Programa de Integridade Diretrizes para Empresas Privadas
Programa de Integridade Diretrizes para Empresas Privadas
Programa de Integridade Diretrizes para Empresas Privadas
Equipe Tcnica:
Diretoria de Promoo da Integridade, Acordos e Cooperao Internacional
Sumrio
INTRODUO 5
Programa de Integridade: viso geral
1.
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Comunicao 20
Treinamento 20
4.4. Canais de denncias
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Concluso
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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INTRODUO
A corrupo um mal que afeta todos.
Governos, cidados e empresas sofrem
diariamente os seus efeitos. Alm de desviar recursos que de outra forma estariam
disponveis para melhor execuo de
polticas pblicas, a corrupo tambm
responsvel por distores que impactam
diretamente a atividade empresarial, em
razo da concorrncia desleal, preos superfaturados ou oportunidades restritas de
negcio. Combat-la, portanto, depende
do esforo conjunto e contnuo de todos,
inclusive das empresas, que tm um papel
extremamente importante nesse contexto.
A Lei n 12.846/2013, de 1 de agosto de
2013, conhecida como Lei Anticorrupo
ou Lei da Empresa Limpa, instituiu no Brasil a responsabilizao objetiva administrativa e civil das pessoas jurdicas pela prtica
de atos lesivos que sejam cometidos em
seu interesse ou benefcio, contra a administrao pblica, nacional ou estrangeira.
A aprovao da Lei despertou grande
interesse e ateno sobre o tema do combate corrupo e tem motivado intensas
discusses no setor empresarial brasileiro,
sobretudo diante da preocupao das empresas quanto possibilidade de arcar com
sanes severas no mbito de um processo administrativo de responsabilizao.
Para alm do seu carter punitivo, a referida Lei tambm atribui especial relevncia s medidas anticorrupo adotadas
por uma empresa, que podem ser reconhecidas como fator atenuante em um
eventual processo de responsabilizao.
O conjunto dessas medidas constitui o
chamado Programa de Integridade, tema
que ser explorado no decorrer desta
publicao.
O objetivo deste documento esclarecer o conceito de Programa de Integridade, em consonncia com a Lei
n 12.846/2013 e sua regulamentao
pelo Decreto n 8.420/2015, de 18 de
maro de 2015. Apresentam-se tambm
diretrizes que possam auxiliar as empresas a construir ou aperfeioar polticas e
instrumentos destinados preveno,
deteco e remediao de atos lesivos
administrao pblica, tais como suborno
de agentes pblicos nacionais ou estrangeiros, fraude em processos licitatrios
ou embarao s atividades de investigao
ou fiscalizao de rgos, entidades ou
agentes pblicos.
A parte inicial apresenta uma viso geral
sobre o que um Programa de Integridade sob o enfoque da Lei Anticorrupo, assim como os cinco pilares para
seu desenvolvimento e implementao:
comprometimento e apoio da alta direo;
instncia responsvel; anlise de perfil e
riscos; estruturao das regras e instrumentos e estratgias de monitoramento
contnuo. Em seguida cada um deles ser
abordado mais detalhadamente, com foco
em pontos importantes que devem ser
considerados pelas empresas, seja para a
elaborao ou para o aperfeioamento do
seu Programa de Integridade.
rea de atuao e principais parceiros de negcio, seu nvel de interao com o setor
pblico nacional ou estrangeiro e consequentemente avaliar os riscos para o cometimento dos atos lesivos da Lei n 12.846/2013.
4: Estruturao das regras e instrumentos
Com base no conhecimento do perfil e riscos da empresa, deve-se elaborar ou
atualizar o cdigo de tica ou de conduta e as regras, polticas e procedimentos de
preveno de irregularidades; desenvolver mecanismos de deteco ou reportes de
irregularidades (alertas ou red flags; canais de denncia; mecanismos de proteo ao
denunciante); definir medidas disciplinares para casos de violao e medidas de remediao. Para uma ampla e efetiva divulgao do Programa de Integridade, deve-se
tambm elaborar plano de comunicao e treinamento com estratgias especficas para
os diversos pblicos da empresa.
5: Estratgias de monitoramento contnuo
necessrio definir procedimentos de verificao da aplicabilidade do Programa
de Integridade ao modo de operao da empresa e criar mecanismos para que as
deficincias encontradas em qualquer rea possam realimentar continuamente seu
aperfeioamento e atualizao. preciso garantir tambm que o Programa de Integridade seja parte da rotina da empresa e que atue de maneira integrada com outras
reas correlacionadas, tais como recursos humanos, departamento jurdico, auditoria
interna e departamento contbil-financeiro.
A figura seguinte ilustra os pilares que norteiam um Programa de Integridade:
5 pilares
do PROGRAMA DE INTEGRIDADE
COMPROMETIMENTO
E APOIO DA ALTA
DIREO
Instncia
responsvel
Anlise de
perfil e riscos
Regras e
instrumentos
Monitoramento
contnuo
indispensvel que cada empresa faa sua autoanlise e conhea suas necessidades e especificidades para definir o Programa de Integridade que mais se adeque sua realidade.
A seguir sero detalhados os pilares de um Programa de Integridade, a fim de se esclarecer
o que trata cada um deles e orientar as empresas sobre possveis formas de abordagem.
1. Comprometimento e apoio
da alta direo
O comprometimento da alta direo da empresa com a integridade nas relaes pblico
-privadas e, consequentemente, com o Programa de Integridade a base para a criao de
uma cultura organizacional em que funcionrios e terceiros1 efetivamente prezem por uma
conduta tica. Possui pouco ou nenhum valor prtico um Programa que no seja respaldado pela alta direo2. A falta de compromisso da alta direo resulta no descompromisso
dos demais funcionrios, fazendo o Programa de Integridade existir apenas no papel.
A alta direo da empresa pode demonstrar por diversos modos seu compromisO APOIO PERMANENTE E O
so com o Programa de Integridade. O
COMPROMISSO DA ALTA DIREO
COM A CRIAO DE UMA CULTURA presidente e diretores podem reafirmar
seu comprometimento, por exemplo, ao
DE TICA E INTEGRIDADE NA
EMPRESA A BASE DE UM PROGRAMA incorporarem o assunto a seus discursos,
de forma a demonstrar que conhecem os
DE INTEGRIDADE EFETIVO.
valores ticos pelos quais a empresa se
pauta e as polticas que so aplicadas. A
alta direo pode tambm incluir a verificao da efetividade das aes de integridade
como pauta permanente ou frequente de suas reunies ou de seus encontros com
gerentes e outros integrantes da mdia direo da empresa. A destinao de recursos
adequados para a implementao do Programa de Integridade , sem dvida, outro
fator de grande importncia para evidenciar o comprometimento, conforme ser discutido no tpico seguinte.
Os membros da alta direo devem ser exemplo de boa conduta, aderindo prontamente
ao Programa de Integridade. Devem, ademais, declarar pblica e ostensivamente a importncia dos valores e das polticas que compem o Programa, seja por intermdio de
manifestaes explcitas, internas ou pblicas, ou de declaraes escritas. Por um lado, o
compromisso com a tica e integridade deve ser demonstrado ao pblico interno, como
funcionrios e dirigentes de diversos nveis, que devem ter a percepo da seriedade do
Programa e da obrigatoriedade de se seguirem as regras. Por outro, tal compromisso
deve estar claro tambm para terceiros, clientes e sociedade em geral.
Alm disso, a demonstrao de comprometimento deve abranger a atuao da alta
1
Terceiros so aqueles que podem agir no interesse ou em benefcio da pessoa jurdica gerandolhe responsabilizao no mbito da Lei n 12.846/2013, tais como fornecedores, prestadores de servio,
agentes intermedirios e associados.
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Nveis hierrquicos mais elevados da empresa, ocupantes de cargos com alto poder de deciso
em nvel estratgico e, at mesmo, o conselho de administrao, se houver.
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Poltica relativa ao
oferecimento de hospitalidade,
brindes e presentes a
agente pblico nacional ou
estrangeiro
O relacionamento com o setor pblico envolve, com frequncia, questes relacionadas a brindes, presentes e hospitalidades,
que merecem destaque, pois demandam
a adoo de regras e polticas especficas
por parte da empresa. A empresa deve
se atentar que geralmente h regras sobre
o valor de brindes que agentes pblicos
podem receber. Alm disso, o oferecimento de presente ou custeio de viagens pode
ser utilizado para ocultar o pagamento de
vantagens indevidas e a poltica de integridade da empresa deve ser adequada para
prevenir esse tipo de situao.
Obviamente, no se trata aqui de condenar prticas usuais e legtimas que fazem
parte do ramo empresarial. comum que
empresas convidem representantes dos
governos de pases onde pretendem fazer
negcios para conhecer as instalaes da
empresa, apresentar um produto ou uma
determinada tecnologia. Convites para
feiras e exposies de produtos, recepes e jantares sociais e de negcios so
usuais, alm do oferecimento de brindes
e presentes nessas e em outras ocasies.
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as legislaes que tratam de suborno transnacional (ex.: FCPA, UK Bribery Act, Lei n
12.846/2013 e, ainda, se as polticas e regras internas da instituio daquele que receber a hospitalidade, o brinde ou presente esto sendo obedecidas;
os gastos devem ser razoveis e estar em observncia s legislaes locais, devendo ser estabelecidos limites pela prpria empresa;
nenhum tipo de hospitalidade, brinde ou presente deve ser provido com uma
frequncia desarrazoada ou para o mesmo destinatrio, de forma que possa aparentar
alguma suspeio ou impropriedade;
convites que envolvam viagens e despesas relacionadas devem ser realizados em
clara conexo com o negcio da empresa, seja para promover, demonstrar ou apresentar produtos e servios ou viabilizar a execuo de atuais ou potenciais contratos;
devem-se criar indicativos para que o prprio funcionrio desenvolva a capacidade crtica de decidir sobre a razoabilidade de propor determinada ao relativa
hospitalidade e ao oferecimento de brindes e presentes. Os funcionrios podem ser
orientados, por exemplo, por uma lista bsica de perguntas: qual a inteno envolvida? Existe algo alm da promoo dos negcios da empresa que deva ser mantido
em segredo? Caso a situao fosse reportada ao pblico externo fosse matria de
um grande jornal, por exemplo . haveria algum inconveniente para a empresa? Ela
poderia ser mal interpretada?
deve haver uma indicao para os funcionrios ou representantes a quem eles
devem recorrer na empresa, caso tenham dvidas sobre situaes prticas envolvendo
hospitalidade, brindes e presentes.
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Comunicao
importante que o cdigo de tica ou conduta e os demais documentos que tratam
sobre integridade nos negcios estejam disponveis em locais de fcil acesso a todos,
como a internet ou rede interna da empresa. Considerando que, em razo da natureza
do trabalho, parte dos funcionrios pode no ter acesso a computadores, a empresa
deve providenciar estratgias alternativas e eficazes de divulgao, como disponibilizao de cpias impressas ou fixao em locais visveis a todos.
Os documentos devem estar escritos de forma compreensvel para todo o pblico-alvo. As orientaes devem ser transmitidas de forma clara e precisa, sem mensagens
dbias. Ainda, caso a empresa possua sede em pases estrangeiros, necessrio que ao
menos parte dos documentos seja disponibilizada na lngua local, principalmente aqueles que esto relacionados aos riscos identificados naquela localidade.
A divulgao pode ser feita por intermdio de jornais internos, cartazes, e-mail e
notcias na rede corporativa. importante que os funcionrios saibam da existncia de
canais de denncia, de polticas de proteo a denunciantes e que tenham conscincia
sobre a possibilidade de reportar casos suspeitos. Para garantir a cincia de todos sobre
o cdigo de tica e as polticas de integridade, a empresa pode, por exemplo, solicitar
que funcionrios assinem documento atestando conhecimento.
Por fim, a empresa tambm deve manter canais para fornecer orientaes e esclarecimento de dvidas com relao aos aspectos do Programa de Integridade. Os canais
devem ser gratuitos e de fcil acesso a todos na empresa e abertos a terceiros e ao
pblico, quando for o caso.
Treinamento
A empresa deve ter um plano de capacitao com o objetivo de treinar as pessoas
sobre o contedo e os aspectos prticos das orientaes e das polticas de integridade.
As regras no tero efetividade se as pessoas no souberem como e quando aplic-las.
necessrio que todos, no mbito da empresa, recebam treinamentos sobre valores e
orientaes gerais do Programa de Integridade.
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Com relao s polticas especficas, tais como as normas para prevenir atos lesivos em
licitaes e contratos ou regras de controle em registros contbeis, a empresa pode
oferecer treinamentos especficos, direcionados especialmente para aquelas pessoas
que atuam diretamente nessas atividades.
MUITO IMPORTANTE QUE A EMPRESA MANTENHA OS REGISTROS
DOS TREINAMENTOS REALIZADOS, COM A INFORMAO DE TODOS
QUE FORAM TREINADOS E EM QUE TEMAS, POIS ISSO PODER SER
NECESSRIO PARA A EMPRESA COMPROVAR SEUS ESFOROS DE
IMPLEMENTAO DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE.
Para que sejam mais eficazes, sugere-se que os treinamentos incluam situaes prticas,
estudos de caso e orientaes sobre como resolver eventuais dilemas. importante
garantir a periodicidade das capacitaes, para treinar os funcionrios novos e manter
atualizados os funcionrios j treinados.
Vale ressaltar, ainda, que a empresa deve garantir que os funcionrios participem de fato
dos treinamentos, podendo, inclusive, torn-los obrigatrios em alguns casos. Alm disso,
pode criar incentivos para a participao, como, por exemplo, vincular a promoo na
carreira realizao de treinamentos peridicos sobre o Programa de Integridade.
4.4. Canais de
denncias
Uma empresa com um Programa de Integridade bem estruturado deve contar com
canais que permitam o recebimento de
denncias, aumentando, assim, as possibilidades de ter cincia sobre irregularidades.
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Denncias;
Investigaes internas;
Constataes em auditorias.
Uma vez que a investigao confirme a ocorrncia de ato lesivo envolvendo a empresa, devem ser tomadas providncias para assegurar a imediata interrupo das irregularidades, providenciar solues e reparar efeitos causados. A empresa pode, por exemplo, aprimorar o programa, de forma a evitar a reincidncia do problema e ocorrncia
de novas falhas. Pode, ainda, aplicar sanes disciplinares aos envolvidos. interessante
que a adoo dessas medidas seja divulgada para funcionrios e terceiros, a fim de
reforar publicamente a no tolerncia da empresa com a prtica de ilcitos.
A empresa deve tambm utilizar os dados obtidos na investigao interna para subsidiar
uma cooperao efetiva com a administrao pblica. A comunicao s autoridades
competentes sobre a ocorrncia do ato lesivo, o fornecimento de informaes e o
esclarecimento de dvidas podem beneficiar a empresa em eventual processo administrativo de responsabilizao6.
desejvel, portanto, que a empresa identifique previamente os rgos que tenham a
competncia de investigar e de punir os eventuais ilcitos, de acordo com a esfera e o
poder envolvido, e que o Programa de Integridade tenha previso dos trmites a serem
seguidos para subsidiar a deciso de cooperar com investigaes em curso em rgos
governamentais. Em alguns casos, a atuao da empresa pode estar concentrada em determinado municpio; em outros, essa atuao pode ter relao, simultaneamente, com
governos locais e com o governo federal; em outros, ainda, pode ter repercusso em
outros pases, dada a abrangncia da jurisdio de algumas legislaes estrangeiras.
A empresa pode, ainda, prever a realizao de investigaes independentes, com a
inteno de garantir a credibilidade e imparcialidade das informaes obtidas. Alm
disso, o escopo da investigao deve ser condizente com a possvel extenso das irregularidades. Caso um dos envolvidos atue em outras filiais ou reas da empresa, pode
ser necessrio ampliar o escopo para verificar se as prticas ilcitas foram replicadas em
outras situaes.
5. Estratgias de monitoramento
contnuo
A empresa deve elaborar um plano de monitoramento para verificar a efetiva implementao do Programa de Integridade e possibilitar a identificao de pontos falhos que
possam ensejar correes e aprimoramentos. Um monitoramento contnuo do Programa tambm permite que a empresa responda tempestivamente a quaisquer riscos
novos que tenham surgido.
O monitoramento pode ser feito mediante a coleta e anlise de informaes de diversas fontes, tais como:
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De acordo com o art. 7, inciso VII da Lei n 12.846/2013, as empresas podem ter sanes
diminudas por cooperar com a apurao das infraes. No caso da assinatura de acordo de lenincia, a
cooperao efetiva um requisito, que se traduz em identificao dos envolvidos na infrao e fornecimento clere de informaes e documentos que comprovem o ilcito sob apurao (art. 16, I e II).
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Alm da anlise de informaes existentes, a empresa pode, por exemplo, testar por
meio de entrevistas se os funcionrios esto cientes sobre os valores e polticas da
empresa, se seguem os procedimentos estipulados e se os treinamentos tm trazido
resultados prticos.
Caso seja identificado o no cumprimento de regras ou a existncia de falhas que estejam dificultando o alcance dos resultados esperados, a empresa deve tomar providncias para sanar os problemas encontrados.
Dependendo de suas caractersticas, alm do monitoramento cotidiano, a empresa
pode submeter suas polticas e medidas de integridade a um processo de auditoria, a
fim de assegurar que as medidas estabelecidas sejam efetivas e estejam de acordo com
as necessidades e as particularidades da empresa.
Independente das medidas especficas adotadas pela empresa, o processo de monitoramento demanda ateno a algumas questes como:
A empresa est monitorando adequadamente a aplicao das polticas relacionadas s suas principais reas de risco?
A instncia responsvel pelo Programa de Integridade est conduzindo o processo de monitoramento de forma objetiva, com independncia e autonomia em relao
s reas monitoradas?
O monitoramento contempla todas as reas da empresa envolvidas na implementao do Programa de Integridade?
Os resultados apontados em processos anteriores de auditoria, monitoramento
do Programa de Integridade e outros mecanismos de reviso foram considerados e
corrigidos?
Como a empresa est respondendo s questes identificadas durante o processo
de monitoramento? So desenvolvidos planos de ao para correo das fragilidades
encontradas? Existe uma rea responsvel pelo acompanhamento desse plano de
ao?
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Concluso
fundamental ressaltar que as diretrizes aqui apresentadas abordam elementos bsicos
de um Programa de Integridade, devendo cada empresa observar as necessidades de
adaptao s suas caractersticas especficas. Um Programa cujas medidas no so personalizadas de acordo com as especificidades da empresa tende a ser ineficaz e poder ser
considerado inexistente em um processo de responsabilizao.
Alm disso, cabe salientar que os cinco pilares detalhados ao longo deste documento no
apresentam resultados satisfatrios quando vistos e aplicados isoladamente; eles devem
funcionar de forma conjunta e sistmica, possibilitando o aperfeioamento contnuo do
Programa de Integridade da empresa.
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perceber que investir em integridade bom para o prprio negcio, independentemente de qualquer tipo de responsabilizao. Cada vez mais o mercado vem valorizando empresas comprometidas com a integridade, que passam a ter uma vantagem
competitiva diante dos concorrentes e critrios diferenciais na obteno de investimentos, crditos ou financiamentos. Pensar em um ambiente de negcios ntegro possibilita
evoluir para um mercado em que caractersticas ticas das empresas tornam-se um
diferencial no mundo corporativo.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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