Antigo Testamento I e II Apostila STNB

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Antigo Testamento I

Diviso do Antigo Testamento: Pentateuco, Livros Histricos, Livros Poticos


e livros Profticos.

Introduo
Muitos sculos antes de Cristo, os escribas, sacerdotes, profetas, reis e
poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua histria e de seu
relacionamento com Deus. Esses registros tinham grande significado e
importncia em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas vezes, e
passados de gerao em gerao.
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em colees
conhecidas por:
:: A Lei: Composta pelos livros de Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros e
Deuteronmio.
:: Os Profetas: Incluam os livros de Isaas, Jeremias, Ezequiel, os Doze
Profetas Menores, Josu, Juzes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis.
:: As Escrituras: Reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, alm de
Provrbios - J, Ester, Cantares de Salomo, Rute, Lamentaes, Eclesiastes,
Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crnicas.
Esses trs grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, no foram
finalizados antes do Conclio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95
d.C.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos
confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos
escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho
separado, embora A Lei freqentemente fosse copiada em dois grandes
pergaminhos. O texto era escrito em hebraico da direita para a esquerda
e, apenas alguns captulos, em dialeto aramaico.
Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaas o mais remoto
trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante
o Sculo II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na
Sinagoga, em Nazar. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros
documentos em uma caverna prxima ao Mar Morto.

O Cnon das Escrituras


Lc 24.44,45; 1 Co 15.3-8; 2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21; 2 Pe 3.14-16
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Geralmente pensamos na Bblia como um livro grande. Na verdade, trata-se


de uma pequena biblioteca composta de 66 livros individuais. Juntos, tais
livros compem o que chamamos cnon da Escritura Sagrada. O termo
cnon deriva-se de uma palavra grega que significa "vara de medir",
"padro", ou "norma". Historicamente, a Bblia tem sido a regra autorizativa
de f e prtica na Igreja.

Com referncia aos livros que compes o Novo Testamento, existe completo
acordo entre catlicos e protestantes. Existe, entretanto, forte divergncia
entre os dois grupos sobre o que deveria ser includo no Antigo Testamento.
Os catlicos romanos consideram os livros chamados apcrifos como sendo
cannicos, enquanto o protestantismo histrico no os considera. (Os livros
apcrifos foram escritos depois que o Antigo Testamento j estava completo
e antes que comeasse o Novo Testamento.) O debate concernente aos
apcrifos concentra-se na questo mais ampla do que era considerado
cannico pela comunidade judaica. Existem fortes evidncias de que era
considerado cannico pela comunidade judaica. Existem fortes evidncias
de que os apcrifos no eram includos no cnon palestino dos judeus. Por
outro lado, tudo indica que os judeus que viviam no Egito teriam includo
tais livros (traduzidos para o grego) no cnon alexandrino. Evidncias
recentes, entretanto, laam dvidas sobre isso.
Alguns crticos da Bblia argumentam que a Igreja no tinha a Bblia como
tal at quase o incio do quinto sculo. Isso, porm, uma distoro de todo
o processo do desenvolvimento cannico. A igreja reuniu-se em conclio em
vrias ocasies nos primeiros sculos para decidir as disputas sobre quais
livros pertenciam propriamente ao cnon.
O Cnone Bblico designa o inventrio ou lista de escritos ou livros
considerados pelas religies crists como tendo evidncias de Inspirao
Divina. Cnone, em hebraico qenh e no grego kanni. A formao do
cnone bblico se deu gradualmente. Foi formado num perodo aproximado
de 1 500 anos.
A formao do cnone bblico se deu gradualmente. Foi formado num
perodo aproximado de 1 500 anos. Comeou com o profeta Moiss e
terminou com o sacerdote e copista Esdras, contemporneo de Neemias. Os
cristos protestantes acreditam que o ltimo livro do Antigo Testamento foi
escrito pelo profeta Malaquias. Para os catlicos e ortodoxos foi o
Eclesistico ou Sabedoria de Sircida.
O profeta Moiss comeou a escrever os primeiros cinco livros cannicos (ou
Pentateuco) cerca de 1491 a.C.. De acordo com a Bblia, Deus mandou que
se escrevesse o registo da Batalha de Refidim. (xodo 17:14). Depois vieram
os Dez Mandamentos (34:1,27,28). Recapitulao dos acontecimentos
feita em Deuteronmio 9:9-17 10:1-5. So tambm referidos escritos ou
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livros anteriores como consultados, para alm da tradio oral transmitida


de gerao em gerao.
Segundo a literatura judaica, Esdras, na qualidade de escriba e sacerdote,
presidiu um conselho formado por 120 membros chamado Grande Sinagoga
que teria selecionado e preservado os rolos sagrados. Alguns acreditam que
naquele tempo o Cnone das Escrituras do Antigo Testamento foi fixado
(Esdras 7:10,14).
O Antigo Testamento ou as Escrituras Hebraicas constituem a primeira
grande parte da Bblia Crist, e a totalidade da Bblia Hebraica, foram
compostos em hebraico ou aramaico.

Chama-se tambm Tanakh ( em hebraico ) , acrnimo lembrando as


grandes divises dos escritos sagrados da Bblia Hebraica que so os Livros
da Lei ou Tor (do hebraico ) , os livros dos profetas ou Nevi'im (do
hebraico ), e os chamados escritos, ou Ketuvim (do hebraico ).
Entretanto, a tradio crist divide o antigo testamento em outras partes, e
reordena os livros.

DESENVOLVIMENTO HISTRICO DE ISRAEL


As naes cananias
Quando Abro chegou em Cana por volta do ano 2000 a.C., era mais um
semita que vinha somar-se populao camita da terra de Cana. A regio
era ocupada por diversas tribos conhecidas sob o nome geral de cananeus
(Genesis 12.6, 24.3,37), por ter origens na descendncia do filho mais novo
de Co (neto de No), chamado Cana.

Gnesis 10:14-16, lista nove povos em Cana e mais os filisteus e caftorins.


So eles: heteus, amorreus, periseus, heveus, jebuseus, girgaseus, arqueus,
sineus, arvadeus, zamareus, hamateus. Os nicos relatos conhecidos at
hoje, sobre estes povos, esto na Bblia, por isto ainda no possvel
determinar com preciso os limites das tribos primitivas de Cana, por falta
de dados sobre suas origens, idiomas e costumes. Provavelmente, cada
povo constituia-se num reino e foram subordinados ao Egito. Os mais
importantes so:
Heteus
Descendem de Hete, filho de Cana (Genesis 10.15). Abro os encontrou em
Hebrom (Gnesis 23), Esa, irmo de Jac, casou-se com duas mulheres
hetias (Gnesis 26.34,35), na regio de Berseba, sudoeste da Palestina.
Durante a peregrinao dos hebreus, quando Moiss enviou os doze espias
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para o reconhecimento da terra que haviam de ocupar, os heteus so


citados entre outros povos presentes nas montanhas do sul da Palestina
(Numeros 13.29), tambm fizeram parte de uma aliana contra os hebreus
sob o comando de Josu a leste de Jerusalm (Josu 9.1,2). Quando da volta
do cativeiro, nos dias de Esdras, por volta de 450 a.C., os israelitas
encontram os heteus na Palestina e casam-se com suas filhas, cometendo
abominao contra o Senhor (Esdras 9.1,2).
Cananeus
Conforme a ordem divina, os cananeus, como os demais povos da Terra
Prometida, deveriam ser exterminados por causa de seus pecados
(Deuteronmio 9.5), entretanto os israelitas no o fizeram, pois so citados
no recenseamento de Davi muitos sculos mais tarde (2 Samuel 24.7).
Houve miscigenao de cananeus com israelitas (1Crnicas 2.3), um dos
apstolos citado em Mateus 10.4, era cananeu.
Amorreus
No tempo da conquista os amorreus habitavam as regies sul e leste de
Jerusalm e a Transjordnia (Nmeros 13.30).
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Foi o povo que ofereceu mais resistncia ao avano dos israelitas na Terra
Prometida, conforme o relato sobre a batalha de Gibeom, quando Josu
pediu a Deus que o Sol e a Lua se detivessem (Josu 10.4,5).
Perizeus
Seu nome no apresentado na lista dos filhos de Co (Gnesis 10. 15-20),
portanto parece no ter origem camita. No tempo de Abrao eles estavam
entre os cananeus na regio de Betel (Gnesis 13.7). Nos dias de Jac havia
uma colnia deste povo nas proximidades de Siqum (Gnesis 34.30) e logo
aps a morte de Josu, travaram batalha com as tribos de Jud e de Simeo
(Juizes 1.1-5).

Heveus
Este povo de origem camita (Gnesis 10. 15-17), aparece no tempo de Jac,
prximo a Siqum, onde um heveu violentou Din, filha de Jac (Gnesis
34). Aparece tambm uma comunidade em Gibeom, que escapou de ser
exterminada por Josu atravs de um tratado de paz, que os tornou
rachadores de lenha e tiradores de gua para os israelitas (Josu 9).
Ocupavam uma rea a oeste do monte Hermom (Josu 11.3 e Juizes 3.3).
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Jebuseus
Este povo habitava em Jerusalm. Resistiram aos ataques de Josu e de
seus exrcitos (Josu 10.23,24). Somente mais tarde, em 993 a.C., quando
Jerusalm foi proclamada capital do reino de Israel (2 Samuel 5.6-9) que
os jebuseus foram expulsos de seu lugar. No entanto, no foram
exterminados pois a rea em que Salomo mais tarde edificou o templo, foi
comprada por Davi de um jebuseu chamado Arana (2 Samuel 24.18-25).

Girgaseus
Segundo Gnesis 10.16, os girgaseus eram camitas. Foram citados vrias
vezes na Bblia mas, no se sabe em que parte da Palestina habitaram.
Alguns autores acreditam que este povo tenha ocupado alguma rea na
margem ocidental do Jordo, ou a oeste de Jeric. Muitos povos foram
destrudos na conquista da Terra Prometida, como os enaquins (Josu 11.2123), os Refains (Gnesis 13.5), provavelmente, muito altos como Ogue, rei
de Bas cuja cama de ferro media aproximadamente, 4 metros de
comprimento por dois de largura (Deuteronmio 3.11).

Uma introduo Cronologia do Mundo Bblico

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O que Cronologia?
A Cronologia (do grego cronos=tempo; logia= estudo, tratado) a Cincia
que estuda as divises do tempo e a determinao da ordem e sucesso
dos acontecimentos. A Cronologia Bblia uma especializao desta cincia
e visa a identificao cronolgica, ou seja, por datas organizadas, dos
eventos narrados na Bblia.

Panorama Cronolgico do Antigo Testamento:


No poderemos incluir, aqui, uma cronologia completa de todos os
acontecimentos do Antigo Testamento. O que faremos a seguir apresentar
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os principais perodos da Histria Bblica, dos Patriarcas a volta do Exlio


Babilnico, cerca do V sculo aC. Faz-se importante ressaltar que muitas
destas datas so incertas, j que se referem a acontecimentos muito
antigos, sobre os quais h poucas informaes na Bblia ou fora dela, e que,
portanto, torna-se muito difcil organiz-los em uma Cronologia.
poca dos Patriarcas - Os primeiros acontecimentos Histricos narrados na
Bblia, ou seja, possveis de serem datados, remontam Abrao, por volta
de 1850 aC. Com ele se inicia o perodo conhecido como poca dos
Patriarcas. Este perodo, que finaliza por volta de 1778 a 1610 aC.,
compreende, desde a instalao dos Patriarcas em Cana at o seu
deslocamento para o Egito.
Permanncia no Egito - provvel que os hebreus tenham permanecido no
Egito at 1250 aC. Ali o povo cresceu muito e chegou a ser escravizado.
xodo - Segundo os estudiosos, a sada dos hebreus do Egito ocorreu por
volta de 1250 aC.
Instalao na Palestina - A chegada dos hebreus em Cana aconteceu cerca
de 1230 aC. Este povo levou mais ou menos dois sculos conquistando e
organizando-se neste territrio. Este perodo, que finaliza com a uno de
Saul como rei por volta de 1030 aC, tambm conhecido como poca ou
perodo dos juzes.
Reino de Israel - Este perodo abarca os reinados de Saul (1030-1010 aC.),
momento de transio da organizao em tribos para o sistema
monrquico; de Davi (1010-971 aC), etapa de grandes campanhas militares;
e de Salomo (971-931 aC), poca de grande estabilidade e riqueza, quando
criada uma corte em Jerusalm.
Reino Dividido: Jud e Israel - Aps a morte de Salomo, as tribos do norte
se separaram, criando o reino de Israel ou do Norte. Este reino possua uma
rea geogrfica maior e era mais rico que o reino do Sul ou de Jud. Porm,
politicamente era instvel, ao contrrio do de Jud, que continuou
governado pela dinastia de Davi. O Reino de Israel iniciou-se com o reinado
de Jeroboo I, aps a morte de Salomo, em 931 aC, e se prolongou at 722
aC, quando este reino foi conquistado pelos Assrios. J o reino de Jud,
tambm inaugurado aps a morte de Salomo, teve como primeiro rei
Roboo, seu filho, e prolongou-se at a conquista pelos babilnicos em 597
aC.
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Exlio Babilnico - Muitos judeus foram deportados para a Babilnia, onde
viviam organizados em comunidades. O exlio prolongou-se de 597 aC,
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momento em que foi realizada a primeira deportao, at 539 aC, quando o


Imprio Babilnico chega ao fim aps sua conquista pelos persas.
Volta do Exlio e reorganizao de Jud - Em 538 aC Ciro, rei dos Persas,
assina um edito que pe um ponto final ao exlio judaico na Babilnia. No
ano seguinte, inicia-se a volta para a Judia. Este perodo marcado pela
reconstruo das muralhas e do Templo de Jerusalm. Como a Judia perdeu
a sua autonomia poltica, os judeus passaram a ser organizados pelo grupo
de sacerdotes e por governadores impostos pelos imprios que dominavam
a regio. Aps o domnio persa, que finaliza em 331 aC, a Judia passa a ser
controlada pelos gregos.
Concluso:
A cronologia bblica um auxlio importante para os que querem conhecer
melhor o texto bblico, pois nos permite situar no tempo as personagens e
os acontecimentos narrados na bblia, bem como os prprios textos. Sem
dvida, quando temos o conhecimento de quando atuou, por exemplo, o
profeta Ezequial, suas mensagens se tornaro muito mais compreensveis
para ns.
Um estudo cronolgico no um estudo histrico, j que o historiador tem
preocupaes bem diferentes da do crongrafo, mas um instrumental
fundamental para conhecermos melhor a cultura e a histria de um povo,
em nosso caso, os povos mencionados no Antigo Testamento.

Pentateuco

Os cincos primeiros livros da Bblia: Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros e


Deuteronmio. O escritor foi Moiss.

Alguns telogos, rejeitando a veracidade dos acontecimentos registrados


nos primeiros captulos do Gnesis, mas ao mesmo tempo reconhecendo
seu valor religioso, chamam mito tais narrativas como as do den e da
queda, querendo dizer mito no apenas uma lenda, mas, antes, uma
histria que transmite ensinamento espiritual de significado permanente.
Contudo a historicidade do livro de Gnesis est to relacionada
autoridade de Cristo, que no pode ser colocada numa categoria mtica,
sem impugnar a perfeio do Seu conhecimento. A inspirao do Gnesis e
o seu carter de revelao esto autenticados pelo testemunho de Jesus
Cristo (Mt 19:4-6; 24:37-39; Mc 10:4-9; Lc 11;49-51; 17:26-29, 32; J 7:2123; 8:44, 56).

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Os cinco livros que compe o Pentateuco tm lugar peculiar na estrutura da


Bblia e uma ordem que inegavelmente a ordem da experincia do povo
de Deus em todas as dispensaes.
O Gnesis o livro das origens do incio da vida e da runa por causa do
pecado. Suas primeiras palavras, No princpio... Deus fazem contraste
notvel com o final, num caixo no Egito. Em Gnesis vemos a aliana
Abramica (Gn 12:1-3; 15:4-16; 17:1-10; 22:15-18).
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O xodo o livro da redeno, a primeira necessidade de uma raa
arruinada. Em xodo vemos a aliana mosaica (Ex 19:1-9; 20). Nos
mandamentos, Deus ensinou a Israel Suas justas exigncias. A experincia
sob os mandamentos convenceu Israel do pecado; e a proviso do
sacerdcio e os sacrifcios ( cheios de tipos de Cristo ) deu a um povo
culpado um meio de obter perdo, purificao e restaurao da comunho e
adorao.
O Levtico o livro do culto e da comunho, o exerccio apropriado aos
remidos. O vocabulrio do sacrifcio permeia o livro; as palavras
sacerdote, sacrifcio, sangue e oferta ocorrem com muita
freqncia; e qodesh, traduzido para santidade ou santo, aparece
mais de 150 vezes. Observe tambm a repetida ordem: Sereis santos, por
que eu sou santo (11:44; 19:2; 20:7, 26).
Nmeros fala das experincias de um povo peregrino, os remidos passando
por um cenrio hostil a caminho de uma herana prometida. Salvos do
Egito, possuidores da Lei, conduzidos por Moiss, olhando diariamente para
Tabernculo, e sobrenaturalmente guiados pela nuvem e pela coluna de
fogo; os israelitas deveriam ter marchado triunfantemente na perfeita
vontade de Deus. Mas, em vez disso, falharam repetidamente, como este
livro registra. O primeiro ano e meio (aproximadamente) dos quarenta anos
de Israel est registrado em xodo 12:37 Nm 14:45; e ao os ltimos
meses, em Nm 20:40 at o final do livro.
Deuteronmio, retrospectivo e perspectivo, um livro de instrues para os
remidos que v tomar posse da herana. Comea com uma reviso da
histria de Israel, depois desenvolve algumas das leis bsicas dos livros
precedentes e conclui com um srie de profecias, estendendo-se pela
histria de Israel at seu retorno Palestina. mencionado mais de oitenta
vezes no N.T. e foi citado por Cristo mais do que qualquer outro livro do V.T.
Destacam-se no livro os conceitos do amor de Deus e da obedincia do
homem.

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O Dilvio - O dilvio comeou no 2 ms e 17 dia do ano 600 da vida de


No (Gn 7:1). Choveu quarenta dias e quarenta noites (7:12); as guas
continuaram subindo ( 7:8), chegando seu nvel mais alto no 150 dia
(7:24). A arca repousou em algum ponto de uma montanha chamada de
Ararate ( isto , na Armnia, 8:4), no 7 ms e 17 dia (isto , 74 dias
depois).

1 - Gnesis
O nome significa princpio ou Origem. Foi escrito provavelmente no
deserto, por volta de mais ou menos 1.500 a.C. e cobre mais de 2.315 anos
da histria da humanidade. a histria do princpio de todas as coisas - o
princpio dos cus e da terra, o princpio de todas as formas e de todas as
instituies e relaes humanas. Abrange um perodo de cerca de 4004 a
1689 AC. Com Gnesis tambm comea a progressiva auto-revelao de
Deus que culmina em Cristo. Os trs primeiros nomes da Divindade ELOIM,
JEOV E ADONAI, tambm aparecem aqui. A inspirao do Gnesis e o seu
carter de revelao divina esto autenticados pelo testemunho de Jesus
Cristo (Mt 19:4-6; 24: 37-39; Mc 10:4-9; Lc 11:49-51; 17:26-29; Jo 7:21-23;
8:44,56).

Contedo: Criao (1, 2); Queda (3); As primeiras civilizaes (4) ; Os


primeiros Patriarcas (5); O dilvio (6-9); Disperso das naes (10,11);
Abrao (12-27); Jac (25-36) e Jos (37-50).

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Ponto Histrico
bem provvel que o perodo que vai do surgimento da humanidade at o
de Abrao, que aparece pela primeira vez no final de Gnesis 11, seja bem
maior do que o perodo aproximado de 4000 anos que vai deste at os
nossos dias. Evidncias arqueolgicas tm demonstrado que por volta do
ano 8000, ou seja, 6000 anos antes das peregrinaes de Abrao pelos
territrios de Cana, esta regio j era habitada por comunidades bem
desenvolvidas.
Pode-se dizer que o perodo dos patriarcas de Israel, vai do surgimento de
Abrao no Captulo 11 de Gnesis at o primeiro captulo de xodo, o qual
apresenta uma lista dos filhos de Jac. A histria dos patriarcas teve seu
incio na Mesopotmia, mais especificamente na cidade de Ur dos Caldeus,
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passou por Cana e terminou no Egito. Na opinio de muitos, os Patriarcas


entraram no Egito na poca em que este era dominado pelos hicsos. Isto
explicaria em parte a benevolncia para com Jac e seus filhos, pois existe a
possibilidade destes conquistadores, serem de origem semtica.

Genealogia dos Patriarcas

Abrao
Sara

Isaque
Rebeca

Jac

Zilpa
Lia
Raquel
Bila

1 Rben

2 Simeo

10
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3 Levi

4 Jud

5 D

6 Naftali
7 Gade

8 Aser

9 Issacar

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10 Zebulom

11 Jos

12 Benjamim

2 - xodo
O nome xodo vem do grego e significa sair, e foi assim chamado porque
registra a sada de Israel do Egito. Os filhos de Israel se haviam multiplicado
muito, at serem 3.000.000 de almas. Uma substituio da Dinastia
reinante do Egito sentenciou-os a uma cruel escravido. Oprimido pelos
Egpcios, Israel necessita de Libertao.

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Esta libertao foi realizada por interveno Divina e foi milagrosa. Depois
da realizao da redeno do Egito, foi dada a lei, seguida pela revelao do
culto aceitvel, quando prestado no tabernculo, com seus sacrifcios e o
sacerdcio assistente.

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Os acontecimentos registrados em xodo abrangem um perodo de 1706 a


1490 AC. Contedo: Israel redimido (3-15:22); Israel viajando ao Sinai
(15:23-19); Israel recebendo as Leis (20-24); Tabernculo e Sacerdcio (2529); Idolatria e Concerto (34) e o Levantamento do tabernculo (35-40).

Ponto Histrico

Muitos anos se passaram, depois que Jac e sua famlia entraram no Egito,
antes que de l sassem. O primeiro captulo de xodo nos informa que um
novo rei assumiu o poder. Uma dinastia realmente egpcia, a qual teria
expulsado os dominadores anteriores que, possivelmente, eram
estrangeiros. Possivelmente tenha sido Ramss II o fara que oprimiu o
povo. Depois de muito sofrimento surge o libertador. Ele era Moiss: homem
culto, descendente de Levi, criado pela filha de fara. Moiss se aresenta
para libertar o pvo com a ajuda de seu irmo Aro. A libertao s acontece
depois da demonstrao do poder de Deus a fara e seus sditos, por um
perodo que no deve ter sido muito curto, pela natureza das pragas que
atingiram o Egito. Lendo no relato bblico e observando a relao das pragas
podemos perceber que o perodo foi longo. Vejamos:

1 praga
guas transformadas em sangue
2 praga
Rs se reproduziram em abundncia
3 praga
Homens e gado infestados de piolhos
4 praga
Enxames de moscas invadiram o Egito
5 praga
Os animais foram atingidos por uma peste
6 praga
Homens e animais foram atingidos por lceras e tumores
7 praga
Chuva de pedras atingiu as plantaes
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8 praga
Gafanhotos invadiram o Egito
9 praga
O Egito foi envolto em travas
10 praga
Morrem todos os primognitos dos egpcios e de seus animais

S depois da dcima praga que fara deixou o povo partir. Mas tentou
evitar uma vez mais que seus escravos fossem libertos. Os egpcios
perseguiram Israel, mas acabaram derrotados e, quando procuraram cruzar
o mar de Juncos, da mesma forma que os israelitas haviam feito, depois que
este milagrosamente foi aberto dando passagem ao povo (xodo 14).
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3 Levtico

Chama-se assim pelo fato de ser um registro de leis referentes aos Levitas e
seu servio. Baseia-se no nome de Levi um dos doze filhos de Jac. O tema
do livro a santidade. O vocabulrio do sacrifcio permeia o livro; as
palavras sacerdote, sacrifcio, sangue e oferta ocorrem com muita
freqncia; e qodesh, traduzido para santidade ou santo, aparece mais
de 150 vezes. Observemos tambm a seqncia: Sereis santos, porque eu
sou santo (11:44,45; 19:2; 20:7, 26). Observemos que as criaturas
aceitveis para o sacrifcio so cinco:
O novilho ou boi
Tipo de Cristo como Servo paciente e sofredor, obediente at a morte (Is.
4,5; Fl 2:5-8). Sua oferta neste sentido substitutiva, pois ns somos
desobedientes.
A ovelha ou cordeiro
Tipo de Cristo em submisso sem resistncia a morte da cruz (Is.53:7; Atos
2:32-35)
O cabrito
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Tipo do pecador (Mt 25:33,41-46) e, quando usado sacrificialmente tipo de


Cristo aquele que no conheceu pecado... o fez pecado por ns (II Co 5:
21). O Santo foi feito maldio em nosso lugar (Gl 3:13), quando pregado na
cruz.
A Rola
Smbolo da humildade e da pobreza ( Lev. 5:7). Ofertado pelo pecado e por
holocausto.
A Pomba
Smbolo da humildade, da pobreza e da inocncia sofredora (Lev. 5:7; Is
38:14; 59:11). Ofertado pela pecado e por holocausto.

Contedo: Levtico um livro de leis. Leis referentes as ofertas (1-7); Leis


referentes ao Sacerdcio (8-10); Leis referentes purificao (11-22); Leis
referentes s Festas: O Sbado, a Pscoa e a festa dos pes asmos, As
primcias, Pentecostes, festas das trombetas e o dia da expiao. (23-24) e
Leis referentes Terra.

4 - Nmeros:

Aqui vemos Israel servindo. Alm de ser um livro de servio e ordem, o


livro que registra o fracasso de Israel, que por no crer nas promessas de
Deus, no entrou em Cana, e , conseqentemente, peregrinou no deserto
por 40 anos. O livro recebe este nome pelo fato de registra os dois
recenseamentos de Israel antes em Cana.Contedo: Leis no Sinai a CadesBamia (10-19) e de Cades a Moabe (20-36). O quarto livro do Pentateuco
deriva seu nome dos dois censos de Israel mencionados no livro. Narra
eventos que ocorreram na regio do monte Sinai, durante as peregrinaes
dos israelitas no ermo e Moabe.
Este nome Nmeros foi usado pela primeira vez na traduo grega da
verso LXX, sendo bastante adequado, pois todo o livro esta repleto de
nmeros.
Mais de uma vez explica que, Moiss se dedicou a registrar cada sitio onde
os hebreus acampavam, todos os osis e cada acampamento, e as palavras
concludentes do livro tambm indicam ser ele o escritor do relato. 36:13.
Estas aluses explicam perfeitamente como estas antiqussimas descries
puderam chegar a ns, intactas.
Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
15
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Curso/Grau: BACHAREL
A narrativa abrange um perodo de 38 anos, entre 1512 a 1473 a.C.
(Nmeros 1:1; Deuteronmio 1:3, 4) Estas descries incluem os
acampamentos das tribos (1:52, 53), a ordem de marcha (2:9, 16, 17, 24,
31) e os sinais de trombeta para a assemblia e o acampamento (10:2-6). A
lei sobre a quarentena. (5:2-4) Diversas outras ordens so dadas: o uso de
trombetas (10:9), a separao das cidades para os levitas (35:2-8), a ao
contra a idolatria e os cananeus (33:50-56), a escolha das cidades de
refgio, instrues sobre como lidar com homicidas acidentais (35:9-33), e
leis sobre heranas e o casamento. (27:8-11; 36:5-9).
Nmeros histria, mas no histria por si mesma, mas dedicada a narrar
os atos do Deus de Israel. Mesmo assim, a historicidade deste livro
suficientemente slida para ser tecnicamente aceito hoje em dia, inclusive
em aspectos particulares como a chegada a Cades, que tem sido
confirmada pela arqueologia. A Respeito de Cades, nada se conta em
Nmeros sobre os 38 anos que passaram naquele lugar. Em todo o livro,
Moiss mantm a narrao, apenas a interrompendo-a para inserir textos
jurdicos.
O grande criador dos pesos e medidas YHVH. Nmeros conta como Deus
organizou o seu povo em Doze tribos de Israel, descendentes dos doze
filhos vares de Jac, e como este a transformou numa assemblia
santificada.
Com o tempo, seriam reconhecidos como "filhos de Abrao" pela religio e a
espiritualidade. A sociedade israelita e o autor no faziam distino entre os
israelitas e imigrantes: todos os que viviam na Terra Prometida em
obedincia e observao das leis de Deus deviam ser irmos entre si.
As doze tribos de Israel so registradas e organizadas. Os israelitas recebem
ordens relacionadas a sua adorao e seus tratos com outros, mas h falta
de respeito para com os representantes Deus e desobedecem s suas
ordens. YHVH abenoa Israel, mas insiste na adorao exclusiva ao passo
que a nao se prepara para entrar em Cana.

5 - Deuteronmio

Significa Segunda Lei. Chama-se assim pelo fato de repeties das Leis.
Contedo:Resumo das jornadas de Israel (1-4); Resumo da Lei (5-27);
Bnos e Maldices possiveis (27-30) e a despedida de Moiss(31-34).
Contm os discursos de Moiss ao povo, no deserto, durante seu xodo do
Egito Terra Prometida por Deus. O nome de origem grega e quer dizer
segunda lei ou repetio da lei.
16
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforam a idia de que servir a


Deus no apenas seguir sua lei. Moiss enfatiza a obedincia em
conseqencia do amor: "Amars ao Senhor teu Deus de todo o teu corao,
de toda a tua alma, e com todo o teu entendimento". Tambm enfatizado
o "caminho da beno e da maldio", no qual Deus previne o povo a seguir
seus mandamentos, pelos quais o povo ou seria abenoado, ou
receberia maldies,
Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
(porm, caso se arrependesse e voltasse a seguir de corao a Deus, ele se
arrependeria e perdoaria o povo).
No Novo Testamento cristo, Jesus a principal autoridade que atesta a
autenticidade de Deuteronmio, citando-o trs vezes ao repelir as tentaes
de Satans, o Diabo. (Mt 4:1-11; De 6:13, 16; 8:3) Tambm, Jesus respondeu
pergunta quanto a qual era o maior e o primeiro mandamento por citar
Deuteronmio 6:5. (Mr 12:30) E Paulo cita Deuteronmio 30:12-14; 32:35,
36. Ro 10:6-8; He 10:30.
O tempo abrangido pelo livro de Deuteronmio um pouco superior a dois
meses, no ano de 1473 AEC. Foi escrito nas plancies de Moabe, e consiste
em quatro discursos, um cntico e uma bno, da parte de Moiss,
enquanto Israel acampava nas fronteiras de Cana, antes de entrar nessa
terra. De 1:3; Jos 1:11; 4:19. Avisos e Leis. Deuteronmio est repleto de
avisos ao povo hebreu contra a adorao falsa e a infidelidade, bem como
de instrues sobre a maneira de lidar com tais, de modo a preservar a
adorao pura. Algo notvel em Deuteronmio a exortao santidade.
Admoestava-se os israelitas a no se casarem com pessoas das naes em
sua volta, porque isto representaria uma ameaa para a adorao pura e a
lealdade a Jeov. (De 7:3, 4) Foram avisados contra o materialismo e a
autojustia. (8:11-18; 9:4-6) Foram feitas fortes leis referentes apostasia.
Eles deviam cuidar-se bem, a fim de que no se desviassem para outros
deuses. (11:16, 17) Foram avisados contra os falsos profetas. Foram dadas
instrues, em dois lugares, sobre como identificar um falso profeta e como
lidar com ele. (13:1-5; 18:20-22) At mesmo se um membro da prpria
famlia se tornasse apstata, a famlia no devia ter pena dele, mas devia
tomar parte em apedrej-lo at a morte. 13:6-11.
As cidades de Israel que apostatassem deviam ser devotadas destruio e
nada delas devia ser preservado para benefcio pessoal de algum. Tal
cidade nunca deveria ser reconstruda. (De 13:12-17) Os delinqentes cujos
pais no conseguissem control-los deviam ser apedrejados at morrerem.
21:18-21.
17
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

A santidade e o isentar-se da culpa de sangue foram destacados pela lei


relativa ao modo de se lidar com um caso de homicdio no solucionado. (De
21:1-9) Indicando o zelo pela adorao pura, Deuteronmio continha
regulamentos sobre quem podia tornar-se membro da congregao de
Jeov, e quando. Nenhum filho ilegtimo, at a dcima gerao, nem
moabita ou amonita, por tempo indefinido, e nenhum eunuco podia ser
admitido. Todavia, egpcios e edomitas da terceira gerao podiam tornar-se
membros da congregao. 23:1-8.
Deuteronmio esquematiza o arranjo judicial para Israel, quando se fixasse
na Terra da Promessa. Delineia as habilitaes para juzes, e o arranjo de
tribunais nos portes das cidades, sendo o santurio o supremo tribunal do
pas, cujos julgamentos deviam ser seguidos por todo o Israel. De 16:18
17:13.

Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
Moiss - Josu
Egito: Novo Imprio (1550-1070: numerosas campanhas de Tutms III en
Cana entre 1470 e 1440.
1550
Bronze Recente I (1550-1400). Tabuletas de Taanak.
Reinado de Amenfis IV/Aquenaton (1364-1347). Capital: Tell el-Amarna.
1400
Bonze Recente II (1400-1200) Cartas de el-Amarna (os Hapiri: Abdihepa, rei
de Jerusalm).
Novo imprio hitita (1450-1090).

Ugarit (=Ras Shamra): tabuletas alfabticas (sc. XVI); mitos e lendas.

Egito (19 Dinastia): Sethi I (1317-1304). Ramss II (1304-1238): campanha


contra os hititas, seguida de posterior aliana com eles.
1300
18
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Presena egpcia en Cana (estela de Bet- -Shean).

Moiss no Egito; corvia imposta aos hebreus para a construo de PiRamss (Ex 1,11).

1250
xodo do grupo de Moiss entre 1250 e 1230.
Mernept (1238-1209): estela do ano 5, mencionando uma vitria sobre um
grupo chamado "Israel".
Invaso de tribos em Cana pelo sul ou um pouco mais tarde pelo
centro com Josu (c. 1230-1220).

Origens de Israel
O registro histrico mais antigo que se conhece sobre o nome Israel data do
ano 1210 a.C., mencionado na Estela de Merneptah (num poema dedicado
ao fara Merneptah), em que o nome no associado a um local geogrfico,
mas a um povo.
O Povo de Israel ("Aquele que luta ao lado de Deus") surgiu de grupos
nmades que habitavam a Mesopotmia h cerca de cinco mil anos e que
posteriormente rumaram para a regio do Levante por volta do ano 2000
a.C.. No fim do sculo XVII a.C., por motivo de uma grande fome, Israel
emigrou ao Egito, onde o governador da poca era Jos, filho de Jac
(Israel). Dentro de um perodo de quatrocentos anos, com a morte de Jos e
a sucesso do fara, o Egito com medo do grande crescimento do povo
israelita, escravizou Israel. Aps o fim do cativeiro no Egito, os israelitas
vagaram pela regio da Pennsula do Sinai, reconquistando uma parte de
seu territrio original no Levante, sob o comando do rei Saul por volta de
1029 a.C..
Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
Segundo os relatos tradicionais, foi durante o reinado de Saul que,
pressionados pelas constantes guerras com os povos vizinhos, as 12 tribos
de Israel se unificaram, formando um nico reino.

19
ANTIGO TESTAMENTO I
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LIVROS HISTRICOS

Os Livros Histricos contam a ascenso e a queda da teocracia, os


cativeiros de Israel e Jud, o retorno da terra prometida (Gn. 1:1821;Ed.2:1) e a restaurao do templo e da cidade de Jerusalm. So eles 12
livros: Josu,Juzes, Rute,I e II Samuel , I e II Crnicas, Esdras Neemias e
ster.

1- Josu

Autor: Josu. exceto os ltimos versos (24:29-33) que teriam sido


adicionados pelo sacerdote (Finias). Tema:A conquista de Cana ;Data :
Cerca de 1425 AC. Abrange um perodo de mais ou menos 25 anos.Josu foi
o sucessor de Moiss ( 1: 1-9) .Contedo:Conquista (1-12); A terra dividida
(13-22) ; A despedida de Josu (23-24).
Yehoshua ou Josu designado por Mosh (Moiss) com a misso de
introduzir o povo de Israel na terra prometida. O livro narra como a terra de
Kanaam (Cana) foi conquistada (Jos. 1-12) e a posterior repartio da terra
entre as tribos (13-21). Seguem alguns apndices (22-24) que do conta da
Assemblia de Sikhem e das disposies finais de Yehoshua ao povo.
Conforme o relato do livro, aps a morte de Moiss, Josu entra na terra de
Cana, atravessando milagrosamente o rio Jordo. Sob a orientao divina,
os israelitas conquistam a fortificada e temida cidade de Jeric, cujas
muralhas vieram a ser derrubadas enquanto o povo tocava as trombetas. A
partir dessa vitria estratgica, ocorrem vrias batalhas nas quais, quase
sempre, os israelitas saam vencedores. Outras cidades importantes como
Ai tambm so tomadas e Josu vence a vrios reis, demorando em torno
de sete anos para ocupar parcialmente a terra prometida.

2-Juzes

Autor: Segundo a tradio judaica, foi Samuel. Tema: Derrota e Livramento.


Israel se contamina com o pedado das naes ao seu redor, idolatria e
imoralidade. Isto lhes trouxe o juzo de Deus em forma de servido. Quando
clamavam a Deus, Ele lhes enviava um libertador. Depois da morte deste
libertador, tornavam-se aos velhos pecados. Data: Escrito no 11 sculo
a.C. Contedo: A razo para os Juzes (1-3:4); Histria dos 13 Juzes: Otnie,
Ede, Sangar, Dbora, Baraque, Gideo, Tola, Jair, Jeft, Ibs, Elon, Abdom,
Sanso (3:5-16:31) A anarquia de Israel (17-21:25).
20
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Juzes trata da histria dos israelitas entre a conquista da terra de Cana no


final da vida de Josu at o estabelecimento do primeiro reinado.

Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
Escrito originalmente em hebraico, sua autoria at hoje incerta, embora
alguns afirmem que poderia ter sido profeta Samuel, durante o reinado de
Saul, em torno de 1050 a.C.. Outros, porm, defendem a tese de que o livro
teria sido elaborado durante o exlio na Babilnia, depois de 586 a.C., por
pessoas annimas.
Juzes retrata um perodo de aproximadamente trs sculos em que os
israelitas, encontrando-se na terra prometida, desviaram-se dos
mandamentos divinos praticando a idolatria e que por isso chegaram a ser
derrotados pelas naes vizinhas ou prximsa que passavam a oprimir o
povo. Ento os israelitas arrependiam-se e pediam a ajuda de Deus.
Surgiam assim lderes hericos para resgatarem o povo de Israel dos
inimigos e restabelecerem a obedincia lei mosaica.
O primeiro juiz teria sido Otniel, o qual teria libertado os israelitas do rei
Cus-Risataim. Aps a morte de Otniel, os israelitas novamente afastam-se
dos mandamentos de Deus e so dominados pelos moabitas. Novamente
levantado um novo juiz, Ede que livra o povo de seus opressores.
Assim, seguem novos perodos sob a liderana dos juzes em que,
repetidamente, os israelitas voltam a adorar deuses pagos, so dominados
por outros povos, arrependem-se e so mais uma vez libertos.
O ltimo juiz da histria dos israelitas foi Sanso, o qual possua uma fora
excepcional e teria liderado o povo contra os filisteus, mas foi trado por
Dalila ao lhe revelar que o segredo de sua fora encontrava-se nos seus
cabelos.
Entre alguns juzes durante essa poca que mais se destacam no livro esto
Dbora, Gideo e Sanso. O livro termina relatando a decadncia moral dos
israelitas, assim concluindo no verso 6 do catulo 17.
Naqueles dias, no havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais
reto.
Juzes de Israel
Aps a morte de Josu e dos ancios, veio uma situao anrquica, em que
no havia obedincia aos mandamentos divinos (Jz 2.12-15). E em
conseqncia disso certas pessoas foram escolhidas por interveno divina,
21
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

para governarem a nao como juzes ou libertadores. No tinham poder de


fazer novas leias, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei
de Moiss. Havia neles, tambm o poder executivo, embora a sua jurisdio
se estendesse somente algumas vezes a certa parte do pas. No tinha
estipndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes
presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de
Josu at escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espao de 460
anos.
Samuel foi o mais notvel dos juzes, parecendo que na ltima parte de sua
vida ele se limitava a exercer principalmente a misso de profeta. Sendo
Saul rei, finalizou a forma teocrtica de governo (1Sm 8.7).
Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consult-lo
era o mesmo que consultar a Deus (Ex 18.15). Era ele divinamente
dirigido, no temendo ento a face de ningum.
Alm dos juzes supremos, havia ancios da cidade, que constituam um
tribunal de justia, com o poder de resolver pequenas causas da localidade
(Dt 16.18).

Os principais juzes foram quinze:


1-

Otniel (Jz 3.9) De Jud, livrou a Israel do rei da mesopotmia;

2-

Ede (Jz 3.15) Expulsou os amonitas e os moabitas;

3-

Sangar (Jz 3.31) Matou 600 filisteus e salvou a Israel;

4Dbora (Jz 4.5) Associada a Baraque, guiando a Naftali e Zebulom


vitria contra os cananeus;
5-

Gideo (Jz 6.36) Expulsou os midianitas do territrio de Israel;

6-

Abimeleque (Jz 9.1) Pseudo libertador sem autoridade divina;

7-

Tola (Jz 10.1) Subjugou os amonitas;

8-

Jair (Jz 10.3) Subjugou os amonitas;

9-

Jeft (Jz 11.11) Subjugou os amonitas;

10- Ibs (Jz 12.8) Perseguiu os filisteus;


11- Elom (Jz 12.11) Perseguiu os filisteus;
22
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

12- Abdom (Jz 12.13) Perseguiu os filisteus;


13- Sanso (jz 16.30) Perseguiu os filisteus;
14- Eli (1Sm 4.18) Julgou a Israel como sumo sacerdote;
15- Samuel (1Sm 7.15) Agiu principalmente como profeta.

3-Rute

Autor: A tradio diz ser Samuel; Tema: O parente remidor; Data de


acontecimento: Aproximadamente 1.325 AC. O livro de Rute abrange um
perodo de cerca de 11 anos no tempo dos juzes. Contedo: Rute decidindo
(1); Rute Servindo (2); Rute descansando (3); Rute recompensada (4).

O momento histrico exato no se conhece; todavia, Josefo, historiador


judeu, opina que Rute do tempo do sacerdote Eli (Antig. 5,9,1). Alguns
acreditam que da poca de Gideo.
Este livro da Bblia deriva seu nome de um dos seus personagens principais,
Rute, a moabita. A narrativa mostra como Rute se tornou uma ancestral de
Davi por meio do casamento de cunhado com Boaz, em favor de sua sogra,
Noemi. O apreo, a lealdade e a confiana em YHVH que Boaz, Noemi e Rute
demonstraram permeiam o relato. Rute 1:8, 9, 16, 17; 2:4, 10-13, 19, 20;
3:9-13; 4:10.

3-

I Samuel

Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL

Autor: Desconhecido ou Samuel at o captulo 24 e Nat e Gade, o restante


do livro; Tema: Samuel, Saul e Davi. Vai de mais ou menos 1171 a 1056.
(115 anos). I Samuel 8:1- 9, (queda da teocracia).
Contedo: Ministrio de Samuel (1-7); Saul, o primeiro rei (8-15); Davi
perseguido (16:30) e a Derrota e morte de Saul (28-31). Vai do nascimento
de Samuel at a morte de Saul.

23
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

I Samuel conta a histria de Samuel, um importante profeta, e do reinado do


rei Saul at a sua morte, incluindo a guerra dos filisteus contra Israel e a
grande faanha do jovem pastor David (mais tarde rei de Israel), ao derrotar
o gigante Golias.
As Doze tribos de Israel achavam-se desorganizadas. No perodo relatado
em I Samuel, o perigo em comum obrigou-as a unirem-se. A concluso
lgica deste processo seria o estabelecimento de uma monarquia
centralizada.
Em consequncia, os inimigos territoriais de Israel Moabe, Edom e Amon tambm se haviam organizado em forma similar, inclusive antes que os
israelitas chegassem a Cana, depois de sua grande peregrinao pelo
deserto, aps terem sido libertos da escravido Egito. Outro inimigo de
Israel, Sria tambm tinha um governo monrquico.
Os Reis de Israel so retratados nestes livros como cabeas legais e visveis
dum estado nacional organizado. No entanto, compreende-se que a
transio no foi abrupta, mas seguiu-se de forma gradual. Logo depois do
perodo dos Juzes, Deus escolhe o rei de Israel: Saul. O apoio e a direo de
Deus sobre este israelita leva-o a alcanar grandes realizaes. Esta nova
instituio real aparece logo depois da vitria de Israel sobre Amom relatado
em I Samuel. Logo aps, o reinado de Saul recebe reconhecimento como
autoridade nacional. - 1 Samuel cap.11.
Apesar da direo teocrtica que a Bblia outorga aos Reis de Israel e Jud,
percebe-se que houve um desvio de proceder da parte de muitos destes, o
que incluiu o rei Saul.
Assim como acontece com outros livros histricos do Antigo Testamento,
mediante a mera leitura se evidencia que I Samuel no foi escrito com mero
objetivo histrico, mas sua narrao est fortemente ligada ao interesse
religioso da antiga nao de Israel, e do seu Deus YHVH. Alm disso, o
registro est em completa harmonia com o restante das Escrituras.
O objetivo da unio das 12 tribos, para maior glria de YHVH teria
fracassado se no fosse o xito da escolha do sucessor de Saul, Davi,
monarca ideal do ponto de vista do cronista bblico. J Salomo e outros Reis
posteriores mereceram a reprovao dos escritores de Crnicas e Reis.
Depois da reprovao de Saul, chega a fidelidade de Davi, nome que foi
eleito como modelo de liderana esperado por YHVH. Sua autoridade no se
compara com nada antes dele. De sua semente nasceria o Messias e esta
promessa de esperana messinica se estende por todos os tempos, at se
consolidar com a vinda do Messias (Jesus Cristo).

Apostila de
24
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Introduo e Anlise do Antigo Testamento


Curso/Grau: BACHAREL
Saul foi sucedido por David, em torno do ano 1000 a.C., que expandiu o
territrio de Israel e conquistou a cidade de Jerusalm, onde instalou a
capital do seu reino. Sob o reinado de Salomo que Israel alcanou o
apogeu, entre os anos 966 a.C. e 926 a.C..

4-

II Samuel

Autor: Desconhecido ou Nat e Gade (I Cr. 29:29). Tema: O reinado de Davi.


Abrange um perodo de mais ou menos 40 anos. Vai da morte de Saul at a
compra do local do Templo.
Contedo: A elevao de Davi (1-10); A queda de Davi (11-20) e Os ltimos
anos de Davi (21-24).
II Samuel conta a histria de Israel a partir da morte de Saul (II Sam. 1-20) e
o subsequente reinado de Davi, com um suplemento no final.(II Sam. 2124). Em outras palavras, abrange, com seu livro irmo (I Samuel), o perodo
que vai desde o estabelecimento de uma monarquia formal ate o fim do
reinado de Davi. Inclusive um perodo de guerra civil, o transporte da Arca
da Aliana a Jerusalm, o relato do pecado de Davi, um cntico de ao de
graas, e a promessa de Deus sobre a descendncia do rei. Digno de nota
a franqueza dos escritores, que no passam por alto nem mesmo os
pecados e as faltas do Rei Davi.
Segundo o relato, Deus fez uma promessa a Davi:
2 Samuel 7:16: A tua casa, porm, e o teu reino sero firmados para
sempre diante de ti; teu trono ser estabelecido para sempre.

6- I Reis

Autor: Desconhecido. Diz a tradio que Jeremias tenha compilado os


registros de Nat e Gade; Tema: Histria de Israel sob os reis: Reino Unido e
Dividido. Vai desde a morte de Davi at o reinado de Joro. Abrange um
perodo de 118 anos, de 1015 a 897 AC. Contedo: O estabelecimento do
reino de Salomo (1-2); O reinado de Salomo e o Templo (3-11); Diviso e
primeiros reis (12-16); O profeta Elias e o rei Acabe (17-22).

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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

I Reis um dos livros histricos do Antigo Testamento da Bblia. formado


por 22 captulos e sua narrativa d continuidade aos acontecimentos
narrados em II Samuel, iniciando-se com a corao do rei Salomo sobre
todo Israel at o final dos reinados de Acabe e Josaf, os quais,
respectivamente governaram o Reino de Israel e o Reino de Jud.
Assim, o livro trata do apogeu do reino de Israel, sua diviso em dois pases
entre as doze tribos aps a morte de Salomo, a perverso moral tanto dos
governantes quanto do povo que abandonaram a f num nico Deus para
praticarem a idolatria aos deuses pagos, mencionando os feitos do profeta
Elias em seu ministrio.
Roboo, filho de Salomo, sucede-lhe como rei em 922 a.C.

Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
Porm, o Reino de Israel foi dividido em dois: a Norte, o Reino das Dez
Tribos, tambm chamado de Reino de Israel, e ao Sul, o Reino das Duas
Tribos, tambm chamado de Reino de Jud, cuja capital ficou sendo
Jerusalm.

I Reis

JUD

ISRAEL

Roboo

Jeroboo

Abias
Asa

Nadabe
Baasa
El
Zinri

Josaf

Onri
26

ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Acabe
Jeoro

Acasias

7- II Reis

Autor: Acredita-se ser Jeremias; Tema: Reinos de Israel e Jud. Vai desde o
reinado de Joro em Jud e Acazias em Israel, at o cativeiro, predito pelo
profeta Jeremias (II Cr. 36:21; Jr. 29:10). Abrange um perodo de 308 anos,
de 896 a 588 AC. Este foi o grande perodo proftico de Israel. Contedo:
Final do ministrio de Elias (1-2:13); Ministrio de Elizeu (4:14-13:21);
Declnio e queda de Israel (13:22-17:41) e declnio e queda de Jud (18-25).

II Reis um dos livros histricos do antigo testamento da Bblia. Possui 25


captulos. Narra a histria do profeta Eliseu (sucessor do profeta Elias) e dos
reis de Israel e Jud, dando prosseguimento aos acontecimentos narrados
no livro de I Reis. Menciona a destruio do Reino de Israel pela Assria e a
milagrosa resistncia do rei Ezequias ao cerco de Senaqueribe. Termina com
a destruio da cidade de Jerusalm por Nabucodonosor, rei da Babilnia, o
qual leva os judeus como escravos para a Mesopotmia, conforme foi
profetizado por Jeremias.

Apostila de
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II Reis

REIS DE JUD
PROFETAS DE JUD
PROFETAS DE ISRAEL

REIS DE ISRAEL

27
ANTIGO TESTAMENTO I
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Acasias
Eliseu

Joro

Atalia

Je

Jos
Jonas
Amasias

Jeoacaz

Azarias
Ezequias

Isaas
Ams

Jeroboo II

Osias

Zacarias

Joel
Salum
Manam
Pecaas
Peca

Joto
Acaz

Miquias

Ezequias

Naum

Osias

Manasses
Amom
Josias

Sofonias
Jeremias

Jeoacaz
Jeoiaquim

Habacuque

Joaquim
Zedequias

8- I e II Crnicas

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ANTIGO TESTAMENTO I
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Autor: Acredita-se que tenha sido Esdras; Vai desde a morte de Saul at o
decreto de Ciro, rei da Prsia, abrangendo um perodo de 520 anos; de 1056
a 536 AC. Crnicas abrange, na sua maioria, a matria que se encontra em
II Samuel e I e II Reis, mais fornece muitas informaes que no se
encontram nos livros dos Reis. Reis foram escritos Pouco depois do princpio
do cativeiro da Babilnia. Crnicas foram escritas pouco depois do regresso
do cativeiro. Reis tratam de Jud e Israel; Crnicas principalmente de Jud.
Reis um livro poltico e rgio; Crnicas, eclesistico e sacerdotal.

I Crnicas
De autoria incerta, a tradio judaica afirma que o livro de I Crnicas teria
sido escrito por Esdras, por volta de 430 a.C., o qual tinha o propsito de
resgatar os padres de culto e de adorao a Deus no perodo aps o
cativeiro babilnico, resgatando assim a histria do seu povo.
Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
Aps mencionar uma longa lista de genealogias dos israelitas, desde Ado
at Zorobabel, o qual foi um dos lderes judaicos que retornou do exlio na
Babilnia, o livro narra a histria do reinado de David, contando suas
proezas e vitrias militares.
Com a morte de Saul, em torno de 1010 a.C., Davi torna-se rei sobre todo o
Israel e conquista a cidade de Jerusalm (1000 a.C.) que at ento era uma
fortaleza ocupada pelos jebuseus e se torna a capital de seu governo.
Resolve ento trazer a Arca da Aliana para Jerusalm e decide contruir um
templo para Deus na cidade, mas recebe uma mensagem do profeta Nat
dizendo que o santurio seria edificado aps sua morte por seu filho.
No entanto, Davi comea a fazer os preparativos para a edificao do
templo de Jerusalm, reunindo o material que seria necessrio para a futura
obra. Faz de seu filho Salomo rei e lhe d todas as orientaes para que o
templo viesse a ser contrudo por seu sucessor dentro de certos padres. O
livro termina, em seus ltimos versos, informando sobre o falecimento de
Davi (970 a.C.) que teria reinado sobre Israel por quarenta anos e morreu,
numa "boa velice, cheio de dias, riquezas e glria", sucedido no trono por
seu filho Salomo.
Pode-se afirmar que o livro de I Crnicas seria uma obra paralela a II
Samuel, porm escrito a partir de um ponto de vista sacerdotal, com um
enfoque maior na histria religiosa dos israelitas.
II Crnicas
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foi desmembrado de I Crnicas com o qual formava originalmente um nico


livro. Narra acontecimentos de um perodo da histria dos judeus, desde o
reinado de Salomo, por volta de 970 a.C., at a destruio do Reino de
Jud por Nabucodonosor, imperador da Babilnia, fato ocorrido em torno de
586 a.C..
Embora seja incerta a sua autoria, a tradio judaica afirma que o livro de II
Crnicas teria sido escrito por Esdras, por volta de 430 a.C., o qual tinha o
propsito de resgatar os padres de culto e de adorao a Deus no perodo
aps o exlio babilnico, resgatando assim a histria do seu povo.
Todavia, o seu enfoque central no reinado de Salomo, contendo um
detalhado registro da construo do templo, cumprindo a promessa feita a
seu pai, David.
Com o cisma ocorrido aps a morte de Salomo, em torno de 930 a.C., no
reinado de Roboo, o livro relata a histria dos reis que governaram Jud, os
quais muitas das vezes afastaram-se dos mandamentos divinos, tolerando
ou introduzindo a idolatria entre o povo, o que importava em castigos,
sofrimentos e derrotas militares para as naes vizinhas.
A partir de ento, os principais pontos de destaque do livro seriam os
reinados de Asa e de Josaf, a morte de Acabe, o reinado de Uzias, a
destruio do Reino de Israel pelos assrios, o reinado de Ezequias e a
resistncia de Jerusalm ao cerco de Senaqueribe, a idolatria de Manasss,
o reinado de Josias, o achado do livro da lei mosaica e a derrota de Jud pela
Babilnia.

Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
Um trecho bem representativo do livro e que expressa o seu propsito seria
o verso 14 do captulo 7 que assim diz:
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, ento, eu
ouvirei dos cus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.
Tal como I Crnicas, o livro seria um paralelo narrativa de I Reis e de II
Reis, os quais tambm so livros histricos do Antigo Testamento e do
continuidade aos acontecimentos de II Samuel. No entanto, tanto I Crnicas
quanto II Crnicas teriam sido escritos a partir de um ponto de vista
sacerdotal, com um enfoque maior na histria religiosa dos israelitas.

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ANTIGO TESTAMENTO I
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Reis de Israel/Jud

Na histria dos hebreus sucedeu o governo teocrtico (Juizes). A monarquia,


foi uma concesso de Deus (1Sm 8.7;12.12), correspondendo a um desejo
da parte do povo. Esse desejo, que j havia sido manifestado numa
proposta a Gideo (Jz 8.22,23), e na escolha de Abimeleque para rei de
Siqum (Jz 9.6), equivale rejeio da teocracia (1Sm 8.7), visto como o
Senhor era o verdadeiro rei da nao (1Sm 8.7; Is 33.22). A prpria terra era
conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25.23). A monarquia
constituda era hereditria, embora a sucesso no fosse necessariamente
pela linha dos primognitos. Quando a coroa era colocada na cabea do rei,
ele formava ento um pacto com os seus sditos no sentido de govern-los
com justia (2Sm 5.3; 1Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar
obedincia; e confirmavam a sua palavra com um beijo de homenagem
(1Sm 10.1). Os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das
vinhas, e dos olivais, e do produto dos rebanhos. Aos reis pertencia a
dcima parte da produo; recebiam tambm, os tributos que pagavam os
negociantes que atravessavam o territrio hebraico; os presentes dados
pelos sditos; e os despojos da guerra e as contribuies das naes
conquistadas. Alm disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forado, o
que era para ele causa de aumentarem seus bens.

Os reis antes da diviso


1-

Saul (por volta de 1.060 aC) 1Sm 10.1

2-

Davi (+/- 1.020 aC) 2Sm 2.1

3-

Salomo (980 aC) 1Rs 1.39

Reis de Israel:
1-

Jeroboo I (937 aC) 1Rs 11.28

2-

Nadabe (915 aC) 1Rs 14.20

3-

Baasa (914 aC) 1Rs 15.16

4-

El (891 aC) 1Rs 16.8

Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
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5-

Zinri (890 aC) 1Rs 16.15


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6-

Onri (890 aC) 1Rs 16.16

7-

Acabe (876 aC) 1Rs 16.29

8-

Acazias (856 aC) 1Rs 22.40

9-

Jeoro ou Joro (854 aC) 2Rs 1.17

10- Je (842 aC) 1Rs 19.16


11- Joacaz (814 aC) 2Rs 10.35
12- Jos (797 aC) 2Rs 13.10
13- Jeroboo II (781 aC) 2Rs 14.23
14- Zacarias (741 aC) 2Rs 14.29
15- Salum (741 aC) 2Rs 15.10
16- Manam (740 aC) 2Rs 15.14
17- Pecalias (737 aC) 2Rs 15.23
18- Peca (736 aC) 2Rs 15.25
19- Osias (730 aC) 2Rs 15.30
Reis de Jud:
1-

Reoboo (937 aC) 1Rs 11.43

2-

Abias (920 aC) 1Rs 14.31

3-

Asa (917 aC) 1Rs 15.8

4-

Josaf (878 aC) 1Rs 15.24

5-

Jeoro (851 aC) 2Cr 21.1

6-

Acazias (843 aC) 2Rs 8.25

7-

Atalias (rainha) (842 aC) 2Rs 8.26

8-

Jos (836 aC) 2Rs 11.2

9-

Amazias (796 aC) 2Rs 14.1

10- Uzias ou Azarias (777 aC) 2Rs 14.21


11- Joto (750 aC) 2Rs 15.5
12- Acaz (734 aC) 2Rs 15.38
13- Ezequias (727 aC) 2Rs 16.20
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ANTIGO TESTAMENTO I
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14- Manasses (697 aC) 2Rs 21.1


15- Amon (642 aC) 2Rs 21.19
16- Josias (640 aC) 1Rs 13.2
17- Joacaz ou Salum (608 aC) 2Rs 23.30
18- Joaquim (608 aC) 2Rs 23.34
19- Jeoaquim ou Jeconias (598 aC) 2Rs 24.6
20- Zedequias ou Matanias ( 598 aC) 2 Rs 24.17

9- Esdras, Neemias e Ester

Por serem estes livros to intimamente relacionados, e tratarem do mesmo


perodo, vejamos os acontecimentos principais contidos nestes livros, que
se seguiram aps o cativeiro: 1) O regresso dos desterrados sob Zorobabel
536 AC. 2) A reconstruo do templo 535 AC.
Apostila de
Introduo e Anlise do Antigo Testamento
Curso/Grau: BACHAREL
3) O ministrio dos profetas Ageu e Zacarias 520 AC. 4) A dedicao do
templo 515 AC. 5) Acontecimentos relatados no livro de Ester 478 a 473
AC. 6) Esdras visita Jerusalm 458 AC. 7) Neemias enviado a Jerusalm
como governador reconstri o muro 446 AC. 8) Malaquias profetiza.
Reis da Prsia ( Esdras 4:5-7): Ciro, Dario, Assuero e Artaxerxes. Autor de
Esdras: Esdras; Autor de Neemias: Neemias; Autor de Ester: Mordecai ou
Esdras.

Conta a histria de Esdras, copista das Escrituras Hebraicas, a sada do


retorno do exlio (cativeiro) de Babilnia.
Nos manuscritos hebraicos o livro de Neemias aparece junto com o livro e
Esdras como um s livro. Embora a autoria do livro seja indeterminada,
muitos eruditos o consideram como uma autobiografia de Neemias. Este
livro trata da reconstruo dos muros de Jerusalm, a reafirmao de leis e
a restaurao das ordenanas antigas.
Livro que relata as atividades de Neemias e de outros lideres em Jerusalm,
depois do retorno do CATIVEIRO ( caps 1-2 ). Suas atividades envolveram a
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ANTIGO TESTAMENTO I
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reconstruo das muralhas de jerusalm (caps 3-7 )a renovao da ALIANA


(caps 8-10)e reformas politicas e sociais (caps 11-13). Segundo aponta o
prprio livro, ele teria sido escrito por Neemias, embora o Talmude o atribua
a Esdras. A questo continua em aberto.
O autor do Livro de Ester desconhecido. Pelas pistas deixadas no livro,
podemos deduzir que se trata de um judeu persa, possivelmente residente
na cidade de Susa. Tambm se l neste livro o seu nacionalismo intenso e
preocupao com a festa do Purim.
Os estudiosos situam a composio deste livro algures entre os sculos IV e
I a.C.. A maioria dos telogos prefere uma data no final do sculo V ou no
sculo IV devido a determinadas caractersticas da linguagem utilizada e
atitude favorvel em relao ao rei persa.
O objetivo central do Livro de Ester justificar a observncia da festa do
Purim. Isto era muito importante j que se trata de uma festividade que no
fazia parte das ordenanas mosaicas (do Pentateuco, livros de Moiss).
Conta a histria de como, pela Providncia, o povo foi salvo dos intentos
destrutivos dos seus inimigos.
O Purim uma festa anual judaica e o seu nome deriva de Pur. A festa
enquadra-se dentro do conjunto de prticas judaicas de jejum e lamentao.
celebrada nos 14 e 15 dias do ms de Adar (geralmente em Maro).

LIVROS POTICOS

1- J

Autor: Desconhecido. Possivelmente Moiss, J ou Eli (32:16). J viveu no


perodo patriarcal. Cobre um perodo de cerca de 140 anos. Tema: O
problema do sofrimento. Contedo: O ataque de Satans contra J (1-2:10);
J e seus amigos, Elifaz, Bildade e Zofar (2:11-31:40);
A resposta de Eli (32-37): A resposta de Jeov (38-41): Confisso de J e
restaurao em dobro (42).
A autoria de J incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moiss. Outros
atribuem a um dos antigos sbios, cujos escritos podem se encontrados em
Provrbios ou Eclesiastes. Talvez o prprio Salomo tenha sido seu autor.
Os procedimentos, os costumes e o estilo de vida geral do livro de J so do
perodo patriarcal (cerca de 2000-1800 aC). Apesar dos estudiosos no
concordarem quanto poca em que foi compilado, este texto
obviamente o registro de uma tradio oral muito antiga. Aqueles que
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ANTIGO TESTAMENTO I
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atribuem o livro a Moiss acham que a histria surgiu l pelo sc. XV aC.
Outros acham que surgiu por volta do sc. II aC. A maior parte dos
conservadores atribuem J ao perodo salomnico, pela metade do sc. X
aC.
A prpria Escritura atesta que J foi uma pessoa real. Ele citado em (Gn
46.13; Ezeq 14.14, 14.20 e Tiago 5.11). J era um gentio. Acredita-se que
era descendente de Naor, irmo de Abrao. Conhecia Deus pelo nome de
Shaddai - o Todo Poderoso. Ele era um homem rico e levava um estilo de
vida seminmade.
Homem que morava na terra de Uz, no que agora a Arbia. (J 1:1) Deus
disse a respeito de J: "No h ningum igual a ele na terra, homem inculpe
e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal." (J 1:8) Isto indica que J
morava em Uz por volta da mesma poca em que seus primos distantes, as
12 tribos de Israel, estavam em escravido na terra do Egito. J ento, Jos,
filho de Jac (Israel), havia morrido (1657 AEC), depois de ter suportado
muitos sofrimentos injustos, mas de ter-se mantido inculpe para com Iav.
Moiss no tinha ainda surgido como profeta de Iav, para conduzir as 12
tribos de Israel para fora da escravido no Egito.
Atribui-se, em geral, a Moiss a escrita do relato das experincias de J. Ele
pode ter sabido a respeito de J quando passou 40 anos em Midi, e talvez
tenha ouvido falar do resultado final feliz para J e da sua morte quando
Israel estava perto de Uz, prximo do fim de sua jornada no ermo. Se Moiss
completou o livro de J por volta da poca da entrada de Israel na Terra da
Promessa, em 1473 AEC (provavelmente no muito depois da morte de J),
isto situaria a poca da provao de J por volta de 1613 AEC, porque J
ainda viveu 140 anos depois de sua provao. J 42:16, 17.
J era figura de destaque no porto da cidade, respeitado at mesmo pelos
homens idosos e pelos prncipes. (J 29:5-11) Ele atuava como juiz
imparcial, executando a justia como defensor das vivas, e era como que
um pai para os meninos rfos de pai, para os aflitos e para aqueles que
no tinham ajudador. (J 29:12-17) Ele se mantinha livre da imoralidade, do
ganancioso materialismo e da idolatria, e era generoso para com os pobres
e os necessitados. J 31:9-28.

2- Salmos

Autores: Davi, 71 Salmos leva o seu nome; Hem (1 Salmo), Asafe (12
Salmos) e Et (1 Salmo), (I Cr.15:19); Os filhos de Cor, dirigentes do Culto
em Israel (12 Salmos), (I Cr. 6); Jedutum (Icr. 25: 3); Salomo; Ezequias, Rei
de Jud; Moiss ( 1 Salmo) ; Esdras ( Salmos 1 e 19, atribudos pela
Septuaginta); e vrios Salmos so annimos. Na Bblia Hebraica os Salmos
so divididos em cinco livros: I- (1-41), II- (42-72), III- (73-89), IV- (90-106) e
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ANTIGO TESTAMENTO I
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V- (107-150). O ttulo Salmos significa uma composio musicada. uma


coleo de poesia hebraica inspirada. Tema: Louvor. Data da composio:
1000 anos, desde Moiss (1500 AC.) at Esdras (450 AC.).
Classificao dos Salmos:
1) Salmos de instruo: ex.:1,19,119,90,82,13;
2) Salmos de Louvor e Adorao: ex.: 23,103,8,24,136,148;
3) Salmos de Aes de Graas: ex.: 18,34,81,85;
4) Salmos Devocionais: ex.:
6,32,38,51,102,130,143,3,27,13,77,4,28,120,42,44,20,67;
5) Salmos Messinicos: ex.: 2,16,22,40,45,72,110,118; 6) Salmos Histricos:
ex.: 78,105 e106.

O perodo em que os salmos foram compostos varia muito, representando


um lapso temporal de aproximadamente um milnio, desde a data
aproximada de 1440 a.C., quando houve o xodo dos Israelitas do Egito at
o cativeiro babilnico.
Os salmos so poemas de louvor, inicialmente transmitidos atravs da
tradio oral e cuja fixao por escrito teve lugar, sobretudo atravs do
movimento de recolha das tradies israelitas, iniciado no exlio babilnico
pelo profeta Ezequiel (sculos VII-VI a.C.). Como tal, muitos destes textos
sero muito anteriores, sendo bastante difcil a sua crtica do ponto de vista
literrio estrito. Ainda assim, tendo em conta a comparao com a literatura
potica coeva do Egito, da Assria e da Babilnia, pode-se afirmar estes
poemas de Israel como um dos expoentes da poesia universal.
Tal como noutras tradies culturais, tambm a poesia hebraica andava
estreitamente associada msica. Assim, embora no seja de excluir para
os salmos a possvel recitao em forma de leitura, "todavia, dado o seu
gnero literrio, com razo so designados em hebraico pelo termo Tehillim,
quer dizer, cnticos de louvor, e em grego psalmi, ou seja, cnticos
acompanhados ao som do saltrio. De facto todos os salmos possuem
certo carcter musical, que determina o modo como devem ser executados.
E assim, mesmo quando o salmo recitado sem canto, ou at
individualmente ou em silncio, a sua recitao ter de conservar este
carcter musical." (Cf. Instruo Geral da Liturgia das Horas, n. 103) Esta
associao dos salmos msica encontra-se bem expressa em muitos dos
ttulos, onde se encontram no s referncias a melodias como a cora da
aurora (e. g. Sl. 22(21)), os lrios (e. g. Sl. 60(59)) ou a pomba dos
terebintos longnquos (e. g. Sl. 56(55)), mas tambm expresses relativas
prpria execuo musical, tais como "com voz de soprano" (e. g. Sl.
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ANTIGO TESTAMENTO I
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46(45)), com instrumentos de corda (e. g. Sl. 4) e para voz grave (e. g.
Sl. 12(11)).
Os salmos acabaram por constituir um hinrio litrgico para uso no templo
de Jerusalm, do qual transitaram quer para a sinagoga judaica, quer para
as liturgias crists.
Na Igreja Catlica, os 150 salmos formam o ncleo da orao quotidiana: a
chamada Liturgia das Horas, tambm conhecida por Ofcio Divino e cuja
organizao remonta a S. Bento de Nrsia. A orao conhecida por rosrio,
com suas 150 Ave Marias, formou-se por analogia com os 150 salmos do
Ofcio.
Vrios salmos so considerados pelos telogos como profticos ou
messinicos, pois se referem vinda do Cristo e, por isso, existem muitas
citaes de versos dos salmistas no Novo Testamento com o propsito de
provar o cumprimento das profecias na pessoa de Jesus.
Vrios salmos relacionam-se com os acontecimentos que marcaram a vida
do rei David.
O Salmo 59 tem a ver com a ocasio em que Saul teria enviado homens
casa de Davi para prend-lo. J os salmos 34 e 56 referem-se sua fuga de
Saul. Por sua vez, o salmo 142 foi composto quando Davi encontrava-se
escondido na caverna de Adulo, na regio do mar Morto.
Ao terminar a perseguio de Saul, Davi compe o Salmo 18, ressaltando a
fidelidade de Deus.
Quando confrontado pelo profeta Nat sobre o seu adultrio com BateSeba e a morte de Urias, Davi compe o Salmo 51, demonstrando o seu
verdadeiro arrependimento.
Novamente ao ser perseguido, agora por seu filho Absalo, Davi ainda
escreve os salmos 3 e 7, o que revela sua confiana no livramento de Deus.
Alm destes citados acima, outros salmos que se relacionam com
passagens da vida de Davi seriam o 52 (depois que Doegue assassinou os
85 sacerdotes e suas famlias), o 54 (quando os zifeus tentaram tra-lo), o
57 (enquanto se escondia em uma caverna) e o 63 (enquanto escondia-se
no deserto de En-Gedi).

3- Provrbios

Autores: Salomo, Agur e Lemuel. Tema: Sabedoria Prtica, O temor do


Senhor o princpio do saber. uma coleo de expresses curtas e
concisas, que contm lies morais. Contedo: Sabedoria principalmente
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ANTIGO TESTAMENTO I
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para os jovens (1-9); Vrios assuntos para todos (10-24); Coleo do rei
Ezequias (25-29) e Instrues por Agur e Lemuel (30-31). Salomo comps
3.000 provrbios (I Reis 4:32).
Salomo escreveu e compilou a maior parte do livro de Provrbios no
princpio de seu reinado (cerca de 950 a.C.).
Conforme declara a sua introduo, tem como propsito ensinar a alcanar
sabedoria, a disciplina e uma vida prudente e a fazer o que correto, justo e
digno. Em suma, ensina a aplicar e fornecer instruo moral. O ttulo do livro
vem originalmente de sua forma hebraica Mshl Shelomoh ("Provrbios de
Salomo"). Como comum na Bblia Hebraica, o ttulo hebraico do livro
simplesmente um conjunto de palavras do primeiro verso do livro. Na
Septuaginta esse livro se chama Paroimiai, que significa provrbios,
parbolas.
Podemos encontrar diversas formas literrias no livro de provrbios:
poemas, pequenas parbolas, lies de vida.

4- Eclesiastes

Autor: Salomo. A palavra Eclesiastes significa o pregador. No temos


registro do arrependimento de Salomo pelo seu pecado; possivelmente
este monlogo fosse a expresso do seu arrependimento, aps considerar
que sem a beno de Deus, sabedoria, posio e riquezas no satisfazem,
muito pelo contrrio, trazem cansao e decepo; o resultado de tudo
vaidade (vaidade aqui significa vazio, sem valor).

O Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta, e na Bblia hebraica


chamado Kohelet. Embora tenha seu significado considerado como incerto,
a palavra tem sido traduzida para o portugus como pregador ou preletor.
Faz parte dos escritos atribudos tradicionalmente ao Rei Salomo, por
narrar fatos que coincidiriam com aqueles de sua vida.

5- Cantares de Salomo

Ou Cntico dos Cnticos (Ttulo da bblia hebraica). Chamado assim, pelo


fato de ser este o principal de todos os cnticos de Salomo (I Reis 4:32).
Cantares de Salomo uma histria de amor entre Salomo e a sua esposa
Sulamita. A aplicao espiritual revela o amor que h entre Jeov e Israel e
entre Cristo e a Igreja. Data: cerca de 1.000 AC.
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ANTIGO TESTAMENTO I
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Cnticos dos Cnticos um livro curto com apenas oito captulos. Apesar de
sua brevidade, apresenta uma estrutura complexa que, por vezes, pode
confundir o Leitor. Diferentes personagens tm voz, ou falam, nesse poema
lrico. Em muitas tradues da Bblia, esses emissores alternam sua fala de
modo inesperado, sem indicao ao leitor, dificultando, assim, sua leitura. A
verso Almeida Revista e Atualizada, e a Bblia de Jerusalm (Paulus Editora,
1981; 2002), por exemplo, eliminam o problema, com a indicao de quem
est falando; desse modo, o leitor amplia seu entendimento.
Os trs participantes principais do poema so: (1) o noivo, o Rei Salomo
(2); a noiva, mulher mencionada como "Sulamita" (6.13); e as "filhas de
Jerusalm"(2.7). Tais mulheres devem ter sido escravas da realeza que
serviam como criadas da noiva do rei Salomo. No poema, servem como
coro para ecoar os sentimentos da Sulamita, enfatizando seu amor e afeio
pelo noivo.
Alm dos personagens principais, so mencionados os irmos da Sulamita
(8.8-9), que devem ter sido seus meios-irmos. O poema indica que ela
trabalhava, por ordem dos irmos, como "guarda de vinhas" (1.6).
Essa cano de amor divide-se praticamente em duas sees principais com
mais ou menos o mesmo tamanho. O incio do Amor (Cap.1-4) e seu
Amadurecimento (cap.5-8).
Por ser um poema escrito em uma linguagem considerada sensual, sua
validade como texto bblico j foi questionado ao longo dos tempos. O
poema fala do amor entre o noivo e sua noiva.
Alguns telogos interpretam o texto como alegrico, dizendo que o amor
exaltado o amor entre Deus e Israel, ou entre Cristo e a Igreja.
Entendemos como literal e ao mesmo tempo e ao mesmo tempo uma
referncia entre Deus e Israel, ou entre Cristo e a Igreja.

LIVROS PROFTICOS

PROFETAS MAIORES:

Isaas:

Contemporneo de Osias, Naum e Miquias. Profetizou sobre o nascimento


virginal de Jesus (Is.7:14) e sobre seu ministrio (53;61...).
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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Sua importncia refletida tambm no Novo Testamento, considerando-se


que h mais de 400 referncias diretas ao livro, feitas pelos evangelistas e
apstolos.
O forte carter e nfase messinicos percebidos em toda a extenso do
documento, muito provavelmente colaboraram para conceder ao livro
tamanha proporo referencial entre os autores do Novo Testamento.
Em seus dias, Isaas viveu e narrou a tenso poltica e militar que o territrio
de Israel experimentava, com eventos decorrentes principalmente de um
panorama marcado por intensas e contnuas atividades blicas e
expansionistas que estavam sendo realizadas pela monarquia egpcia, ao
sul, e pelos caldeus, ao Leste.
O incio do ministrio proftico de Isaas situa-se em 754 A.C., coincidindo
com 2 datas histricas precisas: a morte do rei Uzias de Jud, e a fundao
de Roma.
Isaas foi filho de Amos (no Amoz, o profeta vaqueiro) e viveu na corte dos
reis de Jud. H indicaes de que talvez fosse primo de Uzias. Escriba e
relator dos anais histricos da casa davdica, tinha preeminncia e liberdade
suficiente para transitar prximo ao poder poltico e tomar conhecimento,
em primeira mo, das polticas e estratgias do Estado monarca judeu.
Letrado, culto e politicamente privilegiado, pode ter feito parte da casta
sacerdotal de Jerusalm.
Profetizou durante os reinados de Uzias, Joto, Ezequias, e provavelmente
durante seus ltimos oito anos de vida, sob a opresso maligna do reinado
de Manasss, responsvel por seu martrio, segundo a tradio rabnica,
quando com 92 anos de idade.
Isaas permaneceu at o final de seus dias denunciando o rei por seus
crimes e comportamento hediondo. Enfurecido, Manasss o teria colocado
dentro de um tronco e, barbaramente, o serrado vivo ao meio.

Jeremias:
Profetizou durante os reinados de Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, e zedequias.
Iniciou seu ministrio 70 anos aps a morte de Isaas (627 a 584 AC.).
Profetizou sobre os 70 anos de cativeiro em Babilnia (I Cr.36:21; Jr.25:911).
O livro de Jeremias o segundo dos livros dos principais profetas da Bblia.
Os captulos 1 a 24 registram muitas das suas profecias. Os captulos 24 a
44 relatam suas experincias. Os remanescentes contm Profecias contra as
naes.

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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Jeremias nasceu em 650 a.C. em Anadote, um povoado a nordeste de


Jerusalm, e morreu no Egito, em 580 a.C. Foi sacerdote do povoado de
Anadote e previu, segundo a Bblia, entre outras coisas, a invaso babilnica
- Nabucodonosor atacou Israel em 597 a.C. e novamente em 586 a.C.,
quando destruiu Jerusalm e queimou o templo.

Lamentaes:

Registra a tristeza aguda e dolorosa de Jeremias pelas misrias e desolaes


de Jerusalm. Por isso Jeremias tem sido chamado de o profeta choroso.
Contedo:
1. A runa de Jerusalm e o sofrimento dos exilados, devido aos seus
pecados, cap. 1.
2. O senhor, o defensor de Israel desde a antiguidade, abandonou a seu
povo ao seu terrvel destino, cap. 2.
3. A dor de Jeremias sobre as aflies de seu povo, sua confiana em Deus e
sua prpria perseguio, cap. 3.
4. A glria passada de Israel em contraste com sua aflio presente, cap. 4.
5. Orao pedindo misericrdia, cap. 5.

Livro escrito pelo profeta Jeremias, quando com os prprios olhos via a
destruio da cidade de Jerusalm por Nabucodonosor, rei de Babilnia, por
volta do ano 589 a.C., data entre a destruio de Jerusalm e a expedio
ao Egito. O nome do livro possivelmente tenha ligao com o fato de que
por mais de quarenta anos Jeremias havia profetizado este fato, porm os
moradores da cidade no lhe deram ouvidos, e ao ver a cidade sendo
saqueada e seus habitantes sendo cruelmente mortos pelo exrcito
babilnico, o tenha escrito sob lgrimas.

Ezequiel:

Fez parte do grupo de cativos levados para Babilnia por Nabucodonosor,


em mais ou menos 599 AC., juntamente com o rei Jeoaquim, cerca de 10
anos antes da destruio de Jerusalm. Ministrou aos desterrados.

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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Ezequiel foi chamado para profetizar durante o cativeiro babilnico do povo


judeu. Diz-se que fundou uma escola de profetas e que ensinava a Lei
beira do rio Quebar que passa prximo a cidade de Tel-Abibe, na Babilnia.
So curiosas as vises que o profeta teve sobre a glria de Deus e os sinais
que aconteceram em sua prpria vida demonstrando a ao de Deus so
fortes e marcantes. Ezequiel perdeu a sua esposa como sinal da queda de
Jerusalm.

Daniel:

Foi levado cativo para Babilnia ainda muito jovem, no 3 ano do rei
Jeoiaquim e oito anos antes de Ezequiel. Vai desde Nabucodonosor at Ciro,
Abrangendo um perodo de cerca de 73 anos 607 a 534 AC.
Alguns trechos so escritos em hebraico e a maioria em aramaico.
Contm ainda uma linguagem conhecida pelos estudiosos bblicos como
sendo "apocalptica", que uma linguagem com smbolos vivos para
representar algum ou algum evento futuro. Contm basicamente seis
histrias de Daniel e seus amigos judeus na corte do rei Nabucodonosor e
quatro profecias, nicas em estilo no Antigo Testamento.

PROFETAS MENORES:

Osias:

Profetizou em Israel (as dez Tribos), Na mesma poca que Ams, Isaas e
Miquias em Jud. Profetizou durante 60 anos, aproximadamente de 785 a
722 AC.
O tema do livro uma grande exortao ao arrependimento s dez tribos,
durante os cinquenta ou sessenta anos de cativeiro destas. Os pecados da
nao, no seu estado de separao de Deus, so resumidos pelo profeta
como pecado de adultrio espiritual, ilustrado pela prpria experincia do
profeta ao se casar com uma mulher impudica que o abandonou por outro
amante.
O tema de Osias este: Israel, a esposa infiel abandona seu esposo
compassivo, que a acolhe novamente.

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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Os acontecimentos histricos a que se refere o livro de Osias cobrem um


perodo de mais ou menos 60 anos desde785 a.C., at o tempo do
cativeiro das dez tribos.

Joel:

Pouco se sabe acerca deste. Acredita-se que profetizou durante o tempo de


Jos, rei de Jud.
Sua datao atribuda do ano 830 a.C., porm existem os que datam dos
anos 775 a 725 a.C. ou de 500 a.C..
A mensagem do livro fala sobre o "julgamento que Deus far contra os
inimigos de Israel e, de uma perspectiva escatolgica, a vitria final do povo
de Deus".
A passagem de Joel 2:28, 29 citada por Simo Pedro no sermo de
Pentecostes em Atos dos Apstolos 2:14-36. Sendo assim, Joel tem uma
grande importncia na teologia crist.
Ams:

Profetizou especialmente Israel, embora tivesse tambm uma mensagem


para Jud e pases vizinhos, durante os reinados de Uzias, rei de Jud e de
Jeroboo II, rei de Israel. Escrito cerca de 785 a 750 AC.
A profecia deste livro da Bblia hebraica foi dirigida primariamente ao reino
setentrional de Israel. Pelo que parece, foi primeiro proferida oralmente,
durante os reinados de Jeroboo II e de Uzias, respectivamente reis de Israel
e Jud, cujos reinados coincidiram entre 829 e cerca de 804 a.C. (Am 1:1)
Por volta de 804 a.C. foi assentada por escrito, presumivelmente aps o
profeta voltar a Jud.
fato histrico que todas as naes condenadas por Ams foram, no devido
tempo, devoradas pelo fogo da destruio. A prpria grandemente
fortificada cidade de Samaria foi sitiada e capturada em 740 a.C., e o
exrcito assrio levou os habitantes para o exlio alm de Damasco,
conforme predito por Ams. (Am 5:27; 2Rs 17:5, 6) Jud, ao sul, recebeu
igualmente a devida punio quando foi destruda em 607 a.C. (Am 2:5) E,
fiel palavra de Jeov mediante Ams, descendentes cativos tanto de Israel
como de Jud voltaram em 537 a.C. para reconstruir sua terra natal. Am
9:14; Esd 3:1.
O livro se inicia com a introduo e, aps, o profeta condena as naes
vizinhas a Israel, Sria, Filstia, Edom e Amom, Moabe, por suas crueldades
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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

entre si e contra Israel. H condenaes contra Jud e Israel, por sua


idolatria.
Os captulos de 3 a 6 condenam Israel por sua hipocrisia (porque apesar de
terem cometido idolatria, ainda realizavam as festas do Pentateuco) e
injustia social.
Est em 4:1, "ouvi esta palavra vacas de Bas, que estais no monte de
Samaria, que oprimis os pobres, que quebrantais os necessitados...". O
apelo por justia o tema mais conhecido deste livro, porque evidencia a
condenao de Deus aos que ficaram ricos atravs da corrupo.
No captulo 7, o autor nos informa que foi chamado corte do rei Jeroboo
para explicar suas profecias, que eram desfavorveis ao rei. Ele acaba no
sendo punido e acaba advertindo o rei.
O livro termina com uma mensagem de que, apesar de Deus castigar a
Israel, Deus ir restaurar a nao, quando ela se voltar a Deus.

Obadias:

Tema: o grande pecado de Edom - violncia contra Jud; seu castigo extino nacional. Obadias (de origem desconhecida) foi contemporneo de
Jeremias. H muitos com este nome no Antigo testamento. Data: 586-583
AC.
O seu livro, constitudo apenas por vinte e um versculos, o menor do
Antigo Testamento e trata do tema da falta de solidariedade do povo de
Edom (descendentes de Esa - Gnesis 36:1) para com Israel, considerado
como seu povo irmo. O livro divide-se em duas partes: o "Orculo contra
Edom" a a "Proclamao do Dia de Jav".
A primeira parte de Abdias (1-14) profetiza a queda de Edom (ver Idumia),
tradicional inimigo de Jud.

Jonas:

O livro no contm uma mensagem direta a Israel, mais sim cidade de


Nnive. Mas Jonas pregou a Israel durante o reinado de Jeroboo II (II Reis
14:25). Escrito entre 785 a 767 AC. poca: logo aps Elizeu.
um relato biogrfico do profeta Jonas, na qual o Deus de Israel o ter
mandado profetizar ao povo de Nnive, grande capital do Imprio Assrio,
para persuadi-los a se arrependerem ou seriam destrudos dentro de 40
44
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

dias. O Livro de Jonas fala foi tido como o profeta Jonas, filho de Amitai, que
profetizou no Reino de Israel Setentrional, no 7. Sculo A.C., no reinado de
Jeroboo II. (Jonas 1:1; II Reis 14:25)
A Assria, inimiga do povo de Israel de longa data, era imprio dominante
aproximadamente entre 885 A.C. a 665 A.C.. Segundo o relato, parece
evidente que a agressividade militar assria era mais fraca durante o tempo
de Jonas. Alm disso, o Rei Jeroboo II foi capaz de reivindicar reas da
Palestina desde Hamate at o Mar Morto, como teria sido profetizado por
Jonas.

Miquias:

Profetizou durante os reinados de Pecaas, Peca e Osias em Israel, e de


Joto, Acaz e Ezequias, em Jud.. Foi contemporneo de Isaas e Osias
(Jeremias 26:18). Data: 751-693 AC. Profetizou tanto para Israel quanto
para Jud.
O nome do autor do livro de Miquias aparece na septuaginta como
Michaas. A Vulgata Latina diz Michaeas. Ele foi um profeta do sculo VIII
a.C. morador de Morasti-Gat, na Shefel em Jud, talvez tenha sido um lder
(ancio, heb. zaqen) da comunidade.

Naum:

Pouco se sabe a seu respeito. Profetizou durante o reinado de Ezequias (663


a 633 AC.). Prediz a runa de Nnive (Assria), que aconteceu 100 anos
depois.
Naum um Livro da Bblia, que conta sobre a destruio de Nnive, capital
da Assria, a cidade que Jonas advertiu.
Naum foi o profeta, supostamente enviado por Deus, para predizer a runa e
completa destruio de Nnive.
Este livro uma pronncia contra Nnive, capital do Imprio Assrio. Para
os crentes, o cumprimento histrico daquela pronncia proftica atestaria a
autenticidade do livro. O livro teria sido escrito algum tempo depois de a
cidade egpcia de N-Amom (Tebas) sofrer uma derrota no stimo sculo
antes da era comum e completado antes da predita destruio de Nnive em
632 antes da era comum.
Segundo o livro, a agressividade militar dos assrios tornara Nnive uma
cidade de derramamento de sangue. Seu tratamento dos cativos de
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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

guerra era cruel e desumano. Alguns eram queimados ou esfolados vivos.


Outros eram cegados ou se lhes cortavam o nariz, as orelhas ou os dedos.
Os cativos eram conduzidos por cordes com ganchos que furavam o nariz
ou os lbios.

Habacuque:

Pouco se sabe sobre ele. Conclui-se que profetizou durante os reinados de


Jeoacaz e Jeoaquim em Jud, possivelmente, em 612 a 598 AC. Profetizou a
queda do Imprio caldeu. Foi contemporneo de Jeremias.
Habacuque ou Habacuque o livro bblico cuja autoria atribuda ao profeta
de mesmo nome, que significa "abrao", e est incluso na subdiviso da
Bblia chamada de Profetas Menores, sendo um livro de apenas trs
captulos. Provavelmente tenha sido escrito no sculo V a.C..
Habacuque nos sugere que observava a sociedade judaica a partir do
templo, onde possivelmente servia como levita, isto cantor, podemos
notar o captulo trs de seu livro uma cano, sendo que os ltimos versos
so considerados uma das maiores expresses de f do Antigo Testamento.
O livro de Habacuque diferente dos demais livros dos profetas em seu
estilo literrio, pois em momento algum h profecias contra esta ou aquela
nao ou pessoa em particular, porm o que se pode ver um dilogo entre
o profeta e Deus. Entre seu texto h no captulo dois a expresso: "O justo
viver da f", que mais tarde inspiraria o Apstolo Paulo a escrever a mais
teolgica de suas cartas, a Carta aos Romanos, que posteriormente inspirou
tambm Martinho Lutero na elaborao das 95 Teses "gatilho" da Reforma
Protestante.

Sofonias:

Profetizou durante o reinado de Josias, Rei de Jud. Seu ministrio: 638 a


608 AC.
A repetio frequente da frase o dia do Senhor sugere imediatamente que
Sofonias tinha uma mensagem de julgamento. Mas como os demais
profetas tem tambm uma mensagem de restaurao.
Resumiremos o tema da seguinte maneira: A noite do Juzo sobre Israel e
sobre as naes, seguida da manh da restaurao do primeiro e da
converso das ltimas. Alguns acreditam que ele tenha sido o autor do
46
ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Livro, com exceo do ltimo captulo, pelo fato de haver um contraste


entre o quadro de juzo terrvel e o da restaurao.

Ageu:

Um dos trs profetas ps-exlicos. poca: aps os 70 anos de cativeiro na


Babilnia. Data: 520- 518 AC. Ageu voltou com a primeira expedio dirigida
por Zorobabel e Esdras, o escriba, no segundo ano do rei Dario
(Ed.5:1;Ag.1:1).
Sua misso era animar o povo na reconstruo do templo ( Ag.1:4-9
Edificai a casa; 2:9 A glria da Segunda casa).

Ageu, seu escritor, foi um profeta hebreu e contemporneo de Esdras e


Neemias. Sua mensagem foi de exortao e motivao a respeito da
restaurao de Jerusalm e seu Templo. Possui quatro principais mensagens
de YHVH para os judeus que retornaram do exlio em Babilnia. So fortes
repreenses devido ao descaso na reconstruo do Templo.
Escrito por volta do ano 520 a.C., cerca de 17 anos depois do retorno dos
judeus do exlio, quando ainda no se completara a construo do Templo. O
profeta Ageu, indicava que o povo estava se preocupando com as prprias
vidas e esquecendo-se do principal - a casa de Deus. Este livro frisa a
importncia nas obras de Deus e que Ele deve estar sempre em primeiro
lugar, na vida e nas obras das pessoas.
O Autor pode ser chamado " O Profeta do templo", provavelmente tenha
nascido durante os setenta anos de exlio na Babilnia. Deve ter regressado
a Jerusalm com Zorobabel.

Zacarias:

Possivelmente nasceu na Babilnia e comeou a profetizar ainda jovem


( Zc. 2:4) e pouco depois de Ageu, tornando-se seu companheiro. Profetizou
animando o povo atravs de vises de um futuro glorioso.
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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Zacarias, cujo nome significa YHVH se Lembra, foi um dos chamados


"profetas" ps exlicos, um contemporneo de Ageu. Com Ageu, ele foi
chamado para despertar os judeus que retornaram, para completar a tarefa
de reconstruir o templo de Jerusalm. (ver Esdras 6:14). Como filho de
Baraquias, filhos de Ido, ele era de umas das famlias sacerdotais da tribo de
Levi. Ele um dos mais messinicos de todos os profetas do AT, dado
referncias distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.
O "ministrio" de Zacarias comeou em 520 A.C., dois meses aps Ageu
haver completado sua profecia. A viso dos primeiros captulos foi dada,
aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem (Zacarias 2:4). Os
caps 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518 a.C. A referncia Grcia
em 9.13 pode indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480,
quando a Grcia substituiu a Prsia como o grande poder mundial. As
profecias que abrangem o Livro de Zacarias foram reduzidas escrita entre
520 e 475 a.C.
Os exilados que retornaram sua terra natal em 536 a.C. sob o decreto de
Ciro, estavam entre os mais pobres dos judeus cativos. Cerca de cinquenta
mil pessoas retornaram para Jerusalm sob a liderana de Zorobabel e
Josu. Rapidamente, reconstruram o altar e iniciaram a construo do
templo. Logo, todavia, a apatia se estabeleceu, medida que eles foram
cercados com a oposio dos vizinhos samaritanos, que, finalmente foram
capazes de conseguir uma ordem do governo da Prsia para interromper a
construo. Durante cerca de doze anos a construo foi obstruda pelo
desnimo e pela preocupao com outras atividades.
Zacarias e Ageu "persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos seus
propsitos para restaurar o templo". Zacarias "encorajou o povo de Deus
indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um templo restaurado,
numa cidade restaurada".
O livro comea com a veemente palavra de YHVH (O Deus dos judeus) para
o povo se arrepender e se voltar novamente para seu Deus. O livro est
repleto de referncias de Zacarias suposta "palavra do Senhor". O profeta
no entrega sua prpria mensagem, mas ele, "fielmente", transmite a
mensagem dada, supostamente, a ele por seu Deus. O povo chamado
para se "arrepender de sua apatia e completar a tarefa que no foi
terminada".
"Deus, ento, assegura ao seu povo o seu amor e cuidado por eles, atravs
de oito vises. A viso do homem e dos cavalos lembra ao povo o cuidado
de Deus. A Viso dos quatros chifres e dos quatro ferreiros traz memria o
julgamento de Deus. A Viso do homem com um cordel de medir existe uma
olhada apocalptica na vele e pacfica cidade de Deus. A viso grandiosa do
castial, todo revestido de ouro entre os vasos de azeite, assegura a
Zorobabel que os propsitos de Deus sero cumpridos somente pelo seu
Esprito. A viso do rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra o
furto e contra o juramento falso. A viso da mulher num efa significa a
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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

santidade de Deus e a remoo do pecado. A viso dos quatro carros retrata


o soberano controle de Deus sobre a Terra". As vises "so seguidas por
uma cena de coroao na qual Josu coroado tanto como rei como
sacerdote". Isso considerado pelos crentes, poderosamente, um
simbolismo da vinda do Messias.
Nos caps 7-9, "Deus usa a ocasio de uma questo sobre o jejum para
reforar sua ordem para justia e juzo, para substituir as formalidades
religiosas".
Os caps 9-14 contm muita escatologia. (Estudos das ltimas coisas).
Zacarias , s vezes, referido como o mais messinico de todos os livros do
Antigo Testamento. Os caps. 9-14 sos as sees mais citadas dos profetas
nas narrativas dos Evangelhos. No apocalipse, Zacarias citado mais do
que qualquer profeta, exceto Ezequiel.
Ele profetizou que o Messias vir:

Como o Servo do Senhor, o Renovo (Zacarias 3:8),

Como o homem cujo nome Renovo (Zacarias 6:12),

Como Rei e sacerdote (Zacarias 6:13),

Como o verdadeiro Pastor (Zacarias 11:4-11).

Ele d um expressivo testemunho sobre a traio de Cristo por trinta


moedas de prata (Zacarias 11:12-13), sua crucifixo (Zacarias 12:10), seus
sofrimentos (Zacarias 13:7) e sua segunda vinda (Zacarias 14:4).
Duas referncias a Cristo so consideradas pelos religiosos como de
profundo significado. A entrada triunfante de Jesus em Jerusalm descrita
com detalhes em Zacarias 9:9, quatrocentos anos antes do acontecimento
(ver Mateus 21:4; Marcos 11:7-10).

Um dos versculos mais dramticos das Escrituras profticas encontrado


em Zacarias 12:10, quando, na maioria dos manuscritos a primeira pessoa
usada: "E olharo para mim, a quem traspassaram.". Jesus Cristo acreditam
os religiosos, pessoalmente, profetizou sua definitiva recepo pela cada de
Davi.
O versculo mais frequentemente citado do Antigo Testamento em
referncia ao chamado Esprito Santo Zacarias 4:6. Zorobabel
confortado na segurana de:
1) que a reconstruo do templo no ser por fora militar ou por proeza
humana, mas pelo ministrio do Esprito Santo;

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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

2) que o Esprito Santo remover cada obstculo que est no caminho, que
impede a concluso do templo de Deus.
Um triste comentrio em Zacarias 7:12 recorda ao povo sua rebelio contra
as palavras do Senhor pelos profetas. Palavras que teriam sido transmitidas
pelo Esprito Santo.

Malaquias:

Em Neemias lemos a ltima pgina da histria do Antigo testamento; em


Malaquias, lemos a ltima pgina da profecia do Antigo testamento. Ambos
foram contemporneos, durante a poca do rei Artarxerxes. Profetizou cerca
de 100 anos depois de Ageu e Zacarias, sendo o ltimo dos profetas psexlicos. Nada se sabe da sua vida pessoal. Data: cerca de 435 a 425 AC. O
assunto de reter os dzimos e as ofertas tratado como roubo (Ne.13:10-12
com Ml. 3:8-10). Prediz a vinda de Elias (4:5), cumprida em Joo Batista
(Mt.11-14). A ltima palavra do Antigo Testamento maldio;

O Livro de Malaquias um livro proftico que faz descries que mostram a


necessidade de reformas antes da vinda do Messias. Por ser um livro curto e
de acordo com a catalogao, Malaquias o ltimo dos profetas menores,
tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome no
citado em mais nenhum livro da Bblia.
O profeta Malaquias foi contemporneo de Esdras e Neemias, no perodo
aps o exlio do povo judeu na Babilnia em que os muros de Jerusalm
tinham sido j reconstrudos em 445 a.C., sendo necessrio conduzir os
israelitas da apatia religiosa aos princpios da lei mosaica.
Os mega temas tratados na obra seriam o amor de Deus, o pecado dos
sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Senhor.
Nas ltimas linhas deste livro do Antigo Testamento bblico, vemos uma
exortao de Deus s famlias: "converter o corao dos pais aos filhos e
dos filhos aos seus pais". No trmino do livro de Malaquias convida-se ao
arrependimento da famlia como alicerce da sociedade.
Outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se s ofertas e aos dzimos,
nos versos de 7 - 12 do captulo 3, passagem esta que muito utilizada com
o objetivo de se justificar com amparo bblico a contribuio da dcima
parte das rendas dos fiis de uma organizao religiosa.

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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Embora o dzimo tenha sido reconhecido desde a poca de Moiss, nos dias
de Malaquias o povo havia ignorado o mandamento, enfraquecendo a
instituio religiosa, isto , a manuteno dos sacerdotes e do prprio
templo.

PERODO INTERTESTAMENTRIO

O perodo interbblico um perodo muito importante e deve ser estudado


com muita ateno.
A histria do AT se encerrou com o cativeiro babilnico do reino do Sul (Jud)
com o regresso Palestina, por parte dos exilados, quando imperava a
hegemonia Persa, por volta dos sculos VI e V a.C. e com o cativeiro
imposto pela Assria sobre o reino do Norte (Israel). Os 4 sculos entre o
final da histria do AT e os primrdios do NT compreendem o perodo
intertestamentrio, mais conhecido como os "400 anos de silncio". Mas isto
ocorreu por no haver reconhecimento dos registros feitos e por no
existirem profetas como nos outros.

O PERODO GREGO (331-167 a.C.)

Foi durante este perodo que Alexandre o Grande (Magno), se tornou o


senhor do Antigo Oriente Mdio, ao realizar sucessivas vitoriosas e batalhas
contra os persas (Grnico 334, Issus 333 e Arbela 331 a.C.). A cultura grega,
mais conhecida como helnica, j vinha se propagando h tempos por
causa do comrcio e da colonizao dos gregos. Porm, mediante as
conquistas de Alexandre, o seu crescimento foi maior do que antes e com
isso o idioma grego tornou-se a lngua franca, utilizada no comrcio e na
diplomacia. Pode-se ver que na poca do NT o grego era falado nas ruas de
Roma, onde o proletariado falava o latim, porm a grande massa de
escravos e libertos j falava o grego.
Alexandre fundou setenta cidades onde a cultura grega (helnica)
prevaleceu por causa da mistura dos matrimnios realizados por ele e por
seus soldados com mulheres orientais. Da a mistura das culturas grega e
oriental.
Alexandre transformou o mundo, politicamente, em menos de uma dcada.
Ele o chifre notvel na viso do bode que Daniel teve, conforme Daniel
8.1-7.
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ANTIGO TESTAMENTO I
Professor: Rev. Alexsandro S. Guimares.

Aps a morte de Alexandre o seu imprio foi dividido entre os seus generais:
Laomedon, Sria; Ptolomeu Lagus (Soter), Egito e Sria Meridional; Seluco,
Babilnia, Sria Setentrional, sia Menor e Frgia; Lismaco, Trcia e parte
ocidental da sia Menor; Cassandro, Grcia e Macednia; j que no deixou
herdeiros capazes para substitu-lo. O reino de Lismaco durou pouco e foi
incorporado ao territrio dos selucidas. Trs anos aps a morte de
Alexandre, Ptolomeu e Seluco derrotaram Laomedon e dividiram o seu
territrio e a Palestina ficou com Ptolomeu, a princpio, j que ficava no meio
da briga entre os dois.

O PERODO EGPCIO (321-198 a.C.)

Foi uma das pocas mais longas do perodo intertestamentrio. Depois de


uma severa luta, em que a Palestina, que ficava situada entre Sria e Egito
juntamente com outra parte da Sria, ficou sob o domnio dos Ptolomeus e
Roma anexou o Egito que foi o seu celeiro.
Por causa da sua posio geogrfica, a Palestina sempre era favorecida
pelos dois reinos, pois ambos fizeram de tudo para agrad-la.
O imprio ptolomaico tinha como capital Alexandria e nesta havia uma
grande colnia de judeus.
O primeiro rei da linha ptolomaica foi Ptolomeu Soter. Ele capturou os judeus
num sbado, pois sabia que eles se recusavam a fazer qualquer tipo de
esforo que pudesse profana-lo e que eram leais a Laomedon. Por isso, a
princpio, tratou-os com dureza, mas com o tempo tornou-se amigvel.
O seu sucessor foi Ptolomeu Filadelfo, o qual teve o reinado destacado.
Fundou a famosa biblioteca Alexandrina e consequentemente fez a traduo
de todos os livros existentes para o grego, inclusive o mais importante para
ns, as Escrituras, isto , a LXX. Esta biblioteca conservou os principais
tesouros literrios da antiguidade. A cidade de Alexandria cresceu em
importncia e tornou-se num notvel emprio comercial e cultural.
Durante os trs primeiros reinados ptolomaicos, os judeus cresceram em
nmero e riqueza, desenvolveram o seu comrcio que prosperou com a
queda de Tiro, mas depois passou por grandes problemas com os demais
reis.
Clepatra, a ltima da dinastia dos Ptolomeus, morreu por volta de 30 a.C.
Eis a linhagem dos Ptolomeus com suas respectivas datas de governo:
Ptolomeu Soter 323-285; Ptolomeu Filadelfo 285-247; Ptolomeu Euergetes
247-222; Ptolomeu Filopatro 222-205; Ptolomeu Epifnio 205-181; Ptolomeu
Filmetro 181-146; Ptolomeu Fiscon 146-117; Ptolomeu Soter II 117-107;
Ptolomeu Alexandre I 107-90; Ptolomeu Soter III 89-81; Ptolomeu Alexandre
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19 dias; Ptolomeu Dionsio 80-51; Ptolomeus XII e XIII com a rainha


Clepatra 51-43 (todos a.C.).

O PERODO SRIO (198-167 A.C.)

Os Selucidas
O imprio selucida estava concentrado na Sria e tinha a Antioquia como
capital. Alguns eram chamados de selucos e outros de antocos. Foi nesta
poca que a Palestina se dividiu nas cinco provncias que constam no NT:
Judia, Samaria, Galilia, Peria e Tracnites.
medida que os povos da sia Menor firmavam a sua independncia e
fundavam seus reinos, o domnio selucida diminua. Entretanto, na Sria,
seu domnio era forte e sua influncia muito poderosa nos negcios polticos
da Palestina. Para conquistar a Palestina os selucidas fizeram vrias
tentativas, entre elas, alianas matrimoniais e invases, porm fracassaram
at que Antoco III o Grande, derrotou o Egito em 198 a.C., e em dois anos
conseguiu o domnio da Palestina. Com isto os judeus se dividiram em dois
grupos: um a favor do Egito (casa de Onias) e outro a favor da Sria (casa de
Tobias).
Em 175 a.C. Antoco IV Epifnio assumiu o reinado, aps passar 12 anos
como prisioneiro poltico de Roma. Trouxe consigo a cultura grega e o
legalismo romano e, assim que chegou, estabeleceu o politesmo grego
como religio estatal.
Os judeus foram simpticos helenizao por causa do sacerdcio corrupto
que existia. Foi assim que Antoco Epifnio tirou Onias III do sacerdcio e
colocou Joso, seu irmo, no lugar. Joso pediu a cidadania antioquense
para os judeus e como consequncia pagaria largas somas para o tesouro
real e introduziria os costumes gregos em Jerusalm.
Nesta poca construram um ginsio em Jerusalm muito perto do Templo, o
qual tinha uma pista adjacente, onde os rapazes judeus se exercitavam
despidos moda grega e os sacerdotes deixavam o culto para assistirem
aos jogos. Joso participou dos jogos em honra ao Deus srio Melcarte,
enviou ddivas e oferendas e estas ajudaram na construo da armada
Sria.
Tudo isto fazia parte do processo de helenizao, o qual tambm contava
com a freqncia aos teatros gregos, adoes de vestes ao estilo grego,
cirurgia que visava a remoo das marcas da circunciso e a mudana dos
nomes hebreus para o grego (veja o filme Jud Ben-Hur).
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Por ordem de Antoco, quando invadia o Egito, Joso perdeu o cargo para
Menelau.
Joso ouviu que Antoco morrera e por isso voltou da Transjordnia, onde se
refugiara e tomou o cargo de sumo sacerdote novamente. Entretanto
Antoco foi obrigado a retirar-se, porque no conseguiu uma aliana com os
romanos. Voltou para Jerusalm, devolveu o cargo a Menelau, matou muitos
espada, vendeu muitos judeus como escravos, destruiu as muralhas,
roubou o Templo e o transformou numa casa de culto a Zeus Olmpico,
colocou uma imagem dele no altar e sacrificou uma porca, profanando-o. O
mesmo aconteceu com o templo de Samaria, o qual foi dedicado ao Deus
Jpiter Xnio.
Vrios altares pagos foram erigidos em toda Palestina e tornou-se
obrigatrio a realizao de festivais pagos. O judasmo, o sbado, a
procisso, ter ou ler a Tor, tornaram-se proibidos e quem transgredisse a lei
era condenado morte.

Em 171 a.C. Antoco Epifnio (o pequeno chifre de Dn. 8.9: De um deles


saiu um pequeno chifre, que logo cresceu em poder na direo do sul, do
leste e da Terra Magnfica. (NVI)), depois de repetidas interferncias com o
templo e o sacerdcio, saqueou Jerusalm, profanou o Templo e matou
muitos dos seus habitantes.
Em 168 a.C., Antoco ofereceu uma porca sobre o grande altar e erigiu um
altar a Jpiter. Esta a desolao de (Dn. 8.13: Ento ouvi dois anjos
conversando, e um deles perguntou ao outro: Quanto tempo duraro os
acontecimentos anunciados por esta viso? At quando ser suprimido o
sacrifcio dirio e a rebelio devastadora prevalecer? At quando o
santurio e o exrcito ficaro entregues ao poder do chifre e sero
pisoteados?. (NVI)). O culto do Templo foi proibido; o povo foi condenado a
comer carne de porco.

Por volta deste perodo, enviou Apolnio, seu general, com um exrcito de
122.000 homens para coletar tributos, tornar ilegal o judasmo e estabelecer
o paganismo fora, como uma forma de consolidar o seu imprio e refazer
o seu tesouro. Destruiu Jerusalm mais uma vez e assassinou a muitos.

Jerusalm passou a ter cultos ao Deus do vinho, Baco, sacrifcios de animais


no altar do Templo condenados por Moiss e a prostituio passou a ser
realizada dentro do Templo de Jerusalm. Isto ficou sendo tolerado at que
os Macabeus se revoltaram atravs do seu sumo sacerdote Judas Matatias.
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Da mesma forma que os Ptolomeus, eis a linhagem dos reis selucidas com
as suas respectivas datas: Seluco Nicator 312-280; Antoco Soter 280-261;
Antoco Teos 261-246; Seluco Calnico 246-226; Seluco Ceranus 226-223;
Antoco, o Grande 223-187; Seluco Filopatro 187-175; Antoco Epifnio 175163; Antoco Eupatro 163-162; Demtrio Soter 162-150; Alexandre Balas
150-146; Demtrio Nicator 146-144; Antoco Teos 144-142; Usurpador Trifo
142-137; Antoco Sidetes 137-128; Demtrio II 128-125; Seluco V 125-124;
Antoco Gripo 124-96; Seluco Epifnio 95-93; (todos a.C.).

O PERODO HASMONEU (167-37 a.C.)

Os Macabeus
Quando um agente do rei foi cidade de Modin obrigar o povo a oferecer
sacrifcios pagos, procurou Matatias que era um velho sacerdote da aldeia
e ofereceu-lhe uma recompensa para que fosse o primeiro a obedecer as
ordens. Sua inteno era fazer com que o povo visse Matatias, o velho
sacerdote e o mais respeitado habitante da aldeia, cumprindo as ordens do
rei e imita-lo. Entretanto Matatias no aceitou e protestou. Um judeu se
aproximou do altar para oferecer o sacrifcio e Matatias o matou junto ao
altar. Aproveitando o ensejo, matou o agente do rei e demoliu o altar
declarando que era profanao Lei de Deus.
Matatias e seus cinco filhos fugiram para o deserto onde outros aderiram
causa. Vrias guerras surgiram, Matatias morreu pouco depois e foi
sepultado em Modin.
Seu filho, Judas Macabeu, nome derivado de martelo ou malho deu
continuidade s guerras. Apesar de perderem mais uma batalha, venceram
os srios trs vezes. Numa delas, contra o general Lsias, expulsaram os
intrusos de Jerusalm, iniciaram a purificao do Templo de Jerusalm e a
execuo de um novo altar. Fez um culto de rededicao do Templo e
estabeleceu uma festa (hK;nux - dedicao, inaugurao) para comemorar a
vitria. Um fato curioso que esta festa se deu pelo dia 25 de dezembro,
conforme podemos ver em I Macabeus 4.36-61.
Judas completou a sua vitria conquistando as terras que ficavam a leste do
Jordo e conservou a Palestina na sua independncia, mas morreu em
combate, foi sucedido pelo seu irmo Jnatas e, posteriormente, por Simo.
Houve guerra at o ano 143 a.C., quando Jnatas foi reconhecido por
Demtrio II, pretendente coroa Sria, como aliado e por isso recebeu a
liberdade poltica, a iseno de todos os impostos presentes e futuros. Foi
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ele quem conseguiu a independncia da Judia e o trmino das lutas dos


Macabeus, acabando com a influncia dos selucidas na Palestina.
Jnatas tornou-se sumo sacerdote e uniu as autoridades, religiosa e poltica,
na sua pessoa, dando incio linhagem dos Hasmoneus, que vem de
Hasmon, tatarav dos Macabeus.
Em 139 a.C. acertou um tratado com Roma que reconhecia a independncia
do estado judaico e recomendava-o amizade dos sditos e aliados de
Roma. Com isto as condies econmicas melhoraram, a justia passou a
ser administrada por tribunais e a vida religiosa comeou a se despertar.
Entre 142 e 137 a.C., a dinastia hasmoneana esteve repleta de contendas
internas por causa da ambio pelo poder. Numa dessas contendas Jnatas
foi trado, assassinado e foi sucedido por Simo.
Simo mandou nivelar a montanha prxima de Jerusalm na qual havia
ficado uma guarnio Sria. Apesar de ser amado por todos foi assassinado
juntamente com dois filhos pelo seu genro, que cobiava o sumo sacerdcio.
Entretanto foi Joo Hircano, seu outro filho, que assumiu o sacerdcio. Este
foi to notvel que muitos atribuem dinastia hasmoneana comeando com
ele. Reinou durante 29 anos e fez um prspero reinado, morrendo em 106
a.c. Aps a sua morte a dinastia hasmoneana viveu sob muitas contendas
partidrias e a independncia judaica foi ameaada at a interveno de
Roma. Por causa dessas contendas surgiram os grupos: essnios, fariseus e
saduceus e outros conhecidos atravs das narrativas dos Evangelhos. Os
Herodianos eram um partido poltico mais do que uma seita.
Joo Hircano teve um filho chamado de Aristbulo que o sucedeu. Este
aprisionou trs de seus irmos, matou o quarto e alm de prender a sua
me, a deixou morrer de fome. Deixou como herdeiro um filho com o seu
nome e outro chamado Hircano. Nesta poca aparece Herodes, por
intermdio de seu pai Antpater, juntamente com o domnio romano do
general Pompeu. De agora em diante os relatos esto relacionados poca
em que Cristo nasceu e dentro do contexto do NT.

Quando Jesus chegou, ao 1 Sculo da Palestina, no tempo da PAX ROMANA


sob o imprio Romano de Tibrio e Augustus, ele estava pensando em outra
paz, em outro imprio, para aquele seu tempo.
Nesse cenrio Jesus proclamaria um Reino mais poderoso que o romano e
falaria de um mundo salvo no por um homem que se torna Deus (tal como
Augustus ou Tiberius), mas por um Deus que torna homem.

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Questionrio:

1 - Quais os livros que compe o chamado Pentateuco e quem foi seu autor?
2 Escreva o autor, tema, data e contedo de cada livro histrico?
3 Quantos e quais foram os Juzes que julgaram Israel no livro de Juzes?
4 Quem foi o primeiro rei de Israel e por que foi rejeitado?
5 Quais so os livros chamados poticos?
6 O que significa o ttulo Salmos?
7 Em quantas partes so divididos os livros Poticos e quais so eles?
8 Quanto tempo durou o exlio de Jud na Babilnia?
9 Quais os profetas que profetizaram aps o exlio?
10 - Quais so os livros histricos que contam a histria da reconstruo do
templo e dos Muros de Jerusalm?

Bibliografia

RENATO GUZZO, ANTNIO, Panorama histrico de Israel para Estudantes da


Bblia, 1 ed. A.D. Santos Editora,2003.
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PEARLMAN, MYER, Atravs da Bblia Livro por Livro, 18 impresso, Editora


Vida, 1996.
CHAMPLIN, RUSSEL NORMAN, O Antigo Testamento interpretado: versculo
por versculo: dicionrio - M-Z / volume 7 / por Russel Norman Champlin.
2.ed.-So Paulo: Hagnos, 2001.
UNGER, Merril F. Arqueologia do Velho Testamento. Trad. de Yolanda M.
Krievin. SP: Imprensa Batista Regular, 1989.
HARRIS, R. Laird (Org.). Dicionrio Internacional de Teologia do Antigo
Testamento. Trad. de Mrcio Loureiro Redondo, Luiz Alberto T. Sayo e
Carlos Osvaldo C. Pinto. SP: Vida Nova, 1998.

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