Livro Fis 1
Livro Fis 1
Livro Fis 1
Fsica Mecnica
Sumrio
Captulo
Movimentos Retilneos
em uma Dimenso
2Fsica Mecnica
1 Definies e conceitos
Ponto material todo corpo cujas dimenses so muito menores do que as dos outros corpos que participam do fenmeno a ser estudado.
Captulo 1
1.2 Trajetria
A definio de trajetria pode ser dada pela linha determinada
pelas diversas posies que um corpo ocupa em um intervalo
de tempo.
O tipo de trajetria vai depender do referencial adotado.
Considere um avio a uma determinada altura, voando horizontalmente com velocidade constante. Ao largar uma caixa,
ela ter uma trajetria retilnea vertical em relao ao piloto.
Mas para uma pessoa no solo, a trajetria da caixa ser parablica.
Na Cinemtica Escalar, o movimento de um ponto material, ao longo da sua trajetria, sem nos preocuparmos com a
forma da trajetria. Considerar a posio do ponto material, a
sua velocidade e acelerao como grandezas escalares.
4Fsica Mecnica
Captulo 1
S S S 0
=
t t0
t
6Fsica Mecnica
A velocidade mdia (Vm) grandeza vetorial. a razo entre o vetor deslocamento e o tempo total gasto.
SI m/s
1) Se o carro se movimentar no sentido positivo da trajetria,
tem-se:
S > S 0 , S vm > 0
2) Se o carro se movimentar no sentido contrrio ao sentido
positivo da trajetria, tem-se:
S < S 0 , S vm < 0
Movimento progressivo: um movimento denominado
progressivo quando o mvel caminha no sentido positivo da
trajetria, isto , as posies crescem no decorrer do tempo.
Nesse caso, dizemos que a velocidade do mvel positiva.
v>0
Movimento retrgrado: quando o mvel caminha no sentido contrrio do positivo da trajetria, isto , as posies decrescem algebricamente no decorrer do tempo, o movimento
dito retrgrado. Nesse caso, dizemos que a velocidade do
mvel negativa. v<0
Captulo 1
1.6 V
elocidade e acelerao instantnea e
mdia
1.6.1 Velocidade
Velocidades- v
Unidade: metros/segundo
v v v0
=
t t t 0
Em um certo intervalo de tempo de um movimento variado, pode ocorrer aumento ou diminuio da velocidade, com
maior ou menor rapidez.
8Fsica Mecnica
1) Movimento acelerado: um movimento denominado acelerado quando o mdulo da velocidade aumenta no decorrer
do tempo.
Isso ocorre quando a velocidade e a acelerao tm o
mesmo sinal.
2) Movimento retardado: quando o mdulo da velocidade diminui no decorrer do tempo, o movimento dito retardado.
Isso ocorre quando a velocidade e a acelerao tm sinais
contrrios.
Captulo 1
10Fsica Mecnica
Figura 1 a e b
Observaes:
1) O valor da ordenada em que a reta corta o eixo s representa o valor de s0.
Captulo 1
Figura 02:
Figura 03:
Figura 04:
12Fsica Mecnica
Figura 05
Figura 06
Captulo 1
Exerccio 01:
Um ciclista A est com velocidade constante VA = 36 km/h,
um outro ciclista B o persegue com velocidade constante VB
= 38 km/h. Em um certo instante, a distncia que os separa
de 80 m.
a) A partir desse instante, quanto tempo o ciclista B levar
para alcanar o ciclista A?
b) Determine a posio dos ciclistas quando se encontraram.
c) Calcule a distncia percorrida pelos dois ciclistas.
Para se obter o tempo, igualamos as posies dos ciclistas
A e B.
b) Para achar a posio do encontro, devemos substituir t =
144 s em qualquer uma das funes horrias, pois, nesse
instante, as posies dos ciclistas so iguais.
c)
Figura 07
sA = 1 520 80 = 1 440 m
sB = 1 520 0 = 1 520 m
Respostas: a) 144 s; b) 1520 m; c) SA = 1 440 m; SB = 1 520 m
14Fsica Mecnica
Figura 08
Captulo 1
Figura 09
Legenda
s0 = a posio do mvel no instante
t0 = 0
v0 = a velocidade do mvel no instante t0 = 0
s = a posio do mvel no instante t
v = a velocidade do mvel no instante t
a = a acelerao
16Fsica Mecnica
1.8 Grficos
1.8.1 Velocidade em funo do tempo
Acelerao positiva:
Figura 10
Acelerao negativa:
Figura 11
Captulo 1
Propriedades:
1) A rea sob o grfico velocidade em funo do tempo nos
fornece a distncia ou o espao percorrido, que dado
pela integral da velocidade em funo do tempo:
Figura 12
Observao:
1) O espao percorrido S pode ser positivo ou negativo,
conforme essa rea esteja acima ou abaixo do eixo dos
tempos.
2) A inclinao do grfico velocidade em funo do tempo
nos fornece a acelerao. A tangente do ngulo representa numericamente a acelerao. A acelerao a derivada da velocidade em funo do tempo:
18Fsica Mecnica
Figura 13
Figura14
Captulo 1
Figura 15
20Fsica Mecnica
Figura 16
Figura 17
Assim, tem-se:
a<0
Captulo 1
22Fsica Mecnica
Exerccio 02:
Um helicptero est subindo verticalmente com velocidade
constante de 20 m/s e encontra-se a 105 m acima do solo,
quando dele se solta uma pedra. Determine o tempo gasto
pela pedra para atingir o solo.
Figura 18
Captulo 1
b) a funo v = f(t);
c) o tempo gasto para atingir o solo;
d) a velocidade ao atingir o solo.
Figura 19
24Fsica Mecnica
1.10 Exerccios:
1 A posio de uma partcula que se move sobre um eixo x
dada por: x(t) = -7,5 + 8,6 t +1,35 t3 (SI). Determine: a)
sua velocidade aps 1,5 s; b) sua acelerao aps 3,5 s.
2 Uma bola lanada verticalmente para cima a 12 m/s.
Determine: a) tempo gasto para atingir a altura mxima;
b) sua altura mxima; c) o tempo gasto para alcanar uma
altura de 5 m aps os eu lanamento.
3 Um piloto de caa, praticando manobras para no ser detectado por radar, est voando manualmente na horizontal
da direita para a esquerda a 1300 km/h, apenas a 35 m
do solo de um terreno plano. De repente, o avio se depara com uma inclinao suave de 4,3 para cima, um valor
difcil de detectar visualmente. Quanto tempo tem o piloto
para fazer uma correo evitando uma coliso?
4 Determine a velocidade mdia nos seguintes casos: a)
Voc caminha 73,2 m a uma velocidade de 1,22 m/s e
depois corre 73,2 m a uma velocidade de 3,05 m/s; b)
Voc caminha durante 1,0 min a velocidade de 1,22 m/s
e depois corre 1,0 min a 3.05 m/s.
5 A cabea de uma cascavel pode acelerar a 50 m/s2 para
golpear uma vtima. Se um carro pudesse ter essa acelerao, quanto tempo levaria para atingir uma velocidade de
100 km/h, partindo do repouso?
6 No instante em que um sinal de trnsito fica verde, um
carro parte com acelerao de 2,2 m/s2. No mesmo instante, um caminho, trafegando na mesma direo e sen-
Captulo 1
26Fsica Mecnica
Bibliografia
HALIDAY, D., RESNICK, R., WALTER, J. Fundamentos de Fsica, Volume1. Rio de Janeiro, RJ: LTC Livros Tcnicos e
Cientficos Editora S.A., 7 edio, 2004.
TIPLER, P. A., MOSCA, G., Fsica para Cientistas e Engenheiros. Volume 1 . Rio de janeiro, LTC,6 ed., 2008.
SEARS, F.W., ZEMANSKY, M.W., YOUNG, H.D., FREEDMAN,
R.A.. Fsica I. So Paulo, SP: Addison Wesley, 10 edio,
2003.
JEWETT, J.W.JR.,SERWAY, R. A. Fsica para Cientistas e
Engenheiros. Volume 1. So Paulo, Cenage Learning,
8 edio 2011
KELLER, F, J., GETTYS, W, E., SKOVE, M. J. Fsica. Volume I.
So Paulo, Markon Books
Captulo
Vetores
28Fsica Mecnica
Captulo 2
Vetores29
diagonal) e a seta, o sentido (para cima, para baixo, para esquerda, para direita, norte, sul, leste e oeste).
Um dos vetores mais simples para se analisar o vetor deslocamento, que representa a mudana de posio entre um
ponto inicial e um ponto final.
30Fsica Mecnica
Assim, tem-se:
e
o mdulo da velocidade
dado por
Captulo 2
Vetores31
32Fsica Mecnica
Captulo 2
Vetores33
1) FR = F1 + F2 = 24N
2) FR = F3 + F4 = 21N
3) FR = F5 + F6 = 16N
4) FR = F7 + F8 = 15N
5) F3,4 - F7,8 = 6N
6) F1,2 - F5,6 = 8N
7) FR = F1 + F2 = 10 N
(a) (b)
Figura 2-08 (a) Vetor no espao Figura 2-08 (b): Vetores unitrios
34Fsica Mecnica
,
, determinar:
Respostas: a)
c)
Captulo 2
Vetores35
O resultado um escalar. Sendo o ngulo , o ngulo entre as direes dos vetores e . Quando o ngulo 0, tem-se o valor mximo e quando 90, tem-se o valor mnimo.
Considere
produto escalar
e
, ser dado por:
,o
36Fsica Mecnica
entre os vetores
Resposta: 104,4
2.6.2.2 Produto Vetorial
Sejam dois vetores e , o produto vetorial
outro vetor , dado por:
gera um
Captulo 2
Vetores37
O produto vetorial tambm pode ser expresso por vetores unitrios. Considere os vetores
e
, o produto vetorial
ser dado por:
,
?
Resposta:
Em outras palavras, tem-se:
2.7 Exerccios:
1) Considere os vetores
em componentes unitrias: u
= (3;-1;-2), v = (2; 4;-1) e w = (-1; 0; 1). Determine:
a)
b)
;
;
38Fsica Mecnica
c) (
)+(
d) (
e) (u - v)
);
);
w.
Gabarito:
a) 0, b) (0; 0; 0),
c) (0; 0; 0),
d) (0; 0; 0),
e) (-5; 0;-5),
Bibliografia
HALIDAY, D.,RESNICK, R.., WALTER, J.. Fundamentos de
Fsica, Volume1. Rio de Janeiro, RJ: LTC Livros Tcnicos
e Cientficos Editora S.A., 7 edio, 2004.
TIPLER, P. A., MOSCA, G., Fsica para Cientistas e Engenheiros. Volume 1 . Rio de janeiro, LTC,6 ed., 2008.
SEARS, F.W., ZEMANSKY, M.W., YOUNG, H.D., FREEDMAN,
R.A.. Fsica I. So Paulo, SP: Addison Wesley, 10 edio,
2003.
JEWETT, J.W.JR.,SERWAY, R. A. . Fsica para Cientistas e
Engenheiros. Volume 1. So Paulo, Cenage Learning, 8
edio 2011.
KELLER, F, J., GETTYS, W, E. ,SKOVE, M. J. Fsica. Volume I.
So Paulo, Markon Books
Captulo
Movimento em Duas ou
Trs Dimenses
40Fsica Mecnica
Onde os coeficientes
so suas componentes escalares, fornecendo suas coordenadas retangulares. Por exemplo:
partcula
posio
locamento?
Resposta:
ocupa
inicialmente
uma
posio
e, aps, passa a ocupar a
, qual o seu des-
Captulo 3
Exerccio 02:
Uma partcula est sobre uma superfcie plana, e suas coordenadas da posio em funo do tempo t podem ser dadas por:
e
, deter-
mine aps 8 s :
a) O vetor posio na notao de vetor unitrio;
b) O mdulo do vetor posio;
c) O ngulo com a horizontal.
Resposta: a)
b)
c)
3.2 Velocidade mdia e instantnea
o vetor que indica a velocidade mdia, com
Sendo,
o mesmo sentido do deslocamento. Ento, tomamos, como
exemplo, o exerccio 02 anterior:
em t = 0, tem-se a posio inicial
e
Assim, tem-se para a posio inicial,
em t = 8s, tem-se a posio final
e
42Fsica Mecnica
Exerccio 03:
Para as condies do exerccio 02, determine aps 8 s:
a) O vetor velocidade em formato unitrio;
b) O mdulo do vetor velocidade;
c) O ngulo com a horizontal.
, ou
Captulo 3
Resposta a)
b)
c)
3.3 Acelerao mdia e instantnea
A acelerao mdia de uma partcula, quando sofre uma variao de velocidade de
at
em um intervalo de tempo
pode ser dada por:
Exerccio 04:
Repita o exerccio 03 para a acelerao.
Resposta: a)
b)
c)
44Fsica Mecnica
Captulo 3
Na horizontal, tem-se:
, onde
MRU
denominado de alcance.
Na vertical, tem-se:
MQL
Observao:
a) O intervalo de tempo de queda na vertical de uma altura
de um projtil nesse tipo de lanamento o mesmo para
percorrer o alcance
na horizontal.
b) O mdulo do vetor velocidade em cada instante dado
pela soma vetorial de suas componentes.
Exerccio 05:
Um projtil atirado horizontalmente de uma torre de 180 m
de altura com uma velocidade inicial de 200 m/s. Determine:
a) a que distncia horizontal do p da torre o projtil atinge o
solo;
b) a velocidade do projtil ao atingir o solo;
c) as coordenadas do projtil no instante 3 s.
46Fsica Mecnica
Respostas:
a) 1200 m
b_ 208,8 m/s
c) x = 600 m; y = 45m
3.4.2 Lanamento Oblquo
Um corpo lanado obliquamente, quando sua velocidade
inicial forma um ngulo com o eixo horizontal.
Na horizontal, tem-se:
MRU
, onde o tempo total (subida + descida, ou seja, o dobro do tempo de denominado de alcance).
Na vertical, tem-se:
MQL
Captulo 3
48Fsica Mecnica
Respostas:
a) 34 s
b) 5780 m
c) 68 s
d) 13600m e) 328 m/s
Exerccio 07:
A figura que segue representa um projtil que lanado do
ponto A segundo um ngulo de 30o com a horizontal, com uma
velocidade Vo = 100 m/s, e atinge o ponto D. Sabendo que AB
= 146 m, BC = 55 m, considerando g = 10 m/s2, determine
o tempo aproximadamente, em segundos, que o projtil levou
para atingir o ponto D. (sen 30 = 0,5; cos 30 = 0,86)
Respostas: 11 s
Exerccio 08:
Ainda em relao ao exerccio anterior, a distncia CD, em
metros, vale:
Respostas: 800 m
Captulo 3
Exerccio 09:
Um homem-bala faz seu show sendo arremessado por cima
de trs rodas gigantes, conforme a figura. Ele lanado com
a velocidade de 26,5 m/s com um ngulo de 53 com a horizontal, a partir de uma altura de 3 m em relao ao solo.
A rede em que ele dever cair est no mesmo nvel. Use g =
9,8 m/s2.
a) Ele consegue passar por cima sem tocar a primeira roda
gigante?
b) Se ele atinge a altura mxima quando est sobre a roda-gigante do meio, qual a sua folga acima dela?
c) A que distncia o centro da rede deveria estar posicionado
em relao ao canho?
50Fsica Mecnica
Captulo 3
Respostas: 5,6 s
52Fsica Mecnica
Exerccio 12:
Qual o perodo e a frequncia de cada um dos trs ponteiros
de um relgio?
Resposta:
a) Segundos: 60 s e 0,0167 hz
b) Minutos: 3600 s e 0,00027 hz
c) Horas: 43200 s e 0,000023 hz
Captulo 3
3.5.2 V
elocidade Linear, Velocidade escalar ou
Velocidade tangencial
o arco de circunferncia descrito no intervalo de tempo.
54Fsica Mecnica
ou
Captulo 3
Exerccio 13:
Consideremos um corpo movimentando-se na trajetria circular de raio 5 m. No instante t1 = 2 s sua posio definida
pelo ngulo de fase 1 = 30 e no instante t2 = 8 s sua posio definida pelo ngulo de fase 2= 90.
Determine:
a) o deslocamento angular nesse intervalo de tempo;
b) a velocidade angular mdia, em rad/s;
c) a velocidade escalar mdia, em m/s.
Resposta:
a) 60
b) 0,174 rad/s
c) 0,87 m/s
3. 5.4 Acelerao centrpeta
Sendo o mdulo da velocidade linear constante, mas mudando de direo continuamente, temos ento uma acelerao,
que responsvel pela mudana de direo, denominada de
acelerao centrpeta.
A acelerao centrpeta constante em mdulo, e sempre
dirigida para o centro da circunferncia.
56Fsica Mecnica
Captulo 3
58Fsica Mecnica
Respostas:
0,5 hz b) 2 s c) 3,14 rad/s d) 9,42 m/s e) 28 m/s2
3. 7 Polias
Seja a polia A, de raio RA e frequncia fA, fixa no eixo de um
motor que gira com uma frequncia. Ela est acoplada, por
meio de uma correia, a outra polia de raio RB. Podemos determinar a frequncia de rotao da polia B em funo da
frequncia de rotao da polia A.
Captulo 3
Se RB for maior que RA, haver uma diminuio de frequncia; se RB for menor que RA, haver um aumento de frequncia.
No caso abaixo A e B descrevem o mesmo ngulo central
e mesmo intervalo de tempo.
Duas opes:
A velocidade angular de um ponto perifrico da polia A
igual velocidade angular de um ponto perifrico da polia B,
.
O perodo e a frequncia das polias A e B so iguais.
Exerccio 16:
Duas polias, A e B, de raios RA = 30 cm e RB = 5 cm giram
acopladas por meio de uma correia. A polia A efetua 10 rpm.
Determine o nmero de rotaes da polia B.
Resposta: 60 rpm
60Fsica Mecnica
Legenda:
R raio (em metros)
T perodo (em segundos)
f frequncia (em hz)
R raio (em metros)
V velocidade linear (em m/s)
w velocidade angular (em rad/s)
ac acelerao centrpeta (em m/s2)
t tempo (em segundos)
n numero de voltas
Bibliografia
HALIDAY, D.,RESNICK, R., WALTER, J.. Fundamentos de Fsica, Volume1. Rio de Janeiro, RJ: LTC Livros Tcnicos e
Cientficos Editora S.A., 7 edio, 2004.
TIPLER, P. A., MOSCA, G., Fsica para Cientistas e Engenheiros. Volume 1. Rio de janeiro, LTC,6 ed., 2008.
SEARS, F.W., ZEMANSKY, M.W., YOUNG, H.D., FREEDMAN, R.A.
Fsica I. So Paulo, SP: Addison Wesley, 10 edio, 2003.
JEWETT, J.W.JR.,SERWAY, R. A. Fsica para Cientistas e
Engenheiros. Volume 1. So Paulo, Cenage Learning, 8
edio 2011.
KELLER, F, J., GETTYS, W, E. ,SKOVE, M. J. Fsica. Volume I.
So Paulo, Markon Books
Captulo
A Mecnica
Newtoniana1
Uma breve introduo
Isaac Newton considerado um dos maiores gnios que a
humanidade teve a oportunidade de produzir e conhecer. No
custa lembrar que esse grande homem inventou as bases das
leis que descrevem com absoluto rigor, preciso, simetria e
62Fsica Mecnica
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana63
64Fsica Mecnica
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana65
66Fsica Mecnica
O que Fora?
Fora uma grandeza vetorial que representa uma interao
entre corpos. Se tomarmos um corpo de um quilograma (1 kg),
em repouso, e aplicarmos uma fora tal que observamos uma
unidade de acelerao (1 m/s2), ento aplicamos uma fora
de um Newton de unidade (1 N).
Se mais de uma fora aplicada, simultaneamente a um
corpo, podemos calcular a Fora Resultante como a soma vetorial de todas essas foras.
O que Massa?
Diferentes corpos exibem diferentes reaes quando so aplicadas a mesma fora neles. Uma fora aplicada a uma esfera de isopor apresentar uma acelerao maior do que essa
mesma fora aplicada a uma esfera de metal, sendo essas
esferas do mesmo tamanho. A massa uma propriedade intrnseca de cada corpo, e representa sua resistncia ao movimento (ou inrcia).
Forma vetorial da Segunda Lei de Newton
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana67
Figura 4.01
68Fsica Mecnica
Fg = mg
Essa fora dirigida para baixo, verticalmente. Ao colocarmos um eixo y, verticalmente apontando para cima, essa
equao pode ser escrita de forma vetorial:
2. Fora Normal
Um livro sob a mesa est sendo puxado para baixo sob a
ao da fora gravitacional terrestre. No entanto, o livro est
visivelmente em repouso. Isso acontece porque existe uma fora, sendo exercida pela mesa, que empurra o livro para cima.
Essa fora funciona exatamente como a fora que o seu colcho faz ao empurrar voc para cima, quando deformado
ao voc se deitar. Essa fora chamada de fora Normal, que
toma emprestado o significado da matemtica de fora perpendicular superfcie do objeto onde o livro est em repouso.
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana69
3. Fora de Trao
A fora de trao a terceira fora especial que pode agir em
um corpo, ou melhor, em um par de corpos. A fora de trao
a fora, por exemplo, que uma corda exerce em dois corpos
que estejam conectados a ela, caso essa corda seja tracionada. A fora de trao sempre aparece aos pares, como na
figura 4.03 abaixo. Caso a corda passe por uma polia ideal,
com massa zero, a fora de trao completamente transmitida pela polia (Figura 4.04).
70Fsica Mecnica
Figura 4.5
Resoluo:
1. O primeiro passo colocar quaisquer foras que foram
fornecidas no enunciado. No caso, existe uma fora que
puxa o segundo bloco para a direita, de 10 N. Vamos
acrescent-la:
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana71
72Fsica Mecnica
5. Agora, todas as foras que atuam no sistema esto devidamente diagramatizadas acima. Contudo, o desenho ficou
um tanto poludo de informaes. Assim, procedemos
para o desenho do diagrama de corpo livre, uma tcnica
que permite que apenas as foras que atuam em cada corpo sejam desenhadas, livrando-nos da informao visual
dos corpos em si.
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana73
7. Agora, finalmente, podemos escrever as equaes correspondentes aos diagramas de corpo livre acima. O primeiro diagrama de corpo livre nos fornece duas equaes,
para os eixo x e y, enquanto o segundo fornece tambm
duas equaes
74Fsica Mecnica
2 Neste captulo, optamos por adotar a viso de Imre Lakatos do que o progresso cientfico. Sendo um racionalista que dialoga com a viso histrica Kuhniana,
acreditamos que sua epistemologia oferece inmeros ganhos para um estudante
de licenciatura em Fsica no incio de sua formao. Voc poder pesquisar mais
sobre suas ideias em outras fontes, mas sua viso essencialmente descreve a cincia
como uma disputa entre programas de pesquisa progressivos e regressivos.
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana75
76Fsica Mecnica
Exerccios:
1. Uma fora horizontal de 12 N aplicada ao bloco A, de
4 kg o qual, por sua vez, est apoiado em um segundo
bloco B de 2 kg. Se os blocos deslizam sobre um plano
horizontal sem atrito, qual a fora em Newtons que um
bloco exerce sobre o outro?
Captulo 4
A Mecnica Newtoniana77
Determine:
a) A acelerao do Conjunto;
b) A Trao TAB, entre A e B;
c) A Trao TBC entre B e C.
Captulo
A Fora de Atrito e a
Fora Centrpeta1
Captulo 5
Esta ltima fora foi retirada do tratamento anterior por ser complexa. Isso gerou um quadro
praticamente fictcio, onde a nossa viso de
mundo no inclua o atrito, que ubquo ao
mundo natural. Quando um carro se desloca entre um ponto e outro, as foras de atrito
desgastam o movimento, necessitando de
combustvel para que o movimento continue.
De fato, praticamente todo o combustvel de
um carro consumido para compensar as
foras de atrito. E finalmente, as foras centrpetas atuam para manter o carro grudado
estrada quando o mesmo faz uma curva; do
contrrio o carro derrapa para fora da curva
O atrito
As foras de atrito, na vida diria, so ubquas.
Isso quer dizer que elas so sempre presentes e, portanto, no podemos nos furtar de incluir essas foras em um tratamento de Leis de
Newton.
Suponha que um bloco, (como na Figura
1), est parado em cima de uma superfcie que
apresenta atrito (Figura 1a). De acordo com o
que discutimos no captulo anterior, as foras
peso e normal (Fg e N) atuam no corpo, impedindo-o de cair para baixo. Imagine, ento,
80Fsica Mecnica
Captulo 5
um parmetro
82Fsica Mecnica
Captulo 5
por trs da fora de atrito. verdade que quanto mais liso for
a superfcie de contato entre dois corpos, menor ser o atrito
entre eles. Ou at mesmo, se existir uma camada de ar entre
as duas superfcies, o atrito entre eles praticamente zero
como acontece em alguns jogos para crianas. Assim, como
explicar o atrito? Um corpo apresenta atrito porque sua superfcie, microscopicamente rugosa, ao encontrar outra superfcie
igualmente rugosa, apresenta pontos de contato que funcionam como soldas a frio, onde os tomos entram em contato
e se grudam. necessria uma fora definida para separar
esses picos de contato, que uma vez que se separem, no exercem tanta fora como aquela que exerciam quando estavam
separadas. exatamente essa fora necessria para que eles
se separem que chamamos de fora de atrito esttico mximo.
Um grfico que pode nos auxiliar a compreender o funcionamento da fora de atrito o grfico da Figura 3 ao lado.
Imagine que a fora F aplicada a um corpo, que est sobre
uma superfcie com atrito, aumentada lentamente. A fora de
84Fsica Mecnica
Captulo 5
86Fsica Mecnica
Captulo 5
2. Uma caixa de 4 kg empurrado ao longo de um piso horizontal por uma fora F de mdulo 20 N que faz um ngulo
= 40 com a horizontal. O coeficiente de atrito cintico
entre o bloco e o piso 0,20. Calcule (a) o mdulo da fora de atrito que o piso exerce sobre o bloco e (b) o mdulo
da acelerao do bloco.
88Fsica Mecnica
Captulo 5
Captulo
Trabalho e Energia
Cintica
Captulo 6
6.1 Trabalho
Quando uma fora atuando em um corpo provoca um deslocamento neste, dizemos que essa fora realizou um trabalho
sobre o corpo. Se essa fora proveniente de um esforo muscular, no sentido de empurrar ou puxar um corpo, ou uma fora motora, dizemos que esse trabalho mecnico. O trabalho
tem dimenso de energia.
O trabalho mecnico uma grandeza escalar, pois ele
originado do produto escalar entre o vetor fora e o vetor deslocamento.
Sendo:
e o vetor des,
temos
.
que
trabalho
Efetuando
esse
. Vale
salientar que no produto escalar s se multiplicam as componentes dos vetores que so paralelas.
92Fsica Mecnica
Sendo:
componentes do vetor fora nas direes x, y e z
componentes do vetor deslocamento nas direes x, y e z
vetores unitrios indicativos das direes x, y e z
As unidades de trabalho so as mesmas unidades de energia: no sistema MKS, o joule = (newton x metro)
[J]; no
sistema CGS, o [erg] = (dina x centmetro); no sistema tcnico, o kilogrmetro = (kilograma-fora x metro)
[kgm];
tambm so utilizados a caloria
[cal], o kilowatt-hora
[kW.h] e o [BTU]
(British Thermal Unit).
Relao
Como
Sendo:
entre
as
unidades
, temos que:
de
trabalho.
Captulo 6
EXERCCIO 6-1.
atua sobre um bloUma fora
co de massa de 8 kg, provocando um deslocamento
. Determine:
a) o trabalho realizado, em j, pela fora sobre o bloco;
b) o ngulo formado entre a fora e o deslocamento.
Resoluo: a) Como trabalho o produto escalar entre os
vetores fora e deslocamento, temos que:
94Fsica Mecnica
290J=620,13Jx
= 62,12
Captulo 6
96Fsica Mecnica
Onde:
W Trabalho
m Massa do corpo
h Vetor deslocamento ou vetor altura
g Acelerao da gravidade
ngulo formado entre os vetores fora
Quando um corpo elevado a uma determinada altura,
o trabalho realizado pela sua fora peso negativo, pois os
vetores peso e deslocamento possuem a mesma direo e sen-
Captulo 6
tidos contrrios. Nesse caso, o ngulo formado entre os vetores peso e deslocamento vale
eo
Ento temos que:
Quando um corpo desce uma determinada altura, o trabalho realizado pela sua fora peso positivo, pois os vetores
peso e deslocamento possuem a mesma direo e o mesmo
sentido. Nesse caso, o ngulo formado entre os vetores peso
e deslocamento vale = 0 e o
Ento temos que:
Onde:
F(x) Fora elstica
k Constante elstica da mola
x Deformao elstica da mola
Tratando a mola como uma fora unidimensional, temos
que o trabalho realizado pela fora elstica sobre a mola
fornecido pela integral da fora elstica em funo da deformao. Ento, temos que:
98Fsica Mecnica
Sendo:
F(x) Fora elstica
k Constante elstica da mola
x Deformao elstica da mola
dx Derivada da componente x
x1 e x2 Posies inicial e final (limites inferior e superior)
W Trabalho
6.1.4 Trabalho Realizado por uma Fora Varivel
O trabalho realizado por uma fora varivel fornecido pela
integral da fora em funo do deslocamento.
6.1.4.1 T
rabalho Realizado por uma Fora Varivel e
Unidimensional
Sendo a fora unidimensional, o vetor fora possui apenas
uma componente que pode ser a componente na direo x.
Nesse caso, o trabalho pode ser fornecido pela integral da
fora em funo do deslocamento na direo x.
Captulo 6
Sendo:
Vetor fora
vetor deslocamento
Elemento infinitesimal do vetor deslocamento
componentes do vetor
100Fsica Mecnica
Como constantes podem sair da integral, ento as constantes 6, 8 e 4 saem de cada integral.
Captulo 6
Sendo:
n Rendimento
Wm Trabalho motor ou til
Wr Trabalho passivo ou resistivo
102Fsica Mecnica
Captulo 6
6.2.3 P
otncia em Funo do Vetor Fora e do Vetor
Velocidade
A potncia tambm pode ser fornecida pelo produto escalar
entre o vetor fora e o vetor velocidade.
Como
, temos que:
Sendo:
Potncia
Potncia instantnea
Vetor velocidade
Vetor fora
ngulo formado entre os vetores fora e velocidade
104Fsica Mecnica
Como o automvel se desloca em um plano horizontal, temos que a fora normal igual ao peso: N = P = mg. Ento,
temos que:
Captulo 6
Considerando o movimento uniformemente acelerado, podemos calcular a velocidade mdia desse automvel atravs
da seguinte relao:
106Fsica Mecnica
Como o automvel se desloca no plano horizontal, consideramos os vetores fora e velocidade paralelos. Ento, temos
que: = 0 e cos0 = 1. Nesse caso, temos que:
Sendo:
Velocidade inicial
Velocidade final
Massa
Acelerao da gravidade
Tempo final
Tempo inicial
Coeficiente de atrito cintico geral
Fora exercida pelo motor
Fora de atrito cintico
Acelerao que o automvel adquire
Velocidade mdia
Potncia mdia
ngulo formado entre os vetores fora e velocidade
Captulo 6
6.3 Energia
A energia uma grandeza escalar que est relaciona com o
potencial de realizao de trabalho. S realiza trabalho o corpo que possui energia. No existe trabalho sem o consumo ou
a degradao da energia.
6.3.1 Energia Cintica
a energia que o corpo possui devido ao seu estado de movimento. Quando um corpo de massa m est se deslocando
com uma velocidade v, a energia cintica que ele possui
devido ao seu movimento dada pela seguinte relao:
Sendo:
Energia Cintica
Massa do corpo
Velocidade do corpo
As unidades de energia so as mesmas unidades de trabalho: no sistema MKS o joule = (newton x metro)
[J]; no
sistema CGS o [erg] = (dina x centmetro); no sistema tcnico
o kilogrmetro = (kilograma-fora x metro)
[kgm]; tambm so utilizados a caloria
[cal], o kilowatt-hora
[kW.h]
e o [BTU]
(British Thermal Unit).
108Fsica Mecnica
Sendo:
Quantidade de trabalho
Variao de Energia Cintica
Energia Cintica Inicial
Energia Cintica Final
Demonstrao do Teorema do Trabalho e da Energia Cintica para uma fora varivel e unidimensional.
. Ento:
Captulo 6
110Fsica Mecnica
Sendo:
Trabalho
Fora varivel
derivada da componente x
Posies inicial e final (limites inferior e superior da
integral)
Massa do corpo
Acelerao
Derivada da velocidade em funo do tempo
Derivada do espao em funo do tempo
Derivada da velocidade
Velocidade
Velocidades inicial e final e limites inferior e superior
da integral
Variao de Energia Cintica
Energia Cintica Inicial
Energia Cintica Final
Captulo 6
Exerccio 6-4.
Uma bala de massa 20 g, com velocidade de 1800 km/h,
dirigida horizontalmente, atinge uma placa de madeira onde
penetra 25 cm antes de parar e ficar alojada na placa. Determine a fora mdia de resistncia que a madeira oferece ao
movimento de penetrao da bala na madeira.
Resoluo: dados:
.
O trabalho realizado pela fora mdia de resistncia penetrao da bala na madeira um trabalho resistivo ou negativo, pois essa fora atua em sentido contrrio ao deslocamento da bala na madeira. Ento:
112Fsica Mecnica
Onde
Trabalho resistivo
Fora de resistncia da madeira
Deslocamento na madeira
Variao de energia cintica
Energia cintica inicial
Energia cintica final
Massa
Velocidade no momento do impacto com a placa de madeira,
Velocidade final da bala quando ela para
Exerccio 6-5.
A resultante das foras que atuam sobre um corpo em funo
do deslocamento est representada no diagrama abaixo. A
massa do corpo vale 0,5 kg. Sabendo que a velocidade inicial
do corpo vale 10,8 km/h, determine sua velocidade, em m/s,
aps o mesmo se deslocar de 0 a 6 m.
Captulo 6
Resoluo:
Dados:
.
O trabalho realizado pela fora resultante que atua no corpo pode ser obtido atravs da rea do trapzio.
A rea (A) do trapzio tem dimenso de trabalho e pode ser
determinada pela seguinte relao:
.
.
Como o trabalho igual variao da energia cintica
que o corpo sofre durante o deslocamento, ento:
114Fsica Mecnica
Onde:
Base menor do trapzio
Base maior do trapzio
Altura do trapzio
rea do trapzio
Massa do corpo
Velocidade inicial
Velocidade final
Trabalho realizado pela fora resultante
Fora resultante
Deslocamento
6.5. Exerccios:
Exerccio 6.6
No sistema abaixo, a massa do corpo vale 3 kg e o valor da
fora de 20 N. O corpo parte do repouso e se desloca em
um plano horizontal onde o coeficiente de atrito cintico entre
o corpo e o plano vale 0,4. Considerando g = 10 m/s2, deter-
Captulo 6
a) 1891,2
b) 1922,3
c) 2346,7
d) 2420,4
e)2543,5
Exerccio 6-7.
Em um corpo de massa 4 kg atua um sistema de trs foras:
,
e
. Sabendo que esse sistema de foras
provoca nesse corpo um deslocamento
,
determine o trabalho, em J, realizado pelo sistema de foras
sobre o corpo e o ngulo formado entre a resultante do sistema e o deslocamento.
a) 342 e 25,73
b) 357 e 30,33
c) 365 e 45
d) 372 e 53,37
e) 381 e 60
Exerccio 6-8
Em uma competio de corrida entre dois competidores A e
B, inicialmente, o competidor A possui um tero da energia
116Fsica Mecnica
b) 2,45 e 7,35
c) 2,50 e 7,5
d) 2,73 e 8,19
e) 2,8 e 8,4
Exerccio 6-9.
Um burro puxa uma carroa, em um terreno plano, com uma
fora de 54 N e desenvolve uma velocidade constante de 7,2
km/h. Sabendo que a fora forma um ngulo de 12 com o
deslocamento, determine o trabalho aproximado, em J, realizado pelo burro em 10 min.
a) 63.383,96
b) 65.567,72
c) 86.732,42
d) 114.912,52
e)126.912,12
Exerccio 6-10.
Duas foras
e
agem sobre uma partcula que se desloca com uma velocidade mdia
. Determine, em W, a potncia
mdia desenvolvida nessa partcula.
a) 23
b) 35
c) 53
d) 53
e) 63
Captulo 6
Exerccio 6-11.
Uma fora de mdulo igual a 16 N realiza um trabalho sobre
uma partcula, de massa 400 g, que se move atravs de um
deslocamento
. Determine o ngulo formado entre a fora e o deslocamente quando a variao da
energia cintica for de 42 J.
a) 48,2
d) 76,7
b) 60,8
e) 80,4
c) 68,8
Exerccio 6-12.
Uma fora elstica que atua sobre uma mola est representada atravs da seguinte equao: F(x) = 20x 3x2, onde a
deformao x medida em m e a fora F medida em
N. Determine o trabalho, em J, realizado pela fora sobre a
mola quando esta a deforma de 0 a 60 cm.
a) 1,8
b) 2,16
d) 3,125
e) 3,384
c) 2,25
Exerccio 6-13.
A fora de 20 N atuando sobre um corpo provocou a variao
da velocidade de 8 m/s para 20 m/s. Sabendo que essa fora
realizou um trabalho de 504 J, determine, em kg, a massa do
corpo.
a) 1 b) 2 c) 2,5
d) 3
e) 4
118Fsica Mecnica
Exerccio 6-14.
Um corpo situado sobre um plano horizontal arrastado 6 m
por uma fora de 40N, que forma com o plano um ngulo de
60. Sabendo-se que
e
, determine,
em J, o trabalho realizado pela fora sobre o corpo.
a) 100b) 120c) 180d)
e) 250
Exerccio 6-15
Um guindaste suspende na vertical um automvel de 800 kg a
uma altura de 6 m, com velocidade constante. Considerando
a acelerao da gravidade igual a 10 m/s2, determine, em J, o
trabalho realizado pela fora exercida pelo guindaste.
a) 2,4 x 103
b) 2,4 x 104
c) 4,8 x 103
d) 4,8 x 104
e) 4,8 x 105
Gabarito:
6-6 c; 6-7 a; 6-8 d; 6-9 a; 6-10 c; 6-11 b; 6-12 e; 6-13 d;
6-14 b; 6-15 d.
Bibliografia
HALIDAY, D.,RESNICK, R., WALTER, J. Fundamentos de Fsica, Volume1. Rio de Janeiro, RJ: LTC Livros Tcnicos e
Cientficos Editora S.A., 7 edio, 2004.
TIPLER, P. A., MOSCA, G., Fsica para Cientistas e Engenheiros. Volume 1 . Rio de janeiro, LTC,6 ed., 2008.
Captulo 6
Captulo
As Grandes Leis
de Conservao:1
Conservao da Energia
Captulo 7
122Fsica Mecnica
Captulo 7
Como a energia potencial herda seus valores de um clculo de trabalho, ela tambm herda a sua unidade. A unidade
da Energia potencial (assim como a da energia cintica) o
Joule (J), no sistema internacional. Tambm admite-se as unidades de cal (muito utilizada na qumica), Btu (utilizada em
refrigerao), dentre outras.
124Fsica Mecnica
ou
Captulo 7
Assim,
126Fsica Mecnica
como uma lei que indica que a soma de todos os diferentes tipos de energia sempre o mesmo valor, apenas transferimos
de um tipo para outro.
Captulo 7
128Fsica Mecnica
quer edio acima da terceira edio). Este um livro fundamental e clssico de fsica bsica e deve, certamente, pertencer a qualquer biblioteca pessoal de um estudante de Fsica ou
Engenharias. Outro livro importante a coleo do Sears &
Zemansky, que pode ser acessado na biblioteca virtual Pearson
da Ulbra, via autoatendimento.
Exerccios:
1. Voc deixa cair um livro de 2,00 kg para uma amiga que
est na calada, a uma distncia D = 10,0 m abaixo de
voc. Se as mos estendidas da sua amiga esto a uma distncia d = l,5 m acima do solo. (a) qual a velocidade do
livro ao chegar s mos da sua amiga? (b) Se o livro tivesse
uma massa duas vezes maior, qual seria a velocidade? (c)
Se o livro fosse arremessado para baixo, a resposta do item
(a) aumentaria, diminuiria ou permaneceria a mesma?
Captulo 7
130Fsica Mecnica
Captulo 7
132Fsica Mecnica
Captulo 7
Captulo
As Grandes Leis
de Conservao:
Conservao do
Momento Linear
Captulo 8
136Fsica Mecnica
Diante da importncia dessas leis, consideramos importante, antes de discutir sobre o estudo de colises unidimensionais no ensino de fsica, relatar alguns fatos histricos
importantes para o desenvolvimento dos princpios e teorias
utilizadas hoje.
Desde os tempos de Aristteles, considerava-se, como princpio aceito em mecnica, que um corpo s permaneceria em
movimento se estivesse uma fora atuando sobre ele. Depois
disso, o cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642), contesta esse princpio afirmando que um corpo em movimento
horizontal1 continuaria em movimento, mesmo com a ausncia de foras externas. Essa ideia de Galileu em relao ao
princpio de inrcia pode no ter contribudo de forma direta
para o estudo de colises, porm foi um grande avano para
a Dinmica.
O primeiro cientista a dar alguma noo de conservao
em colises unidimensionais de corpos foi o filsofo e matemtico francs Ren Descartes (1596-1650). Nos princpios
(leis) de Descartes (1644), o momento linear total do universo permanece constante. Para o cientista, Deus a razo
dessa constncia de momento linear. Alm disso, ele afirma
que ns tambm podemos saber certas leis naturais e essas
podem servir de base secundria para entendermos uma coliso unidimensional. Na primeira lei natural, lei de Galileu
referente inrcia, Descartes dizia que o movimento de um
corpo no mudaria sem uma causa externa (que poderia
Captulo 8
138Fsica Mecnica
Captulo 8
140Fsica Mecnica
utilizao das grandezas vetoriais de Newton. Com a discusso, eles chegam concluso que, em colises entre corpos,
a soma de quantidade vetorial de movimento que conservada. Leibniz tambm percebeu que, em colises elsticas, o
total de uma quantidade escalar, que era o produto da massa
de cada corpo pela sua velocidade ao quadrado (princpio de
Huygens), permanecia constante aps a coliso. Ele chama
essa grandeza de vis viva que pode ser traduzida como fora
viva. Assim, Leibniz reconhece que, em colises elsticas entre
dois corpos, ocorrem ambas as conservaes: a vis viva (que
a energia cintica, sem a frao de um meio) e a conservao
de momento linear. Alm disso, percebe que momento linear
se conserva em qualquer tipo de coliso (elstica, semielstica
e completamente inelstica).
No estudo de colises, podemos utilizar as leis de Newton,
contudo enfrentaremos problemas. Por exemplo, em determinadas colises, como a de um basto atingindo uma bola de
beisebol (figura 8.01), existem duas razes que impossibilitam
a anlise atravs das leis de Newton: (1) no se conhece a
forma exata da expresso da fora entre os objetos. (2) Os objetos envolvidos na coliso so compostos de muitas partculas, sendo extremamente complicado aplicar as leis de Newton
para as foras entre cada partcula de cada objeto.
Assim, o resultado de investigaes em ensino de fsica, de
pesquisas que tratam do ensino de colises dentro desse paradigma, tm apontado que os estudantes apresentam dificuldades em compreender e utilizar a terceira lei de Newton para
interpretar e compreender o fenmeno em uma viso discipli-
Captulo 8
142Fsica Mecnica
( )
Captulo 8
144Fsica Mecnica
&
Porm, as duas leis de conservao, apesar de serem diferentes uma da outra e de difcil distino no modelo espontneo dos estudantes, apresentam uma relao muito interessante: essas duas leis de conservao no so completamente
independentes. Um fator importante para discutirmos essas
duas leis de conservao um parmetro:
Captulo 8
146Fsica Mecnica
Captulo 8
energia cintica do sistema, que, salvo o nico caso para colises frontais quando a soma dos momentos lineares iniciais
nula, ela nunca ser totalmente perdida pois implicaria
violao da Lei de Conservao do momento linear.
148Fsica Mecnica
Captulo 8
tambm foi constatado at mesmo em estudantes de ps-graduao. Na pesquisa, a maioria dos estudantes apresentava o
seguinte modelo: Com o choque, a bola incidente transmite
total ou parcialmente sua energia ao alvo. Sempre que a bola
incidente e o alvo no forem demasiadamente diferentes, a
transmisso ser total....
Discusso: contudo, sabemos que as leis de conservao
relacionam a energia do sistema em diferentes instantes, e no
mencionam nada sobre como se opera uma transmisso de
energia. Os estudantes tm resistncia em analisar a coliso
apenas nos instantes iniciais e finais. Em atividades experimentais utilizando tecnologias, percebe-se que os estudantes
geralmente no entendem por que eles necessariamente no
precisam analisar a interao que acontece durante colises,
mas simplesmente podem aplicar o princpio de conservao
aos estados iniciais e finais de um sistema interagindo.
Em situaes onde a energia cintica no conservada
(em colises no elsticas) comum os estudantes sentirem a
necessidade de dar um significado, principalmente a quantidade perdida. Eles tendem a introduzir perda de energia quando,
por exemplo, a massa do alvo for maior que a do projtil.
II) Dificuldade ao definir o tipo de coliso atravs da conservao ou no de energia cintica
Em uma coliso elstica, o mdulo da velocidade relativa,
aps a coliso, igual ao mdulo da velocidade relativa antes
da coliso, ou seja, a razo entre elas um. Assim, como os
corpos estavam com velocidades diferentes antes da coliso,
aps a coliso tambm tero velocidades diferentes. Em uma
150Fsica Mecnica
Captulo 8
152Fsica Mecnica
Captulo 8
154Fsica Mecnica
Exerccios:
1. Um homem de 100 kg em repouso sobre uma superfcie
de atrito desprezvel arremessa uma pedra de 50 g com
uma velocidade horizontal de 3,0 m/s. Qual a velocidade do homem aps o arremesso?
2. Um foguete est se movendo a 2000 km/h em relao
Terra quando, aps ter queimado todo o combustvel, o
motor do foguete (de massa 2 m) desacoplado e ejetado
para trs com uma velocidade de 100 km/h em relao
ao mdulo de comando (de massa m). Qual a velocidade do mdulo de comando em relao Terra imediatamente aps a separao?
3. Uma bala com 10 g de massa se choca com um pndulo
balstico com 3,00 kg de massa. O pndulo sobe uma
distncia vertical de 10 cm. Supondo que a bala fique alojada no pndulo, calcule a velocidade inicial da bala.
4. Uma bala de 5 g a 600 m/s atinge um bloco de madeira
de 1 kg inicialmente em repouso sobre uma superfcie sem
atrito. A bala atravessa o bloco e emerge, viajando no
mesmo sentido, com sua velocidade reduzida para 400
m/s. (a) Qual a velocidade final do bloco?
5. Na figura, uma bala de 3,0 g disparada horizontalmente
contra dois blocos inicialmente em repouso sobre uma
mesa sem atrito. A bala atravessa o bloco 1 (com 1.0 kg
de massa) e fica alojada no bloco 2 (com 2 kg de massa).
Captulo 8
156Fsica Mecnica
Captulo 8
Captulo
Captulo 9
Sentido anti-horrio
Sentido horrio
= 360 = 2 rad
= 2 - 1
=S
R. d = dS
R
dt dt
Figura 9-1 Movimento de Rotao: Fonte: adaptao:
W = lim = d
t dt
, ou
em rad/s
em rad/s2
160Fsica Mecnica
9.2.1 E
quaes do Movimento Circular
Uniformemente Variado
Exerccio 9-1
O ngulo descrito por um corpo em movimento circular representado pela seguinte equao: = -0,1 -6t + 2,5t2 (SI);
onde o ngulo e t o tempo. Determine:
a) O instante em que o ngulo mnimo; b) O valor do
ngulo mnimo.
a)
-6 + 5t = 0
t = 1,2s
Captulo 9
1)
em m/s.
2) dv = dW . R a = . R
Onde a a acelerao linear:
em m/s2.
i = 1
i=1
i=1
KRot = miRi2 . w2
162Fsica Mecnica
mR
i=1
i i
Captulo 9
164Fsica Mecnica
9.6.1 M
omento de Inrcia (I) no centro de uma Barra
Captulo 9
Sendo:
166Fsica Mecnica
9.6.2 M
omento de Inrcia (I) na extremidade de
uma Barra
Sendo:
Captulo 9
Sendo:
168Fsica Mecnica
Exerccio 9-03:
Um volante gira a 600 RPM com uma KROT = 24400 J. Determine o seu momento de inrcia.
Resposta: I = 12,4 kgm2
Exerccio 9-04:
Uma molcula de O2 apresenta o seu centro de massa com
I = 1,94x10-46 kgm2. Sendo a velocidade de translao do
CM 500 m/s e que a KROT = 2/3 KTR, determine a velocidade
angular w.
Resposta: 6,75x1012 rad/s
9.7 Torque
A aplicao de uma fora em um determinado ponto, 0 de
um corpo rgido, poder ocasionar uma rotao do mesmo.
Sendo satisfeitas as condies de que a fora tenha uma componente tangencial (perpendicular)
no nula, em relao
ao vetor deslocamento , definido entre o ponto de apoio da
fora e o ponto 0 do corpo rgido. O ngulo entre a fora
e o deslocamento , denominado de .
Captulo 9
Considere:
A segunda lei de Newton pode ser reescrita para essa situao, fazendo-se a relao entre a massa m e o momento de
inrcia . E entre acelerao linear e a acelerao angular .
Assim, tem-se:
170Fsica Mecnica
9.9 Exerccios:
1) Uma roda realiza 90 rev em 15 s, sendo de 10 rev/s sua
velocidade angular nesse perodo.
Captulo 9
Considere m1 = m2 = 2 Kg e L = 20 cm.
172Fsica Mecnica
Captulo 9
174Fsica Mecnica
Captulo 9
176Fsica Mecnica
Gabarito:
1) a) 4 rad/s; b) 3,75s
2) a) 0,625 s; b) sim; c) no
3) a) I = 400 kg.cm2; b) I = 1200 kg.cm2; c) I = 800 kg.cm2
4) a) 8 J b) 3 m/s c) 6,9 J e 1,8 m/s.
5) 155 kg.m2; 64.3 kg
6) 0.79 kg.m2; 1.8 102 N.m
7) 28.2 rad/s2; 3.4 102 N.m
8) mg/(m + i/R2),1.4 m/s
9) 4.5 m/s , 30.1 rad/s , aC = 2aCM, 11.7N, 1.2 m/s
Captulo 9
Captulo
10
Rolamento, Torque e
Momento Angular
10.1 R
olamento como uma combinao
de translao e rotao
Quando uma roda se desloca girando em uma superfcie plana, o centro de massa da roda se desloca descrevendo uma
reta enquanto um ponto da periferia descreve uma trajetria
bem diferente denominada de cicloide.
180Fsica Mecnica
Na combinao desses movimentos de translao e rotao, verificamos que no ponto T, superior da roda, a velocidade linear resultante igual, em mdulo, ao dobro da velocidade do centro de massa da roda e a velocidade linear resultante
no ponto P, inferior da roda, igual a zero.
e
Onde:
Espao percorrido
ngulo de rotao
Derivada do espao em funo do tempo
Derivada do ngulo em funo do tempo
Raio da roda
Velocidade linear
Velocidade do centro de massa
Velocidade angular
Velocidade linear no ponto superior T da roda
Velocidade linear no ponto inferior P da roda
182Fsica Mecnica
Usando a relao
, temos que:
Sendo o termo
denominado de energia cintica
de rotao da roda e o termo
denominado de energia
cintica de translao da roda.
Onde:
Energia cintica de rolamento
Momento de inrcia de uma em relao a um ponto P
Velocidade angular
Momento de inrcia do centro de massa
Distncia perpendicular entre os eixos de rotao do centro de massa e do ponto P
Massa da roda
Raio da roda
Velocidade do centro de massa
Exerccio 10-1
Um carro com uma massa total de 1200 kg est se deslocando
em uma estrada com uma velocidade constante de 90 km/h.
Esse carro possui quatro rodas de massa 9 kg e dimetro de
1 m. Considerando a energia cintica de rotao das rodas,
determine, em J, a energia total que esse carro possui.
Resoluo: Dados:
184Fsica Mecnica
Vale salientar que o rad uma unidade de abertura de ngulo e no tem dimenso no espao. Ento as unidades
equivalem a
.
Onde:
Energia cintica total do automvel
Massa total do automvel
Massa da roda
Momento de inrcia da roda
Velocidade do carro
Velocidade angular
Raio da roda
186Fsica Mecnica
Figura 10-05 Uma roda girando sobre a superfcie plana, sem deslizar, em
movimento acelerado.
10.3.2 R
olamento para Baixo em um Plano
Inclinado
Quando um cilindro uniforme de massa M e raio R desce rolando suavemente num plano inclinado que forma um ngulo com a horizontal, o seu centro de massa adquire uma
acelrao
linear
, te-
188Fsica Mecnica
, te-
Onde:
Fora resultante
Massa do cilindro
Acelerao
Acelerao do centro de massa do cilindro
Torque resultante
Momento de inrcia
Momento de inrcia do cilindro em relao ao seu centro de massa
Acelerao da gravidade
10.4 T
orque e Acelerao Angular de um
Corpo Rgido
Quando uma fora atua sobre um corpo rgido, em uma posio , em relao a um ponto de equilbrio, fazendo-o girar
em relao a um determinado eixo que passa perpendicular
no ponto de equilbrio, o torque ou momento de uma fora ,
exercido por essa fora sobre o corpo, definido pelo produto
vetorial entre os vetores posio e a fora .
190Fsica Mecnica
Dados os vetores
e
, o produto vetorial fornecido pelo determinante da seguinte
matriz:
Onde:
Vetor torque ou momento de uma fora, em N.m
Produto vetorial entre os vetores posio e fora, em N.m
Vetor posio, em m
Vetor momento de inrcia, em kg.m2
Vetor acelerao angular, em rad/s2
ngulo formado entre o vetor fora e o vetor posio, em graus
192Fsica Mecnica
e o vetor linear .
Unidades de momento angular: No sistema MKS, o (quilograma x metro quadrado por segundo)
; no sistema CGS, o (grama x centmetro quadrado por segundo)
; no sistema tcnico, o (unidade tcnica de massa x metro qudrado/segundo)
.
Onde:
Vetor momento angular de uma partcula
Vetor posio
Vetor momento linear
Vetor velocidade linear
Massa da partcula
10.5.1 R
elao entre o Torque Resultante e o
Momento Angular
O torque resultante a derivada do momento angular em funo do tempo.
Sabendo que
a acelerao da partcula e
a velocidade da partcula, temos que:
, ento:
194Fsica Mecnica
Onde:
Vetor torque resultante
Derivada do vetor momento angular de uma partcula em
funo do tempo
Derivada do vetor velocidade linear da partcula em funo do tempo
Derivada do vetor posio em funo do tempo
Vetor momento angular de uma partcula
Vetor posio
Vetor velocidade linear
Massa da partcula
Vetor acelerao linear
Fora Resultante
10.5.2 M
omento Angular de um Sistema de
Partculas
O momento angular total de uma sistema de partculas
a soma vetorial dos momentos angulares de cada partcula
individual.
igual
Onde:
Vetor momento angular total
Vetor momento angular de uma partcula
Derivada do vetor momento angular total em funo do
tempo
Derivada do vetor momento angular de uma partcula em
funo do tempo
Vetor torque resultante
196Fsica Mecnica
10.5.3 M
omento Angular de um Corpo Rgido
Girando em Torno de um Eixo Fixo
O mdulo do momento angular total, de um corpo rgido girando em torno de um determinado eixo fixo, igual ao produto do momento de inrcia desse corpo em relao a esse
eixo fixo e da velocidade angular que esse corpo possui.
Rotacional
Fora
Torque
=m.
2 Lei de Newton
2 Lei de Newton
Lei de Conservao
Onde:
Momento angular total
Momento de inrcia
Vetor momento de inrcia
Vetor fora resultante
uma constante
Massa da partcula
Vetor acelerao
Vetor torque resultante
Vetor posio
Vetor momento de inrcia de uma partcula
Vetor velocidade linear
Vetor momento angular de uma partcula
Vetor momento angular total
Vetor momento linear total
Derivada do vetor momento total em funo do tempo
Derivada do vetor momento angular total em funo do
tempo
Vetor momento angular de uma partcula
Vetor posio
Vetor velocidade linear
Massa da partcula
Vetor acelerao linear
Fora Resultante
Massa total do sistema
Vetor velocidade mdia
198Fsica Mecnica
Onde:
vetor momento angular, em kg.m2/s
I momento de inrcia final, em kg.m2
I0 momento de inrcia inicial, em kg.m2
velocidade angular final, em rad/s
0 velocidade angular inicial, em rad/s
vetor posio, em m
vetor velocidade linear, em m/s
Torque, em N.m
Exerccio 10-3
Em um determinado instante de tempo, um objeto de 2 kg tem
um vetor posio
, em m. Nesse instante, a sua
velocidade, em m/s,
e a fora agindo sobre
ele
, em N. Determine:
a) A quantidade de movimento angular do objeto em torno
da origem, em kg.
;
b) O torque que atua sobre o corpo, em N.m.
a)
b)
Exerccio 10-4
No sistema abaixo, as trs partculas idnticas, de massas m =
400 g, so fixadas em uma haste de massa desprezvel e separadas de uma distncia d = 60 cm. O conjunto gira em torno
do ponto O com velocidade angular = 2,5 rad/s. Determine:
Figura 10-07 do exerccio 10.4 Uma haste com trs partculas grudadas girando em torno do ponto O. Fonte: Halliday, Resnick e Walker 1, 7 ed. p. 325
200Fsica Mecnica
c)
Exerccio 10-5
O sistema abaixo mostra trs polias uniformes girando unidas
por correias que no deslizam. Uma correia une as periferias
das polias A e C. A outra correia une eixo central da polia A e
a periferia da polia B. As correias provocam rotaes nas polias
sem haver deslizamento. A polia B tem raio RB = R; o eixo central da polia A tem raio RA = 2 R; a polia A tem raio RA = 4 R e
a polia C tem raio RC = 8 R. Sabendo que as polias B e C tm a
mesma densidade volumtrica e a mesma espessura, determine
a razo entre os momentos angulares das polias C e B.
Figura 10-8 do exerccio 10.5 Sistema de polias acopladas por correias. Fonte: Halliday, Resnick & Walker, volume 1, 7 Ed. p. 325
Resoluo:
Dados:
eq. 01.
Como o eixo fixo na polia A, a velocidade angular do
eixo igual a velocidade angular da polia A.
Na transmisso de movimento circular uniforme por correias, temos que:
eq. 02
eq. 03
Substituindo o valor de
eq. 04
202Fsica Mecnica
Substituindo o valor de
da equao 01 e o valor de
da eq. 04 na equao eq. 05 e sabendo que o volume de
uma polia ou disco dada pela seguinte relao:
temos que:
Onde:
10.6 Exerccios:
Exerccio 10-6.
Um corpo de massa igual a 200 g presa na ponta de um
barbante de 40 cm de comprimento. O conjunto colocado a
girar em movimento circular uniforme de maneira que o corpo
efetua duas voltas a cada segundo. Desprezando-se a massa
do barbante, determine o momento de inrcia do corpo, em
kg.m2, e a sua energia cintica de rotao, em J.
204Fsica Mecnica
a) 3,2x10-2 e 2,52
d) 2,3x10-2 e 3,32
b) 3,2x10-2 e 3,52
e) 3,33x10-2 e 2,3
c) 3,5x10-2 e 2,52
Exerccio 10-7
Um cilindro macio e uniforme de massa 3 kg e raio R = 20
cm abandonado no topo de um plano inclinado de altura
de 90 cm. O cilindro desce o plano rolando sem deslizar. Cosiderando g = 10m/s2, determine a velocidade do centro de
massa do cilindro, em m/s, na base do plano inclinado.
a) 2,37
b) 3,21
c) 3,46
d) 3,52
e) 3,82
Exerccio 10-8.
Uma casca esfrica desce um plano inclinado rolando suavemente sem deslizar. O plano inclinado possui um ngulo de
37. A massa da casca esfrica vale 2 kg e o seu raio 10 cm.
Considerando g = 10 m/s2, determine a fora de atrito, em N,
entre a bola e o plano inclinado.
a) 2,4
b) 2,8
c) 3,2
d) 4,2
e) 4,8
Exerccio 10-9.
Uma esfera de massa igual a 400 g presa na ponta de um
barbante de 20 cm de comprimento. O conjunto colocado a
girar em movimento circular uniforme de maneira que a esfera
gasta 0,8 s para efetuar uma volta completa em sua circunferncia. Desprezando-se a massa do barbante e considerando
a esfera como uma partcula, determine o mdulo do momento angular da esfera, em kg.m2/s.
a)
b)
c)
d)
e)
Exerccio 10-10.
Em uma bicicleta, a coroa maior possui um raio de 12 cm e a
coroa menor, fixada ao eixo do pneu traseiro, possui um raio
de 4 cm. O raio do pneu (aro 20) vale aproximadamente 50
cm. As coroas maior e menor so dentadas e interligadas por
uma corrente. O pneu traseiro dessa bicicleta possui uma massa de 4 kg. Considerando o momento de inrcia do pneu igual
a de um aro em torno do eixo central (
e sabendo
que o ciclista efetua 1,2 pedaladas por segundo, determine o
momento angular do pneu da bicicleta, em
.
a)
b)
c)
d)
e)
Exerccio 10-11
Considerando a Terra uma esfera perfeitamente redonda de
raio igual 6370 km com um perodo de rotao de 24 h em
relao ao seu eixo do centro de massa. Sabendo que a massa
da terra vale 5,98 x 1024 kg, determine, em kg.m2/s, o momento angular da terra.
a)
e)
b)
c)
d)
206Fsica Mecnica
Exerccio 10.12
Uma pedra de massa 300 g presa a ponta de um barbante de
60 cm de comprimento forma um pndulo cnico conforme
mostra a figura abaixo. O ngulo que o barbante forma com
a linha vertical de 37. Considerando g = 10 m/s2, determine o momento angular, em kg.m2/s, do movimento circular
uniforme desse pndulo, em relao ao ponto superior onde o
barbante est fixado.
Figura 10-11 do exerccio 10-13 Pndulo cnico girando em movimento circular uniforme.
a) 0,296
b) 0,322
c) 0.451
d) 0,523
e) 0,612
Exerccio 10-13
Na figura, as esferas uniformes A e B possuem massas respectivamente iguais a 400 g e 600 g e dimetros respectivamente
iguais a 10 cm e 14 cm. A barra uniforme tem massa desprezvel e comprimento 38 cm. O sistema gira em movimento circular, no plano horizontal, em relao a um eixo perpendicular
ao centro de massa do sistema. Sabendo que o sistema gasta
0,5 s para efetuar uma volta completa, determine, em kg.m2/s,
o valor aproximado do momento angular do sistema.
Figura 10-12 do exerccio 10-13 Sistema com duas massas presas nas extremidades de uma barra tipo um halteres, girando em torno de um eixo
perpendicular ao centro de massa do sistema.
a) 0,35
b) 0, 45
c) 0,55
d) 0,65
e) 0,75
Exerccio 10-14.
Na figura, as esferas uniformes A e B possuem massas respectivamente iguais a 400 g e 600 g e dimetros respectivamente iguais a 10 cm e 14 cm. A barra uniforme tem
massa desprezvel e comprimento 38 cm. O sistema gira em
movimento circular, no plano horizontal, em relao a um
eixo perpendicular ao centro de massa da esfera A. Sabendo
que o sistema gasta 0,5 s para efetuar uma volta completa,
determine, em J, o valor aproximado da energia cintica de
rotao do sistema.
Figura 10-13 do exerccio 10-14 Sistema com duas massas presas nas extremidades de uma barra tipo um halteres, girando em torno de um eixo
perpendicular ao centro de massa da esfera A.
a) 0,453
b) 0, 524
c) 0,942
d) 1,241
e) 2,756
208Fsica Mecnica
Exerccio 10-15
As duas polias na figura abaixo esto interligadas atravs de
uma correia no deslizante. O raio da polia B 4 vezes maior
que o raio da polia A e a massa de A um tero da massa de
B. Determine a razo entre as energias cinticas de rotao
das polias A e B ( ), em torno dos eixos centrais.
Figura 10-14 do exerccio 10-15 Duas polias unidas por uma correia.
a) 1/8
b) 1/6
c) 1/4
d) 1/3
e) 1/2
Gabarito:
10-6 a; 10-7 c; 10-8 e; 10-9 b; 10-10 d;
10-12 a; 10-13 e; 10-14 c; 10-15 d.
10-11 c;
Bibliografia
HALIDAY, D.,RESNICK, R.., WALTER, J. Fundamentos de Fsica, Volume1. Rio de Janeiro, RJ: LTC Livros Tcnicos e
Cientficos Editora S.A., 7 edio, 2004.
TIPLER, P. A., MOSCA, G., Fsica para Cientistas e Engenheiros. Volume 1. Rio de janeiro, LTC,6 ed., 2008.