Capitulo 4 - Ciclos de Unico Estagio
Capitulo 4 - Ciclos de Unico Estagio
Capitulo 4 - Ciclos de Unico Estagio
4.2 Histrico
At a metade do sculo passado, a conservao de alimentos a baixas
temperaturas dependia do gelo natural. O primeiro mtodo de refrigerao na histria
recente foi atravs do corte e armazenamento de gelo em gabinetes. Este tipo de
refrigerador possua desvantagens como, taxas de resfriamento variveis,
necessidade de reposio freqente de gelo e requeriam sistema de drenagem. No
entanto, o benefcio estava disponvel apenas queles que possuam poder aquisitivo.
Somente com a comercializao de gelo cortado de superfcies de lagos e rios, esta
facilidade chegou a outras camadas da populao. Casas de gelo (ice houses) eram
utilizadas para a armazenagem do gelo. Utilizava-se como material isolante: p de
serra e cavacos de madeira. As paredes possuam 1 metro de espessura. A
Utilizao de gelo natural em escala comercial foi alavancada por Frederic Tudor,
que, em 1806 retirava gelo do rio Hudson/USA e vendia em grande escala para ndia,
Austrlia, Europa, etc. (1834). Em 1854, 156.000 toneladas de gelo foram exportados
a partir do Porto de Boston. O comrcio de gelo natural persistiu por um longo tempo
aps a inveno da refrigerao mecnica (produo artificial de gelo). O Reino
Unido, por exemplo, cessou a importao de gelo da Noruega por volta de 1930;
Em 1755, William Culen, professor de qumica na Universidade de Edimburgo,
na Esccia, experimentou a evaporao de ter (voltil) para produzir gelo. Ele
colocou gua em contato trmico com ter, succionado por uma bomba de vcuo. A
operao da bomba provoca uma acelerao da evaporao do ter e, sua
temperatura era reduzida suficientemente para congelar a gua. O primeiro sistema
mecnico capaz de produzir gelo foi desenvolvido em 1815.
Em 1834, Jocob Rerkins fez a primeira descrio (atravs de uma patente)
completa de uma mquina de refrigerao operando de maneira cclica. Numa
exibio internacional em Londres, em 1862, Daniel Siebe apresentou uma mquina
similar. A partir desta data, os equipamentos comearam a ser produzidos em escala
comercial. Provavelmente, a forma mais largamente usada da refrigerao foi a
fabricao de gelo por meio de compressores movidos a eletricidade, com amnia
empregada como refrigerante. Os equipamentos eram volumosos dispendiosos e no
muito eficientes, e alm disso, requeriam a presena constante de um mecnico ou
engenheiro de operao. Isto limitava o uso da refrigerao mecnica a pequenas
aplicaes, tais como fbricas de gelo, fbricas de empacotamento de carne, e
grandes depsitos de armazenamento.
Vapor
Lquido
Vapor
Lquido
Q
Vlvula
Q e
3517W
Q
3600s
t
24h
1h
Linha de
Descarga
Q c
Linha de
Lquido (alta)
3
Condensador
Dispositivo de
Expanso
Compressor
4
Evaporador
Linha de
Lquido (baixa)
Q e
Linha de
Suco
Meio a Refrigerar
Q
Capacidade de Refrigerao
[W ]
e
Adimensional
Energia Fornecida ao Sistema W [W ]
Q e [ BTU / h]
W
[W ]
EER=3,41 COP
a)Atrito
b)Expanso no resistida
-W
Vcuo
Gs
-Q
O2
N2
O2 + N2
T2
T1>T2
A nica maneira pela qual o sistema pode retornar ao estado inicial mediante
um refrigerador, que consome trabalho e necessita fornecer calor ao meio. Por causa
do calor recebido e do trabalho fornecido, o meio no retornar ao estado inicial,
indicando que o processo irreversvel.
Um processo de troca de calor irreversvel definido como aquele em que o
calor transferido, mediante uma diferena infinitesimal de temperatura
Reservatrio Quente
TQ
Q23
3
Trocador de Alta
TC
Expansor
Compressor
W12
Trocador de Baixa
TE
Q41
Reservatrio Frio
TF
S=constante (isentrpico)
TQ
W
TF
Como S1=S2 e
COP
TF (S1 -S4 )
TQ (S 2 -S3 )-TF (S1 -S4 )
S3 =S4
TF (S2 -S3 )
TQ (S2 -S3 ) -TF (S2 -S3 )
TF
TQ -TF
TC
TQ (=30oC) - Atmosfera
TF (= -20oC) Meio a Refrigerar
TE
S
Os limites de variao de temperatura TQ e TF so impostos pelo sistema de
refrigerao (condies de funcionamento).
Para que haja rejeio de calor no condensador TC > Tatmosfera
Para que ocorra absoro de calor no evaporador TE < Tmeio a refrigerar
O COP pode ser maximizado reduzindo a diferena de temperatura (T 0
U e/ou A)
Q= (U A) T
Para que T 0, A ou U Custos
Observe que o ciclo acima no de Carnot mas um ciclo retangular no diagrama T-S.
Se T 0, o ciclo real se aproxima do Ciclo de Carnot e portanto, o COP
tende ao seu mximo valor para aquela condio de trabalho. (troca de calor com
diferena finita de temperatura causa irreversibilidade)
COP
COPcarnot
r 1
Vlvula
Reversora
Condensador
Evaporador
Compressor
Tubo Capilar
Ambiente
Externo
Ambiente
Interno
COPBC
Q
Efeito Calorfico til
C
Energia Fornecida ao Sistema W
Q C
Q C
Q Q E Q E
Q E
C
1
1 COP
W Q C Q E
Q C Q E
Q C Q E
COPBC Carnot
TQ (S2 -S3 )
T
QC
QC
Q
COPBC Carnot
TQ
TQ -TF
TQ -TF TF
TQ -TF
1 COPCarnot
T
Presso constante
2
x
TQ
TF
1
Presso constante
S
T
Se T 0, Ciclo de Carnot
Presso constante
3
TC
TQ
TF
4
TE
Tringulo de
Reaquecimento
Compressor
Isotrmico
TC
TQ
1
TF
Compressor
Isentrpico
TE
1
S
3
Expansor
W34
4
Na prtica a recuperao de energia representa uma parcela muito pequena e
o uso de um expansor no se justifica (custo).
O estrangulamento realizado atravs de uma vlvula de expanso ou outro
dispositivo similar.
4
1 Lei da Termodinmica
V32
V2
gz3 h3 Q 4 gz4 h4 W
2
2
Hipteses|:
a) Variaes de energia cintica e potencial desprezadas;
b) Processo adiabtico;
c) No h realizao de trabalho.
Portanto, h3=h4 (isentlpico)
4.17
T
2
3
Aumento de
trabalho
TC < Tq
h=constante
TE < Tf
4
Reduo de QE
S
Logo COP CARNOT > COPPADRO
O processo de compresso ainda est sendo considerado isentrpico
(irreversvel e adiabtico).
Na realidade o processo de compresso no nem reversvel nem adiabtico
2
T
2
Adiabtico +
irreversvel
Adiabtico +
reversvel
No-adiabtico +
reversvel
4.18 Exemplo
Um ciclo terico de um estgio fornece 50kW de refrigerao usando R-22 e
funcionando com a temperatura de condensao de 35C e uma temperatura de
evaporao de -10C. Pede-se:
s=1,76713kJ/kgK
35C
v =0,06534m3/kg
-10C
243,1kJ/kg
401,6kJ/kg
435,2 kJ/kg
Ponto 1
h1= entalpia do vapor saturado seco a -10C (tabela A-6)
h1=401,6kJ/kg
s1 =1,76713kJ/kgK - entropia do vapor saturado a -10C
v1=vv (-10C) tab.A-6 v1=0,06534m3/kg
Ponto 2
h2 no diagrama com s=cte h2=435,2 kJ/kg (tabela A7 interpolao)
Ponto 3 e 4
h3=h4 = entalpia do lquido saturado a 35C (tabela A-6)
h3=h4=243,1kJ/kg
b) O efeito frigorfico/refrigerante especfico:
Evaporador
4
1
Q E
Balano de Energia
4 Q E mh
1
mh
(h h )
Q m
E
QE (h1 h4 )
capacidade de refrigerao
efeito frigorfico
c) O fluxo de massa
QE
Do balano de energia m
QE
50 0,315kg / s
m
158,5
d) O Efeito Calorfico
Q C
Condensador
3
Balano de Energia
2 Q C mh
3
mh
(h h )
Q m
e) O Trabalho de compresso
2
1
W
Balano de Energia
1 W mh
2
mh
(h h )
W m
Potncia de Compresso
W (h2 h1 )
Trabalho de Compresso
W 435, 2 401, 6 33, 60kJ / kg
2
f) A Potncia de Compresso
W mW
W 0,315 33, 60 10,58kW
g) O COP
E QE
Q
mQ
COP E
W
W mW
COP
158,5
4, 72
33, 60
PD
PD
m
v1
v1
m
PD Piston Displacement
Projeto do Compressor
COPCarnot
TE
10 273,15
5,85
TC TE (35 273,1) (10 273,15)
k) A eficincia de Refrigerao
COP
4, 72
0,81 (81%)
COPCarnot 5,84
3 3
4 4
COP
QE h1 h4
W h2 h1
COP
QE h1 h4
W h2 h1
como (h1 h4) > (h1 h4) => COP > COP
- Meios de obter o Subresfriamento
- natural: troca de calor entre a linha/depsito de lquido com o meio ambiente;
- superdimensionamento do condensador;
- trocador de calor colocado na sada do condensador.
1 1
COP
QE h1 h4
W h2 h1
COP
QE h1 h4
W h2 h1
CONSEQUNCIAS DO SUPERAQUECIMENTO
a) O superaquecimento pode aumentar QE mas tambm aumenta W. Desta
forma, o COP tanto pode aumentar quanto diminuir.
Depende de fluido:
Aconselhvel para R-134a
Desaconselhvel para R-22 e R-717 (NH3)
b) O superaquecimento provoca uma elevao no volume especfico do fluido
na suco do compressor (v1 > v1 )
PD
m
v1
reduz
aumenta
constante
E
Q E mQ
diminui e QE aumenta.
Conseqentemente, Q E pode aumentar ou diminuir pois, m
c) A temperatura da
superaquecimento.
Aumento
da
temperatura
Outros
problemas
descarga
do
compressor
Reduo da
Problemas com
desgastesdo
excessivoslubrificao
viscosidade
leo
se
eleva
FORMAS DE SUPERAQUECIMENTO
a) Superdimensionamento do evaporador;
b) Trocador de calor na sada do evaporador;
c) Utilizao de uma vlvula de expanso termosttica;
Desgastes
excessivos das
superfcies de
contato
TIPOS DE SUPERAQUECIMENTO
a)
b)
c)
d)
com
Condensador
Trocador
de calor
4 3
Evaporador
4
Balano de Energia
(h3 h4 ) m
(h1 h6 )
m
hsub hsup
Mas,
dh
cp
dT
Tliq Tvap
6 1
Q C
Q E
h
Lquido a alta presso
Vapor a alta presso
Lquido a baixa presso
Vapor a baixa presso