MALERBA - Memorial PDF
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Jurandir Malerba
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no
de
de
de
da
ndice
Introduo
Entre Cila e Caribdis: perigos do memorial como passagem, p. 4
Dados Pessoais, p. 23
II.
III.
IV.
V.
VI.
Publicaes, p. 28
VII.
Atividades de Pesquisa, p. 37
X.
Atividades Administrativas, p. 38
XI.
Atividades Acadmicas, p. 38
XII.
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este, em particular, concurso para professor titular livre, no s permite e enseja, seno que
exige uma breve reflexo.
Talvez ao memorial no caiba reclamar a propriedade de um gnero autnomo,
embora no ser inoportuno, sendo narrativa memorialstica, em que o autor/objeto
(re)constri um itinerrio intelectual, nele reconhecer um tipo de autobiografia, ainda que o
contexto e o mvel de sua produo o singularizem ainda mais.
Ao ser desafiado a entabular sua trajetria narrativamente como uma sequncia
ordenada de conquistas e opes bem sucedidas posto que ningum arrolaria seu rosrio de
equvocos e fracassos, o autor do memorial est desde o incio preso numa armadilha
entre c e acol. Ao longo de dcadas treinado para a escrita inspida, objetiva, assptica do
texto cientfico, artefato composto de lgica argumentativa e aparato de erudio (como
magistralmente ensinou Anthony Grafton1), v-se o Autor do memorial rendido ao terreno
movedio da subjetividade: o eu-autor deve narrar com distanciamento (como no lembrar
Norbert Elias?) a trajetria do eu-objeto. Seria necessrio a esse indivduo uma significativa
evoluo na escala civilizatria para tamanho descolamento (Elias de novo!). Do eu que
se (auto)escreve exige-se relatar, ou seja, evidenciar narrativamente a formao2 de sua
identidade profissional/ intelectual, que o distingue entre todos candidatos, reais ou
potenciais. No vou entrar na questo de fundo, que matria clssica da sociologia, de
Durkheim a Elias, passando por Habermas, Boaventura de Sousa Santos at a iluso
biogrfica de Bourdieu, entre tantos3.
The Footnote: a Curious History. Cambridge (MA): Harvard University Press, 1997.
O conceito clssico alemo de Bildung. A universidade moderna, definida pelo modelo humboldtiano,
implantado em Berlim no ano 1810, foi pensada dentro desse molde voltado formao integral do ser
humano, com vistas a uma totalizao verdadeira do ser. universidade, em sua conjugao sinttica
de ensino e pesquisa, caberia desenvolver a personalidade e avanar a cultura por meio da formao. A
questo : ser que o conceito humboldtiano de formao e de universidade no sero anacrnicos
hoje?
BOURDIEU, Pierre. A iluso biogrfica. In: AMADO, Janana; FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.).
Usos e abusos da histria oral. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1996, p.183-191; DADOUN, Roger.
Entretiens sur la biographie. Paris: Carnets Sguiers, 2000; DOSSE, Franois. O desafio biogrfico:
escrever uma vida. So Paulo: Edusp, 2009.
WEBER,
Max.
WissenschaftalsBeruf,
Nessa chave, o autor (de um memorial), alm de expor com maestria os clssicos que
deram corpo a sua obra (base de uma identidade cognitiva), haveria ainda de
resolver/abordar a questo de sua identidade social. Se a construo de um perfil cognitivo
mapeia o conjunto de afinidades eletivas do Autor em termos de opes paradigmticas
dentro da disciplina ou campo, a identidade social resgatar aquilo que hoje se define por
redes, os vnculos institucionais e pessoais que garantiram ao autor seu lugar ao sol na
arena acadmica. (Quanta coisa deveria ser, teoricamente, contemplada num memorial!).
Alm do contedo a ser includo, outro aspecto importante a se pensar na construo
de um memorial a definio da chave narrativa em que ele dever ser desenvolvido.
possvel ou mesmo desejvel almejar realizar uma etnografia de si, assptica ao sabor da
cincia? Ou uma autobiografia? Em se tratando da (re)construo de uma trajetria, um
percurso, o que merece ser enfatizado: as continuidades ou as rupturas? Os sucessos ou os
percalos ao longo da carreira? As dvidas e questes abertas que moveram frente o Autor
ou as dbias certezas parciais a que chegou?
H uma tenso incontornvel no registro: em minha opinio, ao constituir-se eu, ao
construir narrativamente uma persona, o auto distanciamento exigido por uma etnografia de
si inviabiliza-se, uma vez que autor (do memorial), autor (produtor intelectual) e obra
diluem-se no memorial. Essa modalidade narrativa, que como tal oscila entre realidade e
fico5, eivada de subjetividade mais que qualquer outra, pende ento para a segunda. Mas
no podemos descartar a exigncia (ou um efeito) de realidade por parte do leitor do
memorial, manifesta, por exemplo, na documentao que se deve a ele anexar, documentos
comprobatrios da trajetria apresentada narrativamente. O que documentam esses
anexos? A trajetria vivida ou a narrada?
Por fim, quanto estrutura narrativa, como organizar o memorial: teleologicamente,
do comeo at os dias de hoje? Ou retrospectivamente, de um presente (ou mesmo um
futuro redimido e glorioso) ao passado? Isso quanto ao tempo. Mas, para o autor-historiador,
h outros topoi pendentes: quanto ao sujeito da ao, ou antes, relao determinismo
versus voluntarismo, como fugir ao canto de sereia do memorial de pintar-se como
indivduo soberano, autnomo, senhor de seus desgnios, quase um heri carlyleano, quando
tantas vezes por suposto este autor esteve merc de circunstncias (estruturas) sociais,
econmicas, mentais, afetivas que estavam para muito alm de sua vontade ou capacidade?
Da tambm se evidenciam os limites de pretenso de verdade possvel em um memorial.
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O mais ingrato nesse desafio eu deixei para o fim. Resgatar uma trajetria, que
culmina nos dias de hoje, articulando a massa de informaes numa coerncia de sentido
seno, no uma trajetria implica realar (ou mesmo impor) congruncia, constncia,
enfim, uma teleologia. Que nos d o sentido (pr-estabelecido), e implica um motor: a
vontade soberana do autor sujeito/objeto do memorial. Pois como avaliariam o memorial
seus leitores(/examinadores) se a narrativa fosse construda base de rupturas, desvios,
fazendo-se fortuita, aleatria ou labirntica? Numa tal trajetria o percurso poderia
conformar-se, como promessa, s num futuro distante ou mesmo utpico. Mas o autor tem
que provar que, por vias de um percurso coerente, chegou pronto e bem sucedido aos dias
de hoje.
Enfim, se afiarmos a crtica, o gnero memorial se mostrar uma cilada. Seu autor
chegou ao estreito de Messina. Ou ele narrar uma bem sucedida trajetria ou ter fracasso
em seu intento. O problema que o autor aqui sujeito e objeto, com interesses
inconfessveis ou, muito ao contrrio, declarados. Ademais, um memorial deveria desvelar
uma Obra (ateno na maiscula), coisa que quero ter a pretenso saudvel de, ao final da
vida, ter logrado construir. Mas, neste momento, espero estar a pelo meio do caminho desta
vida. Ento, o melhor e mais honesto que posso oferecer, em vez de um memorial, a
apresentao dos highlights de meu itinerrio profissional.
* **
Nel mezzo del cammin di nostra vita/ Mi ritrovai per una selva
oscura,/Ch la diritta via era smarrita.
s portas do Inferno, Dante sentiu como a tarefa de narrar dura, (...) que volve o
medo mente que a figura. A rememorao suscita inevitavelmente a ideia da viso do
moribundo, usada por Walter Benjamin e Norbert Elias, para quem toda vida se projeta s
vistas cegas. Com elas, um turbilho de paixes, de sentimentos vividos e guardados.6 Se a
vida segue seu curso imprevisto, o imperativo desta escrita de mim faculta a oportunidade
5
Luiz Costa Lima. Histria. Fico. Literatura. So Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Nesta altura, sou muito otimista por querer achar que estou no meio do caminho. Mas quem sabe? Ou o
que importa? Vem-me mente a pungente passagem de Blade Runner, de Ridley Scott, quando Gaff
dialoga com Deckard, sugerindo o suposto interesse do policial pela replicante (que, como tal, foi
fabricada para durar um nmero determinado de anos quatro, salvo engano: It's too bad she won't
live, but then again who does? Trocando em midos, Gaff quer dizer que a intensidade da vida no
necessariamente proporcional longevidade...
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Passagens
Classifico o longo perodo desde meu nascimento at o ingresso na universidade
como a minha pr-Histria. Sou descendente por todos os lados de imigrantes italianos,
que povoaram o interior de So Paulo desde finais do sculo XIX. Nos idos dos anos 1950,
meu av materno deixou a cidade de Batatais para aventurar-se na colonizao do Norte do
Paran, onde o caminho de sua famlia se cruzou com a de meu pai, que, vinda de
Catanduva, j se encontrava por l havia uma gerao. Nasci, paulistssimo, italianinho no
interior do Paran, no movimento de expanso da agricultura cafeeira no Norte pioneiro.
No incio dos anos 1970, meu ncleo familiar retornou regio de origem, estabelecendo-se
em Bebedouro, de onde sa, contrariando todas as prdicas do destino, para cursar Histria na
Universidade.
O que se passa nesse nterim no causar muita espcie num documento como este.
Eu seria corretamente classificado, de acordo com as premissas do socilogo francs Pierre
Bourdieu e do portugus Boaventura de Sousa Santos, que perceberam e analisaram um
movimento muito recente, dos ltimos trinta ou quarenta anos, como desses casos tpicos de
intelectuais nefitos, provenientes das classes economicamente menos favorecidas que, por
um ardil dos fados, conseguiram estudar e trilhar a carreira acadmica. Eu, particularmente,
tinha tudo para dar em nada. Nenhum bacharel na famlia, nenhum doutor mdico ou
advogado, nem professor, meus pais cursaram trs ou quatro anos das sries primrias, ele
mecnico de mquinas agrcolas e ela presa criao de quatro filhos, crocheteira at quando
lhe permitiram as vistas. Devemos, todos os filhos de dona Zez, sua obstinao termos
conquistado um diploma superior. Aqui, a palavra conquista faz jus.
Fiz todo o primrio, o ginasial e o colegial na rede pblica de ensino. Por uma
pilhria da sorte, no final de 1983, abandonei emprego (em Bebedouro) e faculdade noturna
(em Ribeiro Preto!) e fiz inscrio para o vestibular no curso de Letras da Universidade
Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais. Depois de um semestre no curso de Letras,
transferi-me para o de Histria, merc talvez da ebulio poltica desse ano fatdico de 1984,
auge do movimento pelas Diretas J, incio da reconstruo da democracia no Brasil. Tudo
isso foi vivido com muita intensidade, assim como outras descobertas e experincias
estticas que delimitaram minha trajetria pessoal e profissional at hoje. Academicamente,
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Histria da Universidade Estadual de Maring (Pr) UEM, instituio e rea nas quais atuei
de Agosto de 1993 at maro de 2002, em regime de dedicao exclusiva. Minha atuao
docente nesses quase nove anos foi integralmente voltada s disciplinas de carter tericometodolgico. Em Maring fiz de tudo um pouco. Tive at minhas primeiras experincias
administrativas, como vice chefe de departamento (10/2000 - 10/2001) e membro de
conselhos superiores (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso, 2000-2001). Uma das
experincias administrativas mais importantes foi a de coordenador do Programa Associado
de Ps-Graduao em Histria UEM/UEL, empresa tanto mais complexa por envolver duas
instituies diferentes. Coordenei os trabalhos para a elaborao do projeto e fui o primeiro
coordenador do programa (1999-2002).
Outra atividade que eu destacaria, no perodo em que estive em Maring, foi a de
editor da revista Dilogos, frente da qual estive entre 1997 e 2001. Nesse perodo, criamos
e consolidamos o peridico, conseguindo index-lo internacionalmente (no Historical
Abstracts; America: History and Life; British Library Humanities and Social Sciences) e
angariar financiamento total desde o nmero 4 (2000), junto Fundao Araucria, a agncia
de fomento pesquisa do estado do Paran. Mas os fatos mais importantes de minha vida, a
despeito da conquista do doutorado, foram meu casamento em 1996 e o nascimento de Dora,
um ano depois.
No campo acadmico, ministrei na UEM vrias disciplinas, tanto na graduao como
na ps (Latu e Stritu Senso), onde tive oportunidade de concluir a orientao de uma
dissertao de mestrado. Na graduao, orientei vrios bolsistas, dentro do programa de
Iniciao Cientfica, PIBIC/CNPq.
(Um parntesis qui importante: muitas caractersticas de meu perfil
acadmico, como o relativamente baixo nmero de teses e dissertaes
orientadas, assim se explicam. A rigor, s encontrei um ambiente acadmico
estvel, onde tudo funcionava plenamente, na PUCRS, onde cheguei em
2008. Passei nove anos em Maring, onde praticamente tudo estava por fazer.
Para orientar minha primeira dissertao de mestrado, tive que lutar para a
criao do programa. Saindo de Maring, passei nove meses em Joo Pessoa,
na UFPb e mais um ano entre Oxford e Washington, onde estive,
respectivamente, como pesquisador e professor visitante; e outro um ano
desempregado ao voltar ao Brasil. Quando finalmente ingressei por concurso
na Unesp de Franca... a vaga era para tempo parcial e os coordenadores do
programa de ps-graduao demoraram trs anos para entenderem que meu
ingresso (a despeito do vnculo em tempo parcial) no prejudicaria o
programa. Um ano depois, em 2008, fui para a PUCRS. Ainda assim,
consegui concluir duas orientaes de mestrado na Unesp/Franca).
Aquela experincia editorial frente da revista Dilogos abriu-me essa frente
importante na qual milito at hoje. Fui editor de algumas colees junto a editoras pblicas e
particulares, desde a coleo Textos do Tempo, junto editora Papirus (Campinas), na qual
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publicaram-se doze ttulos entre 1997 e 2004, at, atualmente, a coleo Monumenta, que
publica clssicos da historiografia moderna9, junto EDIPUCRS, editora da qual sou
membro do Conselho Editorial.
No incio de 2002 ingressei por concurso pblico de provas e ttulos no quadro
docente da Universidade Federal da Paraba, sempre para a rea de Teoria da Histria, onde
permaneci por todo o ano letivo. Aconteceu que, nesse decurso, logrei conquistar uma bolsa,
em edital aberto por um convnio CNPq/Universidade de Oxford para desenvolvimento de
estgio como pesquisador visitante na categoria de Senior Professor (CNPq) junto quela
instituio britnica. No alcanando liberao institucional para o referido estgio, na
avaliao entre a estabilidade do emprego pblico e a experincia no Centre for Brazilian
Studies (CBS) da Universidade de Oxford, no hesitei em exonerar-me do meu cargo e
rumar com a famlia para a Inglaterra.
Em Oxford, onde permaneci por seis meses, minha principal atividade foi a de
coordenar o History Workshop NEW APPROACHES TO BRAZILIAN INDEPENDENCE, patrocinado
pelo CBS e pelo St. Antonys College. O CBS, com Leslie Bethell frente, convidou outros
oito experts no tema, provenientes de Portugal, Estados Unidos, Canad, e Brasil entre os
quais Jorge Miguel Pedreira, Hendrik Kraay, Kirsten Schultz, Lilia Schwarcz, Isabel Lustosa,
Iara Lis Schiavinato, Joo Pinto Furtado e Mrcia Berbel. O debate foi fortemente alentado
pela presena dos chairs das sees, cinco dos mais proeminentes latino-americanistas da
Gr-Bretanha. J no primeiro dia, a excelncia do material e do debate deixava clara a
possibilidade de editar o produto do evento em formato livro. Prof. Leslie Bethell e eu
imediatamente entabulamos a proposta, entusiasticamente acolhida pelos conferencistas.
Convidamos mais dois historiadores para completar a obra (Anthony MacFarlane e Luiz
Geraldo Silva), que foi publicada em 2006 pela Editora da Fundao Getlio Vargas, com
prefcio do prprio Prof. Bethell.10
O ano de 2003 foi excepcional em termos de experincia profissional internacional.
Logo aps meu estgio como Visiting Research Fellow em Oxford, seguiu-se a marcante
experincia docente nos Estados Unidos da Amrica. Durante o Fall Term, como Visiting
Professor junto ao Brazilian Studies Program da Georgetown University (Washington,
9
O primeiro ttulo, de 2010, foi Consideraes sobre as causas da grandeza dos romanos e sua
decadncia, de Monstequieu [VOLUME 37], em traduo anotada por Renato Moscateli; o segundo,
que acaba de ser lanado, o clssico As mulheres na revoluo, de Michelet [VOLUME 38], em
traduo comentada de Daniela Kern.
10
DC), ministrei a disciplina Brazilian Empire. Nation Building and State Formation in a
Modern Slave-based Society. A audincia era composta por estudantes senior de graduao
e candidatos ao PhD. Nesta disciplina, um survey da Histria do Brasil no sculo XIX,
nfase foi depositada em trs ngulos: a economia escravista no Brasil do perodo, a
formao do Estado Imperial e a construo da identidade nacional brasileira.
No segundo semestre de 2003, ainda em Washington, minha mulher ficou grvida de
minha segunda filha, Giulia, de modo a que esses e outros imperativos familiares me levaram
a rescindir meu contrato com a Georgetown no final desse ano, declinando dos outros seis
meses de contrato que ainda restavam. Voltando ao Brasil desempregado, fiz de pronto um
concurso para a rea de Teoria da Histria na UNESP, campus de Franca num edital
paradoxalmente aberto contratao com vaga (em regime estatutrio) e para tempo parcial
(20 horas semanais). Ali permaneci de novembro de 2004 at julho de 2008. Nesse perodo,
alm de comer o po que o diabo amassou, publiquei trs artigos completos em peridicos
(Histria, Mediaes, Revista do IHGB), dez captulos de livros, entre os quais dois na
Colmbia (Editorial Universidad Javeriana e Universidad Nacional de Colombia/Clacso),
um na Frana (CNRS), um nos Estados Unidos (ABC Clio), alm do captulo que escrevi
para o volume 9 da Historia General de Amrica Latina, sobre Teoria y Metodologia en la
Histria da la Amrica Latina (editado por Hector Perez Brignoli e Estevo Martins. Paris:
Unesco; Madrid: Trotta, 2006); traduzi dois livros (Eduel e Papirus), organizei trs volumes
(Contexto, Editora da FGV, Edusc), orientei uma dzia de monografias de graduao e
orientei at defesa duas dissertaes de mestrado. Porm, em dois editais consecutivos,
pleiteei sem sucesso a alterao de regime para tempo integral. As dificuldades oriundas do
regime precrio de trabalho me impuseram buscar outros horizontes.
Foi assim e por isso que cheguei Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande
do Sul, onde sou professor do Programa de Ps-Graduao em Histria e do Departamento
de Histria. Aqui conclui a orientao com defesa de duas teses de doutorado e duas
dissertaes de mestrado; oriento atualmente seis teses de doutorado, duas dissertaes de
mestrado e uma iniciao cientfica (trs concludas). Nestes ltimos seis anos de atividade
minha produo se qualificou (com artigos cientficos e livros publicados em veculos de
excelncia no Brasil e no exterior) e minha rede de intercmbios acadmicos se alargou, com
coprodues e participaes em eventos em pases como Estados Unidos, Frana, Noruega,
Portugal, Alemanha, Itlia, Rssia, Inglaterra, Blgica e Japo. Em 2009 fui a Moscou, a
convite da Academia Russa de Cincias, como conferencista convidado para abrir o
congresso internacional THEORIES AND METHODS IN HISTORICAL DISCIPLINE: WAY TO
THE 21ST CENTURY, onde publiquei depois, pela Kanon Plus, o livro A Histria na Amrica
Latina, originalmente publicado no Brasil pela Editora FGV em 2009 e reeditado em
espanhol (pela Prohistoria Edicciones, Rosario, Argentina), em 2010; hoje outro volume est
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sendo vertido para o russo, a sair pela mesma editora, o qual menciono a seguir). No ano
seguinte, a convite da Freie Universitt e do Deutsches Historisches Museum, de Berlim,
participei de evento em torno das efemrides do bicentenrio das guerras de independncia
na Amrica Latina, cujo livro (com captulo derivado de meu paper) saiu em publicao
bilngue na Alemanha. Dessa viagem resultou a aproximao ao Latinamerika Institute da
Freie Universitt, que me honrou depois com o convite para inaugurar, como professor
visitante, a CTEDRA SRGIO BUARQUE DE HOLANDA DE ESTUDOS BRASILEIROS, no ano
letivo 2012/2013, uma parceria Freie Universitt/DAAD. Desde ento, sou Pesquisador
Associado ao CENTRO DE PESQUISAS BRASILEIRAS do Instituto de Amrica
Latina
da
Universidade
Livre
de
Berlim
[http://www.lai.fuberlin.de/pt/brasil/mitglieder/assozwissenschaftler/index.html].
Aquela
experincia
berlinense foi nica, das mais ricas e produtivas.
Mesmo com uma carga horria significativa na FU (trs disciplinas mais um
colquio, semanais por semestre) e de uma disciplina ministrada na Universidade de Kln,
escrevi muito e vivi, vivemos, muito intensamente. Dessa experincia, junto com vrios
artigos e captulos de livros de feitio acadmico, resultou um texto inusitado, um livro de
crnicas que relata minhas/nossas experincias (fui com toda a famlia) em Berlim nesse ano.
Uma bela edio.11
De volta Porto Alegre em maro de 2013, vida que segue, duas teses e duas
dissertaes concludas, meia dzia de qualificaes, meia dzia de estudantes fazendo
sanduche em Berlim (aprovei, junto com Stefan Rinke, catedrtico de Amrica Latina do
LAI/FU, um projeto CAPES/DAAD PROBRAL12, de cooperao internacional para
mobilidade de estudantes e pesquisadores, que nos primeiros dois anos enviou quatro
professores e seis alunos para Alemanha e recebeu levas de pesquisadores alemes na
PUCRS); outro projeto CAPES PROCAD (casadinho), que fiz e coordeno junto com os
colegas da Universidade Estadual do Cear13; viagens bissextas Fortaleza, expedies de
estudantes e professores em POA, viagens a congressos internacionais, publicaes e tudo
mais.
11
Trem para estao Varsvia (Porto Alegre: Edipucrs/AGE) foi lanado em Berlim em Julho, e em
Porto Alegre em Novembro de 2014. Ficou entre os finalistas do Prmio Aorianos deste ano, na
categoria livro de crnicas: http://coordenacaodolivro.blogspot.com.br/2014/11/premio-acorianoscategoria-cronica-trem.html.
12
13
Projeto Capitalismo, civilizao nas cidades do Cear (1860 - 1930), do GPESQ-CNPq/ UECE
Prticas Urbanas (GPPUR), financiado pelo CNPq, Edital MCTI/CNPq/MEC/CAPES Ao
Transversal n 06/2011 Casadinho/PROCAD, sob superviso do PPGH/PUC-RS.
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Dever ser importante registrar ainda que sou lder do Grupo Teoria e Histria da
Historiografia do Diretrio dos Grupos de Pesquisa do CNPq, formado pelos seguintes
pesquisadores: Astor Antonio Diehl (UPF), Hlio Rebello Cardoso Jr (Unesp/Assis), Marcos
Antnio Lopes (UEL/Pr), Raimundo Barroso Cordeiro Jr (UFPb), Teresa Malatian e Srgio
Campos Gonalves (Unesp/Franca), Tereza Kirschner e Estevo Martins (UnB), Julio
Bentivoglio (UFES), Pedro Spndola Caldas (Unirio), Lus Srgio Duarte, Carlos Oiti Berbet
Junior e Cristiano Arraes (UFG), Srgio da Mata, Valdei Lopes Arajo e Helena Mollo
(UFOP), Temstocles Cezar (UFRGS), Jos Carlos Reis (UFMG) e Hugo Hruby. Nossas
linhas de pesquisa so Histria da Historiografia e Teoria da Historiografia.
Na PUCRS, alm dos duties cotidianos, procuro criar meus prprios caminhos
institucionais. Ministro as disciplinas de Brasil Monrquico e Teorias e Metodologias da
Histria na graduao a cada semestre; no PPGH (conceito 5, Capes), uma disciplina de vis
terico, alm dos orientandos; sou coordenador das sries e colees de Histria e j fui
membro do Conselho Editorial da EdiPUCRS. Criei e coordenei o curso de ps-graduao
Lato
Sensu
(especializao)
Compreendendo
o
mundo
contemporneo
[http://www.pucrs.br/ffch/historia/mundocontemporaneo/], realizado entre 2010 e 2011
(modalidade EAD) e o curso de extenso Oficina de produo de trabalhos acadmicos,
que j teve quatro edies, entre 2011 e 2014.
Cabe o registro, logrei conquistar uma bolsa de produtividade em pesquisa (Pq) do
CNPq, em vigncia durante o trinio mar2011-fev2014. Quando de minha ida Berlim para
assumir a Ctedra SBH, pedi suspenso da bolsa e me confundi no calendrio, a tal ponto
de no haver requerido renovao nos prazos regulamentares da agncia em 2013, o que
levou da bolsa. Apliquei, contudo, novamente em 2014 e ora aguardo resultado do edital.
Finalmente, mas no menos importante, indico os projetos entabulados para o futuro
prximo (2015). J recebi o aceite de paper submetido International Conference
History and Historiografphy in the 20th Century que acontece em Atenas entre 18 e 20
de Junho de 2015 (doc anexo), sob os auspcios da Universidade do Peloponeso, da
Universidade de Atenas, da International Network for the Theory and Philosophy of
History (da qual sou membro!) e da revista Historien. Tambm, tendo aplicado para a
Ctedra Celso Furtado de Histria e Humanidades, parceria CAPES/ Universidade de
Cambridge, tive a distino de estar na lista trplice nominada pela agncia de fomento
brasileira. Essa lista seguiu para a Inglaterra e a deciso final fica por conta dos colegas do
St. Johns College.
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14
MALERBA, J. Note A Margine - La Critica Storiografica Degli Anni Novanta In Brasile. Storiografia.
Pisa/Roma , v.4, p. 65 - 84, 2000 [VOLUME 5]. Publicado no Brasil como MALERBA, J. Notas
margem: a crtica historiogrfica no Brasil dos anos 1990. Textos de Histria Revista da Ps-graduao
em Histria da UnB, Dossi Memria, Identidade e Historiografia/Memory, Identity and
Historiography, v. 10, n. 1/2, p. 181-214, 2002. Cf, tambm MALERBA, J. Some Remarks on the
Almost Western Historiography. Storiografia. Pisa/Roma , v.7, p. 227-237, 2003. Uma verso deste
ensaio apareceu no Brasil: MALERBA, J. Histria, memria, historiografia: algumas consideraes
sobre historiografia normativa e normativa no Brasil. In: ____ (org.). Historiografia brasileira em
perspectiva crtica. Bauru: Edusc: 2007, p. 351-370.
15
MALERBA, J. (org.) A velha Histria: teoria, mtodo e historiografia. Campinas: Papirus, 1996.
[VOLUME 5A]. MALERBA, Jurandir, GEBARA, Ademir. Norbert Elias in Brazil: an initial impact.
Figurations Newsletter, v.11, p.2-3, 1999.
16
Cardoso, Ciro Flamarion; Malerba, Jurandir Malerba (org.). Representaes: contribuio a um debate
transdisciplinar. Campinas: Papirus, 2000 [[VOLUME 6].
Malerba, Memorial, p. 15 de 42
voltei a Elias para contribuir numa obra coletiva sobre a presena do fundador da sociologia
figuracional em pesquisas empricas.17
Trabalhar na rea de Teoria da Histria desde meu ingresso no magistrio superior,
sempre o considerei, foi para mim a possibilidade de um horizonte aberto com infinitas
paisagens, infinitos cenrios, como diria Walt Whitman. A Histria nunca teve l uma teoria
muito slida e seu arcabouo foi-se construindo, basicamente ao longo do sculo XX, no
dilogo que entabulou com outras disciplinas ou cincias, se assim se preferir: a Economia,
a Sociologia, a Demografia, depois a Antropologia, a Lingustica, a Psicanlise... Minha
formao, minha prtica docente e de pesquisa beneficiaram-se imenso dessa necessria
abertura imposta pelo ofcio de professor de disciplinas tericas. Entre os livros (que editei)
publicados nessa rea mencionei A velha Histria, de 1996, e Representaes, organizado
junto com Ciro Flamarion Cardoso, de 2000. Nos ltimos vinte anos, a interlocuo
permanente com colegas da rea, no Brasil e no exterior, fecundou uma srie de trabalhos
colaborativos e parcerias. Produzi vrias coletneas que expressam meu atual envolvimento
com a pesquisa e a reflexo terica no campo da Histria. Uma delas, muito divulgada e
intitulada A Histria Escrita: Teoria e Histria Da Historiografia, consiste numa antologia
que tem como objetivo verticalizar a reflexo sobre os fundamentos tericos da escrita
histrica, com vistas ao aperfeioamento de instrumentos para pesquisa no campo da
Histria da historiografia. Neste projeto, iniciado numa conversa com Prof. Jrn Rsen em
Oslo no ano 2000, reuni um escol dos mais consagrados tericos da Histria, como o prprio
Rsen, que, alm de me oferecer um texto para a coletnea, discutiu comigo seu desenho e
me franqueou acesso a outros tericos como Horst W. Blanke, Angelika Epple, Masayuki
Sato e Hayden White. Tambm contriburam para o projeto, tericos do porte de Arno
Wehling, Massimo Mastrogregori, Frank R. Ankersmit, e Carlo Ginzburg. 18
17
Cf. MALERBA, J. (org.). A Histria escrita: teoria e Histria da historiografia. So Paulo: contexto,
2006 [VOLUME 9]. Este livro foi resenhado por Paulo Pinheiro Machado na revista Varia Histria, v.
22, p. 572-573, 2006; e por Slvia Helena Zanirato em duas revistas: HISTRIA (Unesp), v. 25, n. 1, p.
261-264, 2006 e Locus (UFJF), v. 12, n. 1, p. 185-188, 2007. Entre outros recentes trabalhos de carter
terico-metodolgico, merecem realce os artigos: Em Busca de Um Conceito de Historiografia Elementos para uma Discusso, publicado na Revista Vria Histria (Belo Horizonte, v. 17: 23-56,
2003) e Pensar o Acontecimento, na Histria Revista (Revista do Departamento de Histria e do
Programa de Mestrado em Histria da UFG, Vol. 6).
Malerba, Memorial, p. 16 de 42
20
MALERBA, J. (org.) Lies de Histria : o caminho da cincia no longo sculo XIX. Rio de Janeiro :
Editora FGV / Porto Alegre: EdiPucrs, 2010. [VOLUME 29]
21
MALERBA, J. (org.) Lies de Histria. Da histria cientfica crise da razo metdica, Rio de
Janeiro : Editora FGV / Porto Alegre: EdiPucrs, 2013. [VOLUME 34]
Malerba, Memorial, p. 17 de 42
Jr, Ren Gertz, Nuncia Santoro Constantino, Jos Carlos Reis, Srgio da Mata, Arthur
Fairfax Assis, Carlos Oiti Berbet Jr, Pedro Caldas, Cristiano Arrais, Raimundo B. Cordeiro
Jr e Carlos Antonio Aguirre Rojas fizeram tradues comentadas e ensaios sobre a obra de
Nietzsche, Weber, Burckhardt, Dilthey, Rickert, Windelband, Lamprecht, Meinecke,
Simmel, Croce, Collingwood, James Harvey Robinson, Carl Bercker, Charles Beard, Marc
Bloch e Febvre/Pirenne.
No contexto deste concurso, caber jogar luz a uma antologia pessoal publicada
recentemente, onde reuni um conjunto de artigos que escrevi nos ltimos quinze anos
envolvendo os grandes topoi da teoria da Histria: fico/histria, acontecimento, estrutura,
indivduo e sociedade, processo, tempo, espao, narrativa, representao e historiografia:
Ensaios. Histria, Teoria & Cincias Sociais. Uma verso deste livro saiu em espanhol na
Argentina, pela Prohistria Ediciones (Rosrio), a qual est sendo correntemente vertida ao
russo, a sair tambm pela Kanon Plus, de Moscou.22
Especial relevo seja-me permitido atribuir ainda ao meu pequeno livro A Histria na
Amrica Latina. Ensaio de crtica historiogrfica (Rio de Janeiro: Editora da Fundao
Getlio Vargas, 2009), uma ampliao e aprofundamento de questes propostas num
captulo que escrevi para o ltimo tomo da Histria General de America Latina, da
UNESCO, cujo tema era justamente Teoria e Metodologia na Amrica Latina. 23 Versando
sobre os impasses tericos que marcaram a historiografia latino-americana desde o Linguistic
turn na dcada de 1960 at o incio da dcada de 2000, aquele pequeno livro ganhou uma
edio em espanhol em 2010 (La historia en Amrica Latina. Ensayo de crtica
historiogrfica. (Rosario, Argentina : Prohistoria [VOLUME 24]) e uma russa em 2011
( . . Moscou (Ru):
- [Kanon Plus] [VOLUME 24]).
Meus outros livros publicados so voltados histria do Brasil. Alm de minhas
dissertao e tese, Os brancos da lei e A corte no exlio24, e da coletnea A independncia
brasileira: novas dimenses (RJ: Editora FGV, 2006), j mencionados, falta lembrar apenas
22
23
24
Respectivamente minha dissertao de mestrado e tese de doutorado, publicadas pela EDUEM e pela
Companhia das Letras, e citados acima.
MALERBA, J.
Malerba, Memorial, p. 18 de 42
Este O Brasil imperial [VOLUME 11 A] teve sua primeira edio esgotada. Outros trabalhos em
Histria do Brasil, particularmente sobre o perodo da independncia, que merecem ser lembrados so
Independence-Brazil (In: Encyclopedia of Iberian American Relations. Santa Barbara (CA): ABCCLIO, J. Michael Francis editor, 2005) [VOLUME 12]; Para uma Histria da Independncia
apontamentos iniciais de pesquisa. Revista do Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro (Rio de
Janeiro, 2004); Dom Joo VI e o Brasil. Cadernos de Leituras Compartilhadas, Rio de Janeiro, ano
6, fascculo 18, 2007; O Casrio Real. Nossa Histria, Rio de Janeiro, v. 30, p. 42-45, abri.2006; O
tamanho da comitiva: uma questo de somenos, Acervo: Revista do Arquivo Nacional do rio de
Janeiro, (no prelo, 2008) [VOLUME 13]; Dura vida em casa nova, Revista de Histria da
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (2008). Entre outros.
26
MALERBA, J.; BERTONI, M. Nossa Gente Brasileira. 2 ed. Campinas : Papirus, 2012 p.136.
[VOLUME 22]
27
MALERBA, J . Une socit de cour sous les tropiques. In: Sophie Chevalier; Jean-Marie Privat. (Org.).
Norbert Elias et l'anthropologie. Paris: CNRS Editions, 2004, v. 1, p. 91-98.
Malerba, Memorial, p. 20 de 42
de
Teoria
da
Histria
Mas discusses excelentes vm sendo levadas a cabo por importantes tericos Brasil
afora. Eu mencionaria como meus interlocutores diretos, a ttulo de exemplo, profissionais
como Jos Carlos Reis, Estevo Martins, Valdei Arajo, Srgio da Mata, Pedro Caldas,
Marcos Antonio Lopes, Arthur Assis, Hlio Rebello Cardoso Jr., Temstocles Cezar; junto
com estes, que so pesquisadores cadastrados no grupo de pesquisa Teoria e Histria da
Historiografia (do CNPQ), vimos ampliando nossa network de investigadores do campo,
presentes em So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Braslia, Curitiba, Ouro Preto,
29
MALERBA, J. Dom Joo, Rey Del Brasil. Entre La Historia y La memria. In: Stefen rinke, HansMartin Hinz, Frederik Schulze. (org). Bicentenario: 200 Jahre Unabhngogkeit in Latinamerika.
Geschichte zwischen Erinnerung und Zukunft. Berlim: Freie Universitt Verlag/ Deutsches Museumm,
2011. [VOLUME 14]
30
O paper Scholars on the hot seat, or Who is the one to write History? The clash between Historians and
Journalists and the Path of profissionalization of History field in Brazil foi publicado em 2014 como
Acadmicos na berlinda ou como cada um escreve a histria: uma reflexo sobre o embate entre
historiadores acadmicos e no acadmicos no Brasil luz dos debates sobre a Public History. Histria
da Historiografia,
Ouro Preto , v.15, p.27 - 50, 2014. (disponvel em
http://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/692)
Malerba, Memorial, p. 21 de 42
Campinas, Juiz de Fora, Goinia, Salvador, Fortaleza, Florianpolis e Joo Pessoa, para
mencionar alguns dos lugares onde tive a oportunidade de trocar experincias.31
Com esse breve relato descritivo, de minha formao e competncias, espero ter
logrado demonstrar estar altura da posio que pleiteio junto UFRGS, de professor titular
na rea de Teoria da Histria.
31
I. Dados Pessoais
Documentos
Nome:
JURANDIR MALERBA
Nascimento: 21 DE JULHO DE 1964
Local:
C.I.C.: 038.060.198-27
Data de Expedio: 09/09/1991 (Doc. I - 1)
(Doc. I - 2)
(Doc. I - 3)
Filiao
Pai: Alcindo Alcio Malerba
Me: Maria Jos Fonzar Malerba
Malerba, Memorial, p. 23 de 42
Endereo
Rua So Mateus, 945/203
Porto Alegre - RS
CEP 91.410-030
Contatos:
(51) 3574-6506 // 8318-6506 E-mail: [email protected]
[email protected]
Profisso
- Bacharel em Histria pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) (Doc. II - 1)
Ps-Graduao
Mestrado
Programa de Ps-graduao em Histria da Universidade Federal fluminense RJ
Curso de Mestrado Histria Moderna e Contempornea
rea de Concentrao: Histria Moderna e Contempornea
Data da Defesa: 02/12/1992
Ttulo da Dissertao: Sob o verniz das idias; liberalismo, escravido e valores patriarcais
no Cdigo Criminal do Imprio do Brasil,
Ano de obteno: 1992
Banca Examinadora: Hamilton de M. Monteiro (or.), Ciro F. Cardoso, Gislene Neder
(Doc. II 2)
Malerba, Memorial, p. 24 de 42
MALERBA, Jurandir. Sob o verniz das idias; liberalismo, escravido e valores patriarcais
no Cdigo Criminal do Imprio do Brasil. Dissertao de Mestrado apresentada ao Programa
de Ps-Graduao em Histria da Universidade Federal Fluminense (UFF), 1992. (Publicada
na ntegra como Os Brancos da Lei. Liberalismo, escravido e mentalidade patriarcal no
Imprio do Brasil. Maring: EDUEM, 1994, 177 p.)
Doutorado
Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo
(FFLCH/USP)
Programa de Ps-graduao em Histria
rea de Concentrao: Histria Social
Ttulo da Tese: A corte no exlio; interpretao do Brasil joanino
Defesa: 13/06/ 1997
Banca: Elias T. Saliba (or.), Jos Murilo de Carvalho, Ilmar R. de Mattos, Maria Odila da S.
Dias, Maria Helena P. T. Machado
(Doc. II 3)
MALERBA, Jurandir. A corte no exlio; interpretao do Brasil Joanino. Faculdade de
Filosofia, Letras e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo (FFLCH/USP), 1997.
(Publicada como A corte no exlio; civilizao e poder no Brasil s vsperas da
Independncia (1808-1821). So Paulo : Companhia das Letras, 2000. 420 p.)
Malerba, Memorial, p. 25 de 42
1.
2.
Malerba, Memorial, p. 26 de 42
3.
Scholars on the hot seat or who is the one to write history?: the clash between
historians and journalists and the paths of professionalization of history field in Brazil.
The future of the theory and philosophy of history, Ghent; 10, 11 & 12 July 2013)
[http://www.inth.ugent.be/wp-content/uploads/2013/05/Malerba-J-Jornalists-Xhistorians-draft.pdf]
(Doc. IV 3)
4.
5.
6.
Dom Joo VI, rey de Brasil: entre la historia y la memoria. Historia entre memoria y
futuro. Bicentenario: 200 aos Independencia en Amrica Latina, Freie Universitt
Berlin, Zentralinstitut Lateinamerika-Institut , Berlin (9-11 de diciembre de 2010)
(Doc. IV 5; 5A)
7.
Nacionais
Malerba, Memorial, p. 27 de 42
Bolsa DAAD de professor visitante snior (catedrtico) para ocupar a Ctedra Srgio
Buarque de Holanda de Estudos Brasileiros
[http://www.lai.fu-berlin.de/pt/brasil/gastprofessur/index.html]
VI. Publicaes
1.
2.
: XIX XX
[Heranas brasileiras: construo e descontruo do Brasil, sculos XIX e XX],
[ALMANAQUE HISTORICO LATINOAMERICANO], n. 14, p. 134-155, 2014
(VOLUME 15)
3. A velha nova Histria (resenha). Histria da Historiografia. Ouro Preto, v.11, p.279
- 286, 2013. [http://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/507]
(DOC VI - 6; 7; 8)
4.
5.
6.
7.
8.
9.
, . , 1968 - 2008 //
: , , / . ..
. (Moscou): , 2011. . 572-586.
[http://www.bogoslov.ru/biblio/text/1399182/]
(DOC VI 19; 20; 21)
10.
11.
Livros autorais
Malerba, Memorial, p. 29 de 42
2.
3.
Teora, Historia & Ciencias Sociales. Ensayos crticos. Rosario (Arg) : Prohistoria
Ediciones, 2013, v.1. p.200.
[VOLUME 21]
4.
5.
6.
. . [A Histria na
Amrica Latina. Ensaio de crtica historiogrfica]. Moscou (Ru): [Kanon Plus], 2011.
[VOLUME 24]
7.
Captulos de livros
1.
2.
The New Stile: Etiquette during the Exile of the Portuguese Court in Rio de Janeiro
(1808-1821) In: Norbert Elias and Empirical Research. Tatiana Savoia Landini &
Franois Depelteau (ed.) New York : Palgrave MacMillan, 2014, v.1, p. 125-160.
[VOLUME 27]
3.
Malerba, Memorial, p. 30 de 42
4.
5.
Dom Joo, Rey Del Brasil. Entre La Historia y La memria. In: Stefen rinke, HansMartin Hinz, Frederik schulze. (org). Bicentenario: 200 Jahre Unabhngogkeit in
Latinamerika. Geschichte zwischen Erinnerung und Zukunft. Berlim: Freie Universitt
Verlag/ Deutsches Museumm, 2011.
[VOLUME 30]
6.
7.
Jias da Casa Imperial In: Cludia Beatriz Heynemann; Renata W. Santos do Vale
(eds). Temas Luso-brasileiros no Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional,
p. 163-173, 2010.
[VOLUME 32]
8.
9.
Lord Acton In: Lies de Histria : o caminho da cincia no longo sculo XIX.
Jurandir Malerba (ed.) (Rio de Janeiro / Porto Alegre : Editora FGV / EdiPucrs), p. 249286, 2010.
[VOLUME 34]
10.
Thomas Carlyle In: Lies de Histria : o caminho da cincia no longo sculo XIX.
Jurandir Malerba (ed.) (Rio de Janeiro / Porto Alegre : Editora FGV / EdiPucrs), p. 191210, 2010.
[VOLUME 34]
1.
2.
Malerba, Memorial, p. 31 de 42
3.
4.
2.
Carlos Antnio Aguirre Rojas. Para comprender El siglo XXI uma gramtica de
larga duracin. Trad. Jurandir Malerba: Para Compreender o Sculo XXI Uma
gramtica de longa durao. Passo Fundo (RS)/ Porto Alegre:UPF Editora / EdiPUCRS,
2010
[VOLUME 36]
Berlim sob a lente de um brasileiro. Correio do Povo, Porto Alegre, encarte especial
60 Feira do Livro, 25/10/2014.
(DOC VI 26; 27)
Reflexes de um ano que termina. Zero Hora. Porto Alegre, p.3 - 3, 2011
(DOC VI - 31)
Malerba, Memorial, p. 32 de 42
Boa vizinhana (resenha de O Sul mais distante, de Gerald Horne). Zero Hora. Porto
Alegre, p.2 2, 2010.
(DOC VI - 33)
O que podemos aprender sobre nosso tempo. Zero Hora. Porto Alegre, p.2 2, 2010
.
(DOC VI - 34)
Malerba, Memorial, p. 33 de 42
Ano
Documento
2009/2010
(60 h/a/ semestre)
2009-2
(60 h/a/ semestre)010
2010- 2014
(60 h/a/ semestre)
2010-2014
(60 h/a/ semestre)
I/II 2012/3
(60 h/a/ semestre)
II/2012/3
30 h/a
Doc VII - 1
Doc VII - 1
(DOC VII - 1)
(DOC VII - 1)
(Doc VII 2; 3; 4)
(Doc VII 5)
Perodo
Documento
PUCRS
2010/2011/2013-2014
II/2012/3
30 h/a
I/II 2012/3
(60 h/a/ semestre)
(Doc VII 5)
(Doc VII 2; 3; 4)
30 h/a
(DOC VII - 6)
30 h/a
(doc VII 7)
30 h/a
(doc VII 8)
Malerba, Memorial, p. 34 de 42
Jos Augusto Ribas Miranda. Diplomata mais amante do seu paiz que das suas
commodidades: atuao de Francisco Adolfo de Varnhagen nas Repblicas do
Pacfico 1863-1865. 2013. Dissertao (Histria) - Pontifcia Universidade Catlica do
Rio Grande do Sul
(DOC VIII - 2)
Em andamento
Doutorado
Concludas
Malerba, Memorial, p. 35 de 42
Em andamento
(DOC VIII - 3)
Fbio Turmina
(DOC VIII - 6)
Malerba, Memorial, p. 36 de 42
X. Atividades Administrativas
Coordenador do Programa PROBRAL (junto com Stefan Rinke, FUBerlim)Circulao de saberes e agentes, Brasil e Alemanha), CAPES/DAAD,
PUCRS/Freie Universitt. Berlim, 2013-2014.
(DOC XI - 4C; 4D)
Consultoria acadmica
Capes
CNPq
Conselhos Editoriais
Malerba, Memorial, p. 40 de 42
Doutorado
DECCA, Edgar de, Raphalle Legrand, Jean Claude Yon, MALERBA, J. et al.
Participao em banca de Denise Scandarolli Inacio. Cenas esquecidas ou
Vaudeville, opra-comique e a transformao do teatro no Rio de Janeiro dos
anos 1840, 2013
(Histria) Universidade Estadual de Campinas
(DOC XII - 2)
Vilmar Alves Pereira, Maria Lucia Bastos Kern (orientador), Artur Cesar Isaia,
Maria Eunice Moreira, MALERBA, J. Participao em banca de Jos Roberto de
Lima Dias. Percursos da racionalizao do sagrado no espiritismo: um conjunto
de ideias presentes na literatura e na imprensa brasileira (1857-1915), 2011
(Histria) Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul
(DOC XII - 4)
Mestrado
Fabio Khn; Abro, Janete; MALERBA, J.. Participao em banca de Alex Jacques
da Costa. Seguindo ordens, cruzando campos: o governador e capito-general
dom Diogo de Sousa e a poltica do imprio portugus pra o Rio da Prata (18081811). 2010. Dissertao (Mestrado em Histria) - Pontifcia Universidade Catlica
do Rio Grande do Sul.
(DOC XII - 5)
Malerba, Memorial, p. 41 de 42
Qualificao de Doutorado
MALERBA, J., Temstocles Cezar, Eder Silveira.
Participao em banca de Fabrcio Antnio Antunes Soares. Como se narrou a
revoluo farroupilha..(Histria). 2014. PUCRS.
(DOC XII - 6)
Qualificao de Mestrado
Malerba, Memorial, p. 42 de 42