Seleção de Materiais de Informação: Princípios e Técnicas - 3. Ed.2010
Seleção de Materiais de Informação: Princípios e Técnicas - 3. Ed.2010
Seleção de Materiais de Informação: Princípios e Técnicas - 3. Ed.2010
Seleo de materiais
de informao:
princpios e tcnicas
Terceira edio
BRIQUET DE LEMOS
LIVROS
Sumrio
Introduo
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10-03633
2010
Briquet de Lemos / Livros
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Poltica de seleo
Componentes do documento de poltica de seleo
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Doaes
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O futuro da seleo
A adequabilidade do livro
O custo do livro
O contexto social da informao
A seleo de materiais na era da informao eletrnica
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Consideraes finais
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Bibliografia complementar
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Anexos
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ndice
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Introduo
vi
J FAZ MAIS DE UMA DCADA que a segunda edio deste livro foi
publicada. E acho que pelo menos uns cinco anos desde que ela se
esgotou. Do momento da publicao do livro quele em que a tota
lidade de seus exemplares foi adquirida por bibliotecrios ou estu
dantes de biblioteconomia do pas inteiro, vrias coisas se modifica
ram na realidade das bibliotecas e unidades de informao do pas.
Consciente dessas mudanas, eu entendi, ento, que uma republica
o ou reimpresso da obra no seria conveniente. Para continuar
cumprindo seus objetivos, ela necessitaria ser atualizada.
nicialmente, tudo pareceu relativamente fcil. Afinal, em pouco
mais de um ano de trabalho eu havia conseguido elaborar a segun
da edio do livro, publicada apenas trs anos depois da primeira.
Desta vez, no entanto, as coisas no correram da mesma forma. Feliz
ou infelizmente, envolvi-me em muitas atividades profissionais nos
ltimos dez anos, dando prosseguimento minha carreira acadmi
ca, exercendo por duas vezes a chefia do Departamento de Bibliote
conomia e Documentao da Escola de Comunicaes e Artes da
Universidade de So Paulo, engajando-me na orientao de traba
lhos acadmicos em nvel de mestrado e doutorado, dedicando-me
a outros projetos de livros (alguns deles tampouco finalizados at
hoje), publicando livros em outras reas, etc. Tudo isso no me per
mitiu a concentrao necessria para dedicar-me atualizao de
meus vrios livros na rea de biblioteconomia, entre os quais este se
inclui.
A ideia de trabalhar na terceira edio de Seleo de materiais de
informao jamais foi abandonada. Ela sempre representou um fan
tasma a me espreitar, fantasma do qual eu sabia que no conseguiria
fugir indefinidamente e que cedo ou tarde iria alcanar-me. Parece
que este dia finalmente chegou. Para o bem ou para o mal.
Lembro-me que, ao escrever a introduo da segunda edio deste
livro eu historiei o incio de minha atuao como autor na rea de
biblioteconomia, reportando-me publicao de meu livro sobre de1
da vez anterior, reli o que havia escrito antes, mantive o que entendi
continuar com a mesma validade, reformulei as partes em que senti
a necessidade de um enfoque diferente, acrescentei informaes que
me pareceraq1 necessrias, atualizei a bibliografia, ampliei conside
raes que antes s havia esboado. Acredito que acertei em algu
mas decises, assim como, provavelmente, equivoquei-me em ou
tras (e espero sinceramente que o nmero das primeiras seja subs
tancialmente maior que o das segundas ... ). Acredito, tambm, que
deixei de seguir alternativas que talvez pudessem ser mais interes
santes tanto para mim quanto para os futuros leitores do livro. Mas
sobre isso no me debruo ou peo desculpas. $empre tive por nor
ma que algum jamais se deve arrepender daquilo que no fez. No
vejo motivo para mudar de opinio a esta altura da vida.
Notas
1
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1
A seleo: um momento de deciso
O BIBLIOTECRIO TALVEZ NO o saiba, mas h um momento em que
chamado para tomar uma deciso. Ou seja: um momento de deci
so. No que deva sentir-se uma Shirley MacLaine ou uma Anne
Bancroft, mas a sensao talvez seja um pouco parecida com a que
elas experimentaram no filme Momento de deciso (The turning point)
(se algum ainda no o assistiu, assista-o). H um momento em que o
poder de deciso pode estar nas mos do bibliotecrio. quando da
seleo. De livros, peridicos, discos, filmes. De qualquer material
passvel de fazer parte do acervo. De qualquer item cuja incorporao
ao conjunto existente contribua para que se aproxime mais dos objeti
vos estabelecidos para aquele agrupamento de materiais informacio
nais. Assim, ao menos potencialmente, o bibliotecrio interfere na
vida de inmeras pessoas. Quando um simples ato profissional de
fine o universo de informaes a que um grupo de usurios ter
acesso, pode-se dizer que o bibliotecrio detm o poder. O poder. _
Mas, considerando o acima exposto, algum poder perguntar: o
que, exatamente, significa isso? Entre outras coisas, significa que o
bibliotecrio, queira ou no, um elemento que est permanente
mente interferindo no processo social. Isto, sem dvida, uma es
pcie de poder: O quanto este poder interfere de fato no processo
social j uma outra questo, que provavelmente exigir uma res
posta mais elaborada.
O universo das probabilidades infinito: imagine-se, por exemplo,
que um grande pesquisador necessita de uma informao sobre de
terminado componente qumico, e que essa informao lhe permiti
r desenvolver uma vacina contra a AIDS. Vai bibljoteca e descobre que
ela no possui o ttulo que traz essa informao. Preenche um for
mulrio sugerindo a aquisio do livro e espera sua chegada. O bi5
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Consideraes gerais que
influenciam a seleo
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O assunto
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O preo
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Em busca de critrios de seleo
A LITERATURA ESPECIALIZADA est repleta de critrios, muitas vezes
repetitivos e mesmo contraditrios, destinados ao julgamento dos
materiais a serem selecionados. De todo modo, eles visam guiar o
bibliotecrio no trabalho peridico de seleo, garantindo a coern
cia do acervo no transcorrer do tempo. Graas ao conjunto de _crit:_
rios de seleffeo, comumente denominado poltica de seleo, poss
vel manter um direcionamento racional para a coleo medida que
os profissionais se incorporam ou se afastam da equipe de trabalho.
A poltica de seleo procura garantir que todo material seja incor
porado ao acervo segundo razes objetivas predeterminadas e no
segundo idiossincrasias ou preferncias pessoais. Igualmente, ela
que garante que as lacunas existentes no acervo no so fruto do
descaso ou ineficincia do profissional responsvel pela seleo, mas
se coadunam com o processo de planejamento vigente na institui
o bibliotecria, sendo coerentes com os propsitos e objetivos es
tabelecidos para sua atuao.
Antes de entrar propriamente nos critrios de seleo, impor
tante fazer urna advertncia: a organizao da atividade de seleo
mediante o estabelecimento de critrios s eficiente quando todos
os envolvidos trabalham de modo racional, dispostos a discutir ob
jetivamente a aplicao ou aplicabilidade desses critrios. Na medi
da em que os envolvidos na problemtica da seleo afastam-se do
racional, mergulhando no terreno do passional ou do autoritarismo,
os critrios de seleo tornam-se cada vez mais incuos. No existe
critrio de se)eo que possa anular ou dissuadir uma autoridade
superior firmemente decidida a fazer valer a sua vontade... ou um
bibliotecrio disposto a imprimir seus preconceitos pessoais ao acer
vo sob sua responsabilidade. Neste sentido, os critrios consubstan-
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-P
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Seleo de materiais especiais
e multimeios
PA RA AS FINALIDA DES DESTE captulo, so materiais especiais ou multi
meios todos os materiais de biblioteca, exceo dos livros. Assim,
aqui se incluem os peridicos em geral (revistas especializadas, jor
nais, etc.), os materiais audiovisuais (filmes, discos, fitas cassetes,
diapositivos, etc.) e as novas tecnologias (ovos, programas de com
putador em cos, etc.).
.
,
Um ponto importante que deve ser colo; ado como pre1ssa_ a
discusso de critrios que os diferentes ve1culos de comumcaao
no podem ser encarados como adversrios em uma grande disputa pela
preferncia da sociedade. Nenhuma forma d comunicao conolida
da imediatamente destruda pelo aparecnnento de novos ve1culos.
As formas anteriores modificam-se, tm seu pblico diversificado e
continuam valendo. Estratificam-se. Assim sempre tem acontecido
e no h motivos que faam acreditar que isto vir a modificar-se em
futuro prximo.
Bob Usherwood, em The public library as public knowledge, lembra
que, h alguns anos, a televiso !ngles apresen:ou uma srie sobre
,
o desenvolvimento das tecnologias da mformaao no fmal do seculo
x1x, na qual um bibliotecrio respondia a um usurio: "No, eu no
posso verificar em um livro, senhor, ist? uma biblioteca, no um
,
museu." Isto evidencia a crena generalizada de que os ve1culos de
informao, como os conhecemos atualmente, esto fadados a desa
parecer. H anos se prev o fim dos livros com o advento ds no as
tecnologias informacionais, da mesma forma como se prevm o fim
do cinema com o aparecimento da televiso, do videocassete e do
deved. A realidade, no entanto, mostrou que as previses
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que optar por ele. No caso dos peridicos, o ato de seleo se repete
de tempos em tempos, ao se tomar uma deciso pela continuidade
ou pelo encerramento da assinatura. Fica evidente, ento, o perigo
de se fazer renovao de assinaturas por inrcia, simplesmente por
que um ttulo vem sendo assinado h muito tempo, sem considerar
fatores importantes como o uso ou relevncia do ttulo para o usu
rio atual.
Esse compromisso com a continuidade acarretar, por exemplo,
a necessidade de considerar atentamente as implicaes do ttulo
para a biblioteca, em termos de utilizao do espao, algo que no
to essencial quando da seleo de livros. Colees de peridicos
crescem e ocupam um grande espao; isto comum em bibliotecas
especializadas, pois a informao veiculada em peridicos tem im
portncia muito grande para seus usurios, em geral pesquisadores
que necessitam de informaes atualizadas.
Vinculada avaliao do espao disponvel para acomodao dos
peridicos est a anlise global do custo desse material. Nesse senti
do, o valor pago pela assinatura de um ttulo no o nico custo
com que a biblioteca est arcando ao optar por sua aquisio; exis
tem vrios custos, diretos e indiretos, que devem ser consic;Jerados.
Mas, s para ficar no preo das assinaturas, importante salientar
que, em se tratando de peridicos cientficos, ele tem subido muito
acima dos ndices inflacionrios dos pases onde so produzidos.
Como uma assinatura de peridico representa um comprometimen
to, por tempo indeterminado, de uma percentagem razovel do or
amento da biblioteca, importante que essa anlise de custo seja
feita periodicamente. Isto muito importante com novas assinatu
ras, para no permitir que cresa em demasia o investimento da bi
blioteca em novos ttulos.
Em paralelo s anlises de ocupao do espao e custo da assinatu
ra, importante ter-se clareza quanto utilizao futura dos ttulos,
a fim de avaliar quando vale a pena fazer uma assinatura e quando a
melhor opo solicitar o fasdculo por emprstimo a outra bibliote
ca. Neste caso, estatsticas de emprstimo entre bibliotecas podem
oferecer subsdios valiosos para a tomada de deciso ( claro que,
em caso de ttulos recm-lanados esta alternativa fica prejudicada).
Julgar a qualidade de um peridico nem sempre tarefa fcil.
Fora a opinio do especialista, sempre uma ajuda indispensvel, h
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Histrias em quadrinhos
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Diapositivos
Para a seleo de diapositivos ou slides, deve-se considerar, alm da
adequao aos usurios, aspectos tcnicos como perfeio das cores,
qualidade da imagem projetada e se so compatveis com o equipa
mento de projeo existente na biblioteca. Neste ltimo aspecto,
implicaes sobre o custo tanto para aquisio do equipamento como
sua manuteno devero ser avaliadas, optando-se pelo que ofere
cer o maior nmero de vantagens.
As caractersticas do pblico so provavelmente os pontos mais
importantes a serem considerados, pois influenciaro muito na for
mulao dos critrios de seleo. Selecionar diapositivos para pro
fessores universitrios uma tarefa de maior complexidade do que
selecion-los para utilizao por estudantes de primeiro grau. O n
vel de exigncia de um docente que vai utilizar um diapositivo em
uma aula de anatomia humana ser muito maior do que o do estu
dante de primeiro grau que usar o material como ilustrao de uma
aula de cincias. No primeiro caso, a perfeio de detalhes ser o
principal critrio para seleo. No segundo, essa exigncia pode no
ser um fator to determinante.
Buscando sistematizar o assunto, a professora. Maria Luiza Loures
Rocha Perota, em seu livro Multimeios: seleo, aquisio, processamen
to, armazenagem, emprstimo, um dos poucos textos em portugus a
enfocar o tema, sugere, resumidamente, os seguintes critrios de
seleo:
1)
2)
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Outros materiais
Como se comentou no incio deste captulo, no se pretendeu aqui
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Seleo de documentos eletrnicos
QuEM ACOMPANHA DE PERTO a evoluo dos suportes de informao
sabe como eles se diversificaram nos ltimos anos com a possibili
dade de armazenamento digital de dados. O armazenamento de
dados em computadores de grande porte, a aquisio de disquetes,
co-Rorvis e atualmente ovos contendo bases de dados bibliogrficos,
o acesso cm linha ou via internet a computadores remotos, etc. fa
zem parte de um leque de alternativas disponveis para tornar a in
formao mais acessvel, maximizando seu uso.
Cada vez mais, profissionais da informao que atuam em dife
rentes reas do conhecimento so chamados a se posicionar em rela
o a esses meios eletrnicos, decidindo pela sua incorporao ao
acervo. imprescindvel, ento, ter previamente definidos os crit
rios para realizar essa avaliao de maneira correta, de modo a pre
servar os mesmos padres de qualidade que conseguiram colocar
em seus acervos tradicionais.
Na seleo de documentos eletrnicos consideram-se aspectos
de contedo, acesso, suporte e custo. As consideraes sobre conte
do so iguais s feitas sobre documentos impressos, na medida em
que sua incluso se justificar com base nos objetivos da biblioteca e
no interesse dos usurios. Optar por documentos eletrnicos s por
que so modernos, bonitos e atrativos no se justifica. preciso que
o contedo esteja de acordo com os parmetros de-assunto defini
dos pela instituio e haja razovel certeza de que significaro acrs
cimo valioso em termos de expectativas e necessidades dos usuri
os. As vantagens e limitaes do documento devem ser evidentes
em termos de qualidade intrnseca, mesmo que para se isso tenha de
ouvir especialistas.
Em termos de acesso, os documentos eletrnicos devem ser avali43
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Notas
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Alternativa 1
Existncia de uma comisso de seleo, de carter
deliberativo, da qual o bibliotecrio participa
como membro ou coordenador/presidente
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nas possveis sobre a comunidade que visam a servir. Para isso, ser
necessrio que desenvolvam mecanismos formais (estudos de co
munidade, de usurios, pesquisas de opinio, etc.) ou informais (con
tato direto com os usurios, em geral no emprstimo de materiais)
visando identificar fontes de auxilio tomada de decises. A prtica
acabar por capacit-los a identificar personalidades dispostas a au
xiliar na anlise dos materiais, trazendo-lhes valiosos subsdios para
a seleo. Esta prtica, convenientemente implementada, tambm
poder funcionar como um excelente veculo de relaes pblicas
para a biblioteca.
Mecanismos para identificao, avaliao e registro
Quando, no incio deste captulo, foram mencionadas listas de ttu
los sobre os quais a deciso de seleo foi ou ser tomada, deixou-se
de comentar que grande parte do trabalho que precede essa deciso
composto por rotinas administrativas que visam gerar um eficien
te fluxo de informaes. Essas listas de ttulos no surgem de ma
neira espontnea, mas so confeccionadas com dados obtidos de
diversas fontes, que podem ser tanto os usurios da biblioteca como
publicaes da mais variada procedncia. Isto implicar, entre ou
tras coisas, a necessidade de:
elaborar formulrios adequados para cada tipo de biblioteca, de
modo a identificar satisfatoriamente tanto a procedncia da indi
cao (usurio? corpo tcnico da biblioteca?) como o material
indicado (autor, ttulo, edio etc.);
definir os instrumentos auxiliares a serem utilizados para a sele
o.
Formulrios para indicao e seleo de ttulos
Parece desnecessrio enfatizar a importncia de se contar com ins
trumentos formais para a indicao de ttulos. Grande porcentagem
dos materiais incorporados ao acervo das bibliotecas provm de indi
caes dos usurios, e s vezes triste verificar como esse processo
ocorre de maneira completamente irregular. Histrias sobre usurios
que apresentaram indicaes para seleo nos mais variados e pito-
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Poltica de seleo
FALAR SOBRE POLTICA de seleo , de fato, repetir muito do que j foi
mencionado neste ou no livro sobre desenvolvimento de colees.
Por esse motivo, este captulo ser dedicado mais estruturao do
documento de poltica do que discusso sobre sua razo de ser,
procurando fornecer subsdios para que cada profissional, em cada
situao especfica, elabore seu prprio material. Antes, porm, con
vm apresentar os motivos da existncia de um instrumento formal
de poltica de seleo.
Muitos bibliotecrios argumentaro que dispor de um documento
onde os critrios de seleo esto registrados , sob certos aspectos,
uma perda de tempo. Afinal, no tm dvida de que utilizam crit
rios de seleo razoveis e os tm gravados na memria. Alm do
mais, diro, os usurios parecem estar satisfeitos com aquilo que
eles, os bibliotecrios, esto realizando. Para comprovar isso, desa
fiaro os incrdulos a perguntar a opinio dos usurios e mostraro
o acervo sob sua responsabilidade, duvidando que algum possa
discordar dos critrios que utilizam ou afirmar que realizam seu
trabalho de maneira no-criteriosa.
Longe deste autor querer duvidar da sinceridade desses biblio
tecrios. Muitos profissionais exercem a atividade de seleo com
zelo admirvel e so bem-sucedidos no desenvolvimento de cole
es adequadas a seus objetivos. Analisam cada material que inclu
em no acervo, utilizam critrios objetivos e bem-elaborados, discu
tem com os usurios a importncia de cada item, negociam interes
ses divergentes, evidenciando, em todos os seus atos, a preciso de
suas decises. Profissionais assim (e felizn1ente existem muitos nes
te pas) so exemplos que devem ser reconhecidos e servir de mode
lo para todos os outros.
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Doaes
EM PRINCPIO, A DOAO uma funo de aquisio, assim como a com
pra ou a permuta. O que a diferencia que ela no precisa ser inici
ada pelos bibliotecrios. Quando isso acontece com muita frequn
cia, podem surgir problemas de disponibilidade de espao fsico.
Dependendo da sobrecarga de atividades do corpo tcnico, os ma
teriais podem acumular-se na biblioteca, espera de uma deciso
quanto sua incorporao.
Como evitar essa acumulao uma preocupao sempre pre
sente. Nem sempre possvel selecionar os materiais no momento
de seu recebimento, e no seria sensato recusar doaes porque no
se tem tempo para avali-las: o risco de deixar de obter itens valio
sos e importantes para o acervo grande demais.
Pode parecer que o bibliotecrio fica no dilema do 'se correr o
bicho pega, se ficar o bicho come'. Mas no verdade. Em um pas
onde as bibliotecas e centros de informao so alvo de restries
oramentrias, as doaes so uma inestimvel fonte para a aquisi
o de recursos informacionais: no podem ser absolutamente des
prezadas ou encaradas de maneira superficial.
A frequncia com que uma biblioteca procurada para a doao
de materiais pode ser um sinal de seu prestgio junto comunidade.
Nem sempre fcil para algum dispor de materiais que adquiriu
durante toda uma vida. Do-los pode ser uma deciso doda e des
pida de satisfao pessoaJ, a no ser a de saber que est entregando
bens preciosos a algum que deles tratar com carinho similar ao
que receberam de seu dono. Qualquer usurio que procure a biblio
teca para doar materiais merece o maior respeito, ainda que o seu
oferecimento no seja relevante aos objetivos daquele acervo espec
fico.
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Reconsiderao da deciso de seleo
NEM SEMPRE AS DECISES de seleo obtm consenso. s vezes, itens
favrvelmente selcionados e adquiridos desagradam parte dos
usuanos,
_
. que pressionam os responsveis pela biblioteca para que
se3am retirados do acervo. As razes e implicaes dessas atitudes
sero tratadas no prximo captulo, mas preciso partir da premis
sa de que a probabilidade de ocorrerem no desprezvel. O mesmo
se d quanto a decises de seleo contrrias aquisio de docu
mentos sugeridos pelos usurios, que insistiro para que a bibliote
ca mude sua posio.
razovel_ imaginar que essas presses sero tanto maiores quanto
na1or for o mteresse dos usurios pela coleo. Reclamaes no
sao necessru-iamente um incmodo a mais para o trabalho dos biblio
tecr!os (bem, talvez algumas at o sejam), e devem ser previstos
canais por ?de sejam filtradas e ai1alisadas quanto sua pertinn
cia. :r mais trreverente ou irrelevante que seja sua reclamao, todo
usuano merece receber dos bibliotecrios o mesmo tipo de ateno
_
e respeito. Graas a essas reclamaes, pode ficar evidente um
descompasso entre as polticas da biblioteca e as caractersticas ou
interesses da comunidade.
A_mesma imparcialidade que se procura imprimir s decises de
sleao deve ser dirigida s reclainaes a respeito do processo. Teo
ncai11ente ao meos, a imparcialidade e a coerncia no julgai11ento
dessa reclmraoes deve'.iam ser a marca caracterstica da atuao
dos b1bltotecanos. Esse e um objetivo difcil de ser atingido, mas
que ,erece ser perseguido, ainda que seja apenas por autodefesa,
ou se}a, pra evitai: maiores complicaes. Todo e qualquer caso de
msattsfaao devera ser julgado luz dos critrios de seleo utiliza
dos na biblioteca. Se for comprovado que houve erro dos seleciona-
77
dores admiti-lo e tomar as medidas necessrias para sua correo
o mnimo que se poder fazer. No haver demrito algum para ningum nesse processo.
. .
. .
Embora no se deseje em absoluto restrmg1r o dtre1to qu: tem:
usurios de discordar dos resultados do processo de seleao, sera
e
preciso algum grau de formalizao, a fim de orientar a revis
regis
organizar um eventual fluxo de reclamaes, bem como para .
en
trar todos os casos. Alguns por timidez, outros por desconhecim
que reencer
_
to, os usurios podem ficar constrangidos por terem
um formulrio de reclamao e deixaro de registrar sua d1scordan
is
cia. Devem ser elaborados instrumentos que possibilitem a admin
trao eficiente das insatisfaes, no barreiras que desestimulem
sua apresentao por escrito. Formulrios bem-elaborados, acom
panhados por uma atitude de disponibilidade e _boa vontade para
6
com os usurios so uma grande ajuda nesse obJetivo. No anexo
apresenta-se uma sugesto de documento formal.
1
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Tpicos especiais de seleo
O ATO DE SELEO NO ocorre no vazio. influenciado por diversos e dife
rentes fatores, alguns mais corriqueiros e diretamente ligados tomada
de deciso, como o estado fsico ou mental do selecionador, outros com
plexos e distantes, como a infraestrutura editorial a que a biblioteca tem
acesso. Ressalte-se que o elemento humano no pode ser ignorado em
qualquer processo de tomada de deciso, e que a seleo est inserida em
complexos sistemas sociais. Este captulo est voltado para essa proble
mtica, embora no se busque esgotar o complexo de relaes/interaes
sociais passveis de interferir no processo de seleo.
Imaginou-se que tentar abordar pragmaticamente alguns temas
encontrados no dia-a-dia dos profissionais poderia trazer maiores
benefcios para os leitores. Como toda seleo, a realizada para este
captulo tambm pode ser objeto de discordncia e seria muito bom
se isso acontecesse.
Um dos itens importantes para destaque, a censura de materiais,
j foi anteriormente abordado por este autor em vrias oportunida
des, por isso busco outro enfoque, fazendo referncia a textos ante
riores, quando for o caso. Outros tpicos tm sido abordados na lite
ratura internacional, mas em geral sob o ponto de vista de bibliotec
rios de pases mais desenvolvidos. Uma abordagem que leve em
conta as caractersticas do pas parece muito mais proveitosa, e ela
ser buscada nas pginas seguintes.
A separao dos tpicos resultou mais ou menos superficial, aten
dendo apenas a objetivos metodolgicos e de clareza do texto, pois
a relao entre eles impossvel de ser quebrada. Na realidade, eles
devem ser vistos a partir dessa interao, e no como fatores isola
dos, o que poder facilitar a compreenso do fenmeno aqui consi
derado, ou seja, a seleo.
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Por muito tempo a seleo foi considerada como uma arte. Muitas
pginas foram escritas comparando o trabalho do selecionador com
o de um artista que, martelada aps martelada, de uma pedra bruta
faz surgir a figura de um deus grego. Isto significava dizer que ape
nas bibliotecrios com talento especiaJ poderiam desenvolver boas
colees. Aos outros restava dedicar-se sublimao de suas deficin
cias, o que talvez, mas muito improvavelmente, seria atingido aps
30 ou 40 anos de trabalho.
Felizmente, essa viso parece ser hoje parte do passado. J no se
compreende a atividade do selecionador como uma arte, mas muito
mais como uma funo tcnica que exige formao e treinamento. O
domnio de algumas habilidades e conhecimentos bsicos ser ne
cessrio para todos os bibliotecrios que desejem dedicar-se priori
tariamente s atividades de seleo.
O Brasil deu passos concretos rumo ao melhor equacionamento
da formao profissional para a seleo de materiais em bibliotecas,
ao introduzir a matria formao e desenvolvimento de colees no
currculo mnimo dos cursos de biblioteconomia. Embora insuficien
te, representa um avano, pois um espao para discusso da proble
mtica do desenvolvimento de colees foi previsto, restando ape
nas preench-lo adequadamente.
Bibliotecrios malpreparados para a tomada de deciso tomaro,
obviamente, decises inadequadas, prejudicando todos aqueles cujas
necessidades informacionais devem ser atendidas pela coleo sob
sua responsabilidade. Como preparar adequadamente esses profis
sionais torna-se, ento, a questo dominante.
No Brasil, ao contrrio de pases mais desenvolvidos, praticamen
te inexistem bibliotecrios trabalhando em tempo integral na sele
o de materiais. Isto talvez explique porque as escolas dedicam
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encontrar espao
b)
c)
d)
e)
f)
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repassad a
ao usurio
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,
a opo mais ap ropri ada. Como diz o _velh? '.tado: prudencia e
caldo de galinha nunca fizeram m al a nmguem .
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O futuro da seleo
COMUM ouv1R FALAR no fim das bibliotecas, como so conhecidas at
hoje, ou seja, um edifcio onde se armazenam materiais de informa
o (predominantemente livros) sob os cuidados de p rofissionais
conhecidos como bibliotecrios. A bibliografia de biblioteconomia e
cinci a da informao e as publicaes voltadas p ara o grande p
blico divulgam previses que enaltecem as delcias de um mundo
onde a informao em p apel ser apenas uma lembrana, vista so
mente em museus.
Esse futuro foi e idealizado em um maravilhoso cenrio onde a
informao flui r at seus interessados de maneira quase instant
nea, b astando, para tanto, ter-se um computador, um modem e um
dispositivo de comunicao. Nesse contexto, falar em seleo de
materiais chega mesmo a ter como que um rano de saudosismo
antecipado. Afin al, esta uma poca m arcada pela inconstncia no
plano das idei as e no d as tecnologias, que surgem e proliferam ain
da mais rapidamente.
Na rea da inform ao, os avanos ocorreram com rapidez es
pantosa. Segundo Paul Shaughnessy, passamos "da biblioteca basea
da em papel p ara a biblioteca automatizada em um perodo de cerca
de duas dcad as" . 1 A revoluo da eletrnica bate s portas das bi
bliotecas e centros de inform ao e parece acenar-lhes com o desti
no inexorvel de seu desap arecimento.
Aparentemente, no h averi a futuro para essas instituies que
se encontram. Em alguns casos, instal ad as em p rdios imensos e
suntuosos, onde armazenam prioritariamente livros e outros m ate
riais de informao em suporte de papel. Tampouco haveria futuro
par a os profissionais responsveis por esses acervos.
Se no h futuro, seria o caso de indagar quais os motivos que
99
,,
100
101
A adequabilidade do livro
105
106
107
Notas
SHAUGHNESSY, Thomas W. The library director as change agent. ]ourna/ of Library
4
5
6
7
Para quem deseja aprofundar-se nesta questo, talvez o melhor texto dispon
vel, apesar do radicalismo de seus autores, seja o de Walt Crawford e Michael
Gorman, Future Iibraries: drearns, madness & reality (Chicago: American Library
Association, 1995), cuja leitura aconselho.
Mais informaes em PROBST, Laura K. Libraries in an environment of change:
changing roles, responsibilities, and perception in the information age. Journal
of Library Administration, v. 22, n. 2/3, p. 7-20, 1996, e RowLEY, Jennifer. Libraries
and the electronic information marketplace. Library Review, v. 45, n. 7, p. 6-18,
1996.
ATKINSON, Ross. Library functions, scholarly communication, and the foundation
of the digital library: laying claim to the contrai zone. Library Quarterly, v. 66, n.
3, p. 239-265, 1996.
N1soNGER, Thomas E. Ccillection management issues for electronic journals. IFLA
journal, v. 22, n. 3, p. 233-239, 1996.
ATKINSON, Ross, op. cit..
Citado por Tefko Saracevic na p. 519 do painel intitulado LIBRARIES present and
future: the future of the library profession. The E/ectronic Library, v. 14, n. 6, p.
517-522, 1996.
108
12
Consideraes finais
QuE NINGUM SE ENGANE: a leitura deste livro no capacitar o biblio
tecrio auto-suficincia na seleo de materiais de informao.
Imagino, talvez com o entusiasmo de autores estreantes, que ela lhe
dar mais confiana em si mesmo, possibilitando-lhe realizar um
trabalho de melhor nvel. Mas minhas iluses param a, pois ainda
existe muito para ser falado, discutido, questionado, repensado,
devido s condies especficas de atuao, diversidade de situa
es onde se identificam e avaliam os materiais para seleo. Cada
estrada ser feita pelo prprio caminhar.
Este livro prope passos iniciais, que entendo necessrios para todos
os profissionais, independentemente das bibliotecas onde atuem.
Acredito que instituies de informao mais eficientes, com acer
vos e servios que respondem de forma adequada s necessidades
dos usurios, passam pela definio correta das atividades de sele
o. Entendo, inclusive, que no se trata de simples opo profissio
nal. uma imposio tica. Nenhum profissional pode contentar-se
com a mediocridade.
Quero encerrar com uma nota otimista e no como um velho de
dedo em riste. Minha experincia, como docente e autor, tem-me
feito acreditar cada vez mais na importncia desta rea. Neste mun
do em ebulio, h muito a ser feito e o papel a ser desempenhado
pelos profissionais da informao est ainda virgem, pronto para
ser preenchido, espera de que eles mesmos definam a forma como
iro ocup-lo. O fascinante nisso tudo que no existem limites pos
sveis para a atuao profissional, bastando apenas que se tenha a
coragem de ousar. Mais do que nunca, agora compensa sonhar.
109
Bibliografia complementar
Esta lista menciona ttulos que trazem informaes complementares para
os leitores. A maioria em lngua inglesa, refletindo a predominncia desse
idioma na literatura profissional. Todos foram utilizados na elaborao deste
livro, por isso alguns leitores notaro que j tm familiaridade com parte
das ideias apresentadas nas obras. Para melhor organizao, agrupei os ma
teriais segundo trs categorias: livros, publicaes peridicas (abrangendo
tanto os ttulos de uma publicao como fascculos especficos), e docu
mentos e listas de discusso eletrnicos. Relacionei ttulos que tratam espe
cificamente da seleo de materiais e os que tratam do desenvolvimento de
colees em geral.
Livros
ANDRADE, Diva, VERGUEIRO, Waldomiro. Aquisio de materiais de informao.
Braslia: Briquet de Lemos / Livros, 1996. - Dada a exiguidade da literatura
em portugus, um texto sobre aquisio pode ser pertinente para ampliar
as reflexes sobre as consequncias das decises de seleo, tornadas real
mente efetivas a partir do trabalho da aquisio. As duas atividades esto
muito ligadas e as respostas possibilitadas por uma acabam se refletindo
na outra, e vice-versa.
BARKER, Keith (ed.) Graphic account: the selection and promotion of graphic
novels in libraries for young people. Newcastle-under-Lyme: Toe Library As
sociation; Youth Libraries Group, 1993. - Enfoque pragmtico sobre a se
leo de histrias em quadrinhos em bibliotecas, organizado por un1 bibli
otecrio com experincia prtica na rea. Aborda apenas as graphic novels,
que so parcela importante da indstria de histrias em quadrinhos, mas
no chegam a esgotar o leque de veculos pelos quais as histrias em qua
drinhos so divulgadas. Considerando que as graphic novels, em mbito
internacional, tm representado uma espcie de carto de visitas do gne
ro e tm aberto as portas das bibliotecas para esse material, o livro consti
tui uma leitura bastante proveitosa.
BROADUS, Robert N. Selecting materiais for libraries. New York: H. W. Wilson,
1981. - Um manual j tradicional na rea. Bastante claro e preciso, busca
tratar a fundo, de maneira sistemtica, a questo da seleo em bibliotecas.
Apesar de publicado h mais de quinze anos, continua uma leitura obriga
tria para aqueles que desejam aprofundar-se no assunto.
110
111
112
OsBURN, Charles & ATKINSON, Ross (ed.) Collection management: a new treatise.
Greenwich: JAI Press, 1991. (Especialmente os trs captulos relacionados
com a seleo de materiais, nas pginas 273 a 335.) -Indispensvel para
os interessados em desenvolvimento de colees. Os captulos sobre sele
o merecem leitura atenta.
PATTIE, Ling-yuh W.; Cox, Bonnie Jean (ed.) Electronic resources: selection and
bibliographic control. New York: Haworth, 1996. - Publicado originalmente
como fascculo de Cataloging & Classification Quarterly, traz artigos sobre
SPILLER, David. Book selection: principies and practice. 5. ed. London: Clive
Bingley, 1991. - Um manual bastante tradicional de seleo, tratada de
um ponto de vista prtico, apesar do enfoque demasiadamente centrado
na biblioteconomia inglesa. Continua atual.
VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de colees. So Paulo: Polis; Asso
ciao Paulista de Bibliotecrios, 1989. - Uma abordagem ampla e inicial
sobre desenvolvimento de colees.
Peridicos especializados e artigos especficos
DREXELL LIBRARY QUARTERLY, V. 18, n. 1, 1982. - Nmero especial sobre cen
sura em bibliotecas. Apesar de ter sido publicado h mais de 20 anos, con
tinua a manter sua atualidade. Traz artigos esclarecedores e bem elabora
dos, uma leitura fcil e agradvel.
JouRNAL OF LIBRARY AoMINISTRATION. New York, Haworth Press, 19 . - Ttu-
113
114
115
Anexo 1
Formulrio para indicao de ttulos
Autor
Ttulo
Local de publicao
Data de publicao
Editora
Preo
ISBN/ISSN
3.2 Doaes
3.3 Duplicao de materiais
3.4 Substituies
3.5 Reconsiderao de decises
Anexos
a) Fluxograma das atividades de seleo
b) Formulrio para sugestes
c) Formulrio para doaes
d) Recibo de doaes
e) Formulrio para reclamaes ou reconsiderao de decises
Anexo 3
Modelo de poltica para doaes
Indicado por
Endereo
Profisso
Telefone
Anexo 2
Esquema do documento de poltica de seleo
1.
2.
3.
4.
Introduo
1.1 Identificao da biblioteca e instituio mantenedora
1.2 Descrio dos objetivos da biblioteca e caracterizao do pbli
co-alvo
1.3 Identificao dos responsveis pela seleo, inclusive a compo
sio da comisso de seleo, quando existir
1.4 Descrio pormenorizada das atividades de seleo
Instrumentos auxiliares utilizados
2.1 Catlogos de editoras
2.2 Bibliografias
2.3 Resenhas
2.4 Outras fontes de seleo
Critrios gerais de seleo
3.1 Assuntos de interesse
3.2 Aspectos qualitativos
3.3 Aspectos fsicos
Polticas especficas
3.1 Colees especiais (filmes, udio, diapositivos, etc.)
3.2 Documentos eletrnicos
116
Anexo 4
Formulrio para doao de materiais
Eu, ___________, carteira de identidade (Rc) n ___,
residente na rua
estacidade de
do de ___, abaixo assinado, por este intrumento transfiro incondi
cionalmente Biblioteca -----------------' situada na rua
cidade de
estado de
todos os meus direitos sobre os materiais doados nesta data, conforme
relao em anexo. Declaro, tambm, ter tomado cincia e estar de acor
do com a poltica adotada pela biblioteca em relao s doaes.
Data
Assinatura-------------
117
Anexo 5
Recibo de aceitao de doaes
A Biblioteca
aceita e reconhece como doao
incondicional sua coleo o(s) item(ns) abaixo relacionados, doados
por
residente na rua _______ _ _ _ __,
cidade de
estado de _____, e concorda em administrlo(s) de acordo com as polticas formalmente estabelecidas para as
doaes.
Data
Assinatura ___ _ _ _ _____ _ _
Relao dos materiais doados
1. ------------------------
--
2. ------------------------- -
Anexo 6
Formulrio para reconsiderao de decises
Ttulo____________ _ _ _
_
Autor
Data de publicao _ __ Tipo de material:
Editor
D Livro D Revista
D Filme
D Fita ou disco
D Outro:_ ___
Solicitao feita por- - ---- carteira de identidade (RG) n
residente na rua
cidade de
estado de __,
telefone
D grupo ou organizao.
Voc representa: D a si mesmo
Nome do grupo ou organizao--- - - - - - - - -----Motivo do pedido de reconsiderao: por favor, explicite nas linhas seguintes
os motivos por que considera que o material deve ser retirado do acervo:
118
Indice
adequabilidade do livro 100-101
adequao da seleo 22-23
Andrade, D. llO
rea de a luao da biblioteca 11
assunto da biblioteca 13
assuntos polmicos 15
Atkinson, R. 108, 113
ato de doao 76
atualidade 20-21
autoridade 18-19
Barker, K. 110
base de dados 49-51
bibliotecrio
poder de deciso 5-6
participao na seleo 7-9, 61-63
Blu-Ray 38
Bonk, W. 24
Borges, J.L. 3, 4, 102
Broadus, R.N. 111
Broderick, D. 111
caractersticas dos documentos 23-25
Carter, M. 24
catlogos de editoras 67
CD-ROMS 45-49
censura 83-88
Chemical Abstracts 48
classificao decima1 11
cobertura de assunto 21
comisso de seleo 59-61
compact disc 39-40
COMUT 92
convenincia para o usurio 22
cooperao bibliotecria 88-92
Cox, B.J. 113-114
Crawford, W. 108
critrios de seleo 10-25, 68, 69, 71, 73
Curley, A. 111
custos 15, 24, 45, 101-102
Davis, B. 85
Deir, M.L.C. 34, 42
demanda reprimida 57
desiderata 57
desintermediao 100, 103
diapositivos 40-41
Dickinson, G.K. 111
direitos autorais 93-95
discos 38-40
doaes 75-76
documento de poltica 71-74, 117-118
documentos
eletrnicos 43-51
na internet 51-56
relevncia 22
DVOS 38, 98
DVD-ROMS 45-49
Eco, U. 20, 34, 42
editoras de prestgio 19
Ellison, J.W. 111
emprstimo entre bibliotecas 89-93
endereo eletrnico 52, 56
Erclia, M. 56
especializao da biblioteca 11
estilo dos documentos 23
Evans, G.E. 111
Fenner, A. 112
Figueiredo, N.M. de l12
filmes 38-40
fitas
de udio 38-42
de vdeo 98
formulrio 63-65, 78
para doao de materiais 118
para indicao de ttulos 63, 117
para reconsiderao de decises 119
fotocpia 94
furtos 15
Fulas, E. 112
119
multimeios 26-33
gibitecas 31-33
Gorman,M. 108
Graeff,A. 56
graphic novels 31-32
Nisonger,T.E. 107,108
No despertar da tormenta (filme) 85
hipermdia e hipertexto 53
histrias em quadrinhos 30-32
home page 53,56
1-Iughes, M.J. 112
identificao,avaliao e registro 63
idioma dos documentos 22
imparcialidade 20
indicao e seleo de ttulos 63-65
informao eletrnica 100, 102-108
Instituto Brasileiro de Informao em
Cincia e Tecnologia (m1cr) 92
instrumentos auxiliares 65-67, 73
internet 51-56, 102
Johnson, P. 112,113
Katz,13. 112
Kim Fung Yip 54,56,114-115
Lee,S.D. 113
lei de direito autoral 94-95
liberdade intelectual 84-85
lista
de desiderala 57
de sugestes 57
de discusso 52-53, 115-116
livro
adequabilidade l 00
custo 101-102
didtico 20-21, 34
infanta-juvenil 32-35
MacEwan, 13. 112, 113
McLuhan, M. 27
materiais audiovisuais e especiais 26-42
mecanismos de busca 56
Miranda,A. 113
modelo de poltica parn doaes 118
Momento de deciso (filme) 5
120