologia
No final da dcada de 1930, o estudo da personalidade foi formalizado e sistematizado na Psicologia
norte-americana com o trabalho de Henry Murray e Gordon Allport (1966) da Universidade de
Harvard. Assim, os psiclogos comearam a estudar a personalidade de modo cientfico. Mas o que
isso significa?
Ao procurar pesquisar a personalidade humana, os psiclogos interessaram-se em construir
algumas teorias a partir da avaliao das vrias personalidades, pois a personalidade foi identificada
como algo que pode variar, assim, pesquisadores definiram personalidade como um agrupamento
permanente e peculiar de caractersticas que podem mudar em resposta a situaes diferentes.
A personalidade pode ser definida como o conjunto de caractersticas que definem uma pessoa
identificando e estabelecendo suas diferenas com os outros. Mas, para ter mais base cientfica
na definio, G.W. Allport (1966) definiu personalidade como uma organizao
dinmica dentro do indivduo, daqueles sistemas psicofsicos que determinam seus
ajustamentos nicos ao seu ambiente.
Podemos observar e identificar os diferentes tipos de traos nas pessoas que compem
a personalidade:
1. caractersticas fsicas (biolgicas), tais como raa, altura, pele, tipo de cabelo e cor,
tipo e cor dos olhos, sinais particulares, tais como manchas, verrugas, cicatrizes etc.
2. Caractersticas psquico (psicolgico) como: seu temperamento, seu carter, sua
capacidade intelectual etc.
3. Sociocultural, tais como: educao, cultura, crenas e valores etc. Dois fatores
tm uma influncia decisiva na formao de nossa personalidade: Patrimnio e
Meio Ambiente.
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UNIDADE I
Veja em:
<http://www.youtube.com/watch?v=lbsQHwtcrmY&feature=relmfu>
O Id inconsciente e a parte obscura, impenetrvel da vida psquica e o pouco que sabemos dele
aprendemo-lo estudando a elaborao do sonho e a formao dos sistemas, ele a instncia que
tende a satisfazer as necessidades pulsionais e regido pelo princpio do prazer.
Algumas caractersticas do ID quanto:
Ao contedo eles so inconscientes:
Inatos pulses sexuais e pulses agressivas.
Adquiridos desejos recalcados.
13
14
UNIDADE I
amplie
seus conhecimentos
.
Leia mais:
<http://www.webartigos.com/artigos/a-estrutura-da-personalidade-do-ponto-devista-freudiano/16142/>
Anteriormente introduzimos reflexes sobre a Psicologia como cincia e sua insero no senso
comum, na vida cotidiana, nas relaes familiares, afetivas e de trabalho.
Vale a pena destacar que elementos da personalidade que foram se consolidando ao longo da vida
sero convocados nas relaes de trabalho, isso significa que, no trabalho, o indivduo encontrar
um espao para a consolidao dos elementos de sua personalidade ou um espao para reorganizar
esses elementos. Essa premissa sustentada por Dejours (1994), que afirma que, ao chegar a seu
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16
captulo 2
Psicodinmica do Trabalho, Relaes
humanas e dinmica de grupo:
trabalhos integrados e multidisciplinares
O que trabalhar?
Aos diversos campos Sociologia, Economia, Ergonomia etc. apresentam controvrsias
sobre o que trabalho, para uns a relao tpica salarial, para outros seria ter um
emprego, uma atividade de produo social.
<http://www.youtube.com/watch?v=wT-zbi7wlRE>
Mas o que seria o trabalhar na modernidade e quais as contribuies do fordismo e
do taylorismo para o modo como trabalhamos na contemporaneidade?
.
17
As modificaes ocorridas no panorama social, econmico e poltico da poca, com destaque para
o advento da Grande Recesso dos anos 30, que forou as empresas a redefinirem seus conceitos
de produtividade.
A Teoria das Relaes Humanas surge a partir dos seguintes fatores:
necessidade de humanizar e democratizar a administrao, libertando-a dos
conceitos rgidos e mecanicistas da Teoria Clssica e adaptando-a aos novos padres
de vida do povo americano;
desenvolvimento da Psicologia e da Sociologia no incio do sculo XX.
Nessa perspectiva, a cooperao entre os indivduos no espao de trabalho passou a ser um elemento
de grande importncia para a Teoria das Relaes Humanas. Assim, desenvolver relaes humanas
baseada em dinmica de grupo pode proporcionar um espao de compartilhamento significativo
no ambiente de trabalho. Esse espao pode contribuir para minimizar desconfianas, temores e
conflitos, mediante experincias reconstrutivas, em termos de tarefas e processos que minimizem
as ameaas nas relaes de trabalho e desenvolvam formas de interao compatveis com uma
ampliao quantitativa e qualitativa de cognies, afetos e condutas.
Essa proposta implica o desenvolvimento de um clima de confiana entre os trabalhadores, em que
as frmulas de cortesia ou de ataque e defesa possam ser substitudas por atitudes de cooperao,
pelo compartilhamento de pensamentos, sentimentos e aes, pela adeso a uma tarefa comum
gerada pelo prprio grupo em direo ao seu autoconhecimento.
Nessa perspectiva, observar uma mudana de um foco no trabalho individual, para as relaes
coletivas do grupo de trabalho. Os trabalhos de Mayo apontaram que no era as exigncias
caractersticas do processo de trabalho como nveis de luz, horas de trabalho etc., nem to pouco
as dificuldades de adaptao e os problemas psicolgicos dos trabalhadores, mas as relaes
humanas da empresa, a convivncia no grupo e seus reflexos sobre a produtividade, o ambiente de
trabalho, o senso de coeso dentro do grupo de trabalhadores, suas crenas sobre a preocupao
e o entendimento que os patres tinham pelo seu valor individual. Nos anos 1930, segundo Rose
(2008), observou-se uma mudana do foco no trabalho individual com intervenes da gesto no
sentido de uma adaptao do indivduo ao trabalho, de uma higiene mental e acompanhamento
de problemas psicolgicos individuais, para intervenes em uma perspectiva de grupo
de trabalho.
<http://200.216.152.209/ojs2.3.6/index.php/gestaocontemporanea/artile/view15>
No texto acima, discutido o impacto da qualidade de vida no trabalho da construo civil a partir
das teorias das Relaes Humanas.
18
UNIDADE I
Abordagem Sociotcnica
Os trabalhos no ps-guerra com grupos na Inglaterra atravs do trabalho da Clnica Tavistock e
do Instituto Tavistock de Relaes Humanas, por meio da experincia das dinmicas dos grupos
sem lderes, em que seus membros, assumindo um processo participativo no grupo, se tornariam
melhores em seus trabalhos. Rose (2008), discutindo a psicologia nas empresas, refere-se a citao
a seguir.
A fora da sociedade democrtica vem do efetivo funcionamento da
multiplicidade de grupos que ela possui. Seu recurso mais valoroso so
os grupos de pessoas encontrados em suas casas, comunidades, escolas,
igrejas, negociaes, auditrios de sindicatos e em vrias filiais de governo.
Agora, mais do que nunca, reconhecido que essas unidades realizaro
bem suas funes se os sistemas maiores trabalharem com sucesso.
(CARTWRIGHT; ZANDER, 1967, p. VII).
Os pioneiros de aplicao prtica ocorreram nas minas de carvo de Durham na Inglaterra (1949),
em uma empresa txtil em Ahmedabad na ndia (1952) e em diversas empresas norueguesas, como
parte de um projeto denominado Democracia Industrial (dcadas de 1960 e 1970). A abordagem
sociotcnica representa uma corrente de pensamento que procura oferecer uma alternativa ao
modelo clssico de Taylor-Ford e Escola de Relaes Humanas (MARX, 1992).
Mas o que so os grupos de trabalho? Os grupos em uma empresa? O que eles podem proporcionar?
T-Group (grupos de treinamento ou formao)
Nos aos 1940, um psiclogo americano Kurt Lewin desenvolveu a ideia de que o treino das
capacidades em relaes humanas era um importante aspecto na sociedade moderna e intitulou o
primeiro grupo de T-Group. Este grupo tinha o objetivo de promover a observao em relao as
interaes humanas no processo grupal, de modo a tornar seus integrantes mais competentes para
enfrentarem as situaes interpessoais dificultosas.
Alguns aspectos dos T-Groups:
A experincia em comum vivida dentro do grupo sob a orientao de um monitor.
O grupo, ao mesmo tempo, o sujeito e o objeto da experincia.
A ideia tratar das questes que dizem respeito ao grupo, logo o monitor evita que
haja colocaes de questes pessoais.
O monitor assume uma postura no diretiva no emite juzos de valor ou
conselhos. Apenas traz contribuies do que percebe em relao ao funcionamento
do grupo.
<http://www.igt.psc.br/ojs/printarticle.php?id=337&layout=html>
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Estudo de caso
Organizao do setor produtivo antes dos grupos semiautnomos
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR600448_9278.pdf>
A partir do caso acima discuta quais os processos implementados que permitiram
a passagem de processos produtivos desta empresa, apoiado em princpios
tayloristas para uma reduo de nveis hierrquicos e do desenvolvimento de
competncias individuais?
Psicodinmica do trabalho
uma disciplina clnica que se apoia na descrio e no conhecimento das relaes entre o trabalho
e sade mental. Um dos alicerces da Teoria da Psicodinmica do Trabalho o modo como a
subjetividade se engajada no trabalho. Contudo, a subjetividade dos trabalhadores vista, no
mnimo, com desconfiana enquanto a dos dirigentes valorizada. Logo, no se trata na realidade
de perguntar se a subjetividade fundamental ou no hoje, uma vez que ela est sempre presente,
mas qual o lugar que ocupa e que importncia tem no contexto atual (LANCMAN; UCHIDA,
2003). Os autores criticam o posicionamento das organizaes no que se refere a algo herdado
desde o taylorismo at os dias de hoje, que a violao da subjetividade dos indivduos no ambiente
de trabalho.
Leia mais em: <http://www.webartigos.com/artigos/psicodinamica-do-trabalho/33
973/#ixzz1yTrEolr2>
Dejours (2004), quando aborda a subjetividade, o trabalho e a ao, chama ateno para a
centralidade do trabalho, que implica uma relao consubstancial entre trabalho e subjetividade.
O autor privilegia no a relao entre o salrio e o emprego, mas o trabalhar, certo modo de
engajamento da personalidade que mobilizada na relao com o trabalho, ou seja, trabalhar
transformar a si mesmo. As pessoas so transformadas ao longo de sua vida no trabalho.
20
UNIDADE I
21
captulo 3
Aspectos psicolgicos na seleo de
pessoal e no treinamento
Expectativas
Trabalho em
Grupo
Gnero
Prazer no
Trabalho
Sustentabilidade
22
UNIDADE I
Alm do saber conviver e da construo de si pela via da construo de uma obra coletiva, outras
caractersticas pessoais dos trabalhadores precisam ser identificadas na seleo e promovidas no
treinamento como, fazer diante de um evento inesperado, capacidade de correr e assumir riscos,
expor-se e engajar-se criativamente diante do inesperado no trabalho (ZARIFIAN, 1998).
23
SADE E SEGURANA NO
TRABALHO: ASPECTOS
EDUCATIVOS, TCNICOS
E PREVENTIVOS
Unidade iI
captulo 1
A educao prevencionista
Podemos fazer uma educao prevencionista do ponto de vista das relaes
humanas no trabalho? Como?
24
UNIDADE II
que interessante tambm a identificao dos perigos por categorias, por exemplo: mecnico,
eltrico, qumico ou outros, realizando perguntas durante as atividades e sobre os perigos, pode-se
indagar, por exemplo os seguintes questionamentos.
Pode-se ter quedas de pessoas? Devido altura? Devido a escorreges?
Temos veculos que transitam neste local?
Nesta tarefa temos o uso de substncias qumicas?
Temos fontes de energia, eltrica, radioativa, vibratria, outras?
Certamente, cada organizao deve elaborar sua lista de perguntas, adicionando as novas
informaes, atualizando-a constante e utilizada periodicamente para a identificao dos perigos.
Aps identificados os perigos, pode-se partir para a identificao dos riscos.
Os autores citando a OHSAS 18001 (2007) definem risco como a combinao da probabilidade de
ocorrncia de um evento perigoso ou exposio(es) com a gravidade da leso ou doena que pode
ser causada pelo evento ou exposio(es) e acrescentam com a definio de Torreira (1997), que
aponta que risco a medida das probabilidades consequncias de todos os perigos de uma atividade
ou condio. Pode ser definida como a possibilidade de dano, prejuzo ou perda.
O processo de avaliao de risco, segundo Berkenbrock e Bassani (2010), geralmente, segue as
seguintes etapas.
Figura 01: Etapas da avaliao de Risco.
Identificar os perigos
Determinar o risco
25
UNIDADE II
sete anos e mulheres, preferidos que eram crianas e mulheres pela possibilidade de lhes serem
pagos salrios mais baixos (BRASIL, 2002).
Assim, foi com o surgimento das primeiras indstrias que os acidentes de trabalho e as doenas
profissionais se propagaram, tomando propores alarmantes. Os acidentes de trabalho e as
doenas eram, em grande parte, provocados por substncias e ambientes inadequados, dadas
as condies subumanas em que as atividades fabris se desenvolviam, e grande era o nmero de
doentes e mutilados.
26
UNIDADE II
Definies bsicas
De acordo com a assertiva de Hammer apud DE CICCO e FANTAZZINI (1994), importante que
antes de prosseguir o estudo quanto evoluo do prevencionismo e gerenciamento de riscos em
geral, sejam definidos alguns termos bsicos.
Incidente Crtico (ou quase acidente): qualquer evento ou fato negativo com potencialidade
para provocar dano. Tambm chamados quase-acidentes, caracterizam uma situao em que no h
danos macroscpicos ou visveis. Nos incidentes crticos, estabelece-se uma hierarquizao na qual
basear-se-o as aes prioritrias de controle. Na escala hierrquica, recebero prioridade aqueles
incidentes crticos que, por sua ocorrncia, possam afetar a integridade fsica dos recursos humanos
do sistema de produo.
Risco: Como sinnimo de Hazard: uma ou mais condies de uma varivel com potencial
necessrio para causar danos como: leses pessoais, danos a equipamentos e instalaes, danos ao
meio ambiente, perda de material em processo ou reduo da capacidade de produo. A existncia
27
UNIDADE II
Prevencionismo em perspectiva
O prevencionismo vislumbra aes de preveno de danos e evoluiu englobando um nmero, cada
vez maior, de atividades e fatores, buscando a preveno de todas as situaes geradoras de efeitos
indesejados ao trabalho.
28
UNIDADE II
A grande maioria das tcnicas hoje empregadas na Engenharia de Segurana surgiu ligada ao
campo aeroespacial, vindas dos norte-americanos, o que bastante lgico devido a necessidade
imprescindvel de segurana total em uma rea onde no podem ser admitidos riscos. Essas tcnicas,
inicialmente desenvolvidas e dirigidas ao campo aeroespacial, automotivo, militar (indstria de
msseis) e de apoio, puderam ser levadas a outras reas, com adaptaes, podendo ter grandes e
significativas aplicaes em situaes da vida em geral.
As tcnicas de Segurana de Sistemas comearam a tomar forma ainda na dcada de 1960, sendo
criadas e apresentadas paulatinamente ao prevencionismo na dcada de 1970. Desde esta poca um
leque de diferentes tcnicas vem buscando sua infiltrao, sendo utilizadas como uma ferramenta
eficaz no combate infortunstica, embora, ainda hoje, passadas mais de trs dcadas, existe
pouca literatura respeito, principalmente quanto a sua aplicao na preveno do dia a dia ou na
adapatao destas para aplicao nas empresas, projetos e segurana em geral.
Segundo De Cicco e Fantazzini (1977), a Engenharia de Segurana de Sistemas foi introduzida na
Amrica Latina pelo engenheiro Hernn Henriquez Bastias, sob a denominao de Engenharia de
Preveno de Perdas, e pode ser definida como uma cincia que se utiliza de todos os recursos que
a engenharia oferece, preocupando-se em detectar toda a probabilidade de incidentes crticos que
possam inibir ou degradar um sistema de produo, com o objetivo de identificar esses incidentes
crticos, controlar ou minimizar sua ocorrncia e seus possveis efeitos.
29
Captulo 2
Aspectos estratgicos na utilizao
de E.P.I.
30
UNIDADE II
Inicialmente vale a pena destacar que o corpo, segundo Detoni et al. (2007), configura-se como
elemento revelador da constituio dos atributos de virilidade. Esses corpos masculinos so
atravessados pela cor, regio de origem, idade, orientao sexual e classe social a maioria desses
trabalhadores de origem nordestina e a eles cabe o trabalho mais pesado e arriscado da construo
civil. Os mais novos trabalhadores so valorizados pelo vigor e disposio e os mais velhos pelo
cargo que ocupam, uma vez que no dispem mais de fora fsica, ficam, ento, encarregados de
postos de comando. Estas so algumas lgicas sociais que dividem esses homens e seus corpos nos
postos de trabalho. Visivelmente, um dos atributos da masculinidade que se evidencia nesse espao
de trabalho a coragem para correr riscos. Em sua pesquisa, Detoni et al. (2007), identificou que
apelidos como cabao, revelam uma referncia debochada aos trabalhadores que tem medo. Assim,
usar os equipamentos de segurana seria reconhecer os riscos e, portanto, reconhecer o medo? Por
outro lado a pesquisadora encontrou em alguns grupo de trabalhadores em que os equipamentos de
segurana podem servir como adereo de virilidade, de modo que os EPIs usado fora da obra filia o
trabalhador a um determinado grupo.
Assim, os acessrios de proteo ocupam um lugar de fetiche dessa virilidade, tambm quando
so burlados, pois desafiam a prescrio de segurana revelam, assim, um homem mais macho,
mais experiente, um homem que no cabao (inexperiente e receoso do risco) naquela atividade.
Utilizamos os estudos de Dejours (1992; 2007) para pensar a burla nos contextos de trabalho, em
que burla pode ser uma das estratgias de defesa coletiva utilizada no trabalho para dar conta de
determinada atividade, como no caso dos trabalhadores da construo civil que se utilizam dos
Equipamentos de Proteo Individual EPIs, mas sem seguir todas as prescries. Portanto,
importante identificar o no uso dos equipamentos de segurana, as razes para esse no uso e
utilizar estratgias para que esses equipamentos faam parte do cotidiano de trabalho. As estratgias
podem ser palestras, vdeos e constante nfase na incorporao dos materiais de segurana como
um elemento integado ao trabalho e ao corpo do trabalhador.
<http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/134.%20corpos%20
masculinos%20constru%CDdos%20na%20pela%20constru%C7%C3o%20de%20uma%20
hidrel%C9trica.pdf>
31
captulo 3
Elaborao de relatrios tcnicos em
sade e segurana do trabalho
29
300
LESO INCAPACITANTE
LESES NO INCAPACITANTE
32
UNIDADE II
prejuzos causados qualidade de vida dos trabalhadores da empresa e a prpria empresa. Assim,
no Relatrio deve estar presente os diversos riscos de acidente de trabalho
O Anexo II da Lei no 8.213/1991 descreve as atividades profissionais e relaciona as doenas originadas em funo de seu
exerccio.
33
UNIDADE II
IV. Acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horrio de trabalho:
a. na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da
empresa;
b. na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar
prejuzo ou proporcionar proveito;
c. em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo quando financiada
por esta dentro de seus planos para melhor capacitao da mo de obra,
independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de
propriedade do segurado;
d. no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade
do segurado. (CASTRO, VILA, MAYRINK, 2002).
34
UNIDADE II
Assdio Moral
A violncia moral no trabalho no fenmeno novo e pode-se dizer que ela to
antiga quanto o prprio trabalho. A globalizao e a consequente flexibilizao
das relaes trabalhistas trouxeram gravidade, generalizao, intensificao e a
banalizao do problema.
No mundo hodierno, surgiu a nova tnica nas relaes de trabalho, o individualismo
exigindo do trabalhador um novo perfil: autnomo, flexvel, competitivo, criativo e
qualificado.
As presses por produtividade e o distanciamento entre os rgos dirigentes e os
trabalhadores de linha de produo resultam a impossibilidade de uma comunicao
direta, desumanizando o ambiente de trabalho, acirrando a competitividade e
dificultando a germinao do esprito de cooperao e solidariedade entre os prprios
trabalhadores. Esse fenmeno no privilgio s dos pases em desenvolvimento,
ele est presente no cenrio mundial. Atinge homens e mulheres, altos executivos e
trabalhadores braais, a iniciativa privada e o setor pblico.
Segundo a Organizao Internacional do Trabalho (OIT), em diversos pases
desenvolvidos, as estatsticas apontam distrbios mentais relacionados com as
condies de trabalho. o caso da Finlndia, da Alemanha, do Reino Unido, da
Sucia e dos Estados Unidos, por exemplo.
A mdica do trabalho Margarida Barreto, ao elaborar sua tese de mestrado Jornada
de Humilhaes, concluda em 2000, ouviu 2.072 pessoas, das quais 42% declararam
ter sofrido repetitivas humilhaes no trabalho.
No Brasil, a primeira lei a tratar desse assunto de Iracenpolis, SP, regulamentada
em 2001. Atualmente, h diversos outros projetos em tramitao nos legislativos
municipais, estaduais e na esfera federal.
Temos conscincia de que a soluo dos problemas de assdio no est apenas
nos dispositivos legais, mas na conscientizao tanto da vtima, que no sabe ainda
diagnosticar o mal que sofre, do agressor, que considera seu procedimento normal,
e da prpria sociedade, que precisa ser despertada de sua indiferena e omisso.
O diagnstico para as prximas dcadas sombrio, quando predominaro
depresses, angstias e outros danos psquicos, relacionados com as novas polticas
de gesto na organizao do trabalho, desafiando a mobilizao da sociedade e
adoo de medidas concretas, especialmente visando preservao e reverso
dessas expectativas.
Conceito
Existem vrias definies que variam segundo o enfoque desejado, tais como
o enfoque mdico, o psicolgico ou o jurdico. Juridicamente, o assdio moral
35
UNIDADE II
36
UNIDADE II
Aes preventivas
O assdio moral dissemina-se tanto mais, quanto mais desorganizada e desestruturada
for a empresa, ou, ainda, quando o empregador finge no v-lo, tolera-o ou mesmo
o encoraja.
37
UNIDADE II
Concluso
O assdio moral, como fenmeno social de tempos antigos, mas de reconhecimento
recente, deve ser analisado com cautela, no tocante sua caracterizao jurdica.
38
UNIDADE II
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