Redação Empresarial PDF
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br pela equipe da
Scritta no perodo de 2005 a 2012. Todos os direitos esto reservados,
sendo necessria solicitao para reproduzir seu contedo.
Sumrio
Introduo ....................................................................................3
1. A Arte de Negociar ....................................................................4
2. Estratgias para bons resultados ..............................................8
2.1 Revoluo comunicativa ......................................................... 9
2.2 Exposio de ideias ................................................................ 9
2.3 Argumentao...................................................................... 10
2.4 A importncia da Clareza ..................................................... 12
3. O problema da [no] comunicao eficaz ................................ 16
4. A gramtica na produo de textos ........................................ 24
5. Tcnicas para uma boa leitura ................................................ 31
6. Treinando Interpretao de Textos ........................................ 43
Gabarito ...................................................................................... 51
Introduo
Cada vez mais eminente, a preocupao com a comunicao tem
sido pauta em diversas reunies dos boardings das empresas. Alm
da inquietao jurdica, j que todo documento escrito uma prova
documentada, a eficcia e a objetividade dos comunicados, dos
emails e at das atas de reunio, entre outros textos corporativos,
tm sido itens de demasiada importncia na comunicao
empresarial.
Por isso ns, da Scritta, desenvolvemos este e-book para ajudar voc
a ser um profissional mais completo e um comunicador melhor.
Assim, neste material voc encontrar:
a importncia histrica da comunicao;
estratgias para que desenvolva uma boa redao e tenha
melhores resultados no seu campo profissional;
tcnicas e exerccios para saber fazer uma boa leitura.
Revolucione a sua forma de se comunicar e seja bem-vindo ao
novo e bem sucedido rumo da sua carreira!
Atenciosamente,
Laila Vanetti e Equipe Scritta.
1. A arte de se comunicar
h mais de trs milnios, no era algo feito por qualquer um. Escrever
era uma atividade artstica
CURIOSIDADE:
Aristteles,
eminente
filsofo
da
Grcia
Antiga, apresenta, em
sua obra Potica, a
poesia como a arte em
geral, e segundo ele, ser
poeta algo elevado ao
mais alto nvel, pois o
poeta enxerga algo turvo
que somente os homens
elevados veem.
preciso
compreender
cada
vez
mais,
compreender e ser compreendido e
tudo isso muito mais rpido. Desta forma, a transmisso adequada
de mensagens uma das principais ferramentas para o crescimento
de um indivduo ou de uma organizao, levando-os a atingir uma
vantagem competitiva impossvel de ser replicada por seus
concorrentes.
Para tanto, as pessoas que buscam atingir um alto nvel de
profissionalismo, precisam alcanar a excelncia na comunicao
(escrita e oral) e, claro, saber se comunicar em sua prpria lngua
pr-requisito do mercado de trabalho.
O bom comunicador, o bom profissional, precisa saber:
- Selecionar as ideias,
- Esquematizar e planejar o que deseja transmitir.
- Convencer (persuaso)
- Dominar o assunto que pretende defender em seu texto.
- Conhecer muito bem a sua lngua.
- Ter bom senso ao escolher o grau de formalidade da
linguagem utilizada.
- Ter senso observao, de reflexo e de conhecer o outro.
Escrever e falar bem resulta de uma tcnica elaborada, que tem que
ser cuidadosamente adquirida e constantemente aperfeioada, seja
para escrever um simples bilhete, um email ou um documento
oficial.
Comunicar-se, portanto, um conjunto de habilidades que esto
diretamente ligadas a conceitos histricos e filosficos da ideia de
Verso 1
De repente, os homens chegaram. Colocaram umas pulseiras de ao
no cabra e jogaram ele no carro.
Verso 2
Os policiais chegaram de forma inesperada, algemaram o suspeito e
o levaram para a viatura.
Observe como a seleo de palavras mais especficas situao de
comunicao traz verso 2 a explicitude necessria, a qual no se
apresenta na verso 1.
Assim, conclumos que a clareza textual de tamanha
importncia para mantermos uma comunicao precisa e
eficiente.
gramtica apenas como um livro confuso e que foi feito para ser
decorado, claro que criaremos barreiras para absorver os seus
conhecimentos. Por isso, no basta sabermos as regras, preciso
aplic-las com sabedoria.
E como aplic-las com sabedoria?
O gramtico Evanildo Bechara declarou que devemos ser poliglotas
na prpria lngua". Hoje existe a ideia equivocada de que a pessoa
no deve estudar gramtica, a preocupao apenas com a
expresso. No basta a comunicao, a manifestao lingustica deve
estar amparada em outros conhecimentos. A entra o poliglota na
prpria lngua e consequentemente a sabedoria que precisamos para
aplicar tais regras.
Ao aplicar as regras gramaticais com sabedoria, voc perceber que a
gramtica existe no para dificultar a escrita ou avaliar quem um
bom conhecer da lngua ou no. As famosas regras gramaticais
foram criadas para estabelecer um padro do uso da lngua; a
gramtica no impe nada ao falante, pelo contrrio, ela surge para
definir um padro de comunicao, principalmente na escrita.
Assim, com o conhecimento da gramtica ns temos:
- maior estrutura e segurana para nos expressarmos nos
diversos contextos sociais.
- boa capacidade em usar a lngua portuguesa, desenvolvendo
competncia comunicativa por meio de atividades com textos
utilizados nas diferentes situaes de interao.
- eficaz auxlio na argumentao e clareza textual.
- alm de dicas e tcnicas de como manter uma linguagem
adequada para cada contexto necessrio.
Por fim, saber toda a gramtica no faz uma pessoa escrever bem,
mas utilizar a gramtica como uma ferramenta para escrever, isso
sim vlido!
Vejamos agora algumas dicas gramaticais que facilitam a elaborao
de diversos textos e deixam a nossa produo textual mais eficaz,
clara e coerente.
Veja as frases abaixo:
Faz trs dias que o relatrio est pronto.
Fazem trs dias que o relatrio est pronto.
Voc j teve dvida ao elaborar frases com o verbo fazer? Qual das
duas frases acima voc julgaria gramaticalmente correta?
So dvidas que muitas vezes temos ao escrever, mas a gramtica
nos orienta de maneira tranquila quanto produo correta.
Voc acertou se julgou esta frase correta: Faz trs dias que o
relatrio est pronto.
A gramtica explica tal ocorrncia, vejamos:
Nas frases acima, no encontramos ningum na posio de sujeito,
ou seja, no h nenhuma marca de que algo ou algum tenha
praticado a ao de fazer. Por isso, tais frases apresentam verbos
impessoais: verbos sem sujeito.
Aqui tambm vale a pena citar o uso de outro verbo muito conhecido,
mas que, s vezes, produz confuso quanto ao seu uso: o verbo
haver.Observe as frases:
H muitos funcionrios nesta empresa.
H tempos que entreguei o memorando.
Incrvel, no ?!
importante ter conscientemente que a funo da pontuao no
texto no apenas para indicar pausa, mudana de pargrafo ou
assunto: a pontuao auxilia, tambm, nas interpretaes de
opinies e nos pontos de vistas.
Voc sabia tambm que o uso (ou no) da crase pode produzir
vrios sentidos?
2) diminuio da poluio
3) eficincia energtica
- desenvolvimento aprimorado
1)benefcios para a baixa
renda/sustento na natureza
TEXTO I
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memrias pelo princpio ou
pelo fim, isto , se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a
minha morte. Suposto o uso vulgar seja comear pelo nascimento,
duas consideraes me levaram a adotar diferente mtodo: a
primeira que eu no sou propriamente um autor defunto, mas um
defunto autor, para quem a campa foi outro bero; a segunda que o
escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moiss, que tambm
contou a sua morte, no a ps no introito, mas no cabo: diferena
radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in
Memrias Pstumas de Brs Cubas)
1) Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem,
que se trata:
a) de um texto jornalstico
b) de um texto religioso
c) de um texto cientfico
d) de um texto autobiogrfico
e) de um texto teatral
2) Para o autor-personagem, menos comum:
a) comear um livro por seu nascimento.
b) no comear um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) comear um livro por sua morte.
objetivos.
d) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras
abriram o caminho.
e) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras no
conseguiram fazer.
20) Com relao s bandeiras, no se pode afirmar que:
a) desbravaram
b) mataram
c) catequizaram
d) despovoaram
e) no se fixaram
21) Os ndios foram:
a) maltratados
b) aviltados
c) expulsos
d) presos
e) massacrados
22) O par que no caracteriza a oposio existente entre as
bandeiras e o boi e o vaqueiro :
a) aquelas (l. 3) / estes (l. 4)
b) ir-e-voltar (l. 6/7) / ir-e-ficar (l. 7)
c) no primeiro caso (l. 6) / no segundo (l. 7)
d) enquanto (l. 3) / e assim (1.7)
e) despovoando (l. 4) / pontilhando (l. 5)
23) ...catequizando o nativo para seus misteres... Das
alteraes feitas na passagem acima, a que altera basicamente o
seu sentido :
a) doutrinando o indgena para seus misteres
b) catequizando o aborgine para suas atividades
c) evangelizando o nativo para seus ofcios
d) doutrinando o nativo para seus cuidados
e) catequizando o autctone para suas tarefas
24) O elemento conector que pode substituir a preposio com
(l.1), mantendo o sentido e a coeso textual, :
a) mesmo
b) no obstante
c) de
d) a respeito de
e) graas a
25) ...o aparato de suas hordas guerreiras... sugere que as
conquistas dos bandeirantes ocorreram com:
a) organizao e violncia
b) rapidez e violncia
c) tcnica e profundidade
d) premeditao e segurana
e) demonstraes de racismo e violncia
TEXTO V
Voc se lembra da Casas da Banha? Pois , uma pesquisa mostra
que mais de 60% dos cariocas ainda se recordam daquela que foi
uma das maiores redes de supermercados do pas, com 224 lojas e
20.000 funcionrios, desaparecida no incio dos anos 90. Por isso,
seus antigos 5 donos, a famlia Velloso, decidiram ressuscit-la.
Desta vez, porm, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um
acordo com a GW.Commerce, de Belo Horizonte, empresa que
desenvolve programas para supermercados virtuais. Em troca de
uma remunerao sobre o faturamento, A GW gerenciar as vendas
para a famlia Velloso. A famlia cuidar apenas das 10 compras e
das entregas. (Jos Maria Furtado, na Exame, dez./99)
26) Segundo o texto, a famlia Velloso resolveu ressuscitar as
Casas da Banha porque:
a) a rede teve 224 lojas e 20.000 funcionrios.
b) a rede foi desativada no incio dos anos 90.
c) uma empresa do ramo de programas para supermercados props
um acordo
vantajoso, em que a rede s entraria com as compras e as entregas.
d) mais da metade dos cariocas no esqueceram as Casas da Banha.
e) a rede funcionar apenas virtualmente.
27) A palavra ou expresso que justifica a resposta ao item
anterior :
a) Voc (l. 1)
b) desaparecida (l. 4)
c) Por isso (l. 4)
d) Desta vez (l. 5)
e) acordo (l. 6)
28)
Desta
vez,
porm,
apenas
virtualmente.
Com a passagem destacada acima, entende-se que as Casas da
Banha:
a) funcionaro virtualmente, ou seja, sem fins lucrativos.
b) no vendero produtos de supermercado.
c) esto associando-se a uma empresa de informtica.
d) esto mudando de ramo.
e) no vendero mais seus produtos em lojas.
29) O pronome Ia (l. 5) no pode ser, semanticamente,
associado a:
a) Casas da Banha (l. 1)
b) pesquisa (l. 1)
c) daquela (. 2)
d) uma (l. 3)
e) desaparecida (l. 4)
TEXTO VI
A fbrica brasileira da General Motors em Gravata, no Rio Grande
do Sul, ser usada como piloto para a implementao do novo
modelo de negcios que est sendo desenhado mundialmente pela
montadora. A meta
da
GM
transformar-se
numa
companhia
totalmente 5 voltada para o comrcio eletrnico. A
partir do ano 2000, a Internet passar a nortear todos os negcios do
grupo, envolvendo desde os fornecedores de autopeas at o
consumidor final. A planta de Gravata representa a imagem do
futuro para toda a GM, afirma Mark Hogan, ex-presidente da filial
brasileira e responsvel pela nova diviso e-GM. (Lidia Rebouas, na
Exame, dez./99)
30) Segundo o texto:
a) a GM uma empresa brasileira instalada em Gravata.
b) a montadora fez da fbrica brasileira de Gravata um modelo para
todas as outras fbricas espalhadas pelo mundo.
c) no Rio Grande do Sul, a GM implementar um modelo de fbrica
semelhante ao que est sendo criado em outras partes do mundo.
d) a fbrica brasileira da GM vinha sendo usada de acordo com o
modelo mundial, mas a montadora pretende alterar esse quadro.
e) a GM vai utilizar a fbrica do Rio Grande do Sul como um
prottipo do que ser feito em termos mundiais.
GABARITO:
1- d 2-c 3- b 4- e 5- d 6- c 7- d 8- e 9- e 10- e 11- b 12- c 13c 14- c 15- b 16- d 17- c 18- b 19- e 20- c 21- e 22- d 23- d
24- b 25- a 26- d 27- c 28- e 29- b 30- e 31- c 32- a 33- d 34c
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