Escatologia Reformada
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EscatologiaReformada
por
AutorDesconhecido
SUMRIO
INTRODUO
CAPTULOIESCATOLOGIASCONTEMPORNEAS
1.EscatologiaConsistente
2.EscatologiaRealizada
CAPTULOIIAMILENISMOAGOSTINIANO
1.DescrioeOrigem
2.ApoiodoNovoTestamento
3.AsDuasRessurreies
4.ProfeciasdoAntigoTestamento
CAPTULOIIIAMILENISMOCLSSICO
1.Descrio
2.InterpretaodeApocalipse
CAPTULOIVPSMILENISMO
1.Descrio
2.Origem
3.ApoiodoNovoTestamento
CAPTULOVPRMILENISMOHISTRICO
1.Descrio
2.InterpretaodeGlatas6:16
CAPTULOVIPRMILENISMODISPENSACIONALISTA
1.Origem
2.Descrio
3.AsDuasRessurreies
3.1.ARessurreioparaaVida
3.2.ARessurreioparaaCondenao
3.3.OTempodasRessurreies
3.4.OA palavra escatologia formada de duas palavras gregas: escato (eschatos =
ltimo, fim) e logo (lgos = palavra, discusso, instruo, ensino, assunto, tema). Portanto
escatologiaoestudodofimouoestudodasltimascoisas,ouaindaoestudodos
ltimosdias.ProgramadaRessurreio
4.ProfeciasdoAntigoTestamento
INTRODUO
VriaspassagensdasEscriturasempregamapalavraeschatosjuntamentecom
hmera (hemra = dia). Assim temos escath hmera (eschat hemra = ltimo dia), usado em
Jo.6:39e7:37.Aprimeiraocorrnciaserefereaoltimodiadaressurreio,umdia escatolgico,
enquanto que a segunda apenas faz aluso ao ltimo dia da festa de casamento. Temos escatai
hmerai (eschatais hemerais = ltimos dias) em At.2:17 II Tm.3:1 Tg.5:3 e escatou twn
hemerwn (eschatou tn hemern = ltimos dias) em Hb.1:2. Todas estas passagens aludem ao
perododetempoentrea1ea2vindasdeJesus.Osltimosdiasiniciaramsecoma1vindade
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(Ef.3:9)"tempodaoportunidade","temposobremodooportuno","dia
da salvao"(IICo.6:2), "tempos oportunos" (IITm.2:6), "tempos
devidos" (Tt.1:3) "hoje" (Hb.3:7,154:7,8) "fins dos sculos"
(ICo.10:11)"ltimahora"(IJo.2:18).
Durante este perodo a Igreja tem a incumbncia de proclamar o evangelho
antesquevenhao"grande e terrvel dia doSenhor"(Ml.4:5), que por fim aos
ltimosdias,parainauguraro"diadavinganadonossoDeus"(Is.61:2b).
ABbliacategricaemafirmaraexistnciadetrsdias(consideradoscomo
perodos)nosquaissedevefazerdistinoquantoaoprogramadeDeusparacada
um deles. O dia do homem o dia da salvao, dia de oportunidade. O dia do
Senhor e o dia de Cristo2 dia do arrebatamento da Igreja e de tribulao para
Israel,edecastigoparaosgentios(conformeoprmilenismo).OdiadeDeuso
dia quando "os cus incendiados sero desfeitos e os elementos abrasados se
derretero"(IIPe.3:12). Iniciase no dia do juzo final, e talvez (conforme o
amilenismooupsmilenismo),odiadofim(ICo.15:24),quando"Deussertudo
emtodos"(ICo.15:28).
O estudo da escatologia deve levar o crente a proclamar o dia do homem(a
salvao), o dia do Senhor (a volta de Cristo)e o dia de Deus(aps o juzo).Veja
Jo.16:8 Hb.6:2. Se queremos conhecer as profeciais apenas para satisfazer nossa
curiosidade,entoestaremosnosaplicandoaosestudodasEscriturasdeumaforma
quenoagradaaDeus.Devesernossoobjetivodiscernirostemposparaquenossos
espritosseentreguemmaisnobretarefadaqualfomosincumbidos:oanncioda
mortedoSenhor,suaressurreioeseuretornoestaterra:"anunciaisamortedo
SenhoratqueElevenha"(ICo.1126).
Estudando escatologia, veremos que muitas profecias se cumpriram,
demonstrao clara e evidente de que as demais profeciais ho de se cumprir, e
portantodevemosproclamlascomardentefervor.Ouamos,pois,aadvertnciado
apstolo:"Edigoistoavsoutrosqueconheceisotempo,quejhoradevos
despertardes do sono porque a nossa salvao est agora mais perto do que
quando no princpio cremos. Vai alta a noite e vem chegando o dia..."
(Rm.13:11,12).Anunciemosoevangelhoenquantodia(Jo.9:4),antesquevenhao
"diadeescuridadeedensastrevas"(Jl.2:2).
Alm deste, podemos citar vrios outros motivos porque devemos estudar
profecias:
1)SuaimportncianasEscriturasestabelecidapelofatodeque25%daBblia
composta de profecias. Convm mencionar que todas elas, com uma nica
excesso,soliterais.
2) H a promessa da iluminao do Esprito Santo no estudo das profecias
(Jo.16:13).
3)Aprofeciaservedeconsoloparaoscrentes(IITs.1:410Hb.10:3239).
4) As profecias causam influncia nos descrentes (Is.44:28 IICr.36:22,23
Ed.1:1,2).
5) Devemos estudar as profecias para combater as falsas interpretaes dada
pelasseitas.
6)Asprofeciasnosdoclarasorientaesparaosltimosdias.
7)Asprofeciasnosincitamumavidadepureza(IJo.3:13).
8)Ofereceequilbriodoutrinrionavidadoestudantedeprofecias.
misterlembrarqueoestudodaescatologianonoslevaradesvendartodos
osmistrios,pocasetemposestabelecidosporDeus.Deusnosdarcompreenso
apenas s coisas que nos foram reveladas (Dt.29:29), mas as coisas encobertas
pertencemaoSenhornossoDeus,enonos"competeconhecertemposoupocas
queoPaireservouparasuaexclusivaautoridade"(At.1:7).
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CAPTULOI
ESCATOLOGIASCONTEMPORNEAS
1.ESCATOLOGIACONSISTENTE:
Alguns defendiam que a essncia do cristianismo era de carter tico. O
estabelecimento do reino de Deus no se daria de forma cataclstica (como a 2
vinda de Cristo), mas seria introduzido progressivamente atravs dos esfros dos
cristos.EntreosdefensoresdessacorrenteencontramosAlberchtRitschl.2
JohannesWeisspropsummeiotermo"juntandoumconceitoverdadeiramente
escatolgicooufuturistacomaidiadoreinocomoumarealidadeticapresente".3
WeissdefendiaqueJesuseratotalmenteescatolgico,apocalpticoefuturista.
Mas o pensador de maior expresso dessa tendncia teolgica foi Albert
Schweitzer(18751965),porqueSchweitzerampliouapropostadeWeiss,aplicando
asuateologiaconsistentetodooNovoTestamento,enosomenteaosensinosde
Jesus.
"Segundo a Escatologia Consistente de Scheweitzer, Jesus, crendo ser o
MessiasdeIsrael,descobriuqueaconsumaonochegouquandoEleaesperava
(cf.Mt.10:23)eaceitoudebomgradoamorte,afimdequeasuaparusia4como
FilhodoHomempudesseserforosamenterealizada.Vistoquearodada histria
noatenderiaaotoquedesuamo,girandoparacompletarsualtimavolta,Elese
lanou sobre ela e foi quebrado por ela, apenas para dominar a histria
decisivamente por meio do seu fracasso, mais do que poderia ter feito se tivesse
realizado sua ambio mal interpretada. A mensagem dele, conforme sustentava
Schweitzer, era totalmente escatolgica no sentido exemplificado pelo
apocalipcismocontemporneomaisgrosseiro.Seusensinosticoseramplanejados
para o perodo entre o incio do seu ministrio e a sua manifestao em glria.
Mais tarde, quando se percebeu que a morte dele destrura as condies
escatolgicas,aoinvsdeintroduzlas,aproclamaodoreinofoisubstitudapelo
ensinodaigreja".5
Podemosconcluir,poroutraspalavras,queaEscatologiaConsistentedefendea
idia de que Jesus no consumou suas predies escatolgicas.Nenhum dos fatos
"previstos" por Jesus se cumpriram, mas os fatos foram forjados e adaptados s
circunstncias histricas. Jesus previa o bvio, planejando sistematicamente suas
aes, mas nem sempre o bvio acontecia, portanto Jesus teve que adaptar suas
previses escatolgicas. Por isso essa escatologia recebeu o nome de consistente,
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porquedeviaserconsistente(deacordo)comosfatos.
2.ESCATOLOGIAREALIZADA:
Enquanto a Escatologia Consistente considerava que os eventos antecipados
porJesusnuncaocorreram,aEscatologiaRealizada,aocontrrio,afirmavaqueos
eventosjhaviamocorrido,jtinhamsidorealizados.
O defensor dessa tendncia foi Charles H. Dodd (18841973). Para Dodd "a
novaerajestaquiDeusestabeleceuoreino.Oconceitomitolgicododiado
Senhor foi transferido a um evento histrico especfico que j ocorreu, ou, na
realidade, a uma srie de tais eventos o ministrio, a morte e a ressurreio de
JesusCristo.Aescatologiafoicumpridaou 'realizada'. Aquilo que era futuro nos
tempos das profecias do Antigo Testamento tornouse presente. Ao invs de
procurar duas vindas de Cristo, devemos entender que h apenas uma devemos
interpretarestas'predies'luzdassuasdeclaraesdequeoReinodeDeusest
aquiestprximo.Jesusnoestavafalandodecomoseria,masdecomoera".6
H quatro maneiras de interpretar a escatologia bblica: "A interpretao
idealista(ousimblica)tiraoelementotemporaldaapocalptica.Ossmbolosou
eventosquedescrevenoocorreroemqualquerpontoespecficonahistria,mas,
sim,representameapresentam'verdadeseternas',verdadesacercadanaturezada
realidade ou da existncia humana que ou esto continuamente presentes ou
recorremcontinuamente.Noperguntamosdelas:'Quando?'mas,sim, 'O qu?' O
futurista faz os elementos profticos e apocalpticos nas Escrituras referiremse
primeiramente a um 'tempo do fim' quando todos os eventos viro a acontecer. A
maior parte dele ainda futuro para ns, como era para aqueles que viviam nos
temposbblicos.Ohistoricistaconsideraqueaapocalpticapertenceaeventosque
aindaeramfuturosnaocasioemqueforamdescritos(operodobblico),masque
j ocorreram e continuam a ocorrer dentro da vida histrica da igreja. A
abordagempreteristaconsideraque o cumprimento da apocalptica ocorreu mais
ou menos contemporaneamente com o registro bblico dela. Destarte, os 'ltimos
tempos'jteriamacontecidoquandooescritorbblicoosdescreveu".7
Com esses conceitos, agora podemos melhor definir a Escatologia Realizada.
FicaclaroperceberqueaEscatologiaRealizadaadotaumaabordagempreteristana
suainterpretao.
J.A.T.Robinson,quefoialunodeDodd,"interpretaa'parusia'deCristono
como um evento literal do futuro, mas como uma apresentao simblica ou
mitolgica daquilo que acontece sempre que Cristo vem com amor e poder,
demonstrando os sinais da sua presena e as marcas da sua cruz. (...) Robinson
nega que Jesus usasse linguagem que subentendesse a sua volta do cu para a
terra. As expresses dele que assim foram entendidas apontam para os temas
paralelosdavindicaoedavisitaonotavelmentesuarespostaperguntado
sumosacerdotenoseujulgamento(Mc.14:62),ondeafraseadicional'desdeagora'
(Lc.22:69 Mt.26:64) entendida como parte autntica da resposta. O Filho do
Homem, condenado pelos juzes humanos, ser vindicado no tribunal da justia
divina sua visitao consequente ao seu povo em julgamento e redeno
acontecer'desdeagora'toseguramentecomoasuavindicao.
Ao invs de falar na Escatologia Realizada, Robinson (seguindo Georges
Florovski)faladeuma'EscatologiaInaugurada'umaescatologiainauguradapela
morteeressurreiodeJesus,quelanarameiniciaramumanovafasedoreinoem
que 'desde agora' o plano divino de redeno atingiria o seu cumprimento. Ao
ministrio de Jesus antes de sua paixo, Robinson aplica o termo 'Escatologia
Prolptica', porque naquele ministrio os sinais da era do porvir tornaramse
previamentevisveis".8
CAPTULOII
AMILENISMOAGOSTINIANO
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Hdoistiposdeamilenismo:(1)OAmilenismoClssicoqueconsideraoReino
deDeuscomosendoodomniodeDeussobreossantosqueestonoscus,fazendo
do Reino de Deus um reino celestial o Reino dos Cus. (2) O Amilenismo
Agostiniano,quetambmopontodevistadefendidopelaIgrejaCatlicaRomana,
consideraocumprimentodetodasaspromessasdoAntigoTestamentocomrespeito
aoReino,comosendooreinadodeCristodotronodoPaisobreaIgreja,queestna
terra.Essesdoispontosdevistasoconsideradosortodoxos, pois ainda defendem
umainterpretaoliteraldasdoutrinasdaressurreio,dojuzo,docastigoeterno,e
outrostemasrelativos.OAmilenismoModernista,noentanto,negaasdoutrinasda
ressurreio, do juzo, da segunda vinda, do castigo eterno, e outros assuntos
relativos.Oamilenismoromanoproduziuosistemadepurgatrio,olimbo,eoutras
doutrinasnobblicas.Estudaremosapenasoamilenismoortodoxo.
1.DESCRIOEORIGEM:
OAmilenismoAgostinianoensinaquenohaverummilniodepazejustia
naterraantesdofimdomundo.Osamilenistascremquehaverumcrescimento
contnuo de bem e mal no mundo que culminar na Segunda Vinda de Cristo
quando os mortos sero ressuscitados e se processar o ltimo julgamento. Os
amilenistascremqueoReinodeDeusestpresenteagoranomundo,enquantoo
CristovitoriosogovernaseupovoatravsdesuaPalavraeEsprito.Esteconceitode
amilenismo recebe o nome agostiniano porque foi defendido por Agostinho de
Hipona (354430 d.C.). Inicialmente Agostinho era prmilenista, mas abandonou
esta posio "em vista do extremismo e carnalidade imoderada daqueles que
sustentaram o prmilenismo em sua poca." Agostinho foi tambm influenciado
porTicnioepelomtododeinterpretaoalegricadeOrgenes.
Duranteosprimeirostrssculosainterpretaoprmilenistadominousobrea
Igreja Primitiva, mas a partir do sculo IV o amilenismo ganhou fora,
principalmenteporqueaIgrejaCristrecebeuumaposiofavorveldoImperador
Constantino,quedeufimaperseguiodaIgreja.A"converso"deConstantinoeo
reconhecimentopolticodocristianismo,foiinterpretadocomooprincpiodoreino
milenial sobre a terra. No Conclio de feso, em 431, o prmilenismo foi
condenadocomosuperstio.Emboraoamilenismotenhadominadonahistriada
Igreja por treze sculos (do sculo IV a XVII), especialmente porque tinha o
respaldo dosReformadores,o prmilenismocontinuouaexistireaserdefendido
por certos grupos de crentes. Durante o sculo XIX o prmilenismo atraiu
novamente a ateno. Este interesse foi nutrido pelo violento transtorno das
instituiespolticasesociaiseuropiasnapocadaRevoluoFrancesa.
O Amilenismo Agostiniano angariou expresso no seio da Igreja, dominando
portrezesculos.AindahojeoAmilenismoAgostinianoencontraadptosemtodas
asdenominaesreligiosas.ODr.PentecostalistaseterazesporqueoAmilenismo
Agostiniano to popularmente aceito: "(1) Es un sistema inclusivo, que puede
abarcar todos los estratos del pensamiento teolgico: protestante modernista,
protetanteortodoxoycatlicoromano...(2)Conexcepcindelpremilenarismo,es
lateorarelativaalmileniomsantiguayporlotanto,tienelaptinaoelbarniz
de la antigedad sobre ella. (3) Tiene el sello de la ortodoxia, por cuanto fue el
sistema adoptado por los reformadores y lleg a ser el fundamento de muchas
declaraciones de fe. (4) Se conforma con el eclesiasticismo moderno, que hace
hincanpi en la iglesia visible que es, para el amilenarismo, el centro de todo el
programa de Dios. (5) Presenta un sencillo sistema escatolgico, con una sola
resurreccin, un juicio, y muy poco programa proftico futuro. (6) Se conforma
fcilmente con las presuposiciones de la llamada 'teologa del pacto'. (7) Atrae a
muchos por ser una interpretacin 'espiritual' de la Escritura, en vez de ser una
interpretacin literal, la cual sera un 'concepto carnal' del milenio." ((1) um
sistema inclusivo, que pode abraar todos as esferas de pensamento teolgico:
protestantemodernista,protestanteortodoxoecatlicoromano...(2)Comexcesso
do prmilenismo, a teoria relativa ao milnio mais antiga e portanto, tem a
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2.APOIODONOVOTESTAMENTO:
Notamosnestadefinioqueotermoamilenismoinfeliz,poissugerequeos
amilenistas no crem em qualquer tipo de milnio. verdade queosamilenistas
agostinianosrejeitamaidiadeumreinoterrenoliteraldemilanosqueseseguir
ao retorno de Cristo, mas tambm verdade que eles crem que o milnio de
Apocalipse 20 no exclusivamente futuro, mas est em processo de realizao
hoje,noliteralmente,masdeformaespiritual.Cristoreinahojenaterra,atravsda
Igreja,poisosamilenistascremqueoreinodeDeusestnoseiodaIgreja:"...no
vemoreinodeDeuscomvisvelaparncia...porqueoreinodeDeusestdentro
emvs."(Lc.17:20,21).OsamilenistascremqueoscrentesjreinamcomCristo
nopresente,poisEle"nosconstituiureino,sacerdotesparaoseuDeusePai..."
(Ap.1:6).AIgrejadeCristo"sacerdcioreal"(IPe.2:9),enessaqualidadereina,
expandindo o Reino de Deus no mundo, atravs de proclamao "das virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." Para os
Amilenistas Agostinianos o Reino de Deus prometido ao povo de Israel, foi
transferidoparaaigreja(Mt.42,43),porqueIsraelrejeitouoseuMessias.Porcausa
dissoaIgrejaagoraonovo"IsraeldeDeus."(Gl.6:16).
Osamilenistascremnaexpansodoevangelho,porqueacreditamqueAp.20:3
jsecumpriu.ParaelesSatansestpresoagora.FigueredocitandoAgostinhodiz
que"emsuaexegeseconcluiuqueCristooprendeunasua1vindaEle'manietou
o valente' (Mt.12:2629) desfez as obras dele (IJo.3:8), aniquilouo na cruz
(Hb.2:14) e triunfou dele na cruz (Cl.2:15). Expulsou e julgou o prncipe deste
mundo (Jo.12:3116:11). Em Lucas 10:17,18 ele 'lanado terra' quando os
discpulospregavam."
Para explicar a ao de Satans na presente era, Figueredo explica que a
palavra preso usado em Ap.20:3 no significa inativo, mas apenas limitado. "Sua
priso, cremos, relacionada com o impedimento de sua ao contra a Igreja
(Mt.18:1618)elenopodeimpediroavanodaIgrejaedoEvangelho."
FigueredoprosseguedizendoqueestalimitaodeSatansterfim,quandoele
for solto novamente, fato que ser concomitante com a grande tribulao
(Mt.24:29,30) e com a apostasia (IITs.2:8). Depois o Senhor descer do cu e
destruiroAnticristo."Entoseseguiroonovocueanovaterra,ondeossalvos
reinaro,noapenaspormilanos,masparasempre."
O Dr. Russel Sheddinformaque Agostinho interpretou a priso de Satans
maneiradaEscatologiaRealizadadeDodd.Shedddizque"paraAgostinho,Marcos
3:27, continha a chave da compreenso certa do milnio... explicou este verso
assim: ningum poder entrar na casa do poderoso e tomar os seus bens sem
primeiramenteamarrlo.O homem forte era Satans. Seus bens, so os cristos
(antes da converso) que estavam sob o seu domnio. Cristo o dominou,
amarrandoo esegurandoodurante todo o perodo entre a primeiraeasegunda
vinda.NofimdestapocaSatansserpostoemliberdadeparatestaraIgreja.Em
seguidaserabsolutamentedominado,iniciandoaeraeterna."
OAmilenismoAgostiniano,portanto,prevocompletodomniodobemsobre
omal,atravsdapregaodoevangelho.AmedidaqueoReinodeDeusestsendo
expandidonaterra,atravsdaIgreja,asituaodomundovaimelhorando.
3.ASDUASRESSURREIES:
A interpretao que se d as duas ressurreies mencionadas em Apocalipse
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20:46, direciona para uma das posies escatolgicas existentes. Aqueles que
interpretam as duas ressurreies como sendo ambas corporais, ocorridas
interpoladamenteentreumperododemilanos,inclinamseparaoprmilenismo.
Os que defendem ser a primeira ressurreio, uma ressurreio espiritual, e a
segundaumaressurreiocorporal,adotamoamilenismoouopsmilenismo.
Os amilenistas, tanto quanto os psmilenistas, alegam que as pessoas
mencionadas em Ap.20:4 que "viveram e reinaram com Cristo durante mil
anos." passaram por uma ressurreio espiritual, ocorrida no novo nascimento, e
agorareinamespiritualmentecomCristo.
Parafundamentarestainterpretaoapelamparaaexegesedotexto.Afirmam
que o verbo grego ezhsan (ezsan = viveram) aplicase tanto uma ressurreio
espiritual,daalma,comoumaressurreioliteral,docorpo.AquiemApocalipse
20o"viveram"doversculo4fazrefernciaumaressurreioespiritual,enquanto
queo"viveram"doversculo5sereferea uma nicaressurreio corporal,tando
dossalvosquantodosperdidos.
Para dar amparo interpretao espiritual, citam outras passagens do Novo
Testamentoondeomesmoverbogregoutilizadocomessesentido.EmJoo5:21
usado o verbo grego zwopoiew (zopoi = fazer viver, dar vida ) com sentido
espiritual. Este mesmo verbo usado em ICo.15:22,36, 45 IICo.3:6 IPe.3:18
Rm.4:17. Efsios 2:16 tambm d apoio a uma ressurreio espiritual. Mas a
passagem de maior expresso, mencionada pelos alegoristas, para comprovar a
ocorrncia de uma ressurreio espiritual e outra fsica no mesmo contexto,
encontrase em Joo 5:2529: "Em verdade, em verdade vos digo, que vem a
hora,ejchegou,emqueosmortosouviroavozdoFilhodeDeuseosque
ouviremvivero(zesousin).(...)Novosmaravilheisdisto,porquevemahora
emquetodososqueseachamnostmulosouviroasuavozesairo:os que
tiveremfeitoobem,paraaressurreiodavida:eosquetiverempraticadoo
mal,paraaressurreiodojuzo."
O Dr. Ladd diz que "aqui h primeiramente uma ressurreio espiritual,
seguida por uma ressurreio fsica escatolgica. Intrpretes amilenistas
argumentamqueApocalipse20deveriaserinterpretadodeformaanlogaaJoo
5."
Para o grupo dos que vivem, a hora j chegou. Isto deixa claro que a
refernciaaosqueestoespiritualmentemortoseentramnavidaouvindoavozdo
FilhodeDeus.Ooutrogrupo(todos),soosqueseachamnostmulos,sotanto
aqueles que esto espiritualmente mortos, como aqueles que vivem e j tiveram
partenaprimeiraressurreio.Ambosserotrazidosvida,simultaneamente,uns
paraaressurreiodavidaeoutrosparaaressurreiodojuzo."Dessemodofica
claroqueotextoestfalandodedoistiposde'viver':umaressurreioespiritual
nopresenteeumaressurreiofsicanofuturo."
4.PROFECIASDOANTIGOTESTAMENTO:
Um dos principais argumentos dos amilenistas para a interpretao das
profecias do Antigo Testamento acerca dos ltimos tempos que as profecias do
AntigoTestamentoacercadaprimeiravindadeJesuscumpriramseespiritualmente.
A hermenutica adotada pelos amilenistas, para as profecias, o mtodo
alegricodeinterpretao.ParaosamilenistasocontedohistricodaBbliadeve
ser entendido literalmente o material doutrinrio tambm deve ser interpretado
destamaneiraainformaomoraleespiritual,domesmomodo,segueestepadro
entretanto,omaterialprofticodeveserinterpretadoalegricamente.
Osdefensoresdoamilenismoargumentamquehdiversasprofecias,noAntigo
Testamento,acercadaprimeiravindadeJesus,quesecumpriramespiritualmente.
ComoexemplopodemoscitarumaprofeciadeOsiasondelemos: "Quando
Israel era menino, eu o amei e do Egito chamei o meu filho."(Os.11:1). Esta
afirmao histrica que Deus chamou Israel do Egito no xodo foi aplicada
espiritualmente,noNovoTestamento,JesusCristo,emMateus2:15.
OutroexemplocitadopelosexegetasamilenistasaprofeciadeIsaas53:5,6.
Em seu contexto, no Antigo Testamento, esta passagem no uma profecia do
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Messias, mas sim um servo annimo, pois o servo sofredor nunca chamado de
Messias. Muitas passagens identificam o servo sofredor com o prprio povo de
Israel (Is.45:349:3,552:13). Entretanto os escritores do Novo Testamento
aplicaramotextodeIs.53:5,6 Jesus Cristo (Mt.8:17 At.8:3035). Portanto luz
do Novo Testamento o servo sofredor ao mesmo tempo Israel e o seu Messias.
Notaseoprincpiodainterpretaoespiritualaplicvelaotexto.
VemosestemesmoprincpioaplicadoIgreja(Os.1:9,102:23emRm.9:25,26
Jr.31:33,34emHb.8:812),comotambmemrelaoaJooBatista(Ml.3:14:5em
Mt.11:13,1417:11,12).Assim,dentrodaperspectivaamilenista"oqueuneoAntigo
eoNovoTestamentosaunidadedopactodagraa.Osamilenistasnocremque
ahistriadeveserdivididaemumasriededispensaesdistintasediscrepantes,
mas vem um nico pacto da graa que percorre toda a histria. Este pacto da
graaaindaestemefeitohoje,eculminarnaconvivnciaeternadeDeuseseu
povoredimidonanovaterra".ODr.J.DwightPentecost,emsuaobraEventosdo
Porvir explica as implicaes da teologia do pacto: "...se considera todo el
programadeDioscomounprogramaredentor,demaneraquetodaslasedadesson
variacionesenlarevelacinprogressivadelpactodelaredencin.Enloreferentea
laescatologa,consideraquetodoslossantosdetodasasedadessonmiembrosde
laIglesia.Estoperdedevistatodaslasdistincionesquehayentreelprogramaque
Dios tiene para Israel y el que tiene para la Iglesia, y requiere la negacin de la
enseanza de la Escritura de que la Iglesia es un misterio, no revelado hasta la
edade presente". (...considera todo o programa de Deus como um programa
redentor, de maneira que todas as eras so variaes na revelao progressiva do
pactodaredeno.Noqueserefereaescatologia,consideraquetodosossantosde
todasaserassomembrosdaIgreja.Istoperdedevistatodasasdistinesqueh
entre o programa que Deus tem para Israel e que tem para a Igreja, e requer a
negaodoensinodaEscrituradequeaIgrejaummistrio,noreveladoataera
presente.traduodoautor).
Vejamos ainda mais dois exemplos de passagens profticas do Antigo
Testamento, que so interpretadas como sendo a descrio do reino milenial. O
amilenistaAnthonyA.Hoekemadasuainterpretao.
A primeira est em Isaas 11:69, onde lemos que "o lobo habitar com o
cordeiro, e o leopardo se deitar junto ao cabrito..." Hoekema argumenta que
"no fim dos tempos haver uma nova terra (veja, por exemplo, Is.65:1766:22
Ap.21:1).Porquenopodemosentenderosdetalhesqueencontramosnestesversos
como descries da vida na nova terra? (...) Por que temos de pensar nestas
palavrascomosetivessemaplicaoapenasaumperododemilanosprecedendo
anovaterra?"
A outra passagem que Hoekema faz referncia Isaas 65:1725. Ele
argumentaque"overso18chamaoleitoraexultar'perpetuamente'noapenas
pormilanosnosnovoscusenovaterraqueacabaramdeserdescritos.Isaas
no est falando aqui de uma novidade para durar apenas mil anos, mas uma
novidadeeterna!"
CAPTULOIII
AMILENISMOCLSSICO
1.DESCRIO:
Contrariandooamilenismoagostiniano,oamilenismoclssiconodefendeum
futuro to otimista para a humanidade. Para eles a presente era vai piorando cada
vezmaisataSegundaVindadeCristo,oqualvirparadarfimaapostasia.Isto
acontece porque este tipo de amilenismo ensina que o milnio mencionado em
Apocalipse20distintodaeradaIgreja,mesmoqueprecedaaoSegundoAdvento.
Estaposioparecetersurgido,comoumatendnciaalternativa,emsubstituioao
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2.INTERPRETAODEAPOCALIPSE:
OsistemadeinterpretaodolivrodeApocalipseomesmoadotadopelops
milenismo, conhecido como paralelismo progressivo, que foi defendido por
William Hendriksen, em seu livro: "More Than Conquerors" ("Mais que
vencedores").4Estemtododeinterpretaodivideolivrodeapocalipseemsees,
geralmentesete,"cadaumadasquaisrecapitulaoseventosdomesmoperodoao
invs de descrever os eventos de perodos sucessivos. Cada uma delas trata da
mesmaeraoperodoentreaprimeiraeasegundavindadeCristoretomando
temas anteriores, elaborandoos e desenvolvendoos ainda mais. Apocalipse 20,
portanto,nofaladeeventosmuitosremovidosparaofuturo,eosignificado dos
milanosdeveserachadonalgumfatopassadoe/oupresente."5
Hoekemautilizandosedoparalelismoprogressivointerpretaapocalipse como
segue:"Aprimeiradestasseesestnoscaptulos1a3.(...)Conformelemosestas
cartas (dirigidas s sete igrejas) somos impressionados por duas coisas.
Primeiramente,hrefernciaaeventos,pessoaselugaresdapocaemqueolivro
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deApocalipsefoiescrito.Emsegundolugar,osprincpios,recomendaeseavisos
contidosnestascartasvalemparaaigrejadetodosostempos.
"Asegundadestasseesavisodosseteselosqueseencontranoscaptulos
4a7.(...)Nestavisovemosaigrejasofrendoprovaseperseguiessobreopano
defundodavitriadeCristo.
"A terceira seo, nos captulos 8 a 11, descreve as sete trombetas de
julgamento.Nessavisovemosaigrejavingada,protegidaevitoriosa.
"Aquartaseo,captulos12a14,comeacomavisodamulherdandoluz
um filho enquanto o drago espera para devorlo logo que ele nasa uma
refernciabviaaonascimentodeCristo.
"Aquintaseoencontrasenoscaptulos15e16.Descreveassetetaasda
ira, representando desta forma de maneira bem vvida a visitao final da ira de
Deussobreosquepermanecemimpenitentes.
"Asextaseo,captulos17a19,descreveaquedadaBabilniaedasbestas.
Babilnia representa a cidade do mundo as foras do secularismo e impiedade
queseopemaoreinodeDeus...
"A stima seo, narra o fim do drago... descreve o juzo, otriunfo finalde
Cristoesuaigrejaeouniversorestaurado,chamadoaquideosnovoscusenova
terra.
"Observequeapesardestasseesseremparalelasentre si, revelam tambm
um certo grau de progresso escatolgica. A ltima seo, por exemplo, levanos
maisalmparaofuturoqueasoutras.Apesardojuizofinaljtersidoanunciado
em1:7ebrevementedescritoem6:1217,noapresentadodetalhadamenteseno
quando chegamos a 20:1115. Apesar do gozo final dos redimidos j ter sido
insinuadoem 7:1517, no encontramos uma descrio detalhada e elaborada da
bnodavidananovaterrasenoquandochegamosaocaptulo21(21:122:5).
Porestarazo,estemtododeinterpretaochamadoparalelismoprogressivo."6
CAPTULOIVPSMILENISMO
1.DESCRIO:
Opsmilenismotemsidofrequentementedifcildedistinguirdoamilenismo
agostiniano. Ambos tem muitos pontos em comum. Tal qual os amilenistas eles
acreditam que (1) O reino de Deus uma realidade presente est aqui de modo
terreste,nocoraodoshomens.(2)Opsmilenistaesperaumaconversodetodas
as naes antes que Cristo retorne terra. (3) O milnio um perodo de paz na
terra, a medida que mais pessoas se submetem ao evangelho, pois Satans est
preso. Erickson afirma que "este um conceito verdadeiramente revolucionrio,
porquedentrodahistriaregistrada,apazemescalamundialtemprevalecido,em
mdia,somentecercadeumavezcadaquinzeanos!"1(4)Haverumcrescimento
paulatinodoReino.(5)Nofimdomilniohaverumperododeapostasia.(6)A2
vindadeJesusinauguraraerafinaleoestadofinaltantoparacrentescomopara
incrdulos.(7)OsmilanosdeApocalipsesosimblicos.Opsmilenistaacredita
numreinoterrestredeCristo,mascomCristoausenteaoinvsdepresente.(8)As
profeciassomenosliteraisemaispredominantementesimblicas.
2.ORIGEM:
O psmilenismo alcanou maior expresso a partir do sculo XVIII, com o
adventodoiluminismo.Histricamenteopsmilenismodominounosltimoscem
anos. Atualmente esta posio no possui muita expresso no meio evanglico.
SegundooDr.Pentecost,"elpostmilenarismoyanoesunproblemaenlateologa.
LaSegundaGuerraMundialleprodujolamuerteaestesistema.Sucolapsopuede
atribuirse a (1) su inherente debilidad, ya que, basado en el principio de
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espiritualizarlainterpretacin,nohabaenlcoherenciaalguna(2)latendencia
haciaelmordenismo,alcualelpostmilenarismonopodaenfrentarse,debidoaese
mismo principio de interpretacin (3) su fracaso en ajustarse a los hechos de la
histori(4)lanuevatendenciahaciaelrealismodelateologayenlafilosofa,que
se ve en la neoortodoxia, la cual admite que el hombre es pecador, y no puede
producir lanuevaera previstaporelpostmilenarismoy(5)unanuevatendencia
hacia el amilenarismo, procedente del regreso a la teologa de la Reforma, como
basedeladoctrina.Elpostmilenarismonoencuentradefensoresnipartidariosen
las presentes discusiones del milenio dentro del mundo teolgico."2 ( o ps
milenismo j no um problema para a teologia. a Segunda Guerra Mundial
produziu a morte deste sistema. Seu colapso pode atribuirse a (1) sua inerente
debilidade,jque,baseadonoprincpioeespiritualizarainterpretao,nooferece
nenhumacoerncia(2)atendnciafrenteaomodernismo,aoqualopsmilenismo
no podia enfrentar, devido a esse mesmo princpio de interpretao (3) seu
fracassoemajustarseaosfatosdahistria(4)anovatendnciafrenteaorealismo
dateologiaedafilosofia,quesevenaneoortodoxia,aqualadmitequeohomem
pecador, e no pode produzir a nova era prevista pelo psmilenismo e (5) uma
novatendnciafrenteaoamilenismo,procedentedoregressoteologiadaReforma,
comobasedadoutrina.Opsmilenismonoencontradefensoresnem partidrios
nas presentes discusses do milnio dentro do mundo teolgico. traduo do
autor).
3.APOIODONOVOTESTAMENTO:
Basicamente,osmesmosversculosbblicosdoNovoTestamento,usadospelos
amilenistas,sousadosparadefenderaposiopsmilenista.Segundoosconceitos
psmilenistasomundovaimelhorarcomapregaodoevangelho.Apregaodo
evangelhosereficaz,poisestanoumarealizaohumana,realizadapormeiode
grande percia ou metodologia evangelstica, mas sim uma ao sobrenatural do
Esprito Santo de Deus. Desse modo "as portas do inferno no prevalecero"
(Mt.16:18), e a Igreja ser vitoriosa. Os psmilenistas crem que haver um
reavivamentoemescalamundial,antesdavoltadeCristoterra.OReinomilenial
estsendointroduzidopaulatinamentenaerapresente,confundindoaeradaIgreja
com a era do milnio(Mt.17:28). Por enquanto ainda existem problemas sociais,
econmicos,educacionaise polticos, masquando a era milenar absorver aerada
Igreja, todos estes problemas sero eliminados. Somente no fim, quando Satans
ser solto, e, consequentemente com a vinda do Anticristo, que haver um
esfriamentodandolugaraapostasia.
ODr.LoraineBoetttner defende o psmilenismo da seguinte maneira: "Ps
milenismoaquelaconcepodasltimascoisasquesustentaqueoreinodeDeus
est sendo extendido agora no mundo pela pregao do evangelho e a obra
salvadoradoEspritoSantonocoraodosindivduos,queomundoirfinalmente
sercristianizadoequeavoltadeCristoocorrernofinaldeumlongoperodode
retido e paz comumente chamado de milnio. Deve se acrescentar que pelos
princpios psmilenistas a Segunda Vinda de Cristo ser seguida imediatamente
pelaressurreiogeral,julgamentogeral,eaintroduodaplenitudedocuedo
inferno.
"Omilnioqueospsmilenistasaguardam,destaforma,umaeraureade
prosperidadeespiritualdentrodaatualdispensao,isto,naEradaIgreja.Isto
vaiserprovocadoporforasquejestoematividadenomundo.Elevaidurarpor
um perodo indefinidamente longo de tempo, talvez muito mais que mil anos
literais. O carter transformado dos indivduos se refletir numa vida social,
econmica, poltica e cultural melhor para a humanidade. O mundo todo gozar
umestadoderetidoqueatagorasfoivistoemgruposrelativamentepequenose
isolados:porexemplo:algunscrculosfamiliares,ealgunsgruposdeigrejaslocais
eorganizaessemelhantes."3
"Hoje o mundo como um todo est em um plano muito mais elevado. Os
princpioscristossoospadresaceitosemmuitasnaes,apesardenoserem
praticados consistentemente. A escravido e poligamia praticamente
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CAPTULOVPRMILENISMOHISTRICO
1.DESCRIO:
O prmilenismo histrico afirma que aps a 2 Vinda de Cristo, ele reinar
literalmente por mil anos sobre a terra, antes da consumao final do propsito
redentivodeDeusnosnovoscusenovaterra.Segundooprmilenismohistricoa
situao do mundo piora cada vez mais at a volta de Cristo, quando Jesus
implantaroseureino,oReinodeDeus,umreinotipicamenteeclesistico,atravs
doqualreinarotodosossalvosdetodasaseras.Nestereinonohaverdistino
entreIsraeleIgreja,masCristoreinarsobreaIgrejaUniversal,compostatantode
judeuscomodegentios.
Paraoprmilenista histrico as profecias do Antigo Testamento no so to
predominantementeliterais,eporissoalgumasprofeciasrelacionadasaIsrael,so
aplicadasIgrejaneotestamentria.Dessemodocremosprmilenistashistricos
quecertasprofeciasestosecumprindohojenahistriadaIgreja,porqueparaeles,
Israel a Igreja do Antigo Testamento, e a Igreja do Novo Testamento o novo
IsraeldeDeus.(Mt.21:43IPe.2:9Ap.1:6).
Quem defende esta corrente o Dr. George Eldon Ladd. Ele afirma que
"Apocalipse 20:16 retrata a Segunda Vinda de Cristo como vencedor vindo
destruirseusinimigos:oAnticristo,SatanseaMorte.Apocalipse19:1721retrata
ento a destruio do poder malgno por trs do Anticristo 'o drago, a antiga
serpente,queodiabo,Satans"(Ap.20:2).Istoocorreemdoisestgios.
"Primeiramente, Satans preso e encarcerado no abismo (Ap.20:1) por mil
anos"paraquenomaisenganasseasnaes"(Ap.20:3)comohaviafeitoatravs
doAnticristo.Nestepontoocorrea'primeiraressurreio'(Ap.20:5)desantosque
participamdoreinadodeCristosobreaterrapelosmilanos.DepoisdistoSatans
soltodeseusgrilhese,apesardofatodeCristohaverreinadosobreaterrapor
milanos,achaaindaoscoraesdoshomensnoregeneradosprontosaserebelar
contraDeus.Segueseaguerraescatolgicafinaleodiabolanadonolagode
fogoeenxofre,ocorreentoasegundaressurreio,daquelesquenohaviamsido
ressurretosnomilnio.ElescomparecemanteotronodejulgamentodeDeuspara
seremjulgadosconformeassuasobras.'Sealgumnofoiachadoinscritonolivro
davida,essefoilanadoparadentrodolagodefogo'(Ap.20:15).Entoamorteeo
infernoforamlanadosparadentrodolagodefogo.
"Assim Cristo alcana sua vitria sobre seus trs inimigos: o Anticristo,
Satans e a Morte.1S ento, subjugados todos os poderes hosts,o cenrio est
preparadoparaoestadoeternoavindadosnovoscusenovaterra(Ap.21:14).
EstaamaneiramaisnaturaldeseentenderApocalipse20."2
2.INTERPRETAODEGLATAS6:16
Para os prmilenistas histricos a Igreja o Israel de Deus, mencionado por
PauloemGl.6:16.NohnenhumadistinoentreIsraeleIgrejahoje,edomesmo
modo no haver no milnio. Para chegar a esta concluso, fazem uso do mesmo
princpio de interpretao utilizado pelos amilenistas, em relao as profecias do
AntigoTestamento.
Ladd afirma que "uma ilustrao extremamente vvida deste princpio
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CAPTULOVIPRMILENISMODISPENSACIONALISTA
1.ORIGEM:
OprmilenismotemsuasorigensnaIgrejaPrimitiva.Durante os sculos I a
IIIoprmilenismoeraainterpretaodaIgrejaPrimitiva.Oprmilenismocontava
tambmcomoapoiodaautoridadepatrstica,poismuitospaisdaIgrejadefenderam
o prmilenismo: Papias, Irineu(170), Justino Mrtir(150), Tertuliano, Hiplito,
Metdio,ComodianoeLactncio.
AIgrejaPrimitivaacreditavaqueosmilanosdeApocalipseseriaintroduzido
demodoescatolgicoefuturista.Estereinoeraretratadodemodobastantevvido,o
que deu origem ao quiliasmo1, uma doutrina intensamente imaginativa sobre o
milnio. "O quiliasmo foi bastante popular durante o perodo de perseguio da
Igreja,quandopareciaimprovvelqueaigrejafossebemsucedidanoseuesfro
de ganhar o mundo para Cristo mediante a pregao do evangelho. Se a igreja
deveriaservitoriosa,teriaqueocorreralgumareviravoltadramtica,cataclsmica
esobrenaturaldocursodoseventos".2
A esperana da volta de Cristo para o estabelecimento do seu reino, deu aos
cristos dos primeiros sculos fora suficiente para resistirem as perseguies.
Apesardisso,muitosestavamesmorecendo,porissoDeusdeuJooasrevelaes
doapocalipse,paraquelhesservissedeconfortoeesperana.Queesperanateriam
seasprofeciasapocalpticasfossementendidasapenasespiritualmente,excluindoo
fatodequeCristovoltariaparaporfimasperseguies?InterpretandoApocalipse
deformaliteral,noteriamoscristosincorridoemrro,eDeusnoestariadando
esperanas falsas? evidente que o milnio foi corretamente interpretado pelos
cristos primitivos, e com tal esperana fizeram resistncia ao Imprio. Tal
resistncia fez com que o cristianismo fosse finalmente aceitoporConstantivo no
sculo IV. A suposta converso de Constantino e o trmino das perseguies
fizeram os cristos reverem seus conceitos sobre o milnio. claro que muitos
cristos se mantiveram fiis interpretao literal do milnio, recusando a
interpretaodaIgrejaoficialbaseadanomtodoalegricodeOrgenes.
Somenteapsareformaoprmilenismovoltouaganharfora,istoporqueos
reformadoresvoltaramaenfatizaromtodoliteralde interpretao das Escrituras,
emboraelesprpriostenhamrecusadoacrenaemummilnioliteral.Entretantoo
prmilenismo nunca deixou de existir. Em toda a histria da Igreja crist sempre
houveramhomensquedefenderamcomsuasvidasessadoutrina.
Recentemente o prmilenismo tem recebido a ateno de homens de
reconhecido saber teolgico, autoridades bblicas e comentaristas de renome.
HomenscomoocalvinistaJohannHeinrichAlsted(15881638),oanglicanoJoseph
Mede (15861638), J. H. Bengel, Issac Newton, Joseph Priestley, Edward
Irving(17821834),J.N.Darby(18001882)3,W.E.Blackstone, James Hall Brooks,
G.CampbellMorgan,H.A.Ironside,HenryMoorhouse,D.L.Moody(18371899),
A. C. Gaebelein, C. I. Scofiel, C. H. Mackintosh, William Kelly, F. W. Grant e
muitosoutros.
2.DESCRIO:
AvoltadeCristoestdivididaemduasfases,sendoa1deformasecretao
arrebatamentodaIgrejaeasegundadeformavisvel"porquetodoolhoover"
(Ap.1:7). Na 1 vinda Jesus tambm veio em duas fases: na primeira Ele veio de
formavisvelparaoseupovoIsrael(Jo.1:11)nasegundaEleveiodeformasecreta
paraaIgreja,atravsdoEspritoConsolador(Jo.14:1823).Na2vindaocorreuma
inverso,poisprimeirooSenhorsemanifestarsecretamenteapenasparaaIgreja
(na 1 fase), e depois se manifestar visivelmente Israel (Is.52:8 Mt.23:39
24:27,30Zc.12:10At.1:11Zc.14:4,9).
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3.ASDUASRESSURREIES:
Oprmilenismodefendequehaverduasressurreiesem etapas diferentes.
A1ressurreioocorrerantesdomilnio,eestatemvriasfasesa2acontecer
depoisdomilnio,eserapenasparaosperdidos.Essamaneiradeinterpretarexige
queoverbogregoezhsan(ezsan=viveram)usadoemAp.20:4,5sejaentendido
nosentidoliteral.Interpretaroprimeiro"viveram"(v.4)comosendoespiritual(novo
nascimento),eosegundo"viveram"(v.5)comosendoliteral(ressurreiocorporal)
algoquefogeboahermenutica.
Ladd tambm refuta a interpretao espiritual, citando as palavras de Henry
Alford: "Se, numa passagem onde duas ressurreies so mencionadas, onde
algumas psychai ezsan primeiro, e o resto dos nekroi ezsan s no final de um
perodo especfico depois dos primeiros, se uma passagem como essa a primeira
ressurreio pode ser entendida como uma ressurreio espiritual com Cristo,
enquantoqueasegundasignificaressurreioliteral,dossepulcros,entoacabou
se toda a significao da linguagem, e a Escritura anulada como testemunho
definitivosobrequalquercoisa".5
A interpretao literal deve ser adotada para as duas ocorrncias do verbo. O
grego ezhsan (ezsan = viveram), pode de fato ser interpretado no sentido
espiritual,comoemJo.5:25eEf.2:16,mastambmusadonas Escrituras com o
sentido literal. Em Ap.2:8 e 13:14 o mesmo verbo empregado para se referir
ressurreio corporal de Cristo e da besta. Portanto Ap.20:4,5 no deve ser
interpretadadeformaanlogaaJo.5:25,demodonenhum.
H ainda outras referncias bblicas que tratam da ressurreio, que,
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3.1ARessurreioparaaVida:
"A ressurreio para a vida. H um nmero de passagens que ensinam esta
partedistintivadoprogramadaressurreio.
"'...esersbemaventurado,pelofatodenoteremelescomquerecompensar
teatuarecompensa,porm,tuarecebersnaressurreiodosjustos'(Lc.14:14).
"'Para o conhecer e o poder da sua ressurreio e a comunho dos seus
sofrimentos,conformandomecomelenasuamorteparadealgummodoalcanar
aressurreiodentreosmortos'(literalmente:aressurreio,adentreosmortos)
(Fp.3:10,11).
"'Mulheres receberam, pela ressurreio, os seus mortos. Alguns foram
torturados, no aceitando seu resgate, para obterem superior
ressurreio'(Hb.11:35).
"'Bemaventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreio
sobreessesasegundamortenotemautoridadepelocontrrio,serosacerdotes
deDeusedeCristo,ereinarocomeleosmilanos'(Ap.20:6).
"Estasrefernciasmostramquehumapartedoprogramadaressurreioque
se chama 'a ressurreio dos justos', 'a ressurreio de entre os mortos', 'uma
ressurreio superior', 'a ressurreio da vida', e a 'primeira ressurreio'. Estas
frasessugeremumaseparaoumaressurreiodeumapartedaquelesqueesto
mortos,ressurreioquedeixaalgunsmortos...Blackstonedisse:
'Agora,seCristovemressuscitarosjustosmilanosantesqueosmpios,seria
natural e imperativo, chamar a primeira ressurreio uma ressurreio de, ou
dentreosmortos,vistoqueorestodosmortosficaramparatrs...istoexatamente
o que cuidadosamente se faz na Palavra... Consiste no uso que se faz, no texto
grego,daspalavras...(eknekron)'.
"'Aressurreio...nekron(...dosmortos),seaplicaaambasasclasses,porque
todosseroressuscitados.Masaressurreio...eknekron(...de entre os mortos),
nenhumavezseaplicaaosmpios.Estaltimaexpressoseusa49vezes,asaber:
34 vezes para expressar a ressurreio de Cristo, de quem sabemos que foi
ressuscitado dentre os mortos 3 vezes para expressar a suposta ressurreio de
Joo, que, como cria Herdes, foi assim ressuscitado dentre os mortos 3 vezes
para expressar a ressurreio de Lzaro, que tambm foi ressuscitado dentre os
mortos 3 vezes se usa figuradamente, para expressar vida espiritual dentre os
mortosporcausadopecado(Rm.6:1311:15Ef.5:14).SeusaemLc.16:31'ainda
que ressuscite algum dentre os mortos' e em Hb.11:19, a f de Abrao em que
DeuspodiaressuscitaraIsaque'dentreosmortos'.
"'Easrestantes4vezesseusaparaexpressarumaressurreiofuturadentre
os mortos, a saber, Mc.12:25 '...quando ressuscitarem de entre os mortos...'',
Lc.20:35,36'...aressurreiodentreosmortos...',At.4:1,2'...aressurreiodentre
osmortos...'
"'E em Fl.3:11 ... a traduo literal a ressurreio para fora de entre os
mortos, construo peculiar da linguagem que inclui a idia de que esta uma
ressurreiodeentreosmortos.
"'Estas passagens claramente mostram que est por efetuarse uma
ressurreio deentre os mortosisto , que parte dosmortosseroressuscitados,
antes que todos sejam ressuscitados. Olshausen declara que a 'a expresso seria
inexplicvel se no se derivasse da idia de que de entre a massa dos mortos
algunsseressuscitaroprimeiro'.6
"Estaressurreio,geralmentechamadaaprimeiraressurreio,tambmpode
serchamadaaressurreiodavida...(Jo.5:29)".7
3.2ARessurreioparaaCondenao:
"Aressurreioparacondenao.AEscriturapredizoutrapartedoprograma
de ressurreio que trata com os perdidos. a segunda ressurreio, ou a
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ressurreiodacondenao.
"'...eosquetiverempraticadoomal,paraaressurreiodojuizo'(Jo.5:29).
"'Os restantes dos mortos no reviveram at que se completassem os mil
anos...'(Ap.20:5).
"'Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presena
fugiramaterraeocu,enoseachoulugarparaeles.Vitambmosmortos, os
grandeseospequenos,postos em p diante do trono... Deu o mar os mortosque
nele estavam. A morte e o alm entregaram os mortos que neles
havia...'(Ap.20:11,12,13).
"Porquanto a primeira ressurreio se efetua antes que comece o reinado de
mil anos (Ap.20:5), 'os mortos' a que se refere Ap.20:11,12 s podem ser aqueles
queficaramparatrsnaressurreiodeentreosmortosesoaquelesquesero
ressuscitadosparaacondenao.Asegundaressurreio,melhordefinidacomoa
ressurreio da condenao, inclui a todos os que sero ressuscitados para a
condenao eterna. No a cronologia o que determina quem est includo na
segundaressurreio,massimodestinodosressuscitados".8
3.3OTempodasRessurreies:
"Hvriaspassagensquegeralmenteseusamparaensinarafalsadoutrinade
uma ressurreio geral. A primeira destas est em Dn.12:2,3, onde o profeta
escreve:
"Muitos dos que dormem no p da terra ressuscitaro, uns para a vida
eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sbios, pois,
resplandecero como o fulgor do firmamento e os que a muitos conduzirem
justia,comoasestrelassempreeeternamente.
"Nenhumadistinoquantoaotempoparecehaveraquie,portanto,seconclui
que se ensina uma ressurreio geral. Tregelles habilmente comenta sobre esta
passagem:
"'Eunoduvidoqueatraduocorretadesteversculo...Emuitosdentreos
quedormemnopdaterraressuscitaro,estesressuscitaroparaavidaeterna,
masosoutros(orestodosquedormem,aquelesquenoressuscitamnestetempo)
para vergonha e horror eterno. A palavra que na Verso Autorizada em Ingles
traduzduasvezesalguns,nuncaserepeteemnenhumaoutrapassagemda Bblia
Hebraica, no sentido de tornar distributivamente qualquer classe geral que haja
sido previamente mencionada isto suficiente,eu creio, como garantia para que
apliquemos a primeira vez a todos os que ressuscitam, e a segunda, a massa dos
que dormem, queles que no ressuscitam neste tempo. claro que no uma
ressurreiogeral,massimmuitosdentreestomandoaspalavrasnestesentido,
obteremos alguma informao acerca do que suceder aos que continuam
dormindonopdaterra'.
"Esta passagem tem sido entendida pelos comentaristas judaicos no sentido
quesehmencionado.Claroqueesteshomens,quetemovuemseuscoraes,
no so guia algum quanto ao uso do Antigo Testamento, mas so uma ajuda
quantoaovalorgramaticalelexicogrfigodeoraesepalavras.Doisdosrabinos
quecomentaramsobreesteprofetaforamSaadiahHaggaon(nosculoXdenossa
era), e Aben Ezra (no sculo XII) este ltimo foi um escritor de habilidades
peculiareseprecisomental.Eleexplicaesteversculodaseguintemaneira:
"'...sua interpretao : aquelesque ressuscitam sero para a vida eterna, e
aquelesquenoressuscitamseroparavergonhaehorroreterno...'9
"Devese concluir que o profeta est afirmando o fato da ressurreio e a
universalidadedaressurreio,semafirmarotempoespecficonoqualterolugar
aspartesdaressurreio.
"Umasegundapassagemfrequentementeusadaparasustentaraidiadeuma
ressurreiogeralJo.5:28,29.OSenhordisse:
"No vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se
achamnostmulosouviroasuavozesairoosquetiveremfeitoobemparaa
ressurreio da vida e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreio do
juizo.
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"Se afirma que o uso que fez o Senhor da palavra 'hora' requer uma
ressurreiogeraltantodossalvoscomodosnosalvos.Semdvida,estapalavra
noimplicanecessariamentetalprogramageralderessurreio.Harrisonescreve:
"'Deveseadmitir,semdvida,quealinguagemnodemandacoincidncianas
ressurreies.Ousodapalavra(hora)emJo.5:25permitesuaextensoaumlargo
perodo. O mesmo verdade em Jo.4:21,23. Jesus est falando no estilo dos
profetas do Antigo Testamento, que agrupavam, sem diferenciao de tempo, os
eventosqueelesvislumbravamnodistantehorizontedahistria.Omesmomtodo
seencontranosdiscursosescatolgicosdeJesus,nosEvangelhosSinpticos,onde
a predio da queda de Jerusalm com suas consequncias, dificilmente pode
desarrolarse da descrio do mui distante evento que est relacionado com a
Grande Tribulao. Algo paralelo, ainda que em uma categoria diferente, a
maneira inclusiva em que Jesus fala da vivificao espiritual e fsica em uma s
declarao.UmexemploJo.5:21'.10
"OSenhor,nestapassagem,estensinandoauniversalidadedoprogramada
ressurreio e as distines dentro deste programa, mas no est ensinando o
temponoqualasvriasressurreiesterolugar.Acharqueestapassagemassim
noensinapervertersuaintenooriginal.
"EmApocalipse20:46sedeclaramuibemqueasduaspartesdoprogramada
ressurreio esto separadas por um intervalo demilanos.(...)Seobservaquea
primeira parte deste versculo 5, mas os restantes dos mortos no reviveram at
quesecompletassemosmilanos,umadeclaraoentreparntesis,queexplicao
que sucede aos que so deixados nos domnios da morte quando se cumpre a
primeira ressurreio na segunda vinda de Cristo. Esta passagem ensina que
transcorreromil anos entre a primeira ressurreio, a ressurreio da vida, e a
ressurreio do resto dos mortos, a qual, segundo Apocalipse 20:1113, a
ressurreio da condenao. A nica maneira de se olvidar do evidente ensino
desta passagem, espiritualizandoa, de modo que a passagem no fale de
ressurreiofsica,massimdabemaventuranadasalmasqueestonapresena
doSenhor.Acercadestainterpretao,escreveAlford:
"'...nopossoconsentirquesetergiversemaestaspalavrasseuclarosentidoe
lugarcronolgiconaprofecia,devidoaqualquerconsideraesdedificuldade,ou
qualquer risco de abusos que a doutrina do milnio pode trazer consigo. Os que
viveram prximo dos apstolos, e toda a Igreja, durante trezentos anos, a
entenderam em seu claro sentido literal... Se a primeira ressurreio espiritual,
ento a segunda tambm , na qual eu suponho que ningum ser to tolo para
sustent e muitos dos melhores expositores modernos, eu em verdade sustento e
recebecomoumartigodefeesperana.11
"Deveseconcluirque,aindaquenohnenhumarevelao clara no Antigo
Testamento com respeito a relao de tempo das duas partes do programa de
ressurreio,oNovodeclaraquearessurreiodavidaearessurreiodojuizo
estoseparadasporumlapsodemilanos."12
3.4OProgramadaRessurreio:
"O apstolo Paulo nos d uma amostra dos eventos do programa da
ressurreioemICo.15:
"'Porque assim como em Ado todos morrem, assim tambm todos sero
vivificados em Cristo. Cada um, porm, por sua prpria ordem: Cristo, as
primciasdepoisosquesodeCristo,nasuavinda.Eentovirofim,quandoele
entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destrudo todoo principado,bem
comotodapotestadeepoder.'(ICo.15:2224).
"Que h uma diviso no programa da ressurreio se sugere na frase, 'cada
um, porm, por sua prpria ordem (v.23). Apalavraordem (tagma = tagma), de
acordo com Robertson e Plummer ' uma metfora militar: companhia, tropa,
patrulhaoubando.Devemospensaremcadacorpsoucorpodetropaquevemem
sua prpria posio e devida ordem...'13 As partes da ressurreio so como os
batalhesemmarchaemumdesfiledetriunfobemorganizado...'
"Nesta ordem de sucesses do desfile da ressurreio, Cristo reconhecido
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incrdulos. Tal aplicao requereria (dia christou) em vez de (en christo). Uma
segundadificuldadeofatodequetodaadiscussoaolargodocaptulotemem
mentesomenteoscrentes.Pelomenosnadasedissedefinitivamentesobrequalquer
outro. Em terceiro lugar, o contexto imediato no favorvel. Paulo concentra a
atenodeseusleitoresemCristocomoasPrimciasdosmortoscristos.Tantoa
palavra (aparch = aparche = primcias) como o verbo (koimaw = koimao =
dormir)correspondemsaoscrentes.Cristonoasprimciasdosoutros,jque
necessariamente teriam que ser completamente semelhantes a Ele em sua
ressurreio. Logo, tambm, os mortos no cristos no dormem. Eles morrem.
Umaquartadificuldadeseapresentanousononaturalesemprecedentesde(telo
=tlos),queestaconstruorequer.Apalavrasignificafimnosentidoabsolutode
terminao.Ocasionalmenteseusanosentidodepropsitooufinalidade.Masseu
usocomooequivalentedeumadjetivo(fimdaressurreio)'.
"EstemesmopontodevistaoquesustentaVine,oqualdisse:
"'...comoAdoacabeadaraanaturale,emvirtudedestarelaonatural
com ele, a morte a sorte comum dos homens, assim tambm pela razo de que
CristoaCabeadaraaespiritual,todososquepossuemrelaoespiritualcom
Eleserovivificados.Nohidiaalgumasobreauniversalidadedaraahumana,
em comparao da segunda declarao com a primeira. Que os incrdulos esto
emCristoalgocompletamentecontrrioaoensinodaEscritura...portanto,sos
que chegam a ser novas criaturas e possuem vida espiritual, e esto assim em
Cristo, em sua experincia de vida presente, esto includos no todosda segunda
declarao,eserovivificados'.
"Destamaneira,deacordocomestepontodevista,Paulotememmenteduas
grandes etapas no programa da ressurreio: a ressurreio de Cristo, e a
ressurreio de todos os que so de Cristo, que incluiria os santos da igrjea, os
santos da tribulao, e os santos do Antigo Testamento, que sero levantados no
tempodasegundavinda,ressurreioqueseriaseguidadofimdestaera.
"H,ainda,algunsque,aointerpretarestapassagem,entendemquePauloest
incluindo o fim do programa da ressurreio em seu ensino. Por conseguinte a
expresso 'em Cristo', se entenderia como instrumental, por Cristo. Robertson e
Plummerdizem:
"'Pauloestavapensandoemumaterceiraordem(tagma),aquelesquenoso
deCristo,queseriamressuscitadosdosmortosnumtempoantesdofim...''.
"Feinberg escreve: 'O contexto nos fala de ressurreio, e se refere a
ressurreiofinalsegundoumnmerodecomentaristas.Comestesltimosestamos
de acordo. O apstolo est mostrando que haver vrias etapas definidas na
ressurreio dos mortos. Primeiro Cristo, as primcias segundo os que so de
Cristoemsuavindaterceiroaressurreiofinaldetodososincrdulos'.
"Pridhamdeclaraaordemassim:'...oapstoloestdistribuindoagrandeobra
daressurreio,comoumamanifestaodopoderdivino,emtrsatosgrandemente
definidos e separados: 1. A ressurreio do Senhor Jesus 2. O despertamento de
todos os santos em sua vinda 3. A desocupao final de todos os sepulcros ao
trmino da administrao do Reino do Filho, quando os mortos no incluidos na
primeiraressurreioseroressuscitados,tantopequenoscomograndes,parajuzo
diantedeDeus'.
"Porquantoapalavrafim(tlos),emseuusobsico,serefereaofimdeumato
ou de um estado e tem a ver com a terminao de um programa seria prefervel
entenderque Paulo est incluindo a ressurreio final, no desfile dos grupos que
aquisedescrevem.
"Devese observar uma vez mais que Paulo est prevendo um intervalo de
tempoentrearessurreiodosquesodeCristoeofim,sejaesteofimdaeraouo
fimdoprogramadaressurreio.Vinedisse:'...apalavraquesetraduzentono
(tote=tte),imediatamentelogo,massim(eita=eita=depois),queindicaordem
cronolgica,logo,depoisdeumintervalo,como por exemplo em Mc.4:17,28eos
versculos5e7deICo.15.Ointervaloqueseindicaaqui,noversculo24,aquele
duranteoqualoSenhorreinaremseuReinoMilenriodejustiaepaz.''"
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4.PROFECIASDOANTIGOTESTAMENTO:
O mtodo de interpretao utilizado no prmilenismo dispensacionalista o
histricogramatical. Isto significa que as palavras devem ser entendidas em seu
sentidohistricoegramaticaldevemserentendidasliteralmente.Seestemtodo
empregadonainterpretaodedoutrina,histriaeoutraspartesdaBblia,porques
profeciasdeveriamserentendidasalegoricamente?Omtododeinterpretaoliteral
simplificaefacilitaoentendimentodasEscrituras,almdeincorporartodaaBblia
elaboraodeumsistemadeteologia.
A literalidade das Escrituras deve ser sustentada como nico e mais legvel
mtododeinterpretaobblica.QuandoaBbliausa"pedra"elaquerdizerpedrae
no "pau". Se Deus quisesse dizer "pau" teria usado este termo, ou um sinnimo
(madeira), mas no o fez porque Deus no Deus de confuso e, portanto, disse
exatamente aquilo que pretendia dizer. Portanto a literalidade deve ser sustentada
emtodosostextosondesuaaplicaoforpossvel,inclusivesprofecias.Devese
excluirainterpretaoliteralsomenteemcasosabsurdos,comoporexemplo Joo
10:9. claro que Jesus no uma porta, com ferrolhos e fechadura, mas sim o
MediadorqueofereceaoshomensoacessoaDeus.Estapassagem,portanto,deve
serentendidaalegricamenteouespiritualmente.
Se o alegorismo for sustentado, criase uma amplitude de possveis
interpretaes, eaEscritura perdeasuaautnticidade. Por exemplo, "pedra" pode
ser interpretado de diferentes maneiras, se ela for aplicado o mtodo alegrico.
Pedrapodeser"pau",comopodeser"ferro",eassimpordiante.
claro que no excluimos a existncia da interpretao espiritual, mas
ressaltamosapredominnciadainterpretaoliteralsobreoespiritual.
4.1CumprimentoPleno:
Como se explicam aquelas profecias do Antigo Testamento que foram
aplicadascomsentidoespiritualpeloNovoTestamento?Deveseproclamar,emalto
ebomsom,quetodaselas,comexcessodeuma,tiveramseucumprimentoliteral
notempodoAntigoTestamento.ocaso,porexemplodeIsaas7:14quepredisse
onascimentodeumacrianaqueserviriacomosinalparaoreiAcaz.Estaprofecia
cumpriuse no sculo VIII antes de Cristo. "Mateus, porm, achando um sentido
maiscompletoeprofundonoversculoetambmajudadopelastraduesdogrego
parthenos ou virgem na LXX (verso grega do A.T.), como tambm o nome
Emmanuel,argumentaqueonascimentodeJesusocumprimentodaquiloqueo
profetahaviadito(Mt.1:23)".
Um estudo meticuloso das profecias nos mostrar que no so poucas as
ocorrnciasdessetipo.Estefenmenodainterpretaoprofticarecebeonomede
"sensus plenior (sentido mais completo alm do literal), no qual o N.T. v um
cumprimentobsicoemaisprofundoqueDeusqueriacomunicar".
bvioquesomenteaosescritoresdoN.T.,queforammovidospeloEsprito
Santo,foidadaaautoridadedefazertais"reinterpretaes"dotextoliteraldoA.T.
O que se verifica hoje, entre os defensores da interpretao alegrica, um
verdadeiro abusodo uso dosensusplenior, quando aplicam profecias do A.T. que
dizemrespeitoaoIsraelliteral,Igreja,nosentidoespiritual.ocaso,porexemplo
deOs.11:1,quehistricamenteserefereaopovodeIsraelnoEgito,masnoN.T.foi
aplicadoaJesusCristo(Mt.2:15).
UmoutroexemplodesensuspleniorencontradoemMl.4:5referenteavinda
deElias.OSenhoraplicouestaprofeciaaJooBatista(Mt.17:1013).Entretanto,se
considerarmos a literalidade das profecias, ento devemos entender que o profeta
EliasdevervirpessoalmenteantesdoretornodeJesus.ObservequeJesusafirma
istoaoaplicaraprofeciadeMalaquiasaJooBatista:"EntoJesusrespondeu:De
fato Elias vir e restaurar todas as cousas."(Mt.17:11). Esta interpretao parece
concordarcomAp.11:312ondesomencionadasasduastestemunhas.
Uma passagem bastante interessante encontrase em Hebreus 7, onde o autor
fazainterpretaodonomeMelquisedeque.Podemosnotarnapassagememapro
que ele faz primeiramente a interpretao histricogramatical: "...para o qual
tambm Abrao separou o dzimo de tudo, primeiramente se interpreta rei de
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4.2CumprimentoParenttico:
Ocumprimentoparentticooutrofenmenoquedevemossempreconsiderar
na interpretao das profecias. Algumas profecias agrupam num s conjunto
diversas previses, sendo algumas contemporneas ao tempo do profeta que as
proclamou, ou prximas ao seu tempo, e outras para o tempo futuro. Verificase,
nesse caso, um lapso de tempo, um parntesis, entre o cumprimento de uma
previsoeoutra.Aestetipodecumprimentodadoonomedeparenttico.
Encontramos um exemplo de cumprimento parenttico em Isaias 61:1,2. No
versculo1ataprimeirapartedoversculo2,atondelemos"oanoaceitveldo
Senhor",encontramosumaprevisoda1vindadeJesus,sendoqueorestantedo
versculo,stercumprimentoporocasioda2vindadeJesus.QuandooSenhor
leuestetrechonasinagogadeNazar,Eleofezcommuitahabildade(Lc.4:18,19).
NotequeJesusnoprosseguiunaleituradoprofeta.Eleleuapenasatondesabia
que a profecia iria se cumprir. Depois Ele fechou o livro (Lc.4:20). O restante da
profeciadeIsaas:"odiadavinganadonossoDeus"(Is.6l:2b),earestauraode
Sio(Is.6l:37),ficaramparaofuturo.Aquitemosumcasotpicodecumprimento
parenttico, pois h um parntesis de tempo mui longo entre o cumprimento da
primeiraporodaprofeciaeodasegunda.
UmoutroexemplodecumprimentoparentticoencontradoemJoel2:2832.
O apstolo Pedro aplicou esta profecia descida do Esprito Santo, no dia de
pentecoste (At.2:1621). Ao ler o livro de Atos, todos concordam que j estamos
vivendoosltimosdias.Pormningumtoloosuficienteparafirmarqueaparte
destaprofecia,ondedizqueosolseconverteremtrevasealuaemsangue,jse
cumpriu.Talprevisoestparaofuturo(At.2:1921Mt.24:29Ap.6:12).
Uma profecia de grande importncia para demonstrar de vez esse ponto de
vista, a profecia das Setenta Semanas de Daniel. Esta profecia ser estudada,
detalhadamente,emnossoprximocaptulo.
CAPTULOVIIASSETENTASEMANASDEDANIEL
1.ASSETENTASEMANASDEDANIEL:
Quando Daniel recebeu a profecia das 70 Semanas (Dn.9:2027) seu povo
estavacativonaBabilnia.Nabucodonosortinhadesolado totalmente a Cidade de
Jerusalm (IICr.36:1721). Segundo as profecias essa desolao deveria durar
setentaanos(IICr.36:21Jr.25:11Dn.9:1,2).ConformedeterminavaaleideMoiss
(Lv.25:27)aterradeveriagozardeumsbado,umdescanso,acadaseteanos.Era
um perodo especial de instruo sobre a lei de Deus (Dt.31:1013). Por
desobedinciaaestepreceitodalei,sobreveioIsraelocastigodivino,70anosde
cativeiro babilnico, perodo que corresponde aos anos nos quais o povo judaico
deixoudeobservaroanosabtico(IICr.36:21).
O profeta Daniel, percebeu pelo estudo dos livros que os 70 anos estava
chegandoaofim(Dn.9:2).ODr.Ryriedizqueos70anos,queteveincioem605
a.C.,teveseufimem535A.C.1MasDanieltinhaemmenteos70anosdocativeiro
babilnico(Jr.25:11Zc.7:5).Aoreceberarespostadesuaorao,oanjoGabriel
trouxelhe novas revelaes sobre as 70 semanas. Disselhe o anjo: "Setenta
semanasestodeterminadassobreoteupovo..."(Dn.9:24).Estaprofecianotem
nenhuma relao com os 70 anos do cativeiro babilnico que j se cumpriram. O
cativeirodurou70anos,estaprofeciaacrescenta490anosdedesolaosobreIsrael.
A palavra hebraica traduzida por semanas, aqui em Dn.9:24, shabua que
significa sete. Este sete se refere a sete dias ou sete anos, conforme o calendrio
judaico, o perodo de uma semana. Portanto a traduo literal deste texto seria:
"setentasetesestodeterminadas..."Paraosjudeusumasemanapoderiaser"uma
semana de dias" (Dn.10:2,3), ou "uma semana de anos"2 . O Dr. Mc'Clain
dissertandosobreoperododejejumdeDainel,escreve:"significativoqueaquio
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2.ASEXUAGSIMANONASEMANA:
Quando lemos a profecia de Daniel devemos observar alguns aspectos
interessantes: (1) Toda a profecia trata do povo judaico: "Setenta semanas esto
determinadassobreoteupovoesobreatuasantacidade..."(v.24).VejaTambm
Dn.10:14. (2) Dois prncipes so mencionados: o primeiro o Messias (v.25), o
segundo"umprncipequehdevir"(v.26).(3)AsSetentaSemanassodivididas
em trs perodos: um perodo de sete semanas (v.25), outro de sessenta e duas
semanas (vv.25,26), e um terceiro perodo de sete semanas (v.27). O primeiro e o
segundoperodosjuntossomamsessentaenovesemanas.(4)OinciodasSetenta
Semanas fixado como "desde a sada da ordem para restaurarar e para edificar
Jerusalm"(v.25).(5)AofimdassessentaeduassemanasoMessiasseriamorto6e
Jerusalmdestruda(v.26).(6)Apsa69semanaooutroprncipequehdevir(o
Anticristo)farumaalianacomanaodeIsraelporumasemana.Aquitemosa
ltimadas70semanas,aseptuagsimasemanadeDaniel(vv.26,27).(7)Nomeio
da sepuagsima semana o prncipe violar a aliana com Israel: "far cessar o
sacrifcio..."(v.27).(8)AofindarasSetentas Semanas haver um tempo de muitas
benoparaanaodeIsrael(v.24).
2.1)UmaProfeciaparaIsrael:
O texto bem evidente. A profecia se refere nao de Israel, o povo de
Daniel, e tem relao com a santa cidade, Jerusalm. Os amilenistas e ps
milenistas, que recusam a idia de uma grande tribulao para o povo de Israel,
refutamestainterpretaodizendoqueaseptuagsimasemanasecumpriunosdias
anteriores destruio de Jerusalm ocorrida no ano 70 de nossa era, ou ento
interpretamna espiritualmente, dizendo que ela se cumpriu na 1 vinda de Jesus.
Mas,conformedeclaraaprofecia,as70semanasforamdadas:"...parafazercessara
transgresso,paradarfimaospecados,paraexpiarainiquidade,paratrazerajustia
eterna,paraselaravisoeaprofecia,eparaungirosantodossantos."(v.24).Todas
estasbenotemrelaocomIsraelsobrequemvieramas70semanas.claroque
nenhumadelassecumpriramainda.QuandooPrncipemencionadonoverso24,o
Messias,veioIsrael,Elefoirejeitado(Jo.1:11Lc.19:14),eIsraeltornouseainda
mais o alvo dos castigos divinos. A iniquidade de Israel no foi expiada, pois
somente o ser quando esta nao reconhecer que o Jesus que eles rejeitaram o
Messiasprometido.eissosacontecernofuturo,quandoJesusvoltar(Zc.12:10
Mt.24:30Os.5:15Rm.11:2527 At.2:36 4:10 Lc.19:15). Portanto cremos que a
ltimasemana(aseptuagssima)aindanosecumpriu.Istoestabeleceumintervalo
detempoentrea69ea70semanadeDaniel.
2.2)OCumprimentoda69Semana:
Todosigualmenteconcordamqueassessentaenovesemanasde Daniel j se
cumpriramsobreIsrael.As70semanastiveramseuincioem14demarode445
a.C., que foi a data que o rei Artaxerxes deu a ordem "para restaurar e edificar
Jerusalm".Neemiasregistraodianoqualessaordemfoidada:"NomsdeNis,
noanovigsimodoreiArtaxerxes..."(Ne.2:1).SegundoaEnciclopdiaBritnica
oreiArtaxerxes subiu ao trono em 465 a.C. Desse modo seu vigsimo ano 445
a.C.Paraencontrarofinaldassessentaenovesemanas,temosquereduzlasadias.
Desdequeh69semanasde7anoscadauma,ecadaanotem360dias,aequao
qualchegamos69x7x360=173.880dias.Comeandocom14demaro(ms
denis)de445a.C.,estetotalnoslevaat6deabrilde32a.D.,adataemqueJesus
entrou em Jerusalm. Este dia aquele profetizado no Salmo 118:2426, que
apontavaparaaentradatriunfaldeJesus,quandoosjudeusclamavam"Benditoo
rei que vem em nome do Senhor"(Lc.19:38 Sl.118:26). Porque Eles rejeitaram o
seuRei(Lc.19:42), as beno do reino Messinico que deveria trazer apaz,ficou
adiadaparaofuturo(Is.9:6,7Zc.9:9,10).
Paraprovarqueos173.880diassoequivalentesaoperodode14demarode
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445a.C.at6deabrilde32a.D.,necessriofazeroclculopelonossoprprio
calendrio:
445a.C.at32a.D.=476anos
476anosx365dias=173.740dias
173.740+116dias(aumentodeanosbissextos)=173.856
173.856 + 24 dias (perodo de 14 de maro de 445 a.C. at 6 de abril de 32
A.D.)=173.880.
Esteperododetempodonossocalendrio(476anos=173.880dias)equivale
aos 483 anos das 70 Semanas (7 + 62 = 69 e 69 x 7 = 483 anos). A profecia
menciona 70 semanas, isto 490 anos, mas somente 483 anos foram cumpridos.
Restaainda7anos(490483=7),eesteperodorestanteaseptuagsimasemana
deDaniel,quesecumprirnaGrandeTribulao.Seestaltimasemanaaindano
secumpriu,entoporquehumintervaloentrea69ea70semanas.Dessemodo
a interpretao da profecia no contnua, mas fica estabelecido o fenmeno do
cumprimentoparenttico.
3.OINTERVALOENTREA69EA70SEMANADEDANIEL:
Dois eventos deveriam acontecer aps a 69 semana: a morte do Messias e a
destruio de Jerusalm. O segundo evento ocorreu aps as sessenta e nove
semanas,enodentrodelas:"Depoisdassessentaeduassemanas..."(Dn.9:26).A
histriamostraqueadestruiodeJerusalmocorreunoano70a.D.sobainvaso
dogeneralromanoTito.Portantoosegundoeventoaconteceuquase40anosdepois
doprimeiro,eoprimeiropsfima69semana.Aquihumdetalheinteressanteque
deve ser observado. A profecia coloca a destruio de Jerusalm depois da 69
semana,bemcomoacolocaantesda70semana.Comessaevidncia,observamos
queaseptuagsimasemananosegueimediatamentesexuagsimanona.Hpelo
menosumintervalode38anos(entreamortedeCristoem32a.D.eadestruiode
Jerusalm em 70 a.D.), e se h um intervalo de 38 anos, pode ento haver um
intervalo ainda maior. O perodo deste intervalo ns no sabemos quanto tempo
durar,mas fica evidente que h esse intervalo de tempo entre as semanas. At o
nosso momento esse intervalo tem durado quase dois mil anos. o perodo da
dispensaodagraamencionadaporPaulo(Ef.3:2,3),ouadispensaodomistrio
(Ef.3:9 Rm.16:25 Cl.2:2 4:2), ou perodo dos gentios (Ef.3:5,6 Rm.11:25
Lc.21:24 Ap.11:2). Terminando esse tempo, Deus voltar a tratar com Israel, na
ltimadassetentassemanas.
4.ASEPTUAGSIMASEMANA:
SemdvidanenhumaaseptuagsimasemanaoperododaGrandeTribulao
(Mt.24:21), que h de vir sobre o mundo (Ap.310) e sobre Israel, para que se
cumpraorestantedaprofeciadeDaniel(Dt.4:2631Is.13:61317:411Jr.30:49
Ez.20:3338Dn.12:14Jl.3911).
nesseperodoqueopovodeIsraelser,atravsdosofrimento,purificadodos
seus pecados. Ento cumprirse a profecia de Daniel: "...para fazer cessar a
transgresso,para dar um fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a
justia eterna, para selar a viso e a profecia, e para ungir o santo dos santos."
(Dn.9:24).nesseperodoqueIsraelsofrer"doresdeparto"7(Is.66:8),a fim de
queoremanescentefielsejagerado.AlgunsintrpretesrelacionamissoMiquias
5:2,3 e Ap.12:4,5. A nao de Israel ser perseguida, mas Deus lhe preparar um
caminho de fuga (Zc.14:4,5 Ez.20:35 Ap.12:6). Esta perseguio ter incio na
metadedaseptuagsimasemana.AprofeciadeDanieldizque"oprncipequehde
vir"(Dn.9:27) far uma aliana com Israel, mas no meio da semana romper com
esta aliana. Portanto para entendermos a tribulao devemos dividla em duas
partes,comoaprpriaBbliaofaz.
Operodocompletodatribulaodeseteanos,divididosem3cadaparte.
Isto fica bem claro nas profecias. O profeta Daniel menciona este perodo: "um
tempo, dois tempos e metade de um tempo"(Dn.7:25). Literalmente temos a
seguinteexpresso:"umano,doisanosemetadedeumano",oqueequivaleatrs
anosemeio.EstamesmaexpressotambmusadaemApocalipseparasereferir
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aotempodaperseguiodeIsrael:"...eforamdadasmulher(Israel)asduasasas
dagrandeguia,paraquevoasseatodeserto,aoseulugar,aondesustentada
durante um tempo, tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente."
(Ap.1214). Este mesmo perodo identificado ainda como sendo 42
mses(Ap.13:5) ou 1.260 dias (Ap.12:6). Este perodo a segunda metade da
tribulao,quandooAnticristo(oprnciperomano)8seassentarsobreotronodo
Messias"estabelecendoaabominaodesoladora"(Dn.12:31Mt.24:15IITs.2:3,4).
Devese notar que a profecia clara em afirmar que antes da septuagsima
semana "haver guerra desolaes so determinadas."(Dn.9:26). Isso deixa claro
que a septuagsima semana ainda no se cumpriu, pois at agora Israel continua
buscando a paz (Sl.122:69 Jr.23:5,6 Lc.19:42). A paz s vir quando Jesus o
PrincipedaPazretornarcompodereglria(Mt.24:2931).
Na primeira metade, quando haver uma paz aparente, o evangelho ser
pregadotodasasnaes(Mt.24:14).Asduastestemunhas,provavelmenteMoiss
eElias,proclamaroamensagemdasalvao(Ap.113).Provavelmenteos144.000
seroevangelistasnesseperodo(Ap.7:914:14:1).
Hmuitomaisquepoderamoscomentarsobreas70SemanasdeDaniel,mas
aspassagensqueforamaquiexaminadas,cremos,sosuficientesparademonstrara
veracidade daquilo que chamamos de cumprimento parenttico, ou que Delitzsch
chamade"apotelesmtica,isto,vlogoemseguidaoprximograndeeventoda
histria,aculminnciadofim".9
dignodenotaressaltarqueaprofeciadeDanielnomencionaaIgreja,mas
falaapenasdopovodeIsrael.IssoocorreporqueaIgrejaeraummistrioocultoem
Deus (Ef.3:2,3 Rm.16:25 Cl.2:2 4:2), que veio a revelarse neste perodo de
intervaloentreas69e70semanasdeDaniel.
CONCLUSO
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infalveis.
penaquemuitosestudiososnotratamdospontospolmicosdasEscrituras
comesteespritocristo.ocaso,porexemplo,deCleminesA.deFigueredo,que
na nsia de defender o amilenismo, reportouse ao prmilenismo de maneira
irnica, fazendo seus defensores parecerem tolos. S faltou chamlos de herege.
Clemines escreve: "Este reinado de Cristo na terra, o milnio, fracassado na 1
tentativa(!),serrealizadonaterra,comooutroreinoqualquer,havendopessoas
revoltadas, guerras, conflitos, e o 'Rei' Jesus, com sede em Jerusalm, atendendo
telefone (?) dando entrevista por televiso (?), 'tendo audincias marcadas como
Presidente'(?)eguerreandocomarmas,bombas,fuzis(?),mantendo'aordem'com
ossantos(?),mantendoasoberaniadoEstadodeIsrael(?)".1
No devemos tratar dessas coisas neste nvel. Elas so srias demais para
usarmos da ironia, seja para defender, seja para refutar. Que o leitor saiba decidir
quecaminhotomar,masaofazlo,nocaianomesmoexemplodemuitosdaqueles
que,comsuasapologias,temmaiscolaboradoparaadivisodocorpodeCristo,do
queparaasuaedificao.
APNDICEIOARREBATAMENTODAIGREJA
I.OTEMPODOARREBATAMENTODAIGREJA:
Htrsdiferentesopiniessobreotempodoarrebatamentodaigreja:
1.ARREBATAMENTOPRTRIBULACIONAL:
O propsito da tribulao no purificar a Igreja nem disciplinar os crentes,
mas sim purificar a nao de Israel, preparandoa para a restaurao do reino. A
Igreja ser arrebatada antes da tribulao (Lc.21:36 Rm.5:9 ITs.5:9 Ap.3:10).
NestafasedasuaSegundaVinda,JesusvemparaaIgrejana segunda fase Jesus
vemcomaIgreja(Jd.14).Algunsinterpretama"apostasia"("...istonoacontecer
sem que primeiro venha a remoo..." IITs.2:3) no em seu sentido negativo
"afastarse" referindose ao afastamento da f (ITm.4:1), mas como sendo a
"remoo"ou"partida"daIgreja,comoem2:7("...quesejaafastadoaquelequeo
detm...").
Nesta ocasio os cristos sero julgados (IICo.5:10), diante do tribunal de
Cristo nos cus. No um julgamento para receber ou no receber a vida eterna,
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massimpararecebergalardesICo.3:1015).Ocrentenoentraemjuzo(Jo.5:24
Rm.8:1) pois o trono de juzo (o trono branco Ap.20:11) ser estabelecido
somentedepoisdarebeliofinaldahumanidadecontraCristo.Nojuzofinalhaver
julgamentodasobras,quandoo livro da vida ser aberto juntamente com olivro
das obras (Ap.20:12). No assim com os crentes suas ms obras j foram
julgadasnosacrifciodoCalvrio(Rm.6:6,7Hb.10:1418).
O prtribulacionismo admite uma Segunda Vinda Iminente, isto , poder
ocorreraqualquermomento(ICo.1:7Fp.4:5Tt.2:13 Tg.5:8,9 Jd.21), e nenhum
evento ou profecia necessita ser cumprido para que o arrebatamento ocorra, ao
contrriodasoutrasinterpretaesqueexigemaocorrnciadatribulaoantesque
oarrebatamentoseconsuma.
Paraoprtribulacionistaaprimeira ressurreio ter, pelo menos, trs fases:
(1) A ressurreio dos justos mortos, no arrebatamento pouco antes da tribulao
(2) A ressurreio, imediatamente aps a tribulao, dos santos que morreram
duranteatribulao,osmrtires(3)AressurreiodossantosdeIsrael,nofinalda
tribulao. Outros admitem cinco fases, acrescentando estas a ressurreio de
Cristo, como "as primcias dos que dormem", e as duas testemunhas que sero
ressuscitadasnomeiodatribulao(Ap.11:312).
2.ARREBATAMENTOMIDTRIBULACIONAL:
Esta interpretao argumenta que os eleitos mencionados por Jesus que
passaro pela tribulao (Mt.24:21,22), referese aos santos da igreja que estaro
presente.OmidtribulacionistafazdiferenaentretribulaoeiradeDeus.Crem
queaIgrejanosofrerairadeDeus,masdeverpassarpelatribulao.Aprimeira
metade da tribulao, na qual a igreja estar presente, ocorrer apenas uma
tribulao. Depois disso a ira de Deus ser derramada: "...logo em seguida
tribulao daqueles dias..."(Mt.24:29). Quando isto estiver para acontecer a Igreja
serarrebatada,exatamentenomeiodatribulao,paraserpoupadadairadeDeus.
3.ARREBATAMENTOPSTRIBULACIONAL:
O pstribulacionista argumenta, como o prtribulacionista, que a Igreja no
ficar exposta ira de Deus. Eles distinguem entre a grande tribulao e a ira de
Deus.AspassagensdeRm.5:9eITs.5:9,ondeaparecemotermoira,nosereferem
agrandetribulao,massimiradojuzofinal.AIgrejaparticipardatribulao,
mas os santos no sero atingidos pela ira de Deus, sero poupados dela. A
passagemdeAp.3:10nosignificaqueaigrejaserexcludadatribulao,masque
elaserpreservadanatribulao.Elesdoestapassagemaseguinteinterpretao:
"...Eu te guardarei na hora da provao que h de vir sobre o mundo inteiro..."
(Ap.3:10).Istosignificaqueaigrejaserpreservadanatribulao,enoexcluida
dela.
Paraopstribulacionistaaprimeiraressurreiostemumafase,queocorrer
nocomeodomilnio.JquenohnenhumintervaloentreavindadeJesusparaa
Igreja e a vinda com a Igreja, nenhum santo morre durante este interldio e,
portanto,nohnecessidadededuasfasesnaressurreiodosjustos.
Paraospstribulacionista"aquelequeodetm"(IITs.2:7)queserremovido,
oEspritoSanto,esuaretiradanoacarretaaremoodaigreja,poisoqueser
removidonoasuapresena,masasuaaoplenaegraciosa.Outrosinterpretam
que nem o Esprito Santo nem a Igreja sero afastados, mas sim o Anticristo.
Segundoestainterpretaoapassagemficariadessemodo:"E agora sabeis o que
detm(opoderdeDeus),paraqueele(oAnticristo)sejareveladonasuaocasio
prpria. Pois o mistrio da iniquidade j opera: somente que h um (Deus) que
agoraodetmatqueele(oAnticristo)sejaremovidodocaminho".2
II.OMODODOARREBATAMENTODAIGREJA:
H duas escolas de pensamento quanto ao modo do arrebatamento da Igreja.
Soelas:(1)ArrebatamentoIntegral(2)ArrebatamentoParcial.
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1.ARREBATAMENTOINTEGRAL:
Esta linha de pensamento ensina que a Igreja ser arrebatada integralmente.
Nenhumcrenteficardefora,apesardosseuspecados.AsEscriturasensinamquea
Igreja de Jesus, sua Noiva, "...gloriosa, sem mcula, nem ruga, nem cousa
semelhante,pormsantaesemdefeito"(Ef.5:27).Istosignificaquenenhumdeseus
membrospoderfaltar,poisseriaumaIgrejaincompleta,defeituosa.AEscrituradiz
que a Igreja j foi santificada (Ef.5:26). Portanto, se, na hora do arrebatamento,
algum cristo for encontrado em desobedincia, ela no ser deixado, mas,
juntamentecomosfiis,serarrebatado,todavia"sofrereledano"(ICo.315),isto
,sofrerperdasdegalardes.
2.ARREBATAMENTOPARCIAL:
Segundoestemododepensar,vseumsegmentodaIgrejaarrebatadoantesda
tribulao, e o outro segmento permanecendo na terra durante toda a tribulao.
Portanto o arrebatamento prtribulacional para alguns e pstribulacional para
outros. Ira E. David, defensor desta interpretao argumenta: "A base da
trasladaodeveseragraaouarecompensa.Aquelesqueesperamquetodasas
pessoasnaIgrejaverdadeiramenteserotrasladadasdeumasvez,pensamquea
trasladaototalmentepelagraa.Asalvaopelagraa(Ef.2:8).Depoisdeas
pessoas serem salvas, no entanto, recebem galardo pela sua fidelidade e
vigilncia. Repetidas vzes, os crentes so advertidos contra a falta destas. Em I
Co.3:14,15, contasenos que h galardes para os crentes. ora, no a
trasladao um galardo? cremos que as frequentesexortaesnasEscriturasno
sentido de vigiarmos, sermos fiis, estarmos prontos para a vinda de Cristo,
vivermos vidas cheias do Esprito, sugerem, todas elas, que a trasladao um
galardo".3
Aqueles que adotam esta interpretao, entendem a parbola das dez virgens
nocomosendoanaodeIsrael,massimaIgreja.Contudo,adistinoentreas
cinco virgens prudentes e as cinco nscias, no entre os crentes verdadeiros e
falsos, mas sim entre os fiis e os infiis. Govett d oito razes para esta
interpretao: "(1) Todas as dez mulheres so virgens, no meras pretendentes
virgindade.ElasnosechamamdevirgensoSenhorassimaschama.(2)Todasas
deztinhamlmpadasacesas,oquesignificaqueasuaprofissodeferaapoiada
porboasobras.(3)SaemcomodesejodeencontrarsecomJesus,indicaoesta
de um corao verdadeiramente convertido. (4) Suas lmpadas ficam acesas por
algumas horas, o que indica que tm o azeite da graa. O texto no explcito
quanto a algumas das lmpadas chegarem a apagarse. (5) So consideradas
dignasdechegaremprimeiraressurreio,aressurreiodentreosmortos,oque
ocasosomentedosfilhosdeDeus.(6)Asvirgensnsciasadormecemjuntamente
com as prudentes, e acordam juntamente com elas. (7) As virgens nscias esto
prontas para entrar se o noivo chegar cedo ao invs de tarde, ou seja, antes de
adormecerem. (8) Mesmo no fim continuam sendo virgens, a qualificao interna
essencial para as bodas. sua nica deficincia est dentro do mbito da sua
capacidadecircunstncialesecundria:faltalhesumasegundamedidadeazeite.
Osdescrentes,porcontraste,deixamdesatisfazerasduasqualificaes".4
Haindamuitasoutraspassagensquesousadasparaapoiaropontodevista
midtribulacionaista, tais como Mt.24:40 e Lc.21:36, e, ainda, muitas passagens
bblicassobreodeverdocristodeestarsempreemvigilnciaparaqueavindade
Cristonoosupreenda.
BIBLIOGRAFIA
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Societies,197586p.
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TURNER, Donaldo D.Doutrinadas ltimas Coisas. So Paulo, Imprensa Batista Regular, 1988
404p.
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