Topografia Ie II Apostila 2009
Topografia Ie II Apostila 2009
Topografia Ie II Apostila 2009
ARQUITETURA E URBANISMO
TOPOGRAFIA I e II
NOTAS DE AULA
2009
Arquitetura
TOPOGRAFIA I e II
PUC/PR
Mensagem inicial
O presente texto uma compilao de diversos temas de Topografia, elaborados a partir
de fontes diversas. Seu principal objetivo constituir uma base de apoio para as aulas do
curso de Arquitetura da PUCPR. Neste documento so apresentados conceitos e
exerccios sobre os temas abordados nas aulas. Cabe ao aluno complementar a
informaes aqui apresentadas com as discusses em sala de aula e em consultas ao
material de referncia na biblioteca.
a
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Exemplo de
Planta Topogrfica
Planialtimtrica
Exemplo de
Planta Topogrfica
Planimtrica
Arquitetura
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Carta ou Mapa
Representa os detalhes fsicos, naturais e artificiais de parte ou de toda a superfcie
terrestre mediante smbolos ou convenes e meios de orientao indicados, que
permitem a avaliao das distncias, a orientao das direes e a localizao geogrfica
de pontos, reas e detalhes.
A representao de cartas em escalas
mdias e pequenas leva em considerao
a curvatura terrestre dentro de rigorosa
localizao relacionada a um sistema de
referncia de coordenadas.
Levantamento Topogrfico
O levantamento topogrfico compreende medies de ngulos horizontais e verticais
bem como medies de distncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental
adequado exatido pretendida para determinar a posio de pontos de apoio no terreno
para posterior representao no papel.
conveniente ressaltar que os levantamentos topogrficos so definidos e executados
em funo das especificaes dos projetos. Assim, um projeto poder exigir somente
levantamento planimtrico, ou, somente levantamento altimtrico, ou ainda, ambos os
levantamentos, no caso, planialtimtrico.
a) Levantamento PLANIMTRICO : o levantamento dos limites e confrontaes de
uma propriedade, atravs do seu permetro. Compreende tambm a orientao
(norte) e a amarrao a pontos notveis e estveis nas suas imediaes.
b) Levantamento ALTIMTRICO OU NIVELAMENTO: o levantamento que
compreende exclusivamente a determinao das alturas relativas dos pontos de apoio
ou de detalhes a uma superfcie de referncia.
c) Levantamento PLANIALTIMTRICO: o levantamento planimtrico acrescido da
determinao altimtrica do relevo do terreno. No levantamento cadastral levanta-se a
posio de certos detalhes de interesse sua finalidade, tais como: limites de
vegetao ou cultura, cercas internas, edificaes, benfeitorias, posteamento,
barrancos, rvores isoladas, valos, drenagem natural e/ou artificial, etc.
Levantamento Topogrfico Expedito
Levantamento topogrfico expedito o levantamento exploratrio do terreno, com a
finalidade especfica de seu reconhecimento, sem prevalecer critrios de exatido.
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Referncia de Nvel - RN
um ponto onde se conhece a sua altitude (h) e as suas coordenadas UTM (E,N) ou
Geogrficas (,). Estes pontos so implantados no terreno atravs de blocos de
concreto, denominados de marcos e so protegidos por lei. Normalmente, fazem parte
de uma rede geodsica nacional, de responsabilidade dos principais rgos cartogrficos
do pas (IBGE, DSG, DHN, entre outros).
Croqui
Croqui um esboo grfico sem escala, em breves traos, porm com informaes que
identificam detalhes do terreno.
Poligonal
Poligonal a figura geomtrica gerada a partir da delimitao, com piquetes,
superfcie a ser levantada. As poligonais podem ser dos seguintes tipos:
da
Poligonal Aberta
a poligonal cujo ponto inicial (ponto de partida ou PP) no coincide com o ponto
final (ponto de chegada ou PC). As poligonais abertas podem ser enquadradas ou
no, as enquadradas so passveis de correo, pois so aquelas que tem incio e
fim em pontos de coordenadas conhecidas.
Poligonal Fechada
a poligonal cujo ponto de partida coincide com o ponto de chegada (PP PC).
So passveis de correo.
Piquetes e Estacas
Piquetes tm a funo de materializao de um ponto
topogrfico no terreno. So implantados nos extremos do
alinhamento a ser medido. Geralmente so feitos de madeira
rolia ou de seo quadrada com a superfcie no topo plana;
So assinalados (marcados) por tachinhas de cobre. Seu
comprimento varia de 15 a 30cm com dimetro entre 3 a 5cm;
Estacas so utilizadas como testemunhas da posio do piquete;
R e Vante
R e Vante so nomes dados posies de um
alinhamento no levantamento.
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2. UNIDADES DE MEDIDA
Em Topografia so medidas apenas duas espcies de grandezas. So as medidas
lineares e medidas angulares. No entanto, outras duas espcies de grandezas so
tambm trabalhadas, as grandezas de superfcie e de volume.
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cm
mm
0,001
100
1000
quilmetro
metro
centmetro
milmetro
Cuidado!
1m ou 100cm
rea = 1m x 1m = 1m
ou
rea = 100cm x 100 cm = 10000cm
1m ou 100cm
ATENO:
As unidades angulares devem ser trabalhadas sempre com seis (6) casas decimais.
12 3453 = 12,345289
Exemplos para ngulos: 1 0000 = 1,000000o
As demais unidades devem ser trabalhadas at a casa decimal que corresponde ao mm.
Para o metro, so 3 casas decimais, para o quilmetro, so 6 casas decimais. Exemplos:
1mm = 0,001m
1mm = 0,000001Km
1,512m = 1512mm
2,456318km = 2 456,318m
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Exerccios
Realizar a converso entre as unidades angulares, manualmente e com o uso da
calculadora para checar os resultados e obter prtica no uso da calculadora.
10,500000 = 10 30' 00,00"
37 52' 10,65" = 37,869625
157 17' 30,65" = 157,291847
65 38 33 = 65,6425
37 52' 10,65" = 37,869625
183,111110 = 183 0640
85,395611 = 85 23 44,20
270,0145 = 270 00 52,20
km2
1 m2 =
cm2
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3. ESCALAS TOPOGRFICAS
O desenho topogrfico a projeo de todas as medidas obtidas no terreno sobre o
plano do papel. Neste desenho, os ngulos so representados em verdadeira grandeza
(VG) e as distncias so reduzidas segundo uma razo constante. Esta razo
constante denomina-se ESCALA.
A escala de uma planta ou desenho definida pela seguinte relao:
E=
1
d
=
M D
Onde:
"E" a Escala representada por 1/M
"M" denominado Mdulo da escala
"d" um comprimento linear grfico, distncia entre dois pontos, que a medida do
desenho sobre o papel.
"D" representa o comprimento linear real, distncia entre os mesmos dois pontos
anteriores, medidos sobre o terreno.
A escala pode ser apresentada sob a forma de:
frao:
proporo :
1/100, 1/2000
1:100, 1:2000
d > D
d = D
d < D
2:1
1:1
1:50
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Exemplo:
A representao de uma regio, na escala 1:50000, faz com que a posio de uma
dimenso do terreno de at 10m seja representada por um ponto no desenho.
E= 1:50000
= 0,2mm
P = 10m
Com isto, se ocorrerem erros de medida, menores de 10m, no terreno, estes no
afetaro o desenho, pois sero todos representados por um ponto.
Analogamente, para a escala 1:5000, o erro relativo permitido em um
levantamento seria de apenas 1m. Desta forma, pode-se concluir que o erro
admissvel na determinao de um ponto do terreno diminui a medida em que a
escala de representao aumenta.
Escala Grfica
Escala grfica a representao grfica de uma escala nominal ou numrica. Esta forma
de representao da escala utilizada, principalmente, para fins de acompanhamento de
ampliaes ou redues de plantas ou cartas topogrficas, em processos fotogrficos
comuns ou xerox, ou no acompanhamento da dilatao ou retrao do papel devido a
alteraes ambientais ou climticas do tipo variaes de temperatura, variaes de
umidade, manuseio, armazenamento, etc. Os produtos finais no correspondem escala
nominal neles registradas. Ainda, a escala grfica fornece, rapidamente e sem clculos, o
valor real das medidas executadas sobre o desenho, qualquer que tenha sido a reduo
ou ampliao sofrida por este. A construo de uma escala grfica feita a partir da
escala nominal da planta.
A escala grfica definida pelo tamanho do intervalo, valor do intervalo e unidade
representada.
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Exemplo: supondo que a escala de uma planta seja 1:100, o intervalo que mede 1cm
representa 1m, a escala grfica correspondente ter o seguinte aspecto:
Valor
Valor e unidade
Tamanho do
intervalo
Principais Escalas e suas Aplicaes
A seguir encontra-se um quadro com as principais escalas utilizadas por engenheiros e
arquitetos e as suas respectivas aplicaes. Geralmente, dependendo da escala, a
denominao da representao muda para planta, carta ou mapa.
Aplicao
Detalhes de terrenos urbanos
Planta de lotes e edifcios
Planta de arruamentos e loteamentos
urbanos
Planta de propriedades rurais
estados,
pases,
Escala
1:50
1:100 e 1:200
1:500
1:1.000
1:1.000
1:2.000
1:5.000
1:5.000
1:10.000
1:25.000
1:50.000
1:100.000
1:200.000 a
1:10.000.000
Exerccios
1. Para representar no papel uma linha reta, que no terreno mede 65 m, utilizando-se a
escala 1: 500, pergunta-se: Qual ser o valor desta linha em cm no papel?
2. A distncia entre dois pontos, medida sobre uma planta topogrfica, de 55cm. Para
uma escala igual a 1: 250 qual ser o valor real desta distncia?
3. Uma praa mede 400x500m. Qual seria a escala inteira, mltipla de 100 que poderia
ser escolhida para representar esta praa em uma folha de papel A1?
4. Qual a escala necessria para representar as lixeiras da praa que possuem um
dimetro de 0,20m, sendo o erro de graficismo igual a 0,2mm.
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4. ANGULOS DE ORIENTAO
Azimutes
Os azimutes (verdadeiros ou magnticos) so ngulos horizontais contados a partir da
direo da meridiana norte (N), no sentido horrio chamados de azimute direita, sua
variao sempre de 0 a 360.
A figura a seguir ilustra as orientaes de quatro alinhamentos definidos sobre o terreno:
Alinhamento 01 - no primeiro quadrante
Alinhamento 02 - no segundo quadrante
Alinhamento 03 - no terceiro quadrante
Alinhamento 04 - no quarto quadrante
N
N
Az10
1
Az01
Az01
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Rumos
Os rumos (verdadeiros ou magnticos) so ngulos horizontais contados a partir da
direo norte (N) ou sul (S) do meridiano, no sentido horrio ou anti-horrio, variando de
0 a 90 e sempre acompanhados da direo ou quadrante em que se encontram (NE,
SE, SO, NO).
Rumo Verdadeiro: o menor ngulo horizontal que um alinhamento forma com o
meridiano verdadeiro.
Rumo Magntico: o menor ngulo horizontal que um alinhamento forma com a
direo norte/sul definida pela agulha de uma bssola (meridiano magntico).
A figura a seguir ilustra as orientaes de quatro alinhamentos definidos sobre o terreno
atravs de Rumos, ou seja, dos ngulos contados a partir da direo norte ou sul do
meridiano (aquele que for menor), no sentido horrio ou anti-horrio.
Azimute Rumo
R = Az (NE)
R = 180 - Az (SE)
R = Az - 180 (SO)
R = 360 - Az (NO)
Rumo Azimute
Az = R
Az = 180 - R
Az = R + 180
Az = 360 - R
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N
30 30
30
30
30 30
S
convencional
azimute
rumo
Exerccios
1. Determine o azimute correspondente ao rumo de 2738'40" SO?
2. Determine o rumo e a direo correspondente ao azimute de 15610'37"?
3. Supondo que as leituras do limbo horizontal de um teodolito, no sentido horrio, de
vante para r, tenham sido Hz1 = 3445'20" e Hz2 = 7823'00". Determine o ngulo
horizontal entre os alinhamentos medidos. Este um ngulo externo ou interno
poligonal?
4. Com as mesmas leituras da questo anterior, determine qual seria o ngulo horizontal
entre os alinhamentos se o sentido da leitura tivesse sido o anti-horrio, ou seja, de r
para vante. Este um ngulo externo ou interno poligonal?
5. O valor do rumo de uma linha de 3145'NO. Encontre os azimutes vante e r da
linha em questo.
6. Determine o azimute para o rumo de 893945NO.
7. Determine o azimute para o rumo de 393536SE.
8. Determine o rumo e a direo para o azimute de 1973543.
9. Determine o rumo e a direo para o azimute de 2774501.
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5. LEVANTAMENTO PLANIMTRICO
A escolha do mtodo para a medida dos ngulos e distncias, assim como dos
equipamentos, se d em funo da preciso requerida para o trabalho e das exigncias
do contratante dos servios (cliente).
Dentre os vrios mtodos de levantamentos planimtricos existentes na literatura,
estudaremos o mtodo do caminhamento que ser realizado em trabalho prtico neste
curso. Na seqncia, portanto, sero descritas as fases que envolvem o mtodo:
Reconhecimento do Terreno
Levantamento da Poligonal
Levantamento das Feies Planimtricas
Fechamentos, rea, Coordenadas
Desenho da Planta e Memorial Descritivo
Levantamento da Poligonal:
Durante esta fase, percorre-se as estaes da poligonal, uma a uma, no sentido horrio,
medindo-se ngulos e distncias horizontais. Os ngulos devem ser medidos
utilizando-se o mtodo de Bessel, sendo realizadas 3 sries para cada ngulo. Estes
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d45
H5
H4
d56
2
H2
Az61
d12
d61
1
6
H6
H1
Posio
Luneta
R
VANTE
R
VANTE
1
2
3
4
5
6
R
VANTE
R
VANTE
R
VANTE
R
VANTE
R
VANTE
R
VANTE
Leitura
PD
PI
00000
2552135
00000
2552257
00000
2552115
00000
2283758
672319
3590744
235234
3443830
2251305
2865857
102658
2920940
1795959
752135
1800028
752041
1800004
752157
1800002
483904
2472311
1790736
2035226
1643832
451311
1065911
1902656
1120950
Leitura
Angulo
ngulo Final
Distncia
Mdia dos 3
valores de
ngulo
d12 = 36,932
d23 = 70,143
d34 = 78,511
d45 = 33,087
d56 = 39,155
d61 = 50,312
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Az10
H1
Az1d1
1
d1
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Orientao da Poligonal:
feita atravs da determinao do rumo ou azimute de um alinhamento. Para tanto,
necessrio utilizar uma bssola (rumo/azimute magnticos) que por meio de clculos
podem ser transformados em rumo/azimute verdadeiro, ou partir de uma base conhecida
(rumo/azimute verdadeiros).
Clculo dos Dados:
Terminadas as operaes de campo, deve-se proceder a computao, em escritrio, dos
dados obtidos. Os dados de campo ento so passados para uma planilha de clculo.
Introduo as Medies
No dia a dia, se est acostumado a contar, fazer contas, mas no a lidar com unidades
de medidas. Ao contar quantas pessoas esto numa sala o resultado exato, por
exemplo 30, sem decimal. absurdo dizer que tem 29,97 pessoas na sala. Por outro
lado, ao lidar com dinheiro, por exemplo, correto usar os decimais.
Em topografia, os valores exatos ou reais das medies no podem ser determinados.
So estimados, e dependem do instrumento de medida. Por exemplo, ao medir uma mesa
com uma rgua obtm-se uma determinada medida. Se escolher um instrumento de
medio melhor, a medida vai se aproximar mais do valor verdadeiro, embora o valor
verdadeiro nunca seja conhecido.
Medies a principal preocupao da topografia. Embora o valor exato de uma
quantidade nunca conhecido, a soma de um grupo de medies pode ser. Por exemplo,
a soma dos ngulos internos de um tringulo igual a 180, de um retngulo 360. Se
os ngulos de um tringulo so medidos e a soma aproximadamente igual a 180,
aprende-se a ajust-los para que a soma seja exatamente igual a 180. De maneira
similar aprende-se a ajustar medidas de distncias horizontais e verticais.
a) Fechamento angular
Distribuio dos Erros Angulares os erros angulares acidentais, devem ser distribudos
proporcionalmente entre as estaes da poligonal, levando-se em conta que quanto mais
prxima estiver a estao visada, maior a influncia do erro devido a no perfeita
verticalidade da baliza e tambm pelo fato de ser maior a probabilidade de se cometer
erro de pontaria (devido a espessura ampliada da baliza). Se for ultrapassado o limite de
erro, previamente estabelecido, o trabalho de campo deve ser refeito.
Sabe-se que matematicamente todo polgono fechado deve obedecer a seguinte relao:
Hzi = 180.( n 2)
Para calcular erro de fechamento dos ngulos externos de uma poligonal fechada utilizase a frmula:
c = Hi (n + 2 ).180
Para os ngulos internos utiliza-se a frmula:
c = Hi (n 2).180
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n
Os valores de correo no devem ter fraes de segundos, portanto devem ser
arredondados. Para cada ngulo, um valor de correo ser aplicado. O total da correo
no pode ultrapassar o valor do erro.Os valores de correo encontrados para cada
ngulo devem ser somados ou subtrados a cada ngulo conforme o erro seja para menos
ou para mais.
N
Az01
Az12
H1
Az23
H2
Az12
A0
20
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Az0
Az0
Az1=Az0 + H1 180
H1
Az0 + H1
180
P1
Az
Y
d
P0
X ' = d .senAz
Y ' = d . cos Az
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Azimute no 1 quadrante
senAz01 =
N
X
Az01
X'
d
cos Az01 =
X ' = d .senAz 01
Y'
d
d
Y
Azimute no 2 quadrante
sen(90 + ) = cos
cos(90 + ) = sen
sen =
Y'
d
cos =
X'
d
Az01 = 90 +
cos(90 + ) =
Az01
X
Y'
d
sen(90 + ) =
X'
d
X ' = d .senAz 01
d
1
Azimute no 3 quadrante
cos(180 + ) = cos
sen(180 + ) = sen
sen =
X'
d
cos =
Y'
d
Az 01 = 180 +
senAz01 =
X'
d
cosAz01 =
Y'
d
0
Az01
d
1
X ' = d .senAz 01
X
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Azimute no 4 quadrante
sen(270 + ) = cos
cos(270 + ) = sen
sen =
Y'
d
cos =
X'
d
Az01 = 270 +
1
d
cos(90 + ) =
Az01
Y'
d
X
0
sen(90 + ) =
X ' = d .senAz 01
Com estas demonstraes nos quatro quadrantes, pode-se perceber que em todos os
quadrantes as frmulas para o clculo das coordenadas relativas so iguais.
X ' = d .senAz 01
g) Erro Linear
Em uma poligonal fechada a soma algbrica das projees dos lados sobre o eixo x ou y
deve obedecer a seguinte relao:
X = 0
Y = 0
o
y x
x = XI
y = Yi
c = x
+ 2y
23
X'
d
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c x (estao) =
x
dt
.d estao
e c y (estao) =
y
dt
.d estao
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X4
Y4
Y4
X3
Y3
X2
X1
Xi = Xi
Yi = Yi
Y2
Y2
Y3
Y1
Y1
X1
X2
X3
X4
Ou seja:
X 1 = X 0 + X '1
X 2 = X 1 + X '2
Y1 = Y0 + Y '1
Y2 = Y1 + Y ' 2
Y2
Y1
Y4
Y5
X1
X2
X5
X3
X4
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S Xi = Xi + Xi+1
Y`i = Yi Yi+1
2S = (SXi . Y`i)
2S = (SYi . X`i)
2S = (Yi+1 - Yi-1) . Xi
6. Desenho da Planta
Depois de determinadas as coordenadas (X, Y) dos pontos medidos, procede-se a
confeco do desenho da planta da seguinte forma:
Desenho Topogrfico: os vrtices da poligonal e os pontos de referncia, e os detalhes
devem ser plotados segundo suas coordenadas X e Y.
No desenho devem constar:
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7. Memorial Descritivo
O memorial descritivo um documento indispensvel para o registro, em cartrio, da
superfcie levantada. Deve conter a descrio pormenorizada desta superfcie no que diz
respeito sua localizao, confrontantes, rea, permetro, nome do proprietrio, etc..
Exemplo de um memorial para uso em aula:
MEMORIAL DESCRITIVO
Curitiba, ___________________________
Responsvel : Equipe _____
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Levantamento expedito
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A (r)
0
LVANTE
LR
H= LVANTE LR
B (vante)
LVANTE PD
LR PD
LRPI
B
LVANTEPI
180
Reiterao
Para minimizar as influncias dos erros de gravao na graduao do limbo, as medidas
so feitas em regies diferentes do limbo, independentemente uma da outra. necessrio
que o instrumento tenha parafuso de reiterao (teodolito reiterador).
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Procedimento de medio:
1. instala-se o teodolito em P;
2. visa-se A e l-se L0;
3. com o movimento particular, visa-se B e l-se L1, fixa-se o movimento particular e
solta-se o geral;
4. visa-se A (L1), fixa-se o movimento geral e solta-se o particular;
5. visa-se B e l-se L2;
6. repete-se a operao n vezes, obtendo-se: H1 = L2 L1
LEVANTAMENTOS EXPEDITOS
Medida de distncia
Para os levantamentos que no exigem muita preciso, ou simplesmente so
levantamentos realizados em misses de reconhecimento, pode-se usar o passo ou o
odmetro. O passo til em muitas situaes. Tanto para obter medidas aproximadas,
como para verificao das medidas de forma rpida. Normalmente utilizada para
verificar erros grosseiros. O Odometro utilizado para medir uma distncia ao longo de
uma via, j que o odmetro um dispositivo que fica preso numa roda e marca a
distncia em funo do nmero de voltas rodadas. O odmetro pode ser til em
levantamentos preliminares onde a distncia muito grande para se percorrer a p.
Para medidas de distncias horizontais usam-se os Diastmetros. Segundo GARCIA
(1984) e analisando a figura a seguir, na medio da distncia horizontal entre os pontos
A e B, procura-se, na realidade, medir a projeo de AB no plano topogrfico horizontal
HH'. Isto resulta na medio de A'B', paralela a AB.
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Medidas de ngulos
ngulos Horizontais: bssola
Para medida de ngulos horizontais em processo expedito pode-se usar a Bssola com a
vantagem de fazer um levantamento rpido, porm de pouca preciso. Num
levantamento com bssola, cada estao independente, no acumulando erros no
processo. A preciso da bssola no superior a 30'. Outra desvantagem no uso da
bssola a interferncia na leitura de ngulos por objetos metlicos que se posicionam
prximo ao levantamento.
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aparelho) at outro ponto qualquer. Uma vez conhecida a distncia horizontal entre estes
dois pontos, possvel determinar tambm a distncia vertical entre eles atravs da
seguinte relao: DV = DN = DH.tag
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LEVANTAMENTO DE PRECISO
Instrumentos eletrnicos de medida indireta de distncia e ngulos
Para levantamentos de preciso, hoje so usados instrumentos de medida eletrnica.
Segundo LOCH e CORDINI (1995) os instrumentos eletrnicos apresentam inmeras
vantagens em relao aos tradicionais processos de medida, tais como: economia de
tempo, facilidade de operao e, principalmente, preciso adequada aos vrios tipos de
trabalhos topogrficos, cartogrficos e geodsicos.
Durante uma medio eletrnica, o operador intervm pouco na obteno das medidas,
pois todas so obtidas automaticamente atravs de um simples pressionar de boto. Este
tipo de medio, no entanto, no isenta o operador das etapas de estacionamento,
nivelamento e pontaria dos instrumentos utilizados, qualquer que seja a tecnologia
envolvida no processo comum de medio.
A medida eletrnica de distncias baseia-se na emisso/recepo de sinais luminosos
(visveis ou no) ou de microondas que atingem um anteparo ou refletor. A distncia
entre o emissor/receptor e o anteparo ou refletor calculada eletronicamente e, segundo
KAVANAGH e BIRD (1996), baseia-se no comprimento de onda, na freqncia e
velocidade de propagao do sinal.
Equipamentos
Entre os principais equipamentos existentes atualmente e que sero utilizados no nosso
curso so:
Estao Total
As figuras a seguir ilustram uma estao total da LEICA, modelo TC600, com intervalo
angular de 3, preciso linear de 1,5mm e alcance de 2 km com um nico prisma e um
coletor de dados TOPCON, o cabo pelo qual est conectado estao total e uma
ampliao do visor LCD com informaes sobre a medio
35
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O sinal refletor (basto + prismas) deve ser posicionado sobre o ponto a medir, na
posio vertical, com a ajuda de um nvel de bolha circular ou de um bip; e, em
trabalhos de maior preciso, dever ser montado sobre um trip com prumo tico ou a
laser;
A figura a seguir ilustra um basto, um prisma e um trip especfico para basto, todos da
marca SOKKIA.
Os prismas podem ser utilizados em conjunto: o primeiro, com trs prismas e alvo; o
segundo, com nove prismas. Percebe-se que ambos esto acoplados a uma base
triangular que pode ser nivelada e que pode ser apoiada sobre trip apropriado.
36
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64
66
68
470km E
26
74
24
74
22
7420km N
CartaTopogrfica de Rolndia (Paran) - Escala 1:50 000
37
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Linha dos Plos ou Eixo da Terra: a reta que une o plo Norte ao plo Sul e em torno
do qual a Terra gira. (Movimento de Rotao)
Equador: o crculo mximo da Terra, cujo plano normal linha dos plos.
Paralelos: so os crculos cujos planos so paralelos ao plano do equador. Os Paralelos
mais importantes so: Trpico de Capricrnio ( = 2323'S) e Trpico de Cncer ( = 23
23'N).
Meridianos: so as sees elpticas cujos planos contm a linha dos plos e que so
normais aos paralelos.
Vertical do Lugar: a linha que passa por um ponto da superfcie terrestre (em direo
ao centro do planeta) e que normal superfcie representada pelo Geide naquele
ponto. Esta linha materializada pelo fio de prumo dos equipamentos de medio
(teodolito, estao, nvel, etc.), ou seja, a direo na qual atua a fora da gravidade.
Normal ao Elipside: toda linha reta perpendicular superfcie do elipside de
referncia. Esta linha possui um desvio em relao vertical do lugar.
Pontos da Vertical do Lugar: o ponto (Z = ZNITE) se encontra no infinito superior, e o
ponto (Z' = NADIR) no infinito inferior da vertical do lugar. Estes pontos so importantes
na definio de alguns equipamentos topogrficos (teodolitos) que tm a medida dos
ngulos verticais com origem em Z ou em Z.
Plano Horizontal do Observador: o plano tangente superfcie terrestre ou
topogrfica num ponto qualquer desta superfcie.
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Longitude():
Latitude()
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40
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Exerccios
1 Se as cidades de So Joo Batista e Imbuzinho encontram-se representadas pelos
pontos P e Q, respectivamente, determine as coordenadas geogrficas (,) destes
pontos, marcados na quadrcula a seguir, utilizando o mtodo da interpolao
numrica (sem considerara a escala do desenho).
18
.P
S
.Q
19
W
49
50
.P
.Q
7.135.500
325.500
326.000
41
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Sistema do Usurio
O sistema usurio consiste dos receptores GPS e da comunidade de usurios. Cada
satlite emite uma mensagem que, a grosso modo, significa: Eu sou o satlite X, minha
posio atual Y e esta mensagem foi enviada no tempo Z. Os receptores GPS
estacionados sobre a superfcie terrestre recebem estas mensagens e, em funo da
diferena de tempo entre a emisso e a recepo das mesmas, calculam as distncias de
cada satlite em relao aos receptores. Desta forma, possvel determinar, com um
mnimo de trs satlites, a posio 2D (E,N ou ,) dos receptores GPS. Com quatro ou
mais satlites, tambm possvel determinar a altitude (h), ou seja, a sua posio 3D.
Se a atualizao da posio dos receptores GPS contnua, possvel determinar a sua
velocidade de deslocamento e sua direo. Alm do posicionamento, os receptores GPS
so tambm muito utilizados na navegao (avies, barcos, veculos terrestres e
pedestres). A preciso alcanada na determinao da posio depende do receptor GPS
utilizado, bem como, do mtodo empregado (Esttico, Dinmico, etc.). O custo de um
levantamento utilizando receptores GPS diretamente proporcional preciso requerida.
Assim, receptores de baixo custo (U$500.00) proporcionam preciso de 100m a 150m,
enquanto receptores de alto custo (U$40,000.00) proporcionam preciso de 1mm a
1cm. importante salientar que o receptor GPS no pode ser empregado para
determinar posies onde no possvel detectar o sinal emitido pelos satlites, ou seja,
42
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no interior da maioria dos edifcios, em reas urbanas muito densas, em tneis, minas e
embaixo dgua; e o funcionamento destes aparelhos independe das condies
atmosfricas. As figuras a seguir ilustram um dos satlites GPS e um receptor GPS da
GARMIN com preciso de 100m.
2. Porqu 3 Satlites?
43
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4. Pgina de posio
Esta a segunda pgina do GPS 45XL. Ela mostra onde voc est, a direo e
velocidade o seu movimento (isto, se voc estiver se movimentando com o receptor).
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Uma vez determinada posio 3D de um ponto, este poder ser salvo (registrado) na
memria do receptor GPS para uso posterior.
A pgina para "marcar um ponto" pode ser acessada atravs da tecla "MARK". Se
nenhuma posio conhecida, o GPS avisa atravs de um bip e uma mensagem.
Nesta pgina esto indicados:
Nmero/Nome do Ponto: que pode ser modificado (atravs da tecla de setas).
e da tecla "ENTER").
Posio do Ponto: Latitude e Longitude.
Nmero da Rota: se houver uma a ser seguida e registrada.
A mensagem "SAVE?", se selecionada, armazena o ponto na memria do receptor
GPS e deixa-o l at ser manualmente removido ou apagado.
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2.1 Fotogrametria
A Fotogrametria, segundo a ASPRS-1988, pode ser definida como
arte, cincia e tecnologia envolvidas na obteno de informaes
confiveis acerca de objetos fsicos e do meio ambiente, atravs de
processos de registro, medida e interpretao de imagens e
representaes digitais de padres de energia, derivados de sistemas
sensores que no esto em contato com o objeto ou fenmeno em
estudo.
As imagens so captadas atravs de sensores ticos (cmaras) que podem estar:
A bordo de avies ou aeronaves, da a denominao Fotogrametria Area ou
Aerofotogrametria.
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Fotogrametria terrestre
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E=
d AB
D AB
2.3 Estereocopia
A Fotogrametria Area e a Fotogrametria Terrestre permitem a aquisio de
imagens fotogrficas consecutivas, com um certo recobrimento ou superposio, o que
possibilita a visualizao destas imagens em 3D (estereocopia) e a obteno direta de
medidas precisas. Alm da riqueza de detalhes, estas so, sem dvida, as maiores
vantagens da imagem em relao ao mapa convencional.
A visualizao de imagens em trs dimenses possibilita uma riqueza interpretativa
imensa, viabilizando a anlise do relevo, profundidade e altitude de objetos de forma mais
precisa e clara.
A tcnica de estereoscopia existe como uma maneira de reproduzir artificialmente a
viso binocular do homem, adicionando a noo de profundidade e relevo que so
naturais viso humana, s fotografias normais.
Na nossa viso normal, cada globo ocular capta um ngulo diferente do objeto
visado, e cabe ao crebro fundir em uma nica imagem, as imagens coletadas por cada
olho, resultando em uma acurada perspectiva de profundidade tridimensional.
A estereocopia nada mais do que a tcnica que simula esse mecanismo biolgico
da viso. Nela o homem lubridia o prprio crebro.
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Fotogrametria Terrestre:
Registro e Conservao de Patrimnio Histrico
Arquitetura
Arqueologia (Registro e Mensurao)
Registro e Documentao de Acidentes de Trnsito
Criminologia (Estudo e Investigao Forense)
Medicina
Controle de Qualidade Industrial
3 Fotointerpretao
A Fotointerpretao, pode ser definida como o ato de examinar imagens
fotogrficas com o propsito de identificar objetos e julgar sua significncia.
A anlise de uma imagem fotogrfica obtida pelo processo fotogramtrico pode ser
feita atravs de:
Mtodos Convencionais: diretamente sobre o material fotogrfico ou impresso.
Mtodos Computadorizados: atravs da anlise digital executada por programas
especficos de tratamento de imagens.
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TOPOGRAFIA II
ALTIMETRIA E MODELAGEM DO TERRENO
1. INTRODUO
A modelagem do terreno tem como objetivo estudar a interveno no terreno natural ou naquele j
modificado pelo homem, compatibilizando as conseqentes transformaes do seu relevo de acordo com as
propostas de implantao de um projeto arquitetnico.
conveniente que o projeto seja adequado ao cenrio de entorno. Ou seja, importante que seja levado
em conta a reduo de custos de implantao e manuteno, bem como a preservao do meio ambiente,
considerando a drenagem natural, reas de eroso, vegetao existente, entre outros.
A modelagem do terreno efetuada a partir do reconhecimento das condies atuais do terreno. Esse
reconhecimento se efetua por meio do estudo dos aspectos topogrficos, tais como relevo, acidentes
naturais, drenagem, vegetao e elementos construdos pelo homem.
Os aspectos topogrficos so obtidos a partir das plantas topogrficas planialtimtricas e cartas ou mapas
topogrficos. Seu estudo se completa com o auxlio de imagens de satlite ou fotografias areas.
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Topografia I
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B
HAB
A
hB
hA
HB
HA
Nvel Mdio dos Mares (Datum)
HAB = HB - HA
hAB = hB - hA
HAB = hAB
Referncia de Nvel - RN
So pontos no terreno, nos quais so conhecidas a altitude (H) e as coordenadas UTM (E,N) ou
Geogrficas (,). Estes pontos so implantados no terreno atravs de blocos de concreto (denominados
marcos) e so protegidos por lei. Normalmente, fazem parte de uma rede geodsica nacional, de
responsabilidade dos principais rgos cartogrficos do pas (IBGE, DSG, entre outros).
3. REPRESENTAO GRFICA DO RELEVO
O relevo apresenta duas caractersticas essenciais, que so a tridimensionalidade e continuidade. No
entanto, um fenmeno volumtrico que pode ser representado no plano de forma bidimensional. Cada
ponto do relevo definido pelas coordenadas x,y que representam a sua posio no plano, acrescido da
coordenada z que representa a altura do ponto. A partir destes elementos alguns mtodos de representao
so usados na topografia:
3.1. CURVAS DE NVEL
Curvas de nvel a representao do relevo atravs de linhas curvas fechadas, formadas a partir da
interseo imaginria de planos horizontais eqidistantes com a superfcie do terreno.
Desse modo, todos os pontos sobre a linha representam pontos do terreno que esto na mesma altura
(cota/altitude), ou seja, todos os pontos representados na linha esto no mesmo nvel.
53
Arquitetura
Topografia I
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Os planos horizontais que contm as curvas so sempre paralelos e eqidistantes. Desta forma, a distncia
vertical entre uma curva e outra chamada de Eqidistncia Vertical.
A eqidistncia em que as curvas de nvel so desenhadas varia com a escala da planta, seguindo
normalmente os valores da tabela abaixo.
Escala
1:500
1:1000
1:2000
1:10000
1:25000
1:50000
3.1.1.
Eqidistncia
0,5m
1,0m
2,0m
10,0m
10,0m
25,0m
Escala
1:100000
1:200000
1:250000
1:500000
1:1000000
1:10000000
Eqidistncia
50,0m
100,0m
100,0m
200,0m
200,0m
500,0m
mestras: quando so mltiplas de 5 ou 10 metros. So representadas por traos mais fortes (mais
espessos) e so todas cotadas
Podem ser desenhadas tambm, curvas de meia-eqidistncia com a finalidade de densificao de terrenos
muito planos.
As curvas de nvel so linhas fechadas, porm nem sempre visveis em sua totalidade sobre uma planta ou
mapa. Quando possvel visualizar na planta as curvas fechadas, tem-se a caracterstica de regies
elevadas ou picos.
Curvas de nvel muito afastadas entre si indicam terrenos relativamente planos ou com declividades baixas.
E as curvas de nvel muito prximas entre si indicam terreno acidentado.
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Topografia I
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Em terrenos naturais, ou seja, aqueles no modificados pelo homem, as curvas tendem a um paralelismo e
so isentas de ngulos vivos e curvas bruscas.
Duas ou mais curvas de nvel no se cruzam e nem convergem para formar uma curva nica, exceto onde
h um penhasco ou uma forma de ponte natural. Se na planta houver duas ou mais linhas que se cruzam,
uma delas ser a curva de nvel e as demais linhas podero estar representando quaisquer outras feies:
rio, estrada, limite de vegetao, etc.
3.1.2.
Nos Mapas ou cartas topogrficas as curvas de nvel so representadas a partir de informaes obtidas
da restituio Aerofotogramtrica.
Para o traado das curvas de nvel nas Plantas topogrficas, necessrio realizar o levantamento
topogrfico altimtrico, por meio de pontos notveis do terreno (aqueles que melhor caracterizam o relevo),
com os quais, se interpolam grfica ou numericamente os demais pontos definidores das curvas.
Pode ser efetuado o levantamento altimtrico de uma srie de pontos no interior das reas e nas reas
prximas ao terreno em estudo. Podem-se utilizar os seguintes mtodos:
Mtodo da quadriculao:
Mtodo da irradiao:
so traadas retas a partir de uma estao fixa (com ngulo horizontal conhecido em
relao a um dos alinhamentos da poligonal) e ao longo destas retas (com distncia
fixa) nivelados pontos.
Arquitetura
Topografia I
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No escritrio, os pontos levantados so desenhados na planta. Porm, estes pontos possuem cotas
diversas com valores diferentes das eqidistncias das curvas de nvel.
Por meio de interpolao entre estes pontos, determinam-se as posies de novos pontos onde as cotas
so valores inteiros, para nestes pontos desenharem-se as curvas de nvel. Estas cotas inteiras so a
eqidistncia das curvas de nvel representadas.
3.1.3.
A interpolao pode ser grfica ou numrica. A interpolao numrica uma simples regra de trs. A
interpolao grfica obtida pelo processo de diviso de seguimentos com valores proporcionais. Um
exemplo de interpolao grfica apresentado a seguir:
3.1.4.
Exerccios
a) Seja a poro do terreno correspondente a uma vertente isolada de um vale, foi levantada atravs do
mtodo de irradiao. Foram determinadas as cotas dos pontos A,B,C,D e E, em metros. A
eqidistncia vertical deve ser igual a 5m. Determinar a posio das curvas de nvel, sendo a escala do
desenho 1:1000. (a resoluo deste exerccio encontra-se no livro do Lelis Espartel)
26,6
17,5
6,0
37,0
28,5
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Topografia I
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57
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Para representar um perfil utilizam-se dois eixos ortogrficos. No eixo horizontal representam-se as
distncias horizontais entre os pontos do terreno e no eixo vertical representam-se as alturas destes pontos.
O perfil de um terreno pode ser de dois tipos:
Longitudinal: determinado ao longo do permetro de uma poligonal (aberta ou fechada), ou, ao longo do
seu maior afastamento (somente poligonal fechada).
Transversal: determinado ao longo de uma faixa do terreno e perpendicularmente ao longitudinal.
Na topografia as escalas dos eixos ortogonais, podem ser variadas:
-
perfil elevado
perfil natural
perfil rebaixado
Arquitetura
3.3.1.
Topografia I
PUC/PR
Na planta com as curvas de nvel, desenha-se o plano indicativo do corte onde ser desenhado o perfil;
Define-se a escala de representao vertical, que pode ser diferente da escala horizontal;
A partir dos pontos de interseo entre o plano de corte e as curvas de nvel desenham-se linhas
verticais at cruzar com as linhas horizontais que representam os planos horizontais referentes s curvas
de nvel, na mesma escala da planta topogrfica;
Os pontos de intersees entre as linhas auxiliares e os planos horizontais definem o perfil do terreno;
Desenha-se uma linha contnua que define o terreno. As demais representaes, tais como, a vegetao
ou edificaes, so efetuadas em vista.
20
PLANO VERTICAL
10
0
25
15
30
30
25
20
15
10
5
0
A declividade do terreno a medida da inclinao do terreno entre dois pontos. A declividade pode ser
obtida pela relao entre a distncia vertical e horizontal entre esses pontos
59
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
d%
DV
DH
Em porcentagem, a declividade dada por:
d (%) =
DV
.100
DH
ou
d
DV
=
100 DH
A declividade de um terreno dada pela relao entre a projeo horizontal e a projeo vertical de uma
curva. Por exemplo, para a declividade de 30%, tem-se:
30
var iao _ vertical
Dv
=
=
100 var iao _ horizontal Dh
A variao vertical sempre constante, pois as curvas esto sempre mesma distncia vertical, ou seja,
so eqidistantes, por exemplo, de 10 em 10metros, de 5 em 5 metros, de 1 em 1 metro, etc. Logo, no
clculo da declividade em curvas de nvel, Dv ser constante e Dh dever variar.
Realizando um corte no terreno, observa-se que quanto mais prximas as curvas de nvel maior a
inclinao e quanto mais afastadas menor a inclinao.
Na planta, ou seja, no mapa topogrfico, v-se a distncia entre as curvas de nvel correspondente
projeo horizontal da distncia. No perfil v-se a projeo horizontal e a projeo vertical das distncias
entre as curvas:
Dv
Dh
Quanto declividade, os terrenos classificam-se em:
60
Arquitetura
Topografia I
Classe
Declividade %
A
B
C
D
E
F
3.5.
PUC/PR
Interpretao
< 0.3
Fraca
03 a 06
Moderada
06 a 12
Moderada a Forte
12 a 20
Forte
20 a 40
Muito Forte
> 40
Extremamente Forte
Exerccios
1. Desenhar o perfil do terreno segundo a posio do plano vertical AB indicado. Escolher uma escala
vertical.
61
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
3. Sendo a escala 1:50000 e a eqidistncia entre as curvas de nvel de 20m, determinar qual deve ser a
distncia horizontal entre as curvas de nvel para que se determine no terreno locais onde a declividade
:
d < 10%
30%< d
Plat
cota 99,25
cota 100,00
rampa 1
Plat
cota 98,00
rampa 2
62
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Cota
100,00m
101,60m
102,30m
103,00m
Estaca
3
4
4+12,4
5
Cota
103,50m
103,20m
102,50m
102,90m
7. Em relao ao exerccio anterior, determinar a cota de uma estaca situada a 15,80m da estaca 1.
63
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Teodolito: utilizado na leitura de ngulos horizontais e verticais e tambm da rgua graduada (mira) para
a determinao de distncias verticais e horizontais entre pontos. A altimetria determinada por relaes
trigonomtricas. Baseia-se na resoluo de um tringulo retngulo, onde se conhece a distancia inclinada e
um ngulo vertical.
Estao total: utilizado na leitura de distncias horizontais, verticais (desnveis) e inclinadas e tambm
na leitura de ngulos horizontais e verticais. A vantagem est em que todas as medidas so obtidas
eletronicamente
GPS: o GPS no determina desnveis do terreno, mas determina diretamente as altitudes dos pontos. O
procedimento fcil e rpido e a preciso depende do equipamento GPS utilizado.
64
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Nvel de mangueira: utiliza-se uma mangueira transparente cheia de gua para marcar pontos em uma
mesma altura.
Nvel de cantoneira: tem a funo de tornar vertical a posio da rgua graduada e da baliza.
Nvel de
cantoneira
65
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
5. MTODOS DE NIVELAMENTO
Alguns mtodos de determinao de desnvel entre dois pontos do terreno so:
Nivelamento Geomtrico
Nivelamento Trigonomtrico
Nivelamento Taqueomtrico
5.1. NIVELAMENTO GEOMTRICO COM NVEL TICO
5.1.1.
Utiliza-se um nvel tico e baseia-se na diferena de leituras feitas nas miras graduadas (semelhante a
taqueometria). A preciso obtida da ordem de milmetros nos trabalhos especiais de primeira ordem, e de
apenas alguns centmetros nos trabalhos topogrficos comuns.
As altitudes so transportadas sucessivamente de um ponto para outro, ou seja, parte-se de um ponto de
altitude (ou valor de cota) conhecida e determina-se o desnvel at o prximo ponto, obtendo assim a
altitude (ou cota) deste novo ponto.
A distncia vertical ou desnvel H entre dois pontos determinada pela diferena entre as leituras feitas
sobre duas miras (rguas graduadas), estacionadas a R e a Vante do nvel, nos pontos a serem
nivelados.
Rgua ou mira
Nvel
No nivelamento simples instala-se o nvel em um ponto estratgico, situado ou no sobre a linha a nivelar
e eqidistante aos pontos de nivelamento.
No nivelamento composto instala-se o nvel mais de uma vez. utilizado quando o desnvel do terreno
superior ao comprimento da rgua ( 4m).
O Desnvel do terreno pode ser determinado aps a leitura dos fios estadimtricos (ls, lm e li) nos pontos
de r e vante. O desnvel pode ser determinado pela relao:
66
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Topografia I
PUC/PR
N = Rlm Vantelm
IMPORTANTE:
Se N +
Se N -
Na prtica, faz-se o procedimento da estadimetria. Isto , so lidos os trs fios estadimtricos e a leitura do
fio mdio deve coincidir com a mdia entre as leituras dos fios superior e inferior.
Para que este mtodo no perca suas caractersticas vantajosas, preciso que o equipamento fique
eqidistante das miras. No h necessidade de que o instrumento esteja alinhado com os dois pontos.
Vantagens: como o equipamento montado eqidistante dos dois pontos, os erros iguais nas duas leituras
sero eliminados.
No necessrio aplicar correes de erros como da altura do instrumento, refrao atmosfrica,
colimao vertical e efeito de curvatura terrestre:
altura do instrumento: a altura nica para as duas leituras, assim ela no influncia no resultado (H).
refrao atmosfrica: a refrao aparentemente levanta o ponto visado. Como as distncias so iguais, as
refraes tambm so iguais e portanto eliminadas ao calcular o H.
colimao vertical: a vertical do instrumento raramente coincide com a vertical verdadeira, assim a linha
de visada contm um erro, porm este erro igual para os dois lados e assim tambm eliminado.
efeito de curvatura terrestre: da mesma forma que nos casos anteriores, o erro cometido nas mesmas
quantidades, assim eliminado.
5.1.2.
Instala-se o nvel num ponto qualquer (A), mede-se a altura do instrumento (hi) e efetua-se a leitura mdia
da mira (Lm) localizada no ponto (B).
Lm
hi
B
NAB
A
O desnvel ser dado por:
NAB = hi Lm
67
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Topografia I
PUC/PR
hb = ha + NAB
Vantagem: o mtodo tem alto rendimento, pois a partir da estao onde est instalado o nvel, pode-se
visar a mira instalada sobre muitos pontos (sistema radial ou varredura) e assim determinar os respectivos
desnveis.
Desvantagem: o grande inconveniente est na necessidade de medir-se a altura do instrumento com
trena, o que geralmente acarreta erro de ate 0,5 cm.
5.2. NIVELAMENTO TRIGONOMTRICO
o nivelamento em que so medidas distncias horizontais e ngulos verticais, usados para calcular
diferenas de altura (ou diferenas de nvel). Este mtodo pode ser usado para pontos de difcil acesso,
construes de estradas, projetos de irrigao e projetos de saneamento.
5.2.1.
Usado para determinao de desnveis do terreno. Baseia-se na resoluo de um tringulo retngulo, onde
se conhece a distancia inclinada e um ngulo vertical. Com o teodolito, no calculo do desnvel, a preciso
da ordem dos decmetros, ou seja, inferior ao nivelamento geomtrica, pois se utiliza a distancia que
contem erros.
5.2.2.
O clinmetro um equipamento de fcil utilizao para uma determinao aproximada de alturas de objetos
tais como: rvores, torres de energia, edifcios, pontes, postes de iluminao, etc.
aconselhvel a medida de ngulos de at 45 e lances inferiores a 150m, pois um equipamento para
processos expeditos.
DV
DH
hobservador
hobjeto
DV = DH .tg ( )
68
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Leitura da rgua: relativo leitura errnea dos fios estadimtricos inferior, mdio e superior. Pode ser
prejudicada pela m iluminao, modo de diviso da rgua, pela variao do seu comprimento ou pela falta
de experincia do operador.
Leitura de ngulos: ocorre quando se faz a leitura dos crculos vertical e/ou horizontal de forma errada,
por falha ou falta de experincia do operador.
Pontaria: no caso de leitura dos ngulos horizontais, ocorre quando o fio estadimtrico vertical do teodolito
no coincide com a baliza (centro).
69
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Lv
Ls
Lm
Li
Erro linear de centragem do teodolito: segundo ESPARTEL (1987), este erro se verifica quando a
projeo do centro do instrumento no coincide exatamente com o vrtice do ngulo a medir, ou seja, o
prumo do aparelho no coincide com o ponto sobre o qual se encontra estacionado.
Erro de calagem ou nivelamento do teodolito: ocorre quando o operador, por falta de experincia, no
nivela o aparelho corretamente.
a
s
S
e
b
Li
b
B
V
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Topografia I
PUC/PR
D = C.S .sen 2 z
H = hi l m + D. cot g ( z )
5.5. EXERCCIOS
IMPORTANTE: Para a melhor compreenso dos exerccios o aluno deve realizar desenhos para os
problemas e identificar os mtodos de medidas realizados.
a) De um piquete (A) foi visada uma mira colocada em um outro piquete (B).
Foram feitas as seguintes leituras:
- Leitura inferior = 0,417m
- Leitura superior = 1,518m
- altura do instrumento (A) = 1,500m
Calcule a distncia horizontal entre os pontos (AB).
DH = 100 (Ls - Li)
DH = 100 (1,518 0,417)
DH = 110,1 metros
b) Considerando os dados do exerccio anterior, calcule a distncia vertical ou diferena de nvel entre
os pontos e determine o sentido de inclinao do terreno.
DN = Lr Lvante
Lr = altura do instrumento em A
Lr= 1,500m
Lvante = Fm no ponto B
Fm = (Ls + Li) / 2 = 0,968m
DN = 1,500 0,968 = 0,532m
+ DN = terreno em aclive
c) Ainda em relao ao exerccio anterior, determine qual a altitude (H) do ponto (B), sabendo-se
que a altitude do ponto (A) de 584,025m.
HB = HA + DN AB
HB = 584,025 + 0,532 = 584,557m
d) Determine a elevao de um ponto B, em relao a um ponto A, sabendo-se que: a altitude do
ponto A de 410,260m; a leitura mdia para uma rgua estacionada em A de 3,710m; a leitura
mdia para uma rgua estacionada em B de 2,820m.
DNAB = FmA - FmB
DNAB = 3,710 2,820
DNAB = 0,89m
HB = HA + DNAB
HB = 410,260 + 0,89 = 411,15m
e) Pela figura abaixo, determine a diferena de nvel entre os pontos. De onde devemos tirar e onde
devemos colocar terra? O ponto A deve ser tomado como referncia para o clculo do desnvel,
bem como, para a planificao do relevo.
71
Arquitetura
Topografia I
Estaca
A
1
2
3
4
5
6
PUC/PR
Rgua
1,20m
1,60m
1,30m
1,25m
1,10m
0,90m
1,10m
Estaca
7
8
9
10
11
12
Rgua
1,40m
1,55m
1,50m
1,22m
1,15m
1,12m
Aterro
Aterro
Aterro
Corte
Corte
Corte
Aterro
Aterro
Aterro
Aterro
Corte
Corte
Qual o desnvel e a inclinao do terreno para um nivelamento composto onde foram obtidos os
seguintes dados?
lMr = 2.50, 2.80 e 3.00m
lMvante = 1.00, 0.80 e 0.90m.
Fmre
Fmvante
DN
2,50
1,00
+1,50
2,80
0,80
+2,00
3,00
0,90
+2,10
DN = 5,60m, o terreno est em aclive.
lM (r)
1,283m
1,433m
0,987m
2,345m
1,986m
lM (vante)
1,834m
2,202m
0,729m
1,588m
1,706m
DN
-0,551
-0,769
0,258
0,757
0,280
Declive/Aclive
D
D
A
A
A
h) Determine a altura aproximada de uma rvore sabendo-se que o ngulo de visada do topo da
rvore de 1740 em relao ao solo e a distncia do ponto observado rvore de 40,57m.
Dh
h = Dh * tg
h = 12,92m
72
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Topografia I
PUC/PR
Croqui do terreno
Desenha-se o croqui do terreno a ser nivelado (medido), no qual so indicados os pontos notveis, ou seja,
os pontos que determinam as variaes de alturas no terreno;
PLANTA:
PONTOS NOTVEIS
B
D
A
A
B
1
A
II.
III.
73
Arquitetura
IV.
Topografia I
PUC/PR
FS = 1,288
FM= 1,221
FI = 1,152
Anotam-se esses valores na planilha de campo e calcula-se nesse momento o valor mdio calculado
FMcal= FS + FI
2
confere-se a leitura do FM calculado com o FM lido
Os valores devem ser rejeitados se houver diferena entre o FM calculado e o FM lido com mais de 2mm
Exemplo:
Valores calculados:
Comparao:
FM = (1,288+1,152)/2 = 1,220
diferena de 1mm
V.
PLANTA:
B
D
A
A
B
1
A
B
C
ALINHAMENTOS
B
A
74
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VI.
Topografia I
PUC/PR
Mudana do aparelho
VII.
VIII.
3
C
B
A
DN = R - Vante
Se N +
Se N IX.
A partir de uma cota estipulada ou conhecida para o primeiro ponto, so determinadas as cotas dos
pontos seguintes.
Geralmente adota-se para o primeiro ponto um valor de cota igual a 100m (isto significa que a altura
desse ponto ao plano de referncia 100m).
XI.
A partir dos valores de cota para os pontos medidos no terreno e representados na planta, interpolamse os demais pontos de cota cheia para o desenho das curvas de nvel.
5.7. AULA PRTICA DE NIVELAMENTO
As aulas prticas so destinadas a levantamentos altimtricos com o uso de diversos equipamentos e
mtodos de medidas.
Os mtodos e equipamentos a serem utilizados nos levantamentos sero definidos pelo professor.
75
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Etapas:
I.
II.
As aulas prticas devem ser documentadas pela equipe gerando um relatrio prtico.
Este relatrio deve conter:
76
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6.
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PUC/PR
INTERVENES NO TERRENO
A interveno no terreno, atravs da sua modelagem, tem como objetivo intervir no terreno natural e
adequ-lo implantao do projeto. Cabe ao projetista compatibilizar a proposta de projeto com o cenrio
natural.
A interveno dever ser realizada em acordo com as formas naturais da paisagem de modo a preservar o
meio ambiente reduzindo impactos que conflitam com a drenagem natural, eroso e a vegetao existente,
atendendo a drenagem adequada e no comprometendo a estabilizao do terreno.
Em geral, em terrenos muito acidentados evita-se grandes movimentos de terra, por outro lado, um terreno
plano poder ganhar nova perspectiva com uma forma ondulada.
A interveno no terreno implica na realizao de cortes (remoo de terra) ou aterros (adio de terra)
ou a combinao de ambos, bem como na realizao de elementos construtivos especiais como muros de
arrimo, degraus, valas e rampas.
Criao de reas planas: para suporte de construes, tais como edificaes, estacionamentos,
quadras esportivas. As reas planas so obtidas atravs da execuo de plats ou plataformas
2
1
0
rea plana
aterro
Em terrenos ondulados tm-se duas situaes extremas: o traado da circulao quase paralelo
s curvas de nvel, gerando rampas suaves, ou
ento, quase perpendicular s mesmas, gerando
rampas acentuadas.
77
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Topografia I
PUC/PR
quase perpendicular s
curvas de nvel
quase paralelo s
curvas de nvel
quase perpendicular s
curvas de nvel
quase paralelo s
curvas de nvel
No projeto so definidas as cotas finais do terreno modelado e as inclinaes desejveis para os taludes
dos cortes ou aterros resultantes e em planta a representao do terreno modelado realizada por
processos grficos.
6.2.1.
As sees transversais permitem visualizar a situao natural do terreno e as futuras intervenes. Atravs
das sees so definidos os procedimentos necessrios para clculos dos volumes de terra a serem
movimentados, sejam em cortes ou em aterros.
Sees em cortes a seo transversal do terreno em local onde ser efetuada a remoo de terra
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Topografia I
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talude de
corte
terreno natural
d%
d%
plataforma
d%
Sees em aterros - a seo transversal do terreno em local onde ser efetuada a adio de terra
plataforma
d%
d%
terreno
natural
talude
de aterro
Sees mistas - a seo transversal do terreno em local onde sero efetuados cortes e aterros
terreno
natural
d%
corte
talude
de corte
ponto de
passagem
aterro
d%
talude
de aterro
Arquitetura
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PUC/PR
Verificam-se os locais onde as curvas de nvel entram e saem da rea do projeto para os mesmos possam
ser preservados.
Nos caminhos, caladas, escadas, ruas e crregos retificados, as curvas de nvel devem ser desenhadas
perpendicularmente s referidas feies e em linha reta, conforme mostra a figura:
Nas plataformas para edificaes, as curvas de nvel devem contorn-la, seguindo o seu traado atravs de
linhas retas e ngulos retos. O afastamento entre as curvas deve respeitar as declividades especificadas
para o projeto.
2
1
0
6.3.1.
I.
loca-se em planta a rea a ser criada sobre as curvas de nvel existentes do terreno
II.
III.
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
IV.
a curva de nvel com cota mais prxima da cota do plat deve ser relocada para fora da nova rea
criada.
V.
As demais curvas existentes que interceptam a rea do plat ou as curvas j relocadas so tambm
relocadas correndo paralelamente entre si, contornando a rea plana e conectando aps esta
operao com as correspondentes de mesma cota.
VI.
A distncia entre as curvas relocadas dever ser observada em funo das declividades impostas
aos taludes de cortes e aterros, de modo que os elementos do projeto estejam de acordo com as
especificaes recomendadas.
VII.
VIII.
Observao:
Em situaes de cortes do terreno para implantao de plats
as curvas so relocadas para cima (parte alta) do plat
Nos aterros
as curvas so relocadas para a parte baixa do plat
Em situaes de combinao de cortes e aterros
desejvel que a rea plana tenham suas cotas igual a da curva que atravessa o meio da rea plana.
6.3.2.
II.
III.
Nesse novo desenho sobre a faixa de circulao, a distncia entre as curvas pode ser alterada
para respeitar a inclinao da via projetada
IV.
Nos trechos onde h alterao de desenho das curvas, essas devem ser representadas com linhas
tracejadas.
Via projetada
6.3.3.
Implantar a plataforma no nvel 3, desenhar as curvas de nvel no corte e aterro. Considerar talude de corte
fora da plataforma igual a 50% e talude de aterro igual a 30%
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1
0
Clculo das distncias (horizontal) resultante entre as curvas deslocadas nos cortes e aterros
corte: decl = 50%
50% = (1m/Dh)*100
Dh = 2 m
d% = (Dv/Dh)*100
d% = (Dv/Dh)*100
desenho na escala indicada: a curva 3m permanece na cota do plat. Na rea de corte, a curva 4m
relocada para o lado das cotas mais altas com uma distncia horizontal de 2m. O mesmo
acontece com a curva 5m. Na rea de aterro, a curva 2m relocada para a o lado das cotas mais
baixas com uma distncia horizontal de 3,33m
neste processo podem tambm ser indicados, alm das curvas retificadas, os limites indicativos de
cortes e aterros.
2
1
0
Indicao do talude
de corte
Curvas retificadas
Indicao do talude
de aterro
82
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
6.4. Exerccio
Retificar as curvas de nvel para a plataforma projetada. A escala do desenho 1:500. A declividade entre
as curvas nos cortes e aterros, fora da plataforma, deve ser de 20% e a cota da plataforma 290,2m.
Desenhar tambm os limites dos taludes usando cores para diferenciar das curvas de nvel.
285
286
287
288
289
290
291
292
83
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Retificar as curvas de nvel para a plataforma projetada. A escala do desenho 1:500. A declividade entre
as curvas nos cortes e aterros, fora da plataforma, deve ser de 50% e a cota da plataforma 211,5m.
Desenhar tambm os limites dos taludes usando cores para diferenciar das curvas de nvel.
210
211
212
213
214
215
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Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Locais ou regies elevadas de uma montanha. Nesses locais as curvas de nvel so visveis em formas
concntricas e fechadas. Geralmente so apresentados nos mapas com os valores de sua altitude
Na colina, a curva interna possui a cota mais alta. No caso de depresses, a curva interna possui a cota
mais baixa.
a linha que une os pontos mais altos de uma elevao, formando as arestas. O divisor a linha de
encontro de duas vertentes opostas segundo a qual as guas se dividem para uma e outra destas
vertentes.
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Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
Linha de encontro de duas vertentes no fundo dos rios ou crregos. a Linha do curso da gua
materializada pelos rios, ou seja, a linha que segue a parte mais baixa do leito de um rio, de um canal
ou de um vale. Esta linha representa o Perfil longitudinal de um rio; Pode ser tambm definida como a
linha que une os pontos de menor cota ao longo de um vale.
Divisor de guas
Talvegue
As setas indicadas representam o sentido de escoamento das guas no terreno, o qual sempre
perpendicular s curvas de nvel.
a superfcie inclinada que vem do divisor at a base das montanhas. As vertentes no so superfcies
planas, mas sulcadas de depresses que formam vales secundrios. Pode-se determinar a orientao
das vertentes em relao aos pontos cardeais.
Encosta cncava: representada com curvas de nvel paralelas com espaamentos maiores
entre as curvas de menor cota e diminuindo entre as cotas mais altas
Encosta convexa: representada com curvas de nvel paralelas com espaamentos maiores
entre as curvas de cotas mais altas e diminuindo entre as cotas mais baixas
Vale:
Superfcie cncava formada pela reunio de duas vertentes opostas. Podem ser de fundo cncavo, de
fundo de ravina ou de fundo chato. A representao de curvas de nvel nos vales tm seus valores
crescentes a partir de seu eixo longitudinal
Espigo:
superfcie convexa, geralmente alongada que tem sua origem em um contraforte. Sua representao
semelhante ao do vale, no entanto, a representao de curvas de nvel nos espiges tm seus valores
decrescentes a partir de seu eixo longitudinal.
Vale
Espigo
86
Arquitetura
Topografia I
PUC/PR
o local onde as linhas de talvegue (normalmente duas) e de divisores de guas (normalmente dois)
se curvam fortemente mudando de sentido.
Contraforte:
so salincias do terreno que se destacam da serra principal (cordilheira) formando vales. Dos
contrafortes partem ramificaes denominadas espiges e ou salincias denominadas vales.
Bacia Hidrogrfica:
Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. definida pelos divisores de gua,
os quais a limitam com outras bacias.
87