Programa Geografia C
Programa Geografia C
Programa Geografia C
PROGRAMA DE GEOGRAFIA C
12 ano
Cursos Cientfico-Humansticos
NDICE
I - Introduo ......................................................................................................................... 2
1. Contexto e justificao ........................................................................................ 3
2.
PARTE I
INTRODUO
1. CONTEXTO E JUSTIFICAO
As opes tomadas pelo grupo de trabalho que delineou os contedos programticos e
as linhas orientadoras do programa de Geografia C tiveram como quadro de referncia:
nas sugestes propostas pelos consultores e, ainda, pelas escolas e docentes que o
fizeram de forma espontnea.
de
de
do
de
PARTE II
APRESENTAO DO PROGRAMA
1. FINALIDADES
Constituem finalidades desta disciplina criar condies que facilitem:
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populaes inertes e sim por indivduos cujas prticas sociais podem desenvolver
formas de repudiar, atrair ou at melhorar as foras que parecem fora de controlo.
As caractersticas dos cursos gerais em que a Geografia aparece como disciplina de
opo no 12 ano e as consideraes anteriormente referidas justificam, portanto, a
opo em centrar os contedos do programa em problemticas relevantes a nvel
mundial. Neste contexto, o programa organiza-se em torno dos seguintes temas:
O tema 1 O Sistema Mundial Contemporneo deve ser entendido como um tema
introdutrio que tem como principal objectivo sensibilizar os alunos para as novas
problemticas e para as mutaes polticas e socioeconmicas que caracterizam o
mundo contemporneo e que iro ser desenvolvidas ao longo da leccionao do
programa. Este tema tem um carcter exploratrio e deve ser entendido como uma
sensibilizao ao desenvolvimento do programa, o que justifica o facto de no se
apresentar subdividido em subtemas.
O tema 2 Um Mundo Policntrico centra-se na anlise e compreenso da
crescente complexidade dos processos de mudana e da teia de relaes econmicas e
sociais que, organizadas escala do planeta, esto a criar um novo mundo, definido por
novas configuraes espaciais.
O tema 3 Um Mundo Fragmentado centra-se na compreenso das configuraes
espaciais que caracterizam o mundo actual, em que a transio de um espao contnuo
para um espao em rede condiciona a circulao e em que umas regies emergem em
relao a outras.
Finalmente, o tema 4 Um Mundo de Contrastes centra-se na compreenso das
assimetrias de desenvolvimento do mundo actual, evidenciando a dicotomia entre um
mundo de conforto e um mundo que luta pela sobrevivncia, cujos espaos se
interpenetram cada vez mais.
Este ltimo tema pretende que, de uma forma prospectiva, se proceda ao levantamento
de questes relativas a um conjunto de problemas que afectam o mundo actual, o que
justifica a opo por uma formulao interrogativa dos subtemas que o constituem, cuja
leccionao deve ser complementada com estudos de caso. A introduo dos estudos de
caso uma oportunidade efectiva de introduzir o conhecimento da realidade no trabalho
em Geografia, evitando abstraces e generalizaes abusivas que, muitas vezes,
ocorrem quando o estudo geogrfico incide sobre temticas muito diferenciadas,
incidentes em reas mais ou menos vastas. Atendendo s caractersticas do tema 4,
considera-se que os estudos de caso devem incidir sobre um pas desenvolvido e sobre
um pas em vias de desenvolvimento, optando-se por apresentar sugestes concretas, no
final de cada subtema.
Na concretizao dos estudos de caso, sugere-se a utilizao da metodologia do trabalho
de projecto, incluindo o trabalho de campo, a pesquisa bibliogrfica e a recolha e o
tratamento de informao recolhida em fontes diversificadas.
Na estrutura utilizada para o desenvolvimento do programa, apresenta-se a indicao do
nvel de abordagem adequado a cada subtema, o qual deve ser entendido em articulao
com os objectivos definidos. Este propsito complementado com a referncia, para
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5. RECURSOS
O ensino da Geografia requer recursos didcticos diversificados, quer como
instrumentos de anlise geogrfica, quer como auxiliares na formao de imagens
mentais. A seleco da quantidade e da qualidade dos recursos a utilizar deve ser feita
de forma rigorosa, importando salientar que estes podem ser elaborados pelos
professores e, tambm, pelos alunos.
A utilizao sistemtica e atempada dos recursos mais adequados pressupe uma
organizao escolar que possibilite ao professor permanecer, preferencialmente, numa
sala equipada, o que ir facilitar uma metodologia mais activa e experimental. Assim,
considera-se importante que nessa sala existam os seguintes recursos:
A Equipamento Fundamental
Projector de diapositivos;
Retroprojector;
cran;
Televiso;
Datashow;
Computador com impressora, scanner e ligao Internet;
Cmara de vdeo e mquina fotogrfica (disponveis quando necessrio);
Leitor de vdeo/DVD;
Armrio de mapas;
Arquivador de livros e revistas.
B Materiais fundamentais
Fotografias e diapositivos;
Vdeogramas;
Imagens de satlite e fotografias areas;
Mapas diversificados e de diferentes escalas;
Atlas do Ambiente;
Relatrios de organismos internacionais (Comisso Europeia, PNUD, Banco
Mundial, OCDE e outros);
Estatsticas diversas;
Software especfico.
C Consumveis diversos
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6. AVALIAO
Uma pedagogia activa, centrada na interaco professor-aluno e numa relao dinmica
com o saber, implica considerar, com ateno e rigor, os efeitos reguladores da
avaliao, a qual dever ser coerente com o modelo pedaggico proposto, valorizando a
sua componente formativa.
Toda a avaliao implica uma recolha de informao e elaborao de juzos e a tomada
de decises adaptadas a cada aluno, tendo uma funo eminentemente reguladora do
acto educativo. Sendo cada situao de aprendizagem nica e cada indivduo um ser
diferente, no se pode pretender que todos evidenciem os mesmos comportamentos.
Assim, ser desejvel que cada um, compreendendo o que exigido, possa contribuir
para a avaliao.
Deste modo, a avaliao dever permitir:
-
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PARTE III
DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA
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CURSO GERAL
PROGRAMA
DE
GEOGRAFIA C
CINCIAS SOCIAIS E
HUMANAS E CINCIAS
SCIO-ECONMICAS
12 ANO
NMERO
DE AULAS
PREVISTAS *
TEMAS/CONTEDOS
1. O Sistema Mundial Contemporneo ................................................................
- o reforo da mundializao
- novas dinmicas espaciais
- a reinveno do local num mundo global
2. Um Mundo Policntrico .....................................................................................
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22
12
48
Estudo de caso
Estudo de caso
TOTAL
99
* Aulas de 90 minutos
Nota: A opo de indicar apenas o nmero de aulas previsto para cada tema visa permitir uma
maior flexibilidade na sua abordagem e a utilizao de metodologias diversificadas. O total de
aulas previsto integra as actividades de avaliao.
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O Sistema
Mundial
Contemporneo
CONCEITOS
NOES BSICAS
Actores da mundializao
Aldeia global
Arquiplago-mundo
Fragmentao
Globalizao
Integrao
Interdependncia
Internacionalizao
Multipolaridade
Mundializao
Mundo policntrico
Sistema mundial
NCLEO CONCEPTUAL
O grande desafio deste incio de sculo o entendimento das novas configuraes
espaciais decorrentes da organizao, escala do planeta, de novos processos e
actores econmicos e polticos.
CONTEDOS
- o reforo da mundializao
- novas dinmicas espaciais
- a reinveno do local num mundo global
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O Sistema
Mundial
Contemporneo
NVEL DE ABORDAGEM
Com o tema 1 O Sistema Mundial Contemporneo pretende-se criar um tema introdutrio cujo
desenvolvimento, baseado na explorao dos conhecimentos dos alunos e na reflexo conjunta, se centre na
ideia de que a permanncia e a acelerao do processo de mundializao so o trao de unio entre as
diversas modificaes ocorridas no final do sculo XX e constituem um dos aspectos determinantes deste
perodo. Paralelamente, pretende-se que os alunos compreendam que, num mundo caracterizado pela
instantaneidade da informao, pelo aumento da velocidade dos transportes e pela densificao das redes de
fluxos, os locais conservam toda a sua importncia, pois a sua natureza no apenas econmica, mas
tambm poltica e simblica.
Nesta perspectiva, importante que, tendo em conta o percurso escolar dos alunos, se retomem e integrem
conhecimentos adquiridos nos anos anteriores em Geografia e noutras disciplinas, nomeadamente a Histria
e a Economia, esta ltima para os alunos do Curso Geral de Cincias Scio-Econmicas.
No desenvolvimento deste tema, prope-se que, com base na reflexo sobre o conjunto de transformaes
que caracterizam as transaces globais responsveis pela mundializao verificada nos ltimos 50 anos, se
explore o significado do conceito de mundializao e de outros associados, nomeadamente globalizao, e se
faa uma referncia, ainda que breve, dado este ser apenas um tema introdutrio, aos principais actores da
mundializao.
Sugere-se ainda que se evidencie que, se, por um lado, a mundializao tem vindo a contribuir para o
aumento da interdependncia entre lugares e regies, por outro lado, tem vindo a acentuar as assimetrias
existentes, aumentando o fosso entre as sociedades ricas e as sociedades que lutam pela sobrevivncia. Neste
contexto, pertinente salientar que, num mundo cada vez mais integrado, o mundo de sobrevivncia tem
vindo a interpenetrar, progressivamente, o mundo de conforto, acentuando tambm as desigualdades de
desenvolvimento no interior dos pases.
Considera-se tambm importante que se reflicta sobre o facto de as transformaes que caracterizam o final
do sculo XX corresponderem ao incio de um processo de recomposio da paisagem internacional,
marcada, simultaneamente, pela mundializao e pela fragmentao, criando novas dinmicas espaciais.
Neste contexto, importa evidenciar que o tipo de vnculos entre os territrios , hoje, cenrio de novos
paradoxos: uniformizao global potenciadora de maior incluso social, ope-se a emergncia de
diferenas e de novas formas de excluso; a criao de riqueza e de mltiplas oportunidades acompanhada
de ameaas e de riscos.
Finalmente, prope-se, ainda, que se faa uma anlise da dialctica global/local, de forma a que os alunos
compreendam que a mudana global no pode fazer desaparecer as outras escalas, pelo contrrio: a
mundializao crescente coincide com a afirmao dos locais como lugares de controlo (cidades globais) e
de resistncia (nacionalismos). Os princpios fundamentais da organizao espacial continuam a operar, o
que assegura que, mesmo sendo maior a integrao do sistema mundial, os lugares e as regies continuem a
fazer-se e a refazer-se. Deste modo, o novo contexto mundial preenchido com a variedade local que est
em constante mudana, do mesmo modo que o contexto global, ele prprio, responde aos desenvolvimentos
locais.
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Um Mundo
Policntrico
CONCEITOS
NCLEO CONCEPTUAL
Os alinhamentos e os antagonismos do passado recente esto a desmoronar-se e as
estruturas que permitiram a sua estabilidade parecem estar a ruir. At mesmo o
sistema internacional e a soberania dos Estados-Nao atravessam tempos
conturbados.
SUBTEMA
NOES BSICAS
Acordos de Lom
Ajuda
Centro/Periferia
Coexistncia pacfica
Conferncia de Bandung
Conferncia de Belgrado
Dependncia econmica
Deteriorao dos termos
de troca
Direito de veto
Doutrina Truman
Esfera de influncia
Estratgia de
desenvolvimento
Formas de integrao
econmica
Geopoltica
Geostratgica
Guerra fria
Mercado comum
Mercado nico
Multilateral/bilateral
Mundo bipolar
Norte/Sul
Nova ordem econmica
internacional
Novos Pases
Industrializados
Organizaes
poltico/militares
Pases em vias de
desenvolvimento/Pases
desenvolvidos
Semi-periferia
Terceiro Mundo
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Um Mundo
Policntrico
NVEL DE ABORDAGEM
Com o tema 2 Um Mundo Policntrico pretende-se que se faa uma abordagem dinmica e interactiva
dos processos que conduziram configurao do mundo contemporneo, de forma a evidenciar as
principais diferenas entre o carcter bipolar do mundo do ps-guerra e a multipolaridade do mundo actual,
salientando que, ao padro relativamente estvel da poltica internacional que caracterizou o perodo da
Guerra Fria, sucedeu uma ordem mundial fluida e imprevisvel. A construo do conhecimento da realidade
actual deve ser efectuada com base numa anlise que, no essencial, se resuma a factos e a processos de
mudana ocorridos aps a 2 Guerra Mundial. No se exclui, no entanto, a possibilidade de efectuar recuos
temporais mais longos, embora estes devam assumir um carcter muito pontual, apenas como marcos
temporais que constituam um auxiliar na compreenso dos desenvolvimentos ocorridos no perodo de tempo
antes mencionado.
Com o subtema 2.1. Antecedentes geopolticos e geostratgicos pretende-se que se faa uma
abordagem centrada na anlise e explicao dos factos e processos de mudana ocorridos no ps-guerra,
evidenciando que a coexistncia de duas vias de afirmao de poder e de deciso ( uma radicada na presena
de duas ideologias opostas, outra baseada no poder econmico) consolidou um mundo caracterizado, por um
lado, pela partilha geostratgica entre as duas superpotncias e, por outro, pela bipolarizao Norte/Sul,
baseada no dualismo econmico e num contraste de desenvolvimento.
No desenvolvimento deste subtema, considera-se importante que se explicitem as condies que
proporcionaram a partilha geostratgica e geopoltica do mundo do ps-guerra, conduzindo existncia de
um mundo bipolar. Assim, sugere-se que se evidencie a afirmao do poderio militar dos EUA e da URSS
aps 1945 e a radicalizao ideolgica que conduziu ao clima de guerra fria entre as duas superpotncias,
originando um equilbrio geopoltico instvel, facilitador da proliferao de inmeros conflitos regionais.
Neste contexto, pertinente sublinhar o papel que as organizaes poltico-militares (NATO/Pacto de
Varsvia) desempenharam na partilha do mundo, bem como o papel desempenhado pela Organizao das
Naes Unidas (ONU) e pelo Movimento dos Pases No Alinhados (MNA) no quadro do relacionamento
entre as duas potncias.
Sugere-se ainda que se saliente o papel do plano Marshall e da OECE/OCDE na reafirmao da Europa e se
evidencie o contributo do processo de integrao europeia para o progressivo redimensionamento do espao
econmico intracomunitrio e para o papel relevante desse espao como centro de poder e de deciso na
actualidade. Relativamente ao Japo, considera-se relevante evidenciar as solues encontradas para superar
os condicionalismos do ps-guerra, salientando as condies que permitiram a sua rpida modernizao
agrcola e industrial e a sua afirmao como potncia financeira e comercial. , tambm, importante,
salientar o relativo declnio dos Estados Unidos, nos anos 70, j que, com a afirmao da Europa e do Japo
como centros de poder, os EUA tiveram de partilhar um padro trilateral de domnio econmico.
No desenvolvimento deste subtema, considera-se, ainda, pertinente que se reflicta sobre a emergncia do
Terceiro Mundo, no contexto de um mundo bipolar. Assim, sugere-se que se equacione a questo do
subdesenvolvimento, discutindo os reflexos da colonizao na demografia, na economia e na organizao
interna dos pases considerados como pertencentes ao Terceiro Mundo e salientando a grande
heterogeneidade de situaes desses pases relativamente ao problema do desenvolvimento. Neste sentido,
considera-se importante discutir a emergncia de situaes intermdias de desenvolvimento, tendo em
ateno as limitaes e as condies de sucesso das estratgias seguidas pelos novos pases industrializados
(NPI) da sia, da Amrica Latina e da frica do Norte.
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Um Mundo
Policntrico
NVEL DE ABORDAGEM
Finalmente, sugere-se que se discuta a importncia das trocas entre os pases desenvolvidos e os pases em
desenvolvimento, evidenciando o carcter desigual das mesmas e reflectindo sobre a necessidade de
aumentar a cooperao Norte/Sul na procura de uma nova ordem econmica internacional. Neste contexto,
tambm importante salientar o papel da ajuda internacional aos pases do Terceiro Mundo (em particular no
que se refere cooperao UE/pases da frica, Carabas e Pacfico (ACP), equacionando as razes internas
e externas que limitam a eficcia dessa ajuda.
Interessa ainda realar que, no desenvolvimento deste subtema, se consideram inadequadas abordagens que
privilegiem o processo de formao e estrutura das instituies nele referidas, numa ptica meramente
descritiva.
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Um Mundo
Policntrico
CONCEITOS
NCLEO CONCEPTUAL
Os alinhamentos e os antagonismos do passado recente esto a desmoronar-se e as
estruturas que permitiram a sua estabilidade parecem estar a ruir. At mesmo o
sistema internacional e a soberania dos Estados-Nao atravessam tempos
conturbados.
SUBTEMA
NOES BSICAS
Acordo de Schengen
Coeso econmica e
social
Liberalismo
econmico
Programa de
ajustamento estrutural
Proteccionismo
Relocalizao
Subsidariedade
Trade
Unio econmica e
monetria (UEM)
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Um Mundo
Policntrico
NVEL DE ABORDAGEM
Com o subtema 2.2. A emergncia de novos centros de poder pretende-se que se faa uma abordagem
centrada na anlise e explicao dos factores e dos processos de mudana ocorridos nos finais do sculo XX
(anos 90) que originaram uma nova configurao geopoltica e geoeconmica do planeta, no sentido da
consolidao de um mundo policntrico. Pretende-se, tambm, que se evidencie que o fim da Guerra Fria
converteu a diviso Leste-Oeste numa distino sem sentido, o mesmo se aplicando, ainda que por outras
razes, bipolarizao Norte/Sul, j que a homogeneidade relativa dos pases do Sul se fragmentou e,
enquanto tal, o Terceiro Mundo desapareceu como fora politicamente unida, deixando de ser interveniente
nas negociaes internacionais.
No desenvolvimento deste subtema, considera-se importante que se explicitem os acontecimentos que, na
dcada de 90, mudaram o mapa poltico contemporneo, nomeadamente o fim do comunismo como uma
fora na Europa e no Mundo, a reunificao da Alemanha e a desagregao da Unio Sovitica. Assim,
sugere-se que se debatam as implicaes resultantes da fragmentao poltica do bloco socialista e a
reorganizao geopoltica e geoeconmica da Europa de Leste, nomeadamente a integrao das suas
economias na economia mundial. Neste contexto, considera-se pertinente salientar que o colapso do sistema
comunista permitiu a reafirmao da autoridade dos Estados Unidos sobre o resto do mundo, como a nica
potncia com poder poltico e militar. Assim, prope-se que, atravs da anlise de exemplos concretos,
nomeadamente a guerra do Iraque, a interveno no Kosovo e a guerra do Afeganisto, se discuta o papel
dos Estados Unidos e da NATO nas questes relativas segurana mundial.
Considera-se ainda pertinente salientar que as caractersticas dos processo de globalizao originaram uma
alterao da configurao do sistema econmico mundial a um ritmo acelerado e com impactos
significativos no relacionamento entre os diferentes Estados, no quadro geral da afirmao de novas
realidades supranacionais, em termos de grandes regies continentais. Esta nova ordem econmica constituise em funo dos seguintes vectores fundamentais: (a) a Trade, no centro do sistema econmico mundial;
(b) o reforo do papel da Unio Europeia na cena econmica internacional; (c) o papel geostratgico da
Federao Russa; (d) a emergncia da China e da sia do Pacfico e (e) os novos protagonistas do Sul.
Assim, sugere-se que se reflicta sobre o relacionamento entre a Europa, os EUA e o Japo, tendo em
ateno as zonas de influncia e de complementaridade e as zonas de concorrncia e de conflito que se
podero desenvolver entre os principais protagonistas, discutindo, nomeadamente, o aumento da
concorrncia entre blocos econmicos supranacionais e o aparecimento e/ou o aprofundamento de novas
zonas de integrao econmica regionais, com o objectivo de aumentar o espao de influncia econmica de
cada um dos elementos da Trade. Neste sentido, sugere-se que se reflicta sobre o facto de que a
interdependncia econmica funciona como elemento de coeso intrablocos e como elemento polarizador
interblocos, exprimindo o confronto entre duas tendnciasa triadizao e o multipolarismo.
Sugere-se, ainda, que se equacionem os desafios que se colocam ao processo de construo europeia,
nomeadamente no que se refere ao alargamento do processo de integrao aos pases do Leste europeu e se
debata a necessidade de a Europa desenvolver a sua penetrao no Sul, numa estratgia de meridianizao,
complementar das relaes horizontais que desenvolve com os pases do hemisfrio norte.
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Um Mundo
Policntrico
NVEL DE ABORDAGEM
Considera-se, tambm, pertinente debater o protagonismo da China, numa economia mundial globalizada,
como suporte da afirmao de toda a sia desenvolvida, na rea do Pacfico. Do mesmo modo, interessa
reflectir sobre o papel que a Federao Russa desempenha na cena mundial contempornea, pois, embora
atravessando uma crise econmica poltica e social de grandes dimenses, no deixou de ser uma potncia,
nos planos poltico e militar, com interesses geostratgicos prprios.
Finalmente, importa reflectir sobre a modificao da natureza das relaes Norte/Sul nesta nova ordem
global. O protagonismo emergente de alguns pases do SE asitico, competindo em quase todos os sectores
industriais com os pases mais desenvolvidos, as possibilidades de afirmao econmica que se abrem a
grandes pases do Sul, com grande dimenso e potencial econmico, como a ndia e o Brasil, o
enriquecimento dos pases do petrleo, a par de situaes de misria e de constantes conflitos militares intertnicos e inter-estados em quase toda a frica Subsariana, e de situaes de subdesenvolvimento crnico na
sia Central e em grande parte da Amrica Latina, fragmentaram a j frgil homogeneidade dos pases do
Terceiro Mundo. Perante tais condies, o Terceiro Mundo desapareceu enquanto fora politicamente unida.
Neste contexto, importa debater a importncia das relaes Sul-Sul no reforo da posio dos pases menos
desenvolvidos no quadro das relaes poltico-econmicas internacionais, reflectindo sobre a necessidade de
criar uma nova ordem econmica internacional, nomeadamente atravs da proteco e da rediversificao
das economias locais, generalizando, nas sociedades dos PVD, a proteco do direito de propriedade, por via
formal, de forma a assegurar um eficiente desenvolvimento e funcionamento dos mercados.
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Um Mundo
Policntrico
CONCEITOS
NCLEO CONCEPTUAL
Os alinhamentos e os antagonismos do passado recente esto a desmoronar-se e as
estruturas que permitiram a sua estabilidade parecem estar a ruir. At mesmo o
sistema internacional e a soberania dos Estados-Nao atravessam tempos
conturbados.
SUBTEMA
NOES BSICAS
Clusula da nao mais
favorecida
Deliberaes
Direito de veto
Dumping
Medidas de ajustamento
estrutural
Organizao formal
Organizao informal
Princpio da no
discriminao
Princpio do tratamento
nacional
Recomendaes
Analisar
criticamente
papel
desempenhado
pelas
organizaes
formais
supranacionais;
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Um Mundo
Policntrico
NVEL DE ABORDAGEM
Com o subtema 2.3. O papel das organizaes internacionais pretende-se que se faa uma abordagem
centrada no papel desempenhado pelas organizaes internacionais formalizadas no ps-guerra, como
agentes reguladores da ordem internacional ento configurada. Esta abordagem dever proporcionar a
anlise crtica das polticas seguidas pelas referidas organizaes e a reflexo sobre a necessidade de
mudana ou de adaptao das mesmas ordem global surgida aps 1989. Pretende-se, ainda, que se discuta
o papel das organizaes formais de vocao regional que tm vindo a surgir como resposta lgica
competitiva planetria, bem como a funo reguladora exercida pelas organizaes informais (Organizaes
no Governamentais), no quadro contemporneo.
No desenvolvimento deste subtema, prope-se que se analisem o contexto e os objectivos que presidiram
constituio da ONU e das organizaes resultantes dos acordos de Bretton-Woods Fundo Monetrio
Internacional (FMI), Banco Mundial e o Acordo Geral sobre Comrcio e Tarifas Aduaneiras/Organizao
Mundial do Comrcio (GATT/OMC), analisando criticamente o papel que tm vindo a desempenhar na
regulao da ordem internacional. Neste contexto, importa evidenciar que as organizaes formais, apesar
de supranacionais, s tm legitimidade e poder em funo dos meios que os Estados lhes conferem e que,
muitas delas, se revelam cada vez mais inadequadas para resolverem os problemas colocados pela nova
ordem global, pelo que h necessidade de alterao das instituies e das suas polticas.
Assim, sugere-se que se discutam algumas das aces levadas a cabo pelas organizaes formais, reflectindo
sobre o impacto das mesmas, nomeadamente: as consequncias locais de projectos de desenvolvimento
apoiados pelo Banco Mundial; os efeitos das polticas de ajustamento estrutural do FMI; os acordos recentes
elaborados a nvel do GATT/OMC, em relao agricultura ou propriedade intelectual; a dificuldade de
interveno da ONU na resoluo de conflitos regionais.
Tambm relativamente s organizaes formais de vocao regional a Associao Europeia de Comrcio
Livre (EFTA), o Tratado de Comrcio Livre da Amrica do Norte (NAFTA), o Mercado Comum da
Amrica do Sul (MERCOSUL), a Cooperao Econmica da sia Pacfico (APEC) e a Associao das
Naes do Sudeste Asitico (ASEAN) importa analisar o contexto e os objectivos da sua constituio,
discutindo se o seu aparecimento uma contribuio ou uma ameaa ao dilogo inter-regional. Neste
sentido, sugere-se que se reflicta sobre se a regionalizao ou no incompatvel com o movimento de
integrao global que a mundializao implica.
Finalmente, no que se refere s organizaes informais, considera-se pertinente reflectir sobre os objectivos
e a forma de actuao de Organizaes no Governamentais (ONG), como o Greenpeace, a Amnistia
Internacional, os Mdicos sem Fronteiras, a Assistncia Mdica Internacional (AMI) e a Cruz Vermelha,
entre outras.
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Um Mundo
Policntrico
CONCEITOS
NCLEO CONCEPTUAL
Os alinhamentos e os antagonismos do passado recente esto a desmoronar-se e as
estruturas que permitiram a sua estabilidade parecem estar a ruir. At mesmo o
sistema internacional e a soberania dos Estados-Nao atravessam tempos
conturbados.
SUBTEMA
NOES BSICAS
Fundamentalismo
Nacionalismo
Terrorismo
- os nacionalismos
- os fundamentalismos
- as guerras da gua
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Um Mundo
Policntrico
NVEL DE ABORDAGEM
Com o subtema 2.4. A (re)emergncia de conflitos regionais pretende-se que se evidencie que, a par
das transformaes profundas verificadas nas condies geostratgicas mundiais, nos finais do sculo XX, se
tm vindo a desenhar inmeros factores de preocupao ao nvel da segurana mundial. O tratamento deste
subtema deve permitir a articulao entre as aprendizagens anteriormente realizadas e as a realizar no
desenvolvimento do tema 4 do programa.
No desenvolvimento deste subtema, considera-se importante que se debatam situaes reveladoras dos
factores potencialmente geradores de tenses e conflitos regionais, abordando esta temtica atravs do
recurso a exemplos concretos e do desenvolvimento de tcnicas de trabalho que potenciem uma anlise
dinmica das realidades envolvidas. Assim, sugere-se que se reflicta sobre os seguintes factores susceptveis
de pr em risco a segurana mundial:
-
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Um Mundo
Fragmentado
CONCEITOS
NCLEO CONCEPTUAL
As configuraes espaciais do mundo contemporneo caracterizam-se pela
transio de um espao contnuo para um espao em rede, condicionando a
circulao e provocando a emergncia de umas regies relativamente a outras.
SUBTEMA
NOES BSICAS
Ciberespao
Dispora
Difuso espacial
Distncia absoluta
Distncia relativa
Efeito de barreira
Fachada martima
Info-excluso
Investimento Directo
Estrangeiro (IDE)
Inovao
Iscronas
Istimas
Mapa distorcido
Migrao
laboral/econmica
Organizao
Proteccionismo
Teletrabalho
Zona franca
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Um Mundo
Fragmentado
NVEL DE ABORDAGEM
Com o tratamento do tema 3 Um Mundo Fragmentado pretende-se que se reflicta sobre a importncia
da anlise geogrfica na compreenso do funcionamento do espao mundial, ao nvel do espao rede, do
espao de fluxos e dos territrios, realando o papel das cidades globais e das novas regies integradas, em
que desaparecem as fronteiras entre estados.
A lgica de um mundo cada vez mais interdependente, atravessado por deslocaes de pessoas, de capitais,
de bens materiais e imateriais e de informaes, exige uma cartografia profundamente renovada que
possibilite ver o mundo de outro modo e de vrios modos simultaneamente. A este propsito, o nascimento
dos grandes organismos interestatais, sobretudo aps a segunda Guerra Mundial, possibilitou na maioria dos
Estados a existncia de dados harmonizveis e comparveis no espao e no tempo. Esta harmonizao
permitiu o desenvolvimento de uma cartografia quantitativa escala do mundo.
A anlise deste tema dever ser fundamentalmente prospectiva, partindo de uma observao cartogrfica
mundial, complementada por uma diversidade de abordagens que integre a articulao de escalas, o uso de
diversas projeces, os diferentes centramentos ou enquadramentos, a diversidade de dados que, em cada
situao, possibilitem ousar interpretar os fenmenos que constituem a base para compreender a
complexidade do mundo contemporneo.
Com o subtema 3.1. Espao de fluxos e actores mundiais pretende-se que se analisem as redes de
circulao e os fluxos, enfatizando a dimenso geogrfica do fenmeno da mundializao/globalizao.
Prope-se assim que, para cada um dos aspectos considerados (mobilidade de pessoas, de capitais, de bens
e servios e de informao), se tenha sempre em conta o padro geogrfico estabelecido, a localizao
espacial das reas emissoras e das reas receptoras dos fluxos, a intensidade destes e a evoluo e
caractersticas das redes de circulao dos mesmos, assim como os actores responsveis pela sua existncia.
Neste contexto, importante realar que a mundializao se faz acompanhar da multiplicao das redes,
ligadas entre si de forma diferenciada e adaptadas aos espaos, j que a alterao do efeito distncia conduz
a que o obstculo distncia seja ultrapassado de forma desigual.
No desenvolvimento deste subtema, considera-se pertinente que, no que respeita s principais tendncias
migratrias do mundo contemporneo, se analisem as migraes laborais no quadro da diviso internacional
do trabalho, as deslocaes provocadas por catstrofes naturais, por conflitos ou pela violao sistemtica
dos direitos humanos, e as migraes tursticas. Para qualquer destes casos, devem salientar-se as mais
recentes e mais significativas.
importante, tambm, debater a qualificao profissional da imigrao, as condies de vida, em particular
dos imigrantes ilegais cuja sujeio a novas formas de clandestinidade origina o desenvolvimento de
atitudes de racismo e xenofobia e, nos casos mais graves, situaes de provocao e conflito entre as
diferentes comunidades. Assim, de reflectir na importncia que assumem as polticas de imigrao e suas
consequncias para a populao dos pases receptores e para os imigrantes ao ser assumida uma poltica de
controlo e regulamentao e/ou uma poltica de integrao como a defendida quer pela OIT (Organizao
Internacional do Trabalho) quer pela OIM (Organizao Internacional para as Migraes). Neste contexto,
importante salientar, a par das organizaes formais referidas, o papel desempenhado por diversas ONG e
por outras instituies, nomeadamente as religiosas, no apoio dado s comunidades imigrantes mais
desprotegidas.
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Um Mundo
Fragmentado
NVEL DE ABORDAGEM
Considera-se ainda pertinente equacionar os reflexos de duas situaes: a fuga de crebros(salientando que
a sada destes migrantes qualificados no se limita aos pases pobres) e a sujeio dos imigrantes ilegais s
mafias, a qual tem feito emergir novas formas de escravatura e redes organizadas de prostituio.
Finalmente, de realar a importncia que as redes de comunicao transnacionais assumem no aumento do
nmero de migrantes no s ao facilitarem o contacto entre o migrante e a famlia, mas tambm ao
disponibilizarem informao, nomeadamente na Internet.
No que se refere aos movimentos de refugiados, sugere-se que se analisem migraes devidas a motivos
diferentes, recorrendo a exemplos em que a rea geogrfica percorrida seja desigual e salientando que,
muitas vezes, a fuga realizada para pases prximos, tambm eles pases pobres. Neste contexto, tambm
de evidenciar o importante papel de apoio protagonizado pelas ONG.
Quanto s migraes tursticas, prope-se que se debata a dimenso geogrfica e a econmica que estas tm
assumido nas ltimas dcadas, quer em diversidade de destinos, quer em amplitude, evidenciando a
importncia da modernizao dos transportes na diversificao e na intensificao dos fluxos tursticos.
No desenvolvimento deste subtema importa, ainda, debater os impactos econmico e ambiental do turismo.
No respeitante aos aspectos econmicos, sugere-se que se reflicta sobre a criao de infra-estruturas de
suporte e de apoio actividade, a oferta de emprego e a qualificao profissional da mo-de-obra, a presso
exercida sobre o poder de compra e a qualidade de vida da populao da rea receptora. No referente aos
aspectos ambientais, importante reflectir sobre os conflitos/riscos que podem surgir, sobretudo em reas
onde o turismo muito concentrado espacial e sazonalmente. Neste contexto, sugere-se que se equacionem
formas de turismo que se enquadrem nos princpios subjacentes a um turismo sustentvel, estabelecidos em
vrias Cimeiras/ Conferncias internacionais.
Finalmente, importante que se equacionem os problemas associados deslocao cada vez mais rpida
de um nmero crescente de indivduos, nomeadamente na difuso de doenas e no risco de acidentes, ou
mesmo de atentados.
No que se refere circulao de capitais, sugere-se que se diferencie o peso relativo dos fluxos monetrios e
financeiros ligados ao comrcio de bens e de servios, dos investimentos directos estrangeiros (IDE), dos
investimentos de carteira e de outros tipos de transaces financeiras, identificando os pases entre os quais
se efectuaram os principais movimentos de capitais, nas ltimas dcadas. Nesta temtica, considera-se
importante relacionar a localizao das principais praas financeiras/bolsas mundiais e a intensidade e a
rapidez dos fluxos financeiros com a dimenso do capitalismo especulativo no mundo contemporneo,
salientando a desigualdade de participao entre o Norte e o Sul. Prope-se, tambm, que se localizem os
principais parasos fiscais e as principais zonas francas mundiais, relacionando a sua existncia e
proliferao com os sistemas de excepo de que beneficiam.
Importa, ainda, que se reflicta sobre a evoluo da penetrao de capital estrangeiro nos pases em
desenvolvimento, diferenciando a dcada de 70 da de 80 e da de 90. Nessa reflexo, importante distinguir
o papel das firmas multinacionais do papel desempenhado pelos Estados atravs do financiamento externo.
Finalmente, recorrendo ao exemplo da sia do Sudeste, de debater a volatilidade dos mercados financeiros
mundialmente integrados, salientando a sua desigual repercusso em pases de diferente nvel de
desenvolvimento.
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Um Mundo
Fragmentado
NVEL DE ABORDAGEM
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3
Um Mundo
Fragmentado
CONCEITOS
NCLEO CONCEPTUAL
O mundo contemporneo caracterizado por configuraes espaciais em que a
transio de um espao contnuo para um espao em rede condiciona a circulao e
em que umas regies emergem em relao a outras.
SUBTEMA
NOES BSICAS
Arquiplago de lugares
Cidades globais
Conurbao
Espao contnuo
Espao rede
Hinterland
Macro-regio
Megalpolis
Regio metropolitana
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Um Mundo
Fragmentado
NVEL DE ABORDAGEM
Com o subtema 3.2. Espaos motores de fluxos mundiais pretende-se que se faa uma abordagem que
permita reflectir sobre o facto de organizao espacial contnua e bem delimitada dos Estados-Nao se
contrapor, hoje, uma organizao espacial emergente, policntrica e reticular, estruturada em torno de
cidades (arquiplago de lugares), que, por terem uma capacidade de deciso diferenciada, favorecem o
aparecimento de macro-regies em detrimento de outras.
No desenvolvimento deste subtema, prope-se que se debata o protagonismo que o aumento exponencial da
populao urbana mundial e a crescente importncia das cidades, sobretudo as designadas cidades globais,
tm vindo a revelar no desenvolvimento econmico e na inovao tecnolgica e cultural. Assim, sugere-se
que se compare o nmero e a dimenso das aglomeraes urbanas ao longo do sculo XX e nas dcadas
subsequentes, salientando que, entre os pases desenvolvidos e os pases em desenvolvimento, o momento, o
ritmo e as causas do crescimento urbano so muito diferenciados.
Considera-se tambm importante reflectir sobre o facto de a urbanizao ser um processo complexo que
ultrapassa a dimenso demogrfica das cidades e envolve mudanas no s quantitativas como qualitativas.
Neste contexto, no s importante conhecer a interdependncia entre a rea urbana, o seu hinterland e a
regio envolvente como tambm a forma como organiza, por um lado, o uso funcional do espao urbano
e, por outro lado, como gere os diferentes grupos econmicos, sociais, demogrficos e tnicos que nela
habitam.
Neste sentido, prope-se que se equacione o papel desempenhado pelas reas urbanas na organizao
econmica e social, tendo em ateno os seguintes aspectos: (a) a funo mobilizadora, a diversidade de
infra-estruturas e de populao, permitindo um ambiente eficiente para a organizao do trabalho, do
capital, das matrias-primas e para a distribuio dos produtos finais; (b) a capacidade decisora a nvel do
poder econmico e poltico e das instituies pblicas e privadas; (c) a capacidade de gerar inovao,
conhecimento e informao fundamentada numa forte interaco e competio resultante da existncia de
uma populao de caractersticas muito diversificadas; (d) a capacidade de transformao ao facilitar a
existncia de vrios estilos de vida e de comportamentos. Por ltimo, so de debater os principais problemas
e conflitos resultantes da elevada concentrao espacial da populao, salientando que as consequncias
ambientais, sociais e na sade se diferenciam de acordo com o nvel de desenvolvimento dos pases.
No desenvolvimento deste subtema, pretende-se, tambm, que se compreenda que as macro-regies so
espaos emergentes, geograficamente localizados, de grande densidade populacional e de grande
concentrao de recursos tecnolgicos que se tornam os grandes centros de poder e de deciso mundial
enquanto que nos restantes espaos, bem mais vastos, se agrava a marginalizao. Esta abordagem pressupe
que se identifiquem e caracterizem as macro-regies.
A propsito desta temtica, sugere-se ainda que se reflicta sobre o facto de a concentrao acelerada da
produo e do consumo e a polarizao de cada vez maior nmero de actividades de ponta nas grandes
cidades originarem, sobretudo, nos pases industrializados, relaes horizontais, frequentemente
transnacionais, entre plos urbanos, estabelecendo deste modo um sistema de rede entre cidades de pases
diferentes. , tambm, de salientar que a interaco entre centros urbanos a muitos nveis muito mais forte
entre cidades do Sul e cidades do Norte do que com a maioria dos lugares das regies mais prximas. Neste
contexto, prope-se tambm que se equacione a importncia da afirmao das empresas transnacionais no
reforo do papel das cidades e como esta estratgia de concentrao pressupe uma integrao global
apoiada em redes geogrficas de tipos diferentes.
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Um Mundo
Fragmentado
NVEL DE ABORDAGEM
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NCLEO CONCEPTUAL
Um Mundo de
Contrastes
CONCEITOS
SUBTEMA
NOES BSICAS
Capacidade de carga da
Terra
Exploso demogrfica
Polticas demogrficas
Revoluo demogrfica
Transio demogrfica
Debater medidas que contribuam para o uso adequado dos recursos globais essenciais.
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Um Mundo de
Contrastes
NVEL DE ABORDAGEM
Com o tema 4 Um Mundo de Contrastes pretende-se que se faa uma abordagem que, atravs da anlise
das assimetrias de desenvolvimento do mundo actual, evidencie a existncia de um mundo de conforto e de
um mundo que luta pela sobrevivncia cujos espaos se interpenetram cada vez mais. Pretende-se que a
abordagem deste tema seja fundamentalmente prospectiva, devendo partir de uma observao cartogrfica
mundial, complementada por uma diversidade de anlises que integrem a articulao de escalas e o
manuseamento de uma diversidade de dados que, em cada situao, possibilitem ousar interpretar os
fenmenos que constituem a base para compreender os contrastes espaciais, econmicos e sociais do mundo
contemporneo.
Com o subtema 4.1. Um mundo superpovoado? pretende-se que se relacione o crescimento da
populao mundial com a capacidade de carga da Terra, salientando que a desigual repartio geogrfica de
comportamentos demogrficos diferenciados exige a tomada de atitudes adequadas que visem atenuar os
desequilbrios existentes. Prope-se que a abordagem deste subtema se fundamente na anlise de mapas
mundiais que possibilitem a identificao dos contrastes de comportamentos demogrficos entre
regies/pases e que estes sejam utilizados como ponto de partida para uma reflexo e debate sobre a
dinmica da populao e os limites do planeta.
O desenvolvimento deste subtema pressupe que se discutam, por um lado, as condies que explicam a
existncia, no momento actual, de um crescimento populacional exponencial e, por outro lado, as
implicaes das recentes tendncias de desacelerao do crescimento demogrfico. Assim, sugere-se que se
reflicta sobre o comportamento demogrfico dos pases desenvolvidos e dos pases menos desenvolvidos,
analisando as causas bem como as implicaes demogrficas e econmicas do progressivo envelhecimento
da populao no Norte e de um ritmo de crescimento acelerado no Sul.
Relativamente aos pases do Sul, de evidenciar a heterogeneidade de comportamentos demogrficos, sendo
por isso fundamental diferenciar as situaes de forte crescimento demogrfico daquelas onde o ritmo de
crescimento menos elevado, sobretudo a de pases onde tm sido postas em prtica polticas antinatalistas.
A propsito deste assunto, importante debater as questes sociais e ticas associadas implementao de
determinadas medidas antinatalistas. As diferenas no comportamento demogrfico entre pases, devem ser
complementadas com a anlise do problema a outras escalas, nomeadamente regies do mesmo pas e
espaos de uma mesma aglomerao urbana.
Considera-se ainda pertinente reflectir sobre as novas tendncias de desacelerao do crescimento,
nomeadamente em alguns pases em que a SIDA, ou outras doenas endmicas, atingem uma percentagem
muito elevada da populao.
Finalmente, pretende-se que se relacionem as dinmicas da populao mundial com a capacidade de carga
da Terra, salientando que o futuro do planeta depende no s do nmero de habitantes mas tambm do uso
que estes derem aos recursos globais nas prximas dcadas. Assim, sugere-se a anlise de indicadores que
disponibilizem, quer a quantidade de diferentes recursos globais essenciais, quer a previso de necessidades
desses recursos face populao que os utiliza, de forma a suscitar a reflexo e o debate sobre o uso
adequado dos recursos globais essenciais.
No final deste subtema, devero ser realizados estudos de caso relevantes para a temtica abordada. Deste
modo, sugere-se o estudo de um pas da Unio Europeia e de um pas em vias de desenvolvimento,
preferencialmente um PALOP.
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Um Mundo de
Contrastes
CONCEITOS
NCLEO CONCEPTUAL
Num mundo cada vez mais interdependente tm-se registado progressos no
desenvolvimento das sociedades mais pobres, mas os contrastes entre as
sociedades ricas e as sociedades que lutam pela sobrevivncia tm vindo a
acentuar-se.
SUBTEMA
4.2. Um acesso desigual ao Desenvolvimento?
NOES BSICAS
Alimentos transgnicos
Bolsa de pobreza
Excluso Social
Fome
ndice de Pobreza
Humana (IPH)
Limiar de pobreza
M nutrio
Organismos
geneticamente
modificados (OGM)
Organizao Mundial de
Sade (OMS)
Pobreza Humana
Qualidade de Vida
Segurana alimentar
Subnutrio
Debater medidas que contribuam para diminuir o fosso entre ricos e pobres;
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NVEL DE ABORDAGEM
Um Mundo de
Contrastes
Com o subtema 4.2. Um acesso desigual ao Desenvolvimento? pretende-se que se faa uma
abordagem que permita aos alunos compreenderem que, a par do aumento da produo de riqueza no
planeta, se tem acentuado o fosso crescente entre ricos e pobres, seja qual for a escala de anlise utilizada, o
que pressupe, portanto, que se debata a situao das populaes perante as oportunidades de satisfazer as
suas necessidades e, consequentemente, obterem ou no qualidade de vida, discutindo a evoluo do
conceito de pobreza. Esta abordagem deve fundamentar-se na anlise de indicadores diversificados, simples
e compostos, particularmente o IPH 1 e o IPH 2, que possibilitem a identificao das desigualdades na
repartio do desenvolvimento, quer entre espaos de dimenso geogrfica diferente, quer no mesmo espao
geogrfico entre vrios estratos sociais.
No desenvolvimento deste subtema, importante que se discuta a crescente fractura econmica e social que
existe entre pases do Norte e pases do Sul, salientando o acentuar das desigualdades dentro de cada um dos
grupos de pases; por um lado, nos pases do Sul e apesar de os pobres serem cada vez em maior nmero,
existe uma pequena percentagem da populao que detm a maior parte do rendimento; por outro lado, nos
pases ricos h uma tendncia para o aumento de bolsas de pobreza, o que se traduz na existncia, a nvel
mundial, de camadas cada vez mais amplas e diversificadas de populaes exploradas ou marginalizadas,
particularmente as mulheres, as crianas e idosos e as minorias. Os contrastes identificados devero ser
utilizados como ponto de partida para uma reflexo e debate sobre um conjunto de medidas que contribuam
para os atenuar.
Considera-se, ainda, pertinente relacionar o aumento do nmero de pobres com a existncia de emprego,
quer em nmero quer em qualificao, salientando que a exigncia de competncias cada vez mais
diversificadas origina um crescente nmero de excludos do mercado de trabalho. Deste modo, de
relacionar o desemprego com a ocorrncia de situaes de excluso social, discutindo possveis atitudes e/ou
medidas que permitam atenuar os efeitos negativos das consequncias econmicas, sociais e individuais da
resultantes.
Sugere-se tambm que se reflicta sobre o facto de grande parte da populao mundial no se alimentar
correctamente, salientando que a m nutrio resulta muito mais da inexistncia de poder de compra das
populaes do que de situaes, normalmente muito mediatizadas, de catstrofes alimentares, resultantes de
conflitos ou de riscos naturais. Neste contexto, de discutir a desigual produo dos alimentos a nvel
mundial, salientando que em oposio a um elevado nmero de indivduos que morrem de fome ou vivem
subnutridos existe uma minoria, nos pases ricos, que sofre de m nutrio, por se alimentar em excesso.
tambm de debater a questo da segurana dos alimentos, discutindo os riscos para a sade, nomeadamente
o aumento de produo de determinados alimentos, de origem animal ou vegetal, sobretudo dos resultantes
de manipulao gentica, salientando o papel da Organizao Mundial de Sade (OMS) no controlo da
utilizao dos organismos geneticamente modificados e o dos movimentos de consumidores, nomeadamente
das organizaes de Defesa do Consumidor, na promoo de informao sobre que produtos consumir.
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NVEL DE ABORDAGEM
Um Mundo de
Contrastes
Finalmente, prope-se que se discuta a relao que se estabelece, particularmente nos pases em vias de
desenvolvimento, entre pobreza e sade, evidenciando que a existncia de situaes de pobreza facilita a
propagao de doenas, e que as deficientes condies mdico-sanitrias e o elevado preo dos
medicamentos disponveis, aliados ao baixo nvel educacional destas populaes, provocam,
frequentemente, situaes graves de sade pblica. Deste modo, de reflectir sobre o papel da comunidade
internacional na contribuio para o atenuar dos problemas referidos, quer em intervenes directas, como o
envio de medicamentos e de auxlio mdico, quer, sobretudo, em intervenes a longo prazo, como
promovendo o aumento da escolaridade ou a criao de postos de trabalho.
No final deste subtema, devero ser realizados estudos de caso relevantes para a temtica abordada. Deste
modo, sugere-se o estudo dos EUA, da ndia e de um pas em vias de desenvolvimento, preferencialmente
um PALOP.
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NCLEO CONCEPTUAL
Um Mundo de
Contrastes
CONCEITOS
SUBTEMA
NOES BSICAS
Bens comuns
Biodiversidade
Biossegurana
Depleo do ozono
estratosfrico
Desenvolvimento
sustentvel
Efeito de estufa
Monitorizao
Poluio
Tecnologias limpas
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NVEL DE ABORDAGEM
Um Mundo de
Contrastes
Com o subtema 4.3. Problemas ambientais, impactos humanos diferentes? pretende-se que se faa
uma abordagem centrada sobre a ideia de que, ao longo do sculo XX, a dimenso dos problemas ambientais
passou da escala regional para a escala global e que a degradao ambiental dos ecossistemas partilhados e
das reas do planeta fora da jurisdio nacional exige a concertao de aces por parte da comunidade
internacional, no sentido da resoluo dos problemas ambientais e da tomada de conscincia de que o
conceito de segurana mundial deve incorporar tambm o conceito de segurana ambiental. Esta abordagem
implica que se reflicta sobre as causas da degradao ambiental, bem como sobre o facto de as
responsabilidades e o impacto dessa degradao serem diferentes, consoante o grau de desenvolvimento dos
pases, nomeadamente nas grandes concentraes urbanas.
No desenvolvimento deste subtema, prope-se que se debata de que forma o modelo de crescimento
econmico assente na explorao dos recursos naturais contribuiu, embora com responsabilidades
diferenciadas por parte de Pases Desenvolvidos e Pases em Vias de Desenvolvimento, para a degradao
ambiental que afecta todas as regies do planeta, equacionando as condicionantes especficas qualidade
ambiental nos P.D. e nos P.V.D.. Nesse sentido, importante reflectir sobre a necessidade de repensar o
modelo de crescimento econmico, salientando que indispensvel uma transformao das tecnologias e
dos recursos econmicos para que as reformas necessrias a um desenvolvimento sustentvel sejam
implementadas e que, nessa tarefa, vital a participao de P.D. e P.V.D., embora com custos diferenciados.
Sugere-se, tambm, que se saliente que as aces de proteco do ambiente tomadas escala local/nacional,
tal como as aces a curto prazo ligadas a aces a longo prazo, aumentam a viabilidade das reformas
necessrias a um desenvolvimento sustentvel, mas que os recursos ambientais globais no so exclusivos de
cada pas, e, nesse sentido, problemas como o aquecimento global, a depleo do ozono estratosfrico e a
perda da biodiversidade ou a proteco dos bens comuns no podem ser tratados escala nacional,
exigindo a participao da comunidade internacional na resoluo desses problemas. Neste contexto,
considera-se pertinente que se discutam as medidas propostas nas diferentes Conferncias Mundiais sobre o
ambiente realizadas pela ONU, debatendo as sucessos e insucessos das aces realizadas.
Considera-se, ainda, importante salientar que a segurana mundial, hoje, passa tambm pela biossegurana,
j que a mundializao da degradao ambiental torna cada vez mais clara a necessidade de criar
mecanismos para a gesto dos riscos difundidos pelo modelo de crescimento econmico adoptado, cujos
efeitos so, ainda hoje, desconhecidos, em grande parte. Assim, a criao de legislao relativa ao ambiente
e a monitorizao so meios que procuram assegurar ao cidado alguma segurana na sade e no ambiente.
Prope-se, ainda, que, tendo em conta que a maior parte da populao mundial est concentrada em reas
urbanas, se debata a capacidade de sustentabilidade das grandes aglomeraes urbanas, j que estas usam
grandes quantidades de recursos e produzem enormes quantidades de desperdcios que afectam o ambiente
local. , assim, importante que se analisem os efeitos provocados pela poluio da gua, do ar e do solo, na
sade e no bem-estar da populao urbana, nomeadamente os que se relacionam com: a qualidade do ar e da
gua; a localizao das lixeiras e o tratamento que dado aos desperdcios urbanos; o aumento do nmero de
edifcios doentes ou a reduo dos espaos verdes. Neste contexto, de debater medidas que permitam
minorar os problemas ambientais eminentemente urbanos.
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NVEL DE ABORDAGEM
Um Mundo de
Contrastes
Finalmente, de salientar que a degradao ambiental atinge sempre, quer em espao rural, quer em espao
urbano, as camadas mais pobres da populao e que, por isso, as situaes mais preocupantes, em termos da
quantidade de indivduos que afectam, se registam nas reas urbanas dos pases menos desenvolvidos.
No final deste subtema, dever ser realizado um estudo de caso relevante para a temtica abordada. Deste
modo, sugere-se o estudo do Japo, do Brasil e de um pas em vias de desenvolvimento, preferencialmente
um PALOP.
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PARTE IV
BIBLIOGRAFIA
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Knox, P. L. & Marsten, S. A. (1998). Places and Regions in Global Context: Human
Geography. New Jersey: Prentice Hall, Inc.
Esta obra, constituda por 19 captulos, apresenta uma abordagem inovadora da
Geografia Humana. A par da diversidade de conhecimentos sobre lugares e regies,
valoriza a compreenso da sua interdependncia, num mundo global. A caracterstica
mais importante desta abordagem a de utilizar o conceito de escala geogrfica,
realando a interdependncia entre lugares e processos a diferentes escalas, facilitando a
compreenso das relaes global/local e as suas consequncias.
OCDE (1999). Donnes OCDE sur Lenvironnement. Compendium 1999. Paris: OECD
Publications.
Esta obra, cuja consulta se considera muito importante para a leccionao da disciplina
de Geografia, publicada de dois em dois anos, sendo apresentada, simultaneamente,
em francs e ingls. Contm dados sobre poluio e sobre recursos naturais
relacionados com os sectores da energia, dos transportes, da indstria e da agricultura.
Os dados relativos aos diferentes pases membros da OCDE mostram o estado do ar, das
guas interiores, dos solos, das florestas, da fauna e da flora selvagens. Apresenta,
ainda, dados gerais referentes s principais convenes sobre o ambiente.
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