Falha Por Fadiga
Falha Por Fadiga
Falha Por Fadiga
CARGA VARIADA
RESISTNCIA DOS MATERIAIS III
Prof. Marcelo Cavalcanti Rodrigues
FADIGA!!!! (CANSAO)
Algumas pessoas confundem o mecanismo de fadiga com cansao ou exausto,
exausto e
repetem frequentemente que tal pea rompeu por que o material estava fadigado.
Fadiga um mecanismo de degradao que se manifesta na forma de trincas e por
conseqncia fratura peas e equipamentos devido a cargas repetidas (cclicas). Ex:
Eixos, molas, engrenagens, ventiladores, etc.
Os elementos que operam sob tenses constantes ou com variaes pouco freqentes
tais como a maioria dos tanques, vasos de presso e tubulaes usualmente no
sofrem fadiga.
Quando uma pea rompe por fadiga por que a quantidade de ciclos de tenso
superou
p
seu limite de resistncia,, no p
porque
q
o material estava "cansado".
Limite de resistncia a
fadiga ou limite de fadiga
Se
Diagrama SN traado a partir dos resultados de testes de fadiga axial completamente inversa. Ao
normalizado; Sut = 116 kpsi; mximo Sut = 125 kpsi.
2. Limite de Resistncia
No grfico abaixo observase que o limite de resistncia varia entre cerca de 40% a
60% da resistncia trao para aos de at 212 kpsi (1460 MPa). Comeando
aproximadamente em Sut = 212 kpsi (1460 MPa),
MPa) ento o espalhamento aumenta,
aumenta
mas a tendncia parece equipararse na linha horizontal em Se = 107 kpsi (740MPa).
Grfico dos limites de resistncia x resistncia trao a partir de resultados de ensaios verdadeiros para
feros forjados e aos. Razes Se /Sut de 0,60, 0,50 e 0,40 so mostradas nas linhas contnuas e tracejadas.
10
Observase a linha horizontal tracejada para Se = 107 kpsi.
2. Limite de Resistncia
Para estimar os limites de resistncia, tmse:
Mischkle analisou uma grande amostra de dados reais e concluiu que:
0,504 S ut kpsi ou MPa S ut 212kpsi (1460 MPa)
(1)
(2)
Se
1 fS
b = log ut
3 Se
(3)
Onde f a frao
de Sut .
H ajustes de curva com f tratado como uma constante, normalmente 0,9, mas
variando com Sut .
Sut , kpsi
k i
60
90
120
200
0,93
0,86
0,82
0,77
12
N = a
a
(4)
A fadiga de baixo ciclo definida como uma falha que ocorre em um intervalo de
1N103 ciclos.
2.2 Fatores Modificadores do Limite de Resistncia
Sabese que uma amostra usada em laboratrio para determinar os limites de
resistncia p
preparado
p
com muito cuidado e ensaiado sob condies
controladas.
Na prtica algumas diferenas incluem:
a)Material: composio, etc;
b)Manufatura: mtodo, tratamento trmico, corroso por microabraso, condio de
superfcie, concentrao de tenso;
c)Ambiente: corroso, temperatura, estado de tenso, etc;
d)Projeto: tamanho, forma, vida, estado de tenso, concentrao de tenso.
13
(5)
Em que
ka = fator de modificao de condio de superfcie;
kb = fator de modificao de tamanho
kc = fator de modificao de carga
kd = fator de modificao de temperatura
ke = fator de modificao
de confiabilidade
kf = fator de modificao por efeitos variados
Se= limite de resistncia da amostra de viga rotativa
Se = limite de resistncia no local crtico de uma pea de mquina na geometria e na
condio de uso.
Obs.: Utilizase os fatores de Marin para estimar o limite de resistncia quando os
ensaios de resistncia de peas no estiverem disponveis.
14
Fator a
Expoente
Sut , kpsi
Sut , MPa
Retificado
1,34
1,58
0,085
Usinado ou
laminado a frio
2 70
2,70
4 51
4,51
0 265
0,265
Laminado a
quante
14,4
57,7
0,718
Forjado
39,9
272,
0,995
15
0,91d 0,157
kb =
0 ,107
= 1,24d 0,107
(d / 7,62)
1,51d 0,157
0,11 d 2in
2 < d 10in
2,79 d 51mm
(7)
51 < d 254mm
[d 2 (0,95d ) 2 ] = 0,0766d 2
(8)
(9)
d e = 0,370d
(10)
(11)
17
kc = 0,85 axial
0,59 toro
(12)
ST
S RT
(14)
18
Ex: 75 Um ao 1035 apresenta uma resistncia trao de 70 kpsi e deve ser usado
em uma pea que trabalhe a 450F. Estime o fator de modificao de temperatura de
Marin e (Se )450
450 , se
a) O limite de resistncia a temperatura ambiente por ensaio for (Se )70 =39 kpsi.
b) Somente a resistncia a trao, a temperatura ambiente, for conhecida.
SOLUO:
a) A partir da eq. (13),
k d = 0,975 + 0,432(10 3 )(450) 0,115(10 5 )450 2 + 0,104(10 8 )4503 0,595(10 12 )450 4 = 1,007
Logo,
Logo
( S e ) 450 = k d ( S e' ) 70 = 1,007 (39kpsi ) = 39,3kpsi
b) Usar a Tab 76, interpolar:
k d = ( S T / S RT ) 450 = 1,018 + (0,995 1,018)
450 400
= 1,007
500 400
A partir da eq 78,
( S e ) 450 = 0,504( S ut ) 450 = 0,504(70,5) = 35,5kpsi
19
ou
max = K fs 0
(16)
(17)
A sensibilidade ao entalhe q :
q=
K f 1
Kt 1
ou
q cis =
K fs 1
K ts 1
(18)
Se q=0,
q 0 Kf =1
1 o material no tem qualquer sensibilidade ao entalhe.
entalhe Se q=1,
q 1 Kf = Kt , o
material tem sensibilidade completa ao entalhe.
21
ou
K fs = 1 + q cis ( K ts 1)
eq 731
(19)
Para aos
e ligas
g de alumnio 2024, usase a figg 720 p
para determinar q p
para flexo e
carga axial. Para carga de cisalhamento, usase a fig. 721. Devido as disperses dos
resultados, utilizase Kf = Kt toda vez que houver duvida quanto ao valor real de q.
A sensibilidade ao entalhe de ferros fundidos muito pequena, varia de 0 a 0,20.
recomendase que q = 0,20 seja usado para todos os graus de ferro fundido.
22
Kt 1
1+ a / r
eq 7
732
32
(20)
Fig 720: Diagrama de sensibilidade a entalhe para aos e ligas de alumnio forjado UNS A92024T submetidas
a flexo inversa ou a cargas axiais inversas.
inversas Para entalhes de raio maiores,
maiores use os valores de q
correspondentes ordenada r = 0,16 in (4mm).
23
Fig 721: Curvas de sensibilidade a entalhe para materiais em toro inversa. Para raios de entalhe maiores,
utilize os valores de qcis correspondentes a r = 0,16
0 16 in (4mm).
(4mm)
24
q=
1+
733 (21)
a
r
734 ((22))
Kt
2( K t 1)
1+
Kt
eq 735
(23)
SSendo
d que a Tab
T b 78
7 8 prev valores
l
d a
de
para aos com furos
f
transversais,
i mangas e
reentrncias.
25
Fmax + Fmin
2
Fa =
Fmax Fmin
2
26
Fig 723: (a) tenso flutuante com ondulao de alta frequencia; (b e c) tenso flutuante nosenoidal; (d)
tenso flutuante senoidal; (e) tenso repetida; (f) tenso senoidal completamente inversa.
27
max + min
2
a =
max min
2
(739)
min
max
A=
a
m
28
mo
K f max,,o < S y
K f max,o > S y
K fm = 0
30
Fig 726: Diagrama mestre de fadiga criado para o ao AISI 4340, com Sut =158 kpsi e Sy = 147 kpsi.
32
O diagrama abaixo, o diagrama de fadiga que mostra os vrios critrios de falha. Para
cada critrio, pontos na, ou acima da, respectiva linha indicam falha.
Um ponto A na linha de Goodman,
Goodman prov a resistncia Sm como o valor limite de m
correspondente a resistncia Sa que, emparelhada com m o valor limite de a .
Cinco critrios de falha so marcados: Soderberg,
Soderberg Goodman modificado,
modificado Gerber,
Gerber elptico
da ASME e do escoamento.
33
(743)
Se
m
S yt
1
n
(748)
1
n
(749)
Goodman modificado :
Sa Sm
+
=1
S e S ut
(744)
Se
m
S ut
Sa Sm
= 1
+
S e S ut
n a n m
+
Se
S ut
(745)
= 1
(750)
Sa Sm
=1
+
Se S y
(746)
n
a
Se
n m
=1
+
S
y
(751)
(747)
34
Tab 79:Amplitude e coordenadas estveis de resistncia e interseces importantes no primeiro quadrante para
critrios de falha de Goodman e Langer
Equaes de interseco
Sa Sm
+
=1
S e S ut
Linha de carga
Sa Sm
+
=1
Sy Sy
Linha de carga
Coordenadas da interseo
rS a S ut
rS ut + S e
S
Sm = a
r
rS y
Sa =
1+ r
Sy
Sm =
1+ r
Sa =
r=
Sa
Sm
r=
Sa
Sm
Sa Sm
+
=1
S e S ut
Sm =
Sa Sm
+
=1
Sy Sy
Sa = S y Sm
nf =
( S y S e ) S ut
S ut S e
rcrit = S a / S m
a
Se
m
S ut
35
Tab 710:Amplitude e coordenadas estveis de resistncia e interseces importantes no primeiro quadrante para
critrios de falha de Gerber e Langer
Equaes de interseco
Coordenadas da interseo
Sa Sm
=1
+
S e S ut
Linha de carga
Sa Sm
+
=1
Sy Sy
r=
r 2 S ut2
Sa =
2S e
S
Sm = a
r
Sa
Sm
Sa =
S
r= a
Sm
Linha de carga
Sm =
2
S
1 + 1 + e
rS
S ut
rS y
1+ r
Sy
1+ r
2 S e S y
S ut2
1
Sm =
1 1 +
2S e
S
S
e
ut
Sa Sm
=1
+
S e S ut
Sa Sm
+
=1
Sy Sy
Sa = S y Sm
rcrit = S a / S m
1S
n f = ut a
2 m Se
S
1 + 1 + m e
S
ut a
m > 0
36
Tab 711:Amplitude e coordenadas estveis de resistncia e interseces importantes no primeiro quadrante para
critrios de falha de Langer e ASME elptico.
Equaes de interseco
Coordenadas da interseo
S S
a + m = 1
Se S y
r=
Linha de carga
Sa Sm
+
=1
Sy Sy
Sa =
Sa
Sm
Sm =
Sa =
Linha
i h d
de carga
r=
r 2 S e2 S y2
Sa
Sm
Sm =
S e2 + r 2 S y2
Sa
r
rS y
1+ r
Sy
1+ r
Sa Sm
+
=1
S
S
e y
Sa Sm
+
=1
Sy Sy
S a = 0,
2 S y S e2
S e2 + S y2
Sm = S y Sa
rcrit = S a / S m
nf =
1
( a / S e ) 2 + ( m / S y ) 2
37
Ex: 711 Uma barra de d = 1,5 in usinada a partir de uma barra AISI 1050 repuxada a frio. A pea
deve suportar carga de trao flutuante variando de 0 a 16 kip. Por causa das extremidades e do raio
de arredondamento,
arredondamento o fator de concentrao de fadiga Kf de 1,85
1 85 para vida de 106 ciclos ou mais.
mais
Encontre Sa e Sm , o fator de segurana contra fadiga e escoamento de primeiro ciclo usando:
a) Linha de fadiga de Gerber;
b) Linha de fadiga elptica da ASME;
SOLUO
A partir da Tab A20, com ao AISI 1050 repuxado a frio, temse: Sut =100 kpsi e Sy = 84 kpsi.
Como a trao flutuante entre 0 e 16 kip:
Fm =
Fmax + Fmini
16 + 0
=
= 8kip
2
2
Fa =
Fmax Fmini
16 0
=
= 8kip
2
2
4 Fa
4(8)
=
= 4,53kpsi = m 0
2
d
(1,5) 2
Assim,
a = K f a 0 = 1,85( 4,53) = 8,38kpsi = m
Sabendo que:
r = a / m = 8,38 / 8,38 = 1
que a linha
li h de
d carga
38
Ex: continuao...
a) Linha de Gerber, usando o 1 painel da Tab. 710
2S
r 2 S ut2
Sa =
1 + 1 + e
2S e
rS ut
S m = S a / r = 30,90 kpsi
2
2
= 1 100 1 + 1 + 2(34,14) = 30,90 kpsi
1(100)
2(34,14)
1(84)
= 42 kpsi
1+ r
2
S m = S a / r = 42 kpsi
Sa =
0 B S a ( Gerber ) 30,90
=
=
= 3,69
0A
8,38
a
2
a
2 S
1 + 1 + m e
S e
S ut a
= 3,68
0C S a ( Langer )
42
=
=
= 5,01
0A
8,38
a
NO H ESCOAMENTO NO LOCAL
39
Ex: continuao...
O ponto D indica a mudana de falha por fadiga para escoamento.
Sy
2S e
S ut2
= 63,8kpsi
1
Sm =
1 1 +
2S e
S
S
e
ut
S a = S y S m = 84 63,8 = 20,2kpsi
40
Ex: continuao...
b) Linha de Fadiga da ASME
Tab 711, painel 1, com r=1, obtm as coordenadas
Sa e Sm do ponto B.
Sa =
r 2 S e2 S y2
S e2 + r 2 S y2
12 34,14 2 84 2
= 31,6kpsi
34,14 2 + (1) 2 84 2
S m = S a / r = 31,6kpsi
Sa =
2 S y S e2
S e2 + S y2
= 23,81kpsi
S m = S y S a = 84 23,8 = 60,2kpsi
O raio critico
nf =
1
= 3,77
( a / S e ) 2 + ( m / S y ) 2
ny =
(S a ) y
= 42 / 8,38 = 5,01
41