Producao Textual Regular Professor Autoregulada 8a 3b
Producao Textual Regular Professor Autoregulada 8a 3b
Producao Textual Regular Professor Autoregulada 8a 3b
Textual
Professor
Caderno de Atividades
Pedaggicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 03
8 Ano |3 Bimestre
Disciplina
Curso
Bimestre
Ano
Produo Textual
Ensino Fundamental
Habilidades Associadas
1. Aplicar mecanismos de construo ideolgica e de sentido nos textos (o uso da linguagem figurada
como exagero, ironia ou sarcasmo).
2. Explorar o valor expressivo do adjetivo e das oraes adjetivas para produo dos gneros
estudados
3. Relacionar a escolha vocabular em poemas e canes s exigncias mtricas ou sonoras.
Apresentao
Caro Tutor,
Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competncias do 3 Bimestre do Currculo Mnimo de Produo Textual da
8 Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
perodo de um ms.
A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as
trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da
disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de
nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.
Neste Caderno de Atividades, os alunos vo aprender algumas caractersticas da
literatura de cordel e da cano. As aulas deste caderno permitiro conhecer a origem
do cordel e compreender como este assunto est relacionado com a cano. O aluno
aprender a identificar os adjetivos e recursos rtmicos utilizados nesses textos e a
entender como produzi-los.
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas
relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal
eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o
Professor Tutor.
Este documento apresenta 04 (quatro) aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades so referentes a um tempo de aula. Para reforar a aprendizagem, propese, ainda, uma avaliao sobre o assunto.
Sumrio
Introduo ..........................................................................................................3
Objetivos gerais....................................................................................................5
Materiais de Apoio Pedaggico...........................................................................5
Orientao Didtico-Pedaggica.........................................................................6
Aula 1: A origem do cordel ................................................................................... 7
Aula 2: Cantando uma cano............................................................................ 11
Aula 3: Vamos rimar!.......................................................................................... 14
Avaliao ............................................................................................................ 19
Referncias ......................................................................................................... 23
Objetivos Gerais
Aula 1
Aula 2
18 EF
60 EF
18 EF
60 EF
31 EF
77 EF
Aula 3
33 EF
63 EF
81 EF
Orientaes Pedaggicas do CM
Reforo Escolar
http://www.conexaoprofessor.rj.gov
.br/downloads/cm/cm_11_9_8A_3.p
df
http://www.conexaopr
ofessor.rj.gov.br/downl
oads/cm/cm_75_9_8A_
3.pdf
http://www.conexaoprofessor.rj.gov
.br/downloads/cm/cm_11_9_8A_3.p
df
http://www.conexaopr
ofessor.rj.gov.br/downl
oads/cm/cm_74_9_8A_
3.pdf
http://www.conexaoprofessor.rj.gov
.br/downloads/cm/cm_11_9_8A_3.p
df
http://www.conexaopr
ofessor.rj.gov.br/downl
oads/cm/cm_74_9_8A_
3.pdf
http://www.conexaopr
ofessor.rj.gov.br/downl
oads/cm/cm_75_9_8A_
3.pdf
Orientao Didtico-Pedaggica
Caro aluno, nesta atividade voc ir conhecer o cordel. O cordel tem origem
nas cantigas dos trovadores da Idade Mdia que usavam versos para cantar as noticias
da poca e tambm para elogiar pessoas de prestgio naquela sociedade. Com o passar
do tempo os cantores passaram a registrar as falas em folhas e prend-las em
barbantes ou cordas, da o nome cordel.
O cordel era considerado de pouco prestgio e chegou ao Nordeste do Brasil
atravs dos portugueses no sculo XVIII. Aqui no Brasil foi adquirindo forma prpria, se
adaptando a temas populares, utilizando versos rimados e sendo impresso em folhetos
pequenos e ilustrados, geralmente, com xilogravuras.
Os cordis fazem muito sucesso no Nordeste do pas, onde so vendidos muitas
vezes pelos prprios autores. Geralmente tem baixo custo e retratam fatos da vida
cotidiana como poltica, seca, milagres, brigas, vida dos cangaceiros, religio, etc.
Muitos so escritos de acordo com o falar nordestino, seu vocabulrio e histria. Alm
disso, o cordel um retrato da cultura oral capaz de representar a memria e o
imaginrio popular.
Vejamos um exemplo de cordel:
O saber autorizado,
o saber institudo
o que tem credibilidade, porque bem entendido.
como diz o ditado: quem sabe, sabe!
E t tudo resolvido...
e muito valorizado
So conhecimentos antigos que devem ser preservados.
As letras so importantes,
porque traz informao,
quem nunca foi escola, no sabe de nada no
para relatar um fato, tem que ter comprovao.
Isso no verdade,
preciso se dizer,
nem sempre na histria, tudo tem que escrever,
a oralidade importante, basta compreender.
Podemos observar que o cordel anterior composto por sete estrofes de, na
sua maioria, quatro versos (quadra) e que rima as palavras finais dos versos. Como em
entendido/resolvido, saber/ver, doena/sentena, tem/ algum. A rima aparece no
cordel para dar ritmo e coeso ao texto. O poeta Maiakovski explica: A rima faz voltar
linha precedente, fora a pensar nela, obriga as linhas que formulam um pensamento
a terem unidade. Vamos refletir mais sobre o cordel atravs das atividades.
Atividade comentada 1
1. Explique, segundo o cordel anterior e com suas palavras, o que quer dizer saber
autorizado e saber popular. Voc concorda com o verso quem nunca foi escola,
no sabe de nada no? Justifique sua resposta.
Resposta comentada: O aluno deve ser capaz de inferir informao do texto,
identificar a oposio de ideologias e relacionar a opinio do autor com a sua prpria
vivncia atravs do seu conhecimento, do seu saber. Espera-se que o aluno responda
que o saber popular tambm vlido e importante na sociedade.
2. Seja voc agora o cordelista: rime as estrofes utilizando-se de adjetivos com sons
parecidos.
O homem _______________,
muito ______________,
seja juiz, promotor, doutor ou _________________
ele representante do saber _________________.
Resposta comentada: O aluno deve ser capaz de relacionar as exigncias sonoras e
mtricas com a escolha vocabular, escolhendo palavras no muito grandes, que
rimem entre si mantendo a coeso do texto.
3. Como aprendemos, o cordel utiliza tambm marcas da fala, ou seja, marcas menos
formais, tpicas da oralidade. Identifique ento essas marcas na primeira e na quinta
estrofe do cordel anterior.
Ai! Se ssse!
Autor: Z da Luz
Resposta comentada:
(...) Se juntinho ns dois morresse!
Se pro cu ns assubisse? = subissemos
Mas porm, se acontecesse
qui So Pdo no abrisse = Pedro
as portas do cu e fosse,
te diz quarqu toulce? = dizer qualquer tolice
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
pr qui eu me arrezorvesse = para que, resolvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do cu furasse?
Tarvez qui ns dois ficasse = Talvez, que, ficssemos
tarvez qui ns dois casse
e o cu furado arriasse
e as virge tdas fugisse!!! = virgem todas fugissem
Disponvel em: http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/ Acesso em 29.07.13.
10
Caro aluno, quando criana, voc escutou canes de ninar como "Boi, boi, boi,
/ Boi da cara preta; pega essa menina / Que tem medo de careta"? Uma das coisas
mais presentes na nossa vida a cano, antes mesmo de aprendermos a ler j
sabemos algumas canes de cor.
A cano uma uma composio de texto e msica (melodia e ritmo),
geralmente, acompanhada de instrumentos musicais. Existem canes de ninar,
cantigas de amor, cantigas de amigo, canes folclricas, hinos, lamentos, jingles
(usados em comerciais), cappella (cantada sem instrumentos musicais), etc. A cano
tem ritmo prprio e geralmente possui um refro que se repete vrias vezes, que
usado para reiterar o que a cano quer dizer. Assim como os cordis podem ser
cantados, poemas tambm podem virar canes. O cordel, a cano e o poema so
muito prximos j que esses gneros usam a linguagem potica, a linguagem figurada
e as rimas.
O poema dramtico Morte e Vida Severina, de Joo Cabral de Melo Neto, fala
sobre a vida mais fcil que o retirante nordestino busca no litoral. Alm de ter sido
adaptado para o teatro, desenho animado, cinema e televiso, tambm inspirou a
cano de Chico Buarque, com o mesmo nome. Vejamos trechos da cano e do
poema original:
11
Cano
Poema
Atividade comentada 2
uma cova grande pra tua carne pouca / o sangue que usamos tem pouca tinta
12
3. Marque um (x) nos adjetivos que demonstram a questo tratada em Morte e Vida
Severina.
Resposta comentada: O aluno deve relacionar a escolha dos adjetivos com a
abordagem
tema
do
texto
entender
Severina
como
(x) menor
(x)triste
( ) bonito
(x)Severina
( )crescido
(x) marrom
(x)finas
(x) cansado
( ) florido
( )grande
(x)raso
( ) parado
( ) rico
(x) seco
( ) feliz
adjetivo
Resposta comentada: Essa atividade foi proposta para que o aluno perceba a mesma
abordagem temtica em textos distintos. Espera-se que ele responda que os trs
tipos textuais abordam a tristeza do nordestino, sua vida sofrida e dura.
13
14
CORDEL
Cante l que eu canto c
CANO
Xote das Meninas
Atividade comentada 3
15
d. Pense nas redes sociais atuais. Qual verso do cordel d uma dica de que ele no foi
escrito muito recentemente? Justifique sua resposta.
Resposta comentada: Mas num que pelo Orkut - o aluno deve ser capaz de inferir
que se o cordel fosse escrito hoje provavelmente o cordelista trocaria Orkut por
Facebook ou outra rede social mais utilizada.
16
A gente no sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nis indigente...
Intil!
A gente somos intil!
Intil!
A gente somos intil!
ULTRAJE A RIGOR
Resposta comentada: Ironia
Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polcia e televiso
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que no nao...
LEGIO URBANA
Resposta comentada: Ironia
17
poemas, etc... Pense agora em quais palavras voc utilizaria para rimar os textos
abaixo.
Resposta comentada: Resposta pessoal desde que rime e faa sentido com o
restante do texto.
SOM DO CORAO
Eu vou dizer o que eu sinto por voc
Pouco tempo longe j comeo a sofrer
Me liga e vem me _____________
Confessa o teu _______________
Eu sei que gosta tanto o quanto de voc
Me olha e diz que sim
Tambm se sente ____________
Eu sei que no pode ficar ____________
Mc Anitta
Disponvel em: http://letras.mus.br/mc-anitta/som-do-coracao/
PRESSGIO
O amor, quando se revela,
No se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas no lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que ______________
No sabe o que h de dizer.
Fala: parece que _________________
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela ______________
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar _______________
Pra saber que a esto a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto ________________
Fica sem alma nem fala,
Fica s, ______________________!
Fernando Pessoa
Disponvel em: http://www.revistabula.com/522-os-10-melhores-poemas-de-fernando-pessoa-2/
18
Avaliao
Saerjinho: 2 pontos
Avaliao: 5 pontos
Pesquisa: 3 pontos
Participao: 2 pontos
Avaliao: 5 pontos
Pesquisa: 3 pontos
Comentrio: O aluno deve ser capaz de inferir informaes do cordel e das canes,
identificar o tema, fala do narrador, figuras de linguagem, rimas e uso dos adjetivos na
construo de sentido.
19
20
Fonte: http://www.jangadabrasil.com.br/revista/agosto93/es930802.asp
Resposta comentada:
Quero te encontrar
Quero te amar
Voc pra mim tudo
Minha terra, meu cu, meu mar
(Claudinho e Buchecha)
Exagero
21
Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as naes
(Legio Urbana)
Oua um bom conselho
Que eu lhe dou de graa
Intil dormir que a dor no passa
Espere sentado
Ou voc se cansa
Est provado, quem espera nunca alcana
(Chico Buarque)
Sarcasmo
Ironia
22
Referncias
[1] CEREJA, William Roberto; MAGALHES, Thereza Cochar. Texto e interao: uma
proposta de produo textual a partir de gneros e projetos. So Paulo: Atual, p. 192195, 2000.
[2] KOCH, Ingedore Villaa; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratgias de
produo textual. So Paulo: Contexto, p. 102-125, 2009.
[3] MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produo textual, anlise de gneros e compreenso.
Parbola Ed., 2009.
23
Equipe de Elaborao
COORDENADORES DO PROJETO
Diretoria de Articulao Curricular
Adriana Tavares Maurcio Lessa
Coordenao de reas do Conhecimento
Bianca Neuberger Leda
Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Ivete Silva de Oliveira
Marlia Silva
PROFESSORES ELABORADORES
Heloisa Macedo Coelho
Ivone da Silva Rebello
Rosa Maria Ferreira Correa
24