Textura Do Solo

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Textura do solo-densimetro

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Textura um termo empregado para designar a proporo relativa das fraes argila, silte ou areia no solo. Estes se diferenciam entre si
pelo tamanho de suas partculas (granulometria). A textura , geralmente, determinada em laboratrio. Muitas vezes, no entanto, ela
pode ser avaliada diretamente no campo, como o caso das descries de perfis de solos. Esta avaliao a campo deve ser seguida da
determinao em laboratrio, que mais precisa. De acordo com RAIJ (1991), existem tringulos para designar diversas classes
texturais (Figuras 1 e 2), que so utilizados em classificao do solo.
A analise textural pode ser efetuada basicamente por dois mtodos: o Mtodo da Pipeta ( mais utilizado) que especialmente indicado
para a determinao da argila, podendo determinar tambm a frao silte. um mtodo de sedimentao, utilizando pipeta para retirar
uma alquota a profundidade e em tempo determinados. mais preciso, porm o mais demorado. E o Mtodo do Densmetro,
conhecido tambm como mtodo do hidrmetro, foi proposto em 1926 por BOUYOUCOS. Baseia-se no principio de que a matria em
suspenso (silte e argila) confere determinada densidade ao liquido. Com a ajuda de um densmetro, Bouyoucos relacionou as
densidades com o tempo de leitura e com a temperatura, calculando com esses dados a porcentagem das partculas. O mtodo mais
rpido, porm menos preciso.
1. Colocar 25 g de TFSA em dois beckeres de 250 mL;
2. Em um deles, adicionar 12,5 mL de NaOH 1 N e 50 mL de gua destilada. No outro, colocar somente a gua destilada. Deixe-os em
repouso por 15 minutos;
3. Transferir as suspenses dos beckeres para dois copos metlicos do agitador Hamilton Beach, e completar com gua destilada at
2/3 da capacidade do copo do agitador;
4. Agitar durante 10 minutos a 12.0 r.p.m.;
5. Transferir o contedo individual para uma proveta de 500 mL e completar o volume da proveta com gua destilada, estando o
densmetro dentro da suspenso;
6. Retirar o densmetro e homogeneizar com um agitador manual (tucho1) durante um minuto. Deixar em repouso, anotando o tempo de
incio da sedimentao;
7. Colocar o densmetro para fazer a leitura do silte + argila aos quatro minutos aps o inicio da sedimentao. Tomar a temperatura da
suspenso, para correo posterior da leitura. (O densmetro deve ser colocado e com cuidado para evitar pertubao na suspenso.
Aps a leitura deve-se lavar o densmetro para evitar que a argila seque em sua superfcie);
8. Aps duas horas do incio da sedimentao, fazer a leitura da argila.
Para a amostra que foi dispersa em gua destilada, uma nica leitura. Tomar a temperatura da suspenso, para correo posterior da
leitura.
Observao: o densmetro mede a densidade da suspenso, sendo necessrio verificar sua correspondncia com o densmetro de
Bouyoucos, calibrado em g de solo/L de suspenso (Quadro 1);
Correo: como o densmetro de Bouyoucos calibrado para a temperatura de 68F (20C), as leituras devero ser corrigidas conforme
a temperatura. Assim, para cada grau acima ou abaixo de 20C, deve-se acrescentar ou subtrair 0,36 graduaes da leitura do
densmetro.
Calculo das fraes do solo: % silte = [(1 leitura corrigida 2 leitura corrigida) x 50]/massa de TFSA % argila = [2 leitura corrigida x
50]/massa de TFSA
argila total
% argila natural (argila dispersa na gua) = [leitura corrigida x 50]/massa de TFSA % areia = 100 %silte - %argila grau de floculao =
(argila total argila natural) x 100 tucho . S. m. Bras. Autom. 1. Pea de ao, cilndrica, cuja funo transmitir vlvula o movimento
proporcionado pelo excntrico do virabrequim

Figura 1 Diagrama triangular simplificado (utilizado pela Embrapa) para a classificao textural do solo.

Figura 2 Diagrama triangular utilizado para a classificao textural do solo (Atterbeg).

QUADRO 1. Tabela para transformao de densidade em gramas de solo em suspenso, conforme Bouyoucos (Y = 1,6.X 1666,6)
Densidade Bouyoucos Densidade Bouyoucos Densidade Bouyoucos
1.0,0 0,0 1.07,5 12,50 1.015,0 25,0 1.0,5 0,83 1.008,0 13,32 1.015,5 25,83 1.001,0 1,6 1.008,5 14,15 1.016,0 26,6 1.01,5 2,50 1.09,0
15,0 1.016,5 27,50 1.002,0 3,32 1.009,5 15,83 1.017,0 28,32 1.002,5 4,15 1.010,0 16,6 1.017,5 29,15 1.03,0 5,0 1.010,5 17,50 1.018,0
30,0 1.003,5 5,83 1.011,0 18,32 1.018,5 30,83 1.004,0 6,6 1.011,5 19,15 1.019,0 31,6 1.04,5 7,50 1.012,0 20,0 1.019,5 32,50 1.005,0
8,32 1.012,5 20,83 1.020,0 3,32 1.005,5 9,15 1.013,0 21,6 1.020,5 34,15 1.06,0 10,0 1.013,5 2,50 1.021,0 35,0 1.006,5 10,83 1.014,0
23,32 1.021,5 35,83 1.07,0 1,6 1.014,5 24,0 1.022,0 36,6
Densidade Bouyoucos Densidade Bouyoucos
1.022,5 37,50 1.031,0 50,0 1.023,0 38,32 1.031,5 50,83 1.023,5 39,15 1.032,0 51,6 1.024,0 40,0 1.032,5 52,50 1.024,5 40,83 1.033,0
53,32 1.025,0 41,6 1.033,5 54,15 1.026,5 42,50 1.034,0 5,0 1.026,0 43,32 1.034,5 5,83 1.027,5 4,15 1.035,0 56,6 1.028,0 45,0 1.035,5
57,50 1.028,5 45,83 1.036,0 58,32 1.029,0 46,6 1.036,5 59,15 1.029,5 47,50 1.030,0 48,32 1.030,5 49,15
BIBLIOGRAFIA: ANDRADE. H. & SOUZA. J. J. Solos: origem. componentes e organizao. Lavras - MG. ESAL/FAEPE (Apostila de
Curso de Especializao por Tutoria Distncia Solos e Meio Ambiente Modulo 1). s/d. 170p.
FERREIRA. M. M. Fsica do solo. Lavras - MG. (Apostila de curso de Especializao por Tutoria Distncia Solos e Meio Ambiente
Modulo 2). s/d. 63p.
RAIJ. B. V. Fertilidade do solo e adubao. Ceres. Potafos. Piracicaba. 1991. 343p.
RESENDE. M.; CURI. N. & SANTANA. D. P. Pedologia e Fertilidade do solo: Interpretaes e aplicaes. Braslia DF. MECESALPOTAFS. 1988. 81p.

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