Súplicas Do Mundo
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Splicas do Mundo
V O XLITTIKIS
UmSeloEditorialHagnos
Icas do Mundo
V O X L IT T IR IX '
Um Selo Editorial Hagnos
Lopes, Hernandes dias Splicas do mundo / Hernandes Dias Lopes. - So Paulo, SP: Hagnos 2010.
ISBN 978-85-63563-09-5
Dedicatria
ao presbtero Paschoal Laviola, homem bom,
amigo fiel, servo do Altssimo, crente zeloso, bno de Deus em
minha vida, famlia e ministrio.
D e d ic o e s te liv r o
Prefcio
O m u n d o e s t d o e n t e . Podemos ver seu pranto e escutar seus
gemidos. A natureza foi submetida servido. Ela est sujeita
vaidade. A natureza sente dores de parto e aguarda ansiosamente o
dia da redeno do seu cativeiro.
Em vez de sermos mordomos da natureza, temos nos trans
formado em predadores dela. Pisamos com orgulho o terreno dos
prodgios da cincia, fizemos viagens lua, conquistamos o espao
sideral, habitamos no reino das maravilhas, mas destrumos o nos
so ecossistema. Estamos depredando a casa onde moramos.
Vivemos numa sociedade doente. As doenas, porm, que mais
nos afligem no so as do corpo; so as da alma. medida que a
medicina avana na descoberta de novos tratamentos, temos uma
populao mais oprimida e mais achatada emocionalmente.
O pecado entrou na histria humana, e o homem perdeu sua
conexo com Deus, com o prximo, consigo e com a natureza. O
homem tornou-se um ser ambguo, paradoxal e contraditrio. A
inclinao do seu corao para o mal. As foras desagregadoras
no vm apenas de fora, mas tambm, e sobretudo, de dentro. O
mal no est somente nas estruturas econmicas, polticas e so
ciais. O mal est dentro do corao do homem. Essas torrentes que
inundam o mundo de violncia, corrupo e degradao moral
procedem do prprio corao do homem. No suficiente dar ao
homem educao. Ele precisa de transformao.
A sociedade est sendo atormentada pelos demnios. H uma
espcie de invaso extraterrestre em nosso planeta. Os demnios
que sobem do abismo saem em disparada como uma cavalaria do
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PREFCIO
C A P T U LO
Uma sociedade
atormentada
pelo pecado
O p e c a d o u m a r e a l i d a d e i n e g v e l . S aqueles que esto cauterizados por ele negam sua realidade. O pecado antigo. Ele est
presente no mundo desde os primrdios da raa humana. O livro
das origens, o livro de Gnesis, registra a queda dos nossos pri
meiros pais. Antes de entrarmos na exposio de Gnesis 3.1-24,
precisamos saber se esse texto literal ou metafrico. Os telogos
liberais e progressistas dizem que Ado e Eva no existiram. O papa
Bento XVI diz que o relato da criao no literal, mas metafrico.
Francis Collins, pai do projeto genoma, em seu livro A linguagem
de Deus, subscreve a viso do evolucionismo testa, dizendo que
o relato da criao apenas uma metfora. Se o relato da criao
no literal, ento Ado e Eva no existiram. Se eles no existiram,
ento no houve queda. Se no houve queda, ento o homem no
pecador. Se o homem no pecador, ento ele no precisa de um
Salvador. Se o homem no precisa de um Salvador, ento Cristo
veio ao mundo e morreu inutilmente.
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Romanos 3.23
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Isaas 59.2
Gnesis 3.12,13
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Romanos 8.23
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mas mata. Tem um cheiro atraente e cativa logo o desejo, mas destri. Eva jamais poderia imaginar que aquela simples e amistosa
conversa com a serpente pudesse desembocar na maior tragdia
da humanidade. Ela subestimou o poder do tentador ao abrir sua
agenda para ele.
Segundo, o homem torna-se doente quando abre sua mente para
acolher dvidas sobre a palavra de Deus (Gn 3.1,2). O diabo o
patrono dos hereges. Ele o pior exegeta do mundo. Ele o paraninfo dos telogos liberais que atacam as Escrituras como os es
corpies do deserto. O diabo tentou Eva com uma pergunta sutil:
E assim que Deus disse? A dvida foi a janela por onde entrou
a incredulidade. Nessa pergunta, o diabo abriu a possibilidade de
Deus no ser digno de confiana. Essa pergunta foi um ataque
frontal fidelidade da palavra de Deus. Sempre que os homens
colocam em dvida a integridade das Escrituras esto seguindo as
pegadas do prprio maligno.
O diabo perguntou a Eva: assim que Deus disse: No comereis de toda rvore do jardim? Deus havia dito: De toda rvore
do jardim comers livremente, mas da rvore do conhecimento do
bem e do mal no comers; porque no dia em que dela comeres,
certamente morrers. O diabo colocou um no onde Deus havia
dado um sim. Ele inverteu a palavra de Deus. Ele transformou a
bondade generosa de Deus em limitao cruel.
Terceiro, o homem torna-se doente quando abre sua boca para
torcer a palavra de Deus. Eva no apenas abriu sua agenda para
dialogar com o diabo; ela no apenas abriu sua mente j3ara
hospedar dvidas acerca da palavra de Deus; ela tambm abriu
sua boca para torcer a palavra de Deus. Eva respondeu: Do fruto
das rvores do jardim podemos comer, mas do fruto da rvore
que est no meio do jardim, disse Deus: Dele no comereis, nem
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pecado uma fraude. Ele atraente aos olhos, mas engana. Pro
mete liberdade, mas escraviza. Promete vida, mas mata. Ado e
Eva tentaram se esconder de Deus, fugindo dele, e tentaram es
conder sua nudez um do outro atrs das folhas de figueira. Meros
arremedos para quem j havia colocado o p na estrada da deso
bedincia.
Em terceiro lugar, o medo e a fuga de Deus. Quando Ado e Eva
escutaram a voz de Deus, esconderam-se por entre as rvores do
jardim (Gn 3.8). A presena de Deus no era mais o deleite deles,
mas o seu terror. A fobia de Deus substituiu a alegria em Deus. E
impossvel ter comunho com Deus e viver no pecado ao mesmo
tempo. Sempre que o homem escuta o tentador e naufraga diante
da tentao, procura se esconder de Deus. Assaltado pela culpa e
tomado pelo medo, busca a rota da fuga. O pecado, entretanto,
no apenas torna o homem rebelde, mas tambm tolo. Como
esconder-se daquele que onipresente? Como fugir da presena
daquele que est em toda a parte e tudo v? De que adianta ficar
entre as rvores, se para Deus a luz e as trevas so a mesma coisa?
impossvel fugir da presena de Deus. Ado e Eva foram apanhados
pelas prprias cordas de seu pecado.
Os mecanismos de fuga
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ests? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu,
tive medo e me escondi (Gn 3.9,10). A voz de Deus no deixar
em paz o homem em seu pecado. Deus sabia onde estava Ado. A
pergunta no foi para Deus encontrar Ado, mas para Ado cair
em si. Em vez de confessar seu pecado, Ado preferiu o atalho da
racionalizao. Em vez de admitir seu fracasso, tentou tapar o sol
com a peneira e dar uma desculpa esfarrapada. Ele no teve medo
porque estava nu. No se escondeu porque estava coberto de folhas
de figueira. A conscincia da sua nudez e as vestes inadequadas eram
a conseqncia do seu medo, e no a causa do seu pecado. Ele teve
medo porque pecou. Ele fugiu porque transgrediu. Alm de pecar,
ainda tentou camuflar seu delito, buscando o mecanismo da racio
nalizao.
Em segundo lugar, a transferncia. Como as desculpas de Ado
eram absolutamente infundadas, Deus perguntou: Quem te fez
saber que estavas nu? Comeste da rvore de que te ordenei que
no comesses? (Gn 3.11). Deus no permite que Ado fuja do
assunto. Deus o traz de volta ao enfrentamento do problema. Ado
tenta escapar, mas Deus o pega pelo colarinho e o traz de volta
para a estrada do confronto. Deus pe o dedo na ferida exposta
de Ado, dando-lhe a oportunidade da confisso sincera. Em vez
de reconhecer seu pecado, arrepender-se dele e confess-lo, Ado
busca mais um mecanismo de fuga ao responder: Ento disse o
homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da rvore,
e eu comi (Gn 3.12). Agora Ado culpa no apenas Eva, mas
tambm Deus pelo seu fracasso. Eva comeu o fruto enganada. Ado
comeu-o conscientemente. Eva comeu e deu a seu marido, mas o
responsvel pela queda da raa foi Ado, pois ele era o representante
e cabea federal da raa. Ns camos em Ado. Foi por meio de
Ado que entrou o pecado no mundo. Ado, entrementes, preferiu
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culpar Deus por ter lhe dado Eva, e culpar Eva por ter lhe dado o
fruto proibido.
Em terceiro lugar, a projeo. Uma vez que Ado culpou Eva
pelo fracasso, Deus voltou as perguntas para Eva. Disse o Senhor
Deus mulher: Que isso que fizeste? Respondeu a mulher: A
serpente me enganou, e eu comi (Gn 3.13). Tendo Ado como
seu marido e mestre, Eva seguiu pelo mesmo atalho e evadiu-se da
responsabilidade. Em vez de assumir sua culpa, jogou a responsa
bilidade sobre a serpente. A projeo um mecanismo de defesa.
Por intermdio desse expediente, buscamos sempre uma explicao
para o nosso fracasso, lanando a culpa nos outros. Para usar as
palavras do pai da psicanlise, Sigmund Freud, o problema o
outro. Ns somos apenas vtimas, e no os culpados pela situao.
Nossos problemas so sempre algenos e no autgenos, ou seja,
so gerados no outro, e no em ns. Os outros so os culpados; ns
somos apenas as vtimas.
As conseqncias do pecado
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Uma sociedade
atormentada
pelos demnios
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sexo, drogas, fama, mas o vazio cada vez maior. A degradao dos
valores morais aumenta. As famlias esto se desintegrando. A imo
ralidade campeia. A violncia cresce. Os conflitos se avolumam.
Vivemos dias difceis e ferozes (2Tm 3.1; M t 8.28).
Para um mundo que rejeita a Deus, com a maldio sobre os
homens mpios eles receberam o que desejam, ou seja, os prprios
demnios. Um mundo sem Deus somente pode existir como um
mundo em que penetra o satnico. Deus d aos homens o que
eles querem, e nisso est a sua maior runa. No h estgio mais
degradante para a sociedade humana do que Deus entreg-la
sua prpria sorte e aos seus prprios desejos. A ira de Deus que
se manifesta do cu tanto presente como futura. Aqueles que
deliberada e conscientemente se insurgem contra o conhecimento
de Deus so entregues a uma disposio mental reprovvel para
praticarem toda sorte de torpezas e abominaes (Rm 1.18-32). A
degradao moral galopante incentivada pela mdia um retrato
da ira retributiva de Deus a uma sociedade que o desprezou.
A quinta trombeta fala de uma invaso demonaca sobre a ter
ra, trazendo tormento para os homens. Ao mesmo tempo em que
Deus usa a obra do diabo como um castigo, faz dela tambm uma
admoestao aos maus (Ap 9.20,21). Vamos conhecer um pouco
mais sobre essa invaso das hordas do inferno.
O lder da invaso demonaca
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Terceiro, o tormento que eles causam aos homens pior do que a mor
te (Ap 9.6). Como em Apocalipse 6.15,16, as pessoas buscam a morte
em lugar de Deus (Ap 9.6). Essas pessoas no tm nenhuma disposi
o para o arrependimento (Ap 9.20). O esprito da poca consiste da
saturao da vida e do medo indefinvel de viver, atrado misteriosa
mente pelo jogo com o desespero. O ser humano desperdia-se, sem
livrar-se de si mesmo. Transforma-se num suplcio em pessoa.
O tormento causado por esses gafanhotos to grande que os
homens buscaro a morte a fim de encontrar alvio para a agonia
que sentem, mas nem mesmo a morte lhes dar alvio.
Hoje, muitos flertam com a morte e preferem-na vida. Pior
que qualquer ferida querer morrer e no poder faz-lo. Os homens
vero a morte como alvio, mas nem a morte lhes trar alvio, mas
tormento eterno. A morte no consegue matar esse desespero. Esse
tormento pior do que a morte.
Soren Kierkegaard alguma vez disse: O tormento do desespero
exatamente esse, no ser capaz de morrer. Quando a morte o
maior perigo, o homem espera viver; mas, quando algum vem a
conhecer um perigo ainda mais terrvel que a morte, esse algum
espera morrer. E, assim, quando o perigo to grande que a morte
se torna a nica esperana, o desespero consiste no desconsolo de
no ser capaz de morrer.
O sofrimento tal que a morte seria prefervel. Os homens vero
a morte como um alvio. Mas nem a morte pode livr-los desse in
descritvel sofrimento. J fala desse sentimento: Por que se concede
luz ao miservel, e vida aos amargurados de nimo, que esperam a
morte, e ela no vem; cavam em procura dela mais do que tesouros
ocultos (J 3.20,21).
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Uma sociedade
atormentada pela
degradao moral
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Em segundo lugar, rejeio consciente (Rm 1.21). ... no o glorificaram como Deus, nem lhe deram graas, antes se tornaram
nulos em seus prprios raciocnios... A princpio, o pecado dos
homens pecado por omisso. Um duplo no os acusa (no glorificaram a Deus nem lhe deram graas). Portanto, no comeo no
est o dizer no, mas o no dizer. Quando os homens rejeitam
a verdade, abraam a mentira em seu lugar. A ausncia da verdade
sempre assegura a presena do erro.
O homem rejeita conscientemente o conhecimento de Deus de
duas formas:
Primeiro, deixando de glorific-lo por quem ele . O homem
deveria olhar para a natureza e ver nela a glria de Deus. Deixar
de ver os atributos invisveis de Deus, seu eterno poder e sua
divindade nas obras da criao privar Deus da sua prpria glria.
Glorificar a Deus como Deus no aumentar sua glria significa
meramente atribuir-lhe a glria que lhe pertence como Deus, ou
seja, dar a ele, nos pensamentos, afetos e devoo, o lugar que lhe
pertence, em virtude das perfeies que a prpria criao visvel
manifesta.
Atribuir a criao ao acaso despojar Deus de sua majestade.
Portanto, quando os povos pagos, seja nos grandes centros ur
banos ou nas selvas mais remotas, do glria aos seus dolos, no
fazem isso de forma inocente. Trata-se de uma rebelio deliberada.
Segundo, deixando de agradecer-lhe pelo que fez. Glorificamos a Deus por quem ele e lhe damos graas pelo que ele faz.
A criatura deixa de ser grata para ser ingrata. Deus criou a terra
e a encheu de fartura. Deus deu ao homem vida, sade, o po,
as estaes e tudo o mais para o seu aprazimento. Mas a resposta
do homem a todo esse bem uma consciente e deliberada ingra
tido.
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pudesse, pois para ele o mundo sem Deus abriria o caminho para
o pecado.
Insolentes -A palavra grega hybristes retrata o homem altivo, sober
bo, sadicamente cruel, que encontra prazer em prejudicar o prximo.
Soberbos - A palavra grega hyperefanos descreve o homem que
est cheio de si mesmo como um balo de vento. Este o ponto
culminante de todos os pecados. Trata-se da pessoa que despreza a
todos, exceto a si mesma, e tem prazer em rebaixar e humilhar os
outros.
Presunosos - A palavra grega alazon descreve o homem que
pensa de si mesmo alm do que convm e exalta-se acima da me
dida. a pessoa que pretende ter o que no tem, saber o que no
sabe, e jacta-se de grandes negcios que s existem em sua imagi
nao.
Inventores de males As palavras gregas efeuretes kakon retratam
aquelas pessoas que buscam novas formas de pecar, novos recndi
tos nos vcios, porque esto enfastiadas e procuram sempre novas
emoes em alguma forma diferente de transgresso.
Desobedientes aos paisAs palavras gregas goneusin apeitheis des
crevem aquela atitude dos filhos de sacudir o jugo da obedincia
aos pais. Tratam-se de filhos rebeldes e irreverentes.
Insensatos A palavra grega asynetos descreve o homem que
incapaz de aprender as lies da experincia. Trata-se da pessoa
culpada de grande sandice, que se recusa a usar a mente e o crebro
que Deus lhe deu.
Prfidos A palavra grega asynthetos descreve o homem que no
confivel. a pessoa desonesta, em quem no se pode confiar.
Sem afeio naturalA palavra grega astorgos significa sem amor
famlia. Trata do desamor dos pais aos filhos e dos filhos aos pais.
E a falta de afeto entre irmos de sangue. A prtica abusiva de
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B a r c l a y , W iliiam .
1973: p. 45-51.
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2001: p. 3615,3616.
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Uma sociedade
atormentada
pelos efeitos do
aquecimento global
por Deus e constitudo por ele como mor
domo da natureza (Gn 1.28). A Terra o planeta da vida. Aqui o
nosso cho, a nossa casa, o nosso habitat. A Terra o lugar adequa
do para a vida. Ela tem tamanho adequado para a preservao da
vida. Est na distncia exata do Sol, nem mais perto nem mais lon
ge. Se a Terra estivesse mais perto do Sol, morreramos queimados;
se ela estivesse mais longe, morreramos congelados. A inclinao
do seu eixo em 23 graus a nica posio segura para a preservao
da vida. A Lua, responsvel pelas mars dos oceanos, a faxineira
da Terra. Sem o trabalho da Lua, a vida seria impossvel em nosso
planeta. Essas coisas no so assim por acaso. O universo no sur
giu por gerao espontnea. O universo no pariu a si mesmo. O
nada vezes ningum no pode ser igual a tudo.
Sabemos que o universo composto de massa e energia. Tam
bm sabemos que ele governado por leis. A cincia prova que mas
sa e energia no criam leis, nem as leis criam a si mesmas. Ento,
O h o m em fo i c ria d o
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Uma sociedade
consolada pela
esperana
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todos os povos, de todos os tempos, ora por ns com tal agonia que
o faz com gemidos inexprimveis. A palavra grega alale significa
sem palavras. O que Paulo, portanto, est querendo mostrar aqui
no que os gemidos no podem ser colocados em palavras, mas
que de fato no h como express-los.
Terceiro, uma intercesso eficaz (Rm 8.27). A intercesso do
Esprito no pelo mundo, mas pelos santos. Os santos no so
os beatificados ou canonizados pela igreja, mas todos aqueles que
foram remidos e lavados no sangue de Jesus. A intercesso do Esp
rito em ns, por ns, ao Pai que est sobre ns sempre alinhada
com sua soberana e perfeita vontade e por isso tem a marca da
eficcia. No h conflito na trindade. O Esprito nunca intercede
por uma causa contrria vontade do Pai. A intercesso do Esp
rito no baseada em sentimentos equivocados e em propsitos
errados, pois est sempre em harmonia com a vontade e o plano
divino. Seu plano tem dois objetivos: nosso bem e sua glria.
Uma convico segura
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E r d m a n , Charles.
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garante vida eterna (Rm 8.28-32) e Deus Filho garante vida eterna
(Rm 8.33,34).15 Mesmo diante das tempestades da vida podemos
ter a garantia da vida eterna (Rm 8.35-39). O apstolo Paulo no
poderia terminar essa clssica exposio acerca da segurana inaba
lvel da salvao seno fazendo cinco perguntas retricas. Vamos
considerar essas perguntas:
Em primeiro lugar, Se Deus por ns, quem ser contra ns?(Rm
8.31). O apstolo Paulo no pergunta: Quem contra ns?, pois,
se assim o fizesse, o inferno inteiro se levantaria, vociferando seu
dio incontido. A pergunta : Se Deus est do nosso lado, quem
poder nos deter ou nos resistir? Se o Rei e Senhor do universo est
do nosso lado, se ele nos amou, escolheu, chamou, justificou e j
decretou a nossa glorificao, ento somos vitoriosos e invencveis.
Ainda que o inferno inteiro se levante contra ns, certamente triun
faremos. O mundo, a carne e o diabo podem continuar alistando-se
contra ns, porm nunca nos podero vencer se Deus por ns.
Deus por ns e provou isto dando-nos seu Filho (Rm 8.32).
O Filho por ns e prova isto intercedendo por ns junto ao Pai
(Rm 8.34). O Esprito Santo por ns, assistindo-nos em nossa
fraqueza e intercedendo por ns com gemidos inexprimveis (Rm
8.26). Deus est trabalhando para que todas as coisas contribuam
para o nosso bem (Rm 8.28). Em sua pessoa e em sua providncia
Deus por ns. Por vezes, lamentamos como Jac: Todas estas
coisas me sobrevm (Gn 42.36) quando, na verdade, tudo est
trabalhando em nosso favor.
Em segundo lugar, A quele que no poupou a seu prprio Filho
[...] porventura no nos dar graciosamente com ele todas as coisas?
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S c h a e f f e r , Francis.
U M A S O C I E D A D E C O N S O L A D A PELA E S P E R A N A
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SPLICAS
DO
MUNDO
de Deus que deveramos beber. Ele sofreu o duro golpe da lei que
deveramos ter suportado. Ele morreu a nossa morte.
Segundo, a ressurreio de Cristo (Rm 8.34). A morte no pde
ret-lo na sepultura. Cristo triunfou sobre a morte e arrancou o
seu aguilho. Ele venceu a morte, ressuscitou dentre os mortos
para a nossa justificao. A morte foi destronada. Ela foi vencida.
A ressurreio de Cristo a garantia e o modelo da nossa ressur
reio.
Terceiro, o governo de Cristo (Rm 8.34). Jesus est direita de
Deus, uma posio de exaltao e governo. Isso significa que Deus
Pai aceitou sua obra expiatria e o exaltou sobremaneira, colocando-o acima de todo principado e potestade.
Quarto, a intercesso de Cristo (Rm 8.34). A intercesso de
Cristo tem absoluta eficcia. Ele o nosso intercessor legal. Ele
nos representa diante do trono de Deus de tal maneira que no
precisamos representar-nos a ns mesmos.
Em quinto lugar, Quem. nos separar do amor de Cristo? {Rm
8.35-39). Paulo responde a esta grande pergunta com outra per
gunta: Ser tribulao, ou angstia, ou perseguio, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada? O argumento do apstolo
que nenhum problema, situao, adversidade, acontecimento,
ser humano ou mesmo angelical poder nos separar do amor
de Cristo. Ao contrrio, em todas estas coisas somos mais que
vencedores (Rm 8.35-37). Esta frase, mais que vencedores,
na lngua grega uma s palavra, hypernikomen, cujo significado
hipervencedores.
Paulo chega ao ponto culminante da sua argumentao quan
do escreve: Porque eu estou bem certo de quem nem morte, nem
vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do
porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer
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