Valas Escoradas
Valas Escoradas
Valas Escoradas
1 - INTRODUO
Pode ser considerado tambm o solo como uma srie de molinhas atuantes no
tnel, como barras bi-articuladas; a estrutura no hiposttica.
2 - VALAS ESCORADAS
2.1 Introduo
Obras Provisrias
Nos casos de estabilizao de taludes por meio de ancoragens, deve ser verificada
a fora limite de protenso dos tirantes.
Obras Permanentes
AES - CARREGAMENTO
CLCULO DOS ESFOROS SOLICITANTES
VERIFICAO DO EQUILBRIO
Paredes de conteno:
As paredes de conteno podem ser contnuas, como por exemplo uma parede
diafragma, ou descontnuas como por exemplo quando se utilizam estacas metlicas
com pranches de madeira (escoramento perfil-prancho).
Outro tipo de parede contnua de concreto a diafragma, que moldada in- loco.
Para a abertura dos painis da parede diafragma utiliza-se lama bentontica para
conter o solo lateralmente. A bentonita em repouso forma uma pelcula impermevel
(gel), que torna possvel a ao de uma tenso horizontal 3 , correspondente ao
peso da coluna de lama (esquema da figura 2.5). Sendo a tenso vertical efetiva
do terreno, deve-se ter o crculo de Mohr que representa as tenses principais e
tangente envoltria de resistncia do solo.
Caso exista uma fundao muito prxima escavao, que provoque um esforo
adicional na parede, deve-se aumentar a reao 3 , e, para isto, por exemplo,
aumenta-se a coluna de lama, conforme esquema abaixo.
sapata
parede diafragma
aumento da
coluna
Figura 2.7. Acrscimo de tenso confinante gerado pelo aumento da coluna de lama
Quando a parede diafragma tem que vencer grandes vos, surge a dificuldade de se
conseguir a continuidade da armao, nas duas direes, amarrando as gaiolas ou
soldando. Faz-se hoje armao cruzada. Nos cantos os painis devem ser
contnuos.
para
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da resistncia do concreto
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simples. Para uma coluna com 1,20m de dimetro, tem-se um consumo de cimento
de aproximadamente 11 sacos/ m de coluna.
Figura 2.10. Parede de conteno formada por colunas com comprimento diferentes,
trabalhando como muro de arrimo de gravidade
Uma obra que j foi executada, na qual se utilizaram colunas de jet grouting como
laje de fundo do escoramento foi a do prdio da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Este mtodo construtivo foi utilizado para permitir a escavao da vala sem o
rebaixamento do lenol fretico. Depois foi executada a laje de concreto,
dimensionada para resistir a subpresso.
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Escoramento
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Nas valas muito estreitas, as estroncas dificultam o acesso s obras dentro da vala.
Em alguns casos, como por exemplo, nas valas executadas para a colocao dos
tubos da Sabesp, retira-se uma estronca, coloca-se o tubo e depois recoloca-se a
estronca. O escoramento neste caso deve ser dimensionado prevendo esta
situao.
Nas valas muito largas, a influncia da temperatura passa a ser um fator importante
no comportamento das estroncas, pois gera uma variao no seu comprimento.
Neste caso, so utilizadas estroncas metlicas que podem ser pr-comprimidas,
quando tiverem mais de 15m de comprimento, para diminuir os efeitos da
temperatura e dos esforos de terra.
Nas valas muito largas as estroncas tendem a flambar lateralmente, o que pode ser
evitado utilizando-se estroncas mais robustas, como por exemplo, perfis duplo I.
Utiliza-se tambm contraventamento das estroncas.
CO
MP
RI
ME
N
TO
LIV
RE
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Observar que as pranchas devem ser cunhadas contra o solo, para que a superfcie
de contato fique comprimida.
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Sistemas de conteno
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4a
Nunca se deixa, em obras permanentes o fundo sem proteo (colocar laje, lastro)
pois o solo exposto pode deformar-se sob tenso (efeito de fluncia) ou degradar-se.
A seguir executa-se a estrutura enquanto as estroncas so removidas e finalmente
feito o reaterro.
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Pode ser utilizado rebaixamento na fase provisria para diminuir a presso da gua
na diafragma.
2.3 EMPUXOS
Carregamento
que
depender
do
valor
do
deslocamento
desenvolvido
progressivamente.
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de
22
23
24
de
distribuio
do
carregamento
que
foi
adotada
corresponde
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Pode-se utilizar qualquer mtodo para clculo dos empuxos. O mtodo de Rankine
normalmente mais utilizado pela facilidade de sua aplicao. Este mtodo foi
deduzido a partir do crculo de Mohr e da envoltria de resistncia do solo.
Originalmente as equaes foram deduzidas para solos no coesivos, acima do
nvel dgua, admitindo-se no haver atrito entre a parede de conteno e o solo.
Posteriormente, estas equaes foram estendidas para solos coesivos.
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Apresentam-se nas figuras 2.36 e 2.37 grficos comparando o empuxo obtido por
Rankine (vlido para as condies ideais j mencionadas) com os obtidos por outros
pesquisadores, cada um adotando uma diferente forma de superfcie de
deslizamento.
Cabem as seguintes observaes de interesse:
No empuxo ativo.
-
a k ah 2 k a e ep kph 2c kp .
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Influncia da gua
A. No empuxo ativo
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Quando o meio for homogneo ou puder ser admitido como tal, distinguem-se dois
casos extremos: meio permevel e meio impermevel.
Meio Permevel
Meio Impermevel
Neste caso admite-se que no haja rebaixamento, (exceo feita a casos de solos
de comportamento singular). Se a parede for impermevel pode-se adotar o nvel
d'gua como esttico e somar o empuxo hidrosttico ao empuxo de terra calculado
com o peso especfico submerso do solo; pode-se ou utilizar mtodos de clculo
cinemticos considerando as redes de percolao com as condies de contorno.
No caso de paredes permeveis, alm da parcela devida permeabilidade e ao
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gradiente imposto, conta-se tambm com a contribuio do fluxo pela parede que
no mais
consiste
Terrenos estratificados
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Observaes:
hidrogeolgicas
topogrficas
do
local,
pode
ser
adotada
sobreelevao do nvel.
B. No empuxo passivo
C. No empuxo em repouso
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situadas nas
34
No empuxo passivo.
Empuxo Assimtrico
2.4
Clculos
Os modelos para o clculo das solicitaes das contenes de valas podem ser
agrupados naqueles que no levam em conta a interao solo-estrutura - no
compatibilizando os deslocamentos do solo e da estrutura - e os que levam em
conta, representando a restrio do solo atravs de barras ou atravs de meio
contnuo.
Por serem distintos os modelos, a serem aplicados, consideram-se os seguintes
casos:
. Paredes em balano
-ficha mnima
-ficha maior que a mnima
.Paredes estroncadas
-com um nvel de estroncas (ou tirantes)
-com vrios nveis de estroncas
.Paredes com vrios nveis de tirantes
Nos Sistemas de Conteno Flexveis (SCF) para os quais se adota empuxo ativo
retificado como carregamento, suficiente aplicar mtodos no-evolutivos; no caso
de paredes flexveis podem ser utilizados o Mtodo de Envoltria Aparente ou o
Mtodo de Viga Contnua Para Paredes Flexveis e no caso de paredes rgidas, o
Mtodo de Viga Continua Para Paredes Rgidas. Como estes mtodos no fornecem
deslocamentos horizontais que permitam verificar a validade da hiptese da adoo
do empuxo ativo, so apresentadas limitaes para sua aplicao.
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O Mtodo Emprico, como tambm o Mtodo da Viga Contnua, somente deve ser
utilizado quando se deseja verificar a estabilidade da parede, no interessando
avaliar os deslocamentos.
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Verificaes complementares
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Estabilidade Geral
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Apenas podem ser considerados como tirantes, para efeito de estabilidade global,
aqueles cujos bulbos encontrem-se alm da superfcie crtica; no caso da superfcie
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Observaes :
1.
2.
Observaes :
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Ruptura Hidrulica
No caso de solos permeveis, deve ser garantido que o peso efetivo de solo na
regio da ficha garanta um coeficiente de segurana em relao ao levantamento do
fundo ou "piping".
Tanto para areias homogneas, isotrpicas como para solos estratificados, deve ser
consultada a bibliografia especializada que fornece mtodos de clculo e
recomendaes construtivas, no que se refere ao problema da ruptura de fundo.
O coeficiente de segurana deve ser maior do que 1,5; entretanto, maiores valores
podero ser adotados a fim de garantir a operao de equipamentos.
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Deslocamentos
O valor e a distribuio dos recalques que devem ser esperados podem ser obtidos
atravs de diversas maneiras. A escolha do mtodo de avaliao dos recalques
depende da maior ou menor preciso dos dados disponveis e dos resultados que se
pretende alcanar, face importncia e estado dos edifcios ou utilidades existentes
na rea de influncia da vala.
superfcie
depende da distribuio
dos
Consideraes Gerais
Finalmente, deve ser lembrado que a experincia nas obras do metr em So Paulo
demonstram que a remoo do primeiro nvel de estroncas induz significativos
deslocamentos laterais da parede, devendo-se adotar providncias construtivas que
os minimizem.
Efeito de Temperatura
Efeito da pr-compresso
devidos reduo de
Dimensionamento
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longarinas,
estroncas,
contraventamentos,
ligaes,
devem
ser
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