EE02 - Cruzamentos e Travessias e Montagem de Proteções PDF

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EE.

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PREVENO DE RISCOS
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FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENO DE RISCOS

TAREFA

CRUZAMENTOS E TRAVESSIAS E MONTAGEM DE PROTECES

DESCRIO

Nos trabalhos de construo, explorao e manuteno das linhas de transporte de


energia acontecem situaes em que teremos cruzamentos e travessias de obstculos de
diversas origens e caractersticas como sejam:
Linhas elctricas de alta, mdia e baixa tenso;
Linhas de telecomunicaes;
Estradas;
Caminhos rurais;
Cursos de guas;
Edifcios.
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Montagem de proteces para cruzamentos, travessias e respectivas tarefas auxiliares.

ACTIVIDADES

PARTICULARIDADES
Dar ateno s fichas:
Deslocao ao local de interveno;
Movimentao manual de cargas;
Movimentao de cargas pesadas;
Utilizao de cabos de ao;
Trabalhos com escadas portteis;
Trabalhos junto ou na via pblica;
Como actuar em caso de acidente elctrico;
Relevo (montanhas, linhas e cursos de gua, terrenos agrcolas e poos);
Exposio a ambientes trmicos quentes (calor);
Armazenagem de materiais, equipamentos e resduos;
Abertura de caboucos para macios de fundao;
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Trabalhos prximos de instalaes em tenso;


Instalao elctrica do estaleiro;
Trabalhos em altura em apoios metlicos;
Trabalhos em altura em apoios de beto;
Trabalhos em altura em apoios de madeira;
Interferncia com redes telefnicas ou TV Cabo;
Trabalhos em altura com cesto elevatrio (em viatura).

FOTOS

EPC

Caixa de primeiros socorros;


Medidas de informao, sensibilizao e
formao;
Utilizao de mquinas, aparelhos e
ferramentas adequadas tarefa;
Cones ou flat cones sinalizadores (ET 6);
Fita sinalizadora, anteparos ou barreiras;
Eventual sinalizao rodoviria temporria
(obrigao, desvio e perigo) remete-se
para manual de sinalizao para trabalhos
na via pblica EDA;
Linha de vida e seus acessrios de acordo
com Manual de Trabalhos e Resgate em
Altura EDA;
Kits de resgate de acordo com Manual de
Trabalhos e Resgate em Altura EDA;

EPI
Capacete de segurana com franquelete
e viseira amovvel;
Calado de segurana com proteco
mecnica, com proteco isolante;
Vesturio de alta visibilidade/reflector ou
Colete reflector;
Luvas de proteco mecnica;
Luvas dielctricas (Se aplicvel);
Arns com cinto/sistema de praquedas/sistema anti-quedas de acordo
com Manual de Trabalhos e Resgate em
Altura EDA.

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Escadas isoladas (Se aplicvel);


Detector de tenso (Se aplicvel);
Coberturas ou mantas isolantes (Se
aplicvel);
Plataformas de trabalho, isoladas (Se
aplicvel);

RISCOS
Atropelamento;
Choque com objectos;
Congestionamento de trnsito e restries de circulao;
Electrizao ou electrocusso;
Exposio a ambientes quentes;
Golpe, perfurao e/ou corte;
Postural;
Queda ao mesmo nvel;
Queda de objectos;
Queda em altura.

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MEDIDAS PREVENTIVAS
Gerais
o Analisar o trabalho a efectuar em funo das condies climatricas;
o Validar a habilitao profissional para a tarefa a executar;
o Validar periodicamente a existncia de formaes para a tarefa a executar;
o Assegurar que a composio da equipa adequada s tarefas a executar;
o Assegurar que os proprietrios dos terrenos esto informados das tarefas a executar;
o Todos os equipamentos e materiais utilizados na tarefa, incluindo EPIs e EPCs
devem ser certificados.

Na execuo da tarefa
o Sinalizar e limitar a zona de trabalhos;
o Todos os materiais e ferramentas necessrios tarefa devem estar devidamente
acondicionadas;
o Nas operaes de subida de apoios, cumprir as regras de segurana estipuladas;
o Estabelecer os procedimentos de segurana durante a permanncia no cimo do
apoio;
o Quando a travessia se efectuar com vias pblicas, contactar a entidade exploradora
da via para conhecer as respectivas regras de segurana aplicveis e preparar um
plano de preveno tendo em conta o disposto no Manual de Segurana Sinalizao de Trabalhos na Via Pblica;
o A altura das travessas dos prticos ser funo da classe de proteces a efectuar;
o Aquando da colocao ou desmontagem do prtico por meios manuais, o movimento
da estrutura deve ser controlado (por exemplo, fazendo com as cordas de servio
uma volta redonda em torno de um elemento fixo e slido) de maneira a evitar que
possa cair de forma abrupta;
o Cruzamento com linhas areas;
-

As medidas de proteco devem ser sempre tomadas de comum acordo com o


responsvel pela linha a cruzar, podendo ser adoptada uma das seguintes
solues:


Montagem de prticos, com a linha a cruzar colocada fora de tenso,

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consignada;


Montagem de prticos com a linha a cruzar mantida em tenso;

Isolamento do troo a cruzar, com o corte dos condutores da linha area e sua
substituio temporria por cabos isolados, devidamente protegidos.

o Cruzamento com uma linha AT em tenso


-

Quando a travessia se efectuar com a linha em tenso, esta deve ser colocada
num regime de explorao tal que a regulao das temporizaes seja a mais
baixa possvel e as religaes suprimidas;


Durante a montagem dos prticos deve ter-se em conta:


As distncias de segurana em trabalhos na vizinhana de instalaes em
tenso;
O movimento dos prumos deve ser controlado por meio de cordas
isolantes;
Os prumos metlicos devem ser ligados terra.

o Cruzamento com uma linha AT colocada fora de tenso:


-

A linha deve ser consignada e, no local, o responsvel de trabalhos deve proceder


ligao terra e em curto-circuito dos condutores, depois de ter confirmado a
ausncia de tenso.

o Travessia de estradas
-

Consoante as caractersticas da via a atravessar prever:




A informao e autorizao das autoridades do trnsito;

A informao e autorizao do responsvel pela explorao da via, vigilncia


constante dos pontos perigosos;

Sinalizao eficaz e regulamentar (de acordo com a entidade responsvel pela


via);

Prticos de proteco de um lado e do outro da travessia, quando necessrio.

o Transposio de edifcios
-

Na fase de desenrolamento dos condutores, manter as pessoas afastadas da


zona de trabalhos;

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Sempre que necessrio o acesso a coberturas de edifcios ou habitaes, em que


haja risco de queda em altura, ter em conta as medidas preconizadas nas
respectivas fichas.

o Transposio de terrenos privados cultivados ou com passagem frequente de


pessoas
-

Tomar as medidas adequadas em concordncia com o proprietrio;

Sinalizar adequadamente o local de trabalho;

Avisar as pessoas e manter a vigilncia adequada.

o Travessia de cursos de gua


-

Informar as autoridades competentes;

Se o curso de gua navegvel, sinalizar adequadamente os trabalhos (presena


de trabalhos, altura limite, etc.) a uma distncia adequada ao tipo de trfego;

Contactar o Servio de Proteco Civil da regio sobre a necessidade de colocar


sinalizao permanente nos condutores (visando a eventual utilizao do curso de
gua para abastecimento dos meios areos de combate a incndios).

o Caractersticas dos materiais:


-

As proteces para travessias de obstculos so prticos constitudos


genericamente por prumos e travessas devidamente espiados;

Os prumos devem ser encastrados no terreno por intermdio dum cabouco com
uma profundidade mnima de um metro, e a sua seco, a menor possvel, deve
estar adaptada seco do prumo. Se os caboucos se situarem em terreno
rochoso no devem ser abertos com explosivos, mas sim um martelo pneumtico;

A altura mxima dos prumos no deve exceder os 25 metros. Se o obstculo a


transpor tiver uma altura maior deve ser estudado caso a caso;

Os prumos montados junto de vias de comunicao devem ser sinalizados, com

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faixas a vermelho e branco, at pelo menos 1,5 metros de altura;


-

As travessas devem ser preferencialmente em varas de eucalipto, com dimetro


suficiente de modo a que na zona de ligao ao prumo tenha no mnimo 10
centmetros. Excepcionalmente e com o acordo do Dono da Obra, as travessas
podem ser de cabo de ao revestido de material isolante.

o Condies atmosfricas
-

As operaes de montagem e desmontagem de prticos no devem realizar-se


em situaes de condies atmosfricas adversas, como ventos fortes, nevoeiro
ou chuva intensa, etc.

o Na montagem das proteces na proximidade de linhas de em tenso deve ter-se em


conta:
-

As distncias de segurana;

O movimento dos prumos deve ser controlado por meio de cordas;

Os prumos metlicos devem ser, em regra, ligados terra por intermdio de um


elctrodo de terra;

As operaes de passagem dos cabos de espia e das cordas sobre a linha em


tenso devem ser executadas com a linha em Regime Especial de Explorao.

o Montagem das proteces na proximidade de linhas de AT colocadas fora de tenso


-

A linha deve ser consignada e, no local, o responsvel de trabalhos deve proceder


ligao terra e em curto-circuito dos condutores, depois de ter confirmado a
ausncia de tenso.

o Cruzamentos de linhas de alta tenso (LAT)


-

So montados obrigatoriamente dois prticos, um de cada lado da linha a


proteger;

Nestas proteces os prumos dos prticos so obrigatoriamente torres metlicas,


montadas com intervalos no superiores a 6 metros. Sero instalados tantos

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prumos quantos forem necessrios, de modo que a travessa ultrapasse em, pelo
menos, 1 metro a posio dos condutores exteriores da linha em montagem;
-

As extremidades das torres metlicas que ficam embutidas no terreno devem ser
envolvidas em chapa metlica para melhorar a resistncia ao derrubamento;

A ligao da travessa ao prumo deve ser feita com cabo de ao flexvel de


dimetro de 6 a 8 milmetros;

A distncia dos prumos aos condutores exteriores da linha a cruzar, nas


condies de flecha mxima e desviados pelo vento, no deve ser inferior ao
definido, com um mnimo de 3 metros;

As travessas devem ficar montadas acima da linha a proteger a uma distncia no


inferior ao estabelecido, com um mnimo de 2,5 metros. Se os prticos tiverem
alturas diferentes, o mais alto deve ser montado do lado do poste mais prximo da
linha em construo;

As sobreposies das pontas das travessas devem ser amarradas entre si com
corda;

Os prticos, depois de devidamente montados, so espiados com cabo de ao


flexvel de 8 milmetros de dimetro, do seguinte modo:


Travamento transversal entre prticos, com as espias envolvendo os prumos e


a travessa e prolongando-se longitudinalmente para ambos os lados,
devidamente esticadas e amarradas com n e serra-cabos a estacas de ao
cravadas no solo;

Espiamento longitudinal de cada prtico (no sentido das travessas) do mesmo


modo do ponto anterior. A ligao entre prumos permite proteger a travessa de
eventuais choques violentos com os condutores em desenrolamento, pelo que
deve ficar colocada debaixo das travessas nos cruzamentos superiores e por
cima nos inferiores.

Nas proteces de linhas AT o travamento entre prticos, sobre a linha a cruzar,

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deve ser feito com corda sinttica;


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Entre as travessas dos prticos montado um tecto protector sobre a linha a


proteger, que pode ser constitudo ou por rede de corda sinttica ou pela
disposio de cordas sintticas em X;

o Travessias de Auto-estradas ou vias com caractersticas equiparadas (Proteco da


Classe A)
-

So montados obrigatoriamente trs prticos, um de cada lado da via a proteger e


um terceiro na faixa separadora;

A configurao e o travamento dos prticos e do conjunto so feitos do mesmo


modo j referido anteriormente;

As travessas devem ser montadas de maneira a garantir uma distncia mnima ao


solo de pelo menos 8 metros;

Para a localizao dos prticos relativamente s faixas de rodagem consultar a


entidade exploradora da via.

o Travessias de Estradas Nacionais (EN), Estradas Municipais (EM) (Proteco da


Classe B)
-

So montados obrigatoriamente dois prticos, um de cada lado do obstculo a


proteger, e um terceiro no caso de ser necessrio (vias com separador central
com largura suficiente);

Nestas proteces os prumos dos prticos so torres metlicas ou postes de


madeira tratados com um dimetro mnimo, na zona da ligao travessa, de 15
centmetros;

As regras de montagem relativamente distncia entre prumos, dimenses e


fixao das travessas e espiamento dos prticos so as mesmas j referidas
anteriormente;

As travessas devem ficar montadas de modo a que no prtico mais baixo fiquem,

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pelo menos, a 8 metros do solo.


o Cruzamentos de linhas de baixa tenso (BT), linhas de telecomunicaes e T
o transposio de edifcios (Proteco da Classe C)
-

So montados no mnimo dois prticos, um de cada lado do obstculo a proteger;

Nestas proteces os prumos dos prticos so torres metlicas, postes de


madeira tratados e/ou varolas de eucalipto com um dimetro mnimo na zona da
ligao travessa de 15 centmetros;

As regras de montagem relativamente distncia entre prumos, dimenses e


fixao das travessas e espiamento dos prticos so as mesmas exigidas
anteriormente;

As travessas devem ficar montadas de modo a que no prtico mais baixo fiquem,
pelo menos, 1,5 metros acima do obstculo a transpor.

o Transposio de terrenos cultivados e de caminhos rurais (Proteco da Classe D)


-

So montados tantos prticos, quantos os que forem necessrios para proteger a


zona em causa;

Nestas proteces os prumos dos prticos podem ser postes de madeira tratados
e/ou varolas de eucalipto com um dimetro mnimo na zona da ligao travessa
de 15 centmetros;

As regras de montagem relativamente distncia entre prumos, dimenses e


fixao das travessas e espiamento dos prticos so as mesmas exigidas
anteriormente;

As travessas devem ficar montadas de modo a que fiquem, pelo menos, 1 metro
acima do obstculo a transpor.

o Desmontagem da proteco
-

Uma vez realizado o cruzamento dos condutores e cabos de guarda, depois


destes tendidos e devidamente fixados aos isoladores nas torres do vo do

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cruzamento, deve sem demora desmontar-se a proteco, o que consiste na


realizao das operaes por ordem inversa, com as precaues indicadas
consoante o tipo de Proteco.
>1m
LINHA EM
CONSTRUO

LINHA A CRUZAR
Corda sinttica

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