O Evangelho de Marcos - Joao Berbel
O Evangelho de Marcos - Joao Berbel
O Evangelho de Marcos - Joao Berbel
EVANGELHO
DE MARCOS
1 - Prefcio
os mortos.
Era sabido que os judeus perseguiam
severamente os seguidores daquele homem, os
quais haveriam de pagar com o sangue a sua
teimosia. O desejo dos sacerdotes era o de
crucificar todos os cristos, todos aqueles
prprios judeus que se haviam contaminado
daquela doena de crena considerada absurda e
hertica. Nos templos, muitos judeus se haviam
rendido doutrina e aos feitos de Jesus, o que
causava muito conflito e persecues.
Ora, para que o contingente de judeus do
grande templo no se dividisse, o sacerdote
Caifs ordenou aos sacerdotes que
perseguissem ou mesmo matassem os judeus
propensos a seguir Jesus. O castigo seria o
mesmo aplicado ao Cristo: a crucificao. E
porfiava-se bastante para que aquele crescente
nmero de convertidos no viesse a sujar o
povo judeu e as suas doutrinas.
Esse estado de coisas foi criando um grande
medo em Israel. As casas eram vigiadas, as
pessoas perseguidas.
DO
ESPRITO
SANTO
2 - O BATISMO DO ESPRITO SANTO
1.6 8
E Joo andava vestido de pelos de camelo e
com um cinto de couro em redor de seus
lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.
E pregava, dizendo: Aps mim vem aquele que
mais forte do que eu, ao qual no sou digno
de, abaixando-me, desatar a correia das suas
alparcas.
Eu, em verdade, tenho-vos batizado com gua;
ele, porm, voz batizar com o Esprito Santo.
Por que vias Joo Batista sabia ser Jesus bem
superior a ele, e o que queria dizer quando
afirmava que Jesus, diferente dele, balizaria
com o Esprito Santo?
A grandeza do amor se faz presente em todos os
coraes.
3-A
TENTAO
DE JESUS
3 - A TENTAO DE JESUS
1.9 a 13
E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido
de Nazar, da Galileia, foi batizado por Joo, no
Jordo.
E, logo que saiu da gua, viu os cus abertos, e
o Esprito, que como pomba descia sobre ele.
E ouviu-se uma voz dos cus, que dizia: Tu s o
meu Filho amado em quem me comprazo.
E logo o esprito o impeliu para o deserto.
E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado
por Satans. E vivia entre as feras, e os anjos o
serviam.
Como devemos entender o simbolismo daquele
batismo, naquelas condies, em se tratando do
ser mais evoludo que descia Terra? E, ainda,
como entenderamos que o Cristo, em sua
supina evoluo, pudesse ser tentado no deserto
pelas falanges do mal?
O que vem de Deus de Deus, e o que vem da
Terra da Terra.
4-O
REINO
EST
PRXIMO
!
4 - O REINO EST PRXIMO
I. 14 a 20
E, depois que Joo foi entregue priso, veio
Jesus para a Galilia, pregando o Evangelho do
reino de Deus.
E dizendo: o tempo est cumprido, e o reino de
Deus est prximo. Arrependei-vos e crede no
Evangelho.
E, andando junto do mar da Galilia, viu Simo,
e Andr, seu irmo, que lanavam a rede ao
mar, pois eram pescadores.
E Jesus lhes disse: Vinde aps mim, e eu farei
que sejais pescadores de homens.
E, deixando logo as suas redes, o seguiram.
E, passando dali um pouco mais adiante, viu
5 - QUE
DOUTRINA
ESTA?
5 - QUE DOUTRINA ESTA?
I. 21 a 28
Entraram em Cafarnaum e, logo no sbado,
indo ele sinagoga, ali ensinava.
E maravilharam-se da sua doutrina, porque os
ensinava como tendo autoridade, e no como os
escribas.
E estava na sinagoga deles um homem como
um esprito imundo, o qual exclamou, dizendo:
Ah! que temos contigo, Jesus nazareno? Vieste
destruir-nos? Bem sei quem s: o Santo de
Deus.
E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te, e sai
dele!
Ento o esprito imundo, convulsionando-o, e
clamando com grande voz, saiu dele.
E todos se admiraram, a ponto de perguntarem
entre si, dizendo: Que isto? Que nova doutrina
6-E
EXPULSAVA
OS
DEMNIOS
6 - E EXPULSAVA OS DEMNIOS
"Jesus dizia a seus seguidores: No vos
escolhi, e sim vs me escolhestes.
1.29 a 39
E logo, saindo da sinagoga, foram casa de
Simo e de Andr com Tiago e Joo.
E a sogra de Simo estava deitada e com febre;
e logo lhe falaram dela.
Ento, chegando-se a ela, tomou-a pela mo, e
levantou-a; e a febre a deixou, e servia-os.
E, tendo chegado a tarde, quando j se estava
I. 40 a 45
E aproximou-se dele um leproso, que rogandolhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia:
- Se queres, bem podes limpar-me.
E Jesus, movido de grande compaixo,
estendeu a mo, e tocou-o, e disse-lhe:
- Quero; s limpo.
E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu,
e ficou limpo.
E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
E disse-lhe: Olha, no digas nada a ningum;
porm vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece
pela tua purificao o que Moiss determinou,
para lhes servir de testemunho.
Mas, tendo ele sado, comeou a apregoar
muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de
sorte que Jesus j no podia entrar
publicamente na cidade, mas conservava-se fora
em lugares desertos: de todas as partes iam ter
com ele.
O PREGADOR
9 - OS
SOS NO
PRECISAM
DE
MDICO
9 - OS SOS NO PRECISAM DE MDICO
II. 13 a 17
E Jesus tornou a sair para o mar, e toda a
multido ia ter com ele, e ele os ensinava.
E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado
na alfndega, e disse-lhe: Segue-me. E,
levantando-se, o seguiu.
E aconteceu que, estando sentado mesa em
casa deste, tambm estavam sentados mesa
com Jesus e seus discpulos muitos publcanos e
pecadores; porque eram muitos, e o tinham
seguido.
E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os
publcanos e pecadores, disseram aos seus
discpulos: Por que ele come e bebe com os
publcanos e pecadores?
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os so
no necessitam de mdico, mas, sim, os que
esto doentes; eu no vim chamar os justos,
mas sim os pecadores.
Que poder magntico tinha Jesus para ordenar a
Levi: Segue-me! e ele o seguindo sem
pestanejar? Tambm Levi, ou Mateus, no se
colocaria entre aqueles doentes de alma que
Jesus vinha para acudir?
Jesus veio aos homens na qualidade da Luz do
mundo, na qualidade do amor reencarnado na
Terra.
Todos os que encontrou, espritos imperfeitos e
ainda sujeitos ao processo reencarnatrio, eram
seres falhos perante a justia divina, desde os
doutores da lei aos que no comungavam nos
mesmos ideais.
Os doutores engordavam sobre o pasto do
dinheiro, custa dos mais frgeis. Todavia, as
razes da vida cobram o acerto entre o mrito e
o demrito; hoje somos miserveis e noutra
reencarnao somos milionrios.
Terra."
O PREGADOR
10 VINHO
NOVO
EM ODRE
VELHO
10 - VINHO NOVO EM ODRE VELHO
II. 18 a 22
Ora, os discpulos de Joo e os fariseus
jejuavam; e foram e disseram-lhe: Por que
jejuam os discpulos de Joo e os dos fariseus, e
no jejuam os teus discpulos?
E Jesus disse-lhes: Podem porventura os filhos
das bodas jejuar enquanto est com eles o
esposo? Enquanto tm consigo o esposo, no
podem jejuar;
Mas dias viro em que lhes ser tirado o
esposo, e ento jejuaro naqueles dias.
Ningum deita remendo de pano novo em
vestido velho; doutra sorte o mesmo remendo
11 TAMBM
NO
SBADO
11 - TAMBM NO SBADO
II. 23 a 28
E aconteceu que, passando ele num sbado
pelas searas, os seus discpulos, caminhando,
comearam a colher espigas.
E os fariseus lhe disseram: Vs? Por que fazem
no sbado o que no lcito?
Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi
quando estava em necessidade e teve fome, ele
e os que com ele estavam?
Como entrou na casa de Deus, no tempo de
Abiatar, sumo sacerdote, e comeu o po da
proposio, dos quais no era lcito comer
seno aos sacerdotes, tanto tambm aos que
com ele estavam?
DE DEUS
!
12 - TU S O FILHO DE DEUS !
III. 1 a 12
E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um
homem que tinha uma das mos mirrada.
E estavam observando-o se curaria no sbado,
para o acusarem.
E disse ao homem que tinha a mo mirrada:
Levanta-te e vem para o meio.
E perguntou-lhes: lcito no sbado fazer bem,
ou fazer mal, salvar a vida ou matar? E eles
calaram-se.
E, olhando para eles em redor com indignao,
condoendo-se da dureza do seu corao, disse
ao homem: Estende a tua mo. E ele a estendeu,
e foi-lhe restituda a sua mo, s como a outra.
E, tendo sado os fariseus, tomaram logo
conselho com os herodianos contra ele,
13 - E
NOMEOU
DOZE
DELES
13 - E NOMEOU DOZE DELES
III. 13 a 19
E subiu ao monte e chamou para si os que ele
desejou; e vieram a ele.
E nomeou doze para que estivessem com ele e
os mandasse a pregar;
E para que tivessem o poder de curar as
almas.
O PREGADOR
17 - A
CANDEIA
SOBRE O
ALQUEIRE
17 - A CANDEIA SOBRE O ALQUEIRE
IV. 21 a 25
E disse-lhe: Vem porventura a candeia para se
colocar debaixo do alqueire, ou debaixo da
cama? No vem antes para se colocar no
velador?
Porque nada h encoberto que no haja de ser
manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas
para ser descoberto.
Se algum tem ouvidos para ouvir, oua.
E disse-lhes: atendei ao que ides ouvir, com a
medida com que medirdes vos mediro a vs, e
ser-vos- ainda acrescentada.
como.
Porque a terra por si mesmo frutifica, primeiro
a erva, depois a espiga, por ltimo o gro cheio
na espiga.
E, quando j o fruto se mostra, o ceifa, porque
est chegada a ceifa.
Quando que se mostra preparado para dizer: o
reino de Deus frutificou em mim?
Todos seguimos o nosso prprio caminho.
Somos sementes do amor.
Nascemos, crescemos e renascemos para dar
frutos, e na glria recebemos um nome, e com
este uma nova provao, uma renovada situao
para que quitemos os nossos dbitos.
Primeiramente floresce na flor da juventude a
grandeza do amor nos coraes.
Nascemos semelhana de uma semente: com
tantas dificuldades para vencer os ferres do
solo, at brotarmos para a vida, quando
necessitamos de um certo cuidado, para que
possamos crescer, florescer e frutificar.
19 - O
REINO
COMO UM
GRO DE
MOSTARDA
19 - O REINO COMO UM GRO DE
MOSTARDA
IV, 30 a 34
E dizia: A que assemelharemos o reino de
Deus? Ou com que parbola o representaremos?
como um gro de mostarda, que, quando se
semeia na terra, a mais pequena de todas as
sementes que h na terra;
Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a
maior das hortalias, e cria grandes ramos, de
tal maneira que as aves do cu podem aninharse debaixo da sua sombra.
E com muitas palavras tais lhes dirigia a
palavra, segundo o que podiam compreender.
E sem parbolas nunca lhes falava; porm tudo
declarava em particular aos seus discpulos.
Como pode ser interpretada a supremacia do
reino de Deus por sobre o reino da Terra?
QUEM
PROFETA
EM SUA
TERRA?
24 - QUEM PROFETA EM SUA TERRA?
VI. 1 a 13
E partindo dali, chegou sua ptria, e os seus
discpulos o seguiram.
E, chegando o sbado, comeou a ensinar na
sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam,
dizendo: De onde lhe vm estas coisas? E que
sabedoria esta que lhe foi dada? E como se
fazem tais maravilhas por suas mos?
No este o carpinteiro, filho de Maria e irmo
de Tiago, de Jos, de Judas e de Simo? E no
esto aqui conosco suas irms? E escandaliza
va m -se nele.
E Jesus lhes dizia: No h profeta sem honra
seno na sua ptria, entre os seus parentes, e na
sua casa.
E no podia fazer ali obras maravilhosas;
!
25 - TRAZE-ME A CABEA DE JOO
BATISTA !
VI. M a 29
E ouviu isto o rei Herodes (porque o nome de
Jesus se tornara notrio), e disse: Joo, o que
batizava, ressuscitou os mortos, e por isso estas
maravilhas operam nele.
Outros diziam: - Elias. E diziam outros:- E'
um profeta, ou como um dos profetas.
Herodes, porm, ouvindo isto, disse: Este
Joo, que mandei degolar e ressuscitou dos
mortos.
Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a
Joo e encerr-lo manietado no crcere, por
causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmo,
porquanto tinha casado com ela.
Pois Joo dizia a Herodes: No te lcito
possuir a mulher de teu irmo.
E Herodias o espiava e queria mat-lo, mas no
podia;
Porque Herodes temia a Joo, sabendo que era
varo justo e santo; e guardava-o com
segurana, e fazia muitas coisas, atendendo-o, e
de boamente o ouvia.
E, chegando uma ocasio favorvel em que
Herodes, no dia dos seus anos, dava uma ceia
aos grandes, e tribunos, e prncipes da Galilia,
entrou a filha da mesma Herodias, e danou e
agradou a Herodes e aos que estavam com ele
mesa; disse ento o rei menina:
- Pede-me o que quiseres, e eu t'o darei.
E jurou-lhe, dizendo: -Tudo o que me pedires te
darei, at metade do meu reino.
E, saindo ela, perguntou a sua me: Que
pedirei? E ela disse: A cabea de Joo Batista.
E, entrando logo apressadamente, pediu ao rei,
dizendo: Quero que imediatamente me ds num
prato a cabea de Joo Batista.
E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa
do juramento e dos que estavam com ele
VI. 30 a 44
E os apstolos ajuntaram-se a Jesus e contaramlhe tudo, tanto o que tinham feito quanto o que
tinham ensinado.
E ele disse-lhes: Vinde vs, aqui parte, a um
lugar deserto, e repousai um pouco. Porque
havia muitos que iam e vinham, e no tinham
tempo para comer.
E foram ss num barco para o lugar deserto.
E a multido viu-os partir, e muitos o
conheceram; e correram para l p de todas as
cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e
aproximavam-se dele.
E Jesus, saindo, viu uma grande multido, e
teve compaixo deles, porque eram como
ovelhas que no tm pastor; e comeou a
ensinar-lhes muitas coisas.
E, como o dia fosse j muito adiantado, os seus
discpulos se aproximaram dele e lhe disseram:
- O lugar deserto, e o dia est muito
adiantado; Despede-os, para que vo aos
tudo.
J alertara Jesus que mais ser dado quele que
mais tem, e que mais ainda ser retirado do que
menos tem. Nesse sentido que passamos a
entender as leis autnticas da vida, do que a
Doutrina dos Espritos nos traa os parmetros,
estabelecendo que fora da caridade no h
salvao.
Jesus, com o seu poder, fazia aquelas
materializaes para dar de comer ao faminto,
dando fora de exemplo a tudo o que pregava,
mostrando que devemos ser solidrios, que
somos todos iguais, e que, se a vida s vezes
nos oferece certas vantagens, isto foi conquista
de pretritas encarnaes, do que, todavia, no
nos eximiremos de prestar conta no futuro.
O PREGADOR
27 SOU EU
! NO
TEMAIS
!
27 - SOU EU ! NO TEMAIS !
VI. 45 a 56
E logo obrigou os seus discpulos a subir para o
barco e passar adiante, para a outra margem, a
Betsaida, enquanto ele despedia a multido.
E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar.
E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio
do mar, e ele sozinho em terra.
E vendo que se fatigavam a remar, porque o
vento lhes era contrrio, perto da quarta viglia
da noite aproximou-se deles, andando sobre o
mar, e queria passar-lhes adiante.
Mas, quando eles o viram andar sobre o mar,
cuidaram que era um fantasma e deram grandes
gritos.
Porque todos o viam, e perturbaram-se; mas
logo falou com eles: Tende bom nimo; sou eu,
no temais.
E subiu para o barco para estar com eles, e o
vento se aquietou; e entre si ficaram muito
assombrados e maravilhados; Pois no tinham
compreendido o milagre dos pes; antes o seu
os nossos irmos.
Nesse sentido se comungavam os profetas e
seus ensinos.
Ora, o homem se preocupa tanto com o que h
de beber e comer, mas no se preocupa quase
nada com aquilo que est na sua alma. Sem
cuidado, lana correntes mentomagnticas que
at podero levar a bito uma criatura, sob as
foras do egosmo e da maldade. Segue
esquecido de que fomos criados pelo amor, e
no pelo veneno que nos consome a alma e nos
derrama lgrimas de sofrimento. Lgrimas de
sangue, porque deixamos de compreender as
leis de amor que Jesus nos exemplificou.
O homem deixa de enxergar alm da sua
rasteira viso, porque a ignorncia no lhe
permite entender que havemos de ser a
expresso da mansido, do amor do Pai que nos
concede a oportunidade da reencarnao para
quitarmos os nossos dbitos. O homem olha
para as suas mos para ver se esto sujas ou
limpas, mas se esquece de fixar a sua prpria
mente, a sua prpria alma, onde enxergaria o
tanto de sujeira, o tanto de escria do metal
por si prprio.
Essa a grandeza da pregao de Jesus sobre a
Terra, o que at hoje vem despertando os
coraes. E, dessa mesma forma, Pedro
respirava fundo e se sentia ufano por aqueles
momentos, quando ouvia do prprio Cristo um
elogio.
Mas, formando-se um desequilbrio, naqueles
mesmos momentos um esprito trevoso,
tentando apagar a luz do Mestre, tomou do
aparelho medinico de Pedro, que assim dizia:
Mas no precisas passar por tal caminho,
no precisas ser levado cruz, no necessrio
que sejas sacrificado como Cordeiro por esse
povo judeu. E Jesus, o Mestre por excelncia,
redarguia:
Afasta-te de mim, Satans, que cometes
obras ms!
O Mestre, nessa ocasio, se colocava em prece,
rogando a fora necessria para que as hostes
obsessoras no o desviassem da sua misso. E
Pedro, com o amor no corao, sentia
orvalharem-se os seus olhos, com as palavras
duras do Mestre.
Mas este lhe disse: Pedro, Pedro! Tu s a
pedra e em ti edificarei a minha igreja, e em
meu nome fars muitos homens livres, pois s o
pescador de almas. Pedro enxugou os olhos e
saiu dali comovido.
Hoje, sob a infinita bondade, os homens
continuam agraciados pela Luz que lhes inspira
bons momentos, mas so tambm influenciados
pelos malfeitores do plano espiritual, que
tentam ocasionar o caos na Terra.
Entretanto, em tudo devemos observar a
grandeza do amor superando tudo, respirar
desse amor, sendo brandos tal como Jesus nos
ensinou.
Enfrentando as grandes dificuldades
apresentadas pela Terra nestes momentos, os
homens se esquecem s vezes de que so
eternos aprendizes na seara da evoluo, e que
muitas vezes havero de passar pelas trevas,
para que delas tirem o mximo de proveito,
para que um dia compreendam a magnitude da
luz que se faz presente ao seu lado.
O PREGADOR
35 - DE
QUE
ADIANTA
GANHAR
TUDO
E
PERDER
A ALMA?
35 - DE QUE ADIANTA GANHAR TUDO E
PERDER A ALMA ?
VIII. 34 a 38: IX. I
E, chamando a si a multido, com os seus
discpulos, disse-lhes Jesus:
- Se algum quiser vir aps mim, negue-se a si
mesmo, tome a sua cruz e siga-me!
Porque qualquer que quiser salvar a sua vida
perd-la-, mas qualquer que perder a sua vida
por amor de mim e do evangelho, esse a
salvar.
Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o
mundo e perder a sua alma?
36 ELIAS
J
VEIO
36 - ELIAS J VEIO
IX. 2 a 13
E seis dias depois Jesus tomou consigo a Pedro,
a Tiago e a Joo, e os levou ss, em particular, a
um alto monte, e transfigurou-se diante deles;
E os seus vestidos tornaram-se
resplandescentes, em extremo brancos como a
neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a Terra
poderia branquear.
E apareceu-lhes Elias com Moiss, e falaram
com Jesus.
E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus:
Mestre, bom ns estejamos aqui, e faamos
trs cabanas, uma para ti, outra para Moiss e
outra para Elias.
Pois no sabia o que dizia, porque estavam
assombrados.
E desceu uma nuvem que os cobriu com a sua
sombra, e saiu das nuvem uma voz que dizia:
Este o meu filho amado; a ele ouvi.
E, tendo olhado em roda, ningum mais viram,
seno s Jesus com eles.
E, descendo deles do monte, ordenou-lhes que a
ningum contassem o que tinham visto, at que
o filho do homem ressuscitasse dos mortos.
E eles retiveram o caso entre si, perguntando
uns aos outros o que seria aquilo, ressuscitar
dos mortos.
E interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os
escribas que necessrio que Elias venha
primeiro?
E respondeu Jesus: Em verdade Elias vir
primeiro, e todas as coisas restaurar; e, como
est escrito do Filho do Homem, que ele deva
padecer muito e ser aviltado.
Digo-vos, porm, que Elias j veio, e fizeramlhe tudo o que quiseram, como dele est escrito.
A propsito da transfigurao em que apareceu
Elias, e da prpria reencarnao deste profeta,
que pode ser esclarecido?
Elias tomou a figura carnal de Joo Batista e,
como precursor que foi, abriu caminho
passagem da Luz, para que Jesus caminhasse
entre os homens e lhes mostrasse o verdadeiro
sentido da vida, insistindo em que a espada h
de ficar inerte na sua bainha, que ningum deve
forar e conquistar o espao do outro, porque na
sombra da obsesso persistiam aqueles que no
compreendiam a lei do amor. Os homens
faziam estalar a sua lmina cortante e estendiam
corpos ao cho, acobertados pelas prprias
cruis ideologias religiosas, porfiando em
libertar um povo que jamais o poderia ser
daquela forma, porque aprisionado
carmicamente ao seu delituoso passado. Aquele
que foi a caa um dia se torna caador, e viceversa: tal a lei crmica que nos coloca no rol
das reencarnaes. Hoje perseguido e amanh
perseguidor... Algozes voltam a ser vtimas, e
neste sentido vamos aprimorando a nossa alma,
crescendo moralmente.
GERAO
INCRDULA
37 - GERAO INCRDULA
IX. 14 a 29
E, quando se aproximou dos discpulos, Jesus
viu ao redor deles grande multido, e alguns
escribas que disputavam com eles.
E logo toda a multido, vendo-o, ficou
espantada, e, correndo para ele, o saudavam.
E Jesus perguntou aos escribas: Que que
discutis com eles?
E um da multido, respondendo, disse: Mestre,
trouxe-te o meu filho, que tem um esprito
mudo;
E este, onde quer o apanha, despedaa-o, e ele
escuma, e range os dentes, e vai-se secando; e
eu disse aos teus discpulos que o expulsassem,
e no puderam.
E ele, respondendo-lhes, disse: gerao
incrdula, at quando estarei convosco? At
O PREGADOR
38 - O
PRIMEIRO
SER O
LTIMO
38 - O PRIMEIRO SER O LTIMO
IX. 30 a 37
E, tendo partido dali, caminharam pela Galilia,
e Jesus no querendo que algum o soubesse,
Porque ensinava os seus discpulos e lhes dizia:
O Filho do homem ser entregue nas mos dos
homens, e mat-lo-o; e, morto, ele ressuscitar
ao terceiro dia.
Mas eles no entendiam esta palavra e
receavam interrog-lo.
E Jesus chegou a Cafarnaum, e, entrando na
casa, perguntou-lhes: Que estveis vs
discutindo pelo caminho?
Mas eles calaram-se; porque pelo caminho
tinham discutido entre si qual era o maior.
E ele, assentando-se, chamou os doze e disselhes: Se algum quiser ser o primeiro ser o
ltimo de todos e o servo de todos.
E, lanando mo de um menino, p-lo no meio
deles, e, tomando-o nos seus braos, disse-lhes:
Qualquer que receber um destes meninos em
meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a
mim me receber, recebe, no a mim, mas ao que
me enviou.
Em que sentido pode ser entendido que os
ltimos possam ser os primeiros no reino de
Deus?
O homem, tomado de suas virtudes e atitudes,
tenta qualific-las para o lado do bem ou do
mal. A lei da vida ordena que sejamos simples,
para que um dia nos tornemos grandes.
Entretanto, so numerosos os que, por via do
seu prprio orgulho, abrem as portas da
vaidade, tomam assento no trono d ambio, e
assim a aflio ser-lhes- a a fora sufocante a
desesper-los.
40 - PAZ
UNS COM
OS
OUTROS
40 - PAZ UNS COM OS OUTROS
IX. 42 a 50
E qualquer que escandalizar um destes
pequeninos que crem em mim, melhor lhe fora
que lhe pusessem ao pescoo uma m de
atafona e que fosse lanado no mar.
E, se a tua mo te escandalizar, corta-a: melhor
para ti entrares na vida aleijado do que, tendo
duas mos, ires para o inferno, para o fogo que
nunca se apaga;
Onde a sua fera no morre e o fogo nunca se
apaga.
E, se o teu p te escandalizar, corta-o; melhor
para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois
ps, seres lanado no inferno, no fogo que
nunca se apaga;
Onde a sua fera no morre e o fogo nunca se
apaga.
E, se o teu olho te escandalizar, lana-o fora;
melhor para ti entrares no reino de Deus com
um s olho do que, tendo dois olhos, ser
lanado no fogo do inferno;
41 - E
SERO
UMA
S
CARNE
41 - E SERO UMA S CARNE
X. 1 a 12
E, levantando-se dali, Jesus foi para os termos
da Judia, alm do Jordo, e a multido se
reuniu em torno dele; e tornou a ensin-los,
como tinha por costume.
E, aproximando-se dele os fariseus,
perguntaram-lhe, tentando-o: E' lcito ao
homem repudiar sua mulher?
Jesus respondeu: Que vos mandou Moiss?
E eles disseram: Moiss permitiu escrever carta
de divrcio e repudiar.
42 - DEIXAI
VIR A MIM
OS
PEQUENINOS
42 - DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS
X. 13 a 16
E levavam meninos a Jesus para que os tocasse,
mas os discpulos repreendiam aos que lh'os
traziam.
Jesus, porm, vendo isto, indignou-se e disselhes:
- Deixai vir a mim os pequeninos, e no os
impeais, porque deles o reino de Deus.
Em verdade vos digo que qualquer que no
receber o reino de Deus como criana jamais
entrar nele.
E, tomando-os nos seus braos e impondo-lhes
as mos, os abenoou.
43 ABANDONAI
TUDO E
SEGUI-ME !
43 - ABANDONAI TUDO E SEGUI-ME !
X. 17 a 31
E, pondo-se Jesus a caminho, correu para ele
um homem que se ajoelhou diante dele e lhe
perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a
vida eterna?
E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom?
No h bom seno um, que Deus.
Tu sabes os mandamentos: No adulterars; no
matars; no furtars; no dars falsos
44 PODEIS
BEBER O
CLICE
QUE EU
BEBO?
44 - PODEIS BEBER O CLICE QUE EU
BEBO?
X. 32 a 45
E iam no caminho, seguindo para Jerusalm; e
Jesus ia adiante deles. E eles maravilhavam-se e
seguiam-no atemorizados. E, tornando a tomar
45 - QUE
QUERES
QUE TE
FAA?
45 - QUE QUERES QUE TE FAA ?
X.46 a 52
Depois foram para Jeric. E, saindo Jesus de
Jeric com seus discpulos e uma grande
multido, Bartimeu, o cego, filho de Timeu,
estava assentado junto do caminho,
mendigando.
E, ouvindo que era Jesus de Nazar, comeou a
clamar: Jesus, filho de Davi, tem misericrdia
de mim!
E muitos o repreenderam, para que se calasse,
mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi,
tem misericrdia de mim!
E Jesus, parando, disse que o chamassem. E
chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom
nimo, levanta-te, que ele te chama.
47 TENDE
F EM
DEUS !
47 - TENDE F EM DEUS !
XI. 12 a 26
E, no dia seguinte, quando saram de Betnia,
Jesus teve fome.
E, vendo de longe uma figueira que tinha
folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e,
chegando a ela, no achou seno folhas, porque
no era tempo de figos.
E Jesus disse figueira: Nunca mais coma
algum fruto de ti! E os seus discpulos
ouviram isto.
E vieram a Jerusalm, e Jesus, entrando no
templo, comeou a expulsar os que vendiam e
compravam no templo, e derrubou as mesas dos
mercadores e as cadeiras dos que vendiam
pombas.
E no consentia que algum levasse algum vaso
pelo templo.
de Deus.
O PREGADOR
49 - A
PEDRA
REJEITADA
49 - A PEDRA REJEITADA
XII. I a 12
E Jesus comeou a falar-lhes por parbolas: Um
homem plantou uma vinha, e cercou-a de um
valado, e fundou nela um lugar, e edificou uma
torre, e arrendou-a a uns lavradores, e partiu
para fora da terra;
E, chegado o tempo, mandou um servo aos
lavradores para que recebesse, dos lavradores,
do fruto da vinha.
Mas estes, apoderando-se dele, o feriram e o
mandaram embora vazio.
E tornou a enviar-lhes outro servo; e eles,
51 - DEUS
NO
DEUS DE
MORTOS
51 - DEUS NO DEUS DE MORTOS
XII. 18 a 27
Ento os saduceus, que diziam que no h
ressurreio, aproximaram-se de Jesus e
perguntaram-lhe:
52 - O MAIOR
DOS
MANDAMENTOS
52 - O MAIOR DOS MANDAMENTOS
XII. 28 a 34
Aproximou-se de Jesus um dos escribas que os
tinha ouvido disputar, e, sabendo que Jesus lhes
tinha respondido bem, perguntou-lhe:
- Qual o primeiro de todos os mandamentos?
E Jesus respondeu-lhe:
- O primeiro de todos os mandamentos : Ouve,
Israel, o Senhor nosso Deus o nico Senhor.
Amars, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu
corao, de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento, e de todas as tuas foras: este o
primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, :
- Amars o teu prximo como a ti mesmo. No
h outro mandamento maior do que estes.
E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com
54 GUARDAIVOS DOS
ESCRIBAS
!
54 - GUARDAI-VOS DOS ESCRIBAS !
XII. 38 a 40
E Jesus ensinava aos discpulos, dizendo:
- Guardai-vos dos escribas, que gostam de
andar com vestidos compridos e das saudaes
nas praas,
E das primeiras cadeiras nas sinagogas, e dos
primeiros acentos nas ceias;
Que devoram as casas das vivas, e isso com
pretexto de largas oraes. Estes recebero mais
grave condenao.
Vigiriam os mesmos termos de comparao
entre os escribas de ontem e os escribas e
pregadores de hoje?
No esprito est a energia maior do Universo,
depois de Deus.
58 MINHAS
PALAVRAS
NO
PASSARO
58 - MINHAS PALAVRAS NO PASSARO
XIII. 24 a 31
Ora, naqueles dias, depois daquela aflio, o
Sol se escurecer e a Lua no dar a sua luz.
E as estrelas cairo do cu e as foras que esto
nos cus sero abaladas.
E ento vero o Filho do homem nas nuvens,
com grande poder e glria.
E ele enviar os seus anjos e ajuntar os seus
escolhidos desde os quatro ventos, da
extremidade da Terra at a extremidade do cu.
Aprendei, pois, a parbola da figueira: Quando
j o seu ramo se torna tenro, e brotam folhas,
bem sabeis que j est prximo o vero.
62 - UM
DE VS
H DE
ME
TRAIR
62 - UM DE VS H DE TRAIR
XIV. 10 a 31
derramado.
Em verdade vos digo que no beberei mais do
fruto da vida, at aquele dia em que o beber de
novo no reino de Deus.
E, tendo cantado o hino, saram para o monte
das Oliveiras.
E disse-lhes Jesus: Todos vs esta noite vos
escandalizareis em mim, porque escrito est:
Ferirei o pastor e as ovelhas se dispersaro.
Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei
adiante de vs para a Galilia.
E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se
escandalizem, nunca, porm, eu.
E disse-lhe Jesus: -Em verdade te digo que
hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas
vezes, trs vezes me negars.
Mas Pedro disse com mais veemncia: Ainda
que me seja necessrio morrer contigo, de modo
nenhum te negarei! E da mesma forma diziam
todos tambm.
CLICE !
63 - AFASTA DE MIM ESTE CLICE !
XIV. 32 a 43
E foram a um lugar chamado Getsemani, onde
disse Jesus aos seus discpulos: Assentai-vos
aqui, enquanto eu oro.
E tomou consigo a Pedro, Tiago e Joo, e
comeou a ter pavor e a angustiar-se.
E disse-lhes: A minha alma est profundamente
triste at morte: ficai aqui, e vigiai.
E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrouse em terra e orou para que, se fosse possvel,
passasse dele aquela hora.
E disse: Abba, Pai, todas as coisas te so
possveis; afasta de mim este clice; no seja,
porm, o que eu quero, mas o que tu queres.
E, chegando, achou-os dormindo; e disse a
Pedro: Simo, dormes? No podes vigiar uma
hora?
65 - E
DAVAMLHE
BOFETADAS
65 - E DAVAM-LHE BOFETADAS
XIV. 53 a 65
E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e
ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes,
e os ancios e os escribas.
E Pedro o seguiu de longe at dentro do pteo
do sumo sacerdote, e estava assentado com os
servidores, aquentando-se ao lume.
Os principais dos sacerdotes e todo o conclio
buscavam algum testemunho contra Jesus, para
o matar, e no o achavam.
Porque muitos testificavam falsamente contra
ele, mas os testemunhos no eram conformes.
E, levantando-se, testificavam falsamente
contra ele, dizendo:
Ns ouvimos-lhe dizer: Eu derrubarei este
templo, construdo por mos de homens, e em
trs dias edificarei outro, no feito por mos de
homens.
E nem assim o seu testemunho era conforme.
E, levantando-se o sumo sacerdote no sindrio,
perguntou a Jesus: Nada respondes? Que
testificam estes contra ti? Mas Jesus calou-se.
66 - NO O
RECONHEO
!
66 - NO O RECONHEO
XIV. 66 a 72
E, estando Pedro embaixo, no trio, chegou
uma das criadas do sumo sacerdote;
E, vendo a Pedro, que se estava aquentando,
disse:
Tambm estavas com Jesus Nazareno.
Mas ele negou-o, dizendo: No o conheo, nem
sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo
cantou.
E a criada, vendo-o outra vez, chegou a dizer
aos que ali estavam: Este um dos tais.
Mas ele o negou outra vez. E pouco depois os
que ali estavam disseram outra vez a Pedro:
Verdadeiramente tu s um deles, porque s
tambm galileu.
67 - S O
REI DOS
JUDEUS?
67 - S O REI DOS JUDEUS?
XV. 1 a 20
E, logo ao amanhecer, os principais dos
sacerdotes, com os ancios, os escribas e todo o
sindrio, tiveram conselho; e, ligando Jesus, o
levaram e entregaram a Pilatos.
E Pilatos lhe perguntou: Tu s o Rei dos
Judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o
dizes.
E os principais dos sacerdotes o acusavam de
muitas coisas; porm, ele nada respondia.
E Pilatos o interrogou outra vez: Nada
respondes? V quantas coisas testificam contra
ti.
Mas Jesus nada mais respondeu, de forma que
Pilatos se maravilhava.
firmes.
Observou-se que o Rei do Amor curvava-se, em
gesto de amor e humildade, perante todos os
homens, assinalando a grandeza de que somente
o Filho de Deus reunia o potencial de passar por
tanta humilhao mantendo-se de p, com todas
as foras que possua, observando a grandeza
do amor nos louvores cantados nos cus, sob
hinos angelicais. Mas, pobres homens! Estes
tinham os olhos fixos apenas nas coisas
terrenas, sem entenderem que desfilava sua
frente o maior tesouro jamais visto sobre a
Terra, o smbolo maior do amor em toda a
humanidade, interpretando o amor supremo
vindo de Deus.
O Cristo no se intimidava em momento algum.
O seu amor supria todas as necessidades, sem
precisar retrucar nem movimentar correntes
mentomagnticas de dio contra algum.
Mantinha-se no seu amor, para que a alegria
fosse brindada sobre a Terra e os homens
conhecessem o verdadeiro Deus atravs do seu
mensageiro maior, do esprito que se tornou
verbo e vestiu o manto da carne para iluminar
toda a Terra, para glorificar o Pai na
O PREGADOR
69 - JESUS J
RESSUSCITOU
!
69 - JESUS J RESSUSCITOU !
XV, 42 a 47. XVI. 1 a 8
E, chegada a tarde, porquanto era o dia da
preparao, isto , a vspera do sbado,
Chegou Jos de Arimatia, senador honrado,
que tambm espera o reino de Deus, e
ousadamente foi a Pilatos e pediu o corpo de
Jesus.
E Pilatos se maravilhou de que Jesus j
estivesse morto. E, chamando o centurio,
perguntou-lhe se j havia muito que tinha
morrido.
E, tendo certificado pelo centurio, deu o corpo
a Jos;
O qual comprara um lenol fino, e, tirando-o da
cruz, o envolveu nele e o depositou num
MUNDO !
70 - IDE E PREGAI PELO MUNDO !
XVI. 9 a 20
E Jesus, tendo ressuscitado na manh do
primeiro dia da semana, apareceu
primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha
expulsado sete demnios.
E, partindo ela, anunciou-o queles que tinham
estado com Jesus, os quais estavam tristes e
chorosos.
E, ouvindo eles que Jesus vivia, e que tinha sido
visto por Maria Madalena, no o creram.
E depois Jesus manifestou-se noutra forma a
dois deles que iam de caminho para o campo.
E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas
nem assim creram.
Finalmente apareceu aos onze, estando eles
assentados juntamente, e lanou-lhes em rosto a
sua incredulidade e dureza do corao, por no
haverem crido nos que o tinham visto j
ressuscitado.
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado ser salvo; mas quem
no crer ser condenado.
E estes sinais seguiro aos que crerem: Em meu
nome expulsaro os demnios; falaro novas
lnguas;
Pegaro nas serpentes; e, se beberem alguma
coisa mortfera, no lhes far dano algum; e
poro as mos sobre os enfermos e os curaro.
Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi
recebido no cu, e assentou-se direita de
Deus.
E eles, tendo partido, pregaram por todas as
partes, cooperando com eles o Senhor, e
confirmando a palavra com os sinais que se
seguiram.
A partir da apario de Jesus, confirmando a
imortalidade da alma e invitando-os a que
sassem pregando pelo mundo em seu nome,