Estrutura Da Lírica Moderna
Estrutura Da Lírica Moderna
Estrutura Da Lírica Moderna
A exploso do mundo com qual trabalha o poeta a feita por fora de uma fantasia
violenta que penetra o desconhecido e se despedaa de encontro a ele. (p.64)
1.3. Ruptura da tradio
Mesmo suas primeiras obras mostrando leituras de livros da tradio, Rimbaud rompo
com o passado, isso pode ser visto a partir da incomunicabilidade de sua poesia com o
pblico, o que por consequncia implica uma incomunicabilidade com o passado.
(p.64 e 65)
Em poca de escola, Rimbaud foi humanista, no entanto, em seus textos a antiguidade
aparece desfigurada. O mito degradado em sua relao com o ordinrio.
Se coloca contra o mito, a tradio e a beleza.
1.4. Modernidade e poesia da cidade
Viso de Rimbaud quanto modernidade: dplice como a de Baudelaire: averso
modernidade, enquanto progresso material e racionalismo cientfico; apego
modernidade, enquanto conduz a novas experincias, cuja dureza e obscuridade
exigem uma poesia dura e negra. (p.66)
1.5. Insurreio contra a herana crist: Une Saison na Enfer
O cristianismo de Rimbaud no est em runas como o de Baudelaire.
Rimbaud de volta contra o cristianismo, mas no consegue escapar da herana crist.
Contudo, a revolta no se acalma quando o autor admite essa realidade, mas se torna
mais inteligente e atormentada.
Nos poemas em que mostra a presena de Cristo e de Satans, ele os coloca
indiferentes, quem cura ou faz algum bem uma fora desconhecida, classificada por
Friedrich como relacionada transcendncia vazia.
Em seu ltimo livro o autor rejeita as ideias presentes em seus primeiros livros,
retomando-as e negando-as em seguida.
Descrena em Baudelaire transformada em um sistema, em Rimbaud caos. (p.69)
1.6. O eu artificial: a desumanizao
O eu potico de Rimbaud, assim como o de Baudelaire, no pode ser confundido com
a pessoa do autor.
com Rimbaud que comea essa separao dos eus que ser retomada por outros
poetas no futuro.
A prpria poesia de Rimbaud desumanizada, no parecendo falar a ningum, ou
seja, no procura um receptor. At os prprios sentimento, quando aparecem, so
transformados e no podem mais ser facilmente identificados.
Quando Rimbaud se vale dos homens para formar o contedo de uma poesia, eles
aparecem como estrangeiros sem ptrias ou como caricaturas. (p.70)
O contedo artstico da poesia o desenrolar de sua ao da claridade
obscuridade. (p.71) (Seria a claridade a presena de elementos romnticos, do polo
positivo, enquanto a obscuridade o catico, a desordem e as categorias negativas
que fazem parte da lrica moderna?)
1.7. Ruptura dos limites
D fundamento ontolgico para ideia de que a fantasia artstica deve formar a realidade,
no descrev-la de forma idealizadora.
Ver pgina 96 (???)
2.1. Anlise de trs poesias: Sainte, ventail (de Mme. Mallarm) e Surgi de la
croupe
Sobre Sainte
Friedrich nos mostra como o autor vai se distanciando dos objetos que aparecem na
poesia, fazendo com que eles existam to somente nas palavras. Esse efeito obtido
no com uma ao da santa, mas apenas com as palavras selecionadas por Mallarm.
A poesia um processo no nas coisas, mas na linguagem. (p.100)
Os objetos concretos esto aniquilados; as determinantes de tempo, que lhe pareciam
inerentes, desprendem-se deles. (p.100)
Sobre ventail:
Temos um poema que fala sobre a criao potica.
Assim como o poema anterior, nesse tambm o poeta se afasta dos objetos, que
existem apenas enquanto linguagem, at mesmo o leque, objeto que d ttulo ao
poema, aparece de maneira indeterminada.
O poeta prope um afastamento de tudo que familiar, esse efeito conseguido
atravs de seu trabalho com a linguagem. Nesse poema no h pontuao e as
palavras so utilizadas de modo a terem sua prpria significao, ou seja, elas no
esto presas a um contexto, mas ao contrrio, o poeta quer que elas possam adquirir
diversos significados.
Terceiro poema analisado:
No existe quebra com a sintaxe, porm o contedo do poema bastante obscuro.
Ilusionismo da arte: versos nascidos de um jogo secreto de combinaes da
linguagem.
Mallarm, assim como a maioria dos lricos modernos, est imbudo da convico de
que as palavras encerram foras mais poderosas que as ideias. (p.107)
Assim, como nos outros dois poemas, as categorias negativas utilizadas em todo o
poema, contribuem para o efeito de inexistncia dos objetos que so colocados ali.
2.2. Evoluo do estilo